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Apostila GAV 2002
Apostila GAV 2002
1. VETORES
1.1 Definições.
• 50 kg de massa;
• 30 minutos;
• 15 m de comprimento.
Grandezas vetoriais.
30° x
v (10 m/s)
s
A direção de um segmento orientado é dada pela sua reta suporte, isto é, pela reta
que contém os pontos que o define ou por qualquer reta paralela a ela.
O sentido de um segmento orientado é definido pela orientação do ponto origem
para o ponto extremidade ou pela seta na sua representação geométrica.
O comprimento de um segmento orientado é a medida do segmento geométrico
que vai desde o ponto origem até o ponto extremidade. Exemplo:
A B
10 cm
D
B
C
E F
A
G H
D
H
B
F
C
A
G
E
1.1.3 Vetor
Exemplo 1.2:
B AB
v
r
A
v →
AB
Vetores iguais - Dois vetores AB e CD são iguais se, e somente se (A,B) ∼ (C,D) ou seja:
D
B
C
A
r
Vetor unitário - é o vetor cuja norma é igual à unidade, ou seja, se u é unitário então
r
u = 1.
r
Versor - de um vetor v não nulo é o vetor unitário com mesma direção e mesmo sentido
r
que v ou seja
r
r v
evr = v$ = r ⇒ v = |v| ev
v
B
A
ev v =5ev
u
θ v
A
u+v
B
r r 2 r 2 r 2 r r
|| u + v || = || u || + || v || - 2 || u || || v || cos θ
r r
Regra do Paralelogramo para a Adição de Vetores. - Sejam os vetores u e v dados por
r r
seus representantes (A,D) e (A,B), respectivamente, então a soma u + v é dada pelo
representante (A,C), como pode ser visto na figura abaixo.
u
θ
A
φ
u+v
C
v
B
r r 2 r 2 r 2 r r
|| u + v || = || u || + || v || + 2 || u || || v || cos φ
Obs: Lembrar que θ + φ = π = 180°
Subtração de vetores
d)
a)
u
u
60° 120°
v
v
================= =================
b) e)
u
120° u
60°
v
=================
v
=================
c)
f)
u
u
v
90° =================
v
g)
v
u
=================
r r
escalar α pelo vetor v é a operação “externa” em V que a cada escalar α e a cada vetor v
3
r
associa um vetor α v tal que:
r r r r
1) Se α =0 ou v = 0 , então α v = 0 (por definição).
r r r
2) Se α ≠ 0 e v ≠ 0 , então α v é caracterizado por:
r r
a) α v é paralelo a v .
r r
b) α v e v tem mesmo sentido se α > 0 e sentidos contrários de α < 0 .
r r r
c) α v = α v , isto é, a norma de α v é igual ao produto do módulo de α
r
pela norma de v .
v
P
r r
OBS.: P − v é a soma de P com o inverso de v . Também, como conseqüência dessa
operação, um vetor pode ser definido como diferença de dois pontos ou seja
r
v = Q−P .
Exercícios propostos
r r r r
1.4.1.Sejam os vetores u e v quaisquer. Represente graficamente u+v
a) Usando a regra do triângulo.
b) Usando a regra do paralelogramo.
1.4.2.Demonstre graficamente a propriedade comutativa da adição de vetores ou seja
mostre
r r quer r
u + v = v + u.
r r r
1.4.3. Seja o vetor u qualquer. Represente graficamente v = 2u .
1.4.4. Sejam os vetores u e v quaisquer. Represente graficamente a adição 2 ur − 3 vr .
Explique a operação.
1.4.5. Demonstre que o segmento que une os pontos M e N que dividem os lados AC e CB
em segmentos de tamanhos 1/3 e 2/3, é igual a 2/3 da medida da base, isto é, prove
que
MN = 23 AB .
M
N
A
B
=======================
A X B
Solução:
XC = XA + AC
XC = XB + BC
2 XC = 0 + AC + BC ⇒ XC = ½ AC + ½ BC, Q.E.D.
==========================
r r
1.4.7 .Seja o vetor u de norma igual a 3 cm e o vetor v de norma igual a 4 cm, sabendo que
r r
o ângulo entre eles é de 90°, represente graficamente u + v
a) Usando a regra do triângulo.
b) Usando a regra do paralelogramo.
r r r r
1.4.8. Dados os vetores u e v abaixo obtenha a soma 3u + 2 v .
========================
1.4.9 . Demonstre que o segmento que une os pontos médios dos lados não paralelos de um
trapézio é igual a semi-soma das medidas das bases, isto é, prove que
MN = 12 ( AB + DC ) .
C D
M N
A B
Solução:
AB = AD + DC + CD
MN = MD + DC + CN = ½ AD + DC + ½ CB = ½ AD + ½ DC + ½ CD + ½ DC
MN = 12 ( AB + DC ) , q.e.d.
=============================
r r r r
α 1 v1 + α 2 v2 + L + α n vn = 0
implicar em que a única solução seja α 1 = α 2 = L = α n = 0 . No caso em que exista
r r
algum α i ≠ 0 diz-se que {v1 ,v2 ,L , vn } é linearmente dependente (LD), ou que os
r r r
vetores v1 , v2 L , vn são LD.
r r
Teorema 1: { v1 ,L , vn } é LD se , e somente se um destes vetores for combinação linear
dos outros, isto é, se existe pelo menos um valor α i ≠ 0 tal que
r r r r r
α 1 v1 + α 2 v2 +Lα i vi + L + α n v n = 0
ou
r 1 r r r r r
vi = (α 1 v1 + α 2 v2 +L + α i −1 vi −1 + α i +1 vi +1 + L + α n vn )
αi
rr
Corolário 1.1 Os vetores u ,v ∈V 3 são linearmente dependentes se, e somente se, existir
r r r r
um número real α tal que u = α v ou se existir um número real β tal que v = β u
.
r r
Corolário 1.2 Se os vetores u , v ∈V 3 são linearmente independentes e se os vetores
r r r r
u , v , w ∈V 3 são linearmente dependentes, então w é combinação linear de
r r r r r
u e v , isto é, existem escalares α e β tais que w = α u + β v .
rr r
Corolário 1.3 Se os vetores u ,v,w ∈V 3 são linearmente independentes, então todo vetor
r r r r r
x ∈V 3 é gerado pelos vetores u , v e w , isto é, para todo o vetor x ∈V 3 , existem
números reais α , β eγ tais que
r r r r
x = αu + β v + γ w
1.6 Base.
OBS.: A base “E” gera todos os vetores de V3 , isto é, qualquer vetor de V 3 é uma
r r r
combinação linear de e1 , e2 e e3 .Ou seja, existem escalares a 1 , a 2 , a 3 tais que
r r r r r
v = a1e1 + a 2 e2 + a3 v3 para qualquer vetor v .
3
Coordenadas do Vetor : Escolhida uma base “E” de V , fica associada univocamente a
r
cada vetor v um terno ordenado de escalares ( a 1 , a 2 , a 3 ) . Esse terno é
r
denominada “coordenadas do vetor v ” em relação a base “E”.
ou seja,
r r
u + v = (a1 ,a 2 ,a 3 ) E + (b1 ,b 2 ,b3 ) E = (a 1 + b1 , a 2 + b2 , a 3 + b3 ) E
r r
Exemplo: Calcule a soma dos vetores: u = (5, 2, 3) e v = (− 2,1, 4) .
Solução:
r r
u + v = (5 + ( −2 ), 2 + 1, 3 + 4 ) = (3, 3, 7 )
a1 a 2 a 3
= = = k (constante)
b1 b 2 b3
r r r
Teorema 5: Os vetores u = (a 1 , a 2 , a 3 ) E , v = (b1 , b 2 , b3 ) E e w = (c1 , c2 , c3 ) E são
linearmente independentes se, e somente se
a1 a2 a3
b1 b2 b3 ≠ 0
c1 c2 c3
Exemplos: Boulos pg 43: Resolvidos 1; 2; 3
Base ortonormal
r r r r r r
Definição: Uma base E = (e1 , e2 , e3 ) é ortonormal (ou canônica) se e1 , e2 e e3 são unitários e
ortogonais dois a dois.
r r r r r r r
Teorema 6: Se E = (e1 , e2 , e3 ) é uma base ortonormal, e se u = xe1 + y e2 + z e3 = ( x, y, z ) E ,
r
então a norma de u é dada por
r
u = x2 + y2 + z2
z
r
v
γ
r
k β
r r
i α j y
x
r
Os cossenos diretores do vetor v são dados pelas seguintes expressões:
x y z
cos α = , cos β = , cosγ =
x + y +z
2 2 2
x + y +z
2 2 2
x + y2 + z 2
2
Exercícios propostos.
1.6.1 . Represente graficamente as seguintes seqüências de vetores linearmente
Dependentes:
r r
a) u e v .
r r r
b) u , v e w.
1.6.2. Decida
r se os vetores r são LI ou LD nos casos abaixo:
a) u = (− 2,3,4 ), v = (4,− 6,8)
r r r
b) u = (1,2 ,1),v = (1,− 1,−7 ),w = ( 4,5,−4 )
r r r
1.6.3. Sendo u = (1,−7 , 3), v = (2, 1, 3), w = ( −5,−1, 4 ) , ache as coordenadas de
r r r
a) wr+ v +ru r
b) u + 3v − 2w
r r r r
1.6.4. Calcule u ., sendo E = (e1 , e2 , e3 ) uma base ortonormal, nos casos:
r r r r
a) u = 6e1 − 2e2 − 4 e3
r
b) u = (7,0,−5)
r r r r
1.6.5. Escreva z = (4 ,0,13) como combinação linear dos vetores u, v e w. , Sendo
r r r
u = (1, −1,3), v = ( 2,1, 3), w = ( −1,− 1,4) .
1.6.6. Achar os vetores unitários eu e ev , respectivamente paralelos aos vetores de base
r r
ortonormal u = (1,− 3, 1) e v = ( −3, 3, 3) .
r r r
1.6.7. Sejam os vetores u = (1, 2, 2), v = (m − 1, 1, m − 2) e w = (m + 1, m − 1, 2 ). Determine “m”
r r r
para que ( u , v , w) , seja LD.
1.6.8 . Verifique se são ortogonais os vetores nos seguintes casos:
r r
a ) u = (1, 2 , 0) e v = (2 , − 1, 5)
r r
b ) x = (4 ,1, 3) e y = (0, − 3,1)
r
1.6.9. Determine os valores de m para que o vetor v = (m, 2 m, 5m) expresso em uma base
ortonormal, seja um vetor unitário.
r r r
1.6.10. Sendo E = (e1 , e2 , e3 ) uma base ortonormal, exprima os vetores abaixo como
combinação linear dos vetores da base E.
r r
a ) u = (3, 2 , 1) b) v = (2 ,− 1, 3)
r r
c) x = ( 4,−1,− 7 ) d ) y = (0 , 8, 13)
r r r
1.6.11. Verifique se as triplas de vetores (a , b , c ) formam uma base no espaço R3.
r r r
a = (3, 2,−1) a = (1, 1, 0) a = ( 2, 3, 1)
r r r
a) b = (1,− 1, 1) b) b = (1, 0, 1) c) b = (− 1,−1,1)
cr = (4 , 3, 0) cr = ( 0, 1, 1) cr = ( 4, 6, 2 )
r
1.6.12. Determine os valores de m para que o vetor v = (m, 6 , 0) tenha norma igual a 7.
r r r r
1.6.13. Determine um vetor paralelo ao vetor v = i + j + k com norma igual a 5, sendo
r r r
(i , j , k ) uma base ortonormal.
1.6.14. Ache os vetores paralelos aos vetores de base ortonormal
r r
u = (2, −3, 5) e v = (−3, 4 , 0) com normas iguais a 13 e 20 , respectivamente.
r
1.6.15. Calcule o vetor soma ( s ) nos seguintes casos:
r
a) s = (1, 3, 2 ) + 2 (1, 2, 0) − 5(3, 0,− 2)
r
b) s = (4, 1, 2) −7 (− 1, 2, 1) + 3(0, 5, 7 )+ 2 (9,− 3, 1)
1.6.16. Determine os valores de m e n para que sejam paralelos os vetores
r r
u = (m + 1, 3, 1) e v = (4, 2, 2 n − 1) .
3
1.6.17. As seqüências de vetores abaixo formam bases de V ? Explique.
r r r
a) u = (1,3,2 ), v = (1,2 ,0 ) e w = (3,0 ,0 )
r r r
b) u = (4,1,2), v = ( −1,2,1) e w = (0 ,5,7 )
c) u = (1, 0, 0); v = (0, 1, 0) e w = (0, 0, 1)
d) u = (1, 0, 0); v = (0, 1, 1)
r r r r
1.6.18. Escreva z = (−2, 2, 2) como combinação linear dos vetores u, v e w., Sendo
r r r
u = (−2, − 1, 1), v = (3, 0 , − 1), w = (1, 1, 0) .
r
1.6.19. Calcule os ângulos diretores do vetor v = (1, − 1, 3) .
2. PRODUTO DE VETORES
r r
Definição 2.1: Sejam os vetores não nulos u e v e sejam os pontos A, B e C tais que
r r
u = AB e v = AC (veja a figura abaixo). Seja θ a medida em radianos (graus) do
“ângulo BÂC” satisfazendo a restrição 0 ≤ θ ≤ π ( 0 ≤ θ ≤ 180° ) .
θ
A C
r
Então, o número θ é chamado medida em radianos (graus) do ângulo entre u e
r
v.
r r
Corolário 2.3 : Se as coordenadas dos vetores u = ( x1 , y1 , z1 ) e v = ( x2 , y2 , z3 ) se referem a
r r
uma baser ortonormal,
r então o produto escalar, u • v , pode ser dado por
u • v = x1 x2 + y1 y2 + z1 z2
Demonstração:
r r r r
u • v = u v cosθ
r r r r r r
|| u + v || = || u || + || v || - 2 || u || || v || cos θ
2 2 2
r r r 2 r 2 r r 2
|| u || || v || cos θ = ½ (|| u || + || v || - || u + v || )
r r
u • v = x1 x2 + y1 y2 + z1 z2 , q.e.d.
r r r r
Corolário 2.4: Se u ≠ 0 e v ≠ 0 , então da Definição 2.2 vem:
r r ur • vr
u •v
cos θ = r r e θ = cos −1 r r
u v u v
r
Exemplo 2.1: Ache a medida em radianos do ângulo entre os vetores u = ( 2, 0, − 3) e
r
v = (1, 1, 1) .
r r
Solução: Para obter-se o valor de θ , precisa-se calcular primeiro o produto interno u • v e
r r
as normas de u e de v .
r r
u • v = (2 ,0 , −3) ⋅ (1,1,1) = 2 .1 + 0. 1 + (−3).1 = 2 + 0 − 3 = −1
r
u = 2 2 + 0 2 + (−3) 2 = 13
r
v = 1 2 + 12 + 12 = 3
Substituindo na fórmula do θ vem:
r r
−1 u • v −1 1
θ = cos r r = cos −1 = cos −1 − .
u v 13 3 39
θ = 99,21° = 1,73 rd
θ
uv v
Exercícios propostos.
r r r
2.1.1. Seja a base ortonormal ( i , j , k ). Verifique se são ortogonais os vetores nos seguintes
casos: r
r r r r r r
a) u = i + 2 j e v = 2i − j + 5 k
r r r r r r r
b) u = 4i + j + 3k e v = −3 j + k
r r
2.1.2. Ache a medida (em graus e em radianos) do ângulo entre u e v nos casos abaixo.
r r
a) u = (1, 0, 1), v = ( −2, 10 , 2)
r r
b) u = (3, 3, 0 ), v = (2, 1, − 2)
r r
c) u = (1, 1, 4 ) e v = ( −1, 2, 2 )
r r
2.1.3. Ache x de modo que u ⊥ v nos casos abaixo.
r r
a) u = ( x, 0, 3), v = (1, x, 3)
r r
b) u = ( x, x , 4 ), v = (4, x , 1)
r r
c)u = (x ,−1, 4), v = (x ,−3, 1)
r r
2.1.4. Ache a projeção do vetor w na direção de v nos casos:
r r
a) w = (1, − 1, 2 ), v = (3, − 1, 1)
r r
b) w = (−1, 1, 1), v = ( −2, 1, 2 )
r r
c) w = (2, 2 , 0), v = (3, 1, 3) .
V =P X Q
θ
P
-V = Q X P
Exemplo:
U = 2 V1
V1=40m
30°
V2=50N
• Produto de escalar por vetor: U = 2 V1
•
o
Produto escalar:W=V1 .V 2=V2 .V 1=40X50Xcos(30 )=1732,05N.m= 1732,05 J
• Produto vetorial:
a) P = V1 X V 2
o
/P/ = 40 X 50 X sen(30 )
r r r r
Corolário 2.6: Sejam os vetores u e v de V 3 e sejam u = ( x1 , y1 , z1 ) e v = ( x2 , y 2 , z2 )
r r r
definidos numa base ortonormal positiva (i , j , k ) . Então, o produto vetorial(ou
r r
externo) de u e v é dado por:
r r r
i j k
r r y z1 r x1 z1 r x1 y1 r
u × v = x1 y1 z1 = 1 i − j+ k
y2 z2 x2 z2 x2 y2
x2 y2 z2
ou
r r r r r
u × v = ( y1 z2 − z1 y2 ) i − ( x1 z2 − z1 x2 ) j + ( x1 y2 − y1 x2 ) k
r r r r r r r r
O vetor u × v é ortogonal aos vetores u e v de tal modo que (u , v , u × v ) formam
uma base positiva de V 3 (destrógiro). Veja a figura abaixo.
r r
u×v
r
v
θ
r
u
D C
r
v r
θ h = v sen θ
A B
r
u
r r r r
Área do paralelogramo ABCD = u v senθ = u × v
Exercícios propostos.
r r r r
2.2.1. Calcule o produto vetorial u × v e v × u nos casos abaixo.
r r
a) u = (6 , − 2 , − 4),v = ( −1, − 2,1)
r r
b) u = (7, 0, − 5), v = (1, 2, − 1)
2.2.2. Calcule a área do paralelogramo ABCD, sendo AB = (1,1,-1) e AD = (2,1,4)
r r r r r r
Definição 2.7: Sejam os vetores u , v , w de V 3 . Denomina-se produto misto de u , v , w ao
r r r r r r
número real [u , v , w] = u × v • w .
r r r
Teorema 2.4: Seja (i , j , k ) uma base ortonormal positiva, relativamente à qual
r r r r r r
u = ( x1 , y1 , z1 ), v = ( x 2 , y2 , z 2 ) e w = ( x3 , y3 , z3 ) , então o produto misto de u , v , w
é dado por:
x1 y1 z1
r r r
[u , v , w] = x 2 y2 z2
x3 y3 z3
r r r
O módulo do produto misto u × v • w é igual ao volume do paralelepípedo de arestas
r r r
determinadas pelas vetores u , v e w conforme exibido na figura abaixo.
r r
u×v
r
θ w
h
r
v
r
u
Volume do Paralelepípedo = S X h
r r r
Onde, θ é a medida do ângulo entre os vetores u × v e w .
Exercícios propostos.
r r r
(u × v ) × w
r
w
r r
u v
r r r r r
Como os vetores ( u × v ) × w , u e v são coplanares , implica que eles são LD, então
pode-se escrever qualquer um deles como combinação linear dos outros dois. Assim, pode-
r r
se expressar o duplo produto vetorial como combinação linear dos vetores u e v ou seja
r r r r r
(u × v ) × w = λ u + µ v .
r r r
Tomando-se uma base ortonormal positiva, ( i , j , k ) , após algumas manipulações
algébricas determinam-se os valores dos parâmetros λ e µ em função dos vetores
r r r
u , v e w , resultando em
r r r r r r r r r
(u × v ) × w = −(v • w)u + (u • w) v
Como o produto vetorial não é associativo, então refazendo todos os cálculos para
r r r
u × (v × w) , resulta
r r r r r r r r r
u × (v × w ) = (u • w )v − (u • v ) w
r r r
Exemplo 2.1: Sejam os vetores u = (3, − 2 , − 6), v = (2 , − 1, 0) e w = (1, 3, 4 ) . Calcule o duplo
r r r
produto vetorial, u × (v × w) .
Solução:
r r r r r r r r r
u × (v × w) = (u • w)v − (u • v ) w
r r
( u • w) = (3, − 2 , − 6 ) • (1, 3, 4 ) = 3 − 6 − 24 = −27
r r
( u • v ) = (3, − 2, − 6) • (2 , − 1, 0) = 6 + 2 + 0 = 8
r r r r r
u × (v × w) = −27 v − 8 w = ( −54 , 27 , 0) + (−8, − 24 , − 32 ) = (−62 , 3, − 32 )
Exercícios propostos.
r r r
2.4.1. Dados os vetores u = ( 2, −1, 1), v = (1, −1, 0 ) e w = ( −1, 2, 2), calcular :
r r r
a) ( u × v ) × w
r r r
b) u × (v × w)
3. Geometria Analítica
C
r
e3
O B
r
e2 eixo das ordenadas (y)
r
A e1
donde vem
( x , y, z) = ( x0 + λ a , y 0 + λ b, z0 + λ c)
ou
x = x0 + λ a
y = y0 + λ b e λ ∈R (2)
z = z +λ c
0
X = A + λ AB ∴ ( x, y, z) = ( x1 , y1 , z1 ) + λ ( x2 − x1 , y2 − y1 , z2 − z1 )
ou
x = x1 + λ ( x2 − x1 )
y = y1 + λ ( y2 − y1 ) e λ ∈R (3)
z = z + λ (z − z )
1 2 1
Exercícios propostos.
3.2.1. Escreva as equações vetorial e paramétricas da reta r que passa pelos pontos
A = (4, 1, 2) e B = (3, 2, 3) .
3.2.2 . Escreva as equações
r paramétricas da reta r que passa pelo ponto A=(4, 0,-3) e é
paralela ao vetor u = (2,4,5) .
3.2.3. Dada a reta r: X = (1,0,0) + λ(1, 1, 1) e os pontos A = (1,1,1), B = (0, 0, 1), ache o
ponto de r equidistante de A e B.
3.2.4. Determinar as equações d as seguintes retas:
a) reta que passa por A = (1, -2, 4) e é paralela ao eixo dos x;
b) reta que passa por B = (2,3,4) e é ortogonal ao mesmo tempo aos eixos dos x e
dos y.
3.2.5. Dados A = (0, 2, 1), r: X = (0, 2 -2) + λ(1, -1, 2), ache os pontos de r que distam
2(duas) unidades de comprimento do ponto A.
AX •X
π A•
r
v
r
α u
r r
A equação (1) é denominada Equação Vetorial do plano π . Os vetores u e v são
chamados Vetores Diretores do plano π .
Se A, B e C são pontos distintos e não colineares de π , pode-se tomar como vetores
r r
diretores de π u = AB e v = AC e então uma equação vetorial do plano π pode ser escrita
como segue
X = A + λ AB + µ AC onde λ , µ ∈ R (2)
ou
x = x0 + λ a + µ m
y = y0 + λ b + µ n e λ, µ ∈ R (3)
z = z + λ c+ µ p
0
Ou seja, desenvolvendo por Laplace esse determinante relativamente a primeira linha, se,
somentes se,
s t r t r s
( x − x0 ) − ( y − y0) + ( z − z0 ) =0
n p m p m n
donde
s t r t r s s t r t r s
x −y +z − x0 + y0 − z0 =0
n p m p m n n p m p m n
ou ainda
ax + by + cz + d = 0 (5)
onde
s t t r r s
a= , b= , c=
n p p m m n
s t t r r s
d = − x0 − y0 − z0
n p p m m n
Exercícios propostos.
3.3.1. Escreva equações vetorial e paramétricas para o plano π que passa pelos pontos
A=(1,0,1), B=(2, 1,-1) e C=(1,-1,0).
3.3.2. Obtenha a equação geral do plano que passa pelos pontos A = (1,0,1),
B = (2, 1,-1) e C = (1, -1, 0) .
3.3.3. Obtenha as equações gerais dos planos π descritos abaixo:
a) π passa por A = (1, 0, 1) e B = (0, 1, -1) e é paralelo ao segmento CD , onde
C = (1, 2, 1) e D = (0, 1, 0).
b) π passa pelos pontos A = (1, 0, 2) , B = (-1, 1, 3) e C = (3, -1, 1).
3.3.4. Escreva as equações vetorial e paramétricas do plano que passa pelos pontos
A = (-3, 1, -2) e B = (-1, 2, 1) e é paralelo à reta s: X = (-1, 2, 0) + λ(1, 3, 1).
3.3.5. Escreva as equações vetorial e paramétricas do plano que r passa pelos pontos
r r
A = (-3, 1, -2) e B = (-1, 2, 1) e é paralelo ao vetor v = 2i − 3 k .
•
A
A equação (6) é uma equação geral do plano π , tendo como coeficientes das
variáveis x, y e z as coordenadas do vetor normal ao plano na ordem correspondente.
Exemplo 3.2: Obtenha uma equação geral do plano que passa pelo ponto A = (0, 2, 1) e
r
tem um vetor normal n = (−1, 3, 2) .
Solução:
Lembrando que na equação (6) os coeficientes a, b, c de x, y e z são , na ordem
correspondente, os coordenadas do vetor normal ao plano π , então tem-se:
a = -1,
b = 3,
c = 2.
E x0 , y0 , z0 são as coordenadas de um ponto A do plano π , então tem-se:
x0 = 0,
y 0 = 2,
z 0 = 1.
Logo, substituindo-se em (6), a equação geral do plano pedida é a seguinte:
d = −( −1) × 0 − 3 × 2 − 2 × 1 = 0 − 6 − 2 = −8
− x + 3y + 2z − 8 = 0
a b c
r r
m n p = 0 e (u , v ) são LI .
x2 − x1 y 2 − y1 z2 − z1
r r
Das equações vetoriais de r e s acima, obtém-se que u = (0,1,3) e v = (0,2 , 6) são,
respectivamente, vetores diretores de r e s. Donde, por inspeção, obtém-se:
r r
v = 2u
Logo, r e s são paralelas.
1. A reta r está contida no plano π se, e somente se, r ∩ π contiver infinitos pontos;
2. A reta r é paralela ao plano π se, e somente se, r ∩ π for o conjunto vazio;
3. A reta r é transversal ao plano π se, e somente se, r ∩ π contiver um único ponto.
Para se equacionar este problema, assuma as seguintes equações da reta e do plano:
r : X = ( x 0 , y0 , z0 ) + λ (m, n, p )
π : ax + by + cz + d = 0
Tomando-se as equações paramétricas da reta r , obtém-se, então, o seguinte sistema de
quatro equações lineares nas incógnitas x, y, z e λ :
x = x 0 + mλ
y = y 0 + nλ
z = z0 + pλ
ax + by + cz + d = 0
ou equivalentemente;
1 .x + 0 y + 0 z − mλ − x0 = 0
0 x + 1. y + 0 z − nλ − y = 0
0
0 x + 0 y + 1 . z − pλ − z 0 = 0
ax + by + cz + 0λ + d = 0
Pela regra de Cramer, sabe-se que este sistema tem solução única se, e somente se:
1 0 0 −m
0 1 0 −n
≠0
0 0 1 −p
a b c 0
e calculando o determinante, resulta:
ma + nb + pc ≠ 0 .
Portanto, essa é a condição para a reta r ser transversal ao plano π . E, por outro lado, a
condição para a reta r ser paralela a π é:
ma + nb + pc = 0 .
Para verificar se a reta r está contida em π , basta tomar um ponto de r e substituí-lo na
equação do plano π . Se o ponto satisfaz a equação, então a reta r está contida em π , caso
contrário a reta r é paralela a π .
Exemplo 3.4: Determine o valor de α para que a reta r : X = (2,1,-3) + λ (1,1,-2) seja
paralela ao plano π : α x+y+2z -1=0
Solução: Examinando as equações da reta r e do plano π , verifica-se que um dos vetores
r r
diretores da reta r é v = (1, 1, −2) e um vetor normal ao plano π é n = (α , 1, 2) ,
então, pode-se escrever:
1× α + 1 × 1 − 2 × 2 = 0 ∴ α = 3
Exercícios propostos
3.4.1. Estude a posição relativa das retas r e s nos seguintes casos:
y+z=3
a) r : X = (1, − 1, 1) + λ (−2 , 1, − 1) s:
x + y − z = 6
x +1 y z +1
b) r : = = s : (0, 0, 0 ) + λ (1, 2, 0)
2 3 2
3.4.2. Estude a posição relativa da reta r e do plano π nos seguintes casos:
a) r : (1, 1, 0 ) + λ (0, 1, 1) π :x− y− z = 2
x −1
b) r : = y=z π : X = (3, 0 , 1) + λ (1, 0, 1) + µ (2, 2, 0 )
2
3.4.3. Estude a posição relativa dos planos π 1 e π 2 nos seguintes casos:
π 1 : (1, 1, 1) + λ (0, 1, 1) + µ (− 1, 2, 1)
a)
π 2 : (1, 0, 0 ) + λ (1, − 1, 0 ) + µ (−1, − 1, − 2 )
π 1 : 2 x − y + 2z − 1 = 0
b)
π 2 : 4 x − 2 y + 4 z = 0
3.5. Distâncias.
•
M
Porém, existe um outro processo no qual não é necessário se determinar M. O resultado
desse processo pode se estabelecida pela seguintes definição:
r
Definição 3.3: Sejam v um vetor diretor de r e A um ponto qualquer de r , então, pode-se
provar que a distância d(P, r) de P a r pode ser obtida por:
r
AP × v
d (P, r ) = h = r
v
Exemplo 3.6: Calcule a distância do ponto P = (1, 1, -1) à reta r: (-1, -2, -3) +λ(1, 1, 2).
Solução:
r
Da equação da reta, vem A = (-1, -2, -3) e v = (1, 1, 2 ) e então AP = (2, 3, 2).
Substituindo-se na fórmula da distância, vem:
(2 , 3, 2 ) × (1, 1, 2 ) ( 4, − 2, − 1) 14
d (P, r ) = = =
(1, 1, 2) 6 2
EXERCÍCIO