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MANUAL DE CUNICULTURA
BARREIRAS-BA
Fevereiro / 2011
DANIEL MACEDO RIOS
OLIVIO MACHADO
MANUAL DE CUNICULTURA
BARREIRAS-BA
Fevereiro / 2011
SUMÁRIO
1.0 – INTRODUÇÃO 03
2.0 – GENÉTICA 03
2.2 – RAÇAS 07
3.0 – ALIMENTAÇÃO/ALIMENTOS 10
5.0 – REPRODUÇÃO 26
6.0 – SANIDADE 38
6.2 – DOENÇAS 39
7.0 – COMERCIALIZAÇÃO 43
8.0 – REFERÊNCIA 45
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1.0 – INTRODUÇÃO
Coelhos e lebres são muito semelhantes e muitas vezes confundidos. Algumas vezes
são designados incorretamente. Em sua maioria, os coelhos são menores que as lebres e têm
orelhas mais curtas. Os animais podem ser reconhecidos por ocasião do nascimento. Um
coelho recém-nascido é cego, não tem pêlos e quase não pode mover-se. Uma lebre recém-
nascida enxerga, tem uma pelagem bonita e pode saltar algumas horas depois de nascida.
Além disso, os ossos do crânio do coelho têm tamanho e formas diferentes dos do crânio da
lebre.
O Brasil compreende um rebanho de 236.186, onde tem como maior rebanho do país o
Rio Grande do Sul, com 91.936 animais (38,93% do rebanho nacional) e na Bahia com 9.303
(3,94% do rebanho nacional), sendo o 7º maior produtor de coelho do país (IBGE, censo
2009).
2.0 – GENÉTICA
É dotado de um aparelho bucal com 28 dentes, que se distribuem em: quatro incisivos
no maxilar superior e dois no maxilar inferior, seis pré-molares no maxilar superior e quatro
no inferior, e seis molares em cada um dos maxilares.
Nascem desprovidos de pêlos que começa a surgir a partir do quarto dia de vida, a
primeira pelagem é finíssima e sua cor não é definitiva. Entre a sexta e a oitava semana do
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nascimento, o coelho sofre a primeira muda, quando adquire pêlos com textura e coloração
próprias da raça, depois a cada ano o animal passa por uma nova muda.
Os olhos são bastante variados, podendo ser azuis, marrons, castanhos, pardos,
transparentes, etc. Em geral a cor da pigmentação do olho acompanha a cor da pigmentação
do pêlo.
As costas ou região dorsal devem ser bem largas, planas e compridas, características
próprias de animais com boa musculatura; os animais que se apresentam muito selado ou
convexo devem ser afastados do plantel. A garupa ou anca deve ser larga e de caimento
suave, bem arredondada, revelando um animal com alta concentração de músculo no seu
quarto posterior ou quarto traseiro. A cauda deve ser bem desenvolvida ereta e alinhada ao
corpo do animal, quando inclinada em direção anormal além da estética ruim, dificulta o
processo de acasalamento.
A vida útil (animais em produção) o reprodutor a partir de três a quatro anos perde o
desejo sexual e a qualidade do sêmem torna-se bem inferior, as fêmeas após 10 a 12 partos
passam a ter problemas com menor número de láparos (filhote).
o Médio: 3 a 5kg;
o Branca uniforme;
o Branca com manchas escuras dispersas (um círculo preto envolve os olhos, no
focinho uma mancha preta e orelhas negras);
o Negro uniforme;
o Negro mesclado;
o Difusa (Chinchila);
o Listrado e
o Cinza.
o Raças produtoras de pele - Embora todo coelho produza pele, as raças mais
indicadas são aquelas cujos animais sejam de porte médio a grande, já que,
por ocasião do abate apresentam peles de maior tamanho. Entretanto, algumas
raças ou variedades de pequeno porte, pela características de seus pêlos,
apresentam peles atraentes e valorizadas. As peles mais valorizadas são as de
maior tamanho, boa espessura, com pêlos sedosos e em grande concentração,
distribuídos de maneira uniforme.
o Branca uniforme;
o Branca com manchas escuras dispersas (um círculo preto envolve os olhos, no
focinho uma mancha preta e orelhas negras);
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o Negro uniforme;
o Negro mesclado;
o Difusa (Chinchila);
o Prateado;
o Listrado e
o Cinza.
o Raças produtoras de pele - Embora todo coelho produza pele, as raças mais
indicadas são aquelas cujos animais sejam de porte médio a grande, já que,
por ocasião do abate apresentam peles de maior tamanho. Entretanto, algumas
raças ou variedades de pequeno porte, pelas características de seus pêlos,
apresentam peles atraentes e valorizadas. As peles mais valorizadas são as de
maior tamanho, boa espessura, com pêlos sedosos e em grande concentração,
distribuídos de maneira uniforme.
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2.2 – RAÇAS
NOVA ZELÂNDIA
CALIFÓRNIA
A raça Califórnia foi obtida através do cruzamento entre as raças Nova Zelândia
branca,a raça Chinchila e a raça Himalaia.Apresenta as extremidades escuras (patas,orelhas e
extremidades do focinho).As orelhas são largas,pontiagudas e eretas,em forma de V,com suas
bases de implantação na cabeça bem distanciada uma da outra.
Os coelhos apresentam uma boa estrutura para a produção de carne, com excelente
cobertura muscular e pouca gordura em suas carcaças.
Como no preparo das peles de todos os coelhos as extremidades não são utilizadas, a
pele dos animais dessa raça é considerada branco uniforme. Trata-se de uma raça de porte
médio bastante utilizada em programas de cruzamento, principalmente como linha materna.
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BORBOLETA
RAÇA CHINCHILA
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É uma das raças de porte gigante mais popular. A pelagem possui coloração azul
uniforme e é bastante valorizada comercialmente em razão dos seus pêlos serem brilhantes e
sedosos. A cabeça do animal é afilada, dotada de olhos de coloração azulada, com orelhas de
tamanho médio a grande, largas, eretas com implantação paralela (U). As tonalidades
marrom, preta e clara são indesejáveis, assim como a presença de pêlos brancos. É essa uma
das raças mais rústicas e fáceis de criar, prestando-se, portanto para produção de carne com
boa carcaça, como para produção de peles,que embora não imitem a de qualquer outro animal
prolifero,é muito bonita para a confecção de agasalhos.
ANGORÁ
Distingue-se das demais raças da espécie por ser a mais importante produtora de pêlos.
No entanto é considerada tríplice utilidade: lã, carne e pele.
Embora existam variedades da angorá de cores variadas a de cor branca tem maior
valor econômico. É a única raça de pelos longos que podem atingir até 20 cm de comprimento
de acordo com a região, nutrição, etc. Apresenta cabeça arredondada, orelhas curtas, eretas
em V e os olhos se apresentam em coloração rósea. O corpo é arredondado, devido ao volume
dos pêlos longos que o envolve.
GIGANTE DE FLANDRES
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GIGANTE DE BOUSCAT
3.0 – ALIMENTAÇÃO/ALIMENTOS
O processo digestivo tem inicio na boca com a apreensão dos alimentos pelos dentes
incisos, e a trituração e moagem dos mesmos através dos pré-molares, misturados mesmos á
saliva, iniciando-se assim a digestão do amido, pela ação de amilase salivar. Em seguida o
alimento, já mastigado é misturado á saliva através do esôfago, vai ao estomago iniciando-se
digestão das proteínas por ação a pepsina.
Os cecotrofos, que são elaborados no ceco e têm consistência pastosa, são moldados
no cólon proximal em formas de bolinhas, e são revestidos com uma membrana de muco que
os tornam agregados (tipo de cacho), enquanto as fezes se apresentam com consistência firme
e em forma e bolinhas secas entre si. Ao chegar no intestino grosso, uma parte da digesta
segue para o ceco(cecotropismo), enquanto a outra prate segue para o cólon distal, devido a
contínuos movimentos de fluxo e refluxo, próprios desses dois segmentos o intestino grosso.
ÁGUA
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FIBRA
Diferente dos demais animais monogástricos, o coelho exige alto teor de fibra
(indigestivel) na ração. Esta cumpre funções físicas muito importantes, tais como: manter a
consistência e o volume da digesta, assegurar o trânsito digestivo normal, distender a mucosa
estimulando a motilidade intestinal, substrato para flora presente no ceco, etc. A fibra,
portanto, colabora no processo nutritivo, propiciando a produção e ácidos graxos voláteis,
vitaminas, minerais, etc. No ceco baixos niveis de fibra desestabilizam a flora microbiana
cecal, e também inibe os movimentos peristalticos dos intestinos, alterando o nivel de
fermentação, o que favorece a instalação de microorganismos maléficos que podem promover
disturbios digestivos, causando elevado índice de mortalidade em animais jovens. Quando o
fornecimento de fibra ocorre em niveis elevados pode reduzir a digestibilidade dos demais
nutrientes, piorando a conversão alimentar, reduzindo assim o desempenho dos animais e a
eficiencia da ração.
PROTEINA
ENERGIA
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A energia é importante para o desempenho das funções biológicas, como crescimento,
gestação, lactação, manutenção da temperatura corporal, etc. As fontes normais de energia são
os carboidratos e as gorduras. O amido, um carboidrato complexo, composto por moleculas
de glicose, é a principal fonte de energia.
VITAMINAS
Vitamina D – Sua principal função consiste em regular a absorção de cálcio pelo organismo,
mas no caso dos coelhos, seu papel é ainda obscuro. Sabe-se que a ação solar (luz utravioleta)
sobre a pele do animal produz essa vitamina em abundância. Em razão disso, torna-se
praticamente impossivel ocorrer a deficiencia nos animais, exceto se foram criados em
ambientes fechados, sem penetração de luz solar.
Complexo B – As vitaminas que compõem esse complexo são: tiamina (B1), ácido
patotênico, riboflavina (B2), niacina, colina, biotina, pirodoxina (B6), ácido fólico e vitamina
B12. Desempenham uma ativa atuação no funcionamento das enzimas digestivas, como
coenzimas. Isso mostra que a importância que têm no metabolismo e na utilização dos
nutrientes. Apesar da grande importância das vitaminas do complexo B, não há preocupação
em adicioná-las na ração de coelhos, por que os alimentos destinados á alimentação dos
coelhos já são ricos nessas vitaminas e, além disso, os animais com idade acima de 70 dias, as
obtêm por sintese microbiana no ceco e as utilizam pela prática da cecotrofagia. Já para
animais de 20 a 70 dias, recomenda-se um suprimento vitaminico.
MINERAIS
Cálcio – Principal componente dos ossos e tem importante papel metabólico na coagulação do
sangue, na excitabilidade neuromuscular normal, assim como no equilibrio ácido-base. Em
geral, a absorção desse mineral depende do seu nível na ração, da relação de
proporcionalidade entre ele o fósforo e a vitamina D. Mas, no coelho, essa dependência não se
apresenta tão importante quanto em outras espécies. As exigências em cálcio variam de 0,40 a
1,60% de acordo com a categoria e as condições dos animais. Rações em que se utiliza feno
de alfafa, de soja perene e demais leguminosas atendem ás exigências de fibra e cálcio.
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Deficiência de cálcio afeta a reprodução, a produção de leite, o crescimento, a calcificação
dos ossos, ocasionando a fragilidade destes, hemorragias, deficiência neuromuscular, etc.
Sódio, Cloro e Potássio – Esses minerais estão envolvidos nos equilíbrios ácido-base e
orgânico de água. O coelho não consegue reter o sódio no seu organismo, o que faz com que
ele precise estar sempre ingerindo sódio, problema que se resolve adicionando sal nas rações,
na proporção de 0,5. Por outro lado, ao se incluir o sal, nessa proporção, são ao mesmo tempo
atendidas as exigências do animal em sódio e cloro.
Magnésio – Além de ser um componente dos ossos, está envolvido na ativação de enzimas e
na transmissão de impulsos nervosos. Sua deficiência provoca hiper irritabilidade, convulsões,
crescimento reduzido, má qualidade de pêlos e até morte.
Manganês – Tem grande importância metabólica na formação da matriz óssea. Sua carência
causa desenvolvimento anormal dos ossos. Um dos sintomas observados nos coelhos,quando
ocorre deficiência de manganês, é a ocorrência de animais com pernas tortas. Como nos
alimentos utilizados nas rações de coelhos possuem manganês em quantidades satisfatórias,
não há razão para acrescentá-lo na ração.
Cobalto – Esse mineral é requerido para a síntese da vitamina B12 que ocorre no intestino
grosso (ceco) dos animais, graças á ação microbiana. Não precisa ser adicionado ás rações de
coelhos, pois sua flora microbiana é bastante ativa, produzindo quantidade satisfatória de
vitamina B12 mesmo em presença de pequenas quantidades de cobalto oriundo dos alimentos.
Selênio – Esse mineral não é recomendável, uma vez que sua função nos animais é de
antioxidante orgânico, e, no caso dos coelhos, ele não produz esse efeito, já mencionado nos
comentários sobre a vitamina E.
Iodo – Trata-se de um mineral muito importante no metabolismo basal dos animais. Sua
importância está no fato de ele fazer parte do hormônio tiroxina. A deficiência de iodo faz
com que a glândula tireóide aumente de tamanho, o que se revela pelo sintoma denominado
papo. Também afeta a reprodução, causando o nascimento de filhotes frágeis e elevada taxa
de natimortos. A maneira de se fornecer iodo nas rações é utilizar sal iodado.
Embora seja herbívoro, o coelho também consome grãos de cereais como fonte de
nutrientes, o que toma necessária uma boa distribuição dos alimentos destinados á sua criação.
Os reprodutores e as matrizes podem receber, para alimentação, forragens (volumoso) á
vontade e ração de forma controlada de acordo com o seu estágio fisiológico, sem afetar o
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desempenho reprodutivo dos mesmos. Já aos animais em crescimento, de 30 a 70 dias de
idade, deve-se fornecer apenas ração balanceada própria para essa categoria. Dessa maneira,
desenvolvem-se rapidamente, com bom estado sanitário, atingindo o peso comercial em idade
precoce, além de atingirem a maturidade sexual precoce.
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ou elementos tóxicos, boa palatibilidade (odor, sabor, textura), boa digestibilidade (menos a
fração fibra), rusticidade, resistência a pragas e doenças, etc.
RAMI (Boehmeria nívea) – Planta arbustiva e perene, de porte médio, da família das
urticáceas, que apresenta, durante quase o ano inteiro, uma excelente produção de massa
verde, entre 70 e 120 t/ha. Essa produção só se reduz no período de frio intenso, associado a
seca. É uma cultura rústica e resistente a doenças e pragas.
SOJA PERENE (Glycine Wigtii) - É uma leguminosa perene que apresenta boa produção de
matéria verde no período de chuva e, inclusive, até atingir a maturação no outono. A partir
desse período, diminui sensivelmente a produção.
ALFAFA (Medicago Sativa) – Trata-se também de uma leguminosa perene, com excelente
composição em nutrientes. É uma forrageira que apresenta excelente produção por área, e que
permite vários cortes no ano, mas que não se desenvolve bem em solos ácidos.
As forragens podem ser fornecidas aos animais na forma natural ou fenada. Na forma
natural, deve-se ter o cuidado de fornecê-la com baixo nível de umidade, o que evita diarréias
e timpanismo nos animais e garante a ingestão de maior quantidade de matéria seca por todos
os animais. O ideal é o uso na forma e feno, pois mantém a qualidade e uniformidade do
alimento ao longo do ano, pois o material é colhido todo ao mesmo tempo, quando se
apresenta com ótimo equilibrio entre os nutrientes.
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Os alimentos devem ser fornecidos aos animais, em horários fixos, como forma de
tronar rotina (hábito), o que melhora o desempenho digestivos dos mesmos, mas sempre
levando em consideração a categoria e o estado dos animais em suas categorias.
Assim os reprodutores devem ser alimentados com forragem á vontade, mas a ração é
controlada á base de 50 g por animal/dia. Não se deve manter o animal gordo, já que a
obesidade reduz a libido e a fertilidade dos mesmos.
As matrizes em lactação devem receber 250 g de ração/dia, até o 20° dia, e a partir dai,
até o 30° dia, passam a receber 450g de ração/dia, uma vez que os filhotes, dos 20 aos 30 dias
de idade, além do leite materno, também comem ração colocada para a matriz (as ninhadas
são padronizadas em oito filhotes cada, desde o nascimento). Com os filhotes, até
completarem 20 dias não há preocupação quanto a sua alimentação, pois se alimentam,
exclusivamente, com leite materno. Já os filhotes dos 20 aos 30 dias de idade, como já
mencionado, são induzidos ao consumo de ração, ingerindo parte da ração materna, para que
possam desenvolver os sistemas intestinais (enzimático/microbiano), ainda na fase de
amamentação. Com esse manejo pré-desmame, reduz-se o estresse dos filhotes ao desmame,
pois os animais desmamados aos trinta dias de idade já estarão perfeitamente adaptados á
ingestão de ração balanceada.
RECOMENDAÇÕES COMPLEMENTARES
No manejo pré desmame (21 a 31 ias de idade dos filhotes), quando o comedouro fica
com seu fundo de 4 a 6 cm acima do piso da gaiola, reduz-se esta altura para facilitar o acesso
dos filhotes á ração. Para isto, utilizam-se pranchetas com 30 cm e largura, 40cm e
comprimento e 04 cm de altura, que são colocadas debaixo dos comedouros e aí fixadas.
Retira-se a forragem para induzir os filhotes a ingerirem apenas a ração, e aumenta-se a
quantidade da mesma, que até então era de 250g para a matriz, passando para 450 g para a
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matriz e os filhotes, a qual, nessa época, deve ser colocada diretamente na boca do comedouro
e não no deposito do mesmo. Não se aconselha a forragem para filhotes, pois seu sistema
digestivo ainda não está suficientemente desenvolvido, o que acarreta distúrbios digestivos,
tais como: diarréias, timpanismo, etc., proporcionando elevada mortalidade e refugos.
Para os animais em recria (31 a 70 dias de idade), a ração deve ser fornecida á vontade
todos os dias, deve-se recolher a sobra para eliminar o pó, o que estimula aos filhotes a um
maior consumo voluntário, além de ser evitar as desvantagens já mencionadas. Não é
aconselhável o uso de forragens para esta categoria, visto que a ração fornecida já é
balanceada para os mesmos, e a cecotrofagia, que permite o aproveitamento da forragem, não
atingiu sua plenitude, pois o trato digestivo ainda não atingiu sua maturidade. A utilização de
forragens só é benéfica quando já ocorreu o desenvolvimento máximo do trato digestivo e
estabilização da flora cecal, que ocorre, em média, em idade acima de 60 a70 dias.
Sugere-se uma formulação de ração em função dos animais em recria (30 a 70 dias de
idade) que constituem o maior contingente do rebanho, e são mais exigentes, visto que estão
em desenvolvimento acentuado. Para as demais categorias, utiliza-se esta mesma ração
complementada com forragem de boa qualidade (Rami).
A instalação dependente:
Qualidade do rebanho;
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Capacidade econômica do criador;
Objetivo da criação (produção de pele, carne, etc);
Margem de lucro do investimento.
Funções:
Dar maior conforto ao animal; boa condição de vida;
Favoreça o manejo da criação;
Dar conforto ao funcionário para que ele tenha maior facilidade no manejo;
Fatores:
A temperatura baixa para o animal: Aumenta o consumo para ter a mesma produção.
(comendo mais e ganhando a mesma coisa), dificuldade no acasalamento principalmente no
reprodutor.
Baixa umidade (ambiente seco): dificuldade na respiração; corrõe a mucosa nasal, facilitando
a entrada de microorganismos.
Deve ser bem arejada para enriquecer o meio com oxigênio, eliminando todo os gases
negativos; eliminar o calor corporal e o próprio calor externo; controle melhor de temperatura.
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Evitar a penetração do sol no interior do galpão (o sol é bom em certas horas e ruim
em outras horas)
Poluição sonora:
Condições locais:
Tipos de instalações
Em liberdade:
Ao ar livre ou campo aberto-Só não tem o galpão; as gaiolas ficam soltas no campo;
Galpão aberto (Tipo galpão de avicultura);
Mureta de 30 a 50 cm (protege da ventilação, umidade) e tela até o teto;
Cortina igual de aviário para controlar a ventilação;
Telha de barro é a mais indicada;
Extremidade do galpão totalmente fechada vai ajudar a canalizar a corrente de ar e
protege do sol;
O piso do galpão o aconselhável, é que seja semi-pavimentado, corredores
pavimentados e nos locais das gaiolas valas (terra batida); a vala deve ser da largura
das gaiolas;
Vantagens da vala: elimina praticamente toda umidade do meio (urina, fezes e restos
dos bebedouros), elimina totalmente o cheiro da amônia, reduz a mão de obra;
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A altura da gaiola em relação ao piso é de 80 a 100 cm maior conforto para o
operador;a altura é importante para ter o arejamento adequado aos animais;isola o
animal do mau cheiro(fermentação,urina) calor da fermentação;não permite que os
ratos comam a ração dos coelhos e defeque na mesma;
Corredores transversais no mínimo de 100 cm.
Instalações complementares:
Pedilúvio;
Fossa de putrefação;
Quarentenário (Galpão isolado da produção)-para animais doentes; suspeitos,
adquiridos; animais que participam de exposições;
Depósito de ração e volumoso (seco ventilado e livre de pó);
Confecção de uma capineira.
EQUIPAMENT OS:
Gaiolas – Tem funções muito importantes, tais como abrigar e proteger os animais, facilitar o
manejo, o controle sanitário e a alimentação racional dos animais. Favorece a alimentação dos
animais, pois estes recebem ração em quantidades diferenciadas, de acordo com seu estádio
fisiológico (recria, reposição, gestantes, lactantes, cria e reprodutores).
NINHOS - São dispositivos básicos para sobrevivência e viabilidade dos filhotes, propiciando
ambiente adequado aos recém-nascidos até idade de 15 a 20 dias, quando já adquiriram a
pelagem infantil, a audição e visão, e também desenvolveram seu sistema imunológico e
termorregulador, desenvolveram habilidade de locomoção, e são capazes de induzir a matriz á
amamentação. Podem ser confeccionados com vários materiais, sendo que a chapa
galvanizada apresenta vantagens a serem consideradas, como maior durabilidade, mais
higiênica, leve e com pouca necessidade de manutenção
COMEDOURO - Para proporcionar uma boa alimentação aos animais, o mesmo deve
conservar o alimento livre de contaminação e poluição, mantendo sua qualidade e odor,
estimulando assim o seu consumo voluntário pelos animais. Existem vários modelos, tipo
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calha, vaso, cuia, etc. Entretanto, preconiza-se o semi-automático, que armazena e
disponibiliza o alimento por determinado tempo, sem problemas, e são abastecidos pelo lado
externo da gaiola com menor mão-de-obra. Nele a ração fica disponível ao animal por
gravidade, em quantidades suficientes.
TATUADOR - Usado para marcação ou identificação dos animais, o que é básico para o
manejo reprodutivo e o controle zootécnico do rebanho.
5.0 - REPRODUÇÃO
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É de grande importância a seleção ou escolha dos reprodutores, tanto macho quanto
fêmeas, pois dela depende a qualidade ou valor dos reprodutor a serem obtidos, bem como a
melhoria da criação. O criador deve começar com bons reprodutores e verificar se são de boas
raças, se transmitem suas boas qualidades à descendência.
Para que seja feita uma escolha correta, é importante que os animais:
Seja puros, raças aperfeiçoadas, ou tipo especiais para uma determinada produção;
Sejam sadios, vivos, com pêlos brilhantes, em bom estado de nutrição e musculoso;
Sejam bem conformados;
Tenham órgãos sexuais externos perfeitos e funcionando normalmente;
Sejam provenientes de ninhadas numerosas, ou seja, com mais de sete láparos.
Deve ser fortes, vigorosos, de constituição robusta, ágeis, impetuosos, não muito
gordo, mas bem musculoso tórax bem desenvolvido, cabeça grande e forte. Não podem
apresentar nenhum defeito externo.
Devem ter boa conformação, linhas finas, robustas, compridas, terço posterior mais
desenvolvido, serem mansas e calmas. Ainda é necessário que sejam fecundas boas criadoras
e muito prolíferas.
Para que os coelhos entrem em reprodução, é preciso que atinjam a maturidade sexual,
que se dá quando o animal adquire 80% do peso adulto. Para ser mais exato, as fêmeas das
raças gigante alcançam a maturidade sexual aos nove meses de idade, enquanto os machos
chegam a esse estágio aos dez meses. Nas raças médias, a idade de reprodução é de cinco
meses para as fêmeas e de seis meses para os machos.
O ciclo estral é caracterizado por mudanças periódicas que sofre o aparelho genital
feminino, isso depois da fase de puberdade. O cio aparecer e se faz notar pela exaltação dos
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instintos sexuais, acompanhado de alterações tanto psíquicas quanto físicos. As coelhas ficam
mais excitadas e com os órgãos sexuais muito congestionados e em atividade. O colo do útero
fica relaxado para facilitar a penetração dos espermatozóides. A duração é dois a três dias,
mas isso não significa que elas não estarão férteis nos outros dias. Quando as fêmeas entram
no cio, os órgãos genitais inchados, bem vermelhos e até arroxeadas e úmidos.
O ciclo envolve dezesseis dias, sendo que nos dois primeiros dias os óvulos ainda são
verdes, ficando maduros com decorrer dos dias. São doze dias férteis e concebidos pelas
coelhas; nos dois últimos dias, elas estão em condições de fecundação.
FEROMÔNIO
São glândulas produtoras de odores, situadas abaixo do queixo e do ânus. Esses odores
têm a função de delimitar o território do animal e também a de atrair animais do sexo oposto.
Os coelhos esfregam o queixo nos objetos, porque debaixo do queixo existem glândulas
subcutâneas produtoras de secreção que impregna o seu cheiro nos objetos. Quando a fêmea é
levada, como regra, à gaiola do macho, é porque o cheiro característico deste delimita seu
território, o que da mais segurança à cobertura. Também suas fezes “em cacho” servem par
demarcar seu território.
INTENSIDADE DE USO:
Embora o macho consiga fazer cobricões aos meses de idade, sua utilização como
reprodutor deve ser inicialmente moderada. Até os cinco meses, as cobrições precisam se
limitar a duas ou três por semana, com um mínimo de 24 horas (um dia) de descanso entre
elas. Dos cinco aos sete meses, recomenda-se uma cobrição por dia, durante uma semana,
seguindo-se um período de descanso equivalente. A partir dessa idade podem ser feitas duas a
três coberturas por dia, por período de três a quatro dias, seguindo-se um descanso de uma
semana.
ACASALAMENTO
Pode ser chamados de cobertura, cobrição, salto, monta, cópula ou coito. Nada mais é
que o ato sexual realizado por animais de sexos diferentes e tem como objetivo principal a
fecundação da fêmea para dar continuidade à produção. O ato sexual se divide em quatro
fases: excitação, ereção, ejaculação e orgasmo, sendo que o macho passa por todas elas, mas a
fêmea não, pois do macho parte toda a iniciativa e a atividade para se realizar o acasalamento.
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A cobrição da coelha é extremamente rápida: um macho demora, mais ou menos, de
dois a quatro segundos, podendo chegar até 8 segundo para executar a monta. Sabe-se se a
monta foi realizada pelo comportamento do macho, que após a ejacular, emite um
¨guinchado¨ característico e cai de costas ou de lado, geralmente com a boca cheia de pêlos
arrancados da costas da fêmea já coberta.
A fêmea, por ter sempre óvulos maduros e ovular mediante indução por estimulo
externo, pode ser coberta mesmo sem estar receptiva ao macho. A fecundação começa a se
desencadear com a cobrição da fêmea pelo macho que ao ejacular, deposita os
espermatozóides na vagina da fêmea e estimula a coelha sexualmente, provocando a
ovulação.
O estimulo sexual da fêmea irá induzir a ovulação, que se concretiza de dez a doze
horas após a cobrição. Os óvulos, após a sua liberação, mantêm-se férteis por um prazo de
seis horas, em media. Cerca de dez minutos após a ovulação, os óvulos atingem os ovidutos,
local onde se dá a fertilização inicia-se o período de gestação. Até o terceiro dia após a
cobrição, os embriões se mantêm no ovidutos; depois desse período, vão para os útero. Ali,
durante três dias, os embriões ficam nadando no leite uterino, que é fonte de sua nutrição.
Apesar de haver movimentação dos embriões, não ocorre migração uterina devido as duas
cérvix, que mantém cada embrião no seu útero.
A fêmea deverá ser levada a gaiola do macho, pois ele, quando está fora de sua gaiola,
fica assustado e não realizar a monta.
A fêmea quando está na gaiola do macho, devido ao cheiro de suas glândulas de
feromônio, fica excitada e facilita o acasalamento.
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ACASALAMENTO FORÇADO
Esse método é utilizado quando as fêmeas não estão receptivas ao macho, mesmo que
ele tente varias vezes. Pode ser realizado na própria gaiola do macho. Com a mão esquerda
segurar o dorso da fêmea, a cabeça voltada para o operador, e com a direita colocar-la debaixo
do animal, próxima à cauda. Com a mão, levantar a cauda da coelha para desobstruir a vulva.
Ao suspender a cauda, a vulva fica na posição normal de cobertura. Com os polegares,
emperrar a vulva para trás, a fim de facilitar a penetração do pênis.
ACASALAMENTO EM SÉRIE
Quando nascem no mesmo dia ninhadas numerosas, pode ser feita a transferência de
láparos;
A formação de lotes maiores e mais uniformes é facilitada;
A desmama no mesmo dia facilita a separação de sexo, registro, marcação etc.
SINAIS DE FECUNDAÇÃO
- Prova das mamas – logo após a ovulação, as glândulas mamárias se desenvolvem, mais na
segunda semana de gestação. Para examinar, o criador deve segurar uma das tetas e, com o
dedo indicador e polegar, fazer um movimento de vaivém, se a pele estiver grossa, a coelha
está prenhe.
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- Palpação ventral – sem dúvida, é o método mais seguro para a verificação da gestação. A
palpação é efetuada quinze dias após o acasalamento. A coelho deve estar com a cabeça
virada para o operador, que com uma das mãos, a contém, segurando-a pelas orelhas e pela
pele do dorso. Com a outra mão, o operador faz uma leve pressão sobre a barriga da coelha e
depois, vai fechando, ao mesmo tempo, a mão e os dedos, com movimentos para frente e para
baixo. Quando a coelha está prenhe, o operador sente escorregar, entre os dedos, alguns
caroços arredondados e em cadeia.
GESTAÇÃO
Começa logo no momento em que eles se fixam no útero. A partir daí, a coelha tem
em seu útero ovos em desenvolvimento, passando pela fase de embrião e transformando-se
em fetos. No sétimo dia de gestação, os embriões se distribuem uniformemente em cada útero,
fixando-se em suas paredes, quando se verifica o processo de implantação. Depois dessa fase
inicia-se a formação a formação da placenta.
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processo pode variar de 29 a 35 dias. A raça, tamanho da ninhada, idade dos reprodutores e o
numero de fatores que afetam o período de gestação.
Digestão mais ativa, por isso as gestantes têm muito apetite e engordam com
muita facilidade.
Temperatura elevada
Aumento da secreção urinária
Aumento da secreção láctea
Respiração mais acelerada
Desaparecimento do ciclo
Aumento do volume do ventre.
PARTO
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É expulsão do feto do útero, após completa o seu desenvolvimento na vida intra-
uterina. Ocorrem mudanças hormonais que se traduzem pelo desaparecimento progesterona
que inibem as contrações uterinas, e pela liberação da ociticina que as acelera. O parto ocorre
em geral durante madrugada e dura cerca de 30 minutos, sendo de 1 a 5 minutos intervalo
entre o nascimento de cada láparo. A placenta é expulsa logo após a saída do ultimo láparo.
Quando o parto ocorre com distúrbios (barulho) e falta de água pode ocorrer
canibalismo ou ocorre o parto e ela abandona a cria.
Deve ser evitada visita e presença de qualquer animais que possa irritá-lá, ás, matrizes
ficam geralmente separadas.
Quando nasce láparos fracos vivo, mas depois morre temos que retira-los porque a
fêmea não come.
Fêmeas nervosas, ou que foram perturbadas durantes o parto, podem partir fora do
ninho ou comer suas crias.
LACTAÇÃO
O coelho, por ser um animal mamífero, alimenta- se até um certo tempo semente de
leito materno. Esse leito, dependendo da qualidade e da quantidade, será responsável pela
precocidade e pelo desenvolvimento dos láparos. O leite é secretado e excretados pelas
glândulas mamárias, que entram em atividade com o parto, para que as coelhas alimentem
suas crias já no dia seguintes ao nascimento.
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A coelha possui quatro ou cinco glândulas mamárias, distribuídas aos pares,
começando na região torácica e terminando na região inguinal. As abdominais são as mais
produtivas. O desenvolvimento das glândulas mamárias começa na fase embrionária da
coelha, embora seja mais acentuado após a fêmea atingir a puberdade.
Como a partir dos 30 dias a produção de leite diminui acentuadamente e por essa
época os láparos já estão ingerindo alimentos sólidos, principalmente, a ração servida a
matriz, deve-se proceder a desmama. Com os láparos já desmamados, a falta de seu contato
com as tetas da coelha interrompem o estímulo da produção da prolactina, cessando a
formação de leite. O que restou deste, armazenado nos alvelos será aos poucos reabsorvidos
pela corrente sanguínea.
Para realizar a verificação, aconselha-se retirar as fêmeas para que elas não assistam a
operação, que pode assustá-la e fazer com que abandone o ninho, deixando os láparos
morrerem de fome. Prosseguindo, antes de ter contato com o ninho, é preciso excluir qualquer
cheiro forte das mãos. Esfregar-se ervas aromáticas nas mãos e também nas paredes do ninho,
para que o cheiro no ninho fique homogêneo. Logo em seguida, servir uma boa quantidade
das mesmas ervas usadas, pois, quando a coelha voltar, a primeira coisa que fará será cheirar
todo o ninho.
No mais, deve-se ter os cuidados com os láparos que saem do ninho ou são
machucados pelas fêmeas e também com a temperatura e a umidade do ninho e etc.
TRANSFERÊNCIA DE RECÉM-NASCIDOS
Retire a fêmea da gaiola, para que não assista a operação de retirada ou colocação dos
láparos;
O operador deve esfregar, tanto nas mãos como no ninho, uma erva aromática (capim,
limão, erva cidreira) para não deixar no ninho cheiro estranho, que farão a coelha
abandonar os láparos;
Procurar transferir os láparos para uma fêmea que possua láparos de cor diferente,
para manter o controle sobre os coelhos naturais e transferir;
Deixar somente 08 láparos por coelha, para obter um maio desenvolvimento, e não
desgastar a fêmea;
Na transferência, quando o objetivo é obter animais indicados a reprodução,
aconselha-se deixar 04 láparos por fêmea, pois certamente serão mais vigorosos e
desenvolvidos.
MANEJO NA CRIAÇÃO
DESMAMA
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Normal: Feita quando os láparos atingem 30 dias, sendo indicada para animais
reprodutores, pois os láparos já estão bem desenvolvidos e alimentados como adultos e
não necessitam mais de leite materno;
Precoce: Os láparos atingem de 15 a 28 dias de idade. Com 15 dias, no sistema
intensivo, e até 28 dias no sistema semi-intensivo. A desmama precoce ocasiona
problemas digestivos e metabólicos. Nesse tipo de desmama a alimentação deverá ser
completa e forte, ou seja, ração balanceada de boa qualidade de forrageiras e adição de
leite em pó. A desmama precoce poderá ser um sucesso, dependendo somente do
manejo. Nessa desmama, as diarréias são comuns e mais freqüentes.
FORMAÇÃO DE LOTES
Logo após a desmama o criador já deve pensar na comercialização dos animais. Para
que isso se realize com ordem, o melhor método a ser seguido é a formação de lotes que segue
esse espaço.
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fases de reprodução e recria (cio, gestação, desmama, etc.) garantindo animais o ano
todo;
Pesos para o abate: 60 dias – 2,0 Kg; 75 dias 2,5 Kg; 90 dias 2,8 Kg.
ALOJAMENTO PÓS-SELEÇÃO
As fêmeas ficam agrupadas até 20 dias antes da primeira cobrição, para evitar falsa
gestação.
CASTRAÇÃO
Esta não é muito justificada na criação comercial, pois o intervalo entre o desmame,
engorda e abate não chega a ser suficiente para um ganho significativo de peso, mas isso não
quer dizer que a castração não apresenta vantagem.
MÉTODOS DE MARCAÇÃO
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A mais usada é a tatuagem por não admitir fraudes e o único admitido para registro
genealógico.
6.0 - SANIDADE
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Adotar a quarentena para os animais recém-adquiridos como também para os que
retomam as exposições, etc.;
Isolar os animais suspeitos de alguma enfermidade, como também isolar e tratar os
enfermos;
Evitar a presença de animais estranhos, pois podem desde estressá-los, até mesmo
transmitir doenças;
Espalhar cal sobre os dejetos na vala coletora, para evitar a proliferação das moscas e
de outros vetores de doenças;
Após avaliar as causas de morte dos animais, esses devem ser cremados ou eliminados
em fossa de putrefação;
Evitar umidade excessiva no interior e nas proximidades das instalações, pois favorece
as doenças de vias respiratórias e ocular e reduz também a disponibilidade do
oxigênio;
Em relação a higienização: lavar e desinfetar os ninhos após sua utilização, nunca
aproveitar o material de cama para outra matriz; Lavar e desinfetar os comedouros
periodicamente e mantê-los secos; Lavar e desinfetar os bebedouros, periodicamente,
exceto quando estes forem automáticos (niple), e, nestas condições, deve-se fazer a
desinfecção na caixa d’água; Lavar o piso das gaiolas, periodicamente; e pulverizar as
instalações com solução germicida que controla os parasitas e a ploriferação de
moscas no ambiente.
6.2 - DOENÇAS
DIARRÉIAS
São distúrbios digestivos, que podem provocar alto índice de mortalidade no rebanho.
Embora atinjam animais de todas as idades, ocorrem com maior freqüência nos animais
jovens (31 a 70 dias de idade).
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As causas de diarréias são muitas são muito variadas, destacando-se, qualidade de
fibra (digestibilidade, capacidade de hidratação, poder tampão, etc.), grau de moagem da
fibra, baixo nível de fibra na ração, excesso de proteína na ração, desbalanceamento entre
fibra e proteína, ingestão de alimentos ricos em umidade, ou deteriorados ou em estado de
fermentação. Estas falhas na alimentação desencadeiam a ploriferação de microrganismos
intestinais patogênicos, o estresse acentuado, mudança brusca na alimentação, ingestão
excessiva de leite, dentre outros como infecções.
Estes deverão receber uma alimentação rica em elementos nutritivos, podendo se dar,
também folhas de bananeira ou goiabeira, que dão bom resultado.
CORIZA
SARNA
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orelhas, causando a sarna psorótica. Nos locais parasitados ocorre inicialmente um prurido
com exudação cutânea, que dá origem a uma crosta de cor amarelada a marrom, de acordo
com o grau de infestação. Deve isolar o animal e pulverizar as instalações com sarnicida, para
que não transmita a sarna aos outros animais. Não difere a forma de tratamento das duas
sarnas. Inicialmente, faz-se uma limpeza dos locais parasitados, retirando-se a crostas
formadas, para facilitar a limpeza utiliza-se um líquido permissível, sendo o querosene o mais
utilizado. Após a limpeza, aplicar o medicamento, que é um sarnicida, podendo ser líquido ou
pastoso. Esse tratamento deve ser realizado duas vezes, com intervalo de 10 a 15 dias.
COCCIDOSE
É uma enfermidade causada por protozoário do gênero eiméria. Existem dois tipos de
coccidose: a coccidose hepática e a coccidose intestinal.
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MIXOMATOSE
Não há tratamento eficiente para essa enfermidade, e como seu principal vetor é o
mosquito, o controle de insetos constitui-se numa boa medida profilática. A vacinação
também se mostra eficiente, mas só convém adotá-la em regiões onde se registrou sua
ocorrência.
PASTEURELOSIS
É uma doença do sistema respiratório de coelhos e aparece como um frio intenso com
espirros e descarga nasal constante. A respiração torna-se forçada, o animal pára de comer e
morre muito enfraquecido. No comércio, existem vacinas preventivas respiratórias
(complexos).
TOXOPLASMOSE
Se os coelhos nestas condições não se acham atacado pela sarna auricular, essa torção
da cabeça é de origem alimentar, ocasionada pela deficiência da Vitamina B, na ração. O
coelho, nestas condições, torce a cabeça para um lado, dando a impressão que os músculos
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estão continuamente em contração; o animal anda com grande dificuldade, girando
freqüentemente sobre um mesmo lado.
CONJUNTIVITE
OTITES
CALOSIDADE
Não é uma enfermidade, mas sim um ferimento na região inferior das patas do animal,
que pode infeccionar. Esse ferimento ocorre, inicialmente, pela perda dos pêlos do local,
seguido de lesão na pele. Pode ocorrer devido a excesso de umidade no piso da gaiola
associado à sujeira, irregularidades no piso ligadas a sua estruturação, qualidade, estado de
conservação e distâncias das peças ou tamanho dos vãos no piso. Corrigindo o fator causa,
cicatriza o local rapidamente, se descoberto tardio, será necessária a utilização de produto
cicatrizante.
7.0 - COMERCIALIZAÇÃO
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O coelho por ter em sua maior característica a prolificidade, dá retorno rápido aos
cunicultores, como também, por aproveitar todos os seus sub-produtos no mercado. Como já é
conhecido, a produção de carne e sua qualidade em níveis nutricionais e atender exigências
em teor de gordura, cresce a procura pelo seu consumo. O coelho pode ser abatido entre 90 e
120 dias, pesando em média 3kg de peso vivo, com rendimento de carcaça podendo chegar a
65%. O couro quando sem pêlos, pode ser curtido em napa, pergaminho, camurça, etc. Seu
preço de mercado varia de acordo com a qualidade do curtimento, entre os maiores
importadores desse produto está a Coréia do Sul e Japão, já a pele é muito procurada, devido
sua beleza e boa qualidade, sendo utilizada na confecção de agasalhos, casacos, colchas,
dentre outros. São mais valorizadas as maiores, de boa qualidade e quando comercializadas
em grandes lotes, o que só é conseguido com a criação de raças puras, selecionadas. O preço
médio pago é de R$1,00 por unidade.
• Pêlo ;
Urina- Grifes internacionais de perfumes — como Paco Rabane, Kenzo e Christian Dior —
utilizam a urina do animal na fixação dos perfumes (O material também tem aplicações
exploradas por fabricantes de outros tipos de cosméticos)
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Os preços praticados nas negociações são variados e determinados pela região e setor, as
avícolas são as que pagam mais pelo quilo vivo do coelho, cerca de R$4,00. Já os frigoríficos
pagam R$3,00 por quilo. Hoje, o quilo custa cerca de R$15,00 a R$25,00 para o comprador
final e pode ser encontrado em grandes redes de supermercados, instalados principalmente nas
capitais e estados do Sul e Sudeste. Atualmente, são produzidas aproximadamente 40
toneladas da carne congelada no país a cada ano. No país, a atividade já dispõe de seis
frigoríficos especializados no abate desse tipo de animal. Anteriormente, o processo era feito
por abatedouros de aves e nas avícolas.
8.0 – REFERÊNCIA
10/01/2011.
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