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Medina Carreira: "Estado social colapsa daqui a seis ou sete anos"

Por Margarida Bon de Sousa , publicado em 7 Abr 2012 - 03:10 | Actualizado h 7 horas 57 minutos

Quem o diz Medina Carreira, que defende um ministro s para acompanhar esta rea. Quanto ao resto, no h omeletas sem ovos
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Medina diz que austeridade est para durar


pedro azevedo

Medina Carreira, ministro das Finanas do primeiro governo constitucional, defende que Passos Coelho deveria ter dois ministros a mais: um para o Estado Social, o elo mais fraco da actual crise, e outro para pensar Portugal estrategicamente. Os direitos adquiridos deixam de existir se no houver dinheiro, disse ao i. Na minha opinio, o Estado social vai entrar em colapso daqui a seis ou sete anos se a situao se mantiver. Ou seja, se houver cada vez menos nascimentos, mais emigrao e uma populao a envelhecer a cada dia que passa, no possvel manterem-se os actuais nveis de proteco social. Escusando-se a comentar especificamente as recentes medidas adoptadas no mbito da Segurana Social estamos a reduzir a democracia a mero paleio em vez de discutirmos os problemas de fundo , Medina Carreira defende, contudo, que impossvel fazer-se muito mais quando o pas depende de uma esmola peridica e ainda por cima sujeita a juros.

Para um dos maiores crticos das finanas pblicas portuguesas relativamente ao peso do endividamento e da despesa pblica no produto interno bruto, no h forma de se fugir austeridade, restando-nos discutir pormenores. Ningum tem uma soluo muito diferente para o actual momento. A pergunta a fazer ao primeiro-ministro, defende tambm, no quando esta crise acaba, mas sim quando voltaremos a crescer a uma taxa de 3% ao ano, nica forma de garantir mais emprego de uma forma sustentada. O economista diz que uma das solues para o pas passa pela atraco de mais investimento estrangeiro. E nessa perspectiva, acrescenta, a reforma da legislao laboral deveria ter tido em conta a que existe nos pases de Leste, como a Eslovquia, com os quais concorremos directamente neste campo. Medina Carreira refere ainda que o funcionamento da justia, o licenciamento das actividades econmicas, a corrupo e a burocracia so outros dos factores a travar o crescimento.

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