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PROFESSOR
Quadros temáticos
Cada capítulo pode conter um ou mais quadros temáticos em que determinados
assuntos – aprofundamentos, aspectos históricos, novidades científicas e tecnológicas
etc. – são apresentados paralelamente ao desenvolvimento do conteúdo explicativo
seqüencial. Os quadros temáticos possibilitam que os assuntos específicos neles tratados
possam ser utilizados em diferentes momentos da aprendizagem, a critério do professor,
garantindo maior flexibilidade no trabalho com o texto didático.
Atividades
Após a Leitura apresentamos um elenco de atividades, dimensionando-o para abran-
ger os assuntos fundamentais do capítulo. As atividades estão divididas em três módulos:
Guia de estudo, Questões para pensar e discutir e A Biologia no vestibular. O
primeiro módulo orienta os estudantes a rever, passo a passo, os principais conceitos e
processos tratados no capítulo; compõe-se de questões discursivas, cujas respostas são
fornecidas apenas ao professor. O módulo seguinte, Questões para pensar e discutir, traz
questões objetivas e discursivas que desafiam os estudantes a ligar fatos, conceitos e
processos em situações reais ou simuladas; as respostas dessas questões também são
fornecidas exclusivamente para o professor. O terceiro módulo, A Biologia no vestibular,
traz uma seleção das melhores questões de vestibulares sobre os assuntos tratados no
capítulo. Ao trabalhar com essas questões, cujas respostas são fornecidas no Livro do
Aluno, os estudantes entram em contato com o que se avalia nos diversos exames de
ingresso ao Ensino Superior.
Sugira aos estudantes que, após a leitura do texto de cada capítulo, sempre façam os
exercícios do Guia de estudo. Para facilitar sua utilização, esses exercícios estão divididos
em blocos, correspondentes aos itens numerados do capítulo. Estimule os estudantes a
rever o texto em caso de dúvida em algum exercício. Para que os estudantes possam
explorar mais amplamente os temas do capítulo, solicite que façam as atividades propostas
no módulo Questões para pensar e discutir, em que são apresentadas questões mais
desafiadoras e/ou sugestões de pesquisas e atividades, úteis para discussões de fechamento
dos assuntos. O elenco de questões de A Biologia no vestibular pode ser utilizado, a seu
critério, tanto após o Guia de estudo como após as Questões para pensar e discutir.
Além de ajudar os alunos a estudar, os diferentes módulos de atividades podem ser
utilizados pelo professor como instrumentos de avaliação da aprendizagem, em especial
o Guia de estudo e as Questões para pensar e discutir, cujas respostas são fornecidas
exclusivamente no livro do professor.
■ Se você for discutir o assunto do texto com outras pessoas, que idéias, argumentos e
exemplos utilizaria?
Atividades didáticas
O aprendizado requer participação ativa dos estudantes. Atividades de pesquisa
bibliográfica, seminários, aulas práticas e estudos do meio, entre outras estratégias
pedagógicas, podem tornar altamente dinâmico e motivador um curso de Biologia.
A partir da página 14 deste suplemento sugerimos algumas atividades complemen-
tares relacionadas aos conteúdos tratados neste volume. Somadas ou adaptadas às
do repertório do próprio(a) professor(a), essas atividades podem motivar os estudan-
tes e ajudá-los a se apropriar de novos conhecimentos e habilidades desejadas.
Mapas de conceitos
Os mapas de conceitos são construções pessoais e contextuais, de modo que sua utiliza-
ção mais produtiva como ferramenta pedagógica é produzir os próprios mapas. Entretanto,
analisar e avaliar mapas de conceitos já prontos é um excelente ponto de partida para a
elaboração de mapas conceituais próprios. Assim, neste suplemento, após a sugestão de
atividades complementares, apresentamos alguns exemplos de mapas de conceitos envol-
vendo os principais conceitos tratados nos capítulos. Se desejar, utilize os mapas sugeridos
como base para discussão com os estudantes, que podem modificá-los ou ampliá-los, de-
pendendo dos conceitos tratados e dos objetivos almejados.
Capítulo 4 - Protoctistas: algas e protozoários Produzir esquemas e ilustrações legendadas para representar
os ciclos da amebíase, da doença de Chagas e da malária.
■ Destaques temáticos
Discute as polêmicas relativas à classificação atual de algas e Capítulo 5 - Fungos
de protozoários. Apresenta a diversidade, as características
e a reprodução de diferentes grupos de protoctistas e discu- ■ Destaques temáticos
te a importância desses organismos para a humanidade (as Apresenta as características gerais dos diferentes tipos de fun-
algas como constituintes do plâncton e na alimentação hu- go, com as novas tendências de classificação relativas ao reino
mana, por exemplo). Traz um quadro de consulta em que Fungi. Trata da importância ecológica e econômica dos fungos
são relacionadas algumas doenças causadas por protozoários, (na produção de alimentos, bebidas alcoólicas e medicamen-
sua prevenção e formas de tratamento. tos, na decomposição, como causadores de doenças etc.)
■ Objetivos gerais ■ Objetivos gerais
Valorizar o estudo sistematizado e aprofundado de seres vi- Valorizar o estudo sistematizado e aprofundado de seres vi-
vos como os protoctistas, o qual permite reconhecer padrões vos como os fungos, o qual permite reconhecer padrões de
de semelhança e de diferença entre os seres que nos rodeiam. semelhança e de diferença entre os seres que nos rodeiam.
Estar informado de que as algas do fitoplâncton – em espe- Reconhecer a importância ecológica e econômica dos fungos
cial as diatomáceas e os dinoflagelados – são os principais para a humanidade e estar informado sobre doenças causa-
produtores de matéria orgânica nos mares e daí concluir que das por fungos e suas formas de disseminação e tratamento,
a maioria dos seres heterotróficos marinhos depende de al- de modo a atuar positivamente, tanto no aspecto pessoal como
gas planctônicas para viver. no social, para a prevenção de doenças micóticas.
Caracterizar e exemplificar os principais filos de fungos: Cythri- Comparar os ciclos de vida de briófitas, pteridófitas, gimnos-
diomycota (citridiomicetos ou mastigomicetos); Zygomycota permas e angiospermas, identificando suas principais dife-
renças e semelhanças quanto ao tipo de geração predomi-
(zigomicetos); Ascomycota (ascomicetos); Basidiomycota
nante, fase em que ocorre a meiose etc.
(basidiomicetos); Deuteromycota (deuteromicetos).
Identificar o estróbilo (pinha) e a flor como estruturas
Explicar, em linhas gerais, os principais processos de repro-
reprodutivas em que folhas férteis transformadas formam
dução assexuada em fungos: fragmentação; esporulação;
grãos de pólen ou óvulos.
brotamento.
Conceituar óvulo de plantas fanerógamas, reconhecendo-o
Compreender, em linhas gerais, os processos de reprodução
como a estrutura multicelular em que se forma o gameta
sexuada em zigomicetos, ascomicetos e basidiomicetos.
feminino, a oosfera.
Reconhecer e explicar a importância dos fungos decompositores
Conceituar grão de pólen de plantas fanerógamas, reconhe-
(saprofágicos) na reciclagem da matéria orgânica dos cadáveres.
cendo-o como a estrutura em que se formam os gametas
Conhecer e exemplificar a importância econômica dos fun- masculinos, as células espermáticas.
gos (como alimento, na produção de pão e de bebidas alcoó- Distinguir a fecundação simples, que ocorre em plantas
licas, na fabricação de queijos etc.). gimnospermas, da fecundação dupla, que ocorre em plan-
tas angiospermas.
Sugestões de atividades complementares Conceituar semente, identificando suas partes básicas (cas-
2. Observando algas, protozoários e fungos (página 15) ca, endosperma e embrião) e explicando a origem de cada
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sistema linfático. Também é estudada a fisiologia do sistema eliminado pelo sistema excretor humano e conhecer o fato
cardiovascular, com destaque para o funcionamento do coração de que essa substância é formada no metabolismo dos
e o movimento do sangue no corpo. Traz um destaque sobre os aminoácidos que compõem as proteínas.
principais cuidados e providências para manter o bom Conhecer os componentes básicos do sistema excretor hu-
funcionamento do sistema circulatório. Apresenta, ainda, uma mano (rins, vias urinárias e bexiga), compreendendo o papel
visão geral do sistema de defesa corporal (sistema imunitário). de cada um deles no organismo humano.
■ Sugestões de objetivos didáticos Conhecer, em linhas gerais, a estrutura interna do rim hu-
Conhecer os componentes básicos do sistema circulatório mano, identificando córtex e medula, além da localização
humano (coração, vasos sangüíneos e sangue), compreen- dos néfrons e dos dutos coletores.
dendo o papel de cada um deles no organismo humano. Conhecer a estrutura do néfron (cápsula renal, túbulo contor-
Conhecer a estrutura do coração humano (dois átrios e dois nado proximal, alça néfrica, túbulo contornado distal),
ventrículos, valvas atrioventriculares, valvas semilunares etc.) compreendendo como ocorre a filtração do sangue nos
e identificar, em esquemas e ilustrações, as principais artérias glomérulos renais, a formação de urina inicial, a reabsorção
(aorta e artérias pulmonares) e veias (cavas e veias pulmona- de substâncias úteis e a eliminação dos excretas na urina.
res) ligadas a esse órgão.
Compreender como as sístoles e as diástoles das câmaras Capítulo 19 - Movimento e suporte do corpo humano
cardíacas, ocorrendo coordenadamente, contribuem para
manter a circulação do sangue. Compreender, também, o ■ Destaques temáticos
que é pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica, Trata dos sistemas responsáveis pela movimentação, supor-
reconhecendo seus valores normais (entre 120 mmHg e130 te e proteção do corpo humano: os sistemas muscular e
mmHg, e entre 70 mmHg e 80 mmHg, respectivamente). esquelético. Trata do antagonismo muscular e da relação
Representar, com esquemas ou ilustrações, o caminho do entre musculatura e esqueleto na produção de movimentos
sangue na circulação pulmonar e na circulação sistêmica. corporais. Traz também os principais componentes do es-
Reconhecer o papel das válvulas do interior das veias no queleto humano e sua organização estrutural.
retorno do sangue ao coração. ■ Sugestões de objetivos didáticos
Conhecer o papel das artérias coronárias na irrigação do Explicar a importância do antagonismo muscular na realiza-
miocárdio e compreender por que a obstrução dessas arté- ção dos movimentos corporais.
rias pode levar ao infarto do miocárdio (ataque cardíaco).
Definir tônus muscular e explicar seu papel na manutenção
Reconhecer a região dos capilares sangüíneos como o local onde da postura corporal.
ocorrem as trocas de substâncias entre as células e o sangue.
Conhecer os componentes do sistema esquelético (ossos,
Conhecer os componentes básicos do sangue (plasma cartilagens, tendões e ligamentos) e descrever a estrutura
sangüíneo, hemácias, leucócitos e plaquetas), compreenden- básica de um osso (periósteo, tecido ósseo e medula óssea).
do o papel de cada um deles no organismo humano.
Definir articulação, reconhecendo a importância desta últi-
Reconhecer que as principais defesas corporais internas es- ma nos diversos tipos de movimentação corporal.
tão a cargo dos linfócitos e dos órgãos que os produzem
(sistema imunitário); compreender, em linhas gerais, o papel
dos macrófagos, dos linfócitos T (CD4 e CD8) e dos linfócitos Capítulo 20 - Integração e controle corporal:
B na resposta imunitária. sistemas nervoso e endócrino
Estar informado sobre os principais cuidados com o sistema
cardiovascular, em particular no que se refere à alimenta- ■ Destaques temáticos
ção, ao controle do estresse, ao exercício físico etc., de modo Apresenta os sistemas nervoso, sensorial e endócrino huma-
a atuar positivamente para o bom funcionamento desse no e seus papéis na integração de diferentes partes do corpo
sistema corporal e, conseqüentemente, da própria saúde. e funções orgânicas. Trata dos principais componentes e
14 ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Se a escola dispuser de microscópios, vale a pena complementar • 5 tubos de ensaio (ou frascos pequenos de refrigerante)
as observações macroscópicas com observações ao microscópio, de • 5 bexigas de borracha
algas, protozoários e fungos. Isso pode ser feito em preparações a • barbante ou elástico
fresco, sem utilizar técnicas citológicas especiais. • 1 tablete de fermento biológico fresco
Algas • água com açúcar
• etiquetas para identificar os tubos
Algas macroscópicas podem ser encontradas facilmente nos lito-
rais marinhos. Junto aos costões de pedras, particularmente, podem Procedimentos
ser observadas dezenas de espécies de alga, de várias cores, formas e
tamanhos. Outra possibilidade de observar algas macroscópicas é ad- Dissolva o fermento em um pouco de água, de preferência fil-
quirir, em uma loja de artigos culinários orientais, algas conhecidas trada. No tubo 1, coloque apenas água; no tubo 2, coloque água
como kombu, wakame e outras. Depois de hidratadas, essas algas com açúcar; no tubo 3, coloque água com o fermento dissolvido;
podem ser observadas: a forma de seu talo e até mesmo suas células, nos tubos 4 e 5, coloque água com açúcar e o fermento dissolvido;
ao microscópio.
Para observar algas microscópicas de água doce, pode-se cole- Este procedimento deve ser executado pelo(a)
tar água da superfície de uma lagoa, açude ou mesmo de uma poça.
Em alguns casos, as algas são tão abundantes que formam uma
professor(a), devido a risco de queimaduras. Ferva
camada de “limo” esverdeado junto à superfície. Quase sempre é durante alguns minutos o conteúdo do tubo 5.
possível identificar diversas algas verdes unicelulares, com cloroplas-
tos bem observáveis, além de euglenas e diatomáceas. Etiquete os tubos 1, 2, 3, 4 e 5 indicando seus conteúdos e
ajuste uma bexiga à boca de cada um, amarrando-a firmemente
Protozoários
com barbante ou elástico. Deixe o conjunto por algumas horas em
No mesmo ambiente em que vivem as algas de água doce são um ambiente relativamente aquecido e observe o que acontece com
comuns os protozoários. É possível que na própria coleta de algas as bexigas.
sejam encontrados protozoários flagelados e ciliados. Mesmo que não
se encontre protozoários em quantidade, pode-se tentar desenvolver O que se espera é que apenas a bexiga do tubo 4 tenha se
uma cultura, introduzindo alguns grãos de arroz cru em um recipiente inflado devido à liberação de gás carbônico pelos levedos. Os tubos
de vidro ou plástico contendo água doce coletada do ambiente. O 1 e 2 servem de controle, para nos certificarmos de que nem água
amido do arroz servirá de alimento para as bactérias e estas, por sua pura nem água com açúcar, por si sós, liberam gás. O tubo 3 tam-
vez, servirão de alimento para os protozoários eventualmente bém tem função de controle, mostrando que é necessário fornecer
coletados, que se multiplicarão. Nesse tipo de cultura, é boa a chance açúcar aos levedos para que eles realizem fermentação. O tubo 5,
de se encontrar paramécios, que podem medir cerca de 0,25 mm de previamente fervido para matar os levedos, mostra que estes preci-
comprimento, sendo bem observáveis. sam estar vivos para produzir gás carbônico.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 15
16 ATIVIDADES COMPLEMENTARES
ILUSTRAÇÃO: AUTOR
Coloque o grão de milho sobre um pedaço de papel, com
a parte oval esbranquiçada voltada para cima e corte-o em duas
metades ao longo do comprimento, com uma lâmina de bar-
bear ou um estilete. Pingue uma gota de solução de iodo sobre Marcações na raiz
as partes cortadas; as regiões que não se corarem correspondem
ao embrião.
Solicite aos estudantes que façam desenhos dos embriões de 11. OBSERVANDO CAULES E FOLHAS
milho e identifiquem suas partes, com base em ilustrações do livro- Se possível, saia com os estudantes para coletar ramos de plan-
texto e em outras fontes. tas, e peça a eles que identifiquem, nos ramos coletados, a gema
Uma atividade adicional interessante é acompanhar o desenvol- apical do caule e as gemas axilares, estas últimas localizadas acima
vimento dos embriões, pela observação diária de grupos de semen- dos pontos de inserção das folhas (axilas foliares).
tes postas para germinar ao mesmo tempo. Pode-se, por exemplo,
analisar entre 5 e 10 sementes diariamente, medindo o comprimen-
to de cada embrião e calculando a média dos indivíduos. Com os Este procedimento deve ser realizado pelo(a)
dados obtidos pode-se construir um gráfico do crescimento dos professor(a), devido a risco de corte. Se for o caso,
embriões ao longo do período analisado. obtenha cortes transversais das extremidades dos caules para
observação ao microscópio.
10. OBSERVANDO RAÍZES
Oriente os estudantes a identificar as partes das folhas: limbo,
Morfologia externa e interna de raízes pecíolo, bainha e estípulas (lembre que nem toda folha possui todas
Coloque grãos de milho e/ou de feijão para germinar sobre al- essas partes).
godão, papel absorvente ou mesmo areia previamente embebidos
em água. Oriente os estudantes a acompanhar e anotar todas as Este procedimento deve ser realizado pelo(a)
mudanças das sementes durante a germinação. A raiz é o primeiro
órgão a surgir. Peça aos estudantes que a observem com uma lupa,
professor(a), devido a risco de corte. Pode-se fazer cortes
localizando a coifa e a zona dos pêlos absorventes (zona pilífera). transversais de folhas para observação microscópica, nas for-
mas sugeridas para raiz e caule.
Se houver condições de realizar observações microscópicas, es-
pere que as raízes atinjam alguns centímetros de comprimento e
corte-as transversalmente, a cerca de 3 cm da extremidade. No caso de observar corte de folha ao microscópio, chame a aten-
ção para o parênquima clorofiliano, com suas células ricas em
Para obter cortes satisfatórios, coloque a raiz entre dois cloroplastos. Solicite aos estudantes desenhos esquemáticos do que
pedaços de cortiça ou de isopor e corte-os com uma lâmina de foi observado.
barbear nova; quanto mais finas as fatias, melhor será a quali- Com o auxílio de uma pinça de ponta fina é possível destacar
dade da preparação. Com um pincel macio e previamente mo- partes de epiderme inferior de folhas para a observação de estômatos
lhado, apanhe cuidadosamente a melhor fatia obtida e colo- ao microscópio. Dobre uma folha de modo a quebrá-la e destaque
que-a em uma gota de água, em uma lâmina de microscopia; uma parte de epiderme com a pinça, colocando-a sobre uma gota
cubra a preparação com uma lamínula. de água, em uma lâmina de microscopia; cubra com a lamínula.
Utilize inicialmente o menor aumento do microscópio para localizar
Oriente os estudantes a observar o corte de raiz ao microscópio, estômatos. Passe para o aumento maior e peça aos estudantes que
inicialmente em menor aumento, para ter uma visão geral do corte. observem a forma típica das células estomáticas, as únicas da
Sugira que façam esquemas simplificados do corte de raiz observa- epiderme em que há cloroplastos. Solicite desenhos esquemáticos
do, antes de passar para o aumento maior. Explique as diferenças dos estômatos e peça aos estudantes que os comparem com as ilus-
entre o material observado a fresco e os esquemas mostrados no Li- trações do Livro do Aluno.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 17
18 ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Coloque a minhoca em uma bandeja de plástico forrada com alguns furos para ventilação. Os estudantes deverão abastecer diaria-
papel toalha umedecido. Cuide para que o animal não resseque, mente as caixas com folhas das plantas em que as larvas foram
umedecendo-o quando necessário. Se a epiderme da minhoca secar coletadas. Devem observar as larvas anotando quanto elas comem
ela morrerá asfixiada, uma vez que sua respiração é cutânea. por dia, o seu crescimento, comportamento etc. Em geral, é possível
Oriente os estudantes a observar o animal detalhadamente, dis- observar a larva virar crisálida, e esta sofrer a metamorfose para bor-
tinguindo suas regiões anterior e posterior, dorsal e ventral. Peça boleta ou mariposa. Solicite aos estudantes que desenhem e foto-
para que localizem a boca, o ânus e o clitelo. Àqueles que se dispu- grafem as larvas em diferentes fases do desenvolvimento e que ela-
serem a manipular o animal, sugira que percorram longitudinalmen- borem um relatório detalhado de suas observações.
te a minhoca com os dedos, para sentir a aspereza das cerdas corpo-
rais. Isso poderá ser feito mais facilmente com minhocas aneste- 20. OBSERVAÇÃO DA ANATOMIA EXTERNA E INTERNA DE UM
siadas (ver na atividade 17). PEIXE ÓSSEO
As minhocas são organismos importantes para a fertilidade do Diversos tipos de peixe podem ser utilizados para observação da
solo. Atualmente, é possível comprar adubo preparado à base de anatomia externa e interna. Em um mercado, feira ou entreposto,
húmus (dejetos) de minhoca em lojas de produtos de jardinagem. escolha dois ou três tipos de peixe, medindo entre 15 cm e 30 cm de
Pode-se propor aos estudantes uma pesquisa sobre o processo de comprimento. É conveniente dissecar os peixes antes da aula, esco-
fabricação do húmus de minhoca e sobre as vantagens de utilizá-lo. lhendo o mais adequado, que seja fácil de dissecar e tenha os ór-
Estimule-os a pesquisar não apenas em livros de Biologia, mas tam- gãos internos mais facilmente identificáveis. Na página 27 apresen-
bém em revistas agrícolas e em outras publicações do gênero. É tamos o esquema de um peixe dissecado, que pode ser fotocopiado
interessante, também, entrevistar jardineiros, agricultores, agrôno-
e distribuído aos estudantes como guia de identificação. Lembre os
mos etc., de modo a confrontar informações “práticas” obtidas com
estudantes que o esquema não se refere a nenhum peixe real, ser-
eles com as informações “teóricas”. Uma etapa importante do tra-
vindo apenas como referência teórica.
balho será a redação de um pequeno texto sobre o assunto, nos
moldes de um artigo de divulgação científica, e que pode até mes- Sugira um estudo inicial da morfologia externa, observando a
mo ser publicado no jornal da escola. Sugira aos estudantes que se boca rodeada pelos maxilares (o maxilar inferior móvel é a mandíbu-
baseiem nos textos do ítem Leitura que o Livro do Aluno apresenta la), as narinas, os olhos destituídos de pálpebras, os opérculos (sob
ao final de cada capítulo. os quais ficam as brânquias), as nadadeiras, as escamas, o ânus e o
orifício urogenital. Aproveite para comentar que os peixes ósseos
18. OBSERVANDO CRUSTÁCEOS E INSETOS não têm cloaca. Chame a atenção para a linha lateral que percorre
os lados do peixe, da cabeça à cauda. Comente as características
Crustáceos e insetos podem ser obtidos e observados no labo- que devem ser observadas para saber se um peixe está bem fresco:
ratório, ou mesmo na sala de aula. Um camarão, por exemplo, pode os olhos devem estar brilhantes, as brânquias sobre o opérculo de-
ser fixado e conservado por uma semana ou mais em álcool a 70%. vem ter cor vermelha viva e a musculatura deve estar firme ao tato.
Um gafanhoto, um grilo ou uma barata podem ser anestesiados
pelo frio (por exemplo, colocando-os, em um recipiente fechado para Após a análise da morfologia externa, proponha aos estudantes
não contaminar os alimentos, no congelador por alguns minutos) e a dissecação do peixe para estudar seus órgãos internos.
fixados em álcool a 70%. Oriente os estudantes a comparar a orga-
nização corporal dos animais das duas classes (presença de cefalotórax Este procedimento deve ser executado pelo(a)
e de abdome nos crustáceos, e de cabeça, tórax e abdome nos inse-
professor(a), devido a risco de corte. Com uma tesoura
tos). Chame a atenção para o exoesqueleto, o número de antenas
de ponta fina, faça um corte superficial ao longo da barriga,
(dois pares em crustáceos e um par em insetos), o número de pernas
começando um pouco à frente do ânus e progredindo até um
e outras diferenças que puderem ser observadas. Como sempre, é
pouco adiante das nadadeiras pélvicas. Deite o peixe lateral-
importante que os estudantes desenhem os animais, identificando
mente sobre uma bandeja de dissecação (pode ser uma bacia
suas diferentes partes com legendas.
plástica ou outro recipiente) e faça cortes de modo a remover a
parede lateral do corpo do peixe. Tenha sempre à mão um
19. OBSERVAÇÃO DO CICLO DE VIDA DE UM INSETO
espirrador com água para umedecer os órgãos internos e evitar
Dependendo da época do ano e do local, não é difícil observar que eles ressequem.
as etapas do ciclo de vida de mariposas e borboletas. Nesse caso, os
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 19
Resolução da atividade 22
C Tecidos
A verdadeiros X X X X X X X X
R Três folhetos
A germinativos X X X X X X X
C
T Pseudoceloma X
E
Celoma
R verdadeiro
X X X X X
Í
Celoma
S enterocélico X X
T
Celoma
I esquizocélico X X X
C
A Metameria X X X
S
os
s
de
rm
s
do
po
de
da
tró
no
or
Anelídeos
Ar
ui
C
Eq
Moluscos ?* Metameria
Metameria
Celoma enterocélico
Celoma esquizocélico
Nematódeos
Celoma verdadeiro
Platelmintos
Cavidade corporal
Cnidários
Três folhetos germinativos
Poríferos
Tecidos verdadeiros
* O ponto de interrogação refere-se a uma característica não mostrada na tabela (presença ou não de exoesqueleto e de apêndices articulados, que permite separar anelídeos de artrópodes).
20 ATIVIDADES COMPLEMENTARES
pele com a ponta dos palitos presos nos cartões de papelão. Sugeri-
Para esta atividade, bastam um cronômetro (ou um relógio que mos comparar as seguintes áreas do corpo: ponta do dedo indica-
marque os segundos), papel e lápis para anotar os resultados das dor, centro da palma da mão, dorso da mão, parte posterior do
medições. Peça aos estudantes que formem duplas, nas quais inici- pescoço e costas. Oriente os estudantes a pressionar os palitos com
almente um deles faz o papel de “paciente” e o outro realiza as delicadeza ao tocar a pele do companheiro e, também, a não execu-
medidas e anotações. Em seguida, esses papéis devem inverter-se. tar os testes na ordem crescente de distância, para não induzir a
Comece pelas medidas da freqüência cardíaca durante o re- resposta. Antes de iniciar a atividade, oriente os estudantes a cons-
pouso. O estudante que faz o papel de paciente deve permanecer truir uma tabela como a mostrada a seguir, que será utilizada para
sentado ou deitado, de olhos fechados e respirando tranqüilamente. anotar as observações de cada estudante.
O estudante que faz as medidas deve perceber o pulso em uma
Tabela para anotação dos testes de receptores de tato
das artérias do braço ou do pescoço e contar o número de
batimentos durante um minuto. Em seguida, deve-se contar o nú- REGIÃO DO CORPO DISTÂNCIA ENTRE OS PALITOS
mero de batimentos durante 10 s ou 15 s, multiplicando-se o valor TOCADA
0 cm 0,5 cm 1 cm 2 cm 3 cm
por 6 ou por 4 respectivamente, para obter o valor em 1 minuto.
Peça aos estudantes que comparem essas duas medidas. Embora a Ponta do dedo
contagem contínua durante um minuto completo seja mais preci-
sa, as medidas em períodos menores têm a vantagem de ser mais Palma da mão
rápidas. Dorso da mão
Depois de registrar a freqüência cardíaca durante o repouso,
pode-se medi-la após um exercício físico (tal como correr, andar de- Pescoço
pressa, subir escadas etc.). Nesse caso, em que a freqüência tem de Axila
ser medida rapidamente, sugira aos estudantes que usem a técnica
de contar os batimentos durante 10 s ou 15 s, multiplicando os
As colunas da tabela devem ser preenchidas anotando o tipo de
valores por 6 ou por 4. Peça que eles contem o número de batimentos
sensação percebida pelo estudante. Se for percebida apenas uma
imediatamente depois do exercício, contando novamente a cada
ponta, o parceiro deve preencher o quadro correspondente à região
minuto, durante 5 minutos. A freqüência cardíaca, que aumenta
do corpo tocada, com o número 1; se forem percebidas duas pon-
muito durante o exercício, cai rapidamente ao longo do repouso
tas, deve ser utilizado o número 2. Sugira aos estudantes que tro-
subseqüente. Se for o caso, pode-se elaborar tabelas e gráficos com
quem de posição e repitam a experiência.
esses valores.
Com base nos resultados, os estudantes podem relacionar as
Ajude os estudantes a organizar suas medições. Pode-se, por
regiões da pele testadas por ordem decrescente de quantidade de
exemplo, desenhar uma grande tabela na lousa reunindo as medi-
receptores de tato.
das de toda a classe, calculando-se, em seguida, o valor médio para
a classe de freqüência cardíaca em repouso (os valores após o exer-
cício devem variar muito, devido às diferentes intensidades dos exer- Nas atividades 27 e 28, os procedimentos destacados
cícios praticados). Discuta o significado fisiológico de a freqüência nos quadros devem ser feitos apenas pelo(a) professor(a),
devido ao risco de corte.
cardíaca aumentar depois de uma atividade física intensa.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 21
Extremidade
do fêmur
Flexor do
terceiro dedo Pubisquiotempral
Fibular longo
Flexor crural
medial
Iliofibular
Flexor crural
Flexor do lateral Gastrocnêmio
segundo dedo (parte média)
Flexor digital
longo Gastrocnêmio Gastrocnêmio
(parte externa) (parte interna)
Tendão Gastrocnêmio
(parte externa) Fibular longo
VISTA EXTERNA VISTA INTERNA
Tendão
Extremidade da tíbia
• bisturi (opcional) Após a atividade, cuide para que os estudantes lavem bem as
mãos e os equipamentos com água e sabão.
• faca bem afiada
22 ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Black
A parte superior da garrafa representará o tórax de uma Material
pessoa, com o gargalo correspondendo à região da garganta. • cartolina
Fure a rolha no meio e atravesse o orifício com o corpo da • fita adesiva
caneta esferográfica (ver na ilustração, abaixo). Coloque a ro- • balões infláveis de borracha (“bexigas”)
lha no gargalo e deixe cerca de 5 cm do corpo da caneta para
dentro da garrafa. Nessa extremidade adapte o balão peque- • arame fino ou clipes de papel
no, se preciso fixando-o firmemente com fita adesiva. Ao so- • barbante
prar pelo corpo da caneta, o ar deve encher o balão, sem esca-
Procedimentos
par. O balão que representa o pulmão comunica-se com o meio
exterior pelo corpo da caneta (que representa a traquéia). O modelo é muito fácil de ser montado pelos estudantes.
A cartolina será o material utilizado para construir os ossos do
Corte a parte superior do balão maior, e utilize a película modelo. Para isso, oriente os estudantes a cortar dois quadrados de
de borracha para vedar o fundo da garrafa cortada. cartolina cujos lados tenham o comprimento do antebraço, e um
quadrado de lado igual ao comprimento do braço. Os quadrados de
cartolina devem ser enrolados de modo a formar cilindros finos, e
Cuide para que a película fique bem esticada, como a pele de assim mantidos com fita adesiva (veja a figura abaixo).
um tambor, e prenda-a firmemente à garrafa com a fita adesiva. Oriente os estudantes a furar as extremidades dos tubos de
Essa membrana elástica que agora fecha o fundo da garrafa repre- cartolina e a prendê-los com arame, como está mostrado na figura.
senta o diafragma, a membrana grossa e musculosa que separa o As extremidades livres dos tubos correspondentes aos ossos do
tórax do abdome. Confira seu modelo com a ilustração. antebraço devem ser unidas com fita adesiva.
Para pôr o modelo em ação, basta puxar a membrana de borra- As bexigas devem ser enchidas apenas parcialmente, de modo a
cha para baixo, simulando a contração e o abaixamento do diafrag- adquirir um “tônus” firme, que lembre a consistência de um mús-
ma, que ocorrem durante a inspiração. Com o aumento do volume culo. A bexiga que simulará o bíceps deve ter uma de suas pontas
e conseqüente diminuição da pressão dentro da garrafa, o balão amarrada com barbante na extremidade livre do tubo que simula o
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pequeno se encherá com o ar vindo do exterior. Ao empurrarmos a úmero. A outra ponta deve ser amarrada nos tubos que simulam os
membrana de borracha para dentro da garrafa, simulamos o relaxa- ossos do antebraço. A bexiga que representa o tríceps deve ter uma
mento e a elevação do diafragma, que ocorrem durante a expiração. de suas pontas amarrada na extremidade livre do tubo que simula o
Com a diminuição do volume e conseqüente aumento da pressão úmero, no lado oposto à primeira bexiga. A outra ponta da bexiga
dentro da garrafa, o balão pequeno se esvaziará. deve passar por trás do “cotovelo” do modelo e ser amarrada nos
tubos que simulam os ossos do antebraço.
A movimentação da articulação do modelo mostra claramente
o antagonismo entre o bíceps e o tríceps e permite visualizar com
Corpo de caneta clareza a ação integrada das alavancas ósseas e dos músculos na
esferográfica produção dos movimentos corporais.
Cilindro de
Rolha cartolina que
representa o
úmero
Garrafa Bexiga que
representa Bexiga que
plástica representa o
cortada o tríceps
bíceps
Balão de Cilindros de cartolina
borracha pequeno que representam o
rádio e a ulna
ILUSTRAÇÃO: AUTOR
Fita adesiva
ou elástico
Fita adesiva
Película de
borracha do
balão grande
ILUSTRAÇÃO: AUTOR
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 23
24 ANEXO
GA
TO
G A DOM
TO É
GA SE STIC
T O LV O
O C -DE A G E
E -G M
L E L O T EO F
à O E F RO
LE EY
OP
GU ARD
E PA O
RD
O
0
60
40
50
20
30
10
MILHÕES DE ANOS ATRÁS
Série: Nome:
Árvore filogenética dos carnívoros
ATIVIDADE 1
ATIVIDADE 1
Nome: Série:
O
GR
DE
S
HA
NE
RA
EL
O
O
HA
TA
JO DO
HA
TIC
-VE ABO
A
-PR ORS
EG M OR
O
I
EL
CO CIN TICO
N
AR
O
AL
EC
ÁR
ZE
NT
RM
NG OM
-C
D
AD
O
RIS
O
O
RÁ
PO FEN
O-
N
M
DO
IT
S
ZE
DE
RD
AC NA
MO A C
RA A C
I
UE
MÉ
-C
-D
CU
-K
-G
UA
RC
A-
A-
-PA
CH HIE
AL
SA
SA
SA
DE OS
SA
CA OS
SA
DO
RA
DA
CÃ TE
-G
S
PO
PO
PO
SO
PO
PO
BO
PO
P
BO
P
O
IO
O-
O
O
RA
RA
RA
RA
RA
UR
RA
CÃ
RA
CÃ
RA
LO
CÃ
RA
LO
10
“Ferramentas da Genética Molecular têm sido utilizadas para ‘dissecar’ as relações de pa-
rentesco evolutivo dos canídeos, revelando seu lugar na ordem Carnivora e as relações
dentro da família Canidae. A ordem Carnivora inclui, além da família dos cães, as famílias
dos gatos, das hienas, dos ursos e outras. O ancestral comum a todas essas famílias deve
ter vivido por volta de 60 milhões de anos atrás. Os canídeos divergiram cedo dos outros
carnívoros, algo em torno de 50 milhões de anos.”
Fonte: Robert K. Wayne. Molecular evolution of the dog family, 1999 (Tradução e adaptação nossa). Disponível em:
www.idir.net/~wolf2dog/wayne2.htm. Acesso em 15 jun. 2005.
26 ANEXO
Nome:
MANUAL_BIO_2_PNLEM_001_043
Nadadeiras
dorsais
27
Bexiga
natatória
Olho Rim
Gônada Nadadeira
(ovário) caudal
Narinas
ANEXO
ATIVIDADE 20
Boca
Nadadeira
Coração pélvica
Baço
Brânquias
04.07.2005, 12:28
Ânus
Estômago
Fígado
Observação da anatomia externa e interna de um peixe ósseo
Série:
27
ILUSTRAÇÃO: AUTOR
ATIVIDADE 22
Nome: Série:
Tabela que relaciona os filos animais com características que representam aquisições evolutivas importan-
tes na evolução animal.
FILOS ANIMAIS
Poríferos Cnidários Platelmintos Nematódeos Moluscos Anelídeos Artrópodes Equinodermos Cordados
C Tecidos
A verdadeiros
R Três folhetos
A germinativos
C
T Pseudoceloma
E
28 ANEXO
➤
entidade material, e evento é um acontecimento
➤
CADEIAS POLI-
qualquer, real ou imaginário. Por exemplo, o rótulo NUCLEOTÍDICAS DUPLICAÇÃO SEMI-
CONSERVATIVA
que identifica o objeto “cadeira” relaciona-se a um
conjunto de características, tais como ter pernas, ter
assento individual, ter encosto, servir para sentar etc.
O conceito de “inseto” refere-se a animais que
apresentam três pares de pernas, um par de antenas
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
dispõem-se no
são espaço como uma
e corpo constituído por cabeça, tórax e abdome, entre constituídas
mantêm-se
emparelhadas é catalisada
outras características. por por meio de pela
➤
definem um conceito é essencial para aprendê-lo. DUPLA-HÉLICE
Como essas características também são conceitos,
o aprendiz deve conhecê-los previamente ou deve
aprendê-los simultaneamente ao novo conceito
➤
➤
➤
trabalhado. Por exemplo, para se aprender o
DESOXIRRIBO- LIGAÇÕES DE POLIMERASE
conceito de DNA é preciso dominar diversos concei- NUCLEOTÍDIOS HIDROGÊNIO DO DNA
tos prévios, desde as noções básicas do que é uma
substância até o conceito específico de “desoxirri-
bonucleotídio”, a unidade que compõe a molécu-
la de DNA. Nesse aspecto, os mapas de conceitos ■ Importância dos mapas de
são particularmente úteis, pois permitem identifi- conceitos
car rapidamente quais são os conceitos prévios
necessários ao aprendizado de novos conceitos. Os mapas de conceitos foram desenvolvidos no
início da década de 1970 pela equipe de Joseph Novak
A importância dos conceitos prévios para a apren-
dizagem significativa é o ponto central da teoria para serem utilizados em pesquisas educacionais. No
de aprendizagem de Ausubel, a partir da qual os entanto, logo se percebeu o valor dos mapas como
técnica de ensino-aprendizagem, e eles passaram a
mapas de conceitos foram desenvolvidos.
ser utilizados com sucesso tanto na área da educa-
A proposta básica dos mapas de conceitos é tor- ção como em outras atividades que envolvem
nar claras as relações importantes que há entre con- estruturação de conhecimentos.
ceitos de uma área de conhecimento. Em sua forma
Mapas de conceitos dependem do contexto,
mais simples, um mapa de conceitos consiste em dois
conceitos unidos por uma ou mais palavras de liga- ou seja, um mesmo grupo de conceitos pode ser
ção, formando uma proposição; esta expressa a re- organizado de diferentes maneiras, dependendo
das relações conceituais a que se dá prioridade.
lação que há entre os dois conceitos considerados.
Por exemplo, os conceitos “DNA” e “CADEIAS Os mapas organizam o conhecimento, o que fa-
POLINUCLEOTÍDICAS”, unidos pela frase de ligação cilita a estudantes e a professores vislumbrar
maior número de significados no material de
“é constituído por duas”, formam a proposição:
aprendizagem. Mapas de conceitos tornam cla-
ras as idéias-chave que devem ser focalizadas em
DNA é constituído CADEIAS
por duas ➤ qualquer atividade de ensino-aprendizagem, for-
POLINUCLEOTÍDICAS necendo um roteiro das etapas que se devem
SISTEMÁTICA
expressa suas
conclusões
por meio da
➤
CLASSIFICAÇÃO
BIOLÓGICA
é também
chamada de
➤
organiza e
SERES VIVOS ➤ nomeia os TAXONOMIA
➤
➤
cada espécie NOMENCLATURA
➤ CATEGORIAS
recebe um TAXONÔMICAS
BINOMIAL
principais ➤ REINO(S)
são
➤
define as regras
para escrever o
os semelhantes
➤ são reunidos em
FILO(S)
➤
➤
➤
NOME as semelhantes
CIENTÍFICO são reunidas em
➤
CLASSE(S)
➤
exemplo é
as semelhantes
sua primeira são reunidas em
➤
palavra
➤ designa o
ORDEM(NS)
Homo sapiens
➤
sua segunda
palavra designa a as semelhantes
➤
são reunidas em
é a denominação
científica da FAMÍLIA(S)
➤
➤
os semelhantes
são reunidos em
ESPÉCIE HUMANA
➤
➤
GÊNERO(S)
➤
são reunidas
➤
em
➤
ESPÉCIE(S)
BIOLÓGICA(S)
VÍRUS
MANUAL_BIO_2_PNLEM_001_043
reproduzem-se
33
sempre no interior de causam
não são são sempre são sempre alguns
constituídos por constituídos por possuem um
envolve o envolve o
➤
➤
➤
➤
➤
➤
➤ ➤
➤
CÉLULAS PARASITAS ÁCIDO CAPSÍDIO ENVELOPE INFECÇÕES
INTRACELULARES NUCLÉICO VIRAIS
➤
dependem do pode ser é constituído
é constituído por geralmente por
metabolismo das
➤
➤
➤
➤
➤
POLIOMIELITE
é o material é o material
genético, por genético, por VARÍOLA causam
exemplo, dos exemplo, dos ➤ doenças como
SARAMPO
podem ser
são agentes prevenidas por
22.06.2005, 18:41
causadores ➤ GRIPES
das
AIDS
➤
➤
➤
➤
➤
➤
é o agente
causador da
um exemplo é o uso de
33
preservativos para evitar o
Mapa de conceitos 3 - PRINCIPAIS GRUPOS DE PLANTAS
PLANTAS
podem
ser
FOLHAS ➤
➤
➤
➤ suas partes são
RAIZ básicas são VASCULARES AVASCULARES as ➤ BRIÓFITAS
CAULE têm
➤ podem
ser não têm
➤ ➤
➤
➤
PLANTAS COM PLANTAS SEM SISTEMA
SEMENTE SEMENTE CONDUTOR
podem
ser são as
consiste no
➤
➤
➤
➤
➤
GIMNOSPERMAS ANGIOSPERMAS
SEIVA SEIVA
BRUTA ELABORADA
PLANTAS SEM
SEMENTE
em seu
ciclo
apresentam
➤ ➤
ESPORÓFITO(S)
➤
DIPLÓIDES são ➤ GAMETÓFITO(S) são ➤ HAPLÓIDES
é a fase germinam
é a fase
predominante em originando o predominante em
➤ forma ➤
ESPOROS BRIÓFITAS
➤ ➤
PTERIDÓFITAS desenvolve- ➤
se a partir do ARQUEGÔNIOS ANTERÍDIOS
sua folhas
podem ter
formam
exemplo é onde se GAMETAS é onde se
➤
exemplo
éa formam as formam os éo
➤
SOROS
são
➤
contêm
➤
➤
contêm
OOSFERAS ANTEROZÓIDES
ZIGOTO
➤
➤
➤
ESPORÂNGIOS fundem-se
no processo de
➤
➤
leva à
formação do
➤
SAMAMBAIA MUSGO
FECUNDAÇÃO
PLANTAS COM
SEMENTE
têm como fase
predominante o
ESPORÓFITO ➤
são
➤
➤
ANGIOSPERMAS GIMNOSPERMAS
➤
formam formam
➤
➤
FLORES ESTRÓBILOS
são
➤
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
RAMOS
FÉRTEIS
produzem
➤
➤
MEGÁSPOROS MICRÓSPOROS
originam originam
ocorre
em
➤
GAMETÓFITO(S) GAMETÓFITO(S)
FEMININO(S) MASCULINO(S) está contido no
➤
GRÃO DE
são também originam a GAMETAS PÓLEN
chamados de
➤
com os
tegumentos, o
SACO
➤
➤
EMBRIONÁRIO
OOSFERA CÉLULAS
ESPERMÁTICAS
➤
contém a
fundem-se no
➤
processo de
ÓVULO
origina a
➤
➤
FECUNDAÇÃO
SEMENTE
contém o origina o
contém o
➤
ENDOSPERMA ➤
EMBRIÃO
22.06.2005, 18:41
ORGÂNICAS na
➤
➤
é influenciada
por
constituem constituem
➤
a a
constituem
fontes de FATORES
LIMITANTES é o valor em que a
taxa de respiração
equivale à de
➤
➤
➤
➤
são
MACRONUTRIENTES MICRONUTRIENTES SEIVA BRUTA SEIVA ELABORADA
é transportada é transportada
➤
são
➤
são ➤ ➤
ELEMENTOS XILEMA FLOEMA
QUÍMICOS CONCENTRAÇÃO INTENSIDADE TEMPERATURA
DE CO2
➤
LUMINOSA
➤
36
Fósforo (P) Molibdênio (Mb)
é relativamente é relativamente
Potássio (K) Cloro (Cl) baixo em alto em
MANUAL_BIO_2_PNLEM_001_043
Enxofre (S) Zinco (Zn)
➤
➤
Cálcio (Ca)
PLANTAS PLANTAS
36
Magnésio (Mg) DE SOMBRA DE SOL
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
HORMÔNIOS
VEGETAIS
MANUAL_BIO_2_PNLEM_001_043
os principais são
37
➤
➤
➤
➤
estimula a
atua na(o)
é produzida
➤
➤
➤
é a inibição em brotos
DOMINÂNCIA promovida ➤ GEMA de estimula o
APICAL pela APICAL desenvolvimento
das
➤
➤
➤
➤
➤
➤
➤
➤
pode ser
“quebrada” pela consiste na inibe as tem SEMENTE
eliminação da CAULE RAIZ FOLHA FRUTO
técnica de
➤
➤
➤
➤
➤
➤
➤
o desenvol-
➤
➤ vimento do
➤
leva ao
PODA desenvolvimento ➤ GEMAS ➤
das LATERAIS
22.06.2005, 18:41
é positivo no
➤ FOTOTROPISMO
é positivo na
➤ GRAVITROPISMO
é negativo no
37
desenvolvimento
do
Mapa de conceitos 8 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ANIMAIS
REINO
ANIMAL
é subdividido
em diversos
reúne os
EUCARIÓTICOS ➤
➤
➤
HETEROTRÓFICOS são ANIMAIS FILOS
➤
MULTICELULARES apresentam
os principais
são
➤
➤ sua cavidade
BLASTOCELA interna é a BLÁSTULA
são DESENVOLVIMENTO
origina a estágios ➤
do EMBRIONÁRIO
➤
apresenta
➤
FOLHETOS ➤
delimita o GERMINATIVOS
são
➤ não
apresentam
➤
➤
ENDODERMA MESODERMA ECTODERMA
➤
PSEUDOCELOMADOS são NEMATHELMINTHES
BLASTÓPORO
➤
CELOMADOS ANNELIDA
➤
origina a boca
nos podem
ser
➤ ESQUIZOCELOMADOS
➤
são MOLLUSCA
➤
origina o ânus
nos
➤
ARTHROPODA
➤
➤ são
PROTOSTÔMIOS sempre ➤
ECHINODERMATA
➤
➤
➤ são ➤
DEUTEROSTÔMIOS sempre
ENTEROCELOMADOS são
➤
CHORDATA
FILO NEMATHELMINTHES
reúne os
MANUAL_BIO_2_PNLEM_001_043
➤
TRIBLÁSTICOS
➤
NEMATELMINTOS
são
39
podem ➤
ser apresentam PSEUDOCELOMADOS
➤ de
PARASITAS ➤
VIDA LIVRE ➤ SIMETRIA BILATERAL
exemplos
são
➤
CORPO NÃO-
SEGMENTADO
➤
➤
➤
Ascaris Ancylostoma Necator Wuchereria SISTEMA DIGESTÓRIO
éo é o agente éa ➤
lumbricoides duodenale americanus causador da bancrofti COMPLETO
➤
➤
➤
causa a
ANCILÓSTOMO causam a é a infes- SISTEMA
éa FILARIOSE FILÁRIA(S) ➤
tação por ➤
➤
EXCRETOR
➤
é constituído
ASCARIDÍASE ANCILOSTOMOSE seus ovos acomete por
eclodem no solo,
originando
➤
➤
➤
é popularmente produz larvas
LOMBRIGA chamada de SERES chamadas RENETES
são causadas pela HUMANOS
presença de
➤
vivem,
vermes adultos no na fase
AMARELÃO é
adulta, nos
➤
transmitida
são os
➤
por ➤ RESPIRAÇÃO
➤
LARVAS DE CUTÂNEA
➤ MICRO-
seus ovos INTESTINO VIDA-LIVRE
eclodem no ➤ HOSPEDEIROS FILÁRIAS
HUMANO
➤
DEFINITIVOS SISTEMA
22.06.2005, 18:42
➤
penetram ➤
suas larvas contamina-se ao sugar NERVOSO
atravessam a através da
conduz as sangue contendo
➤
e penetram na compõe-
➤
➤
se de
FARINGE PELE HUMANA VASOS LINFÁTICOS
PERNILONGO(S) ANEL
➤
HUMANOS ➤
CULICÍDIO(S) NERVOSO
conduz as dele, as larvas
passam para a conduz as
➤
larvas ao
larvas à éo ao serem obstruídos
partem do
➤
➤
causam a
➤
39
HOSPEDEIRO ➤
DOIS CORDÕES
SANGÜÍNEA INTERMEDIÁRIO ELEFANTÍASE NERVOSOS
Mapa de conceitos 10 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS CORDADOS
FILO
CHORDATA
reúne os
➤
CORDADOS
TRIBLÁSTICOS
➤
seus
➤ são classificados
NOTOCORDA nos subfilos
DEUTEROSTÔMIOS
➤
apresentam
➤
UROCHORDATA
TUBO NERVOSO ➤
DORSAL
➤ METAMERIA
➤
CEPHALOCHORDATA
➤ SIMETRIA BILATERAL
FENDAS ➤
FARINGIANAS
SISTEMA DIGESTÓRIO
são ➤ ➤
considerados CRANIATA COMPLETO
origina o
➤
CAUDA são os ➤ CELOMA
➤
➤
➤
é do tipo
SISTEMA PROTOCORDADOS VERTEBRADOS
NERVOSO
➤
ENTEROCÉLICO
NUTRIÇÃO
HUMANA
MANUAL_BIO_2_PNLEM_001_043
é
consiste em ingerir ➤
e em assimilar
HETEROTRÓFICA
41
➤
NUTRIENTES
estão
presentes nos
os principais são
ONÍVORA ➤
tipos e quantidades
➤
ingeridas compõem a ALIMENTOS
na espécie
humana é
➤
DIETA ➤ ➤ ➤ ➤ ➤
GLICÍDIOS LIPÍDIOS PROTEÍNAS SAIS ÁGUA VITAMINAS
pode ser MINERAIS
classificada em
são são
são
fontes de
➤
➤
➤
➤
DIETA DIETA NUTRIENTES NUTRIENTES são as principais
PROTETORA BALANCEADA ENERGÉTICOS PLÁSTICOS fontes de
são as principais
fontes de
é a que fornece um é a que fornece
➤
➤
➤
mínimo de 1.300 cerca de 3.000
ENERGIA AMINOÁCIDOS ELEMENTOS
QUÍMICOS
22.06.2005, 18:42
pode ser é obtida por
medida em meio da exemplos
➤
➤
➤
QUILOCALORIAS RESPIRAÇÃO
(kcal) CELULAR Cálcio (Ca)
Fósforo (P)
Ferro (Fe)
41
etc.
Mapa de conceitos 12 - SISTEMA RESPIRATÓRIO
SISTEMA
RESPIRATÓRIO
compõe-se
de
TÓRAX ➤
➤
seus movimentos separa o
permitem a abdome do situam-se
dentro do
DIAFRAGMA ➤
➤
sua base
apóia-se no
➤
➤
quando abaixa
VENTILAÇÃO promove a
VIAS PULMONAR ➤ PULMÕES
RESPIRATÓRIAS ➤
➤
é a entrada
de ar nos
➤
compõe- cada um possui
NARINAS alterna-se com a é a saída milhões de
se de de ar dos
➤
➤
CAVIDADES ALVÉOLOS
➤ ➤
NASAIS PULMONARES
conduzem ar
para a são recobertos
é onde ocorre a por
➤
➤
➤ LARINGE HEMATOSE CAPILARES
SANGÜÍNEOS
➤
circulam nos
➤
➤
ar para os
ramifica-se em combina-se
dois com a contêm
transporta
➤
➤
➤
ramificam-se em transforma-se
milhares de em
➤
➤ BRONQUÍOLOS
TIREÓIDEA
um de seus
hormônios é a
➤
CALCITONINA
seus efeitos seu efeito global é
específicos são reduzir o teor de
cálcio no
é estimulada pelo
inibir a estimular a reduzir a aumento de
absorção de deposição de reabsorção de concentração, no
cálcio pelo cálcio nos cálcio nos sangue, de
➤
➤
➤
➤
➤
INTESTINO OSSOS RINS SANGUE CÁLCIO
➤
➤
➤
➤
estimular a estimular a aumentar a
absorção de liberação de reabsorção de sua diminuição,
cálcio pelo cálcio dos cálcio pelos no sangue,
estimula as
seus efeitos seu efeito global é
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PARATORMÔNIO
➤
seu hormônio é o
➤
PARATIREÓIDEAS
PÂNCREAS
sua parte endócrina é
formada pelas
➤
ILHOTAS
PANCREÁTICAS
apresentam
➤
sangüínea de
INSULINA interagem no GLUCAGON
controle da
estimula
➤
estimula a
sua absorção, pelas
deficiência células, de NORMOGLICEMIA a liberação de
pode causar glicose pelo
é a taxa
➤ sangüínea
➤
normal de FÍGADO ➤
➤
GLICOSE
➤
➤
é armazenado a degradação de
suas moléculas principalmente são estimuladas
➤
19. Apomorfias são as novidades evolutivas que aparecem exclusi- REINO TIPO DE TIPO DE TIPO DE
vamente nos componentes de um táxon, definindo-o como gru- CÉLULA ORGANIZAÇÃO NUTRIÇÃO
po; em outras palavras “é o que todos os seus componentes Procariótica Eucariótica Unicelular Multicelular Autotrófica Heterotrófica
têm e ninguém mais tem”. Por exemplo, “presença de pêlos e Monera x x x x
de glândulas mamárias” são apomorfias dos mamíferos: somente
Protoctista x x x x x
eles têm, ninguém mais possui. Assim, qualquer animal que
Fungi x x x x
possua pêlos e glândulas mamárias pertence à classe Mammalia.
Plantae x x x x
A presença de coluna vertebral é uma apomorfia dos vertebra-
dos e define o subfilo Vertebrata, enquanto a presença de Animalia x x x
notocorda é uma apomorfia dos cordados e define o filo
Chordata.
20. Cladogramas são representações gráficas semelhantes às árvores CAPÍTULO 2
filogenéticas, sendo porém construídos segundo os métodos da
cladística. Em um cladograma nunca encontramos três ramos
partindo de um mesmo ponto, como nas árvores filogenéticas, já
vírus
que a cladística admite que as espécies surgem sempre pela divi-
são em dois de uma espécie ancestral (cladogênese). Além disso,
GUIA DE ESTUDO
nos cladogramas sempre estão indicadas as características deriva- 1. Vírus são agentes infecciosos diminutos (com tamanho entre 20
das usadas para a classificação. e 300 nm de diâmetro ou comprimento) constituídos por ácido
21. Reino Monera: reúne seres procarióticos e unicelulares, de tama- nucléico e proteínas, sem organização celular e que parasitam
nho microscópico, genericamente chamados bactérias e arqueas. células de todos os tipos de seres vivos, desde bactérias e fun-
Reino Protoctista: inclui os protozoários, seres eucarióticos, unice- gos até plantas e animais.
lulares e heterotróficos, e as algas, seres também eucarióticos, 2. Os vírus, segundo alguns cientistas, não são seres vivos porque
mas autotróficos fotossintetizantes e unicelulares ou multicelulares, não apresentam nenhum tipo de atividade metabólica, sendo
além dos mixomicetos. Reino Fungi: inclui os fungos, seres incapazes de se multiplicar fora de uma célula hospedeira. Uma
eucarióticos, unicelulares ou multicelulares, heterotróficos. Reino discussão entre os biólogos é se os vírus são a forma de vida
Plantae: reúne as plantas, seres eucarióticos, multicelulares e mais simples que existe ou se eles são os sistemas moleculares
autotróficos fotossintetizantes. Musgos, samambaias, pinheiros não-vivos mais complexos existentes. Mesmo os que não incluem
e plantas frutíferas são os principais grupos do reino Plantae, cujos os vírus entre os seres vivos concordam que eles são sistemas
representantes formam embriões multicelulares que, durante o biológicos, uma vez que possuem ácidos nucléicos com instru-
desenvolvimento, retiram alimento da planta genitora. Reino ções genéticas codificadas. Seu sistema de codificação genética
Animalia: reúne os animais, seres eucarióticos, multicelulares e é o mesmo que o de todas as formas de vida conhecidas.
heterotróficos. A característica típica dos animais é que todos eles 3. Além de produzirem doenças muitas vezes sérias em seres hu-
formam, durante o desenvolvimento embrionário, um estágio manos, os vírus também atacam animais e plantas de interesse
embrionário chamado blástula. comercial causando prejuízos à humanidade. Alguns tipos de
22. Os vírus não estão incluídos em nenhum dos cinco reinos por vírus têm sido empregados como ferramentas importantes para
serem acelulares, isto é, não apresentarem células. Eles são cons- manipulação genética de animais e plantas na área da biotecno-
tituídos por uma ou algumas moléculas de ácido nucléico (DNA logia. Vislumbra-se também o emprego de bacteriófagos para
ou RNA), envoltas por moléculas de proteína. Os vírus são sem- combater bactérias causadoras de doenças, que se tornaram
pre parasitas intracelulares. resistentes aos antibióticos existentes.
ligação estimula a membrana plasmática a englobar o vírus, que antivirais durante a gravidez. É provável também que o vírus
penetra assim inteiro na célula hospedeira. Ele é liberado no seja transmitido da mãe para o filho através da amamentação.
citoplasma no interior da bolsa resultante da endocitose. O en-
27. Algumas pessoas não manifestam nenhum sintoma ao serem
velope lipoprotéico do vírus funde-se, então, à membrana do
infectadas pelo HIV; outras têm sintomas semelhantes aos da
endossomo e o nucleocapsídio entra em contato direto com o
gripe: febre, dor de cabeça, cansaço e inflamação dos linfonodos.
citoplasma, desfazendo-se e liberando as moléculas de RNA. Estas
Os sintomas desaparecem entre uma semana e um mês e geral-
migram para o interior do núcleo da célula hospedeira, onde
passam a atuar. mente são confundidos com os de uma virose qualquer. Durante
a fase que sucede a infecção, os vírus multiplicam-se ativamente
22. As moléculas de RNA viral (cadeias –) são usadas como modelo e os fluidos corporais e o sangue da pessoa são altamente
para produzir moléculas complementares (cadeias +) que atuam
infectantes. O sistema imunitário é ativado pela multiplicação
como RNAm na síntese das proteínas virais. Algumas dessas mo-
viral e passa a combater os vírus, que diminuem em quantidade
léculas de RNA (cadeia +) permanecem no núcleo da célula e são
e tornam a infecção completamente assintomática. Novos sin-
usadas como modelo para a produção de cadeias complementares
tomas só voltam a aparecer muito tempo depois, em geral, após
(cadeias –), que constituirão o material genético dos novos vírus.
alguns anos. Durante o período assintomático, trava-se uma
Cada conjunto de oito moléculas de RNA (cadeia –)
batalha entre o HIV e o sistema imunitário. A principal célula
é envolvido por proteínas do capsídio transcritas pelos ribossomos
celulares a partir de RNAm virais, formando os nucleocapsídios. atacada pelo HIV é um leucócito sangüíneo, o linfócito T
Uma parte das proteínas transcritas a partir dos RNAm virais, en- auxiliador, também chamado célula CD4, que comanda as res-
tre elas as hemaglutininas e as neuraminidases, associam-se à postas do sistema imunitário. Assim, ao destruir as células CD4,
membrana da célula infectada, preparando-a para envelopar no- o HIV enfraquece a capacidade do organismo em combater tan-
vos vírus formados. Os nucleocapsídios encostam nas regiões da to a infecção retroviral como outras infecções comuns, que nor-
membrana plasmática dotadas externamente de espículas H e N e malmente não afetariam pessoas sadias.
são expelidos da célula, revestidos pelo envelope viral. 28. A aids refere-se aos estágios mais avançados da infecção pelo
23. O vírion do HIV apresenta um envelope lipoprotéico externo que HIV e caracteriza-se pela diminuição da quantidade de linfócitos
contém glicoproteínas. Este envelope, por sua vez, contém o T CD4 (menos de 200 células por milímetro cúbico de sangue,
nucleocapsídio constituído por duas moléculas idênticas de RNA enquanto uma pessoa sadia apresenta quantidade de células T
de cadeia simples, por proteínas e pelas enzimas transcriptase CD4 cinco vezes maior). Outros sintomas são infecções oportu-
reversa e integrase. nistas que normalmente não aparecem em pessoas sadias. Nos
24. São o linfócito T auxiliador (célula CD4) e certos tipos de células portadores de aids, essas infecções são severas e muitas vezes
epiteliais. fatais, pois o sistema imunitário praticamente destruído pelo HIV
não consegue combater os agentes que as causam, como vírus,
25. Depois de se ligar aos receptores da célula hospedeira, o envelo-
bactérias, fungos e outros microrganismos.
pe do HIV funde-se com a membrana celular e introduz o
nucleocapsídio. No citoplasma, este libera o RNA, a transcriptase 29. A prevenção da infecção pelo HIV consiste em: a) praticar sexo
reversa e a integrase. A transcriptase reversa entra em ação ime- seguro, com a proteção de preservativos (camisinhas); b) usar
diatamente e transcreve uma cadeia de DNA a partir do RNA sempre sangue devidamente testado para transfusões. Além
viral (transcrição reversa). É esse modo de ação que caracteriza disso, mulheres portadoras do vírus devem ser tratadas com dro-
os retrovírus. À medida que transcreve o DNA, a transcriptase gas antivirais durante a gravidez e não podem amamentar o
reversa degrada o RNA modelo. Em seguida, produz uma ca- recém-nascido.
deia de DNA complementar à recém-sintetizada, originando um 30. Apesar de não curar a aids, os tratamentos com coquetéis
DNA de cadeia dupla. Esse DNA penetra no núcleo da célula antivirais têm permitido reduzir o número de mortes em de-
hospedeira e, pela ação da enzima integrase, insere-se em um corrência da aids e melhorar a qualidade de vida dos portadores
dos cromossomos. Uma vez integrado ao cromossomo da célu- do HIV. Os coquetéis consistem de combinações de inibidores
la, o DNA viral começa a produzir moléculas de RNA. Algumas da transcriptase reversa e inibidores das proteases virais.
31. A maior parte das bactérias que vivem no solo pertence ao gru- 40. Antibióticos são substâncias capazes de interferir no metabolis-
mo das bactérias, matando-as. Todos os antibióticos são extraí-
po dos actinomicetos, principalmente ao gênero Streptomyces.
dos de bactérias e de fungos, mas grande parte deles é modifi-
Essas bactérias secretam enzimas que digerem proteínas e
cada por processos químicos que aumentam seu potencial de
polissacarídios presentes na matéria orgânica do solo.
ação, sendo por isso chamados de antibióticos sintéticos. O pri-
32. As mixobactérias vivem em ambientes ricos em matéria orgâ- meiro antibiótico foi descoberto em 1929 por Alexander Fleming,
36. O tripanossomo é transmitido por insetos popularmente chama- 62. O enredo da história ficcional deverá ser uma criação dos estu-
dos de “barbeiros” ou “chupanças”, sendo a espécie transmissora dantes, considerando os conhecimentos a seguir. O fitoplâncton
mais comum o Triatoma infestans. Depois de picar uma pessoa, marinho é constituído por algas unicelulares, com predominân-
geralmente no rosto (daí o nome “barbeiro”), o inseto defeca; se cia de diatomáceas e dinoflagelados. Os seres do fitoplâncton
ele estiver contaminado, os tripanossomos em suas fezes podem são os produtores da cadeia alimentar marinha, servindo de ali-
penetrar através do ferimento da picada, quando a pessoa coça o mento, direta ou indiretamente, à quase totalidade dos seres
local, atingindo a circulação sangüínea, via de acesso aos órgãos desse ecossistema. Além disso, sendo fotossintetizantes, os se-
do corpo. A doença pode também ser adquirida pelo contato das res do fitoplâncton fornecem a maior parte (cerca de 90%) do
mucosas (dos olhos, do nariz e da boca) com fezes do inseto con- gás oxigênio presente na atmosfera. Se o fitoplâncton marinho
taminadas pelo parasita. Mulheres infestadas também podem desaparecesse, possivelmente ocorreria extinção da maioria das
transmitir o parasita aos filhos durante a gravidez ou na espécies do ecossistema marinho e de muitas espécies de terra
amamentação. Transplantes de órgãos e transfusões de sangue firme, tanto pela falta de matéria orgânica como pelo decrésci-
de doadores infestados são outras vias pelas quais se pode ad- mo acentuado no teor de gás oxigênio na atmosfera da Terra.
Zigoto
2n n
Gametófito CAPÍTULO 5
FECUNDAÇÃO
n Fungos
Gametas
GUIA DE ESTUDO
65. 1. A maioria dos fungos é constituída por filamentos microscópi-
ALTERNÂNCIA cos e ramificados denominados hifas, que em conjunto consti-
DE GERAÇÕES
tuem o micélio. Uma hifa é um tubo microscópico que contém
o material celular do fungo.
é o ciclo em 2. Hifas septadas são as que apresentam paredes transversais (septos)
que ocorrem
delimitando compartimentos celulares com um ou dois núcleos,
dependendo do estágio do ciclo sexual (micélios primários têm
ESPORÓFITO GAMETÓFITO hifas monocarióticas e micélios secundários têm hifas dicarióticas).
Os septos são incompletos, apresentando um orifício central que
é produz germina e produz é põe em comunicação direta o citoplasma dos compartimentos da
origina o são hifa. Hifas cenocíticas (do grego koinos, comum, e kitos, célula)
não apresentam divisões transversais, sendo preenchidas por uma
DIPLÓIDE ESPORO(S) GAMETAS HAPLÓIDE(S)
massa citoplasmática com centenas de núcleos.
são 3. A quitina é um polissacarídio semelhante à celulose, que consti-
tui a parede dos fungos. Curiosamente, essa substância tam-
desenvolve-
bém está presente no reino Animal, constituindo o esqueleto
unem-se e
se e origina o originam o
dos artrópodes (crustáceos, insetos, aranhas etc.).
4. A primeira hifa de um fungo sempre se origina pela germinação
de um esporo, seja este proveniente de processos sexuados ou
é assexuados. O esporo alonga-se enquanto seu núcleo multipli-
ca-se por mitose, originando a hifa inicial, que cresce e se rami-
ZIGOTO
fica, formando o micélio.
de do arquegônio = n; parede do anterídio = n; pé = 2n; 26. Microgametófito, ou microprótalo, é a planta haplóide que surge
placenta = n; seta = 2n. da germinação do micrósporo. Megagametófito, ou megaprótalo,
16. Pteridófitas são geralmente plantas de pequeno porte (herbá- é a planta haplóide que surge da germinação do megásporo.
ceas), apesar de existirem espécies arborescentes que atingem 27. Caule = 2n; esporângio = 2n; esporofilo = 2n; estróbilo = 2n;
4 m ou mais de altura. As espécies mais conhecidas do grupo são folha = 2n; indúsio = 2n; microgametófito = n; megagametó-
samambaias e avencas, utilizadas como plantas ornamentais. fito = n; prótalo = n; raiz = 2n; soro = 2n; suspensor = 2n.
17. Do final do período Devoniano até o final do Carbonífero, ou seja, 28. O ciclo de vida das selaginelas apresenta três características im-
entre 375 e 290 milhões de anos atrás, as pteridófitas formavam portantes na transição das plantas sem sementes para as plan-
grandes florestas nos diversos continentes. Muitas espécies atin- tas com sementes: a) formação de dois tipos de esporos
giam grande tamanho, com troncos de quase 1 m de diâmetro e (heterosporia); b) desenvolvimento dos gametófitos no interior
mais de 30 m de altura. Foram os restos não decompostos dessas da parede do esporo (endosporia); c) transformação do
matas de pteridófitas do Carbonífero que formaram os grandes megagametófito em uma estrutura precursora da semente.
depósitos de carvão existentes em diversos locais do planeta e 29. Sob a designação de gimnospermas são reunidos quatro filos de
atualmente explorados como fonte de energia. plantas que se caracterizam por formar sementes expostas na
18. As pteridófitas distinguem-se das briófitas por apresentarem dois superfície das estruturas reprodutoras. A maioria das espécies
tipos de tecidos vasculares bem diferenciados: o xilema e o floema. são árvores que atingem grande tamanho, estando entre os
Distinguem-se também de gimnospermas e angiospermas por não maiores seres vivos existentes.
formarem sementes. 30. O óvulo das plantas é uma estrutura multicelular constituída por
19. O xilema das pteridófitas é constituído por elementos denomina- tecido diplóide, originário do esporófito, e pelo gametófito haplóide
dos traqueídes, também presentes em gimnospermas e que se desenvolve a partir do megásporo. No interior do óvulo das
angiospermas. As traqueídes são estruturas não-vivas, constituídas plantas diferenciam-se um ou mais gametas femininos que se fun-
por paredes celulares vazias, com reforços de lignina. Uma traqueíde dirão com os gametas masculinos para originar os zigotos. O gameta
é um tubo vazio, fino e longo, com as extremidades afiladas e fe- feminino das plantas, correspondente ao óvulo dos animais, é a
chadas. Traqueídes formam longas fileiras que vão das raízes até as oosfera, uma das inúmeras células constituintes do óvulo vegetal.
folhas e transportam seiva bruta. O floema é constituído pelas cé- 31. O óvulo das gimnospermas desenvolve-se a partir de uma folha
lulas crivadas, assim chamadas por apresentarem inúmeros poros fértil (megasporofilo) e em seu interior diferencia-se o megas-
em suas paredes transversais, assemelhando-se a um crivo de chu- porângio. Este é recoberto por camadas de tecido do megaspo-
veiro. Essas células são longas e mais finas do que as traqueídes, rofilo, denominadas integumento. No megasporângio diferencia-
diferindo delas também por serem vivas e repletas de citoplasma. se um megásporo que dá origem ao megagametófito. O óvulo
As células crivadas também ficam organizadas em fileiras, que par- das plantas é, portanto, o megasporângio, contendo o
tem das folhas e chegam até as raízes. Em geral, os vasos liberianos megagametófito, revestido pelo integumento.
dispõem-se ao redor do feixe de traqueídes, e o conjunto fica loca- 32. O megasporângio das gimnospermas contém um único megas-
lizado na região central das raízes, caules e folhas. A função das porócito, ou célula-mãe de oosfera, que se divide por meiose
células crivadas é transportar seiva elaborada. originando quatro células haplóides, das quais três degeneram.
20. Pteridófitas isosporadas são as que formam um único tipo de A que sobrevive é o megásporo funcional, que fica retido no
esporo. Pteridófitas heterosporadas formam dois tipos diferentes interior do megasporângio. O megasporângio das plantas com
semente é constituído por um tecido nutritivo denominado
de esporo, um grande (megásporo) e outro pequeno (micrósporo).
nucelo. O megásporo divide-se sucessivamente por mitoses e
21. Esporofilos são folhas especiais (folhas férteis) nas quais se formam origina o megagametófito (ou megaprótalo). Este forma
esporângios, em cujo interior os esporócitos se dividem por meiose arquegônios, nos quais se diferenciam oosferas, os gametas fe-
e dão origem a esporos. Nas licopodíneas (filo Licophyta), os mininos. Os arquegônios ficam voltados para uma abertura exis-
esporofilos ficam reunidos na extremidade de certos ramos, for- tente no integumento do óvulo, a micrópila, por onde pene-
mando os estróbilos, estruturas que lembram pequenas espigas. tram os microgametófitos com os gametas masculinos.
ÓRGÃOS SEMENTES
GAMETÓFITO ESPORÓFITO GAMETAS EXEMPLOS
REPRODUTIVOS E FRUTOS
Briófitas Fase predominante Fase transitória No ápice da planta Anterozóides Ausentes. Musgos,
haplóíde, constituí- diplóide, constituída masculina formam- biflagelados nadam hepáticas e
da de rizóides, por uma haste e se anterídios com até a oosfera. antóceros.
caulículo filoídes; uma cápsula, na anterozóides; no
responsável pela qual ocorre a ápice da planta
formação dos meiose; cresce sobre feminina formam-se
gametas. o gametófito e dele arquegônios, cada
depende; responsá- um com uma
vel pela formação oosfera.
dos esporos.
Pteridófitas Fase transitória Fase duradoura No prótalo hermafro- Anterozóides Ausentes. Samambaias
haplóide; é o diplóide, constituída dita formam-se os ór- flagelados nadam e e avencas.
prótalo herma- de raízes, caule gãos reprodutivos fecudam a oosfera
frodita com vida (rizoma) e folhas. masculinos (anterí- presente no
independente que dios) e femininos (ar- arquegônio.
sustenta o quegônios).
esporófito jovem.
Gimnospermas Fase haplóide Fase duradoura A maioria das Grão de pólen Presença de Pinheiros,
reduzida que se diplóide, constituída espécies de pinheiro origina o tubo sementes e ciprestes,
desenvolve dentro de raiz, caule, é monóica; formam polínico, que ausência de gincófitas,
do esporângio; folhas, estróbilos e estróbilos masculi- contém duas células frutos (semen- cicas etc.
gametófito sementes. nos (microstróbilos) espermáticas tes nuas).
feminino com e femininos (gametas masculi-
poucas centenas de (megastróbilos). nos); células do
células; gametófito gametófito feminino
masculino no formam
interior do grão de arquegônios com
pólen, com apenas oosferas (gametas
três células. femininos).
Angiospermas Fase haplóide Fase duradoura Espécies dióicas e Grão de pólen Presença de Plantas
reduzida que se diplóide, constituída monóicas. Formam origina o tubo sementes frutíferas.
desenvolve dentro de raiz, caule, flores, muitas delas polínico, com duas contidas em
do esporângio; folhas, flores, hermafroditas, células espermáticas frutos.
gametófito sementes e frutos. dotadas de (gametas masculi-
feminino com androceu (parte nos); uma delas
apenas oito células; masculina) e de fecunda a oosfera,
gametófito gineceu (parte originando o zigoto,
masculino no feminina). e outra fecunda os
interior do grão de núcleos polares,
pólen, com apenas originando o
três células. endosperma
triplóide.
celulares que separam elementos vizinhos pelas pontuações, que lâmina ao redor do periciclo também geram novas células para
são regiões onde não ocorre deposição de lignina e a camada de dentro e para fora. As células internas diferenciam-se em um
celulose é perfeitamente permeável a soluções aquosas. parênquima, semelhante ao córtex, denominado feloderma. As
21. O floema dispõe-se entre os blocos de protoxilema e contém, além células geradas para a superfície externa acumulam suberina e
de dois tipos de elementos condutores de seiva elaborada (células acabam morrendo em conseqüência da impermeabilização de
crivadas e elementos de tubo crivado), células companheiras. suas paredes. O conjunto dessas células externas ao câmbio da
casca constitui o súber, popularmente conhecido como cortiça.
22. As células crivadas e elementos de tubo crivado caracterizam-se
O conjunto desses três tecidos secundários — feloderma, câm-
por apresentar em suas paredes conjuntos de perfurações que
bio da casca (felogênio) e súber — que passa a revestir a raiz
lembram o crivo de um chuveiro. Através delas passam finas
com crescimento secundário, é denominado periderme.
pontes citoplasmáticas (plasmodesmos) que põem em contato
direto os citoplasmas de células vizinhas. Os elementos de tubos 28. Os sistemas radiculares costumam ser classificados em dois ti-
crivados diferem das células crivadas por apresentar em suas pos básicos: pivotante e fasciculado. O sistema pivotante, carac-
paredes áreas onde se concentra grande quantidade de poros terístico das eucotiledôneas, de algumas dicotiledôneas basais e
de grande tamanho. Essas regiões recebem o nome de áreas de gimnospermas, constitui-se de uma raiz principal que en-
crivadas e sua presença é interpretada como uma maior especia- grossa progressivamente da extremidade até o ponto em que se
lização dos elementos de tubo crivado em relação às células cri- conecta ao caule. Dela partem inúmeras ramificações, denomi-
vadas. Durante a diferenciação das células crivadas e dos tubos nadas raízes laterais, ou secundárias. O sistema fasciculado, típi-
crivados, o núcleo, a membrana do vacúolo (tonoplasto), os co das monocotiledôneas, é formado por raízes finas, com diâ-
ribossomos, o complexo golgiense e o citoesqueleto se desinte- metro constante ao longo de seu comprimento e que partem
gram e desaparecem, restando apenas a membrana plasmática em grande número diretamente do caule, assemelhando-se a
envolvendo uma massa de citoplasma, na qual existe uma rede uma cabeleira. Essas raízes são denominadas adventícias pelo
bem desenvolvida de retículo endoplasmático não-granuloso fato de surgirem do caule, uma vez que nessas plantas, a raiz
(liso), mitocôndrias e alguns plastos. Com isso a célula mantém- principal degenera logo após a germinação da semente.
se viva, o que é fundamental para que ela cumpra seu papel de 29. Raízes tuberosas são aquelas que armazenam grande quantidade
conduzir a seiva elaborada. Apesar de não terem núcleo e de reservas nutritivas, principalmente na forma de grãos de
ribossomos, os elementos crivados do floema conseguem se amido, e, por isso, apresentam grande diâmetro. São exemplos
manter vivos porque estão intimamente associados a um tipo de raízes tuberosas a mandioca, a cenoura, o nabo, a beterraba
especial de célula parenquimática que lhes fornece as proteínas e a batata-doce (esta, na verdade, constituída por tecidos de
e outras substâncias necessárias ao metabolismo. Essas células caule e de raiz concrescidos).
mantêm os elementos crivados vivos e funcionais e são denomi- 30. Raízes respiratórias, ou pneumatóforos, são adaptadas à reali-
nadas apropriadamente células companheiras. zação de trocas gasosas com o ambiente. São encontradas em
23. O crescimento primário da raiz resulta do amadurecimento dos te- plantas como a Aviccenia, que vive no solo encharcado e pobre
cidos formados a partir da diferenciação dos meristemas primários. em gás oxigênio dos manguezais. As raízes dessa planta cres-
O crescimento secundário resulta do amadurecimento dos tecidos cem rente à superfície e, de espaço em espaço, lançam proje-
formados a partir da diferenciação dos meristemas secundários. ções para fora do solo. Essas projeções apresentam inúmeros
O crescimento primário ocorre em todas as plantas vasculares, en- pequenos orifícios, os pneumatódios, pelos quais ocorrem tro-
quanto o crescimento secundário ocorre tipicamente em plantas cas gasosas.
arbustivas e arbóreas, como certas gimnospermas, dicotiledôneas 31. O velame é uma epiderme multiestratificada que reveste as par-
basais e eudicotiledôneas. tes expostas ao ar de raízes aéreas. Raízes desse tipo ocorrem
24. A organização dos tecidos em uma raiz que apresentou apenas em plantas epífitas como as orquídeas.
crescimento primário é chamada de estrutura primária; a estru- 32. Raízes sugadoras são adaptadas à extração de alimento de plan-
tura de uma raiz que teve crescimento secundário é denomina- tas hospedeiras, sendo características de espécies parasitas. Es-
da estrutura secundária. sas raízes possuem uma estrutura para se fixar ao hospedeiro, o
le. Certas folhas apresentam na base do pecíolo um par de pro- De manhã bem cedo é possível observar, nas bordas das folhas de
jeções filamentosas ou laminares, denominadas estípulas. certas plantas, gotas de água eliminadas através dos hidatódios.
Tricomas são estruturas epidérmicas, uni ou multicelulares, com
46. Uma folha é totalmente revestida por epiderme que se diferencia
formas e funções diversas. Nas folhas de urtiga, por exemplo,
a partir do protoderma. Seu interior, denominado mesófilo, é cons-
existem tricomas que produzem substâncias tóxicas, cuja função
tituído por células ricas em cloroplastos, o parênquima clorofiliano,
é proteger a planta do ataque de animais herbívoros. Em certas
ou clorênquima, que se diferencia a partir do meristema funda-
plantas do cerrado, as folhas têm tricomas em tal quantidade que
mental. Além disso, o mesófilo contém tecidos condutores, orga-
seu aspecto é aveludado, contribuindo para reduzir a perda d’água
nizados em feixes líbero-lenhosos, que se diferenciam a partir do
por transpiração.
procâmbio, e tecidos de sustentação que podem se diferenciar
tanto do meristema fundamental quanto do procâmbio. 51. Filotaxia é o arranjo das folhas no caule. O tipo mais comum é o
helicoidal, ou filotaxia alternada, em que os pontos de inserção
47. A epiderme foliar é, na maioria dos casos, uniestratificada, mas
das folhas na seqüência de nós se dispõem segundo uma hélice
plantas de regiões áridas, ou xerófitas, podem apresentar epiderme
ao redor do ramo. Outro tipo de filotaxia é a dística, em que
com várias camadas de células. A face externa das células
existe uma única folha por nó e elas se inserem alternadamente
epidérmicas é coberta por cutina, que forma uma película pratica-
em lados opostos ao longo do caule. Na filotaxia oposta, existem
mente impermeável, a cutícula, revestindo toda a folha. As trocas
duas folhas por nó inseridas em lados diametralmente opostos.
gasosas com o ambiente ocorrem através de inúmeros estômatos
Se os pontos de inserção em nós adjacentes formam ângulos
presentes, principalmente na face foliar inferior. As células dos
entre si, a filotaxia é chamada de oposta cruzada. Pode haver
estômatos são as únicas da epiderme a possuir cloroplastos. Nas
plantas monocotiledôneas, os estômatos dispõem-se, em geral, em ainda três ou mais folhas por nó e, nesse caso, a filotaxia é deno-
fileiras paralelas ao eixo maior da folha; nas demais plantas eles minada verticilada.
têm uma distribuição aleatória na superfície foliar. 52. As folhas são classificadas primeiramente em simples, cujo limbo
48. As folhas apresentam, em geral, dois tipos de células parenquimáticas não é dividido, e compostas, com limbo dividido em folíolos,
clorofiladas preenchendo o mesófilo, como é denominada a região cada uma com seu próprio pecíolo; estes se fundem para for-
entre as epidermes superior e inferior do limbo. Um tipo tem forma mar um pecíolo comum que une a folha ao nó caulinar. As fo-
colunar, ou cilíndrica, e constitui o parênquima paliçádico, assim lhas simples podem ser classificadas de acordo com a forma do
chamado porque as células dispõem-se lado a lado, com o eixo limbo. As folhas compostas costumam ser classificadas de acor-
maior orientado perpendicularmente à epiderme, lembrando uma do com a disposição dos folíolos no pecíolo e com o número
paliçada. O outro tipo de célula clorofilada do mesófilo tem forma deles, par ou ímpar.
irregular e constitui o parênquima esponjoso, ou lacunoso, pois as 53. Brácteas são folhas que se formam nas axilas do pedicelo de
células deixam grandes espaços de ar entre si. O parênquima paliçá- uma flor ou de uma inflorescência. Em certas plantas, em que as
dico das mesófitas, como são chamadas as plantas que habitam pétalas são pequenas ou mesmo inexistentes, as brácteas po-
ambientes nem muito secos nem excessivamente úmidos, localiza- dem ser coloridas e vistosas, fazendo o papel das pétalas na
se, em geral, na face superior da folha, onde a incidência de luz é atração de polinizadores. Um conjunto de brácteas ao redor de
maior. O parênquima lacunoso, por sua vez, fica em contato com a uma inflorescência é denominado envólucro.
epiderme da face inferior, onde se localiza a maior parte dos
estômatos. Muitas xerófitas e algumas outras plantas apresentam
parênquima paliçádico em ambas as faces da folha, com o parên- QUESTÕES PARA PENSAR E DISCUTIR
quima esponjoso entre eles. Algumas espécies podem apresentar
duas ou três camadas de células paliçádicas, mas a maioria das fo- QUESTÕES OBJETIVAS
lhas apresentam uma única camada dessas células.
54. c 55. d 56. a 57. d 58. c 59. d
49. Nervuras foliares são feixes líbero-lenhosos, associados ou não a
60. a 61. d 62. c 63. c 64. d 65. d
tecidos de sustentação. Esses feixes são prolongamentos dos
existentes no caule e apresentam o xilema voltado para a super- 66. a 67. c 68. e
Parânquima
não conseguem absorvê-lo na forma de gás nitrogênio (N2), como
paliçádico
ele se encontra na atmosfera. Para ser utilizado pelas células
vegetais, o nitrogênio precisa estar na forma do íon amônio (NH+4)
Parênquima
ou do íon nitrato (NO3–). Esses íons são produzidos a partir do N2
lacunoso
pela ação de diversos tipos de bactéria presentes no solo.
Epiderme
inferior
8. A morte e a decomposição dos seres vivos em um ambiente
face inferior natural devolve ao solo os elementos retirados pelas plantas, o
Estômato que possibilita a constante reciclagem dos elementos químicos.
A folha é um órgão adaptado à realização da fotossíntese. Em um campo de cultivo, porém, a situação é diferente. As plan-
A forma laminar do limbo fornece uma ampla área de absorção tas são removidas, inteiras ou em parte, e utilizadas como ali-
de luz. A forma e a disposição das células no parênquima paliçádico mento pelas pessoas ou por animais domésticos. Com isso o
na face superior permitem uma absorção de luz adequada. A pre- solo vai gradativamente empobrecendo em elementos químicos
sença de estômato principalmente na fase inferior permite as tro- essenciais. Para que o solo não se “esgote”, tornando-se inade-
cas gasosas com um mínimo de perda de água por evaporação. quado à agricultura, os elementos perdidos devem ser repostos
A presença do parênquima lacunoso na face inferior permite o periodicamente pela adição de compostos químicos que os con-
deslocamento de gás oxigênio do ar para todas as células do tenham. Esses compostos são denominados adubos, ou fertili-
mesófilo e de gás carbônico em sentido inverso. zantes, e podem ser de dois tipos: orgânicos e inorgânicos.
des das raízes, principalmente na zona dos pêlos absorventes, uma coluna de água dentro de um vaso xilemático a cerca de
em que as paredes das células são altamente permeáveis. Após 160 m de altura.
atravessar a epiderme, a água e os sais nela dissolvidos deslo-
20. Estômato é uma estrutura epidérmica que controla a entrada e a
cam-se para a região central da raiz. Esse deslocamento pode
saída de gases da planta. É formado por duas células em forma
ocorrer tanto pelo apoplasto quanto pelo simplasto.
de grão de feijão ou de haltere, ricas em cloroplastos, denomina-
12. Apoplasto refere-se ao que se localiza externamente às mem- das células-guarda, e por um número variável de células vizinhas
branas plasmáticas, ou seja, compreende os espaços existentes chamadas de células acessórias, ou subsidiárias. O espaço entre
entre as paredes das células e os espaços microscópicos presen- as duas células-guarda de um estômato é o ostíolo, que pode se
tes nas próprias paredes celulósicas, que se embebem de líquido abrir ou se fechar, dependendo da turgidez das células-guarda.
como um papel-toalha. Simplasto refere-se aos conteúdos celu-
21. O estômato se abre quando as células-guarda absorvem água,
lares, isto é, ao que está contido dentro das membranas
tornando-se túrgidas, e se fecha quando as células-guarda per-
plasmáticas. Ele é contínuo, uma vez que os citoplasmas das
dem água, tornando-se flácidas. Esse comportamento deve-se à
células de uma planta se comunicam através de finas pontes
disposição estratégica das fibras de celulose na parede das célu-
citoplasmáticas, os plasmodesmos.
las-guarda. Na maioria das eudicotiledôneas, elas têm forma de
13. A água e os sais que se deslocam pelo apoplasto, rumo ao cilin- rim e as microfibrilas de celulose da parede estão orientadas de
dro vascular central, são barrados pelas células endodérmicas, tal maneira que, ao se tornarem túrgidas, as células-guarda
as quais estão fortemente unidas umas às outras por meio de aumentam sua curvatura e o ostíolo se abre. Ao perder água,
cinturões impermeáveis de suberina, as estrias casparianas, que por outro lado, elas diminuem a curvatura e se aproximam, fe-
impedem a água e os sais dissolvidos de passar entre as paredes chando o ostíolo. Nas gramíneas, as células-guarda têm forma
celulares. Para penetrar no cilindro vascular, portanto, a água e de haltere, com as extremidades mais dilatadas e a região media-
os sais têm necessariamente de atravessar a membrana na mais comprimida. As extremidades têm paredes finas e a
plasmática e passar pelo citoplasma das células endodérmicas. região central tem paredes grossas. Quando ficam túrgidas, com
14. Capilaridade é um fenômeno físico que resulta das proprieda- o afastamento na região mediana, as extremidades das células-
des de adesão e coesão manifestadas pelas moléculas de água. guarda dilatam-se, abrindo o ostíolo. Quando as células-guarda
A água é capaz de subir espontaneamente por um tubo de pe- perdem água, as extremidades diminuem sua dilatação e as re-
queno calibre (capilar) devido ao fato de suas moléculas se ade- giões medianas das células aproximam-se, fechando o ostíolo.
rirem às paredes do tubo e se manterem unidas (coesas) entre 22. Ao abrir os estômatos para permitir a entrada de CO2, a planta
si. A adesão ao tubo resulta de pontes de hidrogênio entre as passa a perder maior quantidade de água, isto é, sua taxa de
moléculas de água e os componentes da parede do capilar. Como transpiração aumenta. Transpiração é a perda de água na forma
as moléculas se mantêm coesas, as que aderem às paredes do de vapor que ocorre pela superfície corporal de plantas e animais.
capilar arrastam consigo as demais. Nas plantas, mesmo com os estômatos totalmente fechados, ocorre
15. Conhecendo-se o diâmetro de um tubo é possível calcular a al- uma certa taxa de transpiração através da cutícula das folhas, de-
tura que a coluna de água nele subirá como resultado das for- nominada transpiração cuticular. Quando os estômatos se abrem
ças de capilaridade. Os cientistas calculam que, em um vaso para que a planta possa absorver CO2 para a fotossíntese, soma-
xilemático com cerca de 30 µm a 50 µm de diâmetro, o fenôme- se à transpiração cuticular a perda d´água pelos estômatos, cha-
no da capilaridade é suficiente para elevar a coluna de água a mada de transpiração estomatar.
pouco mais de 0,5 m acima do nível do solo. Isso significa que a 23. A maioria das plantas abre os estômatos assim que amanhece,
capilaridade sozinha não é suficiente para levar a seiva bruta até fechando-os ao anoitecer. Esse comportamento permite à folha
a copa das árvores. receber gás carbônico para a fotossíntese enquanto há luz dis-
16. As raízes de muitas plantas empurram a seiva bruta para cima, ponível. O suprimento de gás oxigênio para a respiração, acu-
fenômeno conhecido como pressão positiva da raiz. Em certas mulado no mesófilo, geralmente dura a noite inteira. O fecha-
espécies verificou-se que essa pressão é suficiente para elevar a mento noturno dos estômatos diminui sensivelmente a perda
coluna de água nos vasos xilemáticos a alguns metros de altura. d’água por transpiração.
41. As moléculas de auxina deslocam-se do lado iluminado do caule 49. A citocinina estimula as divisões celulares e o desenvolvimento
para o lado oposto. Assim, a face oposta à fonte de luz fica com das gemas, participa da diferenciação dos tecidos e retarda o
uma quantidade aumentada de auxina, o que faz as células se envelhecimento dos órgãos. Seu local de produção é desconhe-
alongarem mais que na face iluminada, provocando o dobra- cido, mas acredita-se que um deles seja a extremidade das raízes.
mento do caule em direção à fonte de luz.
50. As citocininas atuam em associação com as auxinas no controle
42. As células do caule são menos sensíveis à auxina que as da da dominância apical. Nesse caso, os dois hormônios têm efei-
raiz. Assim, uma concentração de auxina suficiente para indu- tos antagônicos: as auxinas que descem pelo caule inibem o
zir um crescimento “ótimo” do caule tem forte efeito inibidor desenvolvimento das gemas laterais, enquanto as citocininas
sobre o crescimento da raiz. Por outro lado, concentrações óti- provenientes das raízes estimulam as gemas a se desenvolve-
mas para o crescimento da raiz são insuficientes para produzir rem. Quando a gema apical é removida, cessa a ação das auxinas
efeitos no caule. e as citocininas induzem o desenvolvimento das gemas laterais.
43. As auxinas também participam da formação dos frutos. As se- 51. Quando um fragmento de uma planta, um pedaço de parênquima,
mentes em desenvolvimento de diversas plantas liberam auxinas por exemplo, é colocado em meio de cultura contendo todos os
que atuam sobre a parede do ovário, causando seu desenvolvi- nutrientes essenciais à sua sobrevivência, as células podem cres-
mento no fruto. Quando a fecundação não ocorre e as semen- cer mas não se dividem. Se adicionamos apenas citocinina a esse
tes não se formam, o ovário dessas plantas não se desenvolve meio, nada acontece, mas, se também colocamos auxina, as cé-
em fruto. No entanto, em diversas espécies, se auxina for aplica- lulas passam a dividir-se e podem diferenciar-se em diversos ór-
da ao ovário, este se desenvolve em fruto, mesmo que não ocorra gãos. O tipo de órgão que surge em uma cultura de tecidos vege-
fecundação. Essa estratégia tem sido utilizada para a produção tais depende da relação entre as quantidades de citocinina e auxina
comercial de frutos partenocárpicos, muito apreciados por não adicionadas ao meio. Quando as concentrações dos dois hormônios
apresentarem sementes. são iguais, as células se multiplicam mas não se diferenciam, for-
44. Dominância apical é o efeito inibidor que a gema apical do cau- mando uma massa celular denominada calo. Se a concentração de
le exerce sobre as gemas laterais, impedindo que elas saiam do auxina é maior que a de citocinina, o calo forma raízes. Se, por
estado de dormência e se desenvolvam em novos ramos. Quan- outro lado, a concentração de citocinina é maior que a de auxina, o
do a gema apical é removida, as gemas laterais começam logo a calo forma brotos.
se desenvolver produzindo ramos laterais nas axilas das folhas. 52. O ácido abscísico é um inibidor do crescimento, promovendo a
Entretanto, se auxina for aplicada sobre a região cortada, o de- dormência de gemas e de sementes, e induzindo o envelheci-
senvolvimento das gemas laterais continua inibido. mento de folhas, flores e frutos. Ele induz também o fechamento
45. A separação natural de folhas, flores e frutos do caule, fenôme- dos estômatos. Seu local de produção são: folhas, coifa e caule.
no conhecido como abscisão, resulta de alterações químicas e 53. O ácido abscísico causa a dormência de sementes, impedindo
estruturais que ocorrem próximo à base do pecíolo. Ao envelhe- sua germinação prematura. Embriões de milho portadores de
cerem, folhas, flores e frutos passam a produzir progressivamente
mutações que impedem a produção de ácido abscísico não apre-
menos auxina, cuja presença é importante para evitar a abscisão. sentam dormência e germinam ainda na espiga. Em regiões ári-
Com isso, formam-se na base do pecíolo duas camadas trans- das, as sementes de muitas plantas só germinam após serem
versais de células especializadas: a camada de separação, ou de
lavadas pela água da chuva, que remove o excesso de ácido
abscisão, e a camada protetora. A primeira é constituída por abscísico nelas presente.
células pequenas com paredes finas e frágeis, que são quebra-
das por enzimas, o que provoca a separação do pecíolo do cau- 54. O etileno atua no amadurecimento de frutos e na abscisão das
le. A camada protetora é formada por células com paredes folhas. Ele é produzido em diversas partes do corpo da planta.
suberificadas que isolam a folha do caule antes de sua queda, 55. O etileno participa da abscisão das folhas juntamente com a
interrompendo o fluxo de seiva para os tecidos foliares. Após auxina. Quando a concentração de auxina nas folhas diminui
a queda, a camada protetora permanece no caule, formando a a produção de etileno é estimulada e é ele o responsável direto
cicatriz foliar no nó. pela queda das folhas.
1. Os animais são organismos eucarióticos, multicelulares com nu- está associada à movimentação ativa e direcionada, característi-
trição heterotrófica.
ca de animais que nadam, cavam, rastejam, voam ou andam.
2. O apomorfismo dos animais é a presença do estágio de blástula,
10. Cefalização é a concentração de órgãos dos sentidos e de célu-
uma bola de células oca, durante o desenvolvimento embrionário.
las nervosas na região anterior do corpo, definindo uma cabeça.
3. Animais diblásticos são os que apresentam apenas dois folhetos Os principais filos cujos representantes apresentam cabeça bem
germinativos: ectoderma e endoderma; são diblásticos apenas diferenciada são os moluscos (caracóis, polvos, lulas etc.), os
os animais do filo Cnidaria (corais, anêmonas-do-mar e águas- anelídeos (vermes poliquetos), artrópodes (insetos, crustáceos,
vivas). Os animais de todos os outros filos apresentam um ter- aranhas e escorpiões) e cordados (vertebrados).
ceiro folheto germinativo, o mesoderma, e por isso são chama-
11. Os cientistas admitem que a presença de uma cavidade corpo-
dos triblásticos ou triploblásticos. Os poríferos, por não apresen-
ral interna, dentro da qual se movimentam e circulam líquidos,
tarem folhetos germinativos, não entram nessa classificação.
traz diversas vantagens ao animal. Entre outras coisas, facilita
4. Celoma é uma cavidade corporal completamente revestida por a distribuição de substâncias para as células e a eliminação de
mesoderma. Os animais que a apresentam são chamados de excretas. Outro papel importante desempenhado pelo celoma
celomados (anelídeos, moluscos, artrópodes, equinodermos e em muitos animais é a acomodação e a proteção de órgãos
cordados). Alguns animais têm uma cavidade corporal apenas internos. No interior da cavidade celômica, os órgãos podem
parcialmente revestida por mesoderma, chamada pseudoceloma; crescer e movimentar-se com maior independência. Além des-
esses animais são pseudocelomados (nematódeos). Animais sas funções, a presença de uma cavidade corporal cheia de
triblásticos em que o corpo é maciço, sem cavidade corporal líquido dá sustentação ao animal, podendo funcionar como
além da digestiva, são denominados acelomados (platelmintos). uma espécie de esqueleto, como veremos mais adiante no item
5. O celoma pode se formar de duas maneiras: a partir de fendas referente a sistemas esqueléticos.
internas que surgem no mesoderma do embrião ou do espaço 12. Metameria é a divisão do corpo em segmentos (metâmeros) ao
interno das bolsas de mesoderma que “brotam” do arquêntero. longo de seu comprimento. Ter corpo segmentado garante fle-
No primeiro caso, a formação do celoma é denominada xibilidade corporal e variedade de movimentos. Apresentam
esquizocélica; no segundo caso, o processo de formação do metameria os anelídeos, os artrópodes e os cordados.
celoma é chamado enterocélico. Dos nove principais filos de
13. Podem-se distinguir três tipos de esqueleto: hidrostático,
animais, os moluscos, os anelídeos e os artrópodes apresentam
exoesqueleto e endoesqueleto. O esqueleto hidrostático re-
celoma esquizocélico, sendo por isso considerados animais
sulta da ação da musculatura sobre as cavidades corporais
esquizocelomados. Nos equinodermos (ouriços-do-mar e estre-
cheias de líquido. Está presente em nematódeos (vermes ci-
las-do-mar) e nos cordados (cujos principais representantes são
líndricos, como a lombriga) e em anelídeos (vermes segmen-
os vertebrados), a formação do celoma é enterocélica e, por
tados, como a minhoca). O exoesqueleto é uma cobertura
isso, esses organismos são chamados enterocelomados.
rígida que envolve o corpo do animal totalmente (exoesqueleto
6. Protostômios são animais em que o blastóporo dá origem à boca completo) ou parcialmente (exoesqueleto incompleto), pro-
(moluscos, anelídeos e artrópodes); todos os animais tegendo os órgãos internos e fornecendo pontos de apoio
esquizocelomados são também protostômios. Deuterostômios para a musculatura. O exoesqueleto completo (carapaça) é
são animais em que o blastóporo dá origem ao ânus típico dos artrópodes. O exoesqueleto incompleto (concha)
(equinodermos e cordados); todos os animais enterocelomados é típico dos moluscos, como ostras, mexilhões, caracóis,
são também deuterostômios. caramujos etc. O endoesqueleto é o conjunto de estruturas
7. O subfilo Parazoa reúne os animais que não apresentam tecidos esqueléticas internas responsáveis pela sustentação corporal
nem cavidade digestiva; os poríferos são os únicos animais e pela fixação dos músculos. Nos vertebrados, as estruturas
parazoários. Com base nessas características, todos os outros esqueléticas são os ossos. Os equinodermos e a maioria dos
animais são reunidos em um outro sub-reino, Eumetazoa. animais cordados possuem endoesqueleto.
na água ou retê-los no interior do corpo, onde serão fecundados. aderido à superfície externa das brânquias de peixes de água doce,
O zigoto desenvolve-se em uma larva ciliada de corpo achatado, a como carpas e trutas. Exemplos de trematódeos endoparasitas
plânula. Depois de nadar livremente durante algumas horas ou dias, são Fasciola hepatica, que vive em veias do fígado de carneiro, e
a plânula se fixa a um objeto submerso, perde os cílios e transforma- Schistossoma mansoni, que vive em veias do fígado humano.
se em um pólipo. Este se desenvolve e origina, assexuadamente, A classe Cestoda reúne vermes endoparasitas conhecidos popu-
novas medusas, fechando o ciclo. larmente como tênias ou solitárias. Tênias adultas vivem no intes-
tino de animais vertebrados, geralmente em mamíferos. Os está-
QUESTÕES PARA PENSAR E DISCUTIR gios larvais podem ocorrer em um ou mais hospedeiros, que tan-
to podem ser invertebrados como vertebrados. Exemplos são a
QUESTÕES OBJETIVAS tênia-do-porco (Taenia solium) e a tênia-do-boi (Taenia saginata).
21. d 22. c 23. b 24. b 25. c 26. e 3. A planária protrai a faringe sobre o alimento e lança sobre ele
27. d 28. a 29. a 30. c 31. a 32. c enzimas digestivas, produzidas por células glandulares especiais
da parede intestinal. O processo digestório inicia-se ainda fora
33. a 34. c 35. a 36. a 37. c 38. c
do corpo e a faringe vai sugando alimento parcialmente digerido
39. d 40. a 41. c 42. b 43. a 44. c
para o intestino, onde a digestão prossegue. Células da parede
QUESTÕES DISCURSIVAS intestinal englobam o alimento parcialmente digerido e a digestão
45. A impossibilidade de encontrar poríferos terrestres deve-se ao se completa intracelularmente.
fato de eles serem essencialmente aquáticos, dependendo do 4. A cavidade digestória dos turbelários é geralmente muito
movimento da água pelo interior do corpo para obter nutrien- ramificada, e os produtos úteis da digestão difundem-se para
tes e gás oxigênio, e para eliminar gás carbônico e excreções. todas as células do corpo graças a essa grande ramificação. Por
46. e 47. Os estudantes devem ser orientados quanto às medidas de isso, ela é denominada cavidade gastrovascular, por cumprir os
segurança básicas (calçados adequados para caminhar sobre papéis de digestão e de distribuição dos alimentos.
rochas molhadas, material necessário para observar os animais, 5. O sistema excretor das planárias é constituído por protonefrídios,
escolha de horários em que a maré está baixa etc.) e de cuida- tubos interligados em cujas extremidades há uma célula excretora
dos com a preservação do ambiente durante a pesquisa (guar- flagelada (ciliada) denominada célula-flama, quando dotada de
dar o lixo, não coletar desnecessariamente animais etc.). um tufo de flagelos, ou solenócito, quando dotada de um único
48. a) A taxa de crescimento da hidra diminui à medida que a tem- flagelo. As células excretoras absorvem substâncias indesejáveis
peratura vai diminuindo. b) O tamanho final do corpo da hidra do espaço entre as células e, graças ao batimento de seus flagelos,
é maior em temperaturas mais baixas. impulsionam as excreções pelo interior de condutos excretores,
49. Para os gregos, a hidra representava um monstro de nove cabe- que se abrem em poros excretores (nefridióporos) situados late-
ças, que vivia num pântano próximo à cidade de Lerna, na Grécia. ralmente na superfície externa dorsal do corpo do animal.
Quando uma de suas cabeças era cortada, cresciam outras duas 6. Nas planárias, as células nervosas da região da cabeça formam dois
em seu lugar; a cabeça central era imortal. A medusa era descri- gânglios cerebrais, que se ligam a dois cordões nervosos que per-
ta como uma das filhas de Phorcys, o deus do mar. Tinha o correm longitudinalmente o corpo. Dos cordões nervosos partem
corpo coberto por escamas douradas e serpentes como cabelo. prolongamentos de células nervosas (nervos) que chegam a todas
Vivia no lado mais afastado do oceano, isolada, porque seu olhar as regiões do corpo. Os gânglios cerebrais dos platelmintos consti-
transformava as pessoas em pedra. As semelhanças entre esses tuem um centro integrador das informações captadas pelas células
seres lendários e os cnidários podem ser estabelecidas a partir sensoriais e conduzidas pelos nervos e cordões nervosos. Essa “cen-
da: presença de estruturas múltiplas em uma de suas extremida- tralização” do sistema nervoso dos platelmintos representa um avan-
des (cabeças e cabelos como serpentes, nos monstros, e tentá- ço em relação aos cnidários, que têm uma rede nervosa difusa,
culos, nos cnidários); capacidade de regeneração. sem nenhum órgão integrador das funções nervosas.
Crustáceos Maioria vive em Cefalotórax e Dois pares de Do tipo aberto ou Branquial, adap- Um par de glân- A maioria das
ambientes aquá- abdome. antenas; apên- lacunar; coração tado à respiração dulas antenais espécies é dióica;
ticos (água doce e dices locomotores tubular dorsal, que em meio líquido. (glândulas verdes) há apêndices es-
salgada); poucas no cefalotórax e bombeia a hemo- Há pigmentos res- que filtram a he- pecializados em
espécies em terra no abdome. linfa pelas artérias, piratórios na molinfa, remo- transferir esper-
firme. que se abrem em hemolinfa. vendo as excre- matozóides para a
hemocelas; a he- ções e eliminando- fêmea, onde ficam
molinfa retorna ao as em um poro armazenados; fe-
coração pelas excretor que se cundação externa;
veias. abre na base da o desenvolvimento
antena. pode ser direto
(algumas espécies)
e indireto (na
maioria).
Quelicerados Todos de terra Cefalotórax e Apresentam que- Do tipo aberto ou Traqueal (em Túbulos de Dióicos; fecun-
firme; muitas es- abdome. líceras e pedipal- lacunar; coração algumas espécies) Malpighi (em dação interna;
pécies vivem no pos; ausência de tubular dorsal, que e filotraqueal ou algumas espécies) desenvolvimento
solo, entre rochas antenas; quatro bombeia a hemo- pulmões foliáceos e glândulas coxais direto.
ou buracos; outras pares de pernas. linfa pelas artérias, (na maioria). (nas aranhas).
Unirâmios Quase todas as Cabeça, tórax e Apresentam um Do tipo aberto ou Traqueal; traquéias Túbulos de Dióicos; fecun-
espécies de terra abdome. par de antenas; lacunar; coração ramificadas captam Malpighi que eli- dação interna; o
firme; diversas três pares de pe- tubular dorsal, que ar atmosférico (pe- minam os excretas desenvolvimento
espécies têm lar- nas; um ou dois bombeia a hemo- los espiráculos), no intestino, de pode ser direto
vas (e mesmo pares de asas (a linfa pelas artérias, levando-o direta- onde são elimina- (insetos ametá-
adultos) que vivem maioria); algumas que se abrem em mente aos tecidos. dos com as fezes. bolos) ou indireto
em água doce; espécies são hemocelas; a he- (insetos hemime-
poucas espécies ápteras (sem asas). molinfa retorna ao tábolos/holome-
são marinhas. coração pelas veias. tábolos).
Têm corações late-
rais que ajudam a
bombear hemo-
linfa para as asas.
Quilópodos Todos de terra Cabeça pequena e Um par de Do tipo aberto ou Traqueal; traquéias Túbulos de Dióicos; desen-
firme; em ambien- tronco alongado e antenas; cada lacunar; coração ramificadas cap- Malpighi que eli- volvimento direto.
tes úmidos, geral- segmentado, sem segmento do tubular dorsal, tam ar atmosfé- minam os excretas
mente sob folhas diferenciação tronco com um que bombeia a rico (pelos espirá- no intestino, de
e troncos em entre tórax e par de pernas. hemolinfa pelas culos), levando-o onde são elimina-
decomposição. abdome. artérias, que se diretamente aos dos com as fezes.
abrem em hemo- tecidos.
celas; a hemolinfa
retorna ao cora-
ção pelas veias.
Diplópodos Todos de terra Cabeça pequena, Um par de ante- Do tipo aberto ou Traqueal; traquéias Túbulos de Dióicos;
firme; em ambien- tórax curto (quatro nas; um par de lacunar; coração ramificadas cap- Malpighi que desenvolvimento
tes úmidos, geral- segmentos) e pernas no segun- tubular dorsal, tam ar atmosfé- eliminam os excre- direto.
mente sob folhas abdome longo (25 do, terceiro e que bombeia a rico (pelos espi- tas no intestino,
e troncos em a 100 segmentos). quarto segmento hemolinfa pelas ráculos), levando- de onde são elimi-
decomposição. torácico; dois pares artérias, que se o diretamente aos nados com as
de pernas em cada abrem em hemo- tecidos. fezes.
segmento abdo- celas; a hemolinfa
minal (formado retorna ao cora-
por dois segmen- ção pelas veias.
tos fundidos).
durante a alimentação. b) Lampreias têm sete orifícios branquiais Os condrictes mantêm quantidades elevadas de uréia no sangue,
de cada lado do corpo, logo atrás da cabeça. Esses orifícios abrem- comparativamente a outros animais. Isso ocorre porque, neles, a
se em câmaras branquiais reforçadas por estruturas cartilaginosas, uréia exerce a função de equilibrar a concentração de solutos do
que se comunicam com as fendas branquiais da faringe. O teci- sangue em relação à água do mar, evitando problemas osmóticos.
do dos arcos branquiais é vascularizado, formando as brânquias, O cheiro típico da carne de cação deve-se exatamente à grande
por onde ocorrem as trocas respiratórias. c) Ao atingir a maturi- quantidade de uréia presente nesses animais.
dade sexual, as lampreias entram nos estuários dos rios e param 20. Linhas laterais são dois finos canais ao longo das laterais do cor-
de se alimentar. O macho constrói um ninho de pedras, onde a po, nos quais há aberturas por onde penetra a água do mar.
fêmea coloca cerca de 200 mil óvulos. Em seguida ele deposita Dentro dos canais há células sensoriais capazes de detectar varia-
esperma sobre eles (fecundação externa). Depois da fecundação, ções de pressão na água, permitindo ao condricte sentir movi-
macho e fêmea iniciam o retorno ao mar, quase sempre morren- mentos na água ao redor.
do no caminho. O desenvolvimento é indireto. Os ovos origi-
21. Clásper é uma diferenciação das nadadeiras ventrais de machos
nam larvas denominadas amocetes, que após mais ou menos
de tubarões, com o qual eles introduzem esperma na cloaca da
duas semanas abandonam o ninho e instalam-se em águas mais
fêmea.
calmas, podendo passar anos enterradas no lodo do fundo de
lagos e rios, alimentando-se de partículas em suspensão. Em algu- 22. a) A fecundação é interna. b) O desenvolvimento é direto.
mas espécies, os amocetes passam entre 4 e 5 anos em água c) Certas espécies são ovíparas, isto é, as fêmeas eliminam os
doce, antes de retornarem ao mar. ovos já fecundados, que se desenvolvem na água. Geralmente
os ovos são protegidos por uma casca grossa e coriácea, com
14. Os condrictes ou peixes cartilaginosos têm esqueleto totalmente
ganchos que o aderem a algas ou outros substratos submersos.
constituído de cartilagem. A maioria é carnívora e têm mandíbula
Outras espécies são ovovivíparas: as fêmeas retêm os ovos no
bem desenvolvida. A classe Chondricthyes é dividida em duas
interior do corpo até o fim do desenvolvimento embrionário,
subclasses: Elasmobranchii (elasmobrânquios, também conheci-
“dando à luz” jovens imaturos. Em umas poucas espécies os
dos por seláquios) e Holocephali (holocéfalos). Os elasmobrânquios embriões desenvolvem-se totalmente dentro do corpo da fêmea,
são os condrictes mais conhecidos, reunindo tubarões, cações e alimentando-se de substâncias que retiram do sangue materno
raias (ou arraias). Os holocéfalos são representados pelas quime- por meio de uma estrutura equivalente a uma placenta; fala-se,
ras, animais marinhos menos conhecidos que vivem em grandes nesse caso, em espécies vivíparas.
profundidades.
23. Os actinopterígios, também chamados de peixes ósseos, são os
15. Escamas placóides são formações dermoepidérmicas semelhan- peixes mais conhecidos. Diferem dos condrictes principalmente
tes a pequenos dentes. Sua base é larga e situa-se na derme, pelo fato de seu esqueleto ser constituído basicamente por os-
sob a epiderme. São constituídas por um material orgânico sos, daí a denominação peixes ósseos. Além disso, as brânquias
calcificado, a dentina, e nutridas por vasos sangüíneos que pe- (guelras) dos actinopterígios não se abrem diretamente no am-
netram em sua parte interna, denominada polpa, onde também biente, como nos agnatos e nos condrictes; são recobertas por
há terminações nervosas. Cada escama placóide tem uma pro- uma placa móvel chamada de opérculo.
jeção em forma de espinho voltada para a parte posterior e co-
24. Enquanto as escamas dos condrictes, chamadas escamas
berta por um esmalte chamado enamelóide, um dos materiais
placóides, têm origem dermoepidérmica, as escamas dos
mais duros do reino animal. São produzidas conjuntamente pela
actinopterígios têm origem exclusivamente dérmica, sendo
derme e pela epiderme, ou seja, têm origem dermoepidérmica.
recobertas por uma fina epiderme na qual desembocam muitas
16. Tubarões e cações têm duas nadadeiras dorsais e dois pares de glândulas produtoras de muco, que lubrificam a superfície do
nadadeiras ventrais, um par na região anterior do corpo — as corpo reduzindo o atrito com a água durante a natação. As es-
nadadeiras peitorais — e outro na região posterior — as nadadei- camas dão resistência e elasticidade à pele dos actinopterígios,
ras pélvicas. Há também uma nadadeira caudal achatada lateral- sendo uma de suas estruturas mais características. Em certos
mente e assimétrica, com a parte superior maior que a inferior, peixes, o revestimento escamoso constitui um verdadeiro
sendo por isso denominada heterocerca. A existência de nadadei- exoesqueleto corporal.
óvulos; enquanto isso os machos eliminam sobre eles os mas dorsais, dotando o animal de uma armadura, ou exoes-
espermatozóides. Na maioria dos urodelos os machos executam queleto, que cresce junto com ele e nunca é trocado. Alguns
uma dança nupcial durante a qual eliminam pequenos pacotes de répteis, como serpentes e lagartos, trocam periodicamente a
espermatozóides (espermatóforos) que as fêmeas sexualmente es- camada epidérmica mais externa, a cutícula, para permitir o
timuladas sugam com a cloaca; ocorre, assim, fecundação interna. crescimento. O fenômeno assemelha-se à troca de exoesqueleto
Os ápodes copulam; o macho introduz parte de sua cloaca na cloaca que ocorre em artrópodes.
da fêmea, nela liberando os espermatozóides; ocorre, assim, fecun- 47. O coração da maioria dos répteis possui três câmaras: dois átrios
dação interna. b) Os anfíbios apresentam desenvolvimento indireto, (aurículas) e um ventrículo parcialmente dividido por uma parede
com uma fase larval aquática que respira por meio de brânquias e interna. Essa divisão, apesar de não ser completa, diminui a mis-
uma fase adulta terrestre, que respira por meio dos pulmões e da tura de sangue arterial com sangue venoso durante a contração
pele. A larva dos anuros, chamada girino, não tem pernas e possui do ventrículo. Em crocodilos e jacarés, a separação entre os lados
cauda bem desenvolvida. O desenvolvimento larval termina com a direito e esquerdo do ventrículo é completa, de modo que se
metamorfose, processo gradual marcado pelo desaparecimento pro- pode dizer que esses animais têm quatro câmaras cardíacas.
gressivo da cauda e das brânquias, aparecimento dos pulmões, trans-
48. O sangue venoso proveniente dos tecidos penetra no coração
formação do coração (passa de um átrio e um ventrículo para dois
pelo átrio direito, enquanto o sangue arterial proveniente dos
átrios e um ventrículo), encurtamento do intestino e surgimento
pulmões penetra pelo átrio esquerdo. Com a contração simultâ-
das pernas, entre outras modificações. A larva das salamandras
nea dos átrios, o sangue venoso passa para a parte direita do
tem pernas e é bastante semelhante ao adulto. As principais altera-
ventrículo e o sangue arterial passa para a parte esquerda. Ao
ções que ocorrem em sua metamorfose são a perda da nadadeira
contrair-se, o ventrículo impulsiona o sangue presente em seu
caudal, as modificações no coração, o desaparecimento das
lado direito para os pulmões e o sangue presente no lado es-
brânquias e o surgimento dos pulmões.
querdo para os diversos órgãos do corpo.
42. Neotenia é a reprodução do organismo ainda na fase larval, que
49. A maioria dos répteis excreta seus resíduos nitrogenados na for-
ocorre em algumas espécies de salamandra que não passam por
ma de ácido úrico; essa substância, além de ser menos tóxica que
metamorfose e retêm as características larvais durante toda a
a amônia, é pouco solúvel em água e pode ser eliminada em alta
vida, mesmo após tornarem-se sexualmente maduras e capazes
concentração na urina, com economia de água pelo organismo.
de se reproduzir.
50. Substâncias solúveis, como a uréia, por exemplo, obrigam o ani-
43. Os répteis (classe Reptilia) mais conhecidos são serpentes, lagartos,
jacarés, crocodilos e tartarugas. Esses vertebrados estão plenamente mal a gastar grande quantidade de água para eliminá-la na uri-
adaptados a ambientes de terra firme, tendo o corpo recoberto por na. A excreção de ácido úrico representa, portanto, uma adap-
uma grossa camada impermeável, constituída pela proteína queratina, tação ao ambiente de terra firme, onde a economia de água é
e pulmões bastante eficientes nas trocas gasosas com o ambiente importante. Diversos répteis reabsorvem parte da água da urina
aéreo. A classe dos répteis divide-se em quatro ordens: Squamata, enquanto ela está armazenada na cloaca. Nesses casos, o ácido
Chelonia, Crocodilia e Rhyncocephalia. A ordem Squamata reúne os úrico concentra-se a ponto de formar uma pasta esbranquiçada,
répteis mais abundantes e diversificados, representados principalmente semi-sólida, eliminada juntamente com as fezes. Além disso, o
pelas serpentes e pelos lagartos. A ordem Chelonia reúne as tartaru- ácido úrico pode ser armazenado dentro do ovo (no alantóide)
gas marinhas e de água doce, os cágados, que vivem em água doce, até o nascimento, sendo pouco tóxico devido exatamente à sua
e os jabutis, que vivem em terra firme. A ordem Crocodilia reúne insolubilidade. Assim, a excreção de ácido úrico também repre-
crocodilos e jacarés, um grupo de répteis que vive apenas em regiões senta uma adaptação ao desenvolvimento embrionário em ter-
quentes, onde habitam rios e lagos de água doce; umas poucas es- ra firme, dentro de um ovo com casca.
pécies vivem no mar. A ordem Rhyncocephalia reúne apenas duas 51. a) Répteis são ovíparos, em sua maioria. Machos são dotados
espécies, restritas à Nova Zelândia, conhecidas como tuataras. O ta- de um órgão copulador, o pênis, com o qual introduzem os
manho dos répteis atuais varia de uns poucos centímetros, em al- espermatozóides na cloaca da fêmea durante a cópula. Ocorre
guns lagartos, a quase 10 metros, em algumas serpentes. fecundação interna. b) O desenvolvimento é direto, sem está-
expiração para ventilar seus pulmões. Na primeira inspiração, o ar ruminar. Quando está suficientemente triturada, a massa alimentar
vai diretamente para os sacos aéreos posteriores. Na expiração é de novo engolida, retornando ao retículo e indo deste para o
subseqüente, esse ar passa para os pulmões e permanece por terceiro compartimento estomacal, o omaso. Nessa passagem pelo
algum tempo nos parabronquíolos, onde ocorrem as trocas gasosas retículo e omaso, ocorre absorção do excesso de água da massa
com o sangue. Na segunda inspiração, o ar que estava nos pulmões alimentar, que é enviada, em seguida, ao último compartimento
passa para os sacos aéreos anteriores, de onde é expelido para o estomacal. Esse compartimento, denominado abomaso, é o “ver-
exterior na expiração seguinte. dadeiro” estômago dos ruminantes, correspondente ao dos mamí-
61. O coração das aves tem quatro câmaras: dois átrios (aurículas) e feros não-ruminantes. Nele existem glândulas produtoras de enzimas
dois ventrículos completamente separados. digestivas que atuam sobre o bolo alimentar digerindo diversos de
62. A circulação é dupla e não há mistura entre sangue venoso e san- seus componentes, principalmente os microrganismos, que se
gue arterial. O sangue venoso, proveniente dos tecidos, chega ao multiplicaram durante todo o processo e agora constituem parte
coração pelas veias, penetrando no átrio direito. Ao mesmo tem- considerável do bolo alimentar. Dentre as enzimas produzidas pe-
po, o sangue arterial proveniente dos pulmões penetra no átrio las glândulas do abomaso, destaca-se a lisozima que digere com-
esquerdo. A contração simultânea dos átrios impulsiona o sangue ponentes da parede bacteriana. Na verdade, as principais fontes de
para os ventrículos (o átrio direito para o ventrículo direito e o átrio aminoácidos e vitaminas para os ruminantes são os microrganis-
esquerdo, para o ventrículo esquerdo). A contração conjunta dos mos que passam para o abomaso, onde são digeridos.
ventrículos impulsiona o sangue para grandes artérias. A artéria 68. Alvéolos pulmonares são minúsculas bolsas presentes nos pul-
ligada ao ventrículo direito conduz sangue venoso aos pulmões mões dos mamíferos, sobre as quais há grande quantidade de
(artéria pulmonar) e a artéria ligada ao ventrículo esquerdo conduz capilares sangüíneos. É aí que ocorrem as trocas gasosas entre o
sangue arterial para os órgãos corporais (artéria aorta). ar inspirado e o sangue, processo denominado hematose.
63. As aves têm cópula e fecundação interna. Os ovos são elimina- 69. Os mamíferos têm coração com quatro câmaras: dois átrios (au-
dos pela cloaca, sendo protegidos por uma casca calcária. rículas) e dois ventrículos completamente separados. A circula-
A maioria das aves choca os ovos, mantendo-os aquecidos, con- ção é dupla, basicamente semelhante à das aves.
dição fundamental para o desenvolvimento do embrião. 70. A uréia. A urina contendo uréia é conduzida por um par de
64. Dimorfismo sexual é uma nítida diferença entre machos e fêmeas ureteres até a bexiga urinária, onde permanece até sua elimina-
de uma mesma espécie. Os machos de ave têm geralmente pluma- ção pela uretra.
gens coloridas e exuberantes, enquanto as fêmeas apresentam 71. As três subclasses da classe Mammalia são: Prototheria
plumagens pouco vistosas e que se confundem com o ambiente. (monotremados), Metatheria (marsupiais) e Eutheria (eutérios, ou
65. A classe Mammalia reúne os mamíferos, cujas características mais placentários). Os monotremados (subclasse Prototheria) são encon-
típicas são: a) presença de glândulas mamárias; b) corpo total trados atualmente apenas na Austrália e na Nova Guiné. Seus prin-
ou parcialmente recoberto por pêlos; c) dentes diferenciados cipais representantes são os ornitorrincos e os eqüidnas, que põem
em incisivos, caninos, pré-molares e molares; d) presença de ovos semelhantes aos dos répteis, sendo, portanto, ovíparos. Os
uma membrana muscular que separa o tórax do abdome, o dia- marsupiais (subclasse Metatheria) são os cangurus da Austrália e os
fragma, que participa da ventilação dos pulmões. gambás da América do Sul. As fêmeas desse grupo possuem uma
66. Pêlos são filamentos epidérmicos constituídos de queratina com- bolsa de pele no ventre, o marsúpio, onde os filhotes completam o
pactada e formados no interior dos folículos pilosos. Em cada desenvolvimento. Os mamíferos placentários (subclasse Eutheria)
folículo piloso abre-se uma glândula sebácea que lubrifica a pele compreendem 95% das espécies de mamíferos, como cães, gatos,
e os pêlos. Além da proteção, os pêlos são importantes isolantes girafas, cavalos, elefantes, coelhos, camundongos, além da espécie
térmicos contribuindo para manter elevada e constante a tempe- humana. Os embriões desenvolvem-se no útero materno, ligados
ratura corporal. Nas aves, as penas desempenham papel seme- à parede uterina por meio da placenta, um órgão formado por
lhante. Outra característica do revestimento corporal dos mamífe- tecidos maternos e embrionários. Pela placenta, o embrião recebe
ros relacionada à manutenção da temperatura corporal é a pre- nutrientes e gás oxigênio do sangue da mãe e nele elimina gás
sença, na tela subcutânea, de células que armazenam gorduras carbônico e as excreções resultantes do seu metabolismo.
oxigenado com sangue não-oxigenado. Conseqüentemente, cai uma série de estruturas que conduzem o ar para dentro e para fora
a eficiência cardiorrespiratória, e as células passam a receber das cavidades pulmonares. Esses condutos, ou vias respiratórias,
menor taxa de gás oxigênio e a acumular gás carbônico. Depen- são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os
dendo do tamanho do orifício, pode haver prejuízos ao próprio brônquios e os bronquíolos. Cada bronquíolo termina em um con-
coração e às artérias a ele ligadas. junto de bolsas chamadas alvéolos pulmonares, cujas paredes têm
40. Supondo-se que a freqüência cardíaca média de uma pessoa é uma única camada de células, envoltas por capilares sangüíneos.
de 80 batimentos por minuto, em uma hora seu coração terá 3. As fossas nasais são duas cavidades paralelas, separadas por uma
pulsado 4.800 vezes; em um dia, 115.200; em um ano, parede cartilaginosa denominada septo nasal, que começam nas
42.048.000 vezes. Ao longo de uma vida de 70 e poucos anos, narinas e terminam na faringe. As células do epitélio que reves-
o coração terá batido cerca de 3 bilhões de vezes. te e protege as fossas nasais produzem diariamente cerca de
meio litro de muco, um fluido pegajoso que escorre continua-
41. O endurecimento e a perda de elasticidade das paredes das ar-
mente para o fundo da garganta, sendo engolido junto com a
térias, associados a uma diminuição do calibre desses vasos (ar-
saliva. O muco umedece as vias respiratórias e retém partículas
teriosclerose), impedem seu relaxamento normal durante a sístole
sólidas e bactérias presentes no ar que inspiramos, funcionando
ventricular. Assim, a pressão arterial sistólica é aumentada em
como um filtro. Nas fossas nasais, portanto, o ar é filtrado, ume-
pessoas esclerosadas. Quando os ventrículos relaxam (entram
decido e aquecido. Por isso, é importante respirar sempre pelo
em diástole), as artérias se contraem a fim de assegurar um au-
nariz, principalmente no inverno. Respirar pela boca faz as vias
mento de pressão nos vasos e manter o fluxo circulatório. Nos
respiratórias ressecarem e resfriarem, tornando-se mais suscetí-
vasos da pessoa esclerosada, o calibre das artérias diminui mais
veis a infecções e inflamações. No teto das fossas nasais há célu-
que o normal, de modo que a pressão arterial diastólica tam- las sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato.
bém é aumentada em relação à pressão normal.
4. A laringe é um órgão tubular constituído por peças cartilaginosas
42. Os vermes responsáveis pela elefantíase causam obstrução dos articuladas localizado no início da traquéia, comunicando-a com
vasos linfáticos, principalmente nas pernas. Com isso, o líqui- a faringe. A entrada da laringe é chamada glote e acima dela há
do tissular que extravasa dos capilares nas terminações arteri- uma “lingüeta” de cartilagem, a epiglote, que funciona como
ais não é reabsorvido pelos capilares linfáticos, acumulando-se válvula. Quando engolimos, a laringe sobe e sua entrada é fecha-
entre as células e causando o inchaço das pernas característico da pela epiglote, de modo a impedir que o alimento engolido
da doença. penetre nas vias respiratórias, causando engasgamento. O reves-
43. Linfócitos B estimulados, no primeiro contato com o antígeno, timento interno da laringe apresenta pregas denominadas cordas
diferenciam-se em células de memória. Quando o organismo vocais, que podem produzir sons durante a passagem do ar. Gra-
entra em contato pela segunda vez com o antígeno, as células ças à ação combinada da laringe, da boca, da língua e do nariz,
de memória multiplicam-se e originam linfócitos B (produtores podemos articular palavras e produzir diversos tipos de som.
de anticorpos) mais rapidamente que no primeiro contato com 5. A traquéia é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro
o antígeno. por 10 cm de comprimento, com paredes reforçadas por anéis
44. O soro é uma forma de imunização passiva, uma vez que con- cartilaginosos. Podemos sentir esses reforços passando os dedos
tém anticorpos específicos obtidos pela imunização de um ani- na região anterior da garganta, logo abaixo do pomo-de-adão.
mal usado como “cobaia”. Quando há urgência de imunização, A função dos reforços é manter a traquéia sempre aberta à passa-
administra-se soro ao paciente, o que dá proteção por um período gem de ar para a respiração. Na região superior do peito, a traquéia
relativamente curto de tempo. A vacina representa a forma de divide-se em dois tubos curtos e também reforçados por anéis de
imunização ativa, pois o próprio organismo vacinado produz cartilagem, os brônquios, que conduzem o ar aos pulmões.
anticorpos capazes de agir sobre os antígenos presentes na va- 6. Tanto a traquéia quanto os brônquios e os bronquíolos são re-
cina. A vacinação tem efeito de longa duração, pois leva à for- vestidos internamente por um epitélio ciliado, rico em células
mação de células de memória imunitária. produtoras de muco. Partículas de poeira e bactérias em sus-
QUESTÕES OBJETIVAS 49. O fluido que circula na cápsula de Bowman (1) (urina inicial) tem
composição semelhante à do plasma sangüíneo, exceto pela au-
31. c 32. c 33. e 34. c 35. d 36. d sência de proteínas. No ducto coletor (9), o fluido transformou-
37. d 38. a 39. b se em urina, solução aquosa constituída predominantemente
de uréia e menores quantidades de amônia, ácido úrico e sais.
QUESTÕES DISCURSIVAS
50. Como a adrenalina causa constrição na arteríola eferente (6),
40. 1. Narina; 2. Fossa nasal; 3. Faringe; 4. Laringe; 5. Traquéia; 6. que é por onde o sangue deixa o glomérulo, aumenta a pressão
Brônquio esquerdo; 7. Bronquíolos; 8. Pulmão direito; 9. Dia- glomerular, com maior nível de filtração e maior volume de uri-
fragma. na formada.
41. a) Gráfico construído a partir dos dados da tabela.
2104
CAPÍTULO 19
1771 MOVIMENTO E SUPORTE
Volume médio de ar inspirado (cm3)
DO CORPO HUMANO
1216 GUIA DE ESTUDO
1. Músculos são órgãos constituídos basicamente por tecido mus-
cular, cujas células são especializadas em se contrair. Eles são res-
864
ponsáveis por cerca de metade da massa corporal de uma pessoa
739 saudável. A locomoção, a movimentação de partes específicas do
673 corpo, a circulação do sangue nos vasos sangüíneos, o desloca-
mento do alimento no tubo digestório, a eliminação de saliva
pelas glândulas salivares, a eliminação de urina etc. são alguns
0,04 0,79 2,02 3,07 5,14 6,02 exemplos de ações que dependem da atividade muscular. Os
% de CO2 no ar inspirado
músculos podem ser comparados a “motores” que transformam
a energia dos nutrientes em força, permitindo a movimentação
do corpo.
b) O aumento da concentração de CO2 no ar provoca aumento
2. As extremidades de um músculo esquelético estão geralmente
da quantidade de ar inspirado, bem como da freqüência de
“ancoradas” em ossos, que servem como pontos de apoio para
inspirações. Isso faz aumentar a ventilação pulmonar, o que
a ação muscular. Os músculos esqueléticos atuam quase sempre
torna mais eficiente a absorção de O2 e a eliminação de CO2
em duplas, com movimentos antagônicos: enquanto a contra-
nos pulmões.
ção de um deles provoca movimento em um sentido, a con-
42. O néfron localiza-se na região do córtex renal. tração do outro provoca movimento em sentido contrário.
6. Contração isotônica (do grego iso, igual, semelhante, e tónikus, longo do corpo. No joelho, o fêmur articula-se com os dois os-
força) é aquela em que há encurtamento do músculo durante a sos da perna, a tíbia e a fíbula. A região frontal do joelho é
contração. Por exemplo, quando flexionamos o braço para sus- protegida por um pequeno osso, a patela. O tornozelo é forma-
pender uma sacola, nosso bíceps contrai-se isotonicamente. do por ossos pequenos e maciços, os ossos tarsais; a planta do
Quando a contração de um músculo não causa seu encurta- pé é formada pelos ossos metatarsais e os artelhos (ou “dedos
mento, falamos em contração isométrica (do grego iso, igual, dos pés”), pelas falanges. Os membros inferiores ligam-se ao
semelhante, e metrikós, medida). Os eventos moleculares na fi- esqueleto axial por meio do cíngulo dos membros inferiores,
conhecido popularmente como bacia. O cíngulo dos membros
bra muscular são os mesmos na contração isotônica e na con-
inferiores é formado pelo osso sacro e por um par de ossos ilíacos,
tração isométrica.
cada um deles resultante da fusão de três ossos: o ílio, o ísquio
7. Durante um exercício muito intenso, o gás oxigênio que chega e o púbis. O osso ilíaco possui uma concavidade onde se encaixa
aos músculos pode não ser suficiente para suprir as necessida- perfeitamente a “cabeça” arredondada do fêmur.
des respiratórias das fibras musculares. Nesse caso, elas passam
a produzir ATP por meio da fermentação láctica. Esse processo,
embora menos produtivo que a respiração aeróbica, garante o QUESTÕES PARA PENSAR E DISCUTIR
suprimento de energia para a contração muscular em situações
de emergência. QUESTÕES OBJETIVAS
8. Esqueleto é o conjunto de peças ósseas e cartilaginosas que dá 14. a 15. b 16. c 17. c
sustentação ao corpo. Ele protege os órgãos internos e participa
QUESTÕES DISCURSIVAS
da movimentação do corpo, servindo de ponto de apoio para a
ação dos músculos esqueléticos. Além dessas funções, o esque- 18. Tônus muscular refere-se ao estado de contração parcial dos
leto atua como reserva de cálcio e como local de formação das músculos esqueléticos em uma pessoa consciente. É essa con-
células do sangue. tração parcial dos músculos das costas, do pescoço e dos mem-
bros que mantém nossa postura.
9. Uma articulação óssea é o local onde dois ossos fazem contato.
No crânio, por exemplo, as articulações são fixas e os ossos es- 19. Um dos fatores determinantes da tensão que um músculo pode
tão firmemente unidos, formando uma caixa óssea resistente. desenvolver é a quantidade de fibras estimuladas a se contrair
Em outras articulações, denominadas articulações ósseas, os dois em um dado momento. Como cada fibra nervosa inerva um
conjunto limitado de fibras musculares, a contração do músculo
ossos em contato podem movimentar-se um em relação ao ou-
em maior ou menor grau depende da quantidade de impulsos
tro. É o que ocorre na articulação do braço e do antebraço.
nervosos emitidos pelo encéfalo ou pela medula espinal.
Ligamentos são cordões resistentes, constituídos por tecido con-
juntivo fibroso, firmemente aderido ao periósteo e que mantêm 20. Os ossos atuam como órgãos de reserva de minerais para o
no lugar os ossos de uma articulação. organismo, principalmente cálcio e fósforo. Diversos ossos
contêm tecido hematopoiético, onde se formam as células
10. O esqueleto axial é constituído pelos ossos da cabeça e da colu- sangüíneas.
na vertebral, incluindo as costelas; o esqueleto apendicular é
21. O esqueleto humano é constituído por diversos ossos e estrutu-
constituído pelos ossos dos braços e das pernas; as cinturas arti-
ras associadas, tais como cartilagens, tendões e ligamentos. Cos-
culares são os conjuntos de ossos que unem o esqueleto apen-
tuma ser dividido em dois grandes conjuntos de ossos: o esque-
dicular ao tronco.
leto axial, constituído pelos ossos da cabeça e da coluna verte-
11. O tronco é formado pela coluna vertebral, pelas costelas e pelo bral, incluindo as costelas, e o esqueleto apendicular, constituí-
osso esterno. A coluna vertebral, popularmente conhecida por do pelos ossos dos braços e das pernas (braços e pernas são
espinha dorsal, é constituída pelas vértebras. Elas são denomi- apêndices corporais, daí a denominação). Ligando os dois es-
nadas vértebras cervicais na região do pescoço, vértebras queletos entre si existem os ossos das cinturas articulares.
sexo feminino.
QUESTÕES OBJETIVAS
49. A partir da puberdade, a mulher entra na fase reprodutiva de
52. c 53. a 54. b 55. a 56. c 57. b
sua vida, que deverá se prolongar até a idade de 50 anos, ou
pouco mais. Nesse período, a cada 28 dias aproximadamente, o 58. a 59. b 60. b 61. a 62. d 63. c
organismo feminino prepara-se para a reprodução. Essa prepa- 64. b 65. d 66. a 67. b 68. b 69. d
ração consiste em produzir um óvulo e em desenvolver o reves-
70. c 71. d 72. c 73. d 74. c 75. b
timento da parede uterina, o endométrio, para receber um em-
brião. Se a fecundação não ocorre, o revestimento do endomé- 76. a 77. c 78. a 79. a 80. a 81. c
trio é eliminado e o organismo feminino reinicia outro ciclo de 82. b 83. c 84. d 85. a 86. d 87. b
preparação. A eliminação do revestimento do endométrio e de 88. a 89. c 90. d 91. c 92. c 93. d
sangue pela vagina é chamada de menstruação e ocorre, em
94. a 95. a 96. b 97. d 98. d 99. b
média, a cada 28 dias, durante a vida fértil da mulher. O tempo
de duração da menstruação varia de 3 a 7 dias, dependendo da 100.d 101. c 102. a 103. e 104. d 105. c
pessoa e de suas condições fisiológicas. O período entre o início 106. c 107. c
de uma menstruação e o início da seguinte é chamado ciclo
QUESTÕES DISCURSIVAS
menstrual.
50. Durante o período de menstruação, a hipófise começa a au- 108. a) 1. Gânglio da raiz dorsal de um nervo espinal. 2. Raiz dorsal
mentar a produção de FSH, e a taxa desse hormônio eleva-se no do nervo espinal. 3. Raiz ventral do nervo espinal. 6. Gânglio
sangue. O FSH induz o desenvolvimento de alguns folículos ova- simpático de via nervosa autônoma. b) O nervo 7 deve inervar
rianos, que passam a produzir estrógeno. Em conseqüencia, a um órgão visceral ou uma glândula, uma vez que pertence à
taxa desse hormônio sexual também se eleva progressivamente via nervosa autônoma simpática (seu gânglio está localizado
na circulação sangüínea. Isso induz o espessamento da parede próximo da medula). c) O neurônio 4 e o neurônio 8 perten-
interna do útero, o endométrio, que se torna rico em vasos san- cem, respectivamente, à via nervosa periférica somática (dire-
güíneos e em glândulas. Quando a taxa de estrógeno no san- ta) e à via nervosa periférica autônoma (ganglionar). Enquanto
gue atinge determinado nível, ela estimula a hipófise a liberar o primeiro inerva um músculo esquelético, o segundo faz
grande quantidade de FSH e de LH. Esses dois hormônios indu- sinapse com outro neurônio 7 e inerva uma víscera ou uma
zem a ovulação, que ocorre geralmente por volta do décimo glândula. d) As raízes ventrais contêm fibras motoras (somáticas
e autônomas) e conduzem impulsos até o efetuador, enquan-
quarto dia a partir do início do ciclo menstrual. O LH, presente
to as raízes dorsais contêm fibras sensoriais e transmitem im-
em taxas sangüíneas elevadas desde a ovulação, induz as célu-
pulsos até o SNC.
las do folículo ovariano rompido a se transformarem no corpo
amarelo, que produz um pouco de estrógeno e grande quanti- 109. a) 1. Corpo celular do neurônio do SNP autônomo paras-
dade de progesterona. O corpo amarelo irá atingir seu desen- simpático. 2. Corpo celular do neurônio do SNP autônomo sim-
volvimento máximo cerca de 8 a 10 dias após a ovulação. O pático. 3. Corpo celular em um glânglio do SNP autônomo
estrógeno e a progesterona atuam em conjunto sobre o útero, simpático. 4. Neurônio ganglionar do SNP autônomo parassimpá-
continuando sua preparação para uma eventual gravidez. A alta tico. 5. Fibra nervosa (axônio) do SNP autônomo simpático. 6.
taxa desses hormônios, entretanto, exerce agora um efeito Fibra nervosa (axônio) do SNP autônomo parassimpático. b) É o
inibidor sobre a hipófise, que diminui a produção de FSH e LH. A SNP autônomo simpático, pois os impulsos transmitidos por (5)
queda na taxa de LH tem como conseqüência direta a regressão aceleram o ritmo cardíaco. A fibra (5) pertence ao SNP autôno-
do corpo amarelo, que deixa de produzir estrógeno e mo simpático, pois o corpo celular do segundo neurônio (3) en-
progesterona. Assim, a queda brusca nas taxas desses dois contra-se próximo do SNC.
hormônios ovarianos faz com que a mucosa uterina sofra 110. A pilocarpina, ao estimular as terminações nervosas dos nervos
descamação, ou seja, ocorre a menstruação. A queda nas taxas do SNP parassimpático, irá provocar: a) estimulação do estô-
de estrógeno e de progesterona também faz com que a hipófise mago, do pâncreas e da vesícula biliar; b) contração da pupila;
volte a produzir FSH, reiniciando-se um novo ciclo menstrual. c) desaceleração do ritmo cardíaco.
Membrana
tectórica
Células
fonoceptoras
Canal
vestibular
OSSÍCULOS
Osso
Célula martelo
fonoceptora
Duto coclear
Órgão espiral
Ossículos Osso
bigorna
Canais semicirculares
Membrana
timpânica Osso
Nervo auditivo estribo
Ondas
sonoras Cóclea Osso temporal
Canal
CARLOS ESTEVÃO SIMONKA
auditivo Membrana
timpânica
Trompa
auditiva