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Prlogo
(Entra o Coro.)
Coro
Duas casas, iguais em seu valor,
Em Verona, que a nossa cena ostenta,
Brigam de novo, com velho rancor,
Pondo guerra civil em mo sangrenta.
Dos fatais ventres desses inimigos
Nasce, com m estrela, um par de amantes,
Cuja derrota em trgicos perigos
Com sua morte enterra a luta de antes.
A triste histria desse amor marcado
E de seus pais o dio permanente,
S com a morte dos filhos terminado,
Duas horas em cena est presente.
Se tiverem pacincia para ouvir-nos,
Havemos de lutar pra corrigir-nos. (Sai.)
[...]
Cena II
(Romeu avana.)
Romeu
Zomba da dor quem nunca foi ferido.
Julieta Julieta
s seu nome que meu inimigo: Eu no quero por nada que o vejam.
Mas voc voc, no Montquio!
O que Montquio? No p, nem mo, Romeu
Nem brao, nem feio, nem parte alguma Tenho o manto da noite pra esconder-me,
De homem algum. Oh, chame-se outra coisa! E se voc me ama, no me encontram.
O que h num nome? O que chamamos rosa Antes perder a vida por seu dio
Teria o mesmo cheiro com outro nome; Que, sem o seu amor, no morrer logo.
E assim Romeu, chamado de outra coisa,
Continuaria sempre a ser perfeito,
Com outro nome. Mude-o, Romeu,