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• MEIO AMBIENTE
(Lei nº 9605/98)
Voto nº 2773
APELAÇÃO CRIMINAL Nº 1.239.789/1
– Incorre nas penas do art. 32 da Lei nº 9.605/98 (Lei do Meio Ambiente) quem
pratica maus-tratos contra os animais, estando nesse número os que
promovem briga de galos, espetáculo que, por sua crueza, repugna ao
sentimento ético-social da humanidade.
– “Protege a lei os animais não só por sentimento de piedade como ainda para
educar o espírito humano, a fim de evitar que a prática de atos de crueldade
possam transformar os homens em seres insensíveis ao sofrimento alheio,
tornando-os também cruéis para com os semelhantes” (cf. Rev. Tribs., vol.
295, p. 343).
Voto nº 3397
APELAÇÃO CRIMINAL Nº 1.270.987/6
– Não pode subsistir a condenação pelo crime do art. 34 da Lei nº 9.605/98 (Lei
do Meio Ambiente), sem prova do corpo de delito, ou da existência do fato.
À Acusação corre o ônus de demonstrar, além de dúvida, que o réu pescou em
período no qual era a pesca proibida.
– De todas as máximas que devem guiar o Julgador, não há mais sagrada nem
importante que esta: condenação exige certeza. Apenas a prova plena e
incontroversa da materialidade do fato criminoso, de sua autoria e da
culpabilidade do agente pode autorizar a edição de decreto condenatório. Se
incomprovado o fato, o próprio juízo de reprovação carecerá de substrato
lógico e a pena será, menos que retribuição pelo mal feito, pura expressão de
arbítrio. “A prova é a alma do processo” (Pereira e Sousa, apud João
Mendes Jr., Direito Judiciário Brasileiro, 1918, p. 202).
Voto nº 3908
APELAÇÃO CRIMINAL Nº 1.302.861/3
Voto nº 5064
APELAÇÃO CRIMINAL Nº 1.378.369/5
– Infringe a Lei do Meio Ambiente (art. 34, “caput”, e parág. único, nº II, da
Lei nº 9.605/98) o sujeito que realiza pescaria mediante a utilização de
petrecho não permitido (tarrafa).
– A alegação do agente de que em seu favor milita causa de justificação —
pescando, entendia no sustento da família e, pois, obrigado da necessidade —,
não merece acolhida sem prova plena e cabal do preenchimento dos requisitos
do art. 24 do Cód. Penal.
Voto nº 2850
HABEAS CORPUS Nº 380.996/1
Art. 39 da Lei nº 9.605/98;
art. 648, nº VI, do Cód. Proc. Penal
Voto nº 3679
CORREIÇÃO PARCIAL Nº 1.293.725/3
Voto nº 2961
APELAÇÃO CRIMINAL Nº 1.246.499/5
– Salvo a hipótese (que requer prova cabal) do sujeito que, para prover às suas
primeiras necessidades e da família, extrai pequenas quantidades de palmitos
de florestas consideradas de preservação permanente, constitui crime tê-los em
depósito ou para venda, em grande escala, sem licença da autoridade
competente (art. 46, parág. único, da Lei do Meio Ambiente).
– O desconhecimento da lei é inescusável (art. 21 do Cód. Penal).
Voto nº 3595
APELAÇÃO CRIMINAL Nº 1.301.121/2
– Atenta contra a Natureza e incorre na sanção da Lei nº 9.605/98 (art. 46), por
lesar o meio ambiente, o sujeito que, sem exigir a exibição de licença do
vendedor, expedida pela autoridade competente, adquire, para fins comerciais,
palmitos extraídos da palmeira juçara, produto vegetal típico da Mata
Atlântica e da região compreendida na área de proteção ambiental de
Cananeia, Iguape e Peruíbe.
– Contra aquele que, infenso à ética ambiental, concorre para o desmatamento
de floresta considerada de preservação permanente, prevalece o rigor da lei,
como “ultima ratio”, em ordem a que “o mundo não seja, num futuro não-
remoto, um deserto fuliginoso e morto” (José Renato Nalini, Ética Ambiental,
2001, p. 204).
– Não repugna à consciência jurídica nem quebranta a vontade da lei a decisão
que defere a réu (mesmo reincidente) o regime aberto, se condenado a pena
de curta duração. Casado e chefe de família, os efeitos de sua prisão
alcançariam também pessoas inocentes (a mulher e os filhos); donde o
prescrever o direito positivo que, ao aplicar a lei, deve olhar o Juiz o bem da
sociedade (art. 5º da Lei de Introdução ao Cód. Civil).
Voto nº 3975
APELAÇÃO CRIMINAL Nº 1.324.521/1
– A lei não concede foral de impunidade àquele que tem em depósito ou guarda,
para fins comerciais ou industriais, produtos de origem vegetal (como o
palmito), sem licença da autoridade competente; antes, reprime-lhe
severamente a conduta (art. 46, parág. único, da Lei nº 9.605/98), por atentar
com insigne desdém e execrável cupidez contra floresta considerada de
preservação permanente e, portanto, contra o patrimônio comum de seu País e
de toda a Humanidade.
– Pena de curta duração, por crime cometido sem violência a pessoa, pode o
Juiz determinar que o réu a cumpra sob o regime aberto, ainda que
reincidente. Solução é esta que se conforma com os princípios da política
criminal, máxime o da reação penal mínima (art. 36 do Cód. Penal).
Voto nº 5308
APELAÇÃO CRIMINAL Nº 1.407.771/1
– Viola o meio ambiente e, pois, incorre na sanção da Lei nº 9.605/98 (art. 46,
parág. único), o sujeito que, sem licença da autoridade competente, transporta
palmitos extraídos da palmeira juçara, produto vegetal típico da Mata
Atlântica.
– Contra aquele que, infenso à ética ambiental, concorre para o desmatamento
de floresta considerada de preservação permanente, prevalece o rigor da lei,
como “ultima ratio”, em ordem a que “o mundo não seja, num futuro não-
remoto, um deserto fuliginoso e morto” (José Renato Nalini, Ética Ambiental,
2003, p. 234).
– A defesa com base em circunstância excludente de ilicitude jurídica, de cunho
excepcional — como o estado de necessidade —, não se satisfaz com
simples alegação, requer prova plena e cabal (art. 24 do Cód. Penal).
Voto nº 2895
APELAÇÃO CRIMINAL Nº 1.241.445/1
Art. 48 da Lei nº 9.605/98;
art. 44, § 2º, do Cód. Penal
– Incide nas penas do art. 48 da Lei nº 9.605 (Lei do Meio Ambiente) o sujeito
que realiza gradeamento em terreno às margens de represa, pois com seu ato
impede ou dificulta a regeneração natural de florestas e demais formas de
vegetação.
– Ainda que o não tenha pleiteado a denúncia, pode o Magistrado, ao julgá-la
procedente, impor ao réu infrator do art. 48 da Lei nº 9.605 (Lei do Meio
Ambiente), além da pena restritiva de liberdade, multa reparatória (art. 20).
Voto nº 3203
APELAÇÃO CRIMINAL Nº 1.262.285/1
Voto nº 8076
HABEAS CORPUS Nº 1.003.811-3/6-00
Arts. 41, 361, 362 e 569 do Cód. Proc. Penal;
arts. 3º da Lei nº 9.605/98;
art. 41 do Cód. Proc. Penal
Voto nº 2821
APELAÇÃO CRIMINAL Nº 1.216.529/3
Art. 26, letra n, da Lei nº 4.771/65 (Código Florestal);
art. 37 da Lei das Contravenções Penais (arremesso ou colocação perigosa)
– Nisto de prova, tem universal aplauso o velho brocardo chinês: uma fotografia
é mais eloquente que um discurso, pois vale por mil palavras.
– A Defesa do Meio Ambiente acrescentou novo mandamento ao decálogo divino:
Não desmatarás!
FINIS
(Em breve, novas ementas).