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ESQUEMATECA

MOTORES
DE
INDUÇÃO TRIFÁSICOS

António M. S. Francisco
Outubro 2009
MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS

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ESTABELECIMENTO DAS PROTECÇÕES DOS MOTORES


A protecção contra curto-circuitos pode ser efectuada por fusíveis com alto poder de corte,
normalmente tipo aM, ou por disjuntores magnéticos.
Relativamente à protecção contra sobrecargas, os motores podem ser protegidos por relé térmico ou
por disjuntor magnetotérmico. Este último também protege contra curto-circuitos.
Quando o motor possui sondas térmicas para detectar a temperatura de partes sujeitas a aquecimento,
estas são ligadas ao circuito de comando do motor.
Em motores de pequena potência, o dispositivo de protecção contra sobrecargas, normalmente do tipo
interruptor bimetálico ou resistência PTC, pode estar montado no invólucro do motor. Neste caso, a
protecção contra curto-circuitos é assegurada pelo disjuntor do quadro eléctrico da instalação.
Se a protecção contra curto-circuitos e contra sobrecargas for feita por um mesmo dispositivo, ele será
do tipo magnetotérmico.

• Na protecção contra sobrecargas, o relé térmico ou o disjuntor magnetotérmico devem ser


regulados para:
Arranque directo: Corrente In indicada na placa de características do motor.
Arranque Y/Δ: Com relé térmico separado, para a corrente In/√3 (corrente nos
enrolamentos).
Com protecção integrada no disjuntor, para a corrente In (corrente
na linha).

• Na protecção contra curto-circuitos o calibre da protecção é escolhido tendo em conta a potência


do motor.

• Se a protecção contra sobrecargas e contra curto-circuitos é efectuada por um mesmo aparelho –


disjuntor magnetotérmico –, a escolha do mesmo é feita em função da potência do motor. O valor da
protecção contra sobrecargas é regulado na parte frontal do aparelho, sendo o nível de disparo do
aparelho contra curto-circuitos não regulável e igual a cerca de 13 vezes o valor máximo da
regulação contra sobrecargas.

Atenção!
Na rede de distribuição pública portuguesa de BT o valor máximo permitido da corrente de arranque
de motores trifásicos em locais habitacionais é de 60 A, quer a rede seja aérea ou subterrânea. Em
outros locais, o valor é de 125 A para rede aérea e de 250 A para rede subterrânea.

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POTÊNCIAS NORMALIZADAS PARA MOTORES DE INDUÇÃO INDUSTRIAIS

Motores trifásicos de rotor em curto-circuito


(4 pólos, 1500 min-1, 400 V/50 Hz)
400 V Fusível aM Disj. mag.
Potência In In/√3 Calibre Calibre
kW hp A A A A
0,37 0,5 0,98 0,57 2 1
0,55 0,75 1,5 0,87 2 1,6
0,75 1 1,9 1,1 4 2,5
1,1 1,5 2,5 1,4 4 2,5
1,5 2 3,4 1,96 6 4
2,2 3 4,8 2,8 8 6,3
3 4 6,3 3,6 12 10
4 5,5 8,1 4,7 12 10
5,5 7,5 11 6,4 16 14
7,5 10 14,8 8,5 20 18
9 12,5 18,1 10,5 25 25
11 15 21 12,1 25 25
15 20 28,5 16,5 40 32
18,5 25 35 20,2 50 40
22 30 42 24,2 63 65
30 40 57 32,9 63 65

Esta tabela apresenta valores de potência e de corrente em conformidade com NEC (National
Electrical Code). Referem as potências normalizadas e as correntes nominais médias à carga nominal
do motor. São valores indicativos, podem sofrer pequenas alterações com o tipo de motor, a polaridade
e o fabricante.

Nota:
Calibre dos fusíveis aM e dos disjuntores magnéticos em conformidade com catálogo TeSys da
Schneider Electric.

De seguida, apresentam-se esquemas usuais de comando de motores de indução:


a) Solução com fusíveis e relé térmico;
b) Solução com disjuntor magnético e relé térmico;
c) Solução com disjuntor magnetotérmico.

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1. ARRANQUE DIRECTO DE MOTOR TRIFÁSICO

1.1. CIRCUITOS DE POTÊNCIA

a) b) c)

1.2. CIRCUITOS DE COMANDO DE UM LOCAL

a) c)

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1.3. CIRCUITOS DE COMANDO DE DOIS LOCAIS

a) c)

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2. ARRANQUE DIRECTO COM INVERSÃO DE MARCHA DE MOTOR TRIFÁSICO

2.1. CIRCUITOS DE POTÊNCIA

a) c)

2.2. CIRCUITOS DE COMANDO

a) c)

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3. ARRANQUE ESTRELA–TRIÂNGULO DE MOTOR TRIFÁSICO

3.1. CIRCUITOS DE POTÊNCIA

a) c)

3.2. CIRCUITOS DE COMANDO

a) c)

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