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Rastreabilidade e automação no processo

de uso dos medicamentos em farmácia


hospitalar
Motivos para automação hospitalar

Prevenção de erros Eficiência

Segurança do paciente Qualidade Produtividade

O que pode ser automatizado?

Prontuário eletrônico Dispensação medicamentos e Gestão de estoque e


Cadastro paciente materiais suprimentos
Rastreabilidade
 Identificação da origem do produto  matérias-primas, processo de produção, distribuição no
mercado e consumo.
 Em saúde  capacidade institucional de monitorar o recebimento, a distribuição e a administração
dos produtos para a saúde (materiais e medicamentos), em especial quanto ao lote e à validade.
 Recomendação  processos da assistência farmacêutica sejam informatizados e automatizados.
 Pressupostos  sistemas informatizados de prescrição e de uso de medicamentos.
 Rastreamento de Medicamentos  conjunto de procedimentos que permitem traçar o histórico, a
aplicação ou localização de medicamentos, através de informações previamente registradas,
mediante sistema de identificação exclusivo dos produtos, prestadores de serviço e usuários, a ser
aplicado no controle de toda e qualquer unidade de medicamento produzido, dispensado ou
vendido no território nacional (RDC 54/2013).
 Atuação  prescrição, dispensação e administração de medicamentos.
Rastreabilidade de medicamentos e segurança do
paciente
 Caminho dos produtos em saúde 
certificação da administração dos
medicamentos certos aos pacientes certos
 Redução de erros de medicação
 Processos de tecno e farmacovigilância mais
eficientes
 Eficácia no recall de lotes é incrementada
 Facilitação do gerenciamento da cadeia de
suprimentos  recebimento,
armazenamento e gestão de estoques.
Problemas para implantar a rastreabilidade
Fornecedores não dispõem de Códigos de barras com pequena
ferramentas adequadas de capacidade informacional nas
identificação dos produtos embalagens secundárias

Dificuldade em executar ações


de rastreabilidade

Fracionamento e
Serviços de farmácia
reembalagem

Fonte: Malta, 2010

Identificação do medicamento, lote e


validade
A reembalagem e a re-etiquetagem são sempre
seguras?  custo de mão-de-obra
 possibilidade de inserção de
Atividade de re-etiquetagem  passo crítico
informações incompletas,
incorretas ou trocadas

Evitar tais enganos  adoção de políticas de prevenção de erros e controle de qualidade pós-etiquetagem

 Erros durante os processos de alimentação dos


sistemas de informação, fracionamento e
etiquetagem
 Qualidade da impressão da etiqueta pode sofrer
alteração  redução da viabilidade de leitura
 Incremento da produção de resíduos  embalagens
industriais e reembalagem

Fonte: Malta, 2010


Como solucionar?
 Rastreabilidade  atividade que envolve diversos atores da cadeia de suprimentos em produtos
para a saúde
 Solução  adequação pela indústria de um código com maior capacidade informacional,
dispensando atividades de fracionamento e reembalagem
 Adoção do formato bidimensional DataMatrix de código de barras  maior capacidade (pode-se inserir
dados variáveis como lote e validade no seu conteúdo de informações)

Fonte: Malta, 2010


Códigos de barras
Código bidimensional GS1 DataBar™
 impresso em espaços pequenos,
não apresenta as mesmas
características de capacidade e
versatilidade de outros modelos.

GS1-128  apresentação linear, conteúdo de


dados variável (ex. lote e validade) e
tamanho de impressão muito grande.

Fonte: Malta, 2010


Código DataMatrix
 Código bidimensional
 Permite codificar informações em espaços muito menores que os códigos lineares
 Permite agregar informações adicionais  código do produto, lote e validade
 Principal no ambiente hospitalar  identificação de itens de pequeno tamanho
 Exige leitor de códigos de barra bidimensional

Fonte: Malta, 2010


Fonte: Faria et al, 2020
Leitoras de códigos de barras
 Leitura dos códigos lineares  tecnologia é bastante acessível e não requer grande investimento.
 Leitura dos códigos bidimensionais  um investimento maior, mas não é de grande importância frente os
gastos e riscos trabalho de re-etiquetagem.
 Devem ser interligadas aos softwares do hospital
 Avaliar qualidade da impressão e capacidade de leitura

Fonte: Malta, 2010


O processo de uso do
medicamento

Fonte: Ferracini et al, 2014.


Panorama geral dos processos automatizados em FH
Automação hospitalar
 Definição  uso de dispositivos eletromecânicos controlados de forma automática, executores
de atividades relacionadas aos medicamentos e ao registro constante de suas atividades
 Objetiva eficiência, qualidade, produtividade e segurança dos procedimentos de cuidado
 Prioriza bioética, privacidade e integridade dos pacientes
 Benefícios:
 Segurança do paciente
 Segurança da equipe assistencial
 Agilidade no recebimento de pagamentos de convênios e/ou SUS
 Eficiência no fechamento das contas do paciente
 Precisão no controle de estoque de medicamentos e demais materiais médico-hospitalares
 Para alcançar os benefícios  considerar complexidade e funcionalidade dos dispositivos e
capacitação dos profissionais envolvidos (farmácia e enfermagem principalmente)
Prescrição eletrônica

Identificação
do paciente

Identificação dos
medicamentos
prescritos e
material necessário
para administração

Solicitação de
exames e cuidados
de enfermagem

Identificação
do prescritor

Fonte: https://i.ytimg.com/vi/_nc2UB-jXTg/maxresdefault.jpg
Dispensadores
Armários rotativos Gabinetes de dispensação automatizados
(Automated dispensing cabinets)
 Carrosséis verticais ou horizontais
 Eficiência das atividades da equipe de
 Economia de espaço enfermagem e farmácia
  eficiência e precisão da dispensação  Redução dos desvios de medicamentos
 Redução dos erros de medicamentos

Fonte: https://www.medicalexpo.com/pt/prod/healthmark/
Locais para instalação
 Áreas específicas  emergência
 Supridos com medicamentos peculiares:
 Medicamentos de alta vigilância
 Medicamentos de controle especial
 Próximos às áreas de internação  cobrir todos medicamentos a serem utilizados

Fonte: https://www.medicalexpo.com/pt/prod/healthmark/
Robotização
Modelo APOTECAchemo Loucioni
Modelo TUG Aethon (EUA) Group (Itália)
 Entrega automática de medicamentos da  Preparo de medicamentos
farmácia para a enfermagem
 Pesagem de princípio ativo e insumos
 Economia de tempo dos colaboradores da
farmácia e/ou transporte  Reconstituição de pós de frasco-ampola
 Preparo de seringas e bolsas de administração EV

Fonte: https://www.medicalexpo.com/pt/prod/healthmark/
Unitarização de doses
 Anvisa  Brasil desperdiça cerca de R$ 4 bilhões por ano em medicamentos  principal fator abertura de
embalagens cujas doses não são utilizadas em sua totalidade.
 Unitarização de doses em hospitais é uma atividade considerada de suma importância para o uso racional
de medicamentos  evita-se o desperdício, estoque circulante é reduzido e maior controle.
 Ampolas e blisters  não contam com a diferenciação visual que as farmácias necessitam para o uso
seguro dentro dos hospitais  riscos na administração.
 Fracionamento dos fármacos em doses unitárias  requer que os dados de identificação e qualidade
estejam presentes nas frações.
 É nessa etapa que o medicamento recebe uma identificação interna do hospital, resgatando informações do
fabricante e inserindo informações adicionais para melhor identificação, rastreabilidade e segurança em sua
administração.
 A atividade pode representar um consumo exorbitante de mão-de-obra e ainda introduzir riscos por
manuseio inadequado dos fármacos e informações se não estiver amparado por um bom sistema de apoio e
equipamentos adequados.
Corta blister Transferência de líquidos

Unitarização de ampolas e
Unitarização universal
frasco-ampolas

https://sisnacmed.com.br/wp-content/uploads/
Tubo pneumático
Redução de pessoal de transporte
Soluções atraentes
Agilidade no envio de produtos de pequenas dimensões

Laboratório clínico  envio de amostras

Farmácia  envio de primeiras doses, faltas e medicamentos


indisponíveis nos gabinetes automatizados

Fonte: Ferracini et al, 2014.


Checagem à beira do leito
Atingir os 5 certos:
paciente certo
medicamento certo
via certa
horário certo
dose certo

Fonte: Malta, 2010


Realidade estrutural e financeira institucional

Integração dos equipamentos aos sistemas de informação do hospital


Avaliar escolha do dispositivo
Planejamento da implementação  treinamentos dos profissionais

Manutenção dos equipamentos  planos de contingência em caso de avarias e/ou


defeitos

Novas
tecnologias

Melhoria do desempenho das atividades do farmacêutico hospitalar

Flexibilização do tempo despendido Ampliação da participação do


para atividades gerenciais farmacêutico no cuidado
centrado ao paciente
Referências
 Faria, C.D. O.; Machado, M.G. M.; Dries, S. S.; al., E. Farmácia Hospitalar: Grupo A, 2020.
9786581739058. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786581739058/. Acesso em: 2021 ago. 31.
 Ferracini, F. T. et al. Farmácia Clínica. Disponível em: Minha Biblioteca, Editora Manole, 2014.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788520439869/
pageid/60. Acesso em: 2023 ago, 21
 Malta, N.G. Rastreabilidade de medicamentos na farmácia hospitalar. Pharmacia Brasileira nº 79
- Novembro/Dezembro 2010/Janeiro 2011, p. 1-20

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