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Grandezas Fisicas Instrumentos e Equipamentos de Medicao e Testes PDF
Grandezas Fisicas Instrumentos e Equipamentos de Medicao e Testes PDF
PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO
OPERACIONAL CST
GRANDEZAS FÍSICAS,
INSTRUMENTOS E
EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO
E TESTE
ELABORAÇÃO: DEZEMBRO/ 04
CST - Companhia Siderúrgica de Tubarão
FDH - Departamento de Recursos Humanos
FHD - Divisão de Desenvolvimento e Remuneração
Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, 930, Jardim Limoeiro - Serra - ES.
CEP: 29163-970
Telefone: 0 XX (27) 3348-1420
Fax: 0 XX (27) 3348-1077
Sumário
1. MULTÍMETRO ........................................................................................................................................ 7
1.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS .......................................................................................................................... 7
1.1.1. Galvanômetro........................................................................................................................... 7
1.2 MEDIDORES DE CORRENTE: AMPERÍMETROS ..................................................................................... 8
1.2.1. Resistor Shunt ou de derivação ................................................................................................ 8
1.3 MEDIDOR DE D.D.P: VOLTÍMETRO.................................................................................................... 10
1.4 MEDIDA DE RESISTÊNCIA ................................................................................................................ 11
1.4.1. Ohmímetro série..................................................................................................................... 11
2. MEGÔMETRO ....................................................................................................................................... 12
2.1 EXEMPLOS DE MEGÔMETROS ELETRÔNICOS .................................................................................... 15
3. MEDIÇÃO DE TEMPERATURA ........................................................................................................ 16
3.1. ESCALAS DE TEMPERATURA ............................................................................................................ 16
3.2. MEDIÇÃO DE TEMPERATURA ATRAVÉS DE EFEITOS MECÂNICOS ...................................................... 16
3.3. TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA...................................................................................... 17
3.4. VANTAGENS DAS TERMORESISTÊNCIAS ........................................................................................... 21
3.5. TERMISTORES .................................................................................................................................. 21
3.6. MEDIÇÃO DE TEMPERATURAS COM TERMOPARES. ........................................................................... 22
3.6.1. Fundamentos Teóricos ........................................................................................................... 22
3.6.2. Leis Termoelétricas................................................................................................................ 23
3.6.3. 2 ª Lei Termoelétrica ou Lei das Temperaturas ..................................................................... 24
3.6.4. Circuito de Termopar e Medição de f.e.m.............................................................................. 24
3.6.5. Potência Termoelétrica .......................................................................................................... 25
3.6.6. Termopares Comerciais ......................................................................................................... 26
3.6.7. Fios de compensação ............................................................................................................. 27
3.6.8. Circuitos Especiais................................................................................................................. 28
3.6.8.1. Associação em Série.......................................................................................................................... 28
3.6.8.2. Associação em Paralelo..................................................................................................................... 28
3.6.8.3. Termopar Diferencial ........................................................................................................................ 29
3.6.9. Precisão dos Termopares....................................................................................................... 29
3.6.10. Proteção dos Termopares ...................................................................................................... 31
3.6.11. Calibração - Padrão de Temperatura.................................................................................... 31
3.6.12. "Constante de Tempo" de um Termopar ................................................................................ 31
4. PIRÔMETRO.......................................................................................................................................... 32
4.1 PIRÔMETRO DE RADIAÇÃO INFRAVERMELHO (I.V.) ......................................................................... 32
4.1.1. Introdução.............................................................................................................................. 32
4.1.2. A radiação do corpo negro .................................................................................................... 33
4.1.3. Pirômetros de radiação.......................................................................................................... 36
4.2 TERMÓGRAFOS ................................................................................................................................ 41
5. HIGRÔMETRO ...................................................................................................................................... 43
5.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 43
5.2 HIGRÔMETRO DE FIO DE CABELO ..................................................................................................... 43
5.3 HIGRÔMETRO DE BULBOS SECO E ÚMIDO ......................................................................................... 44
5.4 MODELOS DE HIGRÔMETROS ........................................................................................................... 45
6. DENSÍMETRO ....................................................................................................................................... 45
6.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 45
6.2 RESUMO........................................................................................................................................... 48
6.3 EXEMPLO DE DENSÍMETROS ............................................................................................................. 48
7. MEDIÇÃO DE VIBRAÇÃO.................................................................................................................. 49
7.1. PERIODICIDADE DAS MEDIÇÕES ....................................................................................................... 49
7.2. NÍVEIS DE ALARME .......................................................................................................................... 50
7.3. ESTUDOS DE CASOS ......................................................................................................................... 51
7.3.1. Desbalanceamento de massa.................................................................................................. 51
7.3.2. Desalinhamento de acoplamento ........................................................................................... 51
7.3.5. Vibrações causadas por defeito em rolamentos..................................................................... 54
8. PAQUÍMETRO....................................................................................................................................... 55
8.1. TIPOS DE PAQUÍMETROS .................................................................................................................. 57
8.2. TIPOS DE MEDIDAS FEITAS COM PAQUÍMETRO.................................................................................. 58
9. MICRÔMETROS ................................................................................................................................... 59
9.1. ERROS DO PASSO DA ROSCA ............................................................................................................ 59
9.2. TIPOS DE MICRÔMETROS: ................................................................................................................ 62
9.3. MEDIDAS COM MICRÔMETROS ......................................................................................................... 63
9.3.1. Micrômetro digital ................................................................................................................. 63
9.4. FONTES DE ERROS ............................................................................................................................ 63
9.5. CALIBRAÇÃO ................................................................................................................................... 64
10. MEDIDORES DE NÍVEL ...................................................................................................................... 65
10.1. SENSORES CAPACITIVOS .................................................................................................................. 65
10.2. SENSORES MECÂNICOS .................................................................................................................... 66
11. MEDIDORES DE FLUXO..................................................................................................................... 66
11.1. MEDIDOR DE FLUXO COM PRINCÍPIO DO PISTÃO EXCÊNTRICO .......................................................... 67
11.2. MÉTODOS DE OBSTRUÇÃO DE FLUXO .............................................................................................. 67
11.3. MEDIDORES DE FLUXO POR ARRASTE .............................................................................................. 69
11.4. MEDIDOR DE FLUXO DO TIPO TURBINA ............................................................................................ 69
11.5. MEDIDORES DE FLUXO BASEADOS EM EFEITO ULTRA-SÔNICO ....................................................... 69
12. MEDIÇÃO DE PRESSÃO ..................................................................................................................... 70
12.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 70
12.2. INSTRUMENTOS DE MEDIDA DE PRESSÃO ......................................................................................... 71
12.2.1. Coluna de líquido................................................................................................................... 71
12.2.2. Pressão que atua em área conhecida - medição da força resultante..................................... 72
12.2.3. Medição de pressão a partir da medição de deformação, deslocamento .............................. 73
13. OSCILOSCÓPIO .................................................................................................................................... 79
13.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 79
13.2. OSCILOSCÓPIO ANALÓGICO ............................................................................................................. 79
13.3. OSCILOSCÓPIO DIGITAL ................................................................................................................... 84
14. VERIFICADORES E CALIBRADORES............................................................................................. 85
14.1. TIPOS............................................................................................................................................... 85
14.2. CONDIÇÕES DE USO ......................................................................................................................... 87
14.3. CONSERVAÇÃO................................................................................................................................ 87
15. ANALISADORES DE ENERGIA ......................................................................................................... 88
15.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 87
15.2. TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES DOS INTENS DE QUALIDADE........................................................... 88
15.3. TRANSITÓRIOS ................................................................................................................................. 89
15.4. INTERRUPÇÕES E SAGS .................................................................................................................... 91
15.5. SOBRETENSÕES ................................................................................................................................ 93
15.6. DESEQUILÍBRIOS DE TENSÕES.......................................................................................................... 95
15.7. DISTORÇÕES NA FORMA DE ONDA ................................................................................................... 96
15.8. DISTORÇÕES HARMÔNICAS ............................................................................................................. 97
15.9. FLUTUAÇÕES OU OSCILAÇÕES DE TENSÃO .................................................................................... 100
15.10. VARIAÇÕES NA FREQÜÊNCIA DO SISTEMA ELÉTRICO .................................................................... 101
16. ENCODER............................................................................................................................................. 103
16.1. ENCODERS INCREMENTAIS ............................................................................................................ 103
16.2. ENCODRES ABSOLUTOS ................................................................................................................. 105
17. ESTETOSCÓPIO.................................................................................................................................. 107
18. GRANDEZAS FÍSICAS/ QUADRO GERAL DE UNIDADES ........................................................ 108
18.1. SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES ....................................................................................... 108
18.2. OUTRAS UNIDADES ....................................................................................................................... 108
18.2.1. As Unidades fora do SI Admitidas no QGU são de duas Espécies ...................................... 108
18.3. PRESCRIÇÕES GERAIS .................................................................................................................... 109
18.3.1. Grafia dos Nomes das Unidades .......................................................................................... 109
18.3.2. Grafia dos Símbolos de Unidades ........................................................................................ 110
18.3.3. Grafia dos Números ............................................................................................................. 111
18.3.4. Grandezes Expressas por Valores Relativos........................................................................ 113
19. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 127
7
1. MULTÍMETRO
Este aparelho reúne os três medidores: Voltímetro, Amperímetro e Ohmímetro.
Para selecionar o instrumento que se fará uso basta usar a chave rotativa
seletora que se encontra no centro do aparelho.
1.1.1. GALVANÔMETRO
É um receptor ativo que tem por objetivo à comparação de intensidade de correntes elétricas. É um
aparelho de medida que, por ter sua resistência elétrica interna muito pequena, não deve ser
percorrido por elevadas intensidades de corrente, caso contrário poderá ter por conseqüência a
provável queima de sua bobina interna, a não ser que lhe seja ligado em paralelo um resistor com
valor apropriado.
Conforme o modo como se acopla o resistor, em paralelo ou série, o galvanômetro pode medir
intensidade de corrente ou diferenças de potencial.
Para o galvanômetro são duas as principais características que devem ser levadas em conta:
1) Corrente de fundo de escala, (Igm) - é valor máximo de intensidade de corrente elétrica que
provê o máximo de deflexão do ponteiro do instrumento.
2) Resistência do Galvanômetro (Rg) - é a resistência elétrica do fio condutor que constituí a bobina
móvel do instrumento.
Obs: A sensibilidade do aparelho depende de (Igm) e é definida como sendo o inverso do fundo de
escala.
Obs: 1) A faixa de medida para galvanômetros comerciais situa-se entre: 1µA a 1 mA.
Tendo em vista a pequena faixa de medida dos galvanômetros, é necessário que aumentemos a
mesma para que medidas de correntes maiores sejam possíveis. Para isso um dos métodos mais
comuns é a colocação de um resistor ôhmico em paralelo com o galvanômetro, denominado resistor
de derivação ou “shunt”.
a) O galvanômetro, já que possui resistência interna, modifica a corrente que passa pelo ramo onde
o mesmo é inserido.
b) É um instrumento frágil que só permite medidas de corrente muito pequenas.
Resumindo:
Como um galvanômetro tem uma resistência interna muito pequena e, que um Voltímetro deve ter
resistência interna muito grande, o que se faz para um galvanômetro funcionar como Voltímetro é
associar em série com ele uma resistência muito grande, a qual é denominado resistor multiplicador
(RM).
Analisando o circuito:
Utilizando este esquema acima, vamos projetar um Ohmímetro que dê deflexão =0 no meio da
escala quando, sendo os dados do galvanômetro: Igm = 1mA.
2. MEGÔMETRO
Quando a manivela do gerador de CC é girada obtêm-se uma tensão de valor variável, de acordo
com a velocidade que esteja sendo impressa à manivela. Essa tensão é enviada ao regulador de
tensão que a estabiliza em 500 ou 1000 V, sendo enviada aos bornes L e T.
Se os bornes L e T estiverem abertos, haverá circulação de corrente somente pela bobina B, que
recebe tensão através do resistor de amortecimento R.
O campo magnético criado por essa bobina B faz um deslocamento do conjunto de bobinas móveis,
levando o ponteiro para o ponto infinito da escala graduada.
Se os bornes L e T estiverem
fechados em curto circuito
haverá circulação de corrente
também pela bobina B1, que
receberá tensão através do
resistor de amortecimento R1.
Se os bornes L e T forem fechados através de um resistor Rx de valor elevado, a corrente que fluirá
pela bobina B1 terá uma intensidade menor, ocasionada pela queda de tensão no resistor Rx.
A leitura da escala graduada do megômetro é direta, ou seja, basta localizar a posição do ponteiro
sobre a escala graduada e fazer a leitura.
3. MEDIÇÃO DE TEMPERATURA
TC = Temperatura em Celsius
TF = Temperatura em Fahrenheit
TK = Temperatura em Kelvin
Relações de Escalas:
O líquido que está dentro de um bulbo começa a se expandir com o aumento da temperatura e é
obrigado a passar por um tubo capilar feito geralmente num vidro devidamente graduado. Observa-
se que a expansão vista na escala é a diferença entre a dilatação do líquido e do bulbo de vidro.
De acordo com referências do NBS - USA (National Bureau of Standard), a sensibilidade deste tipo
de termômetro pode alcançar medidas de ± 0,05 °C. Dentro desta classe de instrumentos é possível
ainda incluir os bimetálicos. Esses sensores constituem-se de duas lâminas de metais com
coeficientes de dilatação térmica diferentes fixadas uma a outra.
Quando imerso em um ambiente sob temperatura, as duas tiras de metal começam a se expandir, no
entanto uma delas irá aumentar seu comprimento mais que a outra resultando na deformação do
conjunto com a conseqüente formação de um raio que geralmente é utilizado para travar ou
destravar uma chave.
Devido ao seu baixo custo, uma aplicação bastante popular deste tipo de sensor pode ser encontrada
em termostatos, que por sua vez são bastante aplicados em sistemas de segurança.
Fig. 1 - Variação da resistência com a temperatura. Observa-se que para uma mesma variação de
temperatura, a variação de resistência do metal (Rm) é significativamente menor do que a
semicondutor no NTC (Rs).
Em função do erro de medição, são duas as classes de precisão adotadas para as termoresistências:
Classe A e Classe B (fig.2).
Geralmente, o bulbo de resistência é montado em uma módulo de aço inox, preenchido com óxido
de magnésio, de tal modo que haja uma ótima condução térmica e proteção do bulbo com relação a
choques mecânicos. A isolação elétrica entre o bulbo e o módulo obedece à mesma norma ASTM E
1137.
Fig. 2 -Desvios permitidos (erros em °C) em função da faixa de temperatura para termoresistências
de Pt.
Sendo que o efeito termoresistivo consiste em explorar a variação da resistência elétrica produzida
por uma determinada variação de temperatura, o valor da resistência elétrica de um material, a uma
temperatura “t”, teoricamente, é dada por:
onde Ro é o valor da resistência do material a 0°C (ou a alguma outra temperatura de referência).
As resistências elétricas dos cabos, dos contatos, etc., podem alterar o resultado da medida ao se
somarem à resistência do sensor. Desta maneira, existem vários tipos de montagens que podem ser
realizadas, buscando minimizar essas alterações: (a) dois fios, (b) três fios e (c) quatro fios.
Na figura 4: montagem de três fios; nesse tipo de montagem, que é a mais utilizada industrialmente,
haverá uma compensação
da resistência elétrica
pelo terceiro fio.
Alguns problemas de ordem prática com este tipo de sensor podem ser citados:
3.5. TERMISTORES
Os termistores são sensores fabricados com materiais semicondutores como óxido de magnésio ou
cobalto; em aplicações que exigem alta precisão, o semicondutor utilizado pode ser o silício ou o
germânio, dopados com algum outro material. Por serem construídos de material semicondutor,
possuem a grande vantagem de poderem ser fabricados em um tamanho físico muito pequeno. O
termistor de coeficiente negativo de temperatura (NTC) é um sensor muito conhecido e encontrado
no mercado com uma variedade muito grande no tipo construtivo e nos valores de resistência. Já o
termistor de coeficiente positivo (PTC), é mais raro de ser encontrado, dada sua complexidade no
aspecto construtivo. A resistência destes elementos sensores segue uma variação exponencial com a
temperatura. Desta forma. Uma equação adequada e muito comum para descrever seu
comportamento é:
O termistor é um sensor muito sensível e performances com erros de até 0,01 °C podem ser
alcançados com calibração adequada.
Mesmo sendo muito sensível, obviamente, tem a desvantagem de ser não linear, o que obriga a
utilização de um sistema para prover o ajuste da temperatura em função da resposta do mesmo,
geralmente implementado na forma de programação de um sistema de aquisição de dados.
Os termistores NTC, ao inverso dos demais, diminuem sua resistência elétrica com o aumento da
temperatura. Uma das aplicações sugeridas para este dispositivo, por exemplo, é o uso do termistor
para aumentar a vida útil de grandes lâmpadas de tungstênio. Pode-se adaptar um termistor NTC em
série com a mesma, haja vista que a resistência do filamento de uma lâmpada de tungstênio, quando
fria, é menor que um décimo do seu valor quando quente e a súbita comutação desta lâmpada
diretamente à fonte de tensão encurtam sua vida útil.
Uma vez que a resistência dos termistores é muito alta, os erros devido a cabos e conexões é
desprezível. Adicionalmente, devido à alta resistência correntes muito baixas são resultantes, o que
minimiza os erros devido a auto-aquecimento.
Os termistores são semicondutores e desta forma são sujeitos a deteriorar-se em altas temperaturas,
e assim limitados para medições até 300°C.
Ou seja, ao se conectar dois metais diferentes (ou ligas metálicas) do modo mostrado na Figura 1,
tem-se um circuito tal que, se as junções “a” e “b” forem mantidas em temperaturas diferentes T1 e
T2, surgirá uma f.e.m. termoelétrica e uma corrente elétrica “i” circulará pelo chamado "par
termoelétrico” ou "termopar".
Qualquer ponto deste circuito poderá ser aberto e nele inserido o instrumento para medir a f.e.m.
Uma conseqüência imediata do efeito Seebeck e o fato de que, conhecida a temperatura de uma das
junções pode-se, através da f.e.m. produzida, saber a temperatura da outra junção.
c. a f.e.m. do termopar não será afetada se em qualquer ponto do circuito for inserido um terceiro
metal, desde que suas junções sejam mantidas a mesma temperatura. Esta propriedade é
chamada, por alguns autores, de "Lei dos Metais Intermediários”.
Deve-se ter um cuidado todo especial com a junta de referência (chamado por muitos autores, de
junta fria), uma vez que a flutuação de sua temperatura pode acarretar erros nas aplicações práticas
dos termopares. Assim sendo, procura-se manter a junta de referência em locais onde ocorrem
pequenas flutuações de temperatura, usando-se, então, como referência, a própria temperatura
ambiente.
A Figura 2 mostra um termopar usado para medir a temperatura T1; o instrumento indicará uma
f.e.m proporcional à diferença (T1 - T2).Sendo que T2 pode ser medida com um termômetro
convencional.
Assim sendo, se RT for desprezível frente à Rv, V tenderá a å. Desta forma, a escolha do
instrumento adequado, requer um grande cuidado.
Termopar:
No diagrama apresentado na Figura 5, o sinal lido no instrumento é proporcional a (T1 - T3), já que
os fios de compensação possuem as mesmas características do termopar (é como se existisse um
único termopar). Observe que, se os fios fossem de cobre (fios comuns) o sinal lido pelo
instrumento seria proporcional a (T1 - T2).
Caso se tenha dúvida a respeito da polaridade dos fios de compensação basta seguir as
especificações do fabricante (normalmente obedecem a um código de cores) ou então conectar uma
de suas extremidades e aquecer a união, observando no instrumento a polaridade do sinal, corno se
fosse um termopar.
Quando se está interessado em diferenças de temperatura e não nos valores absolutos (por exemplo,
as diferenças de temperatura existentes na câmara de um forno), e usual efetuar a montagem do
chamado "termopar diferencial" (ver Figura 8).
O nome do termopar diferencial é uma redundância, pois todo o termopar mede diferença de
temperatura; neste caso tem-se apenas uma montagem um pouco diferente do termopar
convencional.
Assim sendo, se você está usando um termopar com fios de compensação e um milivoltímetro, a
imprecisão de sua medida decorre de três fatores, ou seja: imprecisão da medida = imprecisão do
termopar + imprecisão dos fios de compensação + imprecisão do instrumento (+ eventualmente o
erro da temperatura ambiente + o erro de resistência interna do voltímetro).
* O fabricante fornece, sob encomenda, fios "especiais" (importados) com imprecisão menor.
Dessa forma, ao analisar velocidades de têmpera, por exemplo, em peças metálicas jogadas num
líquido, procura-se usar termopar bem fino e, como os registradores convencionais não possuem
resposta suficiente rápida, usa-se um osciloscópio para analisar o sinal gerado pelo termopar, ou
mais modernamente, um computador com conversor A/ D adequado e software de aquisição e
processamento de dados.
A constante de tempo de um instrumento ou sensor pode ser definida como o "tempo necessário
para atingir 63,2% de mudança de uma certa variável tomada como inicial" - no caso poderia ser o
instante em que começa o resfriamento (definição semelhante a constante de tempo de um capacitor
quando esta sendo carregado). Quando se adquire um termopar, pode-se consultar o catálogo do
fabricante e obter este dado (que varia com a bitola e com o material dos fios do par).
4. PIRÔMETRO
4.1.1. INTRODUÇÃO
Existe um grande número de aplicações industriais onde a medição sem contato se faz necessária
(termopares, Pt100, Ni100, NTC, bimetais, etc..., são sensores que medem a temperatura por
contato, ou seja, precisam estar colocados no ponto onde se pretende medir a temperatura). Como
exemplo, pode-se citar a laminação a quente, o forjamento a quente e a fundição. Esses
instrumentos precisam ser calibrados com um padrão muito especial: o “forno tipo corpo negro”
(fig. 1); uma vez calibrado o pirômetro de radiação o problema ainda não está resolvido porque o
forno tipo corpo negro tem emissividade 1, mas o material a ser forjado, por exemplo, tem
emissividade diferente de 1, e essa emissividade varia para cada material, depende das condições da
superfície, e outras variáveis. Desta maneira, para uma medição correta é necessário conhecer a
emissividade do material (e, eventualmente, avaliar outros fatores como a camada de óxido que se
forma na superfície do material, comumente chamada de “carepa”).
Infelizmente, a maioria das empresas brasileiras não está ciente do problema e, se, o pirômetro foi
comprado e veio da fábrica com a emissividade ajustada em 0,8, este valor ficar indefinidamente
escolhido, indiferentemente do material (geralmente o ajuste da emissividade é interno ao aparelho,
fato que obviamente não ressalta a necessidade da escolha do parâmetro adequado).
A temperatura é o parâmetro industrial mais importante; caso a temperatura de uso seja superior à
necessária, uma série de fatores negativos podem ser considerados:
Um corpo negro ideal também se comporta como um irradiador ideal. Assim, um corpo negro ideal
emite mais energia do que um corpo comum. Essa “potência emissiva” pode ser chamada
“emissividade” e no caso do corpo negro, vale 1. A emissividade total de um corpo é a potência
emissiva em toda a faixa de comprimentos de onda da radiação térmica.
Para entender como o sistema funciona como um corpo negro é necessário considerar uma radiação
entrando nessa pequena abertura. Essa radiação sofrerá múltiplas reflexões nas paredes internas do
forno, antes de escapar pela superfície.
Como as paredes internas do forno não refletem perfeitamente a radiação, em cada reflexão uma
parte da radiação é absorvida. Conseqüentemente, após muitas reflexões, a quantidade de radiação
que consegue escapar pela abertura é muito pequena. Portanto, a cavidade absorveu praticamente
toda a radiação incidente, comportando-se como um corpo negro (fig. 2).
Essa pequena cavidade também pode funcionar como um irradiador ideal = corpo negro;
considerando um corpo imerso num fluxo de energia radiante; caso esse corpo não irradie energia
numa velocidade igual à que ele emite, ele ficará mais aquecido do que o meio do qual ele recebe
energia. Na prática, um corpo somente está em equilíbrio térmico com o meio se a taxa de energia
recebida for igual à emitida e nesse caso, sua emissividade é igual à sua absorção. A pequena
abertura que se comporta como um corpo negro absorvedor, torna-se um corpo negro emissor.
A potência total do fluxo irradiado (para todos os comprimentos de onda) num hemisfério frontal,
através de uma área unitária, para o caso de um corpo negro ideal, é proporcional à quarta potência
(lei de Stefan-Bolzmann) da temperatura absoluta = graus Kelvin, e pode ser escrita:
Quando um corpo é aquecido ele muda de cor; isso ocorre porque a distribuição da energia ocorre
numa faixa de comprimentos de onda, como mostra a fig. 3 a seguir.
Quando o corpo está numa temperatura próxima de 500 C sua cor é vermelha escura; a 900 C sua
cor é vermelho-cereja e alaranjada a cerca de 1.100 C. Sua cor torna-se praticamente branca acima
de 1.400 C (espectro visível). A lei de Wien diz que a intensidade máxima de irradiação ocorre a
um comprimento de onda específico, que diminui à medida que a temperatura aumenta:
Os pirômetros de radiação total, como o próprio nome diz, focalizam a radiação incidente (todos os
comprimentos de onda) sobre um sensor (fig. 4), que pode ser uma termopilha, um termoresistor,
NTC, etc... Os sensores geralmente são elementos enegrecidos de modo a absorverem o máximo da
energia incidente. O sinal de saída é, então, relacionado com a temperatura do corpo (uma vez
conhecida à curva de calibração, obtida com um forno tipo corpo negro).
Os pirômetros óticos medem temperatura por comparação: eles selecionam uma faixa específica da
radiação visível (geralmente o vermelho) e compara com a radiação de uma fonte calibrada,
normalmente o filamento de uma lâmpada incandescente. A escolha de filtro vermelho prende-se ao
fato de que com a cor vermelha consegue-se uma radiação praticamente monocromática, sem
perdas de intensidade, o que não se consegue com filtros de outras cores.
A lente objetiva é focalizada de modo a formar uma imagem do objeto no plano do filamento da
lâmpada; a ocular é focalizada sobre o filamento. Ambas as lentes estão simultaneamente em foco,
com o filamento do pirômetro atravessando a imagem da fonte de radiação, como mostra a fig. 5.
Tanto o pirômetro de radiação total como o ótico dificilmente se prestam para medições dinâmicas;
além disso, no caso do pirômetro ótico, a acuidade visual do operador pesa no resultado final, o que
não é interessante.
Os fotodiodos são junções P-N (Si ou Ge), onde a radiação incidente atinge a região da junção;
esses diodos são operados com tensão reversa, isso é, condição de não condução (ver aula prática
sobre diodos retificadores/ usos do osciloscópio).
Nessas condições, os elétrons não possuem energia suficiente para cruzar a barreira de potencial.
Entretanto, com a radiação incidente, a colisão dos fótons com os elétrons fará com que os elétrons
ganhem energia e cruzem a junção. A energia transportada pelos fótons depende de seu
comprimento de onda.A escolha de Si ou Ge depende da temperatura e conseqüentemente do
comprimento de onda a ser medido.
O Si tem uma resposta na faixa de 1,1 a 0,4 o Ge possui uma banda de 2,5 µm a 1
. Para aplicações acima de 600°C, o comprimento de onda usado situa-se na faixa dos 0,9
.
Todos esses pirômetros (ótico, radiação total, fotoelétrico) precisam de correção de leitura em
função da variação da temperatura ambiente; geralmente, um circuito baseado num NTC é
empregado com essa finalidade.
Outro aspecto relevante relacionado à medição com pirômetros de radiação diz respeito ao fato que
a superfície dos objetos, que se pretende medir a temperatura, não se comporta como um “corpo
negro”; dessa maneira é necessário fazer uma “correção” da emissividade.
Esse erro pode ser muito significativo devido à variedade de materiais usados industrialmente, bem
como das condições da superfície (polida,
oxidada.).
A fig. 7 mostra o sinal obtido com termopar adaptado dentro de uma peça automotiva e o sinal
obtido com um pirômetro infravermelho; note-se que a diferença de temperatura é superior a 100 C.
Nesse caso, existe também o efeito da “carepa”, (óxido que se forma em volta do corpo), somado ao
fato da emissividade ser menor do que 1.
Para que se possa ter uma melhor idéia da influência do parâmetro emissividade, esse parâmetro é
mostrado na tab. 1, em função do tipo de material.
4.2 TERMÓGRAFOS
Os termógrafos são equipamentos mais sofisticados, que fornecem imagens térmicas, a partir de um
“array” de sensores de infravermelho; esse tipo de equipamento vem sendo empregado cada vez
com maior freqüência, devido às suas aplicações: numa indústria, poderia levantar o perfil térmico
(distribuição de temperatura) numa matriz de forjamento, por exemplo. Um limitador do seu uso é o
seu preço, sem dúvida, que fica na média entre U$ 30.000 e U$ 60.000,00.
A inspeção termográfica (Termografia) é uma técnica não destrutiva que utiliza os raios
infravermelhos, para medir temperaturas ou observar padrões diferenciais de distribuição de
temperatura, com o objetivo de propiciar informações relativas à condição operacional de um
componente, equipamento ou processo. Em qualquer dos sistemas de manutenção considerados, a
termografia se apresenta como uma técnica de inspeção extremamente útil, uma vez que permite:
realizar medições sem contato físico com a instalação (segurança); verificar equipamentos em pleno
funcionamento (sem interferência na produção); e inspecionar grandes superfícies em pouco tempo
(alto rendimento).
Os aplicativos desenvolvidos para a posterior análise das informações termográficas obtidas, como
a classificação de componentes elétricos defeituosos, avaliação da espessura de revestimentos e o
cálculo de trocas térmicas, permitem que esses dados sejam empregados em análises preditivas.
A indústria química emprega a termografia para a otimização do processo e no controle dos reatores
e torres de refrigeração, a engenharia civil inclui a avaliação do isolamento térmico de edifícios e
determina detalhes construtivos das construções como, vazamentos, etc.
5. HIGRÔMETRO
5.1 INTRODUÇÃO
Antes de estudarmos o instrumento Higrômetro, devemos conhecer como este instrumento
funciona:
O que é umidade relativa? O tempo depende não apenas dos ventos, mas também da umidade.
Muitas vezes no verão você diz que o ar está úmido, pesado. O ar "pesado" tem grande umidade
relativa; ele contém quase tanta umidade quanto pode conter. Quando um espaço contém todo o
vapor de água que pode conter a sua temperatura, sua umidade relativa é de 100 por cento. Se um
metro cúbico de ar contém 7 gramas de vapor de água, mas pode conter 14 gramas, sua umidade
relativa é de 50 por cento. Umidade relativa (U.R.) de um volume de ar é a relação entre peso de
vapor de água que ele contém e o que conteria se estivesse saturado.
A quantidade de vapor de água necessária para saturar um volume aumenta com a temperatura. A
tabela seguinte dá alguns pesos específicos (peso por unidade de volume) do vapor de água do ar
saturado a diversas temperaturas.
6. DENSÍMETRO
6.1 INTRODUÇÃO
O que produz o empuxo? A Fig. 1 mostra blocos cúbicos num tanque de água. O bloco superior
apenas aflora na superfície da água; sua face inferior está a 1 decímetro de profundidade. A pressão
nessa profundidade é de 1 quilograma por decímetro quadrado; portanto a água exerce sobre esse
bloco uma força para cima de 1 quilograma. Esse é exatamente o peso da água que o bloco desloca
(1 dm3). A força para cima é também igual ao peso do bloco no ar.
Um líquido exerce um empuxo sobre um corpo flutuante ou submerso nele porque a pressão na
parte inferior do corpo é maior que a pressão na sua parte superior.
A força de empuxo no bloco depende da diferença entre a pressão na sua face inferior e a pressão na
face superior. Essa diferença é exatamente a mesma quando o bloco está a 30 centímetros de
profundidade e quando está a 30 metros. O empuxo não depende da profundidade.
Finalmente, suponhamos que um terceiro bloco, pesando 1800g* no ar, desloque 1 dm3 de água e
esteja completamente submerso na água. Que força deve um homem exercer para sustentar o bloco
dentro da água e impedir que vá para o fundo? Como antes, a diferença entre a força para baixo
devida à pressão da água sobre a face superior do bloco e a força para cima sobre a face inferior é
1kg*. Essa é a força de empuxo e ajuda a sustentar o bloco. Portanto, o homem deve exercer uma
força para cima igual a 1800g* menos 1000g*, isto é, 800g* para sustentar o bloco submerso.
Dizemos que o bloco pesa 800g* quando submerso na água. Lembre-se, contudo, de que este é seu
peso aparente. A Terra ainda atrai o bloco submerso com uma força de 1kg*.
Você pode determinar densidades usando a lei de Arquimedes. Para determinar a densidade de um
corpo você divide seu peso pelo peso de igual volume de água. Por outro lado à lei de Arquimedes
diz que a diminuição de peso de um corpo num líquido é igual ao peso do líquido deslocado (que
tem o mesmo volume que o corpo). Suponhamos que uma pedra de 5 quilogramas pese, quando
imersa na água, 3 quilogramas. Portanto ela desloca água pesando 2 quilogramas. A densidade da
pedra é então 5kg* dividido 2kg* = 2,5.
Para calcular a densidade de um corpo divida seu peso pela sua perda de peso na água, isto é, pelo
peso de igual volume de água.
Exemplo: Determine a densidade de uma pedra que pesa 90g* no ar e 60g* quando submersa na
água.
Peso de igual volume de água = peso perdido na água = 90g* menos 60g* =
30g*.
Em uma bateria com solução ácida o densímetro desloca um menor volume de líquido e flutua mais
alto. À medida que a bateria vai-se descarregando, a quantidade de ácido no líquido vai diminuindo
e, portanto, também sua densidade.
Densímetros especiais usados para medir densidade de álcool e de leite são chamados alcoômetros e
lactometros.
6.2 RESUMO
Empuxo é a força para cima que um líquido exerce sobre um corpo parcial ou completamente
submerso nele.
A lei de Arquimedes diz que a perda aparente de peso de um corpo imerso ou flutuante é igual ao
peso do líquido deslocado.
O empuxo que atua num corpo é igual ao peso do fluido que o corpo desloca.
Densidade = peso do corpo/ peso de igual volume de água peso do corpo/ perda de peso na água.
7. MEDIÇÃO DE VIBRAÇÃO
• Medidores de vibração;
• Monitores de vibração.
A diferença entre os dois tipos é que os medidores são utilizados em medições periódicas e os
monitores são utilizados permanentemente para uma medição contínua. Os monitores são
principalmente encontrados em grandes equipamentos onde o nível de vibração é imprescindível até
do ponto de vista de segurança.
Onde:
t - Período de medição;
Por exemplo, se quisermos uma confiabilidade de 95% e termos um TMEF de 36 meses, o intervalo
de medição será de 55 dias. Deve ser ressaltado que a confiabilidade de 95% se refere à
probabilidade de um defeito ser detectado antes de uma falha da máquina e não a confiabilidade do
equipamento em si.
Note que nem todos os tipos de defeitos são detectáveis pela análise de vibração, estamos nos
referindo apenas que o são.
As máquinas mais importantes da instalação devem ser analisadas com uma freqüência maior que
as demais, por ser de interesse diminuir a probabilidade de um defeito não ser detectado a tempo de
uma intervenção.
Esse conceito normalmente é levado ao extremo em equipamentos críticos, que não possuam
reserva que normalmente são monitorados continuamente, é o caso das máquinas papeleiras.
Para definir o nível de alarme de cada equipamento é preciso conhecer o histórico de vibrações de
cada máquina para se conhecer o seu nível normal e de vibração e as variações que normalmente
acontecem. Esta sistemática permitirá indicar com certa precisão a existência de um problema ou o
princípio de um. Mas este procedimento só é possível em equipamentos instalados e que possuem
históricos.
O desbalanceamento acontece devido a uma alteração no equilíbrio das forças radiais que atuam
sobre o eixo da máquina. A causa mais comum é o acúmulo de material sobre volantes de inércia,
hélices de ventiladores, hélices de ventoinhas de motores, etc... mas pode ser causado também por
perda de massa, como a quebra de uma hélice, por exemplo.
Portanto, quando a
resultante das forças radiais
que atuam sobre o eixo for
diferente de zero, esta
resultante causará um
aumento da vibração em 1 x
rpm que será tanto maior
quanto for a velocidade de
rotação do eixo.
· Paralelo – onde às linhas de centro são paralelas, porém deslocadas entre si;
O desalinhamento, mesmo com acoplamentos flexíveis, resulta em duas forças, axial e radial. Isto é
verdade mesmo quando o desalinhamento estiver dentro dos limites de flexibilidade do
acoplamento. A amplitude das forças, e, portanto a quantidade da vibração gerada aumentará com o
aumento do desalinhamento. A característica significante da vibração devido ao desalinhamento é
que ela acontecerá nas duas direções, axial e radial.
Esta é a razão porque as leituras axiais devem ser tomadas. Normalmente a freqüência de vibração é
1 x rpm, contudo, quando o desalinhamento é severo, a freqüência é de segunda ordem (2 x rpm).
Estas vibrações são muitas vezes geradas por parafusos frouxos, folgas excessivas nos mancais ou
talvez uma trinca na estrutura ou nos pedestais de mancais.
A vibração característica de folgas mecânicas não ocorre sem que haja outras forças excitando o
sistema, tais como desalinhamentos, desbalanceamentos, etc...
As folgas são fontes perigosas de vibrações, pois concentram grande energia cinética sobre o
equipamento devido ao grande número de harmônicos gerados, o que pode levar a quebras de base,
estrutura, carcaça, etc...
Somente 10 a 20% dos rolamentos atingem a sua vida de projeto por causa de uma variedade de
fatores, principalmente:
Com certeza os mancais de rolamento são os elementos de máquina mais estudados e pesquisados
em termos de vibração. A razão disso é óbvia, pois raramente encontramos equipamentos em que
estes elementos não estejam presentes.
Rolamentos geram quatro freqüências características: freqüências geradas por defeitos na pista
externa, pista interna, gaiola e corpos rolantes. Os desgastes em rolamentos evoluem em quatro
fases: inicialmente os problemas aparecem em freqüências ultra-sônicas (entre 20 e 60 kHz). Num
segundo estágio pequenos defeitos excitam freqüências naturais dos componentes do rolamento
(devido aos impactos causados pela passagem das esferas) na faixa de freqüência de 500 Hz a 2
KHZ. Quando o desgaste progride, surgem harmônicas das freqüências discretas e bandas laterais
com espaçamento de 1 x rpm. Muitos rolamentos são trocados quando atingem esse ponto,
provavelmente pelo ruído que produzem. No estágio final, quando as avarias são severas, impactos
violentos excitando freqüências naturais ocorrem quando uma pista passa pela zona de carga.
Rolamentos com defeitos em suas pistas, esferas ou rolos, usualmente causam vibrações em altas
freqüências, que não são múltiplos inteiros da rotação do eixo.
Isso se explica devido à natureza das forças dinâmicas que excitam o rolamento defeituoso gerando
vibrações. Por exemplo, um defeito na esfera passará pelas pistas interna e externa em uma
sucessão de impactos com o dobro da freqüência de rotação da esfera, chamada spin. A freqüência
fundamental da vibração será bem mais alta do que a do eixo. Além disso, forças dinâmicas do tipo
impulso geram vibrações de freqüência muito alta, na faixa de ressonância estrutural das pistas do
rolamento. A amplitude da vibração dependerá da extensão da falha no rolamento. Já os defeitos na
gaiola do rolamento geram vibrações com freqüências mais baixas que a freqüência de rotação do
eixo.
8. PAQUÍMETRO
O paquímetro é o resultado da associação de uma escala como padrão de comprimento, de dois
bicos de medição, como meios de transporte da medida, sendo um ligado à escala e outro ao cursor
e de um nônio como interpolador para leitura entre traços. Os paquímetros distinguem-se pela faixa
de operação, pelo nônio, pelas dimensões e formas do bico. Em geral, os paquímetros são
construídos para faixa de operação entre 120…2000 mm; o comprimento dos bicos de 35 a 200 mm
correspondentemente. Para casos especiais é possível adquirir paquímetros de bicos compridos.
As superfícies dos bicos situadas frente a frente destinam-se às medições externas. Para medições
internas, os extremos dos bicos são rebaixados, com superfícies externas cilíndricas. Ao usar-se
estas superfícies de medição, deve-se adicionar a medida lida no nônio a espessura dos ressaltos,
que geralmente é um valor arredondado (10 ou 20 mm).
Nos paquímetros universais para medições internas com leituras menores do que este valor
arredondado, os bicos são prolongados para cima e apresentam a forma de gumes.
Paquímetros pequenos podem ter na parte traseira uma lingüeta que se move junto com o cursor e
serve para medir profundidade.
Paquímetro Universal
Além do tipo universal o paquímetro pode ser apresentado de formas específicas para cada uso:
• Paquímetro de profundidades;
• Calibrador de espessura de dentes de engrenagens;
• Paquímetro de altura (graminho);
• Paquímetro com rasgo de chaveta.
Além destes tipos existem muitas outras variantes, no formato e tamanho dos bicos, da faixa de
operação, etc
Aspectos Operacionais:
Nas medições externas recomenda-se colocar a peça a ser medida o mais perto possível da escala,
de modo a minimizar os erros. Em geral na medição com paquímetro, deve-se evitar um aperto forte
dos bicos sobre a peça (evitar força de medição excessiva). Além disso, deve-se evitar ao máximo
possível movimento relativo entre os bicos e peça, já que isto provoca desgaste dos bicos e assim a
geração de erros de medição com o paquímetro.
Sob hipótese alguma se deve medir uma peça em movimento como num torno.
Alguns paquímetros digitais podem ser interfaceados a pequenas impressoras com módulos
estatísticos ou até microcomputadores onde os dados podem ser processados rapidamente,
facilitando o trabalho dos cálculos intermediários m operações mais complexas.
9. MICRÔMETROS
O movimento axial do fuso ou da porca, determinado pelo número de voltas, pode ser usado para
alterar o afastamento entre duas superfícies de medição de um determinado valor, como se verifica,
por exemplo, nos micrômetros.
Como já referido o movimento longitudinal pode ser realizado tanto pelo fuso como pela porca, o
mesmo pode-se dizer do movimento giratório. Nos parafusos de medição, ambos os movimentos
são realizados geralmente pelo fuso. A face frontal do fuso, normal ao eixo do mesmo constitui
usualmente uma superfície de medição. O fuso leva um tambor com divisões na periferia, no qual
são lidas as frações de volta.
Os erros do movimento de avanço de um fuso de medição que corresponde aos erros de divisão de
uma escala dependem de diversos fatores.
Na figura abaixo, pode ser visto um micrômetro com cortes parciais junto com a denominação das
partes principais do mesmo.
O micrômetro tem como porta medida um fuso roscado, cujo passo deve corresponder precisão e
grandeza aos objetos da medição. Os micrômetros têm em geral um passo de 0,5 mm. Os materiais
empregados para fabricação do parafuso micrométrico são aço liga ou aço inoxidável. Os parafusos
micrométricos são retificados, temperados e estabelecidos com dureza de aproximadamente 63 HRc
(Hardness Rockwell) para a garantia de durabilidade do mesmo.
O tambor graduado está fixado ao uso, executando assim o mesmo movimento como aquele. A fim
de determinar o deslocamento longitudinal do fuso de medição, na parte dianteira do tambor acha-
se gravada uma escala que subdivide uma rotação em 50 partes.
Por estarem em contato com a peça a ser medida, os sensores de medição estão sujeitos ao desgaste
e por isso nas extremidades dos mesmos, emprega-se placas de metal duro.
Estas placas devem ser manuseadas com cuidado, pois o metal duro é frágil. A dureza dos sensores
é de aproximadamente 63 HRc (Hardness Rockwell). A qualidade da superfície da peça também
influenciará no desgaste dos sensores. De importância capital para a minimização da incerteza de
medição são a retificação e a lapidação paralela dos sensores.
A introdução do microprocessador e
do mostrador de cristal líquido
revolucionou todo o processo de
medição com o micrômetro. Estes
permitem: Zeragem do instrumento
em qualquer posição do fuso
permitindo medições absolutas e
diferenciais.
A incidência direta da luz solar, proximidade de um forno ou ventilador também são situações a se
evitar.
Outro problema comum é a deflexão do arco, devido à aplicação demasiada de tensão. O emprego
da catraca aliada a um movimento lento garante força de medição constante e com isso resultados
com pouca dispersão. (deve-se imprimir de 3 a 5 voltas na catraca).
Erros de leitura de paralaxe são evitados lendo-se o tambor perpendicularmente. Não se deve mover
o micrômetro nem a peça durante a medida.
9.5. CALIBRAÇÃO
Antes de iniciar a calibração de um micrômetro ou qualquer outro instrumento, há a necessidade de
uma rigorosa inspeção do mesmo no que se refere aos aspectos de conservação, como por exemplo,
verificação visual da qualidade da superfície dos sensores, condição de funcionamento do
instrumento, por exemplo, catraca, trava folgas no parafuso micrométrico, etc identificando a
necessidade ou não de manutenção corretiva prévia.
f) Erro de ajuste de zero ou do limite inferior da faixa de impressão: o micrômetro deve apresentar
dispositivo para ajuste de zero e em geral, quando para faixas de operação superiores a 25 mm
devem vir acompanhados com padrões de dimensões igual ao limite inferior da faixa de
operação do instrumento para possibilitar o ajuste da escala.
g) Qualidade dos traços e algarismos: O micrômetro deve apresentar os traços de graduação nítidos
e uniformes, regulares, sem interrupção e sem rebarbas. À distância entre os centros dos traços
não deve ser menor que 0,8 mm . O que evita muitos erros de leitura é a gravação inclinada dos
traços da escala sobre o tubo.
h) Erros devido ao acionamento da trava: Quando acionada a trava, à distância entre as superfícies
de medição (sensores) não deve alterar mais que 2 micrometros.
A capacitância depende diretamente da área das placas, da distância entre as mesmas e da constante
dielétrica. Se duas placas paralelas forem colocadas dentro de um certo recipiente e o nível da
substância neste recipiente sofrer alguma variação, a constante dielétrica também irá variar. Como
conseqüência direta à capacitância será dependente direta do nível.
A membrana pressionada ativa o interruptor, que envia um nível lógico específico. Existem
sensores de pressão em fita, que enviam sinais digitais proporcionais ao nível à medida que cada
interruptor de fita é pressionado quando atingido pelo líquido ou pelo sólido.
A monitoração de nível de líquidos condutivos pode ser feita através de circuito eletrônico montado
em uma régua fixada na parede interna do recipiente onde se deseja fazer a medida. À medida que o
líquido vai aumentando o nível, mais chaves vão sendo fechadas.
Estes sinais podem então ser lidos por uma unidade que processa a informação e dá continuidade ao
processo.
A medida de fluxo é expressa em volume ou massa por tempo. Algumas unidades comuns podem
ser citadas:
Entretanto nos casos reais isso não acontece e o valor do fluxo calculado deve ser relacionado com
o número de Reinolds (Para mais detalhe veja literatura especializada).
Observe que K é o coeficiente de fluxo e depende das áreas A1 e A2 e ainda do coeficiente de perda
de carga.
12.1. INTRODUÇÃO
Pressão geralmente é definida como força normal por unidade de área e costuma ser representada
por uma série de unidades, como: psi (libras/ polegada quadrada), bar, atmosfera, Pascal, etc. No
sistema SI, onde a força é expressa em Newtons e a área em m2, unidade esta conhecida como
“Pascal”. É comum encontrar tabelas relacionando o Pascal com as outras unidades uma vez que
certos países adotam outras unidades, apesar de não pertencerem ao Sistema Internacional de
Unidades (S.I.).
A pressão pode ser medida em termos absolutos ou diferenciais; assim, é comum identificar três
tipos de pressão: (a) pressão absoluta, (b) pressão manométrica e (c) pressão diferencial.
A pressão absoluta é a diferença entre a pressão em um ponto particular num fluído e a pressão
absoluta (zero), isto é, vácuo completo.
Quando o elemento mede a diferença entre a pressão desconhecida e a pressão atmosférica local,
esta pressão é conhecida como pressão manométrica (gauge pressure).
Quando o sensor mede a diferença entre duas pressões desconhecidas, sendo nenhuma delas a
pressão atmosférica, então esta pressão é conhecida como “diferencial”.
Existem três métodos principais de medição de pressão; (a) coluna de líquido, (b) medição indireta
através da força provocada pela atuação da pressão numa certa área e (c) atuação da pressão num
elemento elástico (de área conhecida) e medindo a deformação ou tensão resultante.
Este tipo de instrumento mede a pressão desconhecida através da força que ela gera quando atua
numa área conhecida. Uma variante desse instrumento - o calibrador de pesos mortos - é padrão
numa faixa ampla de medição de pressão. Nesse caso, uma força conhecida (peso padrão) é
aplicada através de um pistão (fig. 2) a um fluído e essa pressão é transmitida para o manômetro a
ser calibrado.
Dependendo da precisão dos pesos-padrão e da área do pistão, é possível conseguir medidas muito
precisas. É comum encontrar instrumentos comerciais com erro menor que 0,1 %. Uma fonte de
erro considerável é o atrito entre o óleo e o pistão. Assim, costuma-se girar o pistão com os pesos-
padrão, durante a execução das medidas, para minimizar o efeito do atrito.
A maioria dos medidores de pressão usada industrialmente emprega um tubo de Bourdon; a forma
mais simples de um tubo de Bourdon consiste num tubo de secção oval dobrado de maneira
circular, como mostra a fig.3. Uma das extremidades (inferior) é selada presa a um quadrante
pivotado. A outra extremidade (superior) está conectada a um sistema dentado que por sua vez está
conectado aos dentes de uma engrenagem que movimenta o ponteiro.
Os tubos são confeccionados com uma variedade de materiais, dependendo da natureza do fluído
cuja pressão deve ser medida (bronze, aço inox, Be-Cu, .). O comportamento de tais sensores varia
bastante, não só como o resultado do desenho básico, mas também dos materiais envolvidos, mas
também devido às condições de uso. As principais fontes de erro são: histerese mecânica do tubo,
mudança de sensibilidade devido à temperatura, efeitos de atrito, Comercialmente, são encontrados
na faixa de 0,5% a 2% do fundo de escala, normalmente. Tubos de Bourdon podem ser acoplados a
dispositivos eletromecânicos, para garantir um sinal elétrico, o que facilita o seu uso em controle de
processos, automação.
Æ Diafragma/ fole
Sensores do tipo diafragma (ou membrana) ou fole representam tipos similares de deformação
elástica. Talvez o mais simples manômetro do tipo diafragma é o sensor de Schaffer (fig. 4) , que
consiste num diafragma de aço inox termicamente tratado, mantido entre dois flanges. A pressão a
ser medida é aplicada na parte inferior do diafragma e o movimento resultante no centro do
diafragma é transmitido até um amplificador e identificador. Neste tipo de sensor, as propriedades
elásticas do diafragma metálico governam a faixa e a precisão do instrumento.
Uma variante desse tipo de instrumento é o medidor de diafragma do tipo fole l (fig.5); nesse caso,
é comum associar um dispositivo eletromecânico para saída elétrica, o que é conveniente não só em
medição , mas também em processos de automação e controle.
A fig. 6 mostra um diafragma (talvez o nome mais correto no caso seja membrana) que poderia
estar instrumentado com strain gages; na medida que o elemento elástico deforma, os strain gages
colados (na face oposta onde está sendo aplicada a pressão a ser medida) irão variar sua resistência,
que será lida por um circuito tipo Ponte de Wheatstone.
Diafragma é o elemento elástico que deforma com a pressão a ser medida; na outra face (onde estão
colados os strain gages) atua a pressão atmosférica.
Æ Cristais Piezoelétricos
Um sensor piezoelétrico, como o próprio nome diz, gera um sinal elétrico quando está sendo
deformado; de todos os materiais piezoelétricos, o quartzo (Si02) é um dos materiais mais
convenientes para desenvolvimento de transdutores de força, principalmente devido à estabilidade
de seu sinal . Os cristais usados em transdutores são cortados segundo um plano de corte, de modo
que somente sejam sensíveis às pressões ou forças de cizalhamento em uma determinada direção,
como mostra a fig. 7.
Fig. 7 - (a)
Transdutor de
pressão que
emprega efeito
transversal.
(b) Cristal
Longitudinal
para uso em
efeito
piezoelétrico.
Aproveitando estas características do cristal, é possível construir transdutores que medem forças de
empuxo, esforços de corte, momentos fletores, etc... Para medir forças de tração, procede-se a uma
pré-compressão de um cristal de efeito longitudinal, de modo que a tração atua como agente de
descompressão.
Existem dois tipos principais de sensores de quartzo usados para medição. O primeiro é do tipo no
qual a força aplicada causa o surgimento de uma carga eletrostática, como mostrado anteriormente;
normalmente mede-se a voltagem ao invés da carga - através de um amplificador e o sinal resultado
pode ser calibrado diretamente em força, por exemplo. O segundo tipo envolve um cristal na forma
de elemento ressonante, onde a freqüência é modificada com a força aplicada.
Configurações desse tipo conseguem desvio de linearidade da ordem de 0,2 - 0,3%, faixas de
pressão de 25Mpa e a resposta é uniforme até 30 kHz, com picos de até 100 Khz. Estes dispositivos
não se prestam para medições estáticas. Sua principal aplicação é em medições de vibrações.
As principais características destes transdutores são: alta estabilidade, faixa de resposta ampla em
freqüência, estabilidade boa à temperatura, boa linearidade e baixa histerese.
Æ Piezoresistivos
Muitos metais e outros materiais sólidos variam a resistividade quando submetidos a tensões
mecânicas. Extensômetros de resistência elétrica (strain gages) são um bom exemplo.
O interesse particular no Si permitiu construir filmes finos no formato de diafragma, que sofre
deflexão quando se aplica uma pressão. Resistores são implantados por difusão nesse diafragma,
como mostra a fig. 8 (Kistler Instr. Ltd.).
O diafragma é um wafer do tipo-n feito com Si - que recebeu quatro pares de resistores por difusão;
cada par possui um resistor cuja principal componente é radial e o outro componente é
circunferencial (circuito em ponte completa compensa temperatura - como visto com strain gages).
Mecanicamente, eles formam uma parte do diafragma, mas estão eletricamente isolados pela junção
p-n e desse modo funcionam como os strain gages, ligados num circuito tipo Ponte de Wheatstone.
O sensor é construído com fios metálicos que são montados em circuito tipo Ponte; a temperatura
desses filamentos poderia ser medida com termopar, mas nesse caso, mede-se a variação de
resistência, que é lida justamente através desse tipo de circuito.
Um dos filamentos é usado como referência (vácuo/ selado) enquanto o outro está exposto à pressão
a ser medida, como mostra a fig. 9.
13. OSCILOSCÓPIO
13.1. INTRODUÇÃO
Os osciloscópios mais modernos são digitais, mas ainda existe um número muito grande de
osciloscópios em uso que são construídos a partir de um TRC - tubo de raios catódicos;
Pode-se dizer que um osciloscópio de TRC é um voltímetro projetado para mostrar em duas
dimensões, numa tela fluorescente, um sinal de tensão dependente ou não do tempo. Assim sendo,
na análise de sinais não dependentes do tempo, como, por exemplo, força e deslocamento (acoplado
a uma máquina para ensaio de tração), podem-se mostrar a força no eixo Y e o deslocamento no
eixo X, caracterizando o instrumento como um medidor do tipo YX.
O número de elétrons que compõem o feixe (quanto maior o número de elétrons maior o brilho na
tela) é determinado pelo potencial (tensão) aplicado a um eletrodo chamado modulador, que é
localizado na frente (perto) do cátodo. Os elétrons são acelerados pelo TRC mediante uma diferença
de potencial (da ordem de 1.000 a 2.000V) entre o cátodo e o ânodo; o catodo é, geralmente, um
cilindro de Níquel. O feixe é focalizado por uma “lente eletrônica” de modo a formar praticamente
um ponto luminoso na tela fosforescente. O “foco” (botão frontal - potenciômetro) é ajustado
mudando o potencial dos eletrodos em relação aos eletrodos anteriores.
O ponto luminoso que aparece na tela é produzido quando os elétrons chocam-se contra a tela
fosforescente; a tela possui uma pintura (depósito) de uma substância fosforescente
semitransparente - silicato de zinco, e produz uma luz de coloração verde quando atingido pelos
elétrons. Caso esses elétrons que se chocam com a tela não sejam retirados dela, essa tela ficaria
com uma grande carga negativa e novos elétrons não seriam atraídos. Da mesma forma, se os
elétrons não retornassem ao catodo, uma carga positiva apareceria, de modo que novos elétrons não
poderiam ser emitidos.
O feixe de elétrons pode ser desviado vertical ou horizontalmente, como mostra a fig. 2.
Quando uma tensão é aplicada somente a um dos eixos há somente deflexão parcial e aparecerá
uma linha brilhante no centro do TRC. Quando a tensão é aplicada simultâneamente nas duas
entradas, mas com polaridades diferentes o feixe de elétrons se move de acordo com as tensões
aplicadas.
O princípio de uso do osciloscópio é bastante simples: como pode ser visto na fig. 2(a), quando uma
voltagem é aplicada e o feixe de elétrons desloca-se verticalmente para cima, significa que uma
voltagem V foi aplicada na entrada vertical, criando um campo elétrico E, que atua sobre os elétrons
de carga q, e como conseqüência da ação desse campo, surge uma força F que causa a mudança de
trajetória. Mudando a polaridade da voltagem, muda a polaridade do campo e conseqüentemente da
força, desviando o feixe em sentido contrário.
Pode-se usar tanto a entrada Y como a entrada X para medir voltagem. Observe que até agora não
foi usada a base de tempo no eixo de x (isto é, o eixo de x não foi transformado para medir tempo).
Assim, o instrumento pode ser usado para medir voltagem CC ou pico de voltagem CA, porque se
uma voltagem alternada (60 Hz - rede elétrica, por exemplo) fosse ligada somente ao eixo de Y,
sem a base de tempo ligada, apareceria apenas um traço na vertical (a menos que a freqüência seja
muito baixa e o feixe possa ser visto oscilando lentamente).
Também podem ser visualizados fenômenos do tipo Y-X usando simultaneamente os dois eixos.
Ex: medida de força e deslocamento (num ensaio de tração), temperatura e pressão, etc., desde que
os sensores que estão medindo essas grandezas possuam uma saída em tensão.
Uma grande maioria das aplicações, no entanto, usa o eixo X como a variável tempo. Nesse caso, é
preciso colocar em funcionamento a “base de tempo” do osciloscópio.
Quando se pretende usar o eixo de X como tempo, usa-se uma chave de várias posições (para
escolha da freqüência) para tal; essa chave coloca em funcionamento um gerador de ondas do tipo
dente-de-serra, cujo sinal é aplicado somente nas placas horizontais.
Caso fosse aplicado um sinal contínuo, o feixe deslocaria até o fim da escala horizontal e
permaneceria lá, não retornando ao início, e conseqüentemente não permitindo a visualização
repetida de um sinal alternado.
O osciloscópio ainda possui uma série de recursos dentre os quais pode-se salientar:
a) trigger = gatilho; ou seja, trata-se de um circuito de disparo, permitindo que o sinal apenas seja
visualizado quando atingir um valor mínimo; ou seja, o osciloscópio irá responder a um nível
particular de voltagem somente.
b) chave AC-DC-GND = ground: terra (saber onde está o “zero” do sinal); com a chave na
posição DC qualquer sinal pode ser lido (inclusive alternado). Com a chave na posição AC um
capacitor é colocado em série na entrada, bloqueando a componente CC e permitindo a
visualização exclusivamente da componente CA (muito importante quando se pretende
visualizar o “ripple” - ruído de um sinal).
Os osciloscópios analógicos possuem uma limitação significativa; uma vez cessado o sinal, este
desaparece da tela (osciloscópios antigos possuem, às vezes, o chamado circuito de remanência;
assim, o sinal permanecia na tela por alguns minutos e podia ser fotografado).
Entretanto, esses osciloscópios estão perdendo terreno frente aos osciloscópios digitais, que
concorrem em preço, qualidade e cujos sinais podem ser armazenados numa memória digital e
inclusive podendo ser gravados diretamente em disquete, em alguns casos.
14.1. TIPOS
Os verificadores e calibradores classificam-se em vários tipos:
14.3. CONSERVAÇÃO
• Evitar quedas e choques.
• Limpar e lubrificar após o uso.
• Guardá-los em estojo ou local apropriados.
15.1. INTRODUÇÃO
O conceito de Qualidade de Energia
está relacionado a um conjunto de
alterações que podem ocorrer no
sistema elétrico. Uma boa definição
para o problema de qualidade de
energia é: "Qualquer problema de
energia manifestado na tensão,
corrente ou nas variações de
freqüência que resulte em falha ou má
operação de equipamentos de
consumidores".
Tais alterações podem ocorrer em várias partes do sistema de energia, seja nas instalações de
consumidores ou no sistema supridor da concessionária.
Estes problemas vêm se agravando rapidamente em todo o mundo por diversas razões, das quais
destacamos duas:
• instalação cada vez maior de cargas não-lineares. O crescente interesse pela racionalização e
conservação da energia elétrica tem aumentado o uso de equipamentos que, em muitos casos,
aumentam os níveis de distorções harmônicas e podem levar o sistema a condições de
ressonância.
• maior sensibilidade dos equipamentos instalados aos efeitos dos fenômenos (distúrbios) de
qualidade de energia.
E diante deste potencial de prejuízos possíveis, fica evidente a importância de uma análise e
diagnóstico da qualidade da energia elétrica, no intuito de determinar as causas e as conseqüências
dos distúrbios no sistema, além de apresentar medidas técnica e economicamente viáveis para
solucionar o problema.
• Variações de Tensão de Longa Duração, que podem ser de três tipos: interrupções,
subtensões ou sobretensões sustentadas;
• Distorções Da Forma de Onda, que podem ser classificadas em cinco tipos: nível CC,
harmônicos, interharmônicos, "notching", e ruídos;
• Oscilações de Tensão, que são variações sistemáticas dos valores eficazes da tensão de
suprimento (dentro da faixa compreendida entre 0,95 e 1,05 pu), e que podem ser aleatórias,
repetitivas ou esporádicas.
• Variações da Freqüência do Sistema, que são definidas como sendo desvios no valor da
freqüência fundamental deste sistema (50 ou 60Hz).
A figura abaixo mostra as formas de onda típicas dos itens de qualidade mais comuns:
15.3. TRANSITÓRIOS
Os transitórios são fenômenos
eletromagnéticos oriundos de alterações
súbitas nas condições operacionais de
um sistema de energia elétrica.
Geralmente, a duração de um transitório
é muito pequena, mas de grande
importância, uma vez que submetem
equipamentos a grandes solicitações de
tensão e/ ou corrente.
Um transitório impulsivo (normalmente causado por descargas atmosféricas) pode ser definido
como uma alteração repentina nas condições de regime permanente da tensão, corrente ou ambas,
caracterizando-se por apresentar impulsos unidirecionais em polaridade (positivo ou negativo) e
com freqüência bastante diferente daquela da rede elétrica.
Altas sobretensões transitórias podem também ser geradas por descargas que fluem ao longo do
condutor terra, causando os seguintes problemas:
Equipamentos eletrônicos conectados entre duas referências de terra, tais como computadores
conectados a modems, podem ser danificados quando submetidos a altos níveis de tensão.
• Indução de altas tensões nos condutores fase, quando as correntes passam pelos cabos a
caminho do terra.
Um transitório oscilatório é caracterizado por uma alteração repentina nas condições de regime
permanente da tensão e/ ou corrente possuindo valores de polaridade positiva e negativa. Estes
transitórios normalmente são decorrentes de energização de linhas, corte de corrente indutiva,
eliminação de faltas, chaveamento de bancos de capacitores e transformadores, etc.
Dependendo do local da falha e das condições do sistema, o resultado pode ser uma queda de tensão
temporária ("sag"), uma elevação de tensão ("swell"), ou mesmo uma interrupção completa do
sistema elétrico.
O "sag" ocorre no período de tempo entre o início de uma falta e a operação do dispositivo de
proteção do sistema.
A figura abaixo ilustra uma seqüência de religamentos com valores típicos de ajustes do atraso.
Sendo a falta de caráter temporário, o equipamento de proteção não completará a seqüência de
operações programadas e o fornecimento de energia não é interrompido.
Assim, a maior parte dos consumidores (principalmente os residenciais) não sentirá os efeitos da
interrupção. Porém, algumas cargas mais sensíveis (ex: computadores e outras cargas eletrônicas)
estarão sujeitas a tais efeitos, a menos que a instalação seja dotada de unidades UPS (no-breaks),
que evitarão maiores conseqüências na operação destes equipamentos.
Alguns dados estatísticos revelam que 75% das faltas em redes aéreas são de natureza temporária.
No passado, este percentual não era considerado preocupante.
Entretanto, com o crescente emprego de cargas eletrônicas, como inversores, computadores, etc.,
este número passou a ser relevante nos estudos de otimização do sistema, pois é, agora, tido como
responsável pela saída de operação de diversos equipamentos, interrompendo o processo produtivo,
e causando enormes prejuízos às indústrias.
Uma queda de tensão de curta duração, também chamada de "sag", é caracterizada por uma redução
no valor eficaz da tensão, entre 0,1 e 0,9 pu, na freqüência fundamental, com duração entre 0,5 ciclo
e 1 minuto.
15.5. SOBRETENSÕES
Uma sobretensão de curta duração ou "swell" é definida como um aumento entre 1,1 e 1,8 pu na
tensão eficaz, na freqüência da rede, com duração entre 0,5 ciclo há 1 minuto. Os "swells" estão
geralmente associados com
condições de falta no
sistema.
As sobretensões de curta duração são caracterizadas pelas suas magnitudes (valores eficazes) e suas
durações. A severidade de um "swell" durante uma condição de falta é função do local da falta, da
impedância do sistema e do aterramento. Sua duração está intimamente ligada aos ajustes dos
dispositivos de proteção, à natureza da falta (permanente ou temporária) e à sua localização na rede
elétrica.
Como conseqüência das sobretensões de curta duração em equipamentos, podem-se citar falhas dos
componentes, dependendo da freqüência de ocorrência do distúrbio.
Um aumento de curta duração na tensão em alguns relés pode resultar em má operação, enquanto
outros podem não ser afetados. Um "swell" em um banco de capacitores pode, freqüentemente,
causar danos no equipamento.
Dentro do exposto, a preocupação principal recai sobre os equipamentos eletrônicos, uma vez que
estas sobretensões podem vir danificar os componentes internos destes equipamentos, conduzindo-
os à má operação, ou em casos extremos, à completa inutilização. Vale ressaltar mais uma vez que,
a suportabilidade de um equipamento não depende apenas da magnitude da sobretensão, mas
também do seu período de duração, conforme ilustra a figura ao lado, que mostra as tolerâncias
típicas de microcomputadores às variações de tensão (curva CBEMA).
Diante de tais problemas causados por sobretensões de curta duração, este item de qualidade sugere
que seja mantida uma atenção por parte de consumidores, fabricantes e concessionárias, no intuito
de eliminar ou reduzir as conseqüências oriundas deste fenômeno.
• Máquinas síncronas: Como no caso anterior, a corrente de seqüência negativa fluindo através
do estator de uma máquina síncrona, cria um campo magnético girante com velocidade igual à
do rotor, porém, no sentido contrário ao de rotação definido pela seqüência positiva.
• Retificadores: Uma ponte retificadora CA/ CC, controlada ou não, injeta na rede CA, quando
esta opera sob condições nominais, correntes harmônicas características (de ordem 5, 7, 11, 13,
etc). Entretanto, quando o sistema supridor encontra-se desequilibrado, os retificadores passam
a gerar, além das correntes harmônicas características, o terceiro harmônico e seus múltiplos. A
presença do terceiro harmônico e seus múltiplos no sistema elétrico é extremamente indesejável,
pois possibilita manifestação de ressonâncias não previstas, causando danos a uma série de
equipamentos.
• Ruídos: é definido como um sinal elétrico indesejado, contendo uma larga faixa espectral com
freqüências menores que 200 KHz, as quais são superpostas às tensões ou correntes de fase, ou
encontradas em condutores de neutro. Os ruídos em sistemas de potência podem ser causados
por equipamentos eletrônicos de potência, circuitos de controle, equipamentos a arco,
retificadores a estado sólido e fontes chaveadas e, normalmente estão relacionados com
aterramentos impróprios.
No passado não havia maiores preocupações com harmônicos. Cargas com características não
lineares eram pouco utilizadas e os equipamentos eram mais resistentes aos efeitos provocados por
harmônicas. Entretanto, nos últimos anos, com o rápido desenvolvimento da eletrônica de potência,
e a utilização de métodos que buscam o uso mais racional da energia elétrica, o conteúdo harmônico
presente nos sistemas tem-se elevado, causando uma série de efeitos indesejáveis em diversos
equipamentos, comprometendo a qualidade e o próprio uso racional da energia elétrica.
Assim, é de grande importância citar aqui os vários tipos de cargas elétricas com características não
lineares, que têm sido implantadas em grande quantidade no sistema elétrico brasileiro:
As distorções harmônicas causam muitos prejuízos às plantas industriais. De maior importância, são
a perda de produtividade, e de vendas devido a paradas de produção causadas por inesperadas falhas
em motores, acionamentos, fontes ou simplesmente "repicar" de disjuntores.
tensões perigosas, mesmo não sendo portadores de cargas poluidoras em sua instalação. Mesmo
sem uma condição de ressonância, um capacitor é sempre um caminho de baixa impedância para as
correntes harmônicas, e sempre estará sempre sujeito à sobrecarga e sobreaquecimento excessivo.
• Flutuações Aleatórias: causadas por fornos a arco, onde as amplitudes das oscilações
dependem do estado de fusão do material e do nível de curto-circuito da instalação;
• Flutuações Esporádicas: causadas pela partida direta de grandes motores. Os principais efeitos
nos sistemas elétricos, resultados das oscilações causadas pelos equipamentos mencionados
anteriormente são oscilações de potência e torque das máquinas elétricas, queda de rendimento
dos equipamentos elétricos, interferência nos sistemas de proteção, e efeito "flicker" ou
cintilação luminosa.
Em sistemas isolados, entretanto, como é o caso da geração própria nas indústrias, na eventualidade
de um distúrbio, a magnitude e o tempo de permanência das máquinas operando fora da velocidade,
resultam em desvios da freqüência em proporções mais significativas.
Calcula cargas trifásicas ativas e balanceadas a partir de uma medição monofásica. Mede
harmônicos de energia e captura sags de tensão, transientes e corrente de partida. Funções de
monitoração ajudam a rastrear problemas intermitentes e performance de sistema de energia, Menus
usam terminologia elétrica (fluke).
Aplicações:
16. ENCODER
O encoder é um transdutor que converte um
movimento angular ou linear em uma série de pulsos digitais elétricos. Esses pulsos gerados podem
ser usados para determinar velocitaxa de aceleração, distância,rotação, posição ou direção.
O sistema de leitura é baseado em um disco (encoder rotativo), formado por janelas radiais
transparentes e opacas, alternadas. Este é iluminado perpendicularmente por uma fonte de luz
infravermelha, quando então, as imagens das janelas transparentes são projetadas no receptor. O
receptor converte essas janelas de luz em pulsos elétricos.
Um outro sinal chamado de Z ou zero também está disponível e ele dá a posição absoluta “zero” do
encoder. Este sinal é um pulso quadrado em que a fase e a largura são as mesmas do canal A.
A resolução do encoder incremental é dada por pulsos/ revolução (normalmente chamado PPR), isto
é, o encoder gera uma certa quantidade de pulsos elétricos por revolução dele próprio (no caso de
um encoder rotativo).
Para determinar a resolução basta dividir o número de pulsos por 360º, por exemplo, um encoder
fornecendo 1024 pulsos/ revolução, geraria um pulso elétrico a cada 0,35º mecânicos.
A precisão do encoder incremental depende de fatores mecânicos, elétricos e ambientais, que são:
erros na escala das janelas do disco, excentricidade das janelas, erro introduzido na leitura
eletrônica dos sinais, temperatura de operação e nos próprios componentes transmissores e
receptores de luz.
Nota: - Resolução: é o número de pulsos ou o valor da contagem por uma unidade de distância. Em
encoders rotativos a resolução é expressa em unidades de ângulo (grau, minuto e segundo ou em
radianos), ou em números de passos por revolução (por exemplo: 4096 pulsos/ revolução).
Resolução é a especificação básica de um encoder. Não se pode especificar um encoder sem esse
parâmetro.
- Precisão: é a diferença do valor indicado pelo encoder pelo valor real do posicionamento, ou o
número de pulsos que o encoder enviou pelo que ele deveria ter enviado (é o quão perto o valor
indicado está do valor real). Normalmente, é expresso em unidades de ângulo.
17. ESTETOSCÓPIO
O estetoscópio é um dispositivo auditivo altamente sensível, usado para localizar a fonte de todo
tipo de ruídos de máquina. Inclui um amplificador com controle de volume. Os ruídos se detectam
mediante uma sonda metálica, cujos resultados são audíveis mediante fones de ouvido.
O grau de ruído feito pelas peças móveis de uma máquina deve ser muito pequeno, demonstrando
que está operando dentro de um quadro estável. Com o aumento do ruído pode-se verificar a parte
da máquina que está defeituosa e providenciar sua manutenção, mesmo estando em um ambiente
ruidoso.
Tabela IV - Outras Unidades aceitas para uso com o Sistema Internacional de Unidades.
CGPM - Conferência Geral de Pesos e Medidas (precedida pelo número de ordem e seguida pelo
ano de sua realização).
d) Os múltiplos e submúltiplos decimais das unidades acima, cujos nomes são formados pelo
emprego dos prefixos SI da Tabela I.
Na expressão do valor numérico de uma grandeza, a respectiva unidade pode ser escrita por extenso
ou representada pelo seu símbolo (por exemplo, quilovolts por milímetro ou kV/ mm), não sendo
admitidas combinações de partes escritas por extenso com partes expressas por símbolo.
Plural dos nomes de unidades Quando os nomes de unidades são escritos ou pronunciados por
extenso, a formação do plural obedece às seguintes regras básicas:
a) os símbolos são invariáveis, não sendo admitido colocar, após o símbolo, seja ponto de
abreviatura, seja "s" de plural, sejam sinais, letras ou índices. Por exemplo, o símbolo do watt é
sempre W, qualquer que seja o tipo de potência a que se refira: mecânica, elétrica, térmica,
acústica etc;
b) os prefixos SI nunca são justapostos no mesmo símbolo. Por exemplo, unidades como GWh,
nm, pF, etc., não devem ser substituídas por expressões em que se justaponham,
respectivamente, os prefixos mega e quilo, mil e micro, micro e micro etc.;
c) os prefixos SI podem coexistir num símbolo composto por multiplicação ou divisão. Por
exemplo, kN.cm, k mA; kV/ mm, M cm, kV/ µs, µW/ cm2 etc.;
d) os símbolos de uma mesma unidade podem coexistir num símbolo composto por divisão. Por
exemplo, mm2/ m, kWh/ h etc;
e) o símbolo é escrito no mesmo alinhamento do número a que se refere, e não como expoente ou
índice. São exceções, os símbolos das unidades não SI de ângulo plano ( º ‘ ” ), os expoentes
dos símbolos que têm expoente, o sinal do símbolo do grau Celsius e os símbolos que têm
divisão indicada por traço de fração horizontal;
f) o símbolo de uma unidade composta por multiplicação pode ser formado pela justaposição dos
símbolos componentes e que não cause ambigüidade (VA, kWh etc.), ou mediante a colocação
de um ponto entre os símbolos componentes, na base da linha ou a meia altura (N.m);
g) o símbolo de uma unidade que contém divisão pode ser formado por uma qualquer das três
maneiras exemplificadas a seguir:
Não devendo ser empregada esta última forma quando o símbolo, escrito em duas linhas diferentes
puder causar confusão.
Quando um símbolo com prefixo tem expoente, deve-se entender que esse expoente afeta o
conjunto prefixo-unidade, como se esse conjunto estivesse entre parênteses. Por exemplo:
Para separar a parte inteira da parte decimal de um número, é empregada sempre uma virgula;
quando o valor absoluto do número é menor que 1, coloca-se 0 à esquerda da vírgula.
Observações:
2. Os prefixos desta Tabela podem ser também empregados com unidades que não pertencem ao
SI.
TABELA IV - OUTRAS UNIDADES ACEITAS PARA USO COM O SI, SEM RESTRIÇÃO DE
PRAZO
- www.prossiga.br/lopes/prodcien/fisicanaescola
- www.fisica.ufpr.br/grimm/apostmeteo
- www.feiradeciencias.com.br
- www.ucs.br/ccet/demc/vjbrusam/inst/ucs11.pdf
- www.megabras.com
- Ltda.2002.