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30 DE MARÇO DE 2023
ARCABOUÇO
FISCAL
A PROPOSTA DO GOVERNO LULA PARA OS
GASTOS PÚBLICOS
CONTEXTO
ARKOADVICE.COM.BR
CONHEÇA AS
NOVAS REGRAS 30 DE MARÇO DE 2023
GASTOS E ARRECADAÇÃO
Pelo texto divulgado, o governo poderá expandir os gastos públicos em até 70% do
aumento da arrecadação que for registrado no ano anterior. Como medida “anticíclica”,
os 30% restantes serão usados para abater a dívida pública, criando espaço para
endividamento em momentos de retração econômica.
“Essa limitação é importante porque é o colchão que você precisa para a fase ruim. Você
dá segurança para os empresários que querem investir, mas também à população
porque garante o funcionamento do Estado. Com isso, no nosso juízo, se cumprirmos essa
trajetória, vamos chegar em 2026 em uma situação de bastante estabilidade, com
trajetórias de inflação, juros real e dívida pública que vão estar muito mais favoráveis”,
argumentou Haddad.
“Nós sabemos que gastos públicos têm efeitos multiplicadores na economia e impactos
distributivos. A lei de responsabilidade fiscal era o nosso paradigma. Em todo momento
que você precisava fazer algum tipo de contingenciamento ou corte, algo recorrente
naquele desenho de regra, o primeiro a ser prejudicado era o investimento e isso se
agravou com o teto de gastos”, avaliou.
CONHEÇA AS
NOVAS REGRAS 30 DE MARÇO DE 2023
META FISCAL
A nova âncora fiscal contará com um sistema de metas do resultado primário (diferença
entre arrecadação e gastos). A meta não será um número fixo, mas sim um intervalo, com
um piso e um teto.
Se o resultado primário for melhor do que o teto da meta, tudo que ultrapassar esse valor
será direcionado para investimentos no exercício seguinte. Já se o resultado for ruim e
ficar abaixo do piso, no ano seguinte, um gatilho é ativado, e a autorização para
crescimento das despesas será reduzida a 50%, em vez de 70% do crescimento da
receita. A ideia é incentivar o governo a realizar medidas de corte de gastos e aumento de
arrecadação.
Com a proposta, o governo mira em zerar o déficit fiscal em 2024 e projeta superávit
para 2025. As metas para o resultado primário são muito mais otimistas do que as
projeções do mercado financeiro. De acordo com o mais recente Boletim Focus, divulgado
pelo Banco Central, é esperado um déficit de -1,02% do PIB em 2023 e de -0,80% em 2024.
Centro
Piso da Teto da
Ano Focus* da
meta meta
meta
ENVIO DA PROPOSTA
Apesar da divulgação dos parâmetros do arcabouço, o texto do projeto de lei
complementar ainda não foi finalizado. O governo ainda faz ajustes tanto para acatar
sugestões das lideranças da Câmara e do Senado quanto para alinhar detalhes jurídicos.
AVALIAÇÃO DO CONGRESSO
De forma geral, a divulgação de uma proposta de âncora fiscal foi bem recebida no
Congresso. De acordo com o ministro Alexandre Padilha, de Relações Institucionais, o
Congresso Nacional está comprometido com a tramitação rápida do novo arcabouço
fiscal. De acordo com o governo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) indicou a
possibilidade de votar o texto em duas semanas a partir do recebimento, e designar um
relator com boa articulação.
Por outro lado, lideranças ouvidas pela Arko Advice no Parlamento avaliam que as metas
definidas pelo governo são ousadas e dependem de uma série de outros projetos. A
avaliação geral é que serão necessárias novas medidas para aumentar a arrecadação e
para cortar gastos.
“O governo defende a tese de não aumentar impostos, mas de fazer com quem não paga
impostos passe a pagar. Isso nos remete a isenção, desonerações, subvenções e
incentivos fiscais. Há, inclusive, o projeto do imposto de renda, que está no Senado, em
que foram retirados benefícios que já tinham seu tempo extrapolado”, declarou.
Uma das lideranças mais influentes na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento
(União-BA) avaliou como “superficial” a proposta do novo arcabouço fiscal, cujas nuances
foram apresentadas aos líderes da Casa na quarta-feira (29). Para Elmar, há boas
intenções no projeto, mas ainda é difícil emitir opinião a respeito de um texto
desconhecido. Ele avaliou que muitas ideias apresentadas são necessárias, mas a forma
como serão implementadas ainda gera dúvidas.
Já o deputado Danilo Forte (CE), também do União, avalia que a divulgação ajuda a
pacificar a instabilidade econômica, mas que o texto deve sofrer pressões na Câmara
para que tenha um viés mais social.
AVALIAÇÃO
POLÍTICA 30 DE MARÇO DE 2023
“Acho que ainda cabe a gente avançar um pouquinho mais com relação a minimizar os
efeitos e o empobrecimento, principalmente, da classe média, que é muito grande no
Brasil”, disse. Segundo ele, a efetividade da nova âncora também vai depender das
demais medidas tomadas pelo governo para estimular o crescimento da economia.
BANCO CENTRAL
A divulgação do novo arcabouço fiscal pela equipe econômica do governo é vista como
uma chance de convencer o Banco Central a diminuir as taxas de juros. “Nós estamos no
caminho certo e que até maio, quando tiver a nova reunião do COPOM e a nova ata, nós
temos condições de apresentarmos um bom arcabouço fiscal, evoluindo nas tratativas e
também no processo legislativo da reforma tributária", declarou Simone Tebet na semana
passada.
Campos Neto disse que há boa vontade da pasta para execução de um arcabouço fiscal
robusto. Ele se negou a comentar o projeto antes de verificar os detalhes da proposta,
mas afirmou que o BC se debruçará sobre o que foi anunciado, a fim de analisar a nova
trajetória da dívida e incorporá-la às expectativas que regem a política monetária.
PLENÁRIO
CFT E CCJC*
DA CÂMARA
PLENÁRIO
O SENADO RECEBE O TEXTO NO SENADO FEDERAL, NÃO EXISTE A SE APROVADO NAS SE O SENADO NÃO ALTERAR O
APROVADO NA CÂMARA DIVISÃO ENTRE COMISSÕES DE MÉRITO E COMISSÕES, O PROJETO TEXTO APROVADO NA
DE ADMISSIBILIDADE - AS DUAS
DOS DEPUTADOS SEGUE PARA O PLENÁRIO. CÂMARA, O PROJETO VAI
QUESTÕES SÃO ANALISADAS
CONJUNTAMENTE. PELA TEMÁTICA, A CASO SEJAM APRESENTADAS PARA SANÇÃO PRESIDENCIAL.
MATÉRIA SERÁ ANALISADA PELA EMENDAS, AS COMISSÕES O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS PRECISAM DAR UM NOVO AINDA PODE VETAR TRECHOS,
(CAE). PORÉM, AINDA QUE NÃO SEJA PARECER, A NÃO SER QUE O MAS OS VETOS SÃO
OBRIGATÓRIO, PROJETOS DE AMPLA ANALISADOS
PROJETO ESTEJA
REPERCUSSÃO COSTUMAM SER
ENVIADOS À COMISSÃO DE TRAMITANDO EM REGIME DE POSTERIORMENTE PELO
CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA URGÊNCIA. CONGRESSO NACIONAL.
(CCJ) PARA AMPLIAR A DISCUSSÃO.
ARCABOUÇO FISCAL
ARKOADVICE.COM.BR
CONTEÚDO
DANIEL MARQUES
LUÍSA ROTHENBURG
MELISSA FERNANDEZ
MARCOS QUEIROZ
RACHEL VARGAS
EDITORA-CHEFE
RACHEL VARGAS
RESPONSÁVEL
CRISTIANO NORONHA
DIREÇÃO-GERAL
MURILLO DE ARAGÃO
DIAGRAMAÇÃO
ÉRICA PASSOS
REVISÃO
DANIEL LLEDÓ