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Poemas de natal

Dezembro

Dezembro entrou
Em bicos de pés,
Branquinho
De arminho
Espalhando a neve
De lés a lés.
Ouve-se ao longe
Música leve,
Celestial…
Daqui a pouco
Chega o Natal!...
In “O Meu Livro das Festas” de Abreu, Clara
Eu queria ser Pai Natal

Eu queria ser Pai Natal


E ter carro com renas
Para pousar nos telhados
Mesmo ao pé das antenas.

Descia com o meu saco


Ao longo da chaminé,
Carregado de brinquedos
E roupas, pé ante pé.
Em cada casa trocava
Um sonho por um presente
Que profissão mais bonita
Fazer a gente contente!

In “Poemas da Mentira e da Verdade” de Soares, Luísa


Ducla. Livros Horizonte
Natal

Entrai, pastores, entrai


Por este portal sagrado.
Vinde adorar o menino
Numas palhinhas deitado!

Pastorinhos do deserto,
Todos correm para o ver.
Trazem mil e um presentes
Para o Menino comer!
(canção popular de Linhares)

In “O Livro do Natal” Menéres, Maria Alberta


Um figurão

-Para a mesa é que eu não vou! –


Dizia o peru
A fazer Glu Glu.
-Prefiro uma pinguinha
De aguardente,
À tardinha.
E lá caiu na esparrela
De beber a aguardente
E apanhar “uma piela”…
Boa mão o temperou,
Belo forno o assou.
Fez na mesa um figurão!

In “O Livro do Natal” Menéres, Maria Alberta


Este Menino

Este Menino
É pequenino
Qual passarinho
A querer poisar
Devagarinho.

Devagarinho
Poisa no ninho
Que o colo tem:
Ninho do colo
Da sua mãe.

In “O Livro do Natal” Menéres, Maria Alberta


O Menino Dorme
O Menino nasceu
Deixai-o estar sossegado
Na sua caminha de oiro
Com a mãe e o pai ao lado!
Vai-te embora rouxinol
P`ra longe desse loureiro,
Deixa dormir o Menino
Que está no sono primeiro!
Tu também, ó cotovia
Já são horas de parar!
Se não paras, o Menino
Não tarda, vai acordar!
E tu, ó melro atrevido,
Que te escondes no silvado.
Vem só cantar ao Menino
Quando estiver acordado!
O Menino dorme, dorme,
Naquele sono profundo...
Quando mais logo acordar
Vai sabê-lo todo o mundo!

In “Histórias de Natal Contadas em Verso”, de Parafita, Alexandre.


Minha Mãe, uma estrela!
Ó mãe, anda ver
No céu a brilhar
Uma linda estrela
Que te vou mostrar
É tal qual aquela
- Repara! Olha bem! –
Que levou pastores
E reis a Belém.
Será que ela viu
Nascer o Menino?
E que lá do alto
Lhe guia o caminho?
Será que é tão grande
O dom dessa estrela
Que ainda hoje somos
Guiados por ela?...
Meu Deus, e parece
Que me está a olhar!...
Talvez tenha vindo
Para me chamar!
In “Histórias de Natal Contadas em Verso”, de Parafita,
Alexandre.
Os três reis do Oriente

Eram três reis do Oriente


E partiram mundo além,
À procura do Menino
No presépio de Belém!
Foram chamadas em sonho
Por um sagrado destino:
Guiados por uma estrela,
Lá foram dar com o Menino!
À entrada de Belém,
Logo a estrela se escondeu
Por detrás dessa cabana
Onde o Menino nasceu!

A cabana era pequena,


Não cabiam todos três,
Tiveram de ir adorá-Lo
Cada um por sua vez!
Os presentes que levaram
Mirra, incenso e muito ouro,
Eram p´ra que Ele ficasse
Dono de grande tesouro!

Puro engano, já se vê,


Desses reis orientais...
Pois p´ra Ele um bom tesouro
É o Amor… e pouco mais!

In “Histórias de Natal Contadas em Verso”, de Parafita,


Alexandre.

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