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IMPORTANTE:
INTRODUÇÃO À HISTÓRIA
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
CONCEITO DE HISTÓRIA
“História é a ciência que estuda as ações e as realizações dos homens, desde
seu surgimento até hoje”. Ela nos permite compreender o momento em que vivemos,
pois revela de que maneira as sociedades se transformaram e deram origem ao
mundo atual.
A HISTÓRIA E O TEMPO
Para você entender o que aconteceu na história, é preciso
saber o que veio antes e o que veio depois. Lembra-se da historinha?
Assim, os homens criaram o calendário, de acordo com
acontecimentos que julgavam importantes em sua História. No calendário judeu, por
exemplo, conta-se o tempo a partir do êxodo - saída dos judeus do Egito. Já os
cristãos, contam o tempo a partir do nascimento de Jesus Cristo.
Nós adotamos o calendário cristão, onde o ano 1 refere-se ao nascimento
de Jesus Cristo. As datas anteriores ao nascimento levam as iniciais a.C. (antes de
Cristo) e as datas posteriores, d.C. (depois de Cristo).
Vale dizer que, para as datas posteriores, convencionou-se usar somente as
datas sem as iniciais.
O calendário cristão é também seguido atualmente, na maioria dos países.
Pré-história
História
. Idade Antiga – inicio cerca de 4.000 a.C., até a queda do Império Romano em 476;
. Idade Média – de 476 (século V), até a queda de Constantinopla em 1.453 (século XV);
. Idade Moderna – do séc. XV até o XVIII - inicio da Revolução Francesa, em 1.789;
. Idade Contemporânea – se iniciou no século XVIII e prossegue até os dias atuais.
PRÉ-HISTÓRIA HISTÓRIA
Ano 1
1.453
5.000 a.C.
Nasce Queda
10.000 a .C Jesus Império Hoje
Bizantino
Cristo Oriente
476
Queda
Império
4.000 a.C. Romano
Aparecimento no
Invenção
das primeiras Ocidente 1.789
da
espécie Revolução
Escrita
humanas Francesa
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
Agora, depois dos conceitos que aprendeu, você vai iniciar o estudo da
EVOLUÇÃO DA HUMANIDADE.
A PRÉ-HISTÓRIA
Agora, você estudará em linhas gerais, a Pré-história – que é o estudo do
passado da humanidade antes da descoberta da escrita.
Veja então, as divisões da Pré-história e suas principais características:
1 - AS DIVISÕES DA PRÉ-HISTÓRIA
Para se proteger do frio, usava a pele dos animais que se alimentava. Durante
essa época, o homem era nômade, isto é, andava sempre à procura do lugar que
tivesse mais animais para caçar e mais frutos para coletar.
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
2 - A PRÉ-HISTÓRIA BRASILEIRA
Sim, o Brasil também teve Pré-história, só que ela não se encerrou com a
escrita, pois os índios e seus ancestrais não a conheceram. Eles não deixaram
nenhuma narrativa de seus hábitos e costumes.
Sua história tem que ser pesquisada de outro modo; tem que ser reconstruída
por arqueólogos. Por essa razão, estudiosos consideram que a Pré-história brasileira
vai até o “descobrimento”, isto é, até o ano de 1.500 com a chegada dos portugueses.
Para responder essa pergunta é necessário saber quando foi que o homem se
estabeleceu na América.
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
Bem, você viu de um modo geral, como teria ocorrido a ocupação humana na
América e que as sociedades que se formaram pelo vasto Continente Americano,
tiveram evolução diferenciada, ou seja, umas atingiram o estágio da civilização e
muitíssimas outras, continuaram no estágio paleolítico e neolítico (pré-história).
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
O território que hoje é o Brasil, era habitado por centenas de nações que
falavam línguas e dialetos diferentes. Esses povos apresentavam grandes diferenças
de desenvolvimento. Existiam os nômades e os que eram sedentários e agricultores.
Pintura rupestre da
Gruta do Boqueirão da Pedra
Furada - Piauí
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Será que foram dominados por outro povo mais rústico, exterminando
a antiga cultura?
Você sabia???
Muitas respostas ainda não temos
...que a cachoeira do Bairro da Chave, foi
à respeito dos povos pré-históricos denominada pelos indígenas de
brasileiros. Mas, não resta dúvida que, “buturantim”?
com a “colonização” houve uma Essa palavra significa
estagnação e até um retrocesso no “grande espuma branca” e deu origem
desenvolvimento das nações que aqui ao nome da nossa cidade – Votorantim.
viviam.
Lembra-se que a
História da Humanidade
foi dividida em
Pré-história e História?
SAIBA MAIS...
A região da Mesopotâmia é hoje o atual Iraque. A capital
iraquiana, Bagdá, localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates.
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1 – O EGITO ANTIGO
2 – A MESOPOTÂMIA ANTIGA
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É considerado o
mais destacado feito
jurídico
da Antigüidade.
3 – OS HEBREUS
Para facilitar o estudo do povo hebreu, usaremos a divisão das três grandes
fases: a dos patriarcas, juízes e a dos reis.
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Os judeus
voltaram à Palestina,
mas, a partir dessa época,
NÃO mais conseguiram
conquistar a autonomia
política, pois se tornaram
províncias de vários
Impérios.
Diáspora Hebraica
No ano 70 d.C.,
os hebreus O Muro das Lamentações é a única parede que restou do
revoltaram-se contra Templo de Jerusalém. Hoje faz parte de um muro maior que
o Império Romano, cerca 2 templos muçulmanos, o Domo da Rocha (direita) e a
mesquita Al-Aqsa. Por isso, já foi motivo de discórdia entre
devido a violenta árabes seguidores do islamismo e judeus.
tributação e Estes últimos mantêm o controle sobre o muro desde 1967,
opressão que quando o Estado de Israel dominou a cidade de Jerusalém.
sofriam.
A resposta foi a mais violenta possível: Jerusalém e o seu templo foram
destruídos pelos soldados romanos e os judeus foram expulsos da Palestina.
A partir de então, começaram a fugir para outras regiões, dando início a
dispersão dos judeus pelo mundo, ou seja, a Diáspora, que iria durar mais de 18
séculos e meio. Embora espalhados pelo mundo, muitos judeus continuaram
seguindo a religião judaica, mantendo hábitos e tradições comuns ao seu povo,
alimentando a esperança de fixar-se novamente na Palestina.
3 – A FENÍCIA e A PÉRSIA
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1 - CIVILIZAÇÃO GREGA
Uma civilização que nos deixou vasto legado cultural, nos mais variados campos.
Foi dos gregos que herdamos, por exemplo, os conceitos de
cidadania e democracia.
ESPARTA
Esparta localizava-se numa das planícies mais férteis da Grécia e isso
favoreceu o desenvolvimento da agricultura. Desde sua origem, Esparta foi
militarista e oligárquica. A camada dominante espartana era formada pelos
descendentes dos dórios, fundadores da pólis. Eram considerados os cidadãos
espartanos - os esparciatas. Conservavam para si os direitos de participação na vida
política e representavam apenas 20% da população espartana. Somente eles
ocupavam os cargos do governo.
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
ATENAS
A cidade de Atenas foi fundada pelos jônios. Apesar do solo pouco fértil, a
economia ateniense foi
essencialmente Pólis ateniense – no alto é a acrópole.
agrícola, nos primeiros
tempos.
A proximidade
com o mar e a
existência de bons
portos, favoreceu o
desenvolvimento do
comércio marítimo,
que se tornou mais
tarde, a atividade
econômica principal
dos atenienses.
Tornaram-se
excelentes marinheiros, chegando a dominar grande parte do comércio pelo
Mediterrâneo.
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Mulheres, estrangeiros e
até crianças têm direito
de participação e
voto nas assembléias
populares atuais.
Continuando...
Em Atenas, a educação
também iniciada aos 7 anos,
compreendia leitura, escrita,
ginástica, música e pintura.
Não existia aquela
preocupação com a formação de
um soldado, mas de um cidadão. O
objetivo da educação ateniense era
conscientizar os cidadãos da
liberdade individual e das
responsabilidades sociais no
contexto da democracia.
Em Atenas, o voto para a expulsão de um cidadão era escrito num
pedaço de argila chamado óstrakon (tinha
formato de uma ostra). Era condenado ao
ostracismo, o cidadão considerado uma
ameaça ao regime democrático. Consistia na
suspensão dos direitos políticos do cidadão e
na sua saída da cidade. Somente depois de 10
anos, a pessoa podia voltar à cidade e
recuperar todos os direitos de cidadão.
2 - CIVILIZAÇÃO ROMANA
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Continuando...
O Cristianismo
Durante o governo de Otávio Augusto, a Judéia era uma das regiões dominadas pelo
Império Romano. Foi nela que surgiu uma nova religião: o cristianismo.
Jesus dizia que sua missão era estabelecer o reino de Deus e que esse reino não
pertencia a este mundo. Mas o povo da Judéia, oprimido pela dominação romana, esperava
a chegada do Salvador; o Messias concebido como guerreiro, que viria combater os romanos
e construir o reino de Deus na terra - (desse pensamento originou-se o judaísmo: religião
atual dos judeus). Jesus é condenado à pena de morte pela crucificação. Isso explica por
que sobre a cruz, foi colocado um letreiro: “Jesus Nazareno, rei dos Judeus”. Não era
apenas uma ironia. Era o motivo da sua condenação: a suposta pretensão de se tornar rei,
desafiando o poder romano.
A religião romana era politeísta e era um dos fundamentos do Estado. Venerava-se
o Imperador que, depois da sua morte, ocupava lugar entre os deuses. Todas as seitas e
crenças eram toleradas em Roma, com exceção do cristianismo, cujos seguidores foram
perseguidos com extrema violência. Isso porquê se recusavam a participar dos cultos aos
deuses romanos e não reconheciam o caráter divino atribuído aos imperadores. Os cristãos
eram monoteístas e por isso, não aceitavam a religião romana. Foram considerados
inimigos de Roma. Além do mais, tornavam-se ainda mais perigosos para o poder romano,
pois o cristianismo tinha uma grande penetração entre os pobres e escravos, e estes eram
numerosos no Império, facilmente poderiam se rebelar.
Após a morte de Otávio Augusto, o trono romano foi ocupado por vários
imperadores. Conheça dois:
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
9 - “A Lei da Reforma Agrária proposta por Caio Graco em 133 a.C., teve
como objetivo dividir as terras do Estado em benefício às famílias pobres.”
Agora responda:
a) Qual é o motivo das lutas pela Reforma Agrária hoje no Brasil?
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A IDADE MÉDIA
São os árabes!
Sobre esse povo do deserto, você estudará agora, ta!
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1 – IMPÉRIO ISLÂMICO
O Império Islâmico teve origem entre Recordando... Península: porção de
os povos que habitavam a península Arábica, terra cercada de água, que liga-se ao
localizada entre o mar Vermelho e o Golfo continente apenas por um dos lados.
Pérsico.
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Maomé e o Islamismo
Maomé (570-632) vivia
O Islamismo prega a submissão total do homem
em Meca e trabalhava como à vontade de Alá (Allah, deus em árabe), o deus
comerciante, viajando com único, criador de todo o universo.
caravanas pelo deserto. Devido Essa submissão é chamada de islão, e aquele que
a sua profissão, entrou em tem fé em Alá é denominado muçulmano (do árabe
contato com diferentes povos e muslim, aquele que se subordina a deus).
religiões. Chamou sua atenção,
sobretudo, o monoteísmo (um só Deus) dos judeus e dos cristãos.
Dizendo ter tido visões do anjo Gabriel, onde Deus o escolhera para criar
uma nova religião
monoteísta, Maomé,
conseguiu difundir o
islamismo por toda a
Arábia, unificando as
diversas tribos em
torno da religião.
Então, através
da identidade
religiosa, essas tribos
uniram-se a religião
monoteísta fundada
por Maomé - o
islamismo ou religião
muçulmana. Da antiga religião politeísta, Acreditavam que essa PEDRA –
conservou-se o costume de fazer provavelmente um meteorito – tinha
peregrinação ao centro religioso dos poderes mágicos, por ter caído do céu.
Acreditavam também que inicialmente era
muçulmanos em Meca e, ainda hoje, o branca e que com o passar do tempo,
culto à Pedra Negra é um importante como as pessoas teriam começado a tocar
símbolo da religião muçulmana. a pedra em busca de ajuda divina, ela teria
absorvido os pecados dessas pessoas e,
por isso, mudado de cor.
Os princípios religiosos do
Islamismo foram detalhados no livro
sagrado dos muçulmanos: Corão ou
Alcorão (palavra que, em árabe,
significa 'a leitura').
Um restaurador do Egito trabalha na
recuperação do maior e mais antigo
exemplar conhecido do ALCORÃO – livro
sagrado dos muçulmanos.
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Estreito
de
Gibraltar
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03/10/2001.
A visita do
líder
israelense
Ariel Sharon
a Jerusalém,
desencadeou
lutas violentas
entre
palestinos e
soldados
israelenses.
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2 - INVASÕES BÁRBARAS
A população
dos reinos
bárbaros que
se formaram,
REINO DOS era uma
FRANCOS
mistura dos
romanos
sobreviventes
com os
dominadores
bárbaros. A
maioria desses
reinos, porém,
teve vida
curta.
Por
volta do século
VI, dos vários
reinos que se
formaram,
somente os
francos conseguiram se estruturar e expandir seus domínios. Localize no mapa esse
reino – é a França atual. O apogeu desse poderoso reino foi durante o Império
Carolíngio – de Carlos Magno (768-814).
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...decadência da
...agricultura?
vida urbana??
...servos?
...senhores feudais?
3 - FEUDALISMO
O feudalismo se firmou na Europa com as novas invasões do século
IX ao X – especialmente a dos árabes, normandos e húngaros. Essas novas
invasões aumentaram o clima de insegurança da população européia e provocou
novos problemas de ordem econômica.
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No feudalismo, tinha
poder quem tivesse
terra, e o poder sobre
ela significava
também poder sobre
as pessoas.
No Brasil, vastas
extensões de terras
pertencem a poucas
pessoas...
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
A Igreja Católica teve sucesso nessa tarefa, pois, a maioria dos bárbaros se
converteram ao cristianismo e isso deu à cultura européia medieval uma unidade,
caracterizada pela forte influência da Igreja. Com isso, pouco a pouco a Igreja foi se
fortalecendo e dando unidade à nova sociedade que se formava na Europa.
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Então, você iniciará os estudos sobre A Baixa Idade Média, e ficará sabendo
qual a solução encontrada pelos cristãos para reconquistar Jerusalém - a Terra Santa.
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
1 – AS CRUZADAS
As Cruzadas foram expedições organizadas por cristãos do Ocidente –
incentivados pelo Papa – para reconquistar Jerusalém, ocupada pelos muçulmanos,
considerados “infiéis” pela Igreja Católica – esse era o objetivo religioso.
Saiba que as Cruzadas aconteceram do final do século XI até meados do
século XIII. Essas expedições receberam o nome de Cruzadas, porque as pessoas
usavam estandartes e roupas com uma cruz como símbolo. Delas participaram
milhares de católicos de todas as partes da Europa. Desde o mais pobre camponês
até a mais alta
nobreza feudal,
dirigiram-se à
Jerusalém.
Saiba que
que, além do
objetivo religioso,
havia o objetivo
político, pois a
convocação de
cavaleiros, pelos
reis, para participar
das cruzadas representaria o enfraquecimento da nobreza (senhores feudais), pois
muitos dos convocados não retornariam. Dessa forma, o Neste mesmo tempo,
poder dos reis se fortaleceria. os cristãos também
estavam lutando para
O objetivo comercial também marcou presença: expulsar os árabes
como a conquista de terras no Oriente e a disputa de muçulmanos da península
rotas comerciais no mar Mediterrâneo, embora isso se Ibérica (Portugal e
ocultasse sob a justificativa religiosa. Espanha), tá?
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
2 – RENASCIMENTO COMERCIAL e a
volta das CIDADES
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Além da questão
religiosa (que os judeus
adeptos do Judaísmo não
acreditam que Jesus é o
Messias), existia o ciúme
da classe mercantil que
concorria com os
comerciantes judeus.
Através da teoria da
usura, a Igreja Católica
condenava o empréstimo
a juros.
Como os judeus não eram cristãos,
Usura é tudo que é pedido em
não temiam as ameaças de que seriam troca de um empréstimo, além
queimados na fogueira do inferno. do próprio bem emprestado.
Ex.: empréstimos a juros.
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
Como os primeiros
cambistas trabalhavam
junto a um banco de
madeira, receberam o
nome de banqueiros.
A agricultura
feudal entrou em crise devido à falta de terras férteis, pois estas estavam
desgastadas pelo intenso uso. Curvada pela fome, a população européia contraía
doenças com grande facilidade. Entre 1347 e 1350, por exemplo, a Europa foi
duramente atingida pela peste negra, epidemia contra a qual não se conhecia
nenhum remédio.
A peste negra matou milhares de pessoas na Europa. Essa imagem da cidade
de Florença, na Itália, retrata a situação da época: os mortos eram colocados na
entrada das casas e recobertos com um pano, até que trabalhadores – com o nariz e a
boca protegidos para não respirar o ar “empestado” – os levavam em caixões ao
cemitério.
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
Nessa mesma
época, desenrolava-se
na Europa a Guerra
dos Cem Anos (1337
– 1453), entre França
e Inglaterra.
O conflito também tinha causado um número elevadíssimo de mortes e
afetado ainda mais a produção agrícola.
Durante a Guerra dos Cem Anos,
Para manter seus rendimentos e fazer as armas de fogo foram usadas
frente a essas catástrofes, muitos senhores pela 1a vez na Europa. Isto deu
feudais passaram a exigir dos servos mais aos franceses superioridade frente
obrigações. Dessa opressão resultou uma grande aos ingleses.
revolta dos camponeses - a Jacquerie.
Com isso o feudalismo foi se desagregando lentamente e cedendo espaço a
um outro modo de organização da sociedade: o capitalismo, que você estudará mais
à frente.
Assim, ao chegar o século XV, a Europa começou a passar por
transformações sensíveis, que estavam a anunciar o mundo MODERNO...
Mas isso é assunto para o módulo 3, quando você estudará o terceiro período
da História – a IDADE MODERNA.
O fim da Guerra dos Cem Anos coincide com o fim da Idade Média.
Nesse ano (1453), enquanto, no Ocidente, a França recuperava os
territórios invadidos pela Inglaterra, no Oriente os turcos (religião
muçulmana) se apoderavam de Constantinopla, capital do Império
Bizantino (ou Império Romano do Oriente).
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
O RENASCIMENTO CULTURAL
O Renascimento se iniciou na
Itália, pois lá foi no passado, o
centro da civilização romana. Os
vestígios das antigas construções e
esculturas romanas serviram de
modelo para as criações dos artistas
do Renascimento. Mas não foi um
fenômeno exclusivamente italiano.
Ele espalhou-se por diversos países
europeus, onde se adaptou às
características locais.
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
O homem renascentista
passava a crer somente naquilo que
pudesse ser provado.
A REFORMA PROTESTANTE
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
“Por que o papa, cuja fortuna é maior que a dos mais ricos nobres,
não constrói com seu próprio dinheiro
ao menos a Basílica de São Pedro,
em vez de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?”
O Papa Leão X condenou Lutero através de uma Bula (carta do papa dirigida
a todos os fiéis e de caráter solene). Lutero queimou o documento e acabou sendo
excomungado.
Em 1521, numa reunião
convocada por Carlos V, imperador da
Alemanha, Lutero reafirmou suas idéias e
mais uma vez foi condenado. Ajudado por
alguns nobres, refugiou-se num castelo e
lá traduziu a Bíblia para a língua alemã.
Dentre seus fundamentos, o
luteranismo pregava a “justificação pela
fé”, isto é, a salvação é alcançada por
meio da fé em Deus e NÃO pela prática
das boas-obras, como pregava a Igreja.
Com essa idéia, Lutero condenava e
dispensava a atuação de Igreja para a Da esquerda para a direita:
salvação das almas dos fiéis. MARTINHO LUTERO –
Em pouco tempo as idéias de Lutero se propagaram, ganhando adeptos em
toda a Alemanha. Novas religiões apareceram em outros países, como o Calvinismo
(de João Calvino) na Suíça e o Anglicanismo na Inglaterra.
Saiba mais...
Saiba mais... Em 1529, os católicos tentaram
impor o Catolicismo aos príncipes
JOÃO KNOX, discípulo de luteranos, e como eles protestaram,
Calvino, organizou a Igreja passaram a ser
Presbiteriana na Escócia. chamados “protestantes”.
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
Concílio de Trento: Foi uma reunião dos bispos na cidade de Trento. Esse
Concílio, após uma reunião demorada (18 anos), decidiu entre outras coisas:
- condenou a doutrina protestante da salvação somente pela fé;
- escolheu oficialmente a Bíblia traduzida por são Jerônimo (as demais
traduções eram proibidas);
- confirmou o valor das indulgências, do culto dos santos e das imagens;
- criou o Index, uma relação de livros proibidos pela Igreja.
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A IDADE MODERNA
Agora veja, o rei existia para atender aos interesses da nobreza. Foi ela que
lutou para criar o Estado Nacional (ou Absolutista) e colocar o rei à sua frente.
Todavia, os nobres feudais não exerciam o poder político diretamente:
subordinavam-se ao Estado, obedientes ao rei, em nome da segurança mútua.
O monarca (o rei) era absolutista não porque seu poder fosse ilimitado, mas
porque estava acima das leis.
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
• PORTUGAL
Tal como a Espanha, Portugal teve quase todo seu território tomado pelos
árabes muçulmanos, que invadiram a península Ibérica (Portugal e Espanha) no
século VIII, lembra-se? A religião dos moradores do norte da península Ibérica
permaneceu a católica, portanto eram cristãos.
Depois de muitas guerras, os árabes foram expulsos daquilo que hoje é o
território de Portugal. Em 1139, Portugal se tornou um país independente, com reis
da dinastia (família) de Borgonha. A centralização do poder aconteceu por
necessidades militares (um comando central) e se consolidou com a Revolução de
Avis, em 1385, quando o lado vencedor de uma guerra civil entre nobres coroou o
primeiro monarca absolutista, o rei D. João.
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
• ESPANHA
• FRANÇA
• INGLATERRA
Foi a Guerra das Duas Rosas (1453-1485), em que essas flores mais
famosas serviam para adornar as tumbas dos soldados mortos no conflito. No final,
depois de muitas mortes, Henrique VII foi coroado rei, inaugurando a dinastia
Tudor.
Os Teóricos do Absolutismo
Você viu até aqui, a formação dos Estados Nacionais certo? Veja agora
como alguns pensadores da época tentaram compreender, orientar e justificar o
absolutismo, isto é, o poder dos reis absolutistas.
• Jean Bodim – (Francês que viveu entre 1530 – 1596), ele era bem claro
quando escrevia que os reis tinham “direito de impor leis aos súditos sem
o consentimento deles”, mas reconhecia que o rei deveria respeitar os
ricos, pois não podia “tomar propriedade dos outros sem um motivo
razoável”.
• Jacques Bossuet – (1627 – 1704), foi outro francês que formulou a
doutrina do direito divino. Ele dizia que o rei estava no trono por
vontade de Deus.
• Maquiavel – (1469 – 1527), foi um dos grandes pensadores políticos do
seu tempo. Para ele só um homem cheio de virtudes, como a ousadia e
perspicácia, seria capaz de fundar o Estado italiano.
Sua famosa obra “O Príncipe” é uma espécie de manual que ensinaria a
este homem destemido como unificar um país.
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
A EXPANSÃO MARÍTIMA
Capitalismo - Influência ou
predomínio do capital, do dinheiro, em que
os meios de produção tem como base
essencial o capital privado, isto é, o
dinheiro de particulares.
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
MAIS”
“VALER MAIS ”, o que significava TER MAIS...
conseguindo produtos orientais, encontrando ouro, enfim, enriquecer-se e...
SER MAIS, projetar-se socialmente.
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Navegações Portuguesas
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Navegações Espanholas
♦ 1500 - Vicente Pinzón chega até a foz do rio Amazonas, chamando-o de mar
Doce;
♦ 1513 - Vasco Nunez de Balboa atinge o Oceano Pacífico;
♦ 1519 - Fernão Magalhães inicia a primeira viagem de circunavegação através do
mundo, terminada em 1521.
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
Espanha e Portugal
foram os primeiros países
europeus a realizar as grandes
navegações.
Por isso, acharam que
poderiam dividir as terras
“descobertas” (na verdade não
foram descobertas, pois já
haviam outros povos morando
aqui) entre si.
Em 1494 assinaram o
Tratado de Tordesilhas, que se
baseava numa linha imaginária.
As terras a oeste dessa linha
seriam da Espanha, e do outro
lado de Portugal.
Foi a partir disso que
Portugal tratou de tomar posse
de seu pedaço do Brasil,
mandando Pedro Álvares Cabral
para cá em 1500.
Conheça parte da carta que o escrivão Pero Vaz de Caminha mandou ao rei
de Portugal, descrevendo o lugar onde os navios ancoraram e as impressões gerais
que os portugueses tiveram sobre as possibilidades da terra.
Ora, e o que o escrivão estava querendo dizer com essa última frase?
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HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO - 1ª série
Referia-se à tarefa de
converter os indígenas à fé cristã.
Em outros trechos da Carta de
Caminha, fica claro que os primeiros
contatos entre portugueses e
indígenas, embora cautelosos, foram
de cordialidade, porém tal
relacionamento desapareceria em
pouco tampo.
Em seu lugar surgiu o brutal
confronto do conquistador com as populações indígenas.
A Colonização Espanhola
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Em fins do século
XV, havia no continente
americano mais de 3 mil
nações indígenas.
Observe o mapa ao
lado.
Muitas dessas ASTECAS
nações eram aparentadas, MAIAS
outras eram bem
diferentes entre si.
Falavam línguas diversas e
tinham culturas distintas.
INCAS
Na América, as
sociedades indígenas que
se formaram, tiveram
evolução diferenciada nas
várias partes do
Continente.
Uma prova dessa evolução diferenciada, são as três grandes civilizações
americanas: Maias, Incas e Astecas.
Esses povos atingiram o estágio da civilização e construíram verdadeiros
impérios, provocando espanto aos europeus quando estes começaram a chegar à
América por volta de 1.492.
• Civilização Maia
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Na época da chegada do
colonizador espanhol (final do
século XV), a civilização MAIA
estava sendo dominada pelos
ASTECAS.
• Civilização Asteca
• Civilização Inca
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A AMÉRICA COLONIAL
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Também é importante lembrar que as colônias de exploração até o século
XVIII, eram mantidas pela coroa num rígido controle sobre o comércio colonial,
operando por meio de portos únicos, que abasteciam a colônia com as mercadorias
européias e de frotas armadas, ou seja, comboios de navios que realizavam a viagem
da Espanha à América.
E como funcionava a
colônia Espanhola?
Saiba que o cultivo da terra não foi feito somente com plantas trazidas pelos
europeus como cana-de-açúcar, mas utilizou-se também plantas originárias da
América como tabaco, cacau e milho.
Nessas grandes propriedades – haciendas, a mão-de-obra utilizada, tanto na
mineração como na agricultura e pecuária foi a indígena, em um sistema de
verdadeira servidão coletiva. Nas haciendas, o trabalho era realizado através da:
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Através dessas guerras, a Espanha foi invadida por tropas francesas, seu rei
(Fernando VII) foi aprisionado e o país mergulhou em uma luta contra as forças
invasoras. Isso permitiu que surgissem grupos políticos nas colônias em condições
de proclamar a sua independência.
Note então que, dessa forma, a dominação napoleônica foi importante para a
emancipação das colônias espanholas, pois trouxe às claras as contradições do
sistema colonial espanhol.
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Essa junta enviou exércitos para o Paraguai e Alto Peru, a fim de assegurar
sua supremacia sobre essas regiões.
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AMÉRICA INDEPENDENTE
Veja que a situação política e econômica da América Latina pouco mudaram
com a independência. Os criollos continuaram exercendo o poder do mando,
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Nos novos
países, os donos dos
meios de produção
tornaram-se os donos
do poder político e
adaptaram seus
interesses excluindo a
maioria da população
da participação e
decisão política.
As elites
nacionais, lideradas por
caudilhos, apossaram-
se do Estado e
adotaram o regime
republicano, de forma
centralizada e tradicional.
BRASIL COLÔNIA
A terra que os portugueses conquistaram
COLÔNIA
1500 1530 1533 ± 1600 1750 1822
início da
exploração auge da
produção início do
do produção de
açucareira processo de
pau-brasil ouro
expansão
ocupação do território territorial
através das capitanias
hereditárias
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Imagine que, um dia, o nosso planeta seja surpreendido pela visita de seres
extraterrestres do planeta Gronk. Esses gronkianos são fisicamente iguaizinhos a
nós, humanos, mas tem uma tecnologia militar super avançada.
Os gronkianos saltam da nave e lançam um olhar de desprezo para a gente.
Bocejam e depois avisam que acabaram de “descobrir” um “novo planeta”: o nosso!
Ou seja, a partir de agora, eles se consideram no direito de mandar aqui.
São desagradáveis. Caçoam da gente e nos tomam por primitivos.
Somos chamados de “selvagens”, e eles nem se preocupam em saber como
é a nossa cultura, se temos valores morais, se fazemos arte, se amamos.
Cobiçam nossa namorada e nossa irmã e, depois as estupram.
Amarram os homens e os escravizam. Todos nós, sejamos brasileiros,
franceses, indianos ou búlgaros, vamos ser obrigados a falar
o idioma gronkiano e a venerar os seus deuses. Nossas
cidades são arrasadas para que eles instalem o que
chamam de “benfeitorias”. É um quadro terrível. Acho que todos concordam que
deveríamos resistir aos invasores, não é mesmo? Todavia eles têm mais armas.
Torturam os humanos, inclusive as crianças. Não temos a menor chance.
Transmitem doenças que não existiam na Terra. Nossos cientistas não têm tempo de
descobrir a cura e o nosso organismo não resiste: a peste gronkiana mata milhões de
humanos. Continuemos o pesadelo. Passam-se os séculos. Quase todos os humanos
foram mortos pelos ocupantes. Os que sobraram tentam sobreviver na única área
permitida a eles: o “deserto do Amazonas”.
Nas escolas gronkianas, os estudantes aprendem que, um dia , no ano de 1208
d. G. (depois dos gronkianos), os bravos pioneiros descobriram o planeta azul (ex-
Terra). Foram grandes heróis ao submeter os selvagens humanos. Trouxeram a
civilização. São os “conquistadores”.
Na TV Gronk, passa um filme onde os mocinhos gronkianos atiram nos
humanos para salvar as donzelas gronkianas.
Até que os geólogos gronkianos descobrem jazidas minerais no deserto
amazônico. Área de reserva humana. Não importa. As grandes empresas gronkianas
se deslocam para lá e não hesitam em agredir os últimos humanos. Os jornais,
contudo, falam que o “progresso chegou à região”.
Amigo aluno, você é esperto e, portanto, já percebeu que a nossa historinha
realista, na verdade, está falando do drama dos povos indígenas.
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Para
armazenar o
pau-brasil,
ferramentas e
armas, foram
construídos
depósitos em
alguns pontos
do litoral.
Chamavam-se
feitorias.
(Observe a figura acima)
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CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
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GOVERNO-GERAL
Foi buscando a centralização administrativa da colônia que D. João III criou,
em 1548, o Governo-Geral, cuja sede foi a capitania da Bahia de Todos os Santos. A
criação do Governo-Geral não significou o fim das capitanias, mas retirou dos
donatários muitas de suas regalias. O donatário passou a ter a função básica de
capitão-mor: a defesa do território.
Ao governador-geral cabia: conceder terras (sesmarias) aos “índios
amigos”(suprema ironia: doar aos índios suas próprias terras!) e a particulares com
posses; impedir a escravização dos índios, assim como a distribuição de armas a
eles; defender a costa (litoral) de ataques, promovendo para este fim a construção de
navios e obrigando os senhores de engenho a construir torres e fortes para proteger
suas propriedades; explorar as terras do interior; percorrer todas as capitanias e
prestar contas ao rei.
O primeiro governador-geral foi Tomé de Sousa (1549 a 1553), em cuja
administração foi fundada a primeira capital do Brasil (Salvador), onde foi
estabelecido o primeiro bispado e construídos os edifícios públicos (casa dos
governadores, casa da Câmara, cadeia, igreja matriz, armazém para a alfândega). Foi
também no seu governo que se deu a introdução do gado trazido de Cabo Verde e a
instalação de vários engenhos de açúcar. Em sua comitiva vieram seis padres da
Companhia de Jesus sob a chefia de Manuel da Nóbrega.
Em 1553 chegou o segundo governador-geral, Duarte da Costa, que enfrentou
sérias dificuldades na sua administração: revoltas indígenas na Bahia, invasão
francesa na baía de Guanabara e atritos com os colonos.
Na nova leva de jesuítas que chegou com o segundo governador veio o jovem
José de Anchieta, um dos fundadores do Colégio de São Paulo de Piratininga
(1554), na capitania de São Vicente, que deu origem à cidade de São Paulo.
O terceiro governador-geral foi Mem de Sá, que se destacou por ter
expulsado os franceses do Rio de Janeiro.
O quarto governador-geral, D. Luís Fernandes de Vasconcelos, não chegou à
assumir o cargo, pois foi assassinado em alto-mar por piratas franceses.
Entre 1572 e 1578 a administração colonial foi dividida, por ordem do rei D.
Sebastião, em dois Governos Gerais: Governo do Norte, sob a chefia de D. Luís de
Brito e Almeida (sede em Salvador) e Governo do Sul, sob a responsabilidade de D.
Antonio Salema (sede no Rio de Janeiro). Esta divisão visava proteger os litorais Sul
e Norte de invasões estrangeiras. Em 1578, como a divisão não deu os resultados
esperados, ocorreu a reunificação, sendo nomeado Lourenço da Veiga como
governador-geral.
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Para cuidar da
administração, os
holandeses enviaram
ao Brasil o conde João
Maurício de Nassau Siegen,
nomeado governador-geral do
Brasil holandês.
Maurício de Nassau chegou ao
Brasil em 1637 e logo pôs em
prática uma habilidosa política
administrativa. Pretendia pacificar
a região e conseguir a colaboração
dos luso-brasileiros (habitantes da
colônia). Dentre as principais
medidas adotadas em seu governo,
destacam-se:
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O povoamento do Brasil deve muito aos tropeiros, que iam buscar mulas e
burros no Rio Grande do Sul para vender nos arredores de São Paulo. Daí, os
animais negociados seguiam para os engenhos e zonas de mineração. Nesse tempo,
burros, mulas e cavalos eram o principal meio de transporte de pessoas e cargas. Ao
redor dos mercados de animais, muitas vilas se formaram.
As viagens dos tropeiros eram longas e cansativas. Para descanso dos
viajantes havia muitas pousadas e em torno delas também nasceram povoados.
A Feira de Muares de Sorocaba era muito conhecida. Os muares criados à
solta nos campos gaúchos e paranaenses, eram comercializados, aqui na nossa
região.
Na figura
ao lado, você
pode observar a
ponte sobre o Rio
Sorocaba na
época da feira de
muares.
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O que você estudou até agora foi a política colonial, ou seja, a forma pela qual
Portugal governou o Brasil-colônia. Mas ele tinha que produzir alguma coisa para
gerar lucros, você não acha? É isso o que vamos estudar agora.
Portugal procurou pelo ouro. Não encontrou. Ele só seria descoberto, bem
mais tarde, no século XVIII. Mas o clima do Brasil era excelente para plantar.
Plantar o quê?
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O LATIFÚNDIO
A intenção era produzir em larga escala (muito) para exportação.
Por isso, eram necessárias grandes propriedades, ou seja, latifúndios.
MONOCULTURA EXPORTADORA
A colonização deu certo antes de tudo por causa do açúcar. Era produzido
um único produto, com grande valor comercial e altamente lucrativo no mercado
europeu.
MÃO-DE-OBRA ESCRAVA
No Brasil do século XVI, isso ainda não era possível. Quem iria se oferecer
para o fazendeiro? Os índios tinham suas terras e sua comunidade. Não precisavam
do branco para sobreviver. A população em Portugal era pequena e, portanto, não
poderia mandar muita gente para a Colônia. Além disso, havia muita terra inabitada
no Brasil. Certamente, gente pobre correria para tentar ocupá-la, em vez de ficar se
submetendo a algum latifundiário.
Como então, obrigar as pessoas a trabalhar para os latifundiários? A resposta
é essa mesmo: escravidão.
Não seria de Portugal que viriam essas pessoas, pois sua população, em
meados do século XVI, era escassa.
O colonizador insistiu em escravizar o índio, procurando aproveitá-lo, agora,
na empresa açucareira. Entretanto, a escravização do índio não era tão conveniente
ao sistema colonial mercantilista. À coroa portuguesa interessava uma solução mais
lucrativa, ou seja, o uso de mão-de-obra africana, o que alimentaria o tráfico
negreiro.
A preferência pelo africano pode ser compreendida como mais um elemento
da engrenagem do sistema colonial. Os ganhos comerciais com a captura do
indígena ficavam dentro da colônia, entre aqueles que se dedicavam a esse tipo de
atividade. Já os lucros do comércio negreiro dirigiam-se para a metrópole, ou seja,
para a burguesia envolvida neste comércio e para a coroa, que recebia impostos. Por
isso, a escravidão negra foi incentivada, enquanto a do índio foi desestimulada e até
mesmo proibida. Percebe-se, então, que a “opção” pela escravidão negra foi, na
verdade, uma imposição do sistema colonial.
O açúcar era branquinho e gostoso, mas o trabalho era amargo e
negro. O jesuíta Antonil, no século XVIII, cunhou a famosa frase: “Os
escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho...”
O trabalho do escravo estava em tudo ali. A jornada diária podia
chegar a 16 horas, sem descanso. Um escravo que começasse a trabalhar
com 15 anos de idade estava num bagaço ao chegar aos 25 anos. A vida
média dos escravos era de 10 anos!
Horrível! Trabalho debaixo do sol tórrido, dia após dia, sem descanso.
As mãos sangravam, as costas ardiam, o estômago roncava. E prosseguia o
serviço. No fim do dia, muitas vezes a ração era um feijãozinho com farinha!
Por falar em feijão, você sabia que foram os negros que “inventaram” a
feijoada? Pois é! Ás vezes, eles recebiam alguns miúdos que restavam dos
animais cuja carne era consumida na casa-grande. Cozinhando o pé, a orelha
e etc. com o feijão plantado por eles, você já sabe no que vai dar, não é?
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Como você sabe, Portugal sempre buscou o lucro nas relações econômicas
com o Brasil, e pensando nisso, com a descoberta do ouro, ele procurou organizar a
exploração das minas da maneira que fosse mais beneficiado com isso.
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CASAS DE FUNDIÇÃO
Em pó ou em pepitas, o ouro
circulava livremente, o que
dificultava a cobrança do quinto.
Para tornar mais eficiente esse
controle, o governo português criou
as Casas de Fundição, onde todo o
ouro era obrigatoriamente fundido e
transformado em barras. Ao receber o
ouro, as Casas de Fundição já
retiravam a parte que correspondia ao
imposto devido ao Rei. O ouro Em Vila Rica, atual Ouro Preto, os mineradores eram
restante era devolvido à circulação, obrigados a entregar na Casa dos Contos (ou casa de
com um selo que comprovava o fundição) todo o ouro extraído de suas minas. Aí o ouro
era fundido, transformado em barras e um quinto dele
pagamento do quinto. Era o “ouro era separado para o governo português.
quintado”, que poderia ser
legalmente negociado. Quem fosse encontrado com ouro em pó ou com barras não
quintadas poderia sofrer severas penas, que iam desde a perda de todos os seus bens
até a prisão perpétua em colônias portuguesas na África.
Diversos mineiros revoltaram-se contra a criação das Casas de Fundição, que
dificultavam o comércio de ouro dentro da capitania, facilitando apenas a cobrança
de impostos.
Além do ouro, merece destaque a exploração de diamantes, que ocorreu, a
partir de 1729, no Arraial do Tijuco, atual cidade de Diamantina, em Minas Gerais.
CRISE DA MINERAÇÃO
Com a intensa exploração do ouro, até mesmo as jazidas mais ricas
rapidamente se esgotaram. Na segunda metade do século XVIII, a produção do ouro
caiu brutalmente; porém, o governo português não acreditava que as jazidas estavam
se esgotando. Preferia crer que a escassez do metal devia-se ao contrabando. Por
isso, foi aumentando as formas de controle e as pressões sobre os mineiros.
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ORDENS RELIGIOSAS
Entre as ordens religiosas que atuaram no Brasil Colônia, citam-se os
franciscanos, os beneditinos, os carmelitas e, principalmente, os jesuítas.
Essas ordens religiosas vieram para o Brasil com a tarefa de evangelizar e
educar índios e colonos. Espalhando-se pelo território, construíram ao longo do
tempo, grande patrimônio econômico, formado por engenhos, fazendas de gado,
imóveis urbanos e objetos valiosos doados por ricos católicos.
JESUÍTAS
Assumindo o papel de “soldados da
religião”, os jesuítas tinham como objetivo
conquistar índios e colonos, convertendo-os
ao catolicismo. A arma utilizada nesta
conquista espiritual foi a educação escolar,
que enfatizou o ensino religioso, a
catequização. Por isso, imediatamente após
sua chegada à Bahia, durante o governo de
Tomé de Sousa, fundaram uma escola de nível elementar para os colonos.
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Os jovens das famílias ricas que iam estudar na Europa no século XVIII,
ao voltarem para a Colônia, não traziam apenas novos ideais políticos, mas
também uma mentalidade artística diferente, voltada a representar a vida de
forma simples e racional. Esses estudantes foram responsáveis pelo
desenvolvimento do arcadismo na Colônia.
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BIBLIOGRAFIA
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Editora Nova Geração, 1998.
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. PEDRO, Antonio e LIMA, Lizânias de S. História Geral – Compacto para o
Vestibular. Editora FTD, 1999.
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DIREÇÃO:
VOTORANTIM, 2003.
(Revisão 2007)
OBSERVAÇÃO
APOIO
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