Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Balanço Social
da
Empresa
unMiiDelit (metro
w
AVEIRO
1 9 8 0
' • I . ».*..
3
« t
■ ; w tiu
i. 2
- sc irt. Prof..
Q^> cA
Balanço Social
Empresa Jsuky
AVEIRO
1 9 8 0
CONTABILIDADE TRADICIONAL E CONTABILIDADE SOCIE-
- 5
j ~ O automóvel envia ao hospital ou ao cemitério número ele-
vado de vítimas.
— Obriga a despesas consideráveis: seguro, polícia, bom-
beiros.
6 -
Verificamos assim que os domínios de acção da empresa
moderna para além do domínio tradicional de obtenção de lucro
desenvolvendo para tal a conquista de uma parte do mercado,
motivando, aumentando a produtividade, obtendo recursos finan-
ceiros e físicos e promovendo a eficácia dos dirigentes e dos
trabalhadores vem juntar-se agora um outro domínio não menos
importante, que é o da «responsabilidade social».
Esta responsabilidade, por sua vez, vai-se igualmente alar-
gando. A princípio restrita ao ambiente interno (ambiente físico,
condições de trabalho, grupos minoritários de trabalhadores, estilo
de direcção, tipo de relações sociais, formação, higiene e pre-
venção de acidentes, etc.) vê-se hoje alargada ao ambiente
externo, pelo que as empresas vêem-se responsabilizadas também
pela poluição que produzem, embalagens que lançam, nocividades
dos fabricos, relações com a comunidade, com os consumidores,
investidores e accionistas, etc. Assim é que por exemplo nos
EUA as empresas são obrigadas a combater a poluição aquática
utilizando para já, a tecnologia «possível» e daqui até 1980 a
melhor tecnologia «existente».
Também perto de nós a Fábrica de Celulose de Cacia como
consequência de decisões motivadas tem um plano de combate
à poluição aérea e fluvial, com vista à redução efectiva do
potencial poluente das instalações que lhe vai custar 350 000 con-
tos repartidos ao longo de um programa escalonado de 6 anos 0).
Desenvolvem-se, por isso, esforços no sentido de contabilizar
também a responsabilidade social das empresas. É que «as
empresas já não podem ater-se, exclusivamente às suas rela-
ções económicas com a sociedade. As suas práticas tenderão
a ser analisadas mais em termos de eficiência social do que de
eficiência económica» (2).
Neste sentido poderíamos citar a decisão do Instituto Ame-
ricano de Contabilistas Públicos que nomeou recentemente uma
comissão para favorecer o desenvolvimento «de normas e de
técnicas visando medir, registar, expor e controlar as realizações
sociais».
Também a General Motors criou um órgão a que chamou
Comissão de Política Pública com objectivo idêntico.
A mesma preocupação se desprende da recente «International
Management Conference» em Tóquio, em que foi debatida a
publicação de balanços sociais à semelhança dos balanços finan-
ceiros habituais, indicando nas mesmas colunas de activo e
passivo os valores correspondentes às realizações positivas (habi-
tação para trabalhadores, pensões complementares, férias pagas,
formação, etc.) de uma parte; e de outra, os acontecimentos
negativos (horas perdidas por ausências do trabalho, greves,
acidentes de trabalho, grau de poluição produzida, etc.).
- 7
O famoso Relatório Sudreau de que falaremos mais adiante
é disso também um exemplo bem conhecido.
A nova Contabilidade a que alguns chamam Contabilidade
Social, outros Contabilidade Sócio-económica, outros ainda Conta-
bilidade Societal, teria assim por objecto, medir, somar algebri-
camente o conjunto de «utilidades» e «inutilidades» sociais para
saber se dada empresa oferece à sociedade um determinado
«proveito social líquido» ou «um prejuízo social líquido». Por
outras palavras, a nova Contabilidade propôr-se-ia medir, em
termos monetários, o conjunto de relações económicas e sociais
que normalmente se criam entre uma entidade (uma empresa
em particular) e o ambiente físico e humano que a envolve e de
que ela se serve directa ou indirectamente, isto é, contabilizaria
os fluxos de utilidades proporcionadas à sociedade (bens, ser-
viços, bem-estar entre outros) e os fluxos de utilidades roubadas
à sociedade (equilíbrio ecológico, extinção de recursos, desloca-
mento de massas de trabalhadores, etc.).
Tal contabilidade conduzir-nos-ia assim à determinação do
«valor acrescentado SOCIAL» da Empresa.
Sabemos que em termos económico-financeiros o valor acres-
centado bruto mede-se pela diferença compras-vendas, isto é:
Vendas — compras («consumidas» no período) = valor
acrescentado bruto.
8 -
Há classes quantificáveis isto é, que podem medir-se em
escudos e que não oferecem dificuldades, como por exemplo:
— As remunerações
— As médias de remunerações
— Os aumentos de salários
9
NECESSIDADE DUMA CONTABILIDADE SOCIETAL
- 11
das aspirações acalentadas durante anos pelos estudiosos da
contabilidade societal.
12
Sudreau e constituída por iniciativa do Presidente Giscard
d'Estaing.
Nele se diz que «a gestão financeira e económica apoia-se
numa informação quantificada e precisa. Se se deseja que a
gestão social faça parte das preocupações estratégicas da
empresa, é necessário que se abandone o relativo e subjectivo,
uma vez que, nesse campo, a quantificação se revela difícil e o
progresso costuma ser de tipo qualitativo. Chegou o momento
de proporcionar uma base quantificada ao diálogo entre as partes
social e económica da empresa, que permita medir o esforço
realizado em matéria social e fixar melhor os objectivos (...)» (").
Neste sentido o referido Relatório propunha «estabelecer um
balanço social anual ao nível de cada empresa a partir de indi-
cadores representativos da situação social e das condições de
trabalho» (1!!).
Tratava-se dum primeiro passo no laborioso caminho que cul-
minaria na publicação, quase 3 anos depois, da lei do Balanço
Social da Empresa.
Assim, é só a 13 de Julho de 1977 que se publica a referida
Lei no Diário Oficial que tomou o número 77/769. A 8 de Dezem-
bro do mesmo ano o Decreto 77/1354 reforma o Código do Tra-
balho estabelecendo a lista de informações a incluir no Balanço
Social.
Portarias da mesma data especificam a lista dos indicadores
que devem figurar no Balanço Social segundo o sector de acti-
vidade a que a empresa pertença (industrial e agrícola, comércio
e serviços, construção e obras públicas e transportes).
Será curioso conhecer as opiniões tão divergentes de algumas
instituições ligadas à vida sindical e patronal francesa aquando
da discussão do projecto de lei do balanço social.
Assim, a C. G. T. não podia «associar-se a uma operação polí-
tica demagógica tendente a enganar os trabalhadores, em parti-
cular num momento em que o poder e o patronato tentam amputar
o poder de compra dos trabalhadores».
Segundo a C. F. D. T. o balanço social tal como foi concebido
pelo governo «não fará desaparecer nem as relações de classe
que existem na empresa nem os afrontamentos nem as tensões
que as oposições de interesse nela provocam, porque este projecto
não tem incidência real sobre os poderes do empregador nem
sobre a marcha geral da empresa nem sobre os direitos dos
trabalhadores».
A C. G. T. — F, O. não é hostil em princípio ao estabeleci-
mento de um balanço social. Todavia não espera que o balanço
social seja um factor de paz nas empresas. As discussões sociais
são por princípio contraditórias e contêm em si germes de
conflito.
13
I
1975 1978
A. Horas de trabalho possíveis 473 976 469 854
B. Horas trabalhadas 418 410 435 911
C. Asentismo real 11,72 % 7,22 %
A T3
C = - — - x 100
A
- 15
Não foi, porém, essa a solução que veio a receber consa-
gração na lei, por isso o BS será constituído por indicadores
expressos em valores absolutos.
Assim em França as empresas abrangidas pela obrigatorie-
dade do BS apresentarão anualmente dois tipos de balanços: um
económico na forma habitual e outro elaborado conforme as
exigências da lei a que temos feito referência. Passa assim
a verificar-se na análise das contas anuais um tipo de análise
«mista» em que um documento respeita os princípios e a técnica
contabilística e o outro (o balanço social) segue tanto na sua
elaboração como na sua apreciação e análise outros conceitos,
outras valorações.
17
formação profissional dos trabalhadores da Secção X;
em 5 anos organizar as equipas autónomas; em 3 anos
estudar a implementação dos horários flexíveis nos sec-
tores X e Y; em 5 anos o plano das instalações anti-
-poluição, etc., etc.
Esta concepção de BS permitiria preparar um plano
a médio e a longo prazo na gestão social; analisaria
ainda, naturalmente, as capacidades e as fraquezas destas
políticas o destas práticas.
EMPRESAS ABRANGIDAS
Na legislação francesa já referida a obrigação de elaborar o
BS, existe para as empresas com 300 ou mais trabalhadores de
quadro habitual, embora, numa primeira fase esse limite se fixe
em 750. Por «quadro habitual» deve entender-se para este efeito
o quadro de pessoal ao serviço da empresa de forma estável e não
esporádica. Abrange todos os trabalhadores, incluindo as cate-
gorias especiais: trabalhadores no domicílio, aprendizes, diri-
gentes, assalariados, pessoal de refeitório, etc. A obrigatoriedade
de elaboração fica escalonada no tempo, conforme se pode ver no
quadro seguinte:
1978
1979 1978 — 1978 —
1980 1978-1979 — 1978-1979 —
1981 1978-1979-1980 — 1978-1979-1980 —
1982 1979-1980-1981 1981 1979-1980-1981 1981
1983 1980-1981-1982 1981-1982 1980-1981-1982 1981-1982
1984 1981-1982-1983 1981-1982-1983 1981-1982-1983 1981-1982-1983
1985 1982-1983-1984 1982-1983-1984 1982-1983-1984 1982-1983-1984
Assim, em 1979, as empresas de 750 (ou mais) trabalhadores
já são obrigadas a incluir os dados de 1978.
A partir de dados do INSEE, 1973, o número de empresas
abrangidas pela obrigatoriedade de elaborar o BS e o número de
trabalhadores incluídos será como segue:
8. SANÇÕES
Para as empresas que não elaborem o BS ou as que o apre-
sentem com omissão de capítulos obrigatórios estão previstas
sanções. Essas sanções equiparam-se às do delito de levanta-
mento de obstáculos ao funcionamento da Comissão (art, L 463-1
do Código do Trabalho) e podem implicar prisão de dois meses a
um ano (o dobro em caso de reincidência) e multa que vai de
2 000 a 10 000 F. F. ou uma destas duas penas somente. Em caso
de reincidência a multa pode ir até 20 000 F. F.
- 19
poderão ser úteis às empresas portuguesas que queiram iniciar a
elaboração do seu «BS»:
20 -
Extracto de um Balanço
sócio económico
Imobilizações Industriais
Terrenos
Prédios
Máquinas e Ferramentas
Imobilizações Financeiras
Tátulos de Participação
Investim. em Recursos Humanos
Investimentos em Formação
Investimentos Societais
Conforto, Segurança e Condi-
ções de trabalho
Protecção do Ambiente
Protecção do Consumidor
- 21
tico das políticas e das práticas que tenham uma incidência em
matéria de responsabilidade social da empresa. Por isso muitos
se consideram já «auditores» sociais.
Competir-lhe-ia (19):
22 -
ANEXOS
Loi n.° 77-769 du juillet 1977
CHAPITRE VIII
Bilan social
- 23
effectuées et de mesurer les changements intervenus au cours de
l'année écoulée et des deux années précédentes.
«En conséquence, le bilan social comporte des informations sur
l'emploi, les rémunérations et charges accessoires, les conditions
d'hygiène et de sécurité, les autres conditions de travail, l a formation,
les relations professionnelles ainsi que sur les conditions de vie des
salariés et de leurs familles dans la mesure où ces conditions dépen-
dent de l'entreprise.
«Art. L. 438-4. — Après consultation des organisations profession-
nelles d'employeurs et de travailleurs les plus représentatives au
niveau national, un décret en Conseil d'Etat fixe la liste des informa-
tions figurant dans le bilan social d'entreprise et dans le bilan social
d'établissement.
«Un arrêté du ou des ministres compétents adapte le nombre et la
teneur de ces informations à la taille de l'entreprise et de l'établis-
sement.
«Certaines branches d'activité peuvent être dotées, dans les
mêmes formes, de bilans sociaux spécifiques.
«Art, L. 438-5.— Sans préjudice des dispositions de l'article L. 132-1
du présent code, le comité d'entreprise ou d'établissement émet chaque
année un avis sur le bilan social.
«A cet effet, les membres du comité d'entreprise ou d'établisse-
ment reçoivent communication du project de bilan social quinze jours
au moins avant la réunion au cours de laquelle le comité émettra son
avis. Cette réunion se tient dans les quatre mois suivant la fin de la
dernière des années visées par le bilan social. Dans les entreprises
comportant un ou plusieurs établissements tenus de présenter un bilan
social d'établissement, la réunion au cours de laquelle le comité cen-
tral d'entreprise émet son avis a lieu dans les six mois suivant la fin
de la dernière des années visées par le bilan social.
«Dans le cas prévu à l'article L. 438-1, deuxième alinéa, les bilans
sociaux particuliers et les avis émis sur ces bilans par les comités
d'établissement sont communiqués aux membres du comité central
d'entreprise dans les conditions prévues à l'alinéa précédent.
«Les délégués syndicaux reçoivent communication du projet de
bilan social dans les mêmes conditions que les membres des comités
d'entreprise ou d'établissement.
«Le bilan social, éventuellement modifié pour tenir compte de
l'avis du comité compétent, est mis à la disposition de tout salarié
qui en fait la demande.
24 -
«.Ari. L. 438-6. Les bilans sociaux des entreprises et établisse-
ments, éventuellement modifiés pour tenir compte de l'avis du comité
compétent, ainsi que le procès-verbal de la réunion dudit comité, sont
adressés à l'inspecteur du travail dans un délai de quinze jours à
compte: de cette réunion.
«Art. L. 438-7. — Dans les sociétés par actions, le dernier bilan
social accompagné de l'avis du comité d'entreprise est adressé aux
actionnaires ou mis à leur disposition dans les mêmes conditions que
les documents prévus aux articles 162 et 168 de la loi n.° 66-537
modifiée du 24 Juillet 1966.
dirt. L. 438-8. — Le bilan social sert de base à l'application des
articles L. 432-4 (cinquième alinéa), L. 437-2 et L. 950-3 ainsi qu'à
celle des dispositions réglementaires du présent code qui prévoient
l'établissement de programmes annuels.
«Art. L. 438-9. — Des décrets en Conseil d'Etat fixent les mesures
d'adaptation nécessaires à l'application des dispositions du présent
chapitre dans les entreprises qui son tenues de constituer un comité
d'entreprise ou des organismes de représentation du personnel qui en
tiennent lieu en vertu soit de dispositions législatives ou réglemen-
taires autres que celles du code du travail, soit de stipulations conven-
tionnelles.
«Ces décrets sont pris après avis des organisations syndicales les
plus représentatives dans les entreprises intéressées.
«Art. L. 438-10. — Les dispositions du présent chapitre ne font pas
obstacle aux conventions comportant des clauses plus favorables».
Art. 2. — Le titre VI du livre IV du code du travail est complété
comme suit:
«Art. L. 463-2. — L'employeur qui ne présente pas le bilan social
d'entreprise ou d'établissement prévu à l'article L. 438-1 sera passible
des peines prévues à l'article L. 463-1 O».
Art. 3. — Le premier bilan social sera présenté:
— au cours de l'année 1979 pour les entreprises comptant au
moins 750 salariés;
— au cours de l'année 1982 pour les entreprises comptant au
moins 300 salariés.
Les informations y figurant pourront ne concerner respective-
ment que les années 1978 et 1981,
- 25
Les informations figurant dans le deuxième bilan social pourront
ne concerner que les deux années antérieures à sa présentation.
Art, 4. — Les dispositions du chapitre VIII du titre III du livre IV
du code du travail relatives au bilan social sont applicables aux
établissements publics de l'Etat et des collectivités locales, non visés
aux articles L. 438-1 et L, 438-9 du code du travail ainsi qu'aux
services de l'Etat, dont les conditions de fonctionnement sont assimi-
lables à celles d'une entreprise.
MINISTERE DU TRAVAIL
Décret n." 77-1354 du 8 décembre 1977 fixant, par application de l'article L. 438-t
du code du travail, la liste des informations figurant dans le bilan social
d'entreprise et dans le bilan social d'établissement.
Le Premier ministre,
Sur le rapport du ministre de l'équipement et de l'aménagement du terri-
toire, du ministre de l'agriculture et du ministre du travail.
Vu le code du travail, et notamment l'article L. 438-4;
Vu l'avis du conseil national du patronat français;
Vu l'avis de la confédération générale des petites et moyennes entreprises
et du patronat réel;
Vu l'avis de la confédération générale du travail;
Vu l'avis de la confédération française démocratique du travail;
Vu l'avis de la confédération générale du travail-Force ouvrière;
Vu l'avis de la confédération française des travailleurs chrétiens;
Vu l'avis de la confédération générale des cadres;
Vu l'avis de la fédération nationale du bois;
Vu l'avis de la confédération nationale de la mutualité, de la coopération
et du crédit agricole;
26 -
Vu en date du 10 Octobre 1977 la lettre par laquelle le ministre de l'agricul-
ture a consulté la fédération nationale des syndicats d'exploitants agricoles et
l'union nationale des syndicats d'entrepreneurs paysagistes de France:
Le Conseil d'Etat {section sociale) entendu,
Décrète:
Art. l,<=r — Au titre IH du livre IV du code du travail (deuxième partie)
sont ajoutées les dispositions suivantes:
CHAPITRE VII
AMÉLIORATION DES CONDITIONS DE TRAVAIL
Néant.
CHAPITRE VIII
BILAN SOCIAL
Article R, 438-1.
Raymond Barre.
Par le Primier ministre:
Le ministre du travail,
Christian Beullac.
Le ministre de l'équipement et de l'aménagement du territoire,
Fernand Icart.
Le minisire de l'agriculture,
Pierre Méhaignerie.
- 27
ANNEXE Nombre de départs au cours de la
période d'essai (9) I.
EMPLOI Nombre de mutations d'un établis-
sement à un autre I.
Effectifs Nombre de départs volontaires en
retraite et pré-retraite (10) I.
Effectif total au 31/12 (1) I. Nombre de décès I.
Effectif permanent (2) I.
Nombre de salariés liés par un con- Promotion
trat de travail à durée déterminée
au 31/12 I Nombre de salariés promus dans
Effectif mensuel moyen de l'année l'année dans une catégorie supé-
considérée (3) I. rieure (11).
Repartition par sexe de l'effectif
total au 31/12 I. 16. Chômage
Répartition par âge de l'effectif Nombre de salariés mis en chô-
total au 31/12 (4) I. mage partiel pendant l'année con-
Répartition de l'effectif total au sidérée I.
31/12 selon l'ancienneté (5) I. Nombre total d'heures de chômage
Répartition de l'effectif total au partiel p e n d a n t l'année consi-
31/12 selon la nationalité I: dérée (12) I:
français indemnisées,
étrangers non indemnisées
Répartition de l'effectif total au Nombre de salariés mis en chô-
31/12 selon une structure de quali- mage intempéries pendant l'année
fication détaillée II. considérée I.
Nombre total d'heures de chômage
Travailleurs extérieurs intempéries pendant l'année consi-
dérée i:
Nombre de salariés appartenant à indemnisées,
une entreprise extérieure (6). non indemnisées
Nombre de stagiaires (écoles, uni-
versités...) (7). 17. Handicapés
Nombre moyen mensuel de travail-
leurs temporaires (8). Nombre de handicapés au 31 Mars
Durée moyenne des contrats de tra- de l'année considérée (13).
vail temporaire Nombre de handicapés à la suite
d'accidents du travail intervenus
Embauche dans l'entreprise, employés au 31
Mars de l'année considérée.
Nombre d'embauchés par contrats
à durée indéterminée. Absentéisme (14)
Nombre d'embauchés par contrats
à durée déterminée (dont nombre Nombre de j o u r n é e s d'absence
de contrats de travailleurs saison- (15) I.
niers) I. Nombre de journées théoriques tra-
Nombre d'embauchés de salariés vaillées.
de moins de 25 ans I. Nombre de journées d'absence pour
maladie I.
Départs Répartition des absences pour ma-
ladie selon leur durée (16) I.
Total des départs I. Nombre de journées d'absence pour
Nombre de démissions I. accidents du travail et de traject
N o m b r e de licenciements pour ou maladies professionnelles I.
cause économique, dont départs en Nombre de journées d'absence pour
retraite et pré-retraite I. maternité I.
Nombre de fins de contrats à du- Nombre de journées d'absence pour
rée déterminée I. congés autorisés (événements fa-
miliaux, conges spéciaux pour les 24. Charges accessoires
femmes...) I.
Nombre de journées d'absence im- Avantages s o c i a u x dans l'entre-
putables à d'autres causes I. prise: pour chaque avantage pré-
ciser le niveau de garantie pour les
categories retenues pour les effec-
RÉMUNÉRATION ET CHARGES tifs I:
ACCESSOIRES
délai de carence maladie,
indemnisation de la maladie,
Montant des rémunérations (17) indemnisation des jours fériés,
Le choix est laissé dans l'utilisa- préavis et indemnités de licen-
tion de l'un ou de l'autre des grou- ciement,
pes de 2 indicateurs suivants: préavis de démission,
Masse salariale annuelle totale prime d'ancienneté,
(18) II. congé de maternité,
congés payés,
Effectif mensuel moyen. service militaire,
Rémunération moyenne du mois de congés pour événements fami-
décembre (effectif permanent) hors liaux,
primes à périodicité non mensuelle- prîmes de départ en retraite,
base 40 heures II. etc..
ou Montant des versements effectués
Rémunération mensuelle m o y e n n e à des entreprises extérieurs pour
(19) H. mise à la disposition de personnel:
Part des primes à périodicité non entreprise de t r a v a i l tempo-
mensuelle dans la déclaration de raire,
salaire II.
Grille des rémunérations (20). autres entreprises (23).
- 29
Nombre d heures travaillées. Nombre de salariés atteints par des
Nombre d'accidents avec arrêt affections pathologiques à carac-
xlO» tère professionnel et caractérisa-
Nombre d'heures travaillées tion de celles-ci,
Taux de gravité des accidents du Nombre de déclarations par l'em-
travail I, ployeur de procédés de travail sus-
ceptibles de provoquer des mala-
Nombre de journées perdues. dies professionnelles (29).
Nombre d'heures travaillées.
Nombre de journées perdues
xlO3 34. Comité d'hygiène et de sécurité
Nombre d'heures travaillées Existence et nombre de C.H.S.
Nombre d'incapacités permanentes Nombre de réunions par C.H.S.
(partielles et totales) notifiées à
l'entreprise en c o u r s de l'année
considérée (distinguer français et 35. Dépenses en matière de sécurité
étrangers), Effectif formé à la sécurité dans
Nombre d'accidents mortels; l'année.
de travail Montant des dépenses de sécurité
de trajet. effectuées dans l'entreprise au sens
de l'article R 231-8 du Code du Tra-
vail.
Nombre d'accidents de trajet ayant Taux de réalisation du programme
entraîné au arrêt de travail. de sécurité présenté l'année précé-
Nombre d'accidents dont est vic-
time le personnel temporaire ou de dente.
prestations de service dans l'entre- Existence et nombre de plans spéci-
prise. fiques de sécurité.
Taux et montant de la cotisation
sécurité sociale d'accidents de tra- IV AUTRES CONDITIONS DE TRA-
vail. VAIL
- 31
VI RELATIONS Autres dépenses directement sup-
PROFESSIONNELLES portées par l'entreprise: logement,
transport, restauration, loisirs, va-
61. Représentants de personnel et délé- cances, divers, total (49).
gués syndicaux
Composition des comités d'entre- 72. Autres charges sociales
prise et/ou d'établissement avec
indication, s'il y a lieu, de l'appar- Coût pour l'entreprise des presta-
tenance syndicale. tions complémentaires (maladie, dé-
Participation aux élections (par col- cès) (50).
lège) par catégories de représen- Coût pour l'entreprise des presta-
tants du personnel. tions c o m p l é m e n t a i r e s (vieil-
Volume global des crédits d'heures lesse) (51).
utilisés pendant l'année considérée. Équipements réalisés par l'entre-
Nombre de réunions avec les repré- prise et touchant aux conditions de
sentants du personnel et les délé- vie des salariés à l'occasion de
gués syndicaux p e n d a n t l'année l'exécution du travail.
considérée.
Dates et signatures et objet des
accords conclus dans l'entreprise
pendant l'année considérée NOTES
Nombre de personnes bénéficiaires
d'un congé d'éducation ouvrière I Une structure de qualification dé-
(45). taillée, era 3 ou 4 postes minimum
est requise. Il est souhaitable de
62. Information et comunication faire référence à la classification
de la c o n v e n t i o n collective, de
Nombre d'heures consacrées aux l'accord d'entreprise et aux prati-
différentes formes de réunion du ques habituellement retenues dans
personnel (46). l'entreprise. A titre d'exemple la
Éléments caractéristiques du sys- répartition suivante peut être rete-
tème d'accueil. nue:
Éléments caractéristiques du sys-
tème d'information ascendante ou cadres.
descendante et niveau d'application. E. T. A. M,
Éléments caractéristiques du sys- et ouvriers.
tème d'entretiens individuels (47).
II Une structure de qualification dé-
63. Différends concernant l'application taillée en 5 ou 6 postes minimum
du droit du travail (48) est requise. H est souhaitable de
Nombre de recours à des modes de faire référence à la classification
solution non juridictionnels enga- de la convention collective, de l'ac-
gés dans l'année. cord d' entreprise et aux pratiques
habituellement retenues dans l'en-
Nombre d'instances judiciaires en- treprise. A titre d'exemple, la ré-
gagées dans Tannés et où l'entre- partition suivante des postes peut
prise est en cause. être retenue:
Nombre de mises en demeure et
nombre de procès-verbaux de l'Ins-
pecteur du travail pendant l'année cadres,
considérée. techniciens,
et agents de maîtrise,
Vn AUTRES CONDITIONS DE VIE employés qualifiés,
RELEVANT DE L'ENTREPRISE employés non qualifiés,
ouvriers qualifiés,
71, Oeuvres sociales ouvriers non qualifiés.
Contribuition au financement, le
cas échéant, du comité d'entreprise Doivent en outre être distinguées
et des comités d'établissement. les catégories hommes et femmes.
32 -
(1) Effectif total: tout salarié inscrit (12) Y compris les heures indemnisées
à l'effectif au 31/12 quelle que soit au titre du chômage total en cas
la nature de son contrat de travail. d'arrêt de plus de 4 semaines con-
sécutives.
(2) Effectif permanent: les salariés à.
temps plein, inscrits à l'effectif (13) Tel qu'il résulte de ta déclaration
pendant toute l'année considérée et obligatoire prévue à l'article R 323-
liés par un contrat de travail à -51 du Code du Travail.
durée indéterminée.
(14) Possibilités de comptabiliser tous
(3) Somme des effectifs totaux mensuels les indicateurs de la r u b r i q u e
absentéisme, au choix, en jour-
12 nées, 1/2 journées ou heures,
(on entend par effectif total tout (15) Ne sont pas comptés parmi les
salarié inscrit à l'effectif au der- absences: les diverses sortes de
nier jour du mois considéré). de congés, les conflits et le service
national.
(4) La répartition retenue est celle
habituellement utilisée dans l'entre- (16) Les tranches choisies sont laisées
prise, à condition de distinguer au au choix des entreprises.
moins 4 catégories, dont les jeu-
nes de moins de 25 ans. (17) On entend par rémunération la
somme des salaires effectivement
(5) La répartition selon l'ancienneté perçus pendant l'année par le sa-
est c e l l e habituellement retenue larié (au sens de la déclaration
dans l'entreprise. annuelle des salaires).
(6) Il s'agit des catégories de travail- (18) Masse salariale annuelle totale, au
leurs extérieurs dont l'entreprise sens de la déclaration annuelle de
connaît le nombre, soit parce qu'il salaire.
figure dans le contrat signé avec
l'entreprise extérieure, soit parce (19) Rémunération mensuelle moyenne:
que ces travailleurs sont inscrits
aux efectifs. Exemple: démonstra- 2 — r où mi représente la masse
12 ei
teurs dans le commerce... salariale du mois i et ei l'effectif
du mois t.
(7) Stages supérieurs à une semaine.
(20) Faire une grille des rémunérations
(8) Est considéré comme travailleur en distinguant au moins six tran-
temporaire, toute personne mise à ches.
la disposition de l'entreprise, par
une entreprise de travail tempo- (21) Pour être prises en compte, les
raire, telle que définie à l'article catégories concernées doivent com-
L. 434-1 du Code du Travail. porter au minimum 10 salariés.
(9) A ne remplir que si ces départs (22) Distinguer les primes individuelles
son comptabilisés dans le total des et les primes collectives.
départs.
(23) Prestataires de services, régies...
(10) Distinguer les différents systèmes
légaux et conventionnels de toute (24) Frais de personnel: ensemble des
nature. rémunérations et des cotisations
sociales mises légalement ou con-
(11) Utiliser les catégories de la no- ventîonnellement à la charge de
menclature détaillée 11. l'entreprise.
t
- 33
(25) Le montant global de la réserve de «les travaux effectués sur des
participation est le montant de la postes de travail independents
réserve dégagée —ou de la provi- consistant en la conduite ou
sion constituée — au titre de la par- l'approvisionnement de machi-
ticipation sur les r é s u 11 a t s de nes à cycle automatique et à
l'exercice considéré. cadence préréglée en vue de
la réalisation d'opérations élé-
mentaires et successives aux
(26) La participation est envisagée ici différents postes de travail;
au sens du titre IV do livre IV du
Code du Travail,
«les travaux effectués sur des
(27) Non compris les dirigeants. postes indépendants sans dis-
positif automatique d'avance-
(28) F a i r e référence aux «codes de ment des pièces où la cadence
classification des éléments maté- est imposée par le mode de
riels des accidents» (arrêté du 10 rémunération ou le t e m p s
Octobre 1974). alloué pour chaque opération
élémentaire».
(29) En application de l'article L. 498
du Code de la Sécurité Sociale, (37) Cette carte n'est à réaliser que par
les établissements qui ont une ré-
(30) Il est possible de remplacer cet ponse non nulle à l'indicateur pré-
indicateur par la somme des heu- cédent.
res travaillées durant l'année.
(38) Article 70-3, d) du décret du 29 Dé-
(31) Au sens des dispositions introduites cembre 1945 modifié par le décret
dans le Code du Travail et le Code du 10 Mai 1976: «sont considérés
Rural par la loi n.° 76-057 du comme travaux au four, les tra-
16 Juillet 1976 instituant un repos vaux exposent de façon habituelle
compensateur en matière d'heures et régulière à une forte chaleur
supplémentaires de travail, ambiante ou rayonnante résultant
de l'utilisation d'un traitement ther-
(32) Au sens de l'article L. 212-4-1 du mique, d'un processus de cuisson,
Code du Travail. de la transformation de produits en
état de fusion, d'ignition ou d'in-
(33) Au sens de l'article I. 212-4-2 du candescence ou de la production
Code du Travail, d'énergie thermique».
(34) Cet indicateur peut être calculé sur
la dernière période de référence, (39) Article 70-3, e) du décret du 29
Décembre 1949 modifié par le dé-
(35) Préciser, le cas échéant, les condi- cret du 10 Mai 1976: sont consi-
dérée comme travaux exposant aux
tions restrictives. intempéries sur les chantiers, les
travaux soumis au régime d'inde-
(36) Article 70-3, c) du décret du 29 Dé- mnisation d é f i n i s aux articles
cembre 1945 modifié par celui du L. 371-1 et suivants du Code de
10 Mai 1976: «sont c o n s ï d é r é s Travail ainsi que les travaux effec-
comme travaux à la chaîne: tués de façon habituelle et régu-
lière sur les chantiers souterrains
«les travaux effectués dans une ou subaquatïques, ou en plein air sur
organisation comportant un dis- les constructions et ouvrages, les
positif automatique d'avance- aires de stockage et de manuten-
ment à cadence constante des tion»,
pièces en cours de fabrication
ou de montage en vue de la
réalisation d'opérations élé- (40) Renseignements t i r é s du raport
mentaires et successives aux annuel du m é d e c i n du travail
différents postes de travail; (arrêté du 10 Décembre 1971).
34 -
(41) Pour l'explication de ces expé- (4G) On entend par réunion du per-
riences de l'article L. 437-1, ali- sonnel, les réunions régulières de
néa 2 du Code du Travail, donner concertation, concernant les rela-
le nombre de salariés concernés. tions et conditions de travail orga-
nisées par l'entreprise.
(42) Non compris l'évaluation des dé-
penses en matière d'hygiène et de (47) Préciser leur périodicité.
sécurité,
(48) Avec indication de la nature du
différent et, le cas échéant, de la
(43) Renseignements tirés du rapport solution qui y a mis fin.
annuel du médecin du travail (ar-
rêté du 10 Décembre 1971). (49) Dépenses consolidées de l'entre-
prise. La répartition est indiqués
(44) Conformément à la déclaration ici à titre d'exemple.
annuelle des employeurs n,° 2483
relative au financement de la for- (50) Versements directs ou par l'inter-
mation professionnelle continue. médiaire d'assurances.
(45) Au sens de l'article L. 451-1 du (51) Versements directs ou par l'inter-
Code du Travail. médiaire d'assurances.
(8) Citado por John Humble, L'Audit Social, Dalloz, Paris, 1975, p. 46.
- 35
(9) Trevor GAMBLING, Societal Accounting, George Allen & Unwin, 1974, p. 9.
(10) «Jornal de Notícias» 15/5/77.
(11) Pierre SUDREAU, La Reforme de l'Entreprise, Union Générale d'Éditions,
Paris, 1975, p, 53.
(12) Pierre SUDREAU, ob cit., p. 71.
(13) Serge BLIND.Bilon Social et Mesure du Rôle Social de l'Entreprise, Éditions
d'Organisation, Paris, 1977, p. 13.
(14) OCDE.Lisie des Préocupations Sociales, Paris, 1973, p. 10.
(15) AFCOD, Les ratios sociaux, Éditions d'Organization, Paris, 1978.
(16) Semanário «O Tempo» de 13/6/1979.
(17) Edmond MARQUES, Bilan Social, Dalloz, Paris, 1978, p. 34,
(18) AFCOD.Les ratios sociaux, Les Éditions d'Organization, Paris, 1978, p. 12.
(19) John HUMBLE, L'Audit Social, Dalloz, Paris, 1975, p. 22.
36 -
ACABOU DE IMPR1MIR-S! NO CENTRO
GRÁFICO — V, N. DE FAMALICÃO,
— EM JANEIRO DE 1 9 8 0 —