O documento descreve a história da formação da Grécia e Roma antigas, incluindo a localização e povoamento da Grécia, as civilizações pré-gregas dos cretenses e micênicos, o período homérico, o período arcaico e as transformações da sociedade grega nesse período.
O documento descreve a história da formação da Grécia e Roma antigas, incluindo a localização e povoamento da Grécia, as civilizações pré-gregas dos cretenses e micênicos, o período homérico, o período arcaico e as transformações da sociedade grega nesse período.
O documento descreve a história da formação da Grécia e Roma antigas, incluindo a localização e povoamento da Grécia, as civilizações pré-gregas dos cretenses e micênicos, o período homérico, o período arcaico e as transformações da sociedade grega nesse período.
1. Compreender o valor do legado das culturas clssicas, grega e latina, na formao lingustico-literria e artstica do Ocidente Moderno e do Brasil, em particular. Seja bem-vindo Disciplina Cultura Clssica Contribuies Lingusticas! Nesta aula, conheceremos as origens das duas mais importantes civilizaes da antiguidade: Grcia e Roma. Elas so importantes em dois sentidos. Primeiro, por seu desenvolvimento, sua cultura e inventos, sua literatura e idiomas, por suas guerras e conquistas, por seus valores e mitos. Segundo, porque este legado dos gregos e dos romanos permanece entre ns, atravs da arte, da literatura, da mitologia, das tragdias, da poesia, das lnguas. Nas memrias destas duas civilizaes construiu-se o Ocidente, a Europa e, em consequncia das colonizaes nas Amricas, este legado greco-romano tornou-se tambm uma fonte para a formao da literatura e da arte no Brasil. LOCALIZAO E POVOAMENTO DA GRCIA Entre os anos: 1100e 800a.C. poca homrica: perodo em que os poemas Ilada e Odisseia, atribudos ao poeta Homero, teriam aparecido. Entre os anos: 800 e 500 a.C. poca clssica: perodo de consolidao da cidade Estado {polis) e do apogeu da cultura grega. Entre os sculos: VelV a.C. poca arcaica: perodo de formao da cidade-Estado grega, a polis. Entre os anos: 336 e 146 a.C. poca helenstica: perodo de decadncia da polis grega, que inclui os domnios macednio e romano sobre a Grcia. O Mundo Grego Antigo, ou Hlade, como era chamado pelos prprios gregos (Grcia uma nomenclatura romana), ocupava a parte sul da
pennsula balcnica, as ilhas do mar Egeu, as costas da sia Menor e
o sul da Itlia. A Grcia setentrional (norte) tinha trs importantes regies: Tesslia, Fcida e Etlia (ou Epiro). Na Grcia peninsular, ligada central pela faixa de terra chamada Corinto, estavam a Lacnia e a Messnia. Na Grcia central, encontravam-se a Becia e a tica. Fora do continente, havia a Grcia insular. Ao final do perodo Neoltico, a regio j era habitada por povos sedentrios de lngua no grega, chamados peas$os. A partir de 2000 a.C, aproximadamente, povos de origem indo-europeia, chamados helenos, comearam a chegar regio. Os primeiros helenos a alcanar a Grcia foram os aqueus (1950 a.C, originrios das estepes russas, que, em busca de melhores pastagens para seus rebanhos, espalharam-se por quase toda a Grcia, parte da sia Menor e pelo sul da Itlia. O contato dos aqueus com os cretenses deu origem civilizao micnica. A seguir, chegaram os jnios e os elios (1500 a.C), que se estabeleceram na tica e na sia Menor. A ltima leva foi a dos drios (1200 a.C, que se estabeleceram no Peloponeso, destruindo parte da civilizao micnica. A invaso drica no chegou a atingir a regio da tica. AS CIVILIZAES PR-GREGAS: CRETENSES E MICNICOS Entre 2500 e 1400 a.C, desenvolveu-se no Mediterrneo uma cultura bastante importante para a Histria, cujo principal centro era a ilha de Creta. Essa civilizao expandiu-se, chegando costa da Asia Menor, s ilhas do mar Egeu e parte da pennsula balcnica (Grcia). A civilizao cretense distinguiu-se por sua intensa produo artesanal, de carter luxuoso, o que indica que j dominava tcnicas de fabricao mais sofisticadas. Essa produo era comercializada atravs de estradas que ligavam suas cidades-palcios e tambm era exportada ao Oriente Mdio. Na civilizao cretense, as cidades-palcios que mais se destacaram foram Cnossos e Faestos, que eram governadas por reis e funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes. Como vimos anteriormente, foi do contato dos aqueus com os cretenses que surgiu a civilizao micnica. Os aqueus estabeleceram-se em pequenos Estados independentes, governados por prncipes ou chefes militares religiosos. Esses governantes tinham suas "cortes" de nobres guerreiros e eram sustentados pelo trabalho dos camponeses servis. Construram
castelos fortificados em locais bastante altos, para facilitar a defesa.
Eram as acrpoles, isto , cidades altas. As mais famosas dessas cidades foram Tilinto e Micenas, esta quase inacessvel. Por volta de 1400 a.C, os micnicos invadiram Creta e destruram Cnossos. Micenas passou a ocupar o lugar de Creta no comrcio e na produo artesanal. A civilizao micnica tinha vrias caractersticas da civilizao grega: sua lngua era semelhante ao grego, por exemplo. No entanto, a existncia de uma forte burocracia e de um poder central que controlava a economia dava civilizao micnica caractersticas das civilizaes orientais. A religio micnica era uma fuso de deuses indoeuropeus com deuses cretenses. Alguns transformaram-se em deuses gregos. Zeus e Posidon so dois exemplos. Mesmo com o desaparecimento da civilizao micnica, notamos que os gregos preservaram vrias razes dessa cultura: a lngua, os principais deuses e a herana dos feitos histricos da Guerra de Tria. O PERODO HOMRICO: A importncia das obras de Homero A principal fonte histrica para o estudo da Grcia nos perodos anterior e posterior invaso drica tem sido os poemas picos Ilada e Odisseia, ambos atribudos a Homero. As duas obras parecem ter sido produzidas em pocas diferentes, pois na Odisseia h muitas menes a armas, ferramentas e instrumentos de ferro, enquanto na Ilada no se faz referncia a esse material. Isso indica que a Odisseia mais recente que Ilada. A ilada descreve a Guerra de Tria, cidade que representava parte de uma civilizao pr-helnica que entrou em choque com os aqueus (chamados gregos). J a Odisseia descreve as peripcias de Ulisses, nobre grego, com suas viagens de volta para Itaca, na Grcia, atravs do Mediterrneo. Foi o estudo da Odisseia que forneceu as mais ricas informaes para a compreenso da sociedade e da economia da Grcia do perodo homrico. A formao da civilizao grega no Perodo Homrico Com a invaso dos drios, a ascendente civilizao micnica sofreu violento impacto. Seguiu-se um perodo de acentuado declnio da produo material e intelectual que ficou conhecido como a Idade Mdia Grega ou Idade das Trevas.
Nesse perodo, a sociedade retrocedeu para um tipo de organizao
poltica e econmica relativamente simples. Formaram-se os cls ou gnos: grupos de parentes consanguneos, descendentes de um mesmo antepassado. Formavam uma aristocracia que controlava os meios de produo (as melhores terras, escravos e ferramentas). Toda a produo era fruto do trabalho dos escravos e dos servidores. No entanto, esses escravos gozavam da proteo de seus senhores e no eram submetidos a maus- tratos. Tambm os membros do gnos trabalhavam junto a seus escravos. O PERODO ARCAICO A Grcia antiga no era um "pas" centralizado e unificado como o de hoje. Era formada por um grande nmero de pequenos Estados independentes entre si, que ficaram conhecidos com o nome de cidades-Estados ou, em grego, polis. O nascimento da polis. Depois da invaso dos drios, a Grcia foi aos poucos se transformando. Surgiram construes no alto dos morros para melhor defesa de possveis ataques. As casas e templos se aglomeravam e formaram o que ficou conhecido como polis, que pode ser grosseiramente traduzida por cidade. Nas cidades-Estados da Grcia antiga, na parte mais alta, habitava a aristocracia liderada pelo basileu, espcie de rei-sacerdote. Nas partes mais baixas, localizava-se o mercado e nelas moravam os comerciantes, artesos e trabalhadores em geral. A acrpole era a parte da polis onde ficavam as fortificaes militares e os templos religiosos. Um exemplo famoso desse tipo de construo a Acrpole de Atenas. As transformaes da sociedade grega A consolidao da cidade-Estado iniciou-se no sculo VIII?. Mas a sociedade grega j apresentava problemas: O aumento da populao, a escassez de terras frteis e o monoplio das maiores e melhores terras pela aristocracia, que enriquecia sempre mais. O pequeno campons tinha que recorrer ao grande proprietrio para obter emprstimos de sementes e alimentos que sua propriedade no produzia (por ser pequena); em troca, tinha que dar uma parte do que produzisse ao rico proprietrio. Nessa relao, o campons era conhecido como hectemoro e o grande proprietrio era chamado euptrda. Quando o hectemoro no conseguia pagar suas dvidas ao eupthdo, tinha suas terras
confiscadas por este e, na maioria das vezes, o prprio campons era
vendido como escravo. Na Grcia, no incio do sculo VIII, no havia terras para todos e os alimentos eram escassos para uma populao crescente. As melhores terras ficavam em mos de poucos, que tambm eram os donos do poder poltico. Entre os sculos VIII e VII a.c. os gregos saram em busca de terras fora da Grcia. Ocuparam vrias regies do Mediterrneo, como o sul da Itlia e a Siclia. A organizao dessas colnias era semelhante das cidadesEstados, com as quais mantinham estreitos vnculos culturais e religiosos. A colonizao ajudou a diminuir um pouco as tenses na Grcia, mas no resolveu as questes principais. Para suprir o problema da falta de alimentos, foram criadas colnias nas regies frteis do mar Negro, que produziam o trigo. Para pagar a importao, desenvolveu-se na Grcia a cultura da uva e da oliveira para produzir vinho e azeite que, por sua vez, eram trocados pelo trigo. Para o armazenamento e transporte desses produtos, eram utilizados potes e vasos produzidos por uma dinmica manufatura de cermica. Surgiu ento uma nova camada na sociedade grega: a dos proprietrios de terra que produziam e comerciavam o azeite e o vinho. Essa nova camada social, embora rapidamente enriquecida, era impedida de qualquer participao poltica. A situao dos camponeses pobres continuava a mesma, enquanto a aristocracia mantinha seus privilgios e aumentava suas propriedades, oprimindo os pobres. O descontentamento era geral e crescente. O PERODO CLSSICO: A POLIS DE ATENAS A regio da tica havia sido pouco atingida pelas invases dricas. Isso contribuiu para que as pequenas aldeias que formavam essa regio se agrupassem pacificamente sob a hegemonia de uma delas: Atenas. A esse processo de unio das aldeias deu-se o nome de sinecismo. E foi desse fenmeno que se formou a cidade-Estado de Atenas. As transformaes econmicas trouxeram tambm transformaes sociais Grcia
Atenas tornou-se um dos principais centros exportadores de vinho e
azeite e grande produtora de cermica. As diferenas entre as classes sociais se acentuavam. Com o surgimento de duas novas classes - a dos novos ricos, proprietrios que se beneficiavam da expanso econmica; e a dos escravos, que aumentavam em nmero - a situao tornou-se mais e mais tensa. Os euptridas oprimiam os camponeses pequenos proprietrios, enquanto aumentavam sua riqueza e monopolizavam o poder poltico. Era preciso encontrar uma soluo. A aristocracia props, ento, uma reforma na sociedade, que foi planejada sucessivamente por dois legisladores: Dracon limitou-se a escrever as leis, que at ento eram orais, tirando a justia das mos dos euptridas e passando-a para o Estado. Mesmo assim, a situao dos pobres era aflitiva. Em 594 a.C, Slon iniciou as seguintes reformas: nenhum cidado grego poderia ser vendido como escravo; assim, os hectemoros que haviam sido vendidos como escravos puderam voltar s suas terras; realizou uma reforma social, dividindo a sociedade em quatro classes: AS CLASSES DA SOCIEDADE GREGA Classe I e II As duas primeiras classes eram as que tinham renda anual entre 300 e 500 medidas de trigo, azeite ou vinho e participavam dos cargos mais importantes do governo; Classe III A terceira classe era a dos guerreiros de infantaria (zeusitas), cuja renda tinha que ser suficiente para a compra de um escudo e uma lana; Classe IV A quarta classe era a dos thtas, camponeses e artesos pobres, que somente participavam da assembleia popular; criou a eclsia, assembleia popular que opinava sobre os assuntos de interesse geral; estabeleceu o bul, conselho de 400 membros formado por 100 representantes de cada uma das quatro tribos que existiam na tica; o poder executivo estava nas mos do Arepago, que era monoplio das duas camadas mais ricas. Histria de Roma - Da Monarquia Repblica Roma: fundamentos
Principais perodos da histria de Roma. Situada na plancie do Lcio,
s margens do rio Tibre e prxima ao litoral (mar a cidade de Roma originou-se a partir da fuso de dois povos: LATINOS + SABINOS => CIDADE DE ROMA Inicialmente, uma aldeia pequena e pobre, numa data difcil de precisar, Roma foi conquistada pelos seus vizinhos do norte, os etruscos, que dela fizeram uma verdadeira cidade. Os romanos eram tambm vizinhos dos gregos, que, ao sul, haviam criado a chamada Magna Grcia, onde habitavam desde a poca da fundao de Roma. Dos etruscos e dos gregos, os romanos receberam importantes influncias e, com base nelas, elaboraram a sua prpria civilizao. A sociedade romana, como a grega, exemplo de sociedade escravista, embora difira desta em alguns aspectos fundamentais. O processo de concentrao de terras pela aristocracia patrcia jamais foi bloqueado, e o poder e a influncia daquela camada social permaneceram praticamente inalterados at o fim. O elemento central da grande estabilidade desfrutada por Roma foi a instituio do latifndio escravista, que, estabelecido ali numa escala desconhecida pelos gregos, proporcionou aos patrcios o controle sobre os rumos da sociedade. solidez econmica e poltica da situao dos patrcios somou-se o talento militar dos romanos, que fez, de Roma, uma cidade-Estado, sede de um poderoso imprio. Os gregos e os romanos iniciaram sua histria sob o regime monrquico (fundado por Rmulo, segundo a lenda), experimentaram a repblica e terminaram os seus dias sob o domnio de um imprio universal desptico e muito parecido com os modelos orientais So os trs perodos em que se costuma dividir a histria de Roma:
Monarquia - Patrcios e plebeus
Desde o tempo da Monarquia, a sociedade romana encontrava-se dividida em patrcios e plebeus. Os patrcios pertenciam camada superior da sociedade, e os plebeus, camada inferior. 0 que distinguia a ambos era a gens, uma instituio anloga ao Senos grego. Somente os patrcios pertenciam s sentes (plural de gens). Uma gens congregava os indivduos que descendiam, pela linha masculina, de um antepassado comum. Portanto, a gens nada mais era do que famlia em sentido amplo. Em outras palavras, gens era o nome que os romanos davam quilo que conhecemos como cl. E, como qualquer cl, a gens era composta de vrias famlias individuais. Uma gens distinguia-se de outra pelo nome: gens Lvia, gens Fbia etc. e todos os seus membros traziam o nome da gens. 0 nome dos patrcios era composto de trs elementos: o prenome, o nome gentlico, ou da gens, e o cognome ou designao especial, uma espcie de apelido. Exemplos: Lcio Cornlio Sila, Caio Jlio Csar etc. Quer dizer: Sila era membro da gens Cornlia, e Csar, da gens Jlia. A palavra senado deriva do latim senex, que significa "velho". O Senado era, pois, um conselho de ancios, uma instituio muito comum na Antiguidade. Seu equivalente, na Grcia, era a Gersia, em Esparta. Inicialmente composto de cem membros, o Senado passou a ter, depois, trezentos e, mais tarde, seiscentos membros. Os que no pertenciam a nenhuma gens eram plebeus e, por esse motivo, estavam excludos da vida poltica. Sem direitos polticos, eram considerados cidados de segunda classe. Mas, ateno, ser plebeu no significava ter uma condio econmica inferior ou de pobreza. As reformas servianas Srvio Tlio, o segundo rei etrusco, tido como o realizador de diversas reformas que favoreceram os plebeus. Ele criou vrias gentes, promovendo famlias plebeias condio de nobres, organizou assembleias militares, os comcios centuriatos, e estimulou o comrcio e o artesanato visando fortalecer economicamente os plebeus, Essas medidas, que a tradio atribuiu a Srvio Tlio, ficaram conhecidas como reformas servianas. O objetivo do rei, entretanto, no era propriamente beneficiar os plebeus, mas fortalecer o poder monrquico.
A criao de uma classe plebeia vigorosa tinha por fim a
neutralizao do poder dos patrcios, ou seja, algo semelhante ao pretendido pelos tiranos, como Pisstrato, na Grcia. Mas em Roma, essa poltica no teve o mesmo efeito. A queda da Monarquia Foi um movimento dos patrcios desejosos de manter seus privilgios contra a poltica "popular" de Srvio Tlio. Tarquinio, chamado de "O Soberbo", deu continuidade poltica de seu antecessor. Os patrcios reagiram em 509 a.C. contra aquela poltica, destronando Tarquinio e dando fim Monarquia. Para a felicidade dos patrcios, o xito do movimento foi assegurado em boa parte pelo declnio da civilizao etrusca, que no conseguiu realizar uma interveno pronta e eficaz em Roma. Assim nasceu a Repblica romana. A reorganizao dos poderes na Repblica Vitoriosos, os patrcios fizeram algumas modificaes nas instituies de poder. 0 Senado e os comcios curiatos e centuhatos permaneceram como estavam. Mas o poder antes exercido pelo rei foi dividido e entregue a dois cnsules, que permaneciam apenas um ano no cargo. Desse modo, os patrcios tentaram eliminar o risco de retorno da Monarquia. Nos anos que se seguiram vitria contra Marco Antnio, Otvio, atravs de ttulos e mudanas no prprio nome, foi cumulado de honrarias, a ltima delas como fundador do Imprio. Em 40 a.C, ele recebeu do exrcito o ttulo de Imperator, que transformou em seu prenome. E, para ressaltar a sua relao de parentesco com Csar, divinizado aps a morte, e para significar que dele havia adquirido o direito de comando do exrcito, Otvio conservou para si a denominao Csar. O nome que adotou foi, ento, Imperator Caesar Divi Filius, significando "Imperador Filho de Csar Divino". Depois de ter exercido o governo com poderes excepcionais desde a guerra contra Marco Antnio, Otvio executou, em 27 a.C, uma manobra poltica bem-sucedida: renunciou aos seus poderes numa sesso do Senado e declarou restaurada a Repblica. Nessa mesma reunio, o Senado no apenas reafirmou seus poderes, como concedeu-lhe novos ttulos, como princeps, que significava "primeiro cidado romano". Alm disso, conferiu-lhe o ttulo Augusto, dado apenas aos deuses. Otvio, que da em diante passou a ser conhecido por Augusto, saiu, portanto, mais fortalecido desse episdio.
Os quatro primeiros imperadores que sucederam Augusto eram todos
parentes entre si e fizeram parte da dinastia conhecida como JlioCludia. e foi sucedida pelas dinastias:
A crescente influncia do exrcito na vida poltica foi a principal
caracterstica do Principado. Sua primeira interveno ocorreu no reinado de Calgula, um imperador cujo comportamento mostrava claros sinais de desequilbrio mental, morto em decorrncia de um compl dirigido contra ele pelos oficiais da guarda pretoriana. Apesar dessa tendncia, o Principado conheceu uma fase de grande estabilidade com a dinastia Antonina, durante a qual vigorou a chamada Pax Romana (paz romana), que perdurou por quase cem anos. Com a chegada dos Severos ao poder imperial, teve incio outro perodo de turbulncia, que chegou ao auge em 235 d.C. Esse foi o ano em que comeou a mais profunda crise do Imprio Romano, da qual ele saiu completamente transformado cinquenta anos depois. Nesse conturbado perodo conhecido como "anarquia militar", de 235 a 285, Roma conheceu uma rpida sucesso de mais de vinte imperadores, dos quais apenas um morreu de morte natural. Em constantes motins, o exrcito romano estava dividido em faces rivais, que proclamavam os imperadores com a mesma facilidade com que os assassinavam. As duas fases do Imprio. O Principado (27 a.C. - 235 d.C.) e o Dominato (284 - 476) constituem as duas fases do Imprio, separadas uma da outra por um perodo conhecido como "anarquia militar" (235 - 284). 0 primeiro perodo tambm chamado de Alto Imprio e o segundo, de Baixo Imprio. O Imprio comeou com Augusto tendo nas mos os poderes civil, militar e religioso. Ele vinculou a posio social do indivduo renda e restringiu a competncia do Senado e das magistraturas aos assuntos civis relativos a Roma e Itlia. Por fim, reorganizou o exrcito profissional e tornou-o permanente. A interveno dos militares na poltica foi o trao marcante do Principado e continuou a s-lo ainda mais no Baixo Imprio. Sntese - Nesta aula, voc:
- Compreendeu a formao histrica da identidade da cultura grega e
romana (ou latina) na Antiguidade. - Aprendeu sobre as etapas cronolgicas da formao do povo, das cidades e da cultura grega antiga. - Analisou as etapas da formao do Imprio Romano, pela histria de Roma.