O documento discute os problemas da "pedagogia do exame", onde o foco está nas notas e provas em vez do processo de aprendizagem. Isso leva a práticas como elaborar provas para reprovar alunos e usar medo/ameaças para motivá-los. Tal abordagem tem consequências pedagógicas, psicológicas e sociológicas negativas.
Descrição original:
Título original
Aula 1 - Avaliação da Aprendizagem Escolar - pedagogia do exame
O documento discute os problemas da "pedagogia do exame", onde o foco está nas notas e provas em vez do processo de aprendizagem. Isso leva a práticas como elaborar provas para reprovar alunos e usar medo/ameaças para motivá-los. Tal abordagem tem consequências pedagógicas, psicológicas e sociológicas negativas.
Direitos autorais:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Formatos disponíveis
Baixe no formato PPT, PDF, TXT ou leia online no Scribd
O documento discute os problemas da "pedagogia do exame", onde o foco está nas notas e provas em vez do processo de aprendizagem. Isso leva a práticas como elaborar provas para reprovar alunos e usar medo/ameaças para motivá-los. Tal abordagem tem consequências pedagógicas, psicológicas e sociológicas negativas.
Direitos autorais:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
Formatos disponíveis
Baixe no formato PPT, PDF, TXT ou leia online no Scribd
Texto: Avaliação da aprendizagem Escolar: apontamentos sobre a
pedagogia do exame. C. Luckesi Avaliação e Prática Educativa > pedagogia do “exame”: atividades docentes e discentes voltadas para o treinamento para resolver provas...
Resolver provas a partir de determinados conteúdos
referentes ao vestibular... Pais, sistema de ensino, profissionais da educação: centrados no percentual de aprovação/reprovação, motivadores dos estudantes por meio de ameaças...
O nosso exercício pedagógico escolar é atravessado
mais por uma pedagogia do exame do que por uma pedagogia do ensino/aprendizagem Atenção na Promoção: aluno interessado no processo de promoção no final do período escolar, em saber as normas e os modos pelos quais as notas serão obtidas.
O que predomina é a nota e não como ela foi obtida,
como se nada tivesse a ver com o percurso ativo do processo ensino/aprendizagem Atenção nas Provas: professores utilizam provas como instrumentos de tortura quando: seu trabalho não está surtindo efeito esperado, alunos “são” indisciplinados...
Prova: fator negativo de motivação – os alunos deverão
estudar para a prova não porque os conteúdos são importantes.
O medo os levará a estudar!
Os pais são voltados para a promoção: pais estão na expectativa das notas; Professores fazem reuniões para conversar com os pais de alunos “com problemas”;
O ritual criado para que não haja um encontro educativo,
pois os pais se satisfazem com as boas notas dos alunos. O estabelecimento de ensino está centrado nos resultados das provas e exames: verifica no todo das notas como estão os alunos... a aparência das estatísticas esconde a verdade da dinâmica dos processos educativos O sistema social se contenta com as notas obtidas nos exames: o sistema de ensino está atento aos resultados gerais. Se a escola apresentar “bonitos” quadros de notas ela estará muito bem. Desdobramentos:
Provas para reprovar: os professores elaboram suas
provas para “provar” os alunos e não para auxiliá-los na aprendizagem, elaboram provas para reprovar os alunos;
Pontos a mais e pontos a menos: professores fazem
promessas de “pontos a mais” e pontoa a menos” em função de atividades que não estão essencialmente ligadas ao conteúdo;
Uso da avaliação da aprendizagem como
disciplinamento social dos alunos: a utilização das provas como amaça aos alunos ... Explicações: Tais práticas estavam inscritas no século XVI e XVII:
Pedagogia Jesuítica (séc. XVI): tinham especial atenção com o
ritual das provas e exames; eram momentos solenes com a constituição de bancas examinadoras ou pela comunicação pública dos resultados;
Pedagogia Comeniana: uso dos exames como forma de estimular
os estudantes ao trabalho intelectual da aprendizagem... “o medo é um excelente fator para manter a atenção dos alunos”;
Sociedade Burguesa: a pedagogia tradicional emergiu e
cristalizou, aperfeiçoado seu mecanismo de controle: seletividade escolar, processo de formação da personalidade do educando. Fetiche e Medo
Fetiche: A prática educativa por meio de exames e
provas foi se tornando uma entidade (fetiche) criada pelo ser humano para atender uma necessidade, tornando-se independente.
A avaliação é praticada com independência do processo
ensino/aprendizagem e da relação professor/aluno (não considera que foi ensinado), as média são sempre números e não expressão de aprendizagem bem ou malsucedidas. As notas se tornam “a divindade” adorada tanto pelo professor quanto pelo aluno:
Professor para mostrar lisura ou poder;
Aluno quer a nota, precisa dela, faz contas e médias
para verificar a situação, em função dela se vive o cotidiano escolar. Medo: fator de controle social, internalizado é um excelente freio às ações que são supostamente indesejáveis (Estado, Igreja, Família e a Escola); gera submissão e habitua a criança e o jovem a agirem de modos “esperados”, comportamentos aprendidos, tensos.
Hoje não se usa mais o castigo físico explícito, mas o
castigo psicológico (sutil, antecipado, controlador, de duração prolongada...) Consequências da Pedagogia do Exame Pedagogicamente: centraliza a atenção nos exames e não no processo ensino/aprendizagem deixando em segundo plano sua função de auxiliar a construção da aprendizagem;
Psicologicamente: é útil para desenvolver
personalidades submissas, a autocensura, onde a coerção externa continua sendo exercitada;
Sociologicamente: é útil para a seletividade social, está
Avaliação da Aprendizagem: uma Análise Diagnóstica para Ações Pedagógicas no Ensino Fundamental I na Escola Municipal Eduardo Martini – Serra do Ramalho – BA