Chamamos de intertextualidade o “diálogo” que ocorre entre
dois textos diferentes, quando um faz referência a outro que já existia, inspirando-se em sua forma ou mensagem para criar um novo discurso. Ela pode ocorrer de modo explícito (mais facilmente percebida) ou implícito (menos facilmente percebida). Além disso, há tipos diferentes de intertextualidade. Tipos de intertextualidade Veja alguns tipos muito comuns de intertextualidade. Epígrafe: trecho de outro texto colocado no início de uma obra ou capítulo para servir de inspiração ou tema para o que será abordado no novo texto. Citação: trecho de outro texto, citado com a fonte original, que traz ideias que também serão abordadas no próprio texto. O trecho em questão é usado exatamente como veio escrito na fonte original. Paráfrase: assim como a citação, é uma referência direta a ideias discutidas em outro texto. Porém, enquanto a citação usa o trecho exatamente como veio escrito na fonte original, a paráfrase é a reescrita desse trecho nas próprias palavras do autor do novo texto. Também se faz a referência à fonte original. Tradução: passagem de um texto de uma língua para outra língua. Alusão: referência indireta a outros textos pelo uso de elementos simbólicos, como certos vocabulários ou formas específicas da obra original. Paródia: reescrita de outra obra de maneira cômica e irônica com o intuito de divertir ou criticar. Intertextualidade explícita e implícita A intertextualidade pode se dar de maneira implícita ou explícita. 1. Intertextualidade explícita: é o tipo de referência feito de maneira direta. É mais facilmente percebida, pois comumente aponta ou marca a fonte original com a qual se dialoga no texto. 2. Intertextualidade implícita: a referência não é feita de maneira direta. Portanto, fica mais difícil saber a fonte original e entender que há uma referência sendo feita. Para isso, é preciso conhecer a fonte original e reconhecer por conta própria a relação existente.