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Salário mínimo e aposentadoria vão perder valor? O


que se sabe até agora

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+1,22 % R$ 5,382 +1,03 % R$ 0,035 +2,36 % R$

Segundo a Folha, governo quer deixar de reajustar o salário mínimo pelo INPC e passar a corrigi-lo
pela meta de inflação
Imagem: Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo
:
Anaís Motta
Do UOL, em São Paulo
24/10/2022 04h00
Atualizada em 24/10/2022 12h03
Uma reportagem da Folha de S.Paulo publicada na quarta-feira (19)
revelou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, estuda um plano
para mudar a política de reajuste do salário mínimo, hoje em R$ 1.212.
A ideia é deixar de corrigir o piso nacional pela inflação e passar a fazê-
lo pela meta, que é definida com três anos de antecedência e pode ser
maior ou menor do que o índice oficial.

O objetivo, ainda de acordo com a Folha, é frear o crescimento de


despesas que hoje pressionam o Orçamento. Entre essas despesas,
está o pagamento de aposentadorias, pensões e benefícios
previdenciários atrelados ao salário mínimo.

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governo e entenda o que poderia mudar:

Qual é a proposta?

Segundo a "Folha", a proposta de Paulo Guedes é


deixar de vincular o salário mínimo à inflação do
ano anterior, medida pelo INPC (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor). Na nova regra, o piso
passaria a ser reajustado pela meta de inflação —
que pode ser maior ou menor do que o índice
oficial.

A correção dos benefícios atrelados ao salário mínimo, como as


aposentadorias e pensões pagas pelo INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social), também passaria a ser feita a partir da meta de
inflação.

O que é 'meta de inflação'?

A meta de inflação é uma faixa que determina os valores máximos e


mínimos para a variação da inflação em determinado ano. No Brasil, ela
é definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) com três anos de
antecedência.
:
P U B L I C I DA D E

A de 2022, por exemplo, foi fixada em 3,5%, com tolerância de 1,5


ponto percentual para cima ou para baixo (ou seja, podendo variar de
2% a 5%).

Segundo a última projeção do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica


Aplicada), o INPC de 2022 deve ficar em 6% — acima do teto da meta
(5%).

O que diz o governo?

Na quinta (20), Paulo Guedes disse que o salário mínimo de 2023 será
reajustado ao menos pela inflação.

 Tem uma regra que diz que o salário mínimo vai subir de
acordo com a inflação, pelo menos a do ano passado, e [dizem
que] eles [governo] querem mudar. Não se muda a regra do jogo
durante o jogo. O jogo está correndo.
Paulo Guedes, ministro da Economia
:
Embora tenha negado mudar a "regra do jogo" agora, o ministro voltou a
defender o que chama de "regra dos 3D": desindexar, desvincular e
desobrigar o Orçamento. Na prática, a ideia é mudar a Constituição
para deixar de atrelar as despesas a índices ou valores específicos,
como o próprio salário mínimo.

"Precisamos colocar mais inteligência e mais política nos orçamentos,


em vez de simplesmente seguir uma regra de vinculação que pode ser
inadequada", afirmou.

No sábado (22), ao lado de Bolsonaro, Guedes voltou a prometer


aumento acima da inflação do salário mínimo, das aposentadorias e dos
rendimentos do funcionalismo público.

P U B L I C I DA D E

O que dizem os críticos?

Críticos à proposta dizem que reajustar o salário mínimo pela meta abre
a possibilidade de uma correção abaixo da inflação para os benefícios
previdenciários, como aposentadorias e pensões, além do seguro-
:
desemprego, que também é vinculado ao piso nacional.

Isso aconteceria toda vez que a inflação oficial fosse maior do que a
meta estabelecida três anos antes, como deve acontecer em 2022,
segundo as projeções.

Em 2021, o INPC ficou em 10,16% — porcentagem bem próxima à do


reajuste do salário mínimo, que passou de R$ 1.100 para R$ 1.212
neste ano (+10,18%). Se o governo tivesse considerado apenas a meta
de inflação, essa correção teria sido de 3,75%, de R$ 1.100 para 1.141.

Como é hoje?

A Constituição determina que o salário mínimo deve atender às


necessidades básicas dos trabalhadores e de suas famílias e ter
"reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo".

Em 2011, primeiro ano de governo de Dilma Rousseff (PT), foi instituído


que o piso nacional seria corrigido com base no INPC do ano anterior e
na variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Essa
fórmula tinha o objetivo de garantir que o mínimo tivesse aumento real
— ou seja, acima da inflação — todos os anos.
:
P U B L I C I DA D E

A exceção ficou com 2017 e 2018. Nestes dois anos, o reajuste do piso
nacional considerou apenas o INPC, uma vez que o PIB de 2015 e 2016
registrou queda.

A partir de 2019, já no governo Bolsonaro, o cálculo passou a levar em


conta somente a inflação, descartando as variações do PIB. Por conta
disso, o salário mínimo não tem aumento real há três anos.

Para 2023, o salário mínimo previsto é de R$ 1.302. Se o valor se


confirmar, será o quarto ano seguido sem reajuste acima da inflação
para o piso nacional.

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