Eletricidade I Slide de Aulas III

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Eletricidade I - 2ª Unidade

Leis de Kirchhoff
(Continuação)
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Eletricidade I - 2ª Unidade

Associação de Resistores
Delta-Estrela (ΔY)
ou
Estrela-Delta (YΔ)
Leis de Kirchhoff

As Leis de Kirchhoff foram desenvolvidas


pelo físico alemão Gustav Robert Kirchhoff, e sua
importância é que elas apresentam uma relação
entre a tensão e a corrente nos vários
componentes de um circuito elétrico.
Leis de Kirchhoff

Para aprendermos a usar as leis de Kirchoff,


precisamos compreender o que são os nós, ramos
e malhas dos circuitos elétricos. Vamos ver uma
definição simples e objetiva para cada um desses
conceitos:
Leis de Kirchhoff

Nós: são onde há ramificações nos circuitos, ou


seja, quando houver mais de um caminho para a
passagem da corrente elétrica.
Ramos: são os trechos do circuito que se
encontram entre dois nós consecutivos. Ao longo
de um ramo, a corrente elétrica é sempre
constante.
Leis de Kirchhoff

Malhas: são caminhos fechados em que


iniciamos em um nó e voltamos ao mesmo nó. Em
uma malha, a soma dos potenciais elétricos é
sempre igual a zero.
Leis de Kirchhoff
Na figura seguinte mostramos um circuito que
apresenta nós, ramos e malhas:
Leis de Kirchhoff
Vamos fazer a aplicação das leis de
Kirchoff.
Na figura, temos um circuito elétrico que contém
três malhas, A, B e C:
Leis de Kirchhoff
Agora, mostramos cada uma das malhas do
circuito separadamente:
Leis de Kirchhoff
Na figura seguinte, mostraremos como foi a
escolha do sentido em que as malhas são
percorridas bem como do sentido arbitrado para a
corrente elétrica:
Leis de Kirchhoff

Além de ser usada para definir o sentido em que


percorreremos as malhas, a figura anterior define
que a corrente elétrica que chega ao nó A, iT, é
igual à soma das correntes i1 e i2. Portanto, de
acordo com a 1ª lei de Kirchhoff, a corrente
elétrica no nó A obedece a seguinte relação:
Leis de Kirchhoff
Aplicaremos a 2ª lei de Kirchoff às malhas A, B e
C.
Começando pela malha A e percorrendo-a no
sentido horário a partir do nó A, passamos por um
resistor de 8 Ω, percorrido por uma corrente i1
também no sentido horário, portanto, o potencial
elétrico nesse elemento é simplesmente 8i1.
Leis de Kirchhoff

Em seguida, encontramos o terminal negativo de


24 V, que, desse modo, terá sinal negativo:
Leis de Kirchhoff

Depois de termos obtido a corrente elétrica i1,


com base na aplicação da 2ª lei de Kirchhoff na
malha A, faremos o mesmo processo na malha B,
partindo do nó A, também no sentido horário:
Leis de Kirchhoff
Com a primeira equação que obtivemos, por
meio da 1ª lei de Kirchhoff, podemos determinar
a intensidade da corrente iT:
Leis de Kirchhoff
Perceba que para o circuito utilizado como
exemplo não foi necessário determinar a equação
da malha externa C, entretanto alguns circuitos
um pouco mais complexos exigem que
determinemos as equações de todas as malhas e,
geralmente, são resolvidos por métodos de
escalonamento, pela regra de Cramer ou por
outros métodos de solução de sistemas lineares.
Leis de Kirchhoff

Lei de Kirchhoff para Corrente (LKC) ou Lei


dos Nós diz o seguinte:

• A soma algébrica das correntes que entram e


saem de uma região, chamada nó, é igual a
zero.
Leis de Kirchhoff
Ou:
• A soma das correntes que entram em um nó
deve ser igual à soma das correntes que saem
do nó.

• Um nó é a junção de dois ou mais caminhos nos


quais a corrente percorre o circuito elétrico.
Características do circuito misto

I
Características do circuito misto
1º) Se no circuito abaixo VR1= 2v e VR2= 2v,
qual a tensão de R3 e a tensão total, o valor e o
sentido do It?

I1
I2
Características do circuito misto
2º) Calculando as correntes de entrada e saída
teremos:

IR1= 2/3=0,66A
IR2= 2/2=1A
IR3= IR1+IR2=1.66A
Características do circuito misto
3º) Calculando a tensão de saída teremos:
VR3=R3.IR3=4.1,66=6,64V
Vt=6,64+2=8,64V

I1
I2

It
Lei de Kirchhoff
Aplicando a lei de Kirchhoff poderemos calcular
tanto a tensão de saída como tambem a
corrente.

Nós vimos até então que através da Lei de Ohms


podemos calcular a tensão e a corrente.

Vamos calcular agora levando em conta as duas


leis.
Lei de Kirchhoff
Vamos calcular as tensões e correntes para o
circuito apresentado abaixo:
Onde:
V2(R2=4Ω)
V3(R1=6Ω)
Lei de Kirchhoff
1º) Calculando as tensões e correntes no circuito
apresentado usando a lei de Ohms:
Vt=12V
VR1=12V
VR2=12V
Logo: Rt=6x4/6+4=2,4Ω Daí: 12/2,4=5A ou (paralelo)

IR1= 12/6=2A
IR2= 12/4=3A
It= IR1+IR2=2+3=5A
Lei de Kirchhoff
2º)Calculando as correntes no circuito
apresentado usando a lei de Kirchhoff:
It= I1+I2
Na malha 1 teremos:
6I1-12=0
I1=12/6=2A
Para a malha 2 teremos:
-6I1+4I2=0
4I2=6I1 onde: I2=6I1/4= ou I2=6x2/4=3A
Logo It= I1+I2=2+3=5A
Lei de Kirchhoff
Vamos calcular as tensões e correntes para o
circuito apresentado abaixo:
Lei de Kirchhoff
1º) Calculando as correntes no circuito
apresentado usando a lei de Kirchhoff:
V1-V2 = V3+V4-V5 onde: 12-4I-6I+6V-2I=0
Daí teremos:
V1+V4 = V2+V3+V5
12+6 = 4I+6I+2I
Logo:
18 = 12I
It= 18/12=1,5A
Associação Delta-Estrela (ΔY) ou Estrela-
Delta (YΔ)
As associações em série, paralelo e mista
são ótimas técnicas para determinar a resistência
equivalente, porém, existem situações nas quais
essas técnicas não são suficientes para a
determinação da resistência equivalente como o
caso da figura a seguir:
Associação Delta-Estrela (ΔY) ou Estrela-
Delta (YΔ)
Associação Delta-Estrela (ΔY) ou Estrela-
Delta (YΔ)
• Nesse exemplo não é possível encontrar
nenhuma associação de resistores pelas técnicas
em série ou em paralelo.
• Esses casos podem ser resolvidos utilizando as
transformações delta-estrela ou estrela-delta.
• As transformações ΔY e YΔ serão aplicadas na
obtenção da resistência equivalente entre os
pontos A e B de dois circuitos.
Associação Estrela – Y
Dizemos que os resistores estão associados na
configuração estrela quando há três resistores que
se dispõem como a figura abaixo:
Associação Delta ou Associação
Triângulo – Δ
Três resistores associados como na figura a baixo
formam o que denominamos configuração
triângulo:
Transformação Delta-Estrela (ΔY)
O triângulo (delta) é formado pelos resistores R1
R2, R3, com vértices nos nós A, B e C, conforme
figura abaixo:

Na ligação equivalente em estrela, surge um


quarto ponto (D, central).
Transformação Delta-Estrela (ΔY)
• Cada resistência na estrela é a ligação desse
ponto com o vértice respectivo no triângulo.

• Podemos determinar as resistências da estrela


equivalente, formada pelos resistores RA, RB e
RC.
Transformação Delta-Estrela (ΔY)

Por meio das seguintes equações:

• Observe que existe um padrão na equação, o


que pode ajudar na hora de memorizar:
Transformação Delta-Estrela (ΔY)

• RA = todos os resistores do triângulo ligados ao


ponto A/somatório dos resistores do triângulo.
• RB = todos os resistores do triângulo ligados ao
ponto B/somatório dos resistores do triângulo.
• RC = todos os resistores do triângulo ligados ao
ponto C/somatório dos resistores do triângulo.
Transformação Delta-Estrela (ΔY)
Podemos observar que:
- O denominador não muda (é o somatório dos
resistores do triângulo).
- E o numerador é a multiplicação dos resistores
ligados ao ponto equivalente no circuito em
triângulo.
• Os valores das resistências em estrela são
menores que na ligação em triângulo inicial.
Transformação Delta-Estrela (ΔY)
Ex.01) Vamos calcular o circuito em estrela equivalente ao
circuito em triângulo, aplicando as equações:
Transformação Delta-Estrela (ΔY)
,
Transformação Estrela-Delta (YΔ)
A estrela é formada pelos resistores RA, RB, RC,
com vértices nos nós A, B e C.
Transformação Estrela-Delta (YΔ)
As resistências do triângulo equivalente, será
formado pelos resistores R1, R2 e R3, por meio
das seguintes equações:

Observe que novamente existe um padrão na


equação.
Transformação Estrela-Delta (YΔ)
• Porém, nesse caso é o numerador que não muda
(basta observar o padrão), e o denominador é o
único resistor que não está ligado aos pontos
que estão sendo analisados, por exemplo:
• R1, está ligado aos pontos A e B no triângulo,
logo, o único resistor na estrela que não está
ligado aos pontos A e B é o resistor C, que é o
denominador da equação de R1.
Transformação Estrela-Delta (YΔ)
Ex.02) Agora vamos calcular o circuito em triângulo
equivalente ao circuito em estrela, aplicando as equações:
Transformação Estrela-Delta (YΔ)
Ex.02) Aplicando as equações teremos:

Observa-se que os valores na ligação em triângulo são


maiores que os da ligação em estrela inicial.
Transformação Estrela-Delta (YΔ)

Dicas
• Para um triângulo com três resistores iguais, de valor
RΔ, cada resistor da estrela equivalente vale:

• Para uma estrela com três resistores iguais, de valor RY,


cada resistor do triângulo equivalente vale:
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.03) Calcule a resistência equivalente entre os pontos A
e B do circuito da figura abaixo:
No circuito,
é possível identificar:
o triângulo CDE;
o triângulo DEF;
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.03) No circuito, também é possível identificar:
A estrela com vértices ADE
e centro C;
A estrela com vértices CDF
e centro E;
A estrela com vértices CEF
e centro D;
A estrela com vértices BDE
e centro F.
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.03) No circuito, também é possível identificar:
Existem diversas possibilidades de transformação.
Algumas opções, porém, exigem menor número
de transformações para chegar ao resultado final.
Dentre as opções, escolhemos a seguinte
estratégia: transformar o triângulo CDE em uma
estrela formada pelos resistores RC, RD, RE,
resultando no seguinte circuito:
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.03) Cálculo de RC, RD e RE, utilizando as equações:
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.03) Cálculo de RC, RD e RE, utilizando as equações:
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.03) Cálculo de RC, RD e RE, utilizando as equações:
Nessa transformação, surgem ligações em série identificadas, que
resultam nos resistores

R’ = Rc + 70 = 10 + 70 = 80 Ω
R” = Rd + 40 = 06 + 40 = 46 Ω
R’’’ = Re + 10 = 15 + 10 = 25 Ω.
Redesenhando o esquema, temos:
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.03) Na figura, identifica-se a associação em paralelo dos
resistores de 25 Ω e 46 Ω, resultando no resistor R0, cuja resistência
vale:
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.03) Redesenhando a figura anterior, teremos o seguinte esquema:

Com isso, vamos ter três resistores em série, resultando na resistência


equivalente Rt:
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.04) Determine a resistência equivalente entre os pontos A e B do
circuito da figura abaixo:
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.04) Temos duas possibilidades de solução para isso
podemos transformar os triângulos CDA ou CDB em estrela:
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.04) transformando o triângulo CDB em estrela ficaremos com o
triângulo CDE, onde as três resistências são iguais:
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.04) Logo, as resistências da estrela equivalente também serão, e
terão valor R calculado por:
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.04) Logo, com as resistências da estrela equivalente teremos
dois circuitos em série calculados por:

• Rp1 = 20 + R = 20 + 10 = 30,0 Ω
• Rp2 = 10 + R = 10 + 10 = 20,0 Ω

• em série com o Rb
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.04) Redesenhando o circuito, obtemos:

A associação em paralelo de Rp1 e Rp2 resulta em:


Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.04) Redesenhando o circuito, obtemos:

Finalmente, há os resistores de 10 Ω e R0 em série, resultando em:

RT = 10 +12 = 22 Ω
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.04) transformando o triângulo CDA em estrela
ficaremos com o triângulo CDE onde, agora, as três
resistências são diferentes:
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.04) Utilizando as formulas teremos:
Ra= __20x10___
R1+R2+R3

Rc= __20x30___
R1+R2+R3

Rd= __10x30___
R1+R2+R3
Aplicação das Transformações ΔY e YΔ:
Ex.04) Utilizando as formulas teremos:
Ra= __20x10___
R1+R2+R3

Rc= __20x30___
R1+R2+R3

Rd= __10x30___
R1+R2+R3
Continuar a análise:

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