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A Teoria da Tectônica de

Placas
• Introdução
• Deriva Continental
• Placas Tectônicas
• As Primeiras Evidências
• Alfred Wegener
• Alexander Du Toit
• O Paleomagnetismo
• Correntes de Convecção
Introdução
• PLACAS TECTÔNICAS
subducção Falhas transformantes

MARGENS
DIVERGENTES

CONVERGENTES
As Primeiras Evidências
• A observação entre as costas
sul-americana e africana

Séculos atrás alguns cartógrafos já


haviam notado com curiosidade que
o esboço da costa ocidental de África
parecia emparelhar-se com a costa
oriental da América do Sul.
• a distribuição de certas plantas e animais.

Há uma semelhança entre a fauna da ilha de Madagáscar e da Índia, um


país que está separado de Madagáscar por quase 4000 quilômetros de
oceano.

Alguns dos animais nativos da Índia se assemelham àqueles de


Madagáscar. Em contrapartida estão ausentes em Madagáscar zebras,
leões, leopardos, gazelas, macacos, rinocerontes, girafas, e elefantes,
animais estes que habitam a vizinha África.
• O registro fóssil

Durante o século dezenove, foram achados nos depósitos de carvão


paleozóicos da Índia, África do Sul, Austrália e América do Sul um grupo de
plantas fósseis, denominadas como flora de Glossopteris.
Glossopteris é uma variedade
de samambaia com semente.

Hoje vinte das vinte e sete


espécies de plantas fósseis
terrestres reconhecidas dentro da
flora de Glossopteris da Antártica
foram encontradas também na
Índia.
Como explicar a presença desta flora fóssil
em terrenos muito distantes uns dos outros?
• os ventos poderiam ter disseminado estas plantas carreando suas
sementes à enormes distâncias, mas na realidade as sementes do gênero
Glossopteris têm vários milímetros de diâmetro, ou seja, são muito
grandes para terem sido sopradas sobre oceanos tão extensos.
• “pontes de ligação” antigas ou cinturões de rocha félsica

Em alguma época passada haveriam “pontes” que conectavam


porções de terra, mas que, posteriormente, rebaixaram-se para
formar porções do fundo oceânico moderno.

Hoje sabe-se que este cenário não é realístico, porque a crosta


félsica possui uma densidade menor e não pode afundar nas
rochas máficas, que formam o fundo dos oceanos.
Alfred Wegener
Um Pioneiro do Século Vinte
• meteorologista alemão.

• em 1915 apresenta evidências que virtualmente todas as grandes áreas continentais


do mundo moderno estavam unidas no final da Era Paleozóica em um único
supercontinente, que ele denominou Pangea.
Como Wegener apoiou sua teoria?

• numerosas similaridades geológicas entre a América do Sul oriental e África ocidental.

• muitas semelhanças entre os biotas fósseis destes dois continentes.


Alexander Du Toit

• Os argumentos de Wegener foram desenvolvidos mais


detalhadamente pelo geólogo sul-africano Alexander Du Toit.
• Du Toit notou que fósseis do
pequeno réptil Mesosaurus
ocorre no Carbonífero ou no
limite entre o Permiano e o
Carbonífero tanto no Brasil
quanto na África do Sul.
• Em ambos continentes, os fósseis de
Mesosaurus ocorrem em xistos
escuros junto a fósseis de insetos e
crustáceos.

• O Mesosaurus viveu em habitats de


água doce e talvez também em
habitats de água salgada. A maioria
dos paleontólogos acha difícil de
imaginar, que este animal tenha
atravessado de alguma forma um
oceano tão largo quanto o Atlântico
atualmente e tenha achado ambientes
de água doce quase idênticos a seu
hábitat anterior.
A seqüência Gondwana entre Brasil x África do Sul e Antártica x Índia
• Foi apontado que até mesmo animais vivos e grupos de plantas
exibiam um padrão "Gondwana": várias espécies individuais e
gêneros foram achados distribuídos entre a América do Sul e a
África.

• Por exemplo, um gênero de minhoca foi encontrado vivendo


somente na porção sul da África e América do Sul, o que bate com
a reconstrução do Gondwana de Wegener. Um outro gênero de
minhocas só foi encontrado somente no sul da Índia e da Austrália.
• O contexto estratigráfico geral da flora de Glossopteris e do
Mesosaurus ofereceu apoio adicional para a existência do
Gondwana. Especificamente, as unidades de rochas carboníferas
e permianas que albergam a flora Glossopteris, conhecida como
seqüência Gondwana, ocorrem com semelhança notável na
América do Sul, África do Sul, Índia e Antártica.
• Movimento das geleiras – obtido através de um padrão obtido pela
medição das orientações de feições polidas nas rochas acamadadas
abaixo de seqüências glaciais.

O movimento das geleiras na América do Sul oriental tinha vindo


principalmente do sudeste, onde nenhuma porção de terra hoje existe para
apoiar geleiras grandes. Igualmente, no sul da Austrália havia evidência de
fluxo glacial vindas do sul, onde agora só há oceano.
• Du Toit deduziu corretamente através das evidências geológicas que o
Pangea não havia se formado antes da Era Paleozóica. Antes do Pangea
havia o Gondwana como um supercontinente distinto, e os continentes do
norte estavam unidos num segundo supercontinente chamado Laurasia.
• Du Toit também reconheceu que se fossem unidas a América do Sul, Antártica e
Austrália como Gondwana os cinturões de montanha ao longo de suas margens se
alinhariam, como resultado de uma deformação regional
• algumas evidências fósseis pareciam contradizer a noção da deriva
continental. Wegener tinha sugerido um curto período de tempo para a
deriva: ele propôs que o Pangea, que incorporava virtualmente todos os
continentes modernos, ainda existia na Era Cenozóica.

• quando os paleontólogos procuraram evidências de que os biotas do


mundo tinham evoluído em agrupamentos geográficos crescentemente
distintos a partir do início da Era Cenozóica, eles não encontraram
nenhuma.

• Atualmente sabe-se que Wegener fez um erro de datação, o que confundiu


os paleontólogos do seu tempo. O fraturamento do Pangea tinham
começado de fato próximo ao início da Era Mesozóica - muito mais
posterior do que Wegener acreditava. Os continentes não haviam se
movimentado muito o suficiente até o início da Era Cenozóica para permitir
que os biotas divergissem consideravelmente entre si; ao contrário,
somente no início desta era os continentes derivaram com relativa rapidez.
• No entanto a deriva continental teve
um grande aliado: um achado fóssil
feito na Antártica em 1969, um animal
do gênero Lystrosaurus, classificado
como um membro do therapsids, o
grupo que deu origem aos mamíferos.
Lystrosaurus era um animal herbívoro
com mandíbulas fortes. Como a
Antártica está tão distante dos outros
fragmentos do Gondwana, a
descoberta de fósseis de Lystrosaurus
por lá uma década mais cedo do
advento da teoria da tectônica de
placas, pode ter reavivado o
entusiasmo pela deriva continental.
O Paleomagnetismo
O campo magnético da Terra inverte sua polaridade de tempos em
tempos. Durante a década de cinqüenta, geofísicos tentaram
averiguar se os pólos norte e sul não só inverteram suas posições,
mas também se migraram periodicamente. Para explorar esta
possibilidade, estes investigadores tentaram determinar as posições
prévias dos pólos magnéticos usando rochas magnetizadas como
bússolas do passado.
A estrutura do campo magnético terrestre.
Rota da migração aparente do pólo magnético terrestre para
a América do Norte (círculos) e Europa (quadrados).
Anomalias magnéticas
Padrão de anomalias magnéticas do fundo oceânico
• Após a Segunda Guerra Mundial foi iniciado um estudo
das seqüências sedimentares dos fundos marinhos.
• Na década de 60 foi criado, por organismos
internacionais, o projeto Deep Sea Drilling Project
(DSDP) com o navio oceanográfico Glomar Challenger
para perfuração coleta e datação dos sedimentos do
assoalho marinho.
Movimento relativo das placas tectônicas
• Porque as placas se movem?
• Onde se originam as forças que movem
as placas?
• Qual é a profundidade em que as placas
ocorrem?
• Qual é a natureza das correntes de
convecção ascendentes?
• A convecção do manto é o motor que controla
os processos tectônicos de grande proporção
que operam na superfície terrestre.
CONVECÇÃO DO MANTO
• O magma ascendente
numa zona de
espraiamento empura a
litosfera para cima e o
peso do cume elevado
provoca o deslocamento
lateral da placa em ambas
direções.
Por que as placas se movem?

• Movimento convectivo na
astenosfera provoca um
arrastamento na base da placa.

• Na outra extremidade da placa, sua parte mais fria,


um bloco (slab) relativamente denso afunda na
astenosfera quente, puxando o resto da placa em
direção à zona de subducção .
Porque as placas se movem?

A convecção do manto implica


que aquilo que desce deve subir.

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