9 Aula Melissa - Neoclássico

NEOCLÁSSICO INTERNACIONAL
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

Neoclássico
 Arquitetura grega e romana atualizadas com novas finalidades e tecnologia;
“Não havia arquitetura mais perfeita e estética pura, nobre e poderosa que
melhor representaria as aspirações dos Estados Europeus recém-
organizados
 Esse novo classicismo foi visto como ideal para a ambição das poderosas
potências europeias que experimentavam o início da democracia, das
jovens cidades americanas;
 Arquitetura para todos: fachadas nobres, fachadas para casa de campo,

prefeituras, estações ferroviárias, etc.

Neoclássico
 Reação contra os exageros do Rococó
 Culto a clareza, ordem, pureza, nobreza e razão
 Aprofundamento as novas exigências das

cidades Industriais
Museu Britânico, de Robert Smirke.

Neoclássico
CARACTERÍSTICAS GERAIS
 Busca da pureza das Artes Clássicas
 Ordens clássicas usadas com proporções padronizadas - fachadas e

pórticos
 Ornamentos baseados na mitologia grega
 A figura humana era escalonada ao edifício
 Ideário de formas, ensinamentos, normas e raciocínio clássico
 Autonomia aos elementos decorativos

Neoclássico
CARACTERÍSTICAS GERAIS
 Ideal de simplicidade
 Exterior com ideia de grandiosidade e força
 Interior com ideia de comodidade e bem-estar
 Revalorização da forma quadrada

Características da arquitetura neoclássica
Colunas (de origem grega):
Estrutura de sustentação das construções.

Compõem-se de três partes : base, fuste
(parte maior) e capitel (parte superior com
ornamentos).
Base




Arcos (de origem romana):
Elementos de construção de formato

curvo, existentes na parte superior das
portas e passagens que servem de
sustentação.

Frontões:
Estruturas geralmente triangulares existentes

acima de portas e colunas e abaixo do
telhado. Os frontões podem receber os mais
variados tipos de decoração.

Platibanda:
Espécie de mureta de alvenaria, maciça ou vazada,

localizada no topo das paredes frontais para encobrir
as águas do telhado e compor ornamentalmente uma
fachada. É utilizado um sistema de escoamento das
águas pluviais por condutores embutidos ou fixados
nas fachadas;


Cimalha:
Acabamento em estuque no alto das edificações. É

constituída pela cornija – a terceira parte mais
elevada da cimalha; arquitrave – a parte mais baixa
da cimalha e pelo friso – o espaço que separa a
arquitrave da cornija, sendo comumente ornado de
esculturas ou inscrições.

Verga: peça de madeira ou cantaria que se apóia nas ombreiras das portas e janelas
para sustentar a parede acima do vão.
Verga do
neoclássico

Neoclássico nos EUA
Capitólio do Estado,
Virginia,
1798
 Thomas Jefferson adotou o classicismo como arquitetura oficial dos EUA

a partir do século XVIII;
 Ideal: “classicismo a serviço da democracia”;

Casa Branca, Washington, 1829
 Adoção do estilo palladiano;

 Cúpula de 68m de ferro;

Monumento à Lincon, Washington, 1829
 Projetado por Henry Bacon;

Neoclássico na Europa
Monumento à Newton, 1784
 Projetado por Boullé;

 Esfera de 150m de altura;

Monumento à Newton, 1784
“Monumento se ajustava à escala e à ambição... Ambições políticas de

Napoleão que sonhava com um Imperio que se estendesse de Calais à
Moscou”

 Esfera representava o Universo e o quadrado o sarcófago;

NEOCLÁSSICO NO BRASIL

Missão Francesa
MISSÃO FRANCESA, 1816
 Chefiada por Lebreton, Rio de Janeiro
 Reunião de artistas
 Paisagista: Nicolas Antoine Taunay
 Pintor: Jean Baptiste Debret,
 Escultor: Auguste Marie Taunay
 Arquiteto: Granjean de Montigny

Missão Francesa
D. João VI queria utilizar os mestres Europeus
“ estabelecer no Brasil uma Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, em que

se promova e difunda a instrução e conhecimentos indispensáveis aos
homens destinados não só aos empregos públicos da administração do
Estado, mas também ao progresso da agricultura, mineralogia, indústria e
comércio, fazendo-se portanto necessário aos habitantes, o estudo das
Belas Artes com aplicação referente aos ofícios mecânicos cuja prática,
perfeição e utilidade depende dos conhecimentos teóricos daquelas artes e
difusivas luzes das ciências naturais, físicas e exatas”...

Missão Francesa
 A Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios é criada no dia 12 de agosto de
1816
 O projeto foi retardado por crises políticas e sociais

 resistência de membros lusitanos do governo à presença francesa
 dificuldades impostas pelo representante da monarquia francesa,
 desprezo da sociedade por assuntos relativos às artes neoclássica
 Em 5 de novembro de 1826, são inaugurados cursos da Imperial Academia

de Belas
 Artes
 Desenho,
 Pintura
 Arquitetura Civil

Arquitetura da academia
CARACTERÍSTICAS
 Clareza construtiva
 Simplicidade na forma
 Elementos construtivos:
 cornijas, platibandas...
 Linhas básicas de composição:

 Pintura em cores suaves
 Pilastras , platibandas sobre as pilastras, paredes de tijolo ou pedra
revestidas,

CARACTERÍSTICAS
 Destaques para janelas e portas

 enquadradas com pedras aparelhadas
 arremate com arco pleno
 Rosáceas com vidros coloridos
 Escadarias
 Colunatas
 Frontões de pedra aparente

CARACTERÍSTICAS
 Reprodução de jardins de países com Clima Temperado
 Nova organização de espaços interiores
 Uso de objetos refinados
 Busca do ideal Europeu

Residências
 Valorização decorativa x
Interior rústico
 Revestimento das paredes com

papéis coloridos
 Tapeçaria e o mobiliário –
ordenação espacial
 Vida social império

Residências
 Mesma implantação dos tempos coloniais

 Alinhamento das ruas
 Limite dos lotes
 Frente das residências destinada a salões e área social da casa
 Surgimento de porões – depósito e área de serviço
 Surgimento de jardins

Residências

Residências

Neoclássico no litoral
 Contato direto e permanente com a cultura européia
 Desenvolvimento do nível mais complexo de arte e arquitetura
 Elevados padrões de correção formal
 Integração nas formas e detalhes de construção nos moldes internacionais

 Rio de Janeiro
 Belém
 Recife

Neoclássico na província
 Cópia imperfeita da arquitetura do litoral
 Mão-de-obra escrava
 Elementos estruturais rudimentares
 Acabamento de fachadas ou elementos decorativos nos interiores

Grandjean de Montigny
 1817 - Decorações urbanas temporárias

 1819 - Praça do Comércio
 1820 - Academia de Artes
 1824 – Projeto do Palácio Imperial
 1826 – Inauguração da Academia Imperial de Belas-Artes
 1827 – Monumento de Glória de Sua Majestade Imperial
e Gratidão da Nação
 Praça da Aclamação
 Publica : O espelho Diamantino
 1829 – Salão da Academia
 1834 – Mercado do Peixe
 1849 - Projeta chafariz
 1848 – Projetos urbanos
 1850 – Encomendas de projetos públicos

Academia Imperial de Belas Artes
- Prédio da Academia Imperial de Belas

Artes.
- Projeto de Auguste Henry Victor Grandjean
de Montigny (1776 – 1850)
- Demolido em 1937


- Pórtico que atualmente se encontra no Jardim Botânico, Rio de Janeiro.

Palácio do Comércio
ALFANDEGA, 1819





Casa de Grandjean de Montigny
CASA DA GÁVEA, 1850

Ideal Neoclássico de pureza e abstração de
planos



Neoclássico no litoral
Residência da Marquesa de Santos, RJ

Palácio do Itamarati




Adolpho Morales de Los Rios
 Projeta em Salvador, Recife, Maceió e Rio de Janeiro
 Escola Nacional de Belas Artes, 1906/1908
 Portão Monumental
 Parque de Diversões
 Projetos urbanos
 Construção da Estrada de Ferro Norte de Alagoas
 Rodovia de ligação Caeté-Peçanha, em Minas Gerais

Escola Nacional de Belas Artes
ESCOLA NACIONAL DE BELAS ARTES, 1980



Pátio do Colégio
Palácio da Justiça • Pátio do Colégio: na virada do século
atingiu sua plenitude como centro político
Palácio da e administrativo;
Agricultura • Cenário de atos cívicos e solenidades
• Pátio: prédios desenhados para sediar
órgãos representativos de funções do
Palácio do Estado
Governo • Neoclássico: linguagem que expressa os
valores que se pretende transmitir –
firmeza, equilíbrio, serenidade, segurança
e solenidade
• Edifícios:
- Secretaria da Agricultura
- Palácio da Justiça
- Palácio do Governo
- Palácio do Tesouro
Projeto de Ramos de Azevedo

Secretaria de Agricultura
Palácio da Justiça
Palácio da
Agricultura
• Projeto de 1896
• Situado no Pátio do Colégio
• Idéia de prédios gêmeos organizando o espaço público
Relação entre os edifícios que transcende a individualidade

Diferenças: composição da fachada e alguns elementos externos e internos de
decoração

Secretaria de Agricultura
Aquarela do corte do edifício
Planta do pavimento térreo do edifício

Hall central do edifício

Palácio do Governo
• Projeto de 1896
• Torreão: construído onde havia a antiga torre da igreja.
• Desequilíbrio do conjunto? Ou mudança de foco da composição do logradouro?
• Ritmo das fachadas – presente nos vãos, detalhes decorativos e linhas que marcam os
andares

Palácio do Tesouro
• Projeto de 1891
• Ao fundo prédio dos Correios

Fórum e Cadeia Pública de Campinas
• Concluído em 1896
• Engenheiro Emílio Daufresne
• Situado na Avenida Andrade Neves
• O traço de Ramos de Azevedo revela-se na distribuição bem proporcionada, no
acabamento e detalhamento acurado, na adequação ao programa, na influência clássica.

Fórum e Cadeia Pública de Campinas
• Planta em forma cúbica, que possui 2 corpos avançados
que se projetam na fachada frontal e posterior;
• Jardim interno;
• Térreo: hall central (pé direito duplo coroado por uma
clarabóia com vitral colorido), escadaria monumental.
Atrás do hall, organiza-se o espaço da Cadeia.
• Pavimento superior: Fórum. Composto de sala do júri,
salões (ricamente decorados e acabados), projetados ao
redor da casa;

Laboratório da Escola Politécnica
• São Paulo, bairro da Luz, 1895-1898

• A Escola Politécnica nasceu comprometida com a implantação da indústria;
• Ramos de Azevedo reformou o antigo solar do Marques de Três Rios para sediar a escola. O
objetivo era dar a Politécnica uma sede especialmente projetada para acomodar suas
necessidades;
• Fachada voltada ao passeio com recuo frontal – 37 metros;

• Alvenaria de tijolo sobre maciços de pedra e concreto, com revestimento de fina cantaria;
• Subsolo: depósitos, cozinhas dos laboratórios, câmaras escuras;
• Térreo: hall, laboratórios, anfiteatro central
• No lugar do hall tem-se o anfiteatro – lugar mais importante do edifício
Salão de
solenidades
• Primeiro pavimento (andar nobre): administração, sala congregação, sala das comissões e
salão de solenidades;
• Segundo pavimento: Gabinetes e auditórios de ciências

Laboratório de aula
• Entrada nobre do • Portão de ferro

edifício situado no corredor
de distribuição do
térreo
Auditório

Dutos e chaminés compõem a

parte de cima da volumetria
• Fachada: comanda as proporções entre as partes e o todo, o equilíbrio do jogo de volumes,

os planos e linhas;
• Fachada: ritmo e elementos de decoração que definem o estilo;
• Planta cúbica, destacada no lote, com 4 fachadas trabalhadas em estilo neoclássico. Planta
dividida em 4 eixos principais, 2 em cada sentido;

Neoclássico no Brasil
 Neoclássico no Brasil era produto de importação ou sem profundidade
 A identificação dos interesses europeus implica na rejeição de existência

dos padrões da sociedade brasileira
 As adaptações do Neoclassicismo no Brasil :

 a desnacionalização
 seu caráter de importação
 ausência de originalidade
 ausência de valor artístico próprio.

CONTEXTO POLÍTICO
 Identificam-se com a Corte, afirmam-se como agentes da “civilização”dos

trópicos.
 Reprodução das construções e ligações artísticas com a Corte.
 Um grupo restrito fixa a residência na Europa. (Paris)
 A maioria absorvia os costumes da corte e seus padrões formais.
 O Neoclassicismo é reproduzido nas províncias, tanto nos centros urbanos,

quanto nos rurais.

ABURGUESAMENTO
 Característica arquitetônicas
 Adoção de padrões urbanos de habitação residencial
 Artificialidade de sua organização
 Insistência na negação da paisagem local
 Estrutura social e rígida de hierarquias nos espaços
 Estrutura discriminatória

Bibliografia
• BRUAND, Yves. Arquitetura Contemporânea no Brasil. São Paulo: Perspectiva,

1981.
• REIS Fº., Nestor Goulart. Quadro da Arquitetura no Brasil. São Paulo: Perspectiva,
1978.
• LEMOS, Carlos. Alvenaria Burguesa. São Paulo: Nobel, 1989.
• CARVALHO, Maria Crisitna Wolff de. Ramos de Azevedo. São Paulo.

Caderno desenhos
Desenhar a planta e a elevação de uma casa neoclássica.
Classificar setores (estar, repouso e serviço), fluxos, elencar programa.
Identificar elementos arquitetônicos da fachada.

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CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

 Arquitetura para todos: fachadas nobres, fachadas para casa de campo,

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

 Reação contra os exageros do Rococó

 Culto a clareza, ordem, pureza, nobreza e razão

 Aprofundamento as novas exigências das

Museu Britânico, de Robert Smirke.

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

 Busca da pureza das Artes Clássicas

 Ordens clássicas usadas com proporções padronizadas - fachadas e

 Ornamentos baseados na mitologia grega

 A figura humana era escalonada ao edifício

 Ideário de formas, ensinamentos, normas e raciocínio clássico

 Autonomia aos elementos decorativos

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

 Exterior com ideia de grandiosidade e força

 Interior com ideia de comodidade e bem-estar

 Revalorização da forma quadrada

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

Colunas (de origem grega):

Estrutura de sustentação das construções.

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Arcos (de origem romana):

Elementos de construção de formato

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Estruturas geralmente triangulares existentes

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

Espécie de mureta de alvenaria, maciça ou vazada,

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

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Acabamento em estuque no alto das edificações. É

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 Thomas Jefferson adotou o classicismo como arquitetura oficial dos EUA

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Casa Branca, Washington, 1829

 Adoção do estilo palladiano;

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

Monumento à Lincon, Washington, 1829

 Projetado por Henry Bacon;

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

Monumento à Newton, 1784

 Projetado por Boullé;

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

Monumento à Newton, 1784

“Monumento se ajustava à escala e à ambição... Ambições políticas de

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

 Esfera representava o Universo e o quadrado o sarcófago;

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

MISSÃO FRANCESA, 1816

 Chefiada por Lebreton, Rio de Janeiro

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

D. João VI queria utilizar os mestres Europeus

“ estabelecer no Brasil uma Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, em que

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

 O projeto foi retardado por crises políticas e sociais

 Em 5 de novembro de 1826, são inaugurados cursos da Imperial Academia

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROFA. MS. MELISSA RAMOS DA SILVA OLIVEIRA

 Linhas básicas de composição: