Aula 05 - Propagação e Cultivo de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares.

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PLANTAS MEDICINAIS,

AROMÁTICAS E
CONDIMENTARES
Prof.ª Dr.ª Cibelle Christine Brito Ferreira
PROPAGAÇÃO E CULTIVO
O que é
Propagação? Conjunto de práticas
destinadas a perpetuar as
espécies de forma
controlada

Métodos de propagação

Sexuada: sementes Assexuada: estruturas vegetais


PROPAGAÇÃO E CULTIVO

a) Assexuada b) Sexuada
PROPAGAÇÃO SEXUADA
Processo onde ocorre a fusão dos gametas masculinos e femininos
para formar uma só célula (zigoto), no interior do ovário, após a
polinização.

 Autopolinização
 Polinização cruzada

PROPAGAÇÃO ASSEXUADA,
VEGETATIVA OU AGÂMICA
Processo que ocorre por mecanismos de divisão e diferenciação celular
(regeneração de partes da planta mãe)
> Totipotencialidade (informação genética da célula)
> Regeneração de células ( regeneração de órgãos adventícios)
Fonte: FACHINELLO, J. C. et al. Propagação de
plantas frutíferas. Brasília. 2005. 221p.
PROPAGAÇÃO SEXUADA
SELEÇÃO DE SEMENTES
 Por tamanho: As sementes maiores possuem maior
quantidade de reservas e dão origem a plantas mais
vigorosas.
 Por sanidade: todas as sementes que apresentam
aspecto distinto do normal devem ser descartadas
 Por poder germinativo: O poder germinativo das
sementes e sua longevidade devem ser conhecidos
para maior garantia. Há espécies cujo poder
germinativo dura somente algumas semanas e outras,
vários anos.
SELEÇÃO E PREPARO DE SEMENTES
 Coleta de sementes - as sementes devem ser colhidas
quando estiverem completamente formadas e secas,
tendo-se o cuidado de coletá-las em sacos de papel
para serem beneficiadas posteriormente.
 Em algumas espécies, por exemplo, pode haver
liberação das sementes e dos frutos quando do seu
amadurecimento, neste caso a colheita deve ser feita
antes desse ponto (trata-se de um mecanismo de
adaptação da planta para sua disseminação).
SELEÇÃO E PREPARO DE SEMENTES
Armazenamento - antes de armazenar as sementes
realizar o beneficiamento, que consiste em separar as
sementes das impurezas, por meio de peneiras ou outros
recursos.
 Manter temperatura e umidade adequadas.
 Acondicionar em sacos de papel permeável ou
material impermeável selado.
 A temperatura de 4,5° a 5°C parece é ao
armazenamento da maioria das espécies.
PREPARO DAS SEMENTES
Fatores que afetam a germinação das sementes

 Fatores internos

Dormência, qualidade da semente, potencial de


germinação da espécie

 Fatores externos
Água, temperatura, luz e gases
 Fatores internos

a) Dormência ( metabolismo água)

Causas da Dormência:
Dormência devida aos envoltórios da semente

* Dormência física: testa, impermeabilidade à água

* Dormência mecânica: envoltórios resistência à


expansão do embrião

* Dormência química: inibidores associados ao fruto (fenóis,


cumarina e ácido abscísico). Ex. Pêssego
Dormência morfológica
*Embrião rudimentar: pró-embrião envolvido pelo
endosperma
*Embrião não desenvolvido: presente no fruto
imaturo

Dormência interna

* Dormência fisiológica: comum em plantas


herbáceas
. Dormência
térmica: temperaturas elevadas
. Fotodormência: sementes que necessitam
de escuridão para germinar
. Dormência do embrião: embrião incapaz de
germinar
b) Qualidade da semente

* Viabilidade: % de germinação

* Vigor: todos os atributos da semente que favorecem o


estabelecimento da espécie no campo

Semente em senescência: vigor


viabilidade

c) Potencial de germinação da espécie

Maioria das espécies dificuldade de germinação

. Fatores genéticos
. Vigor
. Longevidade
Fatores externos

a) Água

Ativação do metabolismo para germinação


Teor de água mínimo para germinação: 40% a 60%

b) Temperatura

Fator mais importante para a germinação: influência


nas reações metabólicas

25 0C a 30 0C
Fatores externos

c) Gases

O2: Ativa o processo de respiração


CO2 : Pode inibir a
germinação

d) Luz

Efeito diferenciado entre as


espécies, mas indispensável para
o
crescimento das plântulas
SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA

> Aumento da permeabilidade dos envoltórios

. Método físico
Imersão em água quente (65 a 85 0C por 5
a 10 min)

. Método químico
Tratamento com hidróxido de sódio ou de potássio,
formol e ácido clorídrico ou sulfúrico por 10 min a 6h, conforme
a espécie

. Método mecânico
Superfície abrasiva, agitação em areia ou pedra, quebra
dos envoltórios.
> Maturação do embrião

Armazenamento das
Amadurecimento do embrião
sementes em ambiente frio
Balanço hormonal favorável à germinação e úmido

Estratificação ... Ideal ... Aquele que retém adequado teor de


umidade e não contém substâncias tóxicas

Exemplos: O solo
Areia lavada
Musgo
Vermiculita
Serragem
Mistura
destes
materiais

Método: camadas de sementes são intercaladas com camadas do substrato


PROPAGAÇÃO ASSEXUADA

Borbulhia
PROPAGAÇÃO ASSEXUADA

Vantagens:

 Permite a manutenção do valor agronômico de uma


cultivar ou clone.
 Redução do período produtivo.
 Maior uniformidade fenológica, bem como uma resposta
idêntica dos fatores ambientais.
 Permite a combinação de clones, principalmente quando se
usa a enxertia.
PROPAGAÇÃO ASSEXUADA
Desvantagens:

 Possibilita a transmissão de doenças, especialmente as


causadas por vírus e bactérias.
 Pode ocorrer ao longo do tempo, uma mutação das gemas,
podendo ser gerado um clone diferenciado e de menor
qualidade que a planta matriz.
 A ausência da variabilidade gerada no clone pode levar a
problemas na futura área de produção, aumentando o risco de
danos em todas as plantas por problemas climáticos ou
fitosanitários.
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA
ESTAQUIA

Método de propagação no qual ocorre a indução do


enraizamento adventício em segmentos destacados da
planta-mãe que, quando submetidos a condições favoráveis,
originam uma muda

Princípio do método de estaquia

Porção do ramo ou folha raiz

Regeneração

Porção da raiz ramos


PROPAGAÇÃO VEGETATIVA

ESTAQUIA
APLICAÇÕES DA
ESTAQUIA:
 É utilizado quando as plantas não produzem
sementes num determinado local.
 Quando se deseja ter material com
características da planta matriz.
 As plantas propagadas por estacas têm,
geralmente, menor longevidade que as
propagada por sementes.
 Apresentam redução na fase juvenil,
produzindo em pouco tempo flores e frutos,
embora possam estar com tamanho
reduzido.
 As raízes são pouco profundas.
CLASSIFICAÇÃO DAS ESTACAS

Lenhosas (lignificadas: 8 a 15 meses)

Semilenhosas (Estacas com folhas, oriundas


Aéreas
de plantas lenhosas)

Herbáceas (atividade meristemática, lignificação)

Subterrâneas Estacas de raiz


CLASSIFICAÇÃO DAS ESTACAS
 Estacas de folhas - são utilizadas para plantas que apresentam folhas
carnosas, como a folhada-fortuna, que são destacadas da planta-matriz
e deixadas sobre a areia úmidas ou parcialmente enterradas, com o
pecíolo para baixo, até a formação da parte aérea e sistema radicular.
 Estacas de raiz - podem ser utilizadas para plantas como o confrei, ou
para a espinheira-santa, que são também colocadas em leito de areia
para a formação da parte aérea.
 Estacas de caule - são as mais usadas nas plantas medicinais. São
classificadas de acordo com a maior ou menor quantidade de lenho:
Lenhosas (erva-cidreira), Semilenhosas (alecrim) e Herbáceas
(manjericão).
CUIDADOS NA COLETA DAS ESTACAS
 A planta-matriz deve ter bom aspecto sem sintomas de doenças ou
subnutrição (plantas raquíticas). • Coletar de preferência nas horas
mais frescas, para evitar grandes perdas de água até o momento do
plantio. • As estacas semilenhosas e herbáceas devem apresentar
folhas. Recomenda-se deixar somente as folhas da parte superior. O
corte da estaca é feito imediatamente abaixo de um nó, na base.
Quando as folhas forem muito grandes devem ser cortadas no meio, no
sentido transversal à nervura principal, para diminuir a transpiração. •
Estacas herbáceas devem vir sempre que possível com o talão (parte
da haste da planta com material rígido - lenho), facilitando o
pegamento. Destacá-las com a mão, não cortar. • As estacas devem ter,
normalmente de 7 a 15 cm de comprimento.
PROPAGAÇÃO ASSEXUADA

 Método de divisão: Consiste em dividir a parte da planta


mecanicamente, e multiplicar em tamanhos adequados para
propagação.
 Método de separação: Desmembramento das partes se dá
por processo natural ou manual.
PROPAGAÇÃO ASSEXUADA
 Bulbos - os bulbos são separados e plantados diretamente no
local definitivo ou em leitos de areia, para melhor
desenvolvimento.
 Rizomas - os rizomas podem ser divididos ou separados,
dependendo do caso.
 Filhotes e rebentos - algumas plantas, como a babosa e a sacaca,
emitem filhotes ou rebentos a partir da base do caule, os quais
são separados e plantados normalmente.
 Divisão de touceiras - esta divisão, que pode estar compreendida
nos três tipos anteriores, consiste na separação ou divisão de
touceiras de uma planta em mudas, sendo estas colocadas em
leito de areia ou plantada diretamente no local. Ex.: capim-limão.
PROPAGAÇÃO ASSEXUADA
 Divisão de touceiras
PROPAGAÇÃO ASSEXUADA
 Estolões
PROPAGAÇÃO ASSEXUADA
 Rizomas
PROPAGAÇÃO ASSEXUADA
 Bulbos
REVISÃO E INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

 Vídeo: Propagação por Estaquia


 Vídeo: Propagação por Estolões
 Vídeo: Propagação por Rizomas e Bulbilhos
 Vídeo: Propagação por Divisão de Touceira – Perfilhos
 Vídeo: Usando mudas prontas
 Vídeo Extra: Horta Compartilhada
 Vídeo: Propagação Vegetativa | Embrapa AVA

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