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07/10/22, 11:23 Insolvências crescem com o fim das ajudas públicas – O Jornal Económico

EMPRESAS

Insolvências crescem com o fim das ajudas públicas

Bianca Marques 07 Outubro 2022, 10:07

Em Portugal, estima-se que as insolvências registem um crescimento de 30% em 2022 que


chegará aos 36% em 2023.

A Crédito y Caución revelou, esta sexta-feira, um estudo onda dá nota de ser provável que nos próximos meses se
produza um ajustamento nos níveis de insolvência em todo o mundo, um cenário fruto do fim dos apoios fiscais ao
tecido empresarial.

“Em Portugal, estima-se que as insolvências registem um crescimento de 30% em 2022 que chegará aos 36% em 2023.
As perspetivas debilitaram-se ainda mais nos últimos seis meses, principalmente pelo impacto inflacionista dos
elevados preços da energia e dos constrangimentos na cadeia de fornecimento, reduzindo o poder de compra dos
consumidores”, aponta a Crédito e Caución.

O mesmo estudo indica que na “Turquia, Espanha, Suíça ou Reino Unido as insolvências estão já muito acima dos
níveis prévios à pandemia”. Na Chéquia, Roménia e Dinamarca as insolvências apresentam um nível inferior, mas
também já ultrapassaram os níveis de 2019.

Por outro lado, “nos Países Baixos, Estados Unidos, Coreia do Sul ou Japão ainda não se observa uma alteração aos
níveis normais, inclusive nos últimos trimestres, os níveis de insolvência nestes países mantiveram-se muito baixos”.

A Crédito y Caución explica que durante a “pandemia de Covid-19 produziu-se uma descida mundial dos níveis de
insolvência devido às moratórias e aos estímulos fiscais”. “Os generosos apoios governamentais de 2020 não só
salvaram as empresas viáveis como criaram empresas zombies que declarariam insolvência numa situação de
normalidade”, aponta a seguradora de crédito.
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07/10/22, 11:23 Insolvências crescem com o fim das ajudas públicas – O Jornal Económico

“Desde 2021, coincidindo com a retirada progressiva dos estímulos fiscais, produziu-se um ajustamento parcial nos
níveis de insolvência que revela uma ampla variabilidade entre países”, destaca o estudo.

A seguradora de crédito prevê ainda que “possam passar até oito trimestres depois da interrupção das ajudas
públicas antes que o nível de insolvências alcance a normalidade”.

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