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Farmacologia

II
Vasodilatadores Coronarianos
Cardiopatia Isquêmica
A angina constitui o principal sintoma da cardiopatia
isquêmica e reflete um desequilíbrio entre suprimento e
demanda de oxigênio para o miocárdio.
A angina de peito pode ter um padrão estável ou
instável. Na angina típica temos uma estenose aterosclerótica
da coronária e nisto se impões um consumo maior de
oxigênio.
Na angina variante (Prinzmetal) temos um espasmo da
coronária levando a uma diminuição abrupta do fluxo.
Vasodilatadores Coronarianos
Cardiopatia Isquêmica
Na angina instável o padrão será a ruptura de uma
placa de aterosclerose com adesão plaquetária e conseqüente
diminuição do fluxo. Neste contexto teremos placas mais
delgadas, portanto, mais propensas a ruptura.
A isquemia miocárdica entretanto pode ser silenciosa,
ou seja, passível de comprovação eletrocardiográfica más com
sintomas sutis.
Desta forma veremos os principais fármacos usados
neste caso que são: nitrovasodilatadores.
Vasodilatadores Coronarianos
Ainda temos como eficientes no tratamento desta
patologia os Antagonista β-adrenérgicos, Antagonistas dos
Canais de Ca²+, Antiplaquetários e Estatinas.
A terapêutica da angina estável consiste em reduzir a
demanda de O2 (↓FC, ↓Contratilidade e/ou tensão da parede).
Na angina instável o objetivo principal será aumentar o
fluxo sangüíneo da coronária (antiplaquetários, heparina,
stents ou ponte safenas).
Na angina variante o objetivo central é evitar o
espasmo coronariano.
Vasodilatadores Coronarianos
Os agentes antianginosos podem ser usados no
tratamento sintomático e profilático.
Os β-adrenérgicos bem como as estatinas reduzem a
incidência de mortalidade.
O AAS é usado rotineiramente na isquemia miocárdica
e isto diminui a incidência de eventos clínicos.
Pacientes submetidos a revascularização com Stent
tem uma melhor sobrevida com o uso de antiplaquetários orais
como o clopidogrel ou endovenosos como abciximabe, a
tirofibana e a eptifibatida.
Vasodilatadores Coronarianos
Nitratos Orgânicos
A nitrogliceria foi sintetizada em 1846 por Sobrero.
Em 1857 Lauder Brunton utilizou nitrito de amila para tratar
dor angionosa por via inalatória.
William Murrell dediziu que a nitrogliceria imitaria o
efeito do nitrito de amila e estabeleceu o uso SL para ataque
de angina aguda.
Os nitratos orgânicos são ésteres polióis do ácido
nítrico. Quando de baixo peso molecular serão líquidos
(nitroglicerina) e de alto peso sólidos (dinitrato de isossorbida,
mononitrato de isossorbida).
Vasodilatadores Coronarianos
Na fórmula pura (sem carreadores inertes tais como a
lactose) a nitroglicerina é explosiva.
Tanto os Nitratos como os Nitritos orgânicos são
denominados em conjunto nitrovasodilatadores. Devem ser
metabolizados (reduzidos) para produzir Óxido Nítrico que é
o princípio ativo dessa classe terapêutica.
Nitratos orgânicos são pró-fármacos que servem como
fonte de óxido nítrico. Como resultado teremos um aumento
do GMP cíclico intrecelular.
Vasodilatadores Coronarianos
Propriedades Farmacológicas
Os nitratos, nitritos e outras substância que contenham
óxido de nitrogênio levam a formação do radical livre reativo
de Óxido Nítrico.
No músculo liso o resultado final consiste na redução
da fosforilação da cadeia leve de miosina, diminuição da
concentração de Ca²+ no citosol e relaxamento.
Os efeitos farmacológicos e bioquímicos dos
nitrovasculares parecem ser idênticos aos de um derivado do
endotélio que hoje sabemos ser o óxido nítrico.
Vasodilatadores Coronarianos
Efeitos Cardiovasculares
Seus efeitos hemodinâmicos são decorrentes do
relaxamento do músculo liso vascular.
A nitroglicerina em doses baixas dilata
preferencialmente a veias isto contribui para diminuir a
pressão diastólica final. A pressão arterial sistêmica pode
sofrer pequena queda e a FC pode ter leve incremento.
Em dose altas podem induzir a queda da resistência
vascular periférica bem como do DC.
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Absorção, distribuição e excreção
Nitroglicerina: níveis plasmáticos máximos em 4min,
meia-vida de 1-3 min, início de ação muito rápido e seu
metabólito (dinitrito) é também vasodilatador.
Dinitrato de Isossorbida: níveis plasmáticos máximos
em 6 min (SL), meia-vida de 45 min.
5-mononitrato de Isossorbida: não sofre
metabilização significativa na primeira passagem e tem boa
biodisponibilidade na via oral.
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