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O EUA era depois de Hiroxima o país com maior domínio atómico sendo a potência mais
poderosa do mundo.
Mas dado o perigo que tal arma representava tornou-se necessária a criação de uma
cooperação internacional para mediar o fabrico e o uso da mesma.
Então, foi criada a Comissão de Energia Atómica no quadro da ONU (1946). Essa Comissão
pretendia:
Aplicar sanções.
Mas para isso a liberdade de inspecção e vigilância iria ser posta em pratica e então a URSS
opôs-se, apresentado propostas:
Interdição de pesquisa atómica apenas para fins militares com o controlo do Conselho
de Segurança.
Contudo, os EUA não aceitaram e não se chegou a nenhum acordo sobre esta matéria,
continuando o fabrico e as pesquisas acerca da bomba atómica, nomeadamente por parte da
URSS.
Em 1957 foi lançado o primeiro satélite para o espaço enviado pela URSS e em 1961 o primeiro
astronauta. Estas situações tornaram a URSS mais confiante.
Enquanto isto, os EUA queriam também provar a sua superioridade à URSS construindo
mísseis armados de longo alcance. Contudo os EUA perdiam supremacia, e em 1958
Eisenhower centralizava e acelerava do programa espacial.
De um lado a URSS
Do outro os EUA:
EUA e URSS evitam o confronto directo e exemplo disso foi o controlo dos Soviéticos na
revolta da Hungria no caso da Crise de Suez.
Em 1958 verificou-se uma degradação do clima internacional, pois novas tensões surgiram e
não encontraram uma solução para a negociação mas para as ameaças de força:
Crise de Berlim
O ditador cubano Fulgêncio Batista foi deposto a uma revolta chefiada por Fidel Castro. No
poder este promulgou uma reforma agrária que colidia com os interesses dos proprietários
americanos. Os EUA decretaram então um embargo comercial, chegando depois ao corte das
relações diplomáticas. Castro, sem ligação à URSS para impedir que a situação evoluísse
recorreu á União Soviética. Os acordos comerciais e de assistência que foram assinados
causaram apreensão aos Americanos.
A CIA estabeleceu então um plano para ajudar a depor o regime revolucionário, Kennedy,
aprovou a invasão da ilha por anticastristas. Mal preparada a ofensiva fracassou na Baia dos
Porcos em 1961.
Entretanto, Castro aceitou a ideia de Kruchtchev de colocar mísseis soviéticos em Cuba para
dissuadir os EUA de um ataque. Mais tarde Kennedy decidiu o bloqueio a Cuba e Kennedy
exige a retirada dos mesmos.
Kruchtchev aceita a retirada dos mísseis em troca da promessa de não derrubar Castro pela
força e também da retirada dos mísseis americanos da Turquia. Kennedy aceita o acordo.
Depois da crise de Cuba, embora com antagonismos, os intervenientes compreendem que é
necessário uma reproximação.
Havia um interesse mútuo na paz
Instalou-se então o chamado Telefone Vermelho
De seguida com um espírito de pacificação, foi assinado o Tratado de Moscovo que proibia os
ensaios nucleares na atmosfera.
Depois de Cuba, os dirigentes soviéticos sentiram ainda mais necessidade de igualar o nível
militar com os EUA.
Na década de 60, os Soviéticos estavam cada vez mais próximos da paridade com os EUA
(estes aperfeiçoaram o MIRV).
Tentou-se então acabar com a proliferação das armas nucleares e foi então assinado o
Tratado de Genebra.
Mais tarde as duas superpotências reconheceram também que a opção nuclear deicou de ser
razoável e acordaram em não depositar armas nucleares no fundo dos oceanos (ACORDOS
SALT).
O envolvimento dos EUA na guerra do Vietname
O Vietname tinha sido uma colónia francesa e no final da Guerra da Indochina (1946-
1954) foi dividido em dois Estados: Vietname do Norte e Vietname do Sul. O Norte era
comandado por Ho Chi Minh e possuía uma orientação comunista, sendo apoiado pela
União Soviética. O Sul era uma ditadura militar, que passou a ser aliado dos Estados
Unidos que temiam uma “teoria dos dominós” e que toda a região se tornasse
comunista, e, portanto, adoptou um sistema capitalista.
Após a derrota do Japão na guerra, este enfrenta uma situação extremamente grave devido à
ocupação americana ter transformado as estruturas políticas, sociais e culturais do país.
Houve também outra reforma agrária que assentava na legislação familiar e económica, essa
reforma:
A Guerra Fria e o avanço comunista da China, juntamente com a Guerra da Coreia, deram ao
Japão um novo papel estratégico e logístico e apressaram a reconstrução económica e o
regresso à soberania. Grande produção industrial.
Em 1961 o Japão consegue um ritmo de crescimento tão rápido que ficou conhecido como “O
milagre japonês”, que se deveu a factores internos e externos.
No final dos anos 60 o Japão é a terceira potência económica do Mundo. Um crescimento tão
rápido trouxe desequilíbrios a nível interno (poluição) e a nível externo (forçados pelos EUA e
abandonar as medidas proteccionistas).
A Ascensão da Europa
Da Guerra saiu uma nova ideia de Europa, que começou por ser um modo de sair do
afundamento económico para se tornar cada vez mais um modo de evitar a absorção pelos
novos centros no poder mundial.
Chega-se a um acordo e cria-se o Conselho da Europa em 1949, composto pela Comissão dos
Ministros dos Negócios Estrangeiros e uma Assembleia Consultiva.
Jean Monnet considerava que a construção europeia deveria começar por realizações
concretas que habituassem os europeus a trabalhar em conjunto. O seu projecto para resolver
as questões da produção de ferro, de aço e das medidas impostas pelos vencedores à
Alemanha visava a constituição de uma Alta Autoridade.
Em 1951 formou-se a CECA que tinha como intenção preservar a paz especialmente entre a
Alemanha e a França.
Para tentar resolver o problema do rearmamento alemão alguns países tentaram formar uma
Comunidade Europeia de Defesa (CED). Em 1955 é relançada a ideia europeia com o projecto
da criação de um Mercado Comum europeu. Os seis estados-membros da CECA propõem-se
associar o Reino Unido, mas este continua a não estar disposto a perder soberania.