Patologia e Terapia das Construções

Aluno: Bruno Batista

Prof: Cláudio Dornelis
“Estudo de Caso”
 Fundamentação Teórica
Em resumo, a Patologia da Construção Civil dedica-se à análise de
questões ligadas às edificações, seguindo as Normas Técnicas Brasileiras
(NBR);
Ela está amparada pelas Normas Técnicas Brasileiras (NBR), em especial
a NBR15575 que traz um conjunto de diretrizes que definem o
desempenho das obras em inúmeros aspectos.
Para situações envolvendo fundações, a NBR6122 garante a integridade
dos elementos construtivos, enquanto a NBR6484 e NBR8036 estipulam
a condução da sondagem e os requisitos mínimos, localização e
profundidade das sondagens necessárias para projetos geotécnicos.
 Introdução

 Cuidados Iniciais na Construção: São fundamentais para garantir a

integridade estrutural de um edifício principalmente em áreas urbanas
densamente povoadas, como nos casos em questão.
 Danos a Edificações Vizinhas: Risco de danos às construções vizinhas,
incluindo recalques, fissuras e desalinhamentos estruturais,
comprometendo a segurança das edificações próximas.
 Estudos Geotécnicos: É essencial realizar estudos geotécnicos
detalhados para compreender as condições do solo e determinar os
procedimentos adequados de construção. Esses estudos ajudam a prever
e prevenir problemas durante a execução das fundações.
 Escopo Do Trabalho

O objetivo deste trabalho é discutir os serviços de

recuperação das fundações de um prédio que foi
afetado por um acidente geotécnico. Isso requer uma
abordagem cuidadosa e abrangente para garantir a
segurança estrutural e a estabilidade do edifício.
Recalques Provocados Por Cravação De Estacas
 Contexto Do Acidente - 1º Caso

 Descrição do Prédio Afetado:  Descrição do Prédio Em Construção:

 Área do terreno de 189m² (7m x  Área do terreno de 189m² (7m x
27m); 27m);
 12 pavimentos;  13 pavimentos;
 24 apartamentos;  Mais Subsolo;
 40 metro de altura;  Fundação tipo blocos sobre estacas
 Fundação tipo sapata; metálicas (62 UND).
 Apresentando desaprumo.
 Contexto Do Acidente - 1º Caso
Avaliação Inicial:

 Objetivos da Avaliação Inicial:

 Obter parâmetros indicativos da extensão física do acidente;
 Identificar as principais manifestações patológica e suas origens;
 Apontar o melhor caminho a seguir.
 Aspectos Analisados na Avaliação Inicial:
 Inclinação progressiva da edificação através dos exames de superestrutura
e das sapatas;
 Fissuração em paredes de alvenaria no nível do pavimento de acesso.
 Contexto do Acidente - 1º Caso

Resultados e Decisões Tomadas Após a Avaliação Inicial

 A vistoria de duas sapatas e da superestrutura não indicaram nenhuma
anomalia em sua integridade, indicando a possível existência de recalques de
grandeza alarmantes;
 Implantação de controle de recalques através de leitura ótica fixado aos
pilares;
 Mapeamento dos pontos críticos e apresentação de projeto de recuperação;
 Contratação de empresas especializadas no assunto para execução das obras;
 Com base nos resultados da avaliação inicial, que indicava a existência de
recalques graves, foi decidido desocupar o prédio afetado. Essa medida visa
garantir a segurança dos ocupantes e minimizar os riscos associados ao
acidente geotécnico.
 Contexto Do Acidente - 1º Caso

Exame da Superestrutura e das Sapatas: Os exames da infraestrutura e

superestrutura e das sapatas foi parte integrante da avaliação inicial. Essa análise
ajudou a identificar anomalias e determinar a natureza e a gravidade do problema
enfrentado pelo prédio afetado.
A tensão de cisalhamento tem duas componentes principais em uma viga: a Tensão
de Cisalhamento Média (ou tensão de cisalhamento) e a tensão de Cisalhamento
Máximo. A tensão média é a média da distribuição de tensão de cisalhamento ao
longo da seção transversal da viga, enquanto a tensão de cisalhamento máxima
ocorre em algum ponto específico da viga, geralmente próximo ao ponto de
aplicação da carga.
 Causas Do Acidente - 1º Caso

 Início da Construção do Edifício Vizinho: A construção de um edifício

contíguo, com 13 pavimentos e um subsolo, precedeu a execução das fundações
do prédio afetado. Isso criou um contexto importante para entender as causas do
acidente.
 Processo de Remoção das Fundações Anteriores: Antes da execução das
novas fundações, foram realizados serviços de remoção dos baldrames do prédio
anteriormente demolido. Isso envolveu escavações que impactaram o terreno e as
fundações do prédio afetado.
 Técnica de Lançamento por Gravidade: Durante o desmonte das fundações,
foi utilizada a técnica de lançamento por gravidade, com o emprego de pás
carregadeiras. Isso gerou vibrações no solo subjacente, o que pode ter
contribuído para o desalinhamento do prédio afetado.
 Causas Do Acidente - 1º Caso

 Proteção das Fundações Vizinhas: Embora tenha sido projetada uma parede
de estacas para proteger as fundações vizinhas durante a construção do subsolo,
apenas parte dessa proteção havia sido executada até o momento do acidente.

 Natureza Geotécnica do Subsolo: O relatório das sondagens indicou a

natureza do subsolo, com camadas predominantemente arenosas e argilosas, o
que influenciou na estabilidade das fundações do prédio afetado.
Recalques Diferenciais Em Prédios Devidos
A Estacas Mal Executadas
 Contexto Do Acidente - 2º Caso

 Descrição do Prédio:
 Área do terreno de 555m² (15m x 37m);
 4 pavimentos;
 Fundação tipo estaca projetadas para transmitir cargas a uma camada de
argila siltosa com índice de penetração de 12 golpes;
 Terreno localizado no pé de um morro presentando com inclinação
descendente em direção a rua, na Ilha de Governador-RJ.
 Contexto Do Acidente - 2º Caso

 Perfil Geotécnico Do Terreno:

 De acordo com as
sondagens o terreno
apresentava camadas de
aterro, argila arenosa
(5/30), argila siltosa (8/30)
e argila siltosa com
pedregulhos, com índice de
15 golpes, onde deveria
parar a cravação das
Fonte: (JOAQUIM, ARAÚJO e CUSTÓDIO, 1996))
estacas.
 Contexto Do Acidente - 2º Caso
Avaliação Inicial:

 Objetivos da Avaliação Inicial:

 Identificar padrões de desempenho da superestrutura para obter parâmetros
indicativos da extensão física do acidente;
 Identificar as principais manifestações patológica e suas origens;
 Controlar os recalques sofridos na estrutura.
 Aspectos Analisados na Avaliação:
 Observação da superestrutura;
 Progressão da abertura das fissuras;
 Deslocamento vertical e horizontal;
 Contexto Do Acidente - 2º Caso

Preocupações:
Recalque da edificação;
Deslocamento Horizontal;
Carga e distribuição de carga na
fundação;
Vibração durante a cravação da
estaca

Fonte: (JOAQUIM, ARAÚJO e CUSTÓDIO, 1996))

 Contexto Do Acidente - 2º Caso

Decisões Tomadas Após as Avaliações

 A obra foi imediatamente interrompida para evitar-se o acréscimo de carga;
 Instalados pinos de controle
de recalque na estrutura;

Fonte: (NEMES, 2016)

 Investigação documental das fundações com a análise dos perfis de

sondagem e os boletins de cravação das estacas;
 Causas Do Acidente - 2º Caso

 O recalque ocorreu devido a uma fundação mal

executada, que prejudicou uma estrutura, e gerou
prejuízos que poderiam ser evitados por meio de
uma análise criteriosa dos perfis de sondagem do
terreno e pros métodos persistentes nos
acompanhamentos da obra;
Verificando os perfis de sondagem e os boletins
de cravação, as estacas frontais haviam sido
cravadas com um comprimento insuficiente.

Fonte: (JOAQUIM, ARAÚJO e CUSTÓDIO, 1996))

 Solução Adotada - 2º Caso

Para cessar os recalques, foi utilizado o reforço do tipo presso-ancoragem.

Fonte: (BENATI, 2007)

A utilização deste método com equipamentos rotativo, mostrou-se mais
eficiente para o caso.
 Referências - 2º Caso
Referências
ABNT NBR 6122. Projeto E Execução De Fundações.
BENATI, Juliano B. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO E
DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS DE
PEQUENO DIÂMETRO CRAVADAS E INJETADAS. Universidade Federal de
Viçosa. Viçosa. 2007.
JOAQUIM, A. O.; ARAÚJO, N. L.; CUSTÓDIO, V. M. Acidentes
Estruturais na Construção Civil. Pini. São Paulo. 1996.
NEMES, Engº Paulo Alberto. Instrumentação Para Obras Civis. [S.l.]:
LPC Latina. 2016. p. 47.