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Conforto térmico

• A NBR 16401 (2008) é uma revisão que cancelou e substituiu a antiga


NBR 6401 de 1980, focada no projeto de instalações de ar
condicionado (parte 1), nos parâmetros de conforto térmico em
ambientes condicionados (parte 2) e na qualidade do ar interior
(parte 3). Apesar de ser uma norma bastante detalhada no que diz
respeito aos parâmetros de conforto térmico em espaços internos, os
limites de temperatura e velocidade do ar são restritos, e, por esse
motivo, adequados para ambientes climatizados artificialmente e com
rígido controle de velocidade e umidade relativa do ar.
ASHRAE
• ASHRAE, fundada em 1894, é uma sociedade global que promove o
bem-estar humano através de tecnologias sustentáveis para o
ambiente construído. A Sociedade e seus membros atuam nas áreas
de edificações, eficiência energética, qualidade do ar interno,
refrigeração e sustentabilidade dentro da indústria. Por meio de
redação de normas técnicas, realização de pesquisas, publicações e
educação continuada, a ASHRAE molda o ambiente construído do
amanhã, hoje.
• O conforto térmico pode ser definido como a condição psicológica de
um indivíduo que expressa satisfação com relação às condições
térmicas do ambiente em que se encontra. Esse tipo de julgamento é
um processo cognitivo envolvendo muitos parâmetros influenciados
por processos físicos, fisiológicos, psicológicos e outros.
• Do ponto de vista fisiológico, o conforto térmico ocorre quando há
um equilíbrio térmico na ausência de suor regulatório durante a troca
de calor entre o corpo de um indivíduo e o ambiente em que se
encontra. Em termos de sensações corporais, o conforto térmico está
relacionado às sensações de muito quente, quente, morno, neutro,
fresco, frio e muito frio.

• O conforto também depende de ações comportamentais que são
iniciadas inconscientemente ou conscientemente e guiadas pelas
sensações térmicas e de umidade para reduzir o desconforto.
Algumas das ações possíveis para reduzir o desconforto são: alteração
da vestimenta, alternação de atividades, mudanças de posturas ou
localização, mudanças nos parâmetros operacionais de dispositivos de
controle ambientais, aberturas e fechamento de passagens de ar,
reclamação ou abandono do local.
• O calor produzido por um adulto em repouso é da ordem de 100 W.
Devido ao fato da maior parcela deste calor ser transferida para o
ambiente através da pele, torna‐se conveniente caracterizar a
atividade metabólica em termos da produção de calor por unidade de
área da pele, unidade denominada met. Para um indivíduo em
repouso, a unidade met corresponde a aproximadamente 50‐58
W/m2, dependendo do grupo étnico ou geográfico.
• O calor produzido por um adulto em repouso é da ordem de 100 W.
Devido ao fato da maior parcela deste calor ser transferida para o
ambiente através da pele, torna‐se conveniente caracterizar a
atividade metabólica em termos da produção de calor por unidade de
área da pele, unidade denominada met. Para um indivíduo em
repouso, a unidade met corresponde a aproximadamente 50‐58
W/m2, dependendo do grupo étnico ou geográfico.
• Assim, a NBR 16401 estipula os parâmetros ambientais suscetíveis de
produzir sensação aceitável de conforto térmico em 80 % ou mais das
pessoas. Os parâmetros estipulados nositens 6.1 e 6.2 são válidos
para grupos homogêneos de pessoas, usando roupa típica da estação
e em atividade sedentária ou leve (1,0 met a 1,2 met).

• – Verão (roupa típica 0,5 clo)

• Temperatura operativa e umidade relativa dentro da zona delimitada por:
• 22,5 °C a 25,5 °C e umidade relativa de 65 %;
• 23,0 °C a 26,0 °C e umidade relativa de 35 %.

• A velocidade média do ar (não direcional) na zona de ocupação não deve ultrapassar: a
0,20 m/s para distribuição de ar convencional (grau de turbulência 30% a 50%); 0,25 m/s
para distribuição de ar por sistema de fluxo de deslocamento (grau de turbulência
inferior a 10 %).

• – Inverno (roupa típica 0,9 clo)

• Temperatura operativa e umidade relativa dentro da zona delimitada por:
• 21,0 °C a 23,5 °C e umidade relativa de 60 %;
• 21,5 °C a 24,0 °C e umidade relativa de 30 %.

• A velocidade média do ar (não direcional) na zona de ocupàção não deve
ultrapassar: a 0,15 m/s para distribuição de ar convencional (grau de turbulência
30 % a 50 % ); 0,20 m/s para distribuição de ar por sistema de fluxo de
deslocamento (grau de turbulência inferior a 10 %).

• A diferença entre as temperaturas num plano vertical entre 0,1 m e
1,1 m do solo (entre tornozelos e cabeça de pessoas sentadas) deve
ser inferior a 3 K. A variação gradual e contínua da temperatura
(passiva ou intencional) não deve ultrapassar a taxa de 0,5 K por hora,
sendo que a temperatura final resultante não deve se distanciar dos
limites de temperatura estipulados em 6.1 e 6.2 em mais de 0,5 K,
nem permanecer neste nível por mais de 1 h. A assimetria da
temperatura radiante admissivel deve ser inferior a: 5 K para forro
quente; 14 K para forro frio; 23 K para parede quente; e 10 K para
parede fria.

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