de forma que a expiação pudesse ocorrer. Cristo foi “escolhido antes da criação do mundo” (1 Pe 1:20; Tt 1:1-2; Ef 1:4) Deus determinou a identidade dos eleitos, escolheu redimi-los, e determinou Cristo como o redentor antes da criação do mundo. Visto que Deus é eterno, isso significa que nunca existiu a possibilidade de que Deus não redimiria os seus eleitos através da morte substitutiva de Cristo. De fato, o plano de redenção era logicamente uma certeza mesmo antes de Deus decretar a queda do homem. A obediência ativa de Cristo refere-se à sua perfeita obediência às leis de
Deus em nosso favor. Ele satisfez
completamente as demandas morais
de Deus, quem, consequentemente, creditou
tal justiça àqueles que
creriam em Cristo. (Fp 2:8; Rm 5:19)
Sustentar que Cristo precisava apenas morrer pelos pecados dos eleitos para redimi-los, falha em explicar o porquê ele fez tantas outras coisas. Vivendo uma vida ímpar de justiça. A verdade é que além de nos salvar do pecado, Cristo também mereceu uma justiça positiva em nosso favor. A obediência passiva de Cristo refere-se ao seu sofrimento da penalidade dos pecados dos eleitos. O pecado demanda castigo, e a
justa penalidade do desafio contra Deus é o
tormento sem fim no inferno. Visto que o castigo é sem fim, não há escape ou restauração para aqueles que estão sob a ira de Deus. (Rm 1:18; 3:10,23) A única solução é um ser humano sem pecado morrer por outro, sofrer a penalidade do pecado que ele mesmo não merecia. Isso foi o que Jesus fez pelos eleitos (2 Co 5:21). Embora Jesus não tivesse pecado (Hb 4:15), ele sofreu como um pecador, visto que Deus soberanamente imputou a culpa dos eleitos sobre ele. Ao levar muitos filhos à glória, convinha que Deus, por causa de quem e por meio de quem tudo existe, tornasse perfeito, mediante o sofrimento, o autor da salvação deles… Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu (Hebreus 2:10, 5:8; Mateus 27:27-31). Mas naquela hora (crucificação) Deus imputou sobre ele todo o peso da culpa dos eleitos: (Isaías 53:6,12).
Ele mesmo levou em seu corpo os nossos
pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas fomos sarados (1 Pedro 2:24; Romanos 5:15, 18-19:) A perfeição de Cristo era tal que Deus aceitou seu sacrifício de uma vez por todas e seu sofrimento em favor dos eleitos como suficiente para obter a “eterna redenção” para eles: (Hebreus 9:12; 1 Pedro 3:18).