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Teste de Português

Grupo I

Depois de ler atentamente o poema responda às questões que lhe são colocadas:

1. Refira-se ao tema deste poema e ao desenvolvimento.

2. Que sentimentos estão aqui expressos?

3. Integre este poema na estrutura formal da Mensagem e justifique a sua resposta.

4. Faça o levantamento dos recursos estilísticos mais evidentes neste poema,


explicando o seu significado.

Grupo II

Não ultrapassando as dez linhas, comente a seguinte afirmação, num texto


expositivo-argumentativo bem estruturado, fundamentando a sua resposta com poemas
estudados:

Criar um novo Portugal, ou melhor, ressuscitar a Pátria Portuguesa, arrancando-a do


túmulo onde a sepultaram alguns séculos de obscuridade(…). E isto leva a crer que deve
estar para breve o inevitável aparecimento de um poeta supremo que este movimento
gerará, deslocando a figura de Camões para segundo plano.
PROPOSTA DE CORRECÇÃO DO TESTE DE PORTUGUÊS Nevoeiro
de Fernando Pessoa

GRUPO I

1. O título do poema aponta logo para uma situação de indefinição, que depois se
desenvolve num tom de melancolia, marcado por palavras e expressões de negatividade
(nem- advérbio de negação e ninguém- pronome indefinido), caracterizando a
situação de crise a vários níveis: de identidade, política e moral. O estado em que ficou
o país é de incerteza e de indefinição: “Ó Portugal, hoje és nevoeiro…

2. Aqui estão presentes sentimentos de tristeza: “Portugal a entristecer”; de confusão:


“Ninguém sabe que coisa quer”; de ansiedade: “Que ânsia distante perto chora?”

3. Este poema pertence à 3ªparte de Mensagem, O Encoberto, mais assumidamente


sebastianista. O Rei Encoberto virá numa manhã de nevoeiro salvar Portugal do estado
de crise e de incerteza em que o deixou. A morte do Rei em Alcácer-Quibir preconizará
um renascimento; Portugal voltará a ser o V Império que foi outrora: “É a Hora!”.

4. A anáfora: a repetição de palavras no início de frases (Nem…Ninguém…Tudo…), para


enfatizar a situação de crise; a personificação: no v. 4 (Portugal a entristecer) para
acentuar a sensação de sofrimento da Pátria; a antítese: “brilho sem luz”, no v. 5,
mal/bem, no v. 9 distante/perto no v.10 e tudo/nada no v. 12, distinguindo opostos que
caracterizam o presente mau e o passado bom; a apóstrofe: “Ó Portugal…”, como se
Portugal pudesse escutar um apelo e agisse; a adjectivação: para melhor caracterizar
e qualificar o substantivo: “fulgor baço”; a exclamação no verso final como se fosse
um grito de mudança.

GRUPO II

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