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   (D. Pedro),    manifesta a
necessidade de
       !    


 "
͞[͙] E yso mesmo de as leys e ordenações do reyno serem proujdas e atituladas cada
hua daquelo a que pertence. E se antre elas forem achadas alguas que já fosem
reougadas, que as tyrem, pois que delas não hão dusar; e as boas ordenações se
gardasem nas cousas sobre que são feytas.͟ 1

in Paulo Ferreira da CUNHA, Política Mínima ʹ Introdução Histórica ao Direito


Constitucional, Coimbra, Almedina, 2006, p. 23 (adaptado)

Perante este trecho, podemos concluir que o Infante D. Pedro se revela


um precursor da m m   m
       ,
apresentando uma proposta de    m   m  
  , isto é, nas palavras de Mário Júlio de Almeida Costa, sugere ͞a
formulação directa das normas sem referência às suas eventuais fontes
precedentes͟ 3. Revelava-se urgente compilar o direito régio, demarcar o
seu campo de aplicação, quando se encontra em conflito com os outros
ordenamentos jurídicos, e estabelecer uma hierarquia destes últimos
sempre que se verifique a ausência de norma nacional.

1
Cf. a transcrição do documento em Artur MOREIRA DE SÁ ʹ A ͞Carta de Bruges͟ do Infante D. Pedro, in
͞Biblos͟, XXXVIII, Coimbra, 1952.
2
Da mesma opinião, Nuno Espinosa GOMES DA SILVA ʹ História do Direito Português, I, Fontes de
Direito, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1985, p. 190.
3
Mário Júlio de ALMEIDA COSTA ʹ História do Direito Português, Almedina, 4.ª edição, 2009, p. 307.

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