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TEMA 6 AMPLIFICADORES OPERACIONAIS

Aula 13.- Amplificadores diferenciais (ADI).

OBJECTIVOS
1-Identificar as particularidades dos
amplificadores de acoplamento direto com
respeito aos amplificadores RC.
2-Identificar a tarefa que realizam os
amplificadores diferenciais, assim como as
expressões matemática que os
caracterizam.
1-Amplificadores de acoplamento direto.
No APS com acoplamento RC, a freqüência de
corte às baixas se determina por:
1
c =
RC
Nos APS o acoplamento do sinal de excitação com
o amplificador, nas etapas do circuito e da saída
com a carga, efetua-se através de capacidades.
Esta característica é uma limitante para obter
pequenos valores na freqüência de corte. Este
problema é solúvel eliminando as capacidades.
Figura 1. Amplificador de duas etapas com acoplamento
direito.
2-ADI.Tarefa que realizam.
O amplificador diferencial é a base do
amplificador operacional, é um amplificador com
acoplamento direto, portanto, de corrente
contínua por que é capaz de amplificar sinais de
freqüência zero.
Como seu nome o indica, tem a tarefa de que
suas saídas sejam uma função da diferença dos
sinais de entrada. Esta se representa a partir do
seguinte esquema em bloco:
Figura 2.- Esquema em
s
bloco de um ADI.
s2 s1

Onde:
Us1= Ad (Ue1 – Ue2) (1)
Us2= Ad (Ue2 – Ue1) (2)
Ad – ganho diferencial
A diferença de potencial entre as duas saídas
será:
Us= Us1 – Us2= Ad (Ue1 – Ue2) – Ad (Ue2 – Ue1) (3)

Us= 2Ad (Ue1– Ue2) (4)

Mas o mais usual é o emprego de uma das duas


saídas com uma das entradas a terra.
Se Ue2= 0 e Ue1>0; então de (1) tem-se que :
Us1= Ad Ue1 Ue1 – entrada não inversora
Se Ue1= 0 e Ue2>0; então de (1) tem-se que:
Us1= – Ad Ue2 Ue2 – entrada inversora
Com o estudo realizado até o momento, como se
comportará o ADI para os seguintes jogos de
voltagens de entrada?
a) Ue1= 20mv; Ue2= -20mv
b) Ue1= 520mv; Ue2= 480mv
Em um ADI real, a tensão de saída depende da
componente comum às duas voltagens de
entrada.
Esta fenômeno se representa da seguinte forma:
Us1= Ad Ud + Ac Uc ; onde:
Ac – o ganho em modo comum
Ud – o sinal diferencial
Dada esta situação, que seria o ideal?
Ac = 0 e Ad elevado, para que o valor de Us fosse
independente do sinal comum às duas entradas.
Para um amplificador diferencial com transistores
Figura 3 Ud= Ue1 – Ue2
Uc= ½(Ue2 + Ue1)

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Como caracterizar a qualidade de um ADI?


3.- Fator de rechaço ao modo comum.
É o parâmetro que caracteriza a qualidade de um
amplificador diferencial e se expressa pela
seguinte relação:

Para que um ADI seja de qualidade aceitável


é necessário que FRMC tenha como valor
mínimo um valor da orden de 1000.
Para o ADI da figura 3, a partir das expressões do
Ad e Ac, o FRMC é igual a:
Evidentemente, para obter
um maior valor do FRMC é
necessário eleger uma Re
grande, mas isto limita o
ganho do amplificador, por
que através da mesma se
produz uma realimentação
negativa.
Uma solução possível a este problema se pode
encontrar em "Electrônica Analógica" do Antonio
J. G. Padilla.
Com um ADI a transistores com elementos
discretos não se obtém um bom funcionamento
do mesmo, devido às diferenças em seus
parâmetros e sua sensibilidade às as variações de
temperatura. Esta situação fica resolvida com o
emprego do circuito integrado, ao obter-se
transistores com muito poucas diferenças e é
pouco sensível às variações de temperatura, pois
seus elementos estão muito próximos e em um
suporte comum.
RESUMO
1. Os amplificadores com acoplamento direto têm a
vantagem de estar limitado pela freqüência de corte às
baixas, mas são muito sensíveis às diferenças de seus
parâmetros e às variações da temperatura.
2. Com um ADI se obtém uma voltagem de saída
proporcional à diferença das voltagens de entrada.
3. Em um ADI real, a tensão de saída depende da
componente comum às duas voltagens de entrada. É o
parâmetro que caracteriza a qualidade de um
amplificador diferencial é o FRMC.

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