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CURSO

ATUALIZAÇÃO ICMS | TO

2016
(Atualizado até, Decreto nº 5.362 de 29/12/2015)

FRANCISCO SANTIAGO DE ARAÚJO

Formado em Contabilidade, MBA em Planejamento Tributário com foco em


impostos federais, estaduais e municipais, Curso avançado para empresário
“Empretec”-Turma 2/2014, Titular da empresa Pactus Contabilidade, Integrante
do Grupo Parcerias Inteligentes, Presença atuante no SESCAP – TO -
Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de
Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Tocantins e NUGESC -
Núcleo da Gestão das Empresas de Serviços Contábeis (SEBRAE),
Representante do SESCAP – TO no Comitê Gestor do Redesim (CGSIM),
Responsável Técnico pelas Informações Tributárias da empresa Pactus
Contabilidade e Palestrante de Cursos Tributários.

DIANÓPOLIS - TO

1
EC 87/2015 - Operações Interestaduais Destinadas a Não
Contribuintes

Introdução e histórico

A Emenda Constitucional n° 87/2015 teve como principal mote, perante o poder constituinte derivado (Câmara
Federal dos Deputados e Senado Federal), corrigir uma distorção decorrente, especialmente, das operações não
presenciais, ou seja, aquelas operações em que o adquirente não comparece fisicamente ao estabelecimento
vendedor. Tratam-se, pois, das vendas realizadas por meio de comércio eletrônico - por meio da internet ou de
telemarketing.

Com efeito, é notório que, quando da época da promulgação da atual Constituição pátria (1988), tais operações
pouco representavam em termos quantitativos. Nos dias atuais, todavia, o comércio eletrônico representa valor
substancial na arrecadação do tributo estadual. Somente o Estado de São Paulo, no qual estão concentrados os
principais centros de distribuição das empresas que operam com vendas on line, arrecada anualmente quase R$ 1
bilhão em decorrência de tais operações.

Buscando minimizar tais impactos, diversas Unidades da Federação (principalmente das Regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste) firmaram entre si o Protocolo ICMS 21/2011, estabelecendo o recolhimento de parte do imposto em
favor da Unidade da Federação de destino da operação. Entretanto, um protocolo firmado junto ao CONFAZ não é
o ato normativo competente para determinar tal regramento, o que se comprovou por meio da declaração de
inconstitucionalidade do referido protocolo, pelo Supremo Tribunal Federal.
Face ao reconhecimento da inconstitucionalidade do Protocolo ICMS 21/2011, foi encaminhada pelo Senado a
Proposta de Emenda Constitucional 197/2012, originária da PEC 103/2011, que transformou-se na PEC 07/2015 do
Senado Federal, com o propósito específico de estabelecer nova disciplina para as operações comerciais
interestaduais não presenciais, de modo que coubesse ao Estado do destinatário da operação a diferença entre a
alíquota interna e a interestadual, independente da condição de contribuinte ou não do adquirente.

Protocolo ICMS 21/2011

Faziam parte do Protocolo ICMS 21/2011 as seguintes Unidades da Federação: Acre, Alagoas, Amapá, Bahia,
Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.

As unidades federadas signatárias do Protocolo ICMS 21/2011 acordaram em exigir a parcela do ICMS devida na
operação interestadual em que o consumidor final adquirisse mercadoria ou bem de forma não presencial por meio
de internet, telemarketing ou showroom, com o recolhimento em favor da unidade federada de destino da
mercadoria ou bem.

Para o cálculo do ICMS a ser recolhido, seria aplicada a alíquota prevista para as operações internas da unidade
federada de destino da mercadoria ou bem, admitindo-se como crédito fiscal sobre o valor da operação uma das
seguintes alíquotas:
a) 4%, em relação às mercadorias importadas ou com Conteúdo de Importação superior a 40%;

b) 7%, nas operações originárias dos Estados das regiões Sul e Sudeste (exceto o Estado do Espírito Santo) com
destino a Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo (ressalvado o disposto
na alínea "a", logo acima);
c) 12%, nas demais operações.

Nas operações interestaduais entre as unidades federadas signatárias do Protocolo ICMS 21/2011, o
estabelecimento remetente seria revestido da condição de substituto tributário, sendo responsável pela retenção e
recolhimento do ICMS, relativo à parcela do imposto devido a unidade federada de destino da mercadoria ou bem.
O ICMS devido à unidade federada de origem da mercadoria ou bem, relativo à obrigação própria do remetente, era
calculado com a utilização da alíquota interestadual.

A exigência do imposto pela unidade federada destinatária da mercadoria ou bem, aplicava-se, inclusive, nas
operações procedentes de unidades da Federação não signatárias do Protocolo. Nessa hipótese, o imposto seria
exigido a partir do momento do ingresso da mercadoria ou bem no território da unidade federada do destino e na
forma da legislação de cada unidade federada.
Desta forma, o adquirente consumidor final não contribuinte do ICMS, na aquisição de mercadoria ou bem em
operação interestadual feita por intermédio da internet, de telemarketing ou de showroom, respondia solidariamente
pelo pagamento da parcela de ICMS devida a seu Estado, independentemente se unidade federada de origem era
signatária ou não do Protocolo, na hipótese da mercadoria ou bem estar desacompanhado do documento
correspondente ao recolhimento do ICMS.

2
Definição de contribuinte

Tendo em vista que a principal alteração dada pela Emenda Constitucional n° 87/2015 refere-se às
operações interestaduais destinadas a não contribuintes do ICMS, é de suma importância compreender o
conceito de contribuinte do imposto, e, de tal forma, verificar os casos que não se enquadram em tal
contexto.

A Lei Complementar nº 87/96, em seu artigo 4º, estabelece o conceito de contribuinte.

Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em
volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

O fator crucial a ser observado é a habitualidade da pessoa na realização das operações mercantis.
Qualquer pessoa que efetue com habitualidade operação ou prestação mercantil é considerada
contribuinte.

Além da habitualidade, a posse de volume que caracterize intuito comercial serve para identificação de
determinada pessoa como contribuinte do imposto. Este conceito é aplicável nos casos de
irregularidades, onde não se pode presumir a habitualidade, mas o volume de mercadoria na posse do
agente é incompatível com destinação pessoal.

Nas hipóteses do artigo 4º, parágrafo único, da referida lei, define-se o contribuinte independentemente
da habitualidade ou intuito comercial.

Art. 4º (...)

Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem
habitualidade ou intuito comercial:

I - importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade;

II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no


exterior;

III - adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados;


IV - adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia
elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à
industrialização.

Os dois primeiros incisos referem-se à importação: o inciso I à importação de coisas (mercadorias ou


bens), e o inciso II à importação de serviços. No caso de realização de importação, não importará se há
ou não habitualidade, pois, independente disso, o importador será considerado contribuinte do imposto.

O inciso III refere-se à pessoa que adquire em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou
abandonados, em leilões promovidos pela Receita Federal. Em tal situação, ocorre o fato gerador do
imposto, e o contribuinte é justamente o adquirente da mercadoria.

Finalmente, o inciso IV versa acerca da aquisição de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos


derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à
comercialização ou à industrialização, dispondo que, em tais operações, o adquirente é considerado
contribuinte do imposto.

3
Importância da definição da condição de contribuinte

Embora, com o advento da Emenda Constitucional n° 87/2015, passe a ser utilizada a mesma alíquota
nas operações interestaduais, é necessário saber se o destinatário é contribuinte do ICMS, pois tal
condição trará implicações tanto em relação à responsabilidade pelo recolhimento quanto em relação à
forma de emissão do documento fiscal e às demais obrigações acessórias relacionadas à operação.

Dicas para verificação da condição de contribuinte do destinatário

Tendo em vista a necessidade de saber se o destinatário é ou não contribuinte do ICMS, conforme visto
acima, faz-se mister saber de que forma será possível identificar tal condição.

Basicamente, será preciso avaliar a condição do destinatário de modo a verificar se o mesmo se


enquadra no conceito de contribuinte, previsto no artigo 4º, especialmente no texto constante do caput do
referido artigo (qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que
caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior).

Um dos métodos que podem ser utilizados como um facilitador é verificar se o destinatário possui ou não
inscrição estadual. Normalmente, os contribuintes do ICMS possuem inscrição estadual no Cadastro de
Contribuintes do ICMS, ao passo que os não contribuintes não são inscritos.

Para a consulta à inscrição estadual, recomenda-se o acesso ao portal do SINTEGRA


<http://www.sintegra.gov.br>, no qual poderão ser verificadas, pelo número da inscrição estadual ou da
inscrição no CNPJ, informações quanto à condição cadastral da pessoa consultada, sendo possível, em
muitos casos, identificar se a pessoa é ou não contribuinte do ICMS.

Exceções à regra

Importante observar que há exceções a tal regra.

Por exemplo, é bastante comum que prestadores de serviço de transporte autônomos sejam dispensados
de inscrição estadual. A dispensa da inscrição, todavia, não descaracteriza a condição de contribuinte
desse prestador. Isso também a outros casos, como produtos rurais e microempreendedores individuais,
sendo uma prerrogativa de cada Unidade da Federação.

Por outro lado, há casos de pessoas que não são contribuintes, mas são obrigadas a possuir inscrição
estadual. É o caso das empresas de construção civil, que são obrigadas a se inscrever no Cadastro de
Contribuintes do ICMS para fins de cumprimento de obrigações acessórias, ainda que não sejam
necessariamente consideradas contribuintes do ICMS (as empresas de construção civil são consideradas
contribuintes quando praticarem o fornecimento de mercadorias por ela produzidas fora do local das
obras).

Caso o fornecedor efetue a análise da atividade do destinatário, bem como a existência ou não de
inscrição estadual, e o seu cadastro no SINTEGRA, e ainda assim tenha dúvidas quanto a seu
enquadramento ou não na condição de contribuinte, é recomendável que solicite uma declaração do
adquirente na qual afirma sua condição, de contribuinte ou não.

A seguir, constam dois modelos de declaração:

4
DECLARAÇÃO DE CONDIÇÃO DE CONTRIBUINTE DO ICMS

EMPRESA X, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida no (ENDEREÇO COMPLETO), inscrita no CNPJ
sob o nº (...), inscrita no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado (...) sob o nº, por meio de seu
representante legal abaixo assinado, vem por meio desta declarar, para fins comerciais e tributários, sua
condição de CONTRIBUINTE DO ICMS, nos termos do artigo 4º da Lei Complementar nº 87/96, c/c o artigo (...)
do RICMS/XX, aprovado pelo Decreto nº (...).

Declaro serem verdadeiras as informações aqui prestadas. Todos os ônus decorrentes desta declaração são de
responsabilidade do declarante, caso esta declaração seja considerada inverídica.

Local, data

_____________________________

Assinatura do representante legal

Nome Completo e Número do CPF do representante legal

DECLARAÇÃO DE CONDIÇÃO DE NÃO CONTRIBUINTE DO ICMS

EMPRESA X, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida no (ENDEREÇO COMPLETO),


inscrita no CNPJ sob o nº (...), inscrita no Cadastro de Contribuintes do ICMS do Estado (...) sob o
nº, por meio de seu representante legal abaixo assinado, vem por meio desta declarar, para fins
comerciais e tributários, sua condição de NÃO CONTRIBUINTE DO ICMS, interpretação a contrariu
sensu do artigo 4º da Lei Complementar nº 87/96, c/c o artigo (...) do RICMS/XX, aprovado pelo
Decreto nº (...).

Declaro serem verdadeiras as informações aqui prestadas. Todos os ônus decorrentes desta
declaração são de responsabilidade do declarante, caso esta declaração seja considerada
inverídica.

Local, data

_____________________________
Assinatura do representante legal
Nome Completo e Número do CPF do representante legal

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Tributação na origem e no destino

Tributação na origem
Definição da alíquota aplicável
Operações e prestações contempladas
Tributação no destino
Incidência do ICMS e momento de ocorrência do fato gerador

Tributação na origem
Com a alteração do texto do inciso VII do § 2° do artigo 155 da Constituição Federal, nas operações
interestaduais destinadas a não contribuintes do ICMS, deverá ser aplicada a alíquota interestadual
cabível.
As alíquotas interestaduais, previstas nas Resoluções do Senado Federal n° 22/89 e 13/2012, são as
seguintes:
a) 4%, em relação às mercadorias importadas ou com Conteúdo de Importação superior a 40%;
b) 7%, nas operações originárias dos Estados das regiões Sul e Sudeste (exceto o Estado do Espírito
Santo) com destino a Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo
(ressalvado o disposto na alínea "a", logo acima);
c) 12%, nas demais operações.

Definição da alíquota aplicável


Para fins meramente didáticos, para a definição da alíquota de 7% ou de 12%, podem-se separar os
Estados brasileiros em dois grupos, de modo a visualizar a alíquota interestadual aplicável entre estes
Estados.
No grupo 1, estão os Estados da Região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e os Estados
da Região Sudeste, à exceção do Estado do Espírito Santo (Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo).
No grupo 2, estão todos os demais Estados do Brasil, das Regiões Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco,
Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), mais
o Estado do Espírito Santo e o Distrito Federal.

GRUPO 1 GRUPO 2

Rio Grande do Sul


Santa Catarina
Demais Estados
Paraná
Distrito Federal
São Paulo
Rio de Janeiro
Minas Gerais

Mandando a mercadoria de um Estado do grupo 1 para um Estado do grupo 2 (ex.: São Paulo para
Bahia), aplica-se a alíquota de 7%. Já no caso de operações entre dois Estados do grupo 1 (ex.: Paraná
para Santa Catarina) ou entre Estados do grupo 2 (ex.: Goiás para Mato Grosso), bem como no caso de
operações de Estados do grupo 2 para Estados do grupo 1 (ex.: Espírito Santo para Rio de Janeiro),
deverá ser aplicada a alíquota de 12%.

6
Mais uma vez, é importante lembrar que essa regra (alíquota de 7% ou de 12%) não se aplica às
mercadorias importadas ou com Conteúdo de Importação superior a 40%, em relação às quais é aplicada
a alíquota de 4% nas operações interestaduais.

Operações e prestações contempladas


Insta salientar que tanto a imprensa quanto o Senado Federal fizeram referência expressa, ao mencionar
as alterações decorrentes da Emenda Constitucional n° 87/2015, ao comércio eletrônico.
Ocorre, no entanto, que o texto da Emenda Constitucional n° 87/2015 em nenhum momento versa acerca
de comércio eletrônico ou de operações não presenciais. O texto refere-se a operações interestaduais
destinadas a não contribuintes de maneira genérica.
Até mesmo pela origem dos fatos que ocasionaram a edição da Emenda Constitucional n° 87/2015, e
considerando ainda as declarações do poder constituinte e da imprensa, é possível a presunção de sua
aplicabilidade somente em relação às operações não presenciais.
O mais adequado, no caso em questão, não é a realização de presunções ou de intenções nas
entrelinhas, mas sim a indicação da amplitude das regras de forma expressa, o que não ocorreu, no caso
presente (salvo no caso em que se pretenda, realmente, ampliar tal regramento a todas as operações).
Assim sendo, tendo em vista o texto da Emenda Constitucional, a conclusão a que se chega é que a
alíquota interestadual aplica-se a qualquer operação destinada a não contribuinte.
O Convênio ICMS 93/2015, por sua vez, faz referência genérica às operações e prestações que destinem
bens e serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada.

Tributação no destino
Tendo em vista as alterações dadas pela Emenda Constitucional n° 87/2015, passará a ser pago à
Unidade da Federação de destino o valor do ICMS correspondente ao diferencial de alíquotas,
considerando-se para tanto a alíquota interna da Unidade da Federação de destino, em contraponto à
alíquota interestadual aplicável à operação, que será de 4%, 7% ou 12%.

Incidência do ICMS e momento de ocorrência do fato gerador


Embora, até a presente data, não tenha sido alterado o texto da Lei Complementar nº 87/96, no que se
refere à incidência do ICMS e ao momento de ocorrência do fato gerador, a maioria das Unidades da
Federação que regulamentaram o assunto já disciplinaram o tema.
Assim, passam a ser consideradas hipóteses de incidência do ICMS as operações e as prestações
iniciadas em outro Estado que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do imposto.
Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento da saída do estabelecimento onde se
encontrem os bens, no caso de operações iniciadas em outro Estado que os destinem a consumidor final
não contribuinte do imposto. Especificamente em relação às prestações de serviço, considera-se ocorrido
7
o fato gerador do ICMS no momento da prestação de serviço por contribuinte localizado em outra unidade
da Federação, para consumidor final não contribuinte.

Cálculo

Cálculo por dentro


Fundo de Combate à Pobreza

Cálculo por dentro

O ICMS é um imposto cujo cálculo é efetuado "por dentro". Isto significa que, no valor cobrado pela
operação, deverá estar embutido o valor do imposto. Tal regra é decorrente do disposto no artigo 13, §
1°, inciso I, da Lei Complementar n° 87/96, transcrito abaixo:

Art. 13. A base de cálculo do imposto é:

(...)

§ 1º Integra a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese do inciso V do caput deste artigo:

I - o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de
controle;

O Convênio ICMS 93/2015, ao dispor quanto à base de cálculo para fins do recolhimento de parte do
imposto em favor da Unidade da Federação de destino, a define como o valor da operação ou o preço do
serviço, fazendo referência expressa ao § 1° do artigo 13 da LC n° 87/96, citado acima:

Cláusula segunda Nas operações e prestações de serviço de que trata este convênio, o
contribuinte que as realizar deve:

I - se remetente do bem:

a) utilizar a alíquota interna prevista na unidade federada de destino para calcular o ICMS total
devido na operação;

(...)

II - se prestador de serviço:

a) utilizar a alíquota interna prevista na unidade federada de destino para calcular o ICMS total
devido na prestação;

(...)

§ 1° A base de cálculo do imposto de que tratam os incisos I e II do caput é o valor da operação ou o


preço do serviço, observado o disposto no § 1° do art. 13 da Lei Complementar n° 87, de 13 de
setembro de 1996.

Tendo em vista as alterações dadas pelo Convênio ICMS 152/2015, a base de cálculo tanto do ICMS
devido para o Estado de origem quanto para o Estado de destino é única, e corresponde ao valor da
operação ou o preço do serviço.

Assim sendo, para a inclusão do imposto em sua própria base de cálculo, deve-se utilizar a alíquota
interna prevista na unidade federada de destino para calcular o ICMS total devido na operação.

Desta forma, se, por exemplo, determinada mercadoria se sujeita à alíquota de 18%, e o valor da referida
mercadoria é R$ 100,00, conclui-se que, nesse valor (R$ 100,00), já se encontra embutido o valor do
ICMS devido na operação (R$ 100,00 x 18% = R$ 18,00).

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O valor de tal mercadoria antes da inclusão do imposto em sua base de cálculo é de R$ 82,00 (R$ 100,00
- R$ 18,00). Para a inclusão do imposto na base de cálculo, deve-se dividir o valor de partida por 1 (um)
menos a alíquota aplicável à operação.

Exemplo

Mercadoria sujeita a alíquota de 25% na Unidade da Federação de destino

R$ 82,00 / (1 - 25%)

R$ 82,00 / (1 - 0,25)

R$ 82,00 / 0,75 = R$ 109,33

Entende-se que o deslocamento de parte do recolhimento ao Estado de destino não deve implicar em
alteração da regra do cálculo do ICMS "por dentro", desde, evidentemente, que tal parcela não seja
cobrada "por fora" do preço do adquirente da mercadoria.

Deve-se observar, para fins da inclusão do ICMS em sua própria base de cálculo, a alíquota interna
aplicável no Estado de destino da operação.

É interessante citar que, em decorrência de tais informações, para fins de composição do preço de venda,
o mais correto a se fazer pelo contribuinte que venda mercadorias sujeitas a alíquotas diferenciadas,
comparando a alíquota interna de seu Estado com a alíquota interna dos Estados com os quais opera, é
trabalhar com uma tabela de preços sem a inclusão do ICMS.

EXEMPLO

Para a venda do produto acima, supondo tratar-se de uma operação interna, sujeita a uma
alíquota interna de 12%:

Base de cálculo = valor da mercadoria / (1 - alíquota)

Base de cálculo =R$ 599,00 / (1 - 0,12) = R$ 599,00 / 0,88 = R$ 680,68

Já para a venda do mesmo produto em operação interestadual, sujeita a alíquota de 18% na


Unidade da Federação de destino:

Base de cálculo =R$ 599,00 / (1 - 0,18) = R$ 599,00 / 0,82 = R$ 730,49

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Decompondo os valores da operação interestadual, nota-se que as parcelas serão as seguintes:

Base de cálculo após inclusão do imposto = R$ 730,49

Valor original = R$ 599,00

ICMS pago na origem = R$ 730,49 x 7% = R$ 51,13

ICMS pago no destino = R$ 730,49 x (18% - 7%) = R$ 730,49 x 11% = R$ 80,36

Tirando a prova real: R$ 599,00 + R$ 51,13 + R$ 80,36 = R$ 730,49

Há de se frisar que, no caso em questão, entende-se não ser cabível a cobrança do imposto "por fora"
(como ocorre em relação ao IPI ou ao ICMS devido por substituição tributária), eis que, conforme
demonstrado, o imposto que está sendo recolhido é o devido em relação à própria operação, sendo que a
nova regra implementada apenas modifica o sujeito ativo em relação a parte do valor devido.

Observe-se, ainda, que o Convênio ICMS 93/2015, ao disciplinar o cálculo do ICMS na hipótese aludida
na presente matéria, indica que deve ser observada a alíquota interna prevista na Unidade de Federação
de destino. Pela lógica, este seria o percentual a ser embutido ao valor original da mercadoria, de modo a
se chegar ao valor da operação, que será utilizado como base de cálculo.

Fundo de Combate à Pobreza

Em algumas Unidades da Federação, é cobrado um adicional de até dois pontos percentuais na alíquota
de ICMS em relação a determinadas mercadorias, com destinação específica para o Fundo de Combate e
Erradicação da Pobreza, conforme autorizado pelo artigo 82, § 1°, do ADCT da Constituição Federal.

Em tais casos, deverá ser considerado o adicional para fins do cálculo do imposto a recolher em favor da
Unidade da Federação de destino. O adicional deve ser recolhido integralmente para a Unidade da
Federação de destino.

O Convênio ICMS 93/2015 faz referência expressa a esta situação nos §§ 4° e 5° da cláusula segunda,
bem como no § 2° da cláusula décima.

Há previsão de cobrança do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza ou similares nas seguintes


Unidades da Federação:

Unidade da Federação Percentual do FCEP Base legal

Acre - -

Alagoas De 1% a 2% Lei n° 6.558/2004

Amapá - -

Amazonas - -

Bahia 2% Lei nº 7.988/2001

Ceará 2% Lei Complementar nº 37/2003

Distrito Federal 2% Lei nº 4.220/2008

Espírito Santo 2% Lei Complementar nº 336/2005

Goiás 2% e 5% Lei nº 14.469/2003

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Maranhão 2% Lei nº 8.205/2004

Mato Grosso 2% Lei Complementar nº 144/2003

Mato Grosso do Sul 2% Lei nº 3.337/2006

Minas Gerais 2% Lei nº 19.978/2011

Pará - -

Paraíba 2% Lei nº 7.611/2004

Paraná 2% Lei nº 18.573/2015

Pernambuco 2% Lei nº 12.523/2003

Piauí 2% Lei n° 5.622/2006

Rio de Janeiro De 1% a 5% Lei nº 4.056/2002

Rio Grande do Norte 2% Lei Complementar nº 261/2003

Rio Grande do Sul 2% Lei nº 14.742/2015

Rondônia 2% Lei Complementar n° 842/2015

Roraima - -

Santa Catarina - -

Sergipe 2% Lei nº 4.731/2002

São Paulo 2% Lei n° 16.006/2015

Tocantins 2% Lei nº 3.015/2015

Recolhimento

A responsabilidade pelo recolhimento do ICMS correspondente ao diferencial de alíquotas, em favor da


Unidade da Federação de destino, foi atribuída expressamente ao remetente, em se tratando de
operações destinadas a não contribuintes.

O assunto encontra-se disciplinado no artigo 155, § 2°, inciso VIII, alínea "b", da Constituição Federal, em
sua nova redação dada pela Emenda Constitucional n° 87/2015.

Segundo a cláusula quarta do Convênio ICMS 93/2015, o recolhimento deve ser efetuado por meio da
Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE) ou outro documento de arrecadação, de
acordo com a legislação da unidade federada de destino, por ocasião da saída do bem ou do início da
prestação de serviço, em relação a cada operação ou prestação. O documento de arrecadação deve
mencionar o número do respectivo documento fiscal e acompanhar o trânsito do bem ou a prestação do
serviço.

O Ajuste SINIEF 11/2015 alterou o Convênio SINIEF 06/89, acrescentando os códigos de receita da Guia
Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais On-Line (GNRE On-Line), para fins de recolhimento do
ICMS devido nas operações interestaduais destinadas a consumidor final não contribuinte, em
decorrência da Emenda Constitucional n° 87/2015, e ao ICMS destinado ao Fundo Estadual de Combate
à Pobreza:
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Código Descrição

10010-2 ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por Operação

10011-0 ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por Apuração

10012-9 ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Operação

10013-7 ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Apuração

Inscrição auxiliar do substituto tributário

A cláusula quinta do Convênio ICMS 93/2015 indica que, a critério da Unidade Federada de destino e
conforme dispuser a sua legislação tributária, pode ser exigida ou concedida ao contribuinte localizado na
unidade federada de origem inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS - ficando dispensado de
nova inscrição estadual ou distrital o contribuinte que já possua inscrição na condição de substituto
tributário na Unidade Federada de destino.

Possuindo a inscrição como substituto, o contribuinte deve efetuar o recolhimento até o décimo quinto dia
do mês subsequente à saída do bem ou ao início da prestação de serviço. A inadimplência do contribuinte
inscrito em relação ao imposto devido ou a irregularidade de sua inscrição estadual ou distrital faculta à
unidade federada de destino exigir que o imposto seja recolhido antecipadamente.

Obrigações Acessórias

Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)


Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e)
Escrituração Fiscal Digital (EFD)
Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquotas e Antecipação (DeSTDA)

Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)

Nos termos do Ajuste SINIEF 05/2015, foi acrescentada a Tabela C ao Anexo que dispõe sobre os
Códigos de Situação Tributária, para identificação do destinatário da mercadoria, bem ou serviço, tendo
em vista as alterações decorrentes da Emenda Constitucional nº 87/2015, segundo a qual, nas operações
interestaduais destinadas a não contribuintes, o valor correspondente ao diferencial de alíquotas será
recolhido em favor do Estado de destino. As alterações são válidas a partir de 01.01.2016.

Tabela C - Destinatário da Mercadoria, Bem ou Serviço:


0 - contribuinte do imposto;
1 - contribuinte do imposto como consumidor final;
2 - não contribuinte do imposto.

Foi disponibilizada a Nota Técnica 2015/003-v1.40, que altera o leiaute da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)
para receber a informação do ICMS devido para a Unidade da Federação do destinatário, nas operações
interestaduais de venda para consumidor final, atendendo as definições da Emenda Constitucional n°
87/2015, bem como atender à necessidade de identificar o Código Especificador da Substituição
Tributária (CEST), nos termos do Convênio ICMS 92/2015.

12
Com as alterações, foi criado um novo grupo de informações no item para identificar a partilha do ICMS
nos termos da Emenda Constitucional n° 87/2015. Também haverá alteração no campo Total da Nota e
nas regras de validação da NF-e.

Não haverá alteração no leiaute do DANFE, mas as empresas remetentes devem informar, no campo de
informações adicionais, os valores recolhidos através de GNRE, visando à conferência nas unidades de
fiscalização de mercadorias em trânsito da Unidade da Federação de destino.
Foi esclarecida, ainda, a sistemática de cálculo do ICMS por dentro.

O prazo previsto para a implementação das mudanças, em atendimento à Emenda Constitucional n°


87/2015, é:
- Ambiente de Homologação (ambiente de teste das empresas): 01.10.2015;
- Ambiente de Produção: 01.12.2015.
Embora a publicação em produção esteja prevista para 01.12.2015, o novo grupo de informações do
ICMS para a UF de destino somente poderá ser utilizado, em produção, a partir de 01.01.2016,
respeitando a legislação vigente. As regras poderão ser testadas no ambiente de homologação.
A seguir, foram resumidas as principais alterações decorrentes da Nota Técnica 2015/003-v1.40.
Grupo de Tributação do ICMS para a UF do destinatário

Foi criado um novo grupo de informações no item, para identificar a partilha do ICMS para a UF do
destinatário nas operações interestaduais de venda para consumidor final, atendendo ao disposto
na Emenda Constitucional n° 87/2015.

Campo Descrição Observação

ICMSUFDest Informação do ICMS de partilha Grupo a ser informado nas vendas interestaduais para
com a UF do destinatário na consumidor final, nãocontribuinte do ICMS
operação interestadual

vBCUFDest Valor da BC do ICMS na UF do Valor da Base de Cálculo do ICMS na UF do destinatário.


destinatário
Nota: Normalmente o valor da Base de Cálculo da
mercadoria é o mesmo para a UF do remetente e para a UF
do destinatário, principalmente na venda para consumidor
final.

pICMSUFDest Alíquota interna da UF do Alíquota adotada nas operações internas na UF do


destinatário destinatário para o produto / mercadoria.

pICMSInter Alíquota interestadual das UF Alíquota interestadual das UF envolvidas:


envolvidas
- 4% alíquota interestadual para produtos importados;

-7% para os Estados de origem do Sul e Sudeste(exceto


ES), destinado para os Estados do Norte e Nordeste ou ES;
-12% para os demais casos.

pICMSInterPart Percentual provisório de partilha Percentual de partilha para a UF do destinatário:


entre os Estados
- 40% em 2016;
- 60% em 2017;
- 80% em 2018;
- 100% a partir de 2019.

vICMSUFDest Valor do ICMS de partilha para a Valor do ICMS de partilha para a UF do destinatário.
UF do destinatário

vICMSUFRemet Valor do ICMS de partilha para a Valor do ICMS de partilha para a UF do remetente.
UF do remetente
Nota: A partir de 2019, este valor será zero.

13
Total da Nota Fiscal

Criados novos campos no grupo de totais da Nota Fiscal, para identificar a distribuição do ICMS de
partilha para a UF do destinatário na operação interestadual de venda para consumidor final não
contribuinte, atendendo ao disposto na Emenda Constitucional 87 de 2015.

Campo Descrição

vICMSUFDest Valor total do ICMS de partilha para a UF do destinatário

vICMSUFRemet Valor total do ICMS de partilha para a UF do remetente

Regras de Validação (RV) da Nota Fiscal Eletrônica

Resumidamente as mudanças em regras de validação estão relacionadas com o ICMS devido a UF do


destinatário na operação interestadual de venda para consumidor final não contribuinte.
Seguem as alterações em regras de validação:
N. Item / Tributo: ICMS

Regra de Validação Descrição Erro

CST incompatível com a operação com Rejeição: CST incompatível na operação


Consumidor Final: com consumidor final

-Operação com Consumidor


Final(indFinal=1) e

-Não é operação com Contribuinte


(indIEDest=9) e
-CST=10, 30, 50, 51, 70 ou 90

CSOSN incompatível com a operação Rejeição: CSOSN incompatível na


com Consumidor Final: operação com consumidor final

- Operação com Consumidor Final


(indFinal=1) e

-Não é operação com Contribuinte


(indIEDest=9) e
-CSOSN=101, 201, 202, 203 ou 900

Validação alíquota do ICMS na operação Rejeição: Alíquota do ICMS com valor


interestadual de produtos importados (NT superior a 4 por cento na operação de
2012/005 e NT2013/006): saída interestadual com produtos
importados
-CFOP de operação de saída para outra
UF (inicia por 6)
- Origem da mercadoria = 1, 2, 3 ou 8;
- CST de ICMS = 00, 10, 20, 70 ou 90;
-Data de Emissão igual ou superiora
01/01/2013;
- Valor alíquota do ICMS maior do que
"4.00" (4 por cento).
Exceção 0: Para as NF-e com Data de
Emissão anterior a 01/01/2016, a regra
de validação acima não se aplica para
destinatário Não Contribuinte

14
(tag:dest/indIEDest=9).

Exceção 1: A regra acima não se aplica


para as operações de Retorno /
Devolução, com os CFOP: 6201, 6202,
6208, 6209, 6210, 6410, 6411, 6412,
6413, 6503, 6553, 6555, 6556, 6660,
6661, 6662, 6664, 6665, 6902, 6903,
6906, 6907, 6909, 6913, 6916, 6918,
6919, 6921, 6925

Exceção 3: A regra de validação acima


não se aplica na venda de veículos
novos (grupo "veicProd"), para a Venda
direta para grandes consumidores
(tpOp=3), ou para Faturamento direto
para consumidor final (tpOp=2).

Exceção 4: Para as NF-e com Data de


Emissão anterior a 01/01/2016, mesmo
que informada a IE do destinatário, a
regra de validação acima não se aplica
para as operações com os CFOP 6107,
6108 (Não Contribuinte).

Exceção 5: A regra de validação acima


não se aplica para a NF Complementar
(finNFe=2)quando:
-Se referenciada uma NF-e, a NF-e
referenciada tem a Data de Emissão
anterior a 01/01/13;

-Se referenciada uma NF modelo 1, a


Data de Emissão é anterior a 1301 (tag
refNF/AAMM).

Exceção 6: Para as NF-e com Data de


Emissão anterior a 01/01/2016, mesmo
que informada a IE do destinatário, a
regra de validação acima não se aplica
para as operações com o CFOP 6.929-
Lançamento relativo a operação
registrada em Cupom Fiscal(NT
2013/004).

Validação alíquota do ICMS na operação Rejeição: Alíquota de ICMS superior a


interestadual: definida para a operação interestadual

-CFOP de operação de saída para outra


UF(inicia por 6) e

- Origem da mercadoria difere de 1, 2, 3


ou 8;

-Valor alíquota do ICMS maior do que


"7.00" (7 por cento) para os Estados de
origem do Sul e Sudeste(exceto ES),
destinado para os Estados do Norte e
Nordeste ou ES;

-Valor alíquota do ICMS maior do que


"12.00" (12 por cento)para os demais
casos.
Exceção 1: Para as NF-e com Data de
Emissão anterior a 01/01/2016, a regra
de validação acima não se aplica para
destinatário NãoContribuinte
(tag:dest/indIEDest= 9).

Exceção 2:A regra de validação acima


não se aplica na venda de veículos
15
novos (grupo "veicProd"), para a Venda
direta para grandes consumidores
(tpOp=3), ou para Faturamento direto
para consumidor final (tpOp=2).

NA. Item / ICMS para a UF do Destinatário

Regra de Validação Descrição Erro

Informado grupo "ICMSUFDest" para a Rejeição: NFC-e com grupo de ICMS


NFC-e para a UF do destinatário

Não informado grupo deICMS para a UF Rejeição:Grupo de ICMS para a UF do


do Destinatário("ICMSUFDest") destinatário deve ser informado na
indevidamente: operação interestadual de venda a
consumidor final não contribuinte
-Operação Interestadual (idDest=2) e

-Operação com Consumidor Final


(indFinal=1) e

-Operação com Não Contribuinte


(indIEDest=9) e
- Data de Emissão a partir de 01/01/2016

Informado grupo de ICMS para a UF do Rejeição: Grupo do ICMS para a UF do


Destinatário ("ICMSUFDest") destinatário deve ser informado somente
indevidamente: na operação interestadual de venda a
consumidor final não contribuinte
-Não é operação Interestadual
(idDest<>2) ou

- Não é operação com Consumidor Final


(indFinal<>1) ou
-Não é operação com Não Contribuinte
(indIEDest<>9) ou
-Data deEmissão anterior a 01/01/2016

Se informada alíquota interestadual de Rejeição: Alíquota interestadual do ICMS


4% (produto importado) e para produtos importados com origem
diferente dos previstos
-Origem da mercadoria difere de produto
importado (tag:orig<>1,2,3,8)

Se informada alíquota interestadual de Rejeição: Alíquota interestadual do ICMS


7% ou 12% e incompatível com as UF envolvidas na
operação
-Origem da mercadoria difere de produto
importado (tag:orig<>1,2,3,8)e

-Alíquota interestadual incompatível com


as UF envolvidas:

-7% para os Estados de origem do Sul e


Sudeste(exceto ES), destinado para os
Estados do Norte e Nordeste ou ES;
- 12% para os demais casos.

Percentual de partilha para a UF do Rejeição: Percentual de partilha para a


destinatário(tag:pICMSInterPart) difere do UF do destinatário difere do previsto para
previsto para o ano da Data de Emissão o ano da Data de Emissão

Valor do ICMS de partilha para a UF do Rejeição: Valor do ICMS de partilha para


destinatário(tag:vICMSUFDest) difere de: a UF do destinatário difere do calculado

16
-Se (pICMSUFDest-pICMSInter) <=
0:Considerar valor=0;

-Se (pICMSUFDest-pICMSInter) >


0:Considerar valor=

vBCUFDest * (pICMSUFDest -
pICMSInter) *
pICMSInterPart(*4)

Valor do ICMS de partilha da UF do Rejeição: Valor do ICMS de partilha para


remetente (tag:vICMSUFRemet) difere a UF do remetente difere do calculado
de:

-Se (pICMSUFDest -pICMSInter) <= 0:


Considerar valor=0;
- Se pICMSInterDest=100: Considerar
valor=0;
-Se (pICMSUFDest -pICMSInter) > 0:
Considerar valor=
vBCUFDest * (pICMSUFDest -
pICMSInter) *
(100-pICMSInterPart) (*4)

W. Total da Nota Fiscal

Regra de Validação Descrição Erro

Total do ICMS de partilha para a UF do


destinatário (tag:vICMSUFDest, id:W04b)
difere do somatório do valor dos itens Rejeição: Valor do ICMS de partilha da
(id:NA11). UF do destinatário difere do somatório
dos itens
Nota: Considerar o valor Null como sendo
zero.

Total do ICMS de partilha para a UF do


remetente (tag:vICMSUFRemet, id:W04c)
difere do somatório do valor dos itens Rejeição: Valor do ICMS de partilha da
(id:NA13). UF do remetente difere do somatório
dos itens
Nota: Considerar o valor Null como sendo
zero.

DANFE

Não haverá alteração no leiaute do DANFE, mas as empresas remetentes devem informar, no campo de
informações adicionais, os valores recolhidos através de GNRE e descritos no campo W04b-10, visando à
conferência nas unidades de fiscalização de mercadorias em trânsito das UFs destinatárias.

Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e)

Segundo a Nota Técnica CT-e 2015.003, o prazo previsto para a implementação das mudanças, em
atendimento à Emenda Constitucional n° 87/2015, é:
a) Ambiente de Homologação (ambiente de teste das empresas): 01.10.2015;
b) Ambiente de Produção: 03.11.2015.
A referida nota técnica estabelece alterações em relação ao Serviço: Autorização de Uso (Schema Parte
Geral). Não serão criadas regras de validação no primeiro momento, o que poderá ocorrer em futura Nota
Técnica.

17
A seguir, foram resumidas as principais alterações decorrentes da Nota Técnica CT-e 2015.003.

Campo Descrição/Observação

Grupo a ser informado nas prestações de


ICMSUFFim serviço de transporte interestaduais para
consumidor final, não contribuinte do ICMS

Valor da Base de Cálculo do ICMS na UF


vBCUFFim de término da prestação do serviço de
transporte

Alíquota interna da UF de término da


pICMSUFFim
prestação do serviço de transporte

pICMSInter Alíquota interestadual das UF envolvidas

Percentual de partilha para a UF de


término da prestação do serviço de
transporte:
pICMSInterPart - 40% em 2016;
- 60% em 2017;
- 80% em 2018;
- 100% a partir de 2019.

Valor do ICMS de partilha para a UF de


vICMSUFFim término da prestação do serviço de
transporte

Valor do ICMS de partilha para a UF de


vICMSUFIni início da prestação do serviço de
transporte

Cabe mencionar, ainda, que foi publicada a Nota Técnica CT-e 2015.004, que divulga as regras de
validação e inclusão do fundo de combate à pobreza. A referida nota técnica acrescenta o percentual e o
valor correspondentes ao fundo de combate à pobreza no grupo de informações do diferencial de alíquota
conforme a Emenda Constitucional n° 87/2015.
DACTE

Não haverá alteração no leiaute do DACTE, mas as empresas emitentes devem informar, no campo de
informações adicionais, os valores recolhidos através de GNRE e descritos no campo vICMSUFFim,
visando à conferência nas unidades de fiscalização de mercadorias em trânsito das UFs de término da
prestação do serviço de transporte.

Guia de Informação e Apuração do ICMS Substituição Tributária (GIA-ST)

Os Ajustes SINIEF 06/2015 e 10/2015 alteram o Ajuste SINIEF 04/93, que estabelece normas comuns
aplicáveis para o cumprimento de obrigações tributárias relacionadas com mercadorias sujeitas ao regime
de substituição tributária, quanto à GIA-ST.

Foram acrescidos quadros para informações relativas a operações ou prestações que destinem bens ou
serviços a consumidor final não contribuinte do imposto localizado em outra unidade federada, em relação
às quais será devido o valor correspondente ao diferencial de alíquotas, e a responsabilidade pelo
recolhimento será do remetente, nos termos da Emenda Constitucional nº 87/2015.

As alterações, válidas a partir de 01.01.2016, são as seguintes:

a) adequação do campo 5 (período de referência), retirando de sua redação a apuração restrita ao ICMS-
ST. Tal alteração decorre da possibilidade ou exigência de inscrição no Cadastro de Contribuintes do

18
ICMS, pela Unidade Federada de destino, ao contribuinte localizado na Unidade Federada de origem, de
que trata a cláusula quinta do Convênio ICMS n° 93/2015;

b) inclusão do quadro “Emenda Constitucional n° 87/15”, que deverá ser preenchido pelo contribuinte que
realizar operação ou prestação que destine mercadorias ou serviços a consumidor final não contribuinte
do imposto localizado em outro Estado, observado o seguinte:

1- Data de Vencimento do ICMS devido à unidade federada de destino: preencher com a data de
vencimento do ICMS devido à unidade federada de destino no formato DD/MM/AAAA, conforme prazo de
pagamento definido na legislação da unidade federada de destino, e respectivos valores. Pois na hipótese
de existir valor a informar de ICMS relativo ao Fundo de Combate à Pobreza, neste campo serão
informados separadamente os valores do ICMS não relativo ao Fundo de Combate à Pobreza e do ICMS
relativo ao Fundo de Combate à Pobreza, com as respectivas datas de vencimento.

2- Valor do ICMS devido à unidade federada de destino: informar o valor do ICMS devido à unidade
federada de destino em decorrência de operações ou prestações realizadas a consumidor final não
contribuinte do imposto.

3- Devoluções ou Anulações: informar o valor correspondente ao ICMS decorrente de devoluções de


bens ou anulações de valores relativos à prestação de serviços cuja operação ou prestação tenha sido
informada no campo Valor do ICMS devido à unidade federada de destino neste período de apuração ou
em anterior;

4- Pagamentos Antecipados: informar, englobadamente, os valores de ICMS devidos à unidade federada


de destino em decorrência de operações ou prestações destinadas a consumidor final não contribuinte do
imposto, recolhidos antecipadamente, documento a documento, por meio de GNRE, em consequência da
inaplicabilidade do prazo para pagamento.

5- Total do ICMS devido à unidade federada de destino: informar o saldo do valor devido à unidade
federada de destino (campo Valor do ICMS devido à unidade federada de destino menos campos
Devoluções ou Anulações e Pagamentos Antecipados).

c) determinação de que os campos a seguir discriminados são comuns ao preenchimento das operações
relativas à substituição tributária e às operações e prestações destinadas à consumidor final não
contribuinte do imposto, devendo, na hipótese de preenchimento exclusivo do Quadro Emenda
Constitucional n° 87/15, por contribuinte que não seja substituto tributário, ser desconsideradas as partes
das regras de preenchimento que se referem ao substituto:

1- campo 4 (sigla da UF favorecida): informar a sigla da UF favorecida.

2- campo 5 (período de referência): informar mês e ano do período e apuração, no formato MM/AAAA.

3- campo 6 (Inscrição Estadual na UF favorecida): informar o número da Inscrição Estadual como sujeito
passivo por substituição tributária na UF favorecida. Cabe mencionar que conforme § 4° da cláusula
quinta do Convênio ICMS 93/2015, fica dispensado de nova inscrição estadual ou distrital o contribuinte já
inscrito na condição de substituto tributário na unidade federada de destino.

4- campo 22 (nome da Unidade da Federação Favorecida): informar o nome da UF favorecida.

5- campo 36 (informações complementares): campo reservado para informações relevantes para a


compreensão do preenchimento da GIA-ST.

Escrituração Fiscal Digital (EFD)

O Ato COTEPE/ICMS 44/2015 altera o Ato COTEPE ICMS 09/2008, que dispõe sobre as especificações
técnicas para a geração de arquivos da Escrituração Fiscal Digital (EFD), em relação ao Manual de
Orientação do Leiaute da EFD.

19
Foram alterados e incluídos novos registros, de modo a se adequar à Emenda Constitucional nº 87/2015,
que estabelece novas regras quanto à sistemática de cobrança do ICMS nas operações e prestações
interestaduais, destinadas a não contribuintes do ICMS.

As alterações, válidas a partir de 01.01.2016, são as seguintes:

a) adequação dos campos do Registro 0015 que abrangerá além dos dados do contribuinte substituto os
dados do responsável pelo ICMS de destino;

b) inclusão dos Registros C101 ao Bloco C (documentos fiscais vinculados a mercadorias) e D101 ao
Bloco D (documentos fiscais vinculados a serviços) com a finalidade de discriminar a informação
complementar dos documentos fiscais quando das operações ou prestações interestaduais destinadas a
consumidor final não contribuinte (Emenda Constitucional nº 87/2015);

c) inclusão dos Registros E300, E310, E311, E312, E313 e E316 ao Bloco E (Apuração do ICMS e do
IPI), com a finalidade de apurar o valor do ICMS correspondente ao diferencial de alíquota, recolhido ou a
recolher, considerando-se para tanto a alíquota interna da Unidade da Federação de destino, em
contraponto à alíquota interestadual aplicável à operação, que será de 4%, 7% ou 12%, conforme dispõe
a Emenda Constitucional nº 87/2015. Segue quadro constante no Ato COTEP/ICMS 44/2015:

Obrigatoriedade
Bloco Descrição Registro Nível Ocorrência do bloco (Todos
os contribuintes)

Período de Apuração do
ICMS Diferencial de
E Alíquota - UF E300 2 V OC
Origem/Destino EC
87/2015

Apuração do ICMS
Diferencial de Alíquota -
E E310 3 1:1 OC
UF Origem/Destino EC
87/2015

Ajuste/Benefício/Incentivo
da Apuração do ICMS
E Diferencial de Alíquota - E311 4 1:N OC
UF Origem/Destino EC
87/2015

Informações Adicionais
dos Ajustes da Apuração
do ICMS Diferencial de
E E312 5 1:N OC
Alíquota - UF
Origem/Destino EC
87/2015

Informações Adicionais
da Apuração do ICMS
Diferencial de Alíquota -
E E313 5 1:N OC
UF Origem/Destino EC
87/2015 Identificação dos
Documentos Fiscais

Obrigações do ICMS
recolhido ou a recolher -
E Diferencial de Alíquota - E316 4 1:N OC
UF Origem/Destino EC
87/2015

20
d) altera a Tabela de Códigos de Ajuste da Apuração do ICMS, indicada no item 5.1.1 do Ato
COTEPE/ICMS 09/2008, acrescentando os seguintes códigos na tabela genérica:

XX209999 - Outros débitos para ajuste de apuração ICMS Difal/FCP para a UF XX;
XX219999 - Estorno de créditos para ajuste de apuração ICMS Difal/FCP para a UF
XX;
XX229999 - Outros créditos para ajuste de apuração ICMS Difal/FCP para a UF XX;

XX239999 - Estorno de débitos para ajuste de apuração ICMS Difal/FCP para a UF


XX;

XX249999 - Deduções do imposto apurado na apuração ICMS Difal/FCP para a UF


XX;
XX259999 - Débito especial de ICMS Difal/FCP para a UF XX;

Os mencionados códigos deverão, conforme o caso, ser indicados no Registro E311


(Ajuste/Benefício/Incentivo da Apuração do ICMS Diferencial de Alíquota UF Origem/Destino EC
87/2015).

Tendo em vista as alterações mencionadas, o contribuinte domiciliado na Unidade da Federação de


Origem irá, conforme a operação ou a prestação que realizar, realizar os seguintes lançamentos na EFD:

a) Registro 0015 (dados do contribuinte substituto ou responsável pelo ICMS destino): gerar um registro
para cada uma das Unidades Federadas do consumidor final não contribuinte do ICMS (ICMS Destino EC
87/2015).

b) Registro C101 ou D101 (informação complementar dos documentos fiscais quando das operações ou
prestações interestaduais destinadas a consumidor final não contribuinte EC 87/2015): discriminar a
informação complementar dos documentos fiscais quando das operações ou prestações interestaduais
destinadas a consumidor final não contribuinte (Emenda Constitucional nº 87/2015), que deverá conter o
valor total relativo ao Fundo de Combate à Pobreza (FCP) da UF de destino, o valor total do ICMS
interestadual para a UF de destino e o valor total do ICMS interestadual para a UF do remetente,
conforme segue:

N° Campo Descrição Tipo Tam Dec

Texto fixo contendo "C101" ou


01 REG C 004 -
"D101"

Valor total relativo ao Fundo de


02 VL_FCP_UF_DEST Combate à Pobreza (FCP) da UF de N - 2
destino

Valor total do ICMS Interestadual


03 VL_ICMS_UF_DEST N - 2
para a UF de destino

Valor total do ICMS Interestadual


04 VL_ICMS_UF_REM N - 2
para a UF do remetente

Tendo em vista a Nota Técnica NF-e 2015.003, tais campos referem-se aos valores discriminados no
“Grupo de Tributação do ICMS para UF de destino” que constaram apenas no arquivo XML do documento
fiscal, não sendo visualizados no documento auxiliar impresso.

c) Registro E300 (período de apuração do ICMS diferencial de alíquota - UF origem/destino EC 87/2015):


especificar por Unidade da Federação a apuração do ICMS diferencial de alíquota de Origem/Destino e o
período a que se refere a mencionada apuração, conforme segue:

21
N° Campo Descrição Tipo Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo "E300" C 004 -

Sigla da unidade da federação a que se refere a


02 UF apuração do ICMS Diferencial de Alíquota da UF C 002 -
de Origem/Destino

03 DT_INI Data Inicial a que a apuração se refere N 008* -

04 DT_FIN Data Final a que a apuração se refere N 008* -

d) Registro E310 (apuração do ICMS diferencial de alíquota - UF origem/destino EC 87/2015): que tem
por objetivo informar os valores relativos a apuração do ICMS diferencial de alíquota – UF origem/destino
EC 87/2015, inclusive nos períodos sem movimento, conforme segue:

N° Campo Descrição Tipo Tam Dec

Texto fixo contendo


01 REG C 004 -
"E310"

Indicador de
movimento:

0 - Sem operações com


ICMS Diferencial de
02 IND_MOV_DIFAL Alíquota da UF de C - -
Origem/Destino 1 - Com
operações de ICMS
Diferencial de Alíquota
da UF de
Origem/Destino

Valor do "Saldo credor


de período anterior -
03 VL_SLD_CRED_ANT_DIFAL ICMS Diferencial de N - 02
Alíquota da UF de
Origem/Destino"

Valor total dos débitos


por "Saídas e
prestações com débito
04 VL_TOT_DEBITOS_DIFAL do ICMS referente ao N - 02
diferencial de alíquota
devido à UF do
Remetente/Destinatário"

Valor Total dos ajustes


"Outros débitos ICMS
Diferencial de Alíquota
da UF de Ori-
05 VL_OUT_DEB_DIFAL gem/Destino" " e N - 02
"Estorno de créditos
ICMS Diferencial de
Alíquota da UF de Ori-
gem/Destino"

06 VL_TOT_DEB_FCP Valor total dos débitos N - 02


FCP por "Saídas e

22
prestações"

Valor total dos créditos


do ICMS referente ao
07 VL_TOT_CREDITOS_DIFAL diferencial de alíquota N - 02
devido à UF dos
Remetente/Destinatário

Valor total dos créditos


8 VL_TOT_CRED_FCP N - 02
FCP por Entradas

Valor total de Ajustes


"Outros créditos ICMS
Diferencial de Alíquota
da UF de Ori-
9 VL_OUT_CRED_DIFAL gem/Destino" e N - 02
"Estorno de débitos
ICMS Diferencial de
Alíquota da UF de Ori-
gem/Destino"

Valor total de Saldo


devedor ICMS
Diferencial de Alíquota
10 VL_SLD_DEV_ANT_DIFAL N - 02
da UF de
Origem/Destino antes
das deduções

Valor total dos ajustes


"Deduções ICMS
11 VL_DEDUÇÕES_DIFAL Diferencial de Alíquota N - 02
da UF de Origem/Des-
tino"

Valor recolhido ou a
recolher referente a
FCP e Imposto do
12 VL_RECOL N - 02
Diferencial de Alíquota
da UF de
Origem/Destino (10-11)

Saldo credor a
transportar para o
período seguinte
13 VL_SLD_CRED_TRANSPORTAR referente a FCP e N - 02
Imposto do Di- ferencial
de Alíquota da UF de
Origem/Destino

Valores recolhidos ou a
14 DEB_ESP_DIFAL recolher, extra- N - 02
apuração.

No campo 04 (Valor total dos débitos por "Saídas e prestações com débito do ICMS referente ao
diferencial de alíquota devido à UF do Remetente/Destinatário") os valores informados devem
corresponder ao somatório de todos os documentos fiscais de saída que geram débito de ICMS referente
ao diferencial de alíquota devido à UF do Remetente/Destinatário, discriminados no Registro C101 ou
D101 (informação complementar dos documentos fiscais quando das operações ou prestações
interestaduais destinadas a consumidor final não contribuinte EC 87/2015).
Da mesma forma que o campo 06 (Valor total dos débitos FCP por "Saídas e prestações") deve
corresponder ao somatório de todos os documentos fiscais de saída que geram débito de FCP da UF de
destino discriminados no Registro C101 ou D101 (informação complementar dos documentos fiscais
quando das operações ou prestações interestaduais destinadas a consumidor final não contribuinte EC
87/2015).

23
e) Registro E311 (ajuste/benefício/incentivo da apuração do ICMS diferencial de alíquota UF
origem/destino EC 87/2015): tem por objetivo discriminar todos os ajustes lançados nos campos 05 (Valor
Total dos ajustes "Outros débitos ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino" " e "Estorno de
créditos ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino"), 09 (Valor total de Ajustes "Outros
créditos ICMS Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino" e "Estorno de débitos ICMS Diferencial
de Alíquota da UF de Origem/Destino"), 11 (Valor total dos ajustes "Deduções ICMS Diferencial de
Alíquota da UF de Origem/Destino") e 14 (Valores recolhidos ou a recolher, extra-apuração), todos do
Registro E310.

N° Campo Descrição Tipo Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo "E311" C 004 -

Código do ajuste da apuração e


02 COD_AJ_APUR dedução, conforme a Tabela C 008* -
indicada no item 5.1.1

Descrição complementar do ajuste


03 DESCR_COMPL_AJ C - -
da apuração

04 VL_AJ_APUR Valor do ajuste da apuração N - 02

Os códigos de ajuste da apuração e dedução, serão conforme Tabela indicada no item 5.1.1 do Ato
COTEPE/ICMS 09/2008, tendo em vista a alteração realizada pelo Ato COTEPE/ICMS 44/2015.

f) Registro E312 (informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS diferencial de alíquota UF
origem/destino EC 87/2015): tem como objetivo detalhar os ajustes do Registro E311 quando forem
relacionados a processos judiciais ou fiscais ou a documentos de arrecadação. Os valores recolhidos,
com influência na apuração do ICMS diferencial de alíquota - UF origem/destino EC 87/2015, devem ser
detalhados neste registro, com identificação do documento de arrecadação específico.

N° Campo Descrição Tipo Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo "E312" C 004 -

Número do documento de arrecadação estadual, se


02 NUM_DA C - -
houver

Número do processo ao qual o ajuste está vinculado,


03 NUM_PROC C 015 -
se houver

Indicador da origem do processo:

0- Sefaz;

04 IND_PROC 1- Justiça Federal; C 001* -

2- Justiça Estadual;

9- Outros

Descrição resumida do processo que embasou o


05 PROC C - -
lançamento

06 TXT_COMPL Descrição complementar C - -

g) Registro E113 (informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS diferencial de alíquota UF
origem/destino EC 87/2015 identificação dos documentos fiscais): em por objetivo identificar os
documentos fiscais relacionados ao ajuste.
24
N° Campo Descrição Tipo Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo "E313" C 004 -

Código do participante (campo 02 do


02 COD_PART C 060 -
Registro 0150):

Código do modelo do documento fiscal,


03 COD_MOD C 002* -
conforme a Tabela 4.1.1

04 SER Série do documento fiscal C 004 -

05 SUB Subserie do documento fiscal N 003 -

06 NUM_DOC Número do documento fiscal N 009 -

07 CHV_DOCe Chave do Documento Eletônico N 044* -

08 DT_DOC Data da emissão do documento fiscal N 008* -

09 COD_ITEM Código do item (campo 02 do Registro 0200) C 060 -

10 VL_AJ_ITEM Valor do ajuste para a operação/item N - 02

h) Registro E116 (obrigações do ICMS recolhido ou a recolher - diferencial de alíquota UF origem/destino


EC 87/2015): tem por objetivo discriminar os pagamentos realizados (débitos especiais) ou a realizar,
referentes à apuração do ICMS diferencial de alíquota - UF origem/destino EC 87/2015 do período. A
soma do valor das obrigações deste registro deve ser igual à soma dos campos 12 (Valor recolhido ou a
recolher referente a FCP e Imposto do Diferencial de Alíquota da UF de Origem/Destino 10-11) e 14
(Valores recolhidos ou a recolher, extra-apuração), do Registro E310.

N° Campo Descrição Tipo Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo "E316" C 004 -

Código da obrigação recolhida ou a recolher,


02 COD_OR C 003* -
conforme a Tabela 5.4

03 VL_OR Valor da obrigação recolhida ou a recolher N - 02

04 DT_VCTO Data de vencimento da obrigação N 008* -

Código de receita referente à obrigação, próprio da


05 COD_REC unidade da federação da origem/destino, conforme C - -
legislação estadual.

Número do processo ou auto de infração ao qual a


06 NUM_PROC C 015 -
obrigação está vinculada, se houver.

Indicador da origem do processo:


07 IND_PROC C 001* -
0- SEFAZ;

25
1- Justiça Federal;

2- Justiça Estadual;

9- Outros

Descrição resumida do processo que embasou o


08 PROC C - -
lançamento

Descrição complementar das obrigações recolhidas


09 TXT_COMPL C - -
ou a recolher.

10 MES_REF* Informe o mês de referência no formato "mmaaaa" N 006* -

Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquotas e Antecipação (DeSTDA)

O Ajuste SINIEF 12/2015 (DOU de 07.12.2015) instituiu a Declaração de Substituição Tributária,


Diferencial de Alíquota e Antecipação (DeSTDA), a ser apresentada mensalmente pelos contribuintes
optantes pelo Simples Nacional, exceto Microempreendedores Individuais (MEI) e estabelecimentos
impedidos de recolher o ICMS pelo Simples Nacional em virtude de a empresa ter ultrapassado o
sublimite estadual, relativamente a fatos geradores ocorridos a partir de 01.01.2016.
O contribuinte deverá utilizar a DeSTDA para declarar o imposto apurado referente a:
a) ICMS retido como substituto tributário (operações antecedentes, concomitantes e subsequentes);

b) ICMS devido em operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do


recolhimento do imposto, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal;

c) ICMS devido em aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou mercadorias, não
sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à diferença entre a alíquota
interna e a interestadual;

d) ICMS devido nas operações e prestações interestaduais que destinem bens e serviços a consumidor
final não contribuinte do imposto.

O aplicativo para geração e transmissão da DeSTDA estará disponível para download, gratuitamente, em
sistema específico, no Portal do Simples Nacional.

Relativamente ao prazo de entrega, a norma determina que o arquivo digital da DeSTDA deverá ser
enviado até o dia 20 do mês subsequente ao encerramento do período de apuração, ou quando for o
caso, até o primeiro dia útil imediatamente seguinte.

Ressalta-se que as especificações técnicas para a geração de arquivos da DeSTDA foram disciplinadas
pelo Ato COTEPE/ICMS 47/2015.

Vigência

Quanto à data de vigência da Emenda Constitucional nº 87/2015, analisando o texto, seria possível
entender que suas disposições seriam válidas já a partir de é o que dispõe acerca de sua vigência.

Todavia, o Convênio ICMS 93/2015, que disciplinou as regras quanto ao cálculo e ao recolhimento
do imposto, é aplicável a partir de 01.01.2016, e faz referência à partilha prevista nos incisos II e
seguintes do artigo 99 do ADCT (iniciando-se com a regra prevista para 2016: 40% para o Estado de
destino e 60% para o Estado de origem).

Todas as Unidades da Federação que já incluíram os dispositivos legais em suas legislações


internas também seguiram a mesma linha, com a indicação da aplicabilidade a partir de 01.01.2016.

26
Período Transitório

O artigo 99 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias trouxe a seguinte regra de transição,
quanto à repartição do valor que seria devido a título de diferencial de alíquotas:

Ano UF Origem UF destino

2015 80% 20%

2016 60% 40%

2017 40% 60%

2018 20% 80%

A partir de
- 100%
2019

Assim, a cada ano, desloca-se uma parte do valor devido a título de diferencial ao Estado de
destino, até que este valor passe a ser recolhido totalmente no destino, o que deve ocorrer a partir
de 2019.

Não se pode esquecer que a referida partilha refere-se somente ao valor devido a título de
diferencial.

No quadro a seguir, consta um exemplo para ilustrar a divisão, considerando uma operação sujeita a
alíquota interestadual de 7%, com alíquota interna de 17% no Estado de destino:

Alíquota Diferencial de alíquotas Total


Ano interestadual recolhido à
(UF Origem) UF Origem UF destino UF de origem

2016 7% 6% 4% 13%

2017 7% 4% 6% 11%

2018 7% 2% 8% 9%

A partir de 7% 7%
- 10%
2019

A seguir, novo exemplo, desta vez considerando-se uma operação sujeita a alíquota interestadual
de 12%, com alíquota interna de 18% no Estado de destino:

Alíquota Diferencial de alíquotas Total


Ano interestadual recolhido à
(UF Origem) UF Origem UF destino UF de origem

2016 12% 3,6% 2,4% 15,6%

2017 12% 2,4% 3,6% 14,4%

2018 12% 1,2% 4,8% 13,2%

A partir de 12% 12%


- 6%
2019

27
Legislação

LEGISLAÇÃO NACIONAL
Emenda Constitucional nº 87/2015
Convênio ICMS 93/2015
Ajuste SINIEF 05/2015
Ajuste SINIEF 06/2015
Ajuste SINIEF 12/2015
Ato COTEPE/ICMS 44/2015
NOTAS TÉCNICAS
NF-e - Nota Técnica 2015.003 - v1.40
CT-e - Nota Técnica 2015.003
LEGISLAÇÃO ESTADUAL
Acre Lei Complementar n° 304/2015
Alagoas Lei nº 7.734/2015
Amapá Lei n° 1.948/2015
Amazonas Lei Complementar nº 156/2015
Bahia Lei nº 13.373/2015
Ceará Lei nº 15.863/2015
Distrito
Lei nº 5.546/2015
Federal
Espírito
Lei nº 10.446/2015
Santo
Goiás Lei nº 19.021/2015
Maranhão -
Mato
Lei nº 10.337/2015
Grosso
Mato
Grosso do Lei nº 4.743/2015
Sul
Minas
Lei nº 21.781/2015
Gerais
Pará Lei nº 8.315/2015
Paraíba Lei n° 10.507/2015
Paraná Lei nº 18.573/2015
Pernambuco Lei nº 15.605/2015
Piauí Lei nº 6.713/2015
Rio de
Lei nº 7.071/2015
Janeiro
Rio Grande
Lei n° 9.991/2015
do Norte
Rio Grande
-
do Sul
Rondônia Lei nº 3.583/2015
Roraima Lei n° 16.853/2015
Santa
Lei nº 16.853/2015
Catarina
28
Sergipe Lei nº 8.041/2015
São Paulo Lei n° 15.856/2015
Tocantins Lei n° 3.019/2015

LEI N° 3.015, DE 30 DE SETEMBRO DE 2015

(DOE de 30.09.2015)

Institui o Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza - FECOEP-TO, nos


termos do art. 82 do Ato das Disposições Constitucionais e Transitórias - ADCT da
Constituição Federal, e adota outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO TOCANTINS, Faço saber que a Assembléia Legislativa


do Estado do Tocantins decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
29
Art. 1° Fica instituído o Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza - FECOEP-TO,
no âmbito da Secretaria da Fazenda, de natureza orçamentária, destinado a provisionar
recursos financeiros às unidades orçamentárias executoras de programas sociais que
compõem a Rede de Proteção Social do Estado do Tocantins.

§ 1° É vedada a utilização de recursos do Fundo para pagamento de despesas de pessoal e


com a manutenção do órgão público incumbido de operacionalizar o investimento social.

§ 2° O FECOEP-TO pode custear suas próprias despesas, exclusivamente no que se refere à


divulgação do Fundo e à captação de recursos, até o limite das receitas previstas no inciso II
do art. 6° desta Lei.

Art. 2° Os programas ou as ações providos pelo FECOEP-TO serão definidos no


Regulamento.

Art. 3° Compete à Secretaria da Fazenda:

I - a implementação dos respectivos suportes técnico e material do FECOEP-TO;

II - definir as prioridades e prover os recursos orçamentários necessários à execução do


FECOEP-TO.

Art. 4° O FECOEP-TO:

I - integra a proposta orçamentária do Poder Executivo;

II - é movimentado pelo Sistema Integrado de Administração Financeira para os Estados e


Municípios - SIAFEM;

III - utiliza a conta única implantada para a gestão dos recursos públicos.

Art. 5° Os recursos do FECOEP-TO são utilizados, conforme dispuser a Lei Orçamentária


Anual - LOA, pelos órgãos ou entidades executoras dos programas sociais, diretamente ou por
intermédio de fundo especial que tenha esta atribuição.

Parágrafo único. Fica autorizado o repasse de recursos ao Tesouro Estadual para


ressarcimento de gastos com programas de responsabilidade do FECOEP-TO.

Art. 6° Os recursos do FECOEP-TO são provenientes:

I - de contribuição ou doação de:

a) contribuinte do ICMS interessado em apoiar financeiramente o FECOEP-TO;

b) pessoa física ou jurídica interessada em apoiar financeiramente os programas sociais do


FECOEP-TO;

II - de juros de depósitos bancários e outros rendimentos de aplicações, inclusive de


atualização monetária, decorrentes da sua movimentação financeira;

III - de transferências à conta do orçamento do Estado;

IV - de convênios firmados com a União ou os Municípios;

V - de contribuição ou doação efetuada por organismos nacionais ou internacionais, bem como


de convênio de financiamento celebrado com os referidos organismos;

VI - de transferências efetuadas de outros fundos;

30
VII - de receitas oriundas do adicional de 2% na alíquota do ICMS sobre produtos e serviços
nos termos do art. 82, § 1°, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias -
ADCT da Constituição Federal;

VIII - outras fontes elencadas em Regulamento.

§ 1° Não se aplica o disposto nos arts. 158, inciso IV, e 167, inciso IV, da Constituição Federal,
sobre os recursos do FECOEP-TO, por força do que dispõe o art. 80, § 1°, combinado com
o art. 82, § 1°, do ADCT da Constituição Federal.

§ 2° Os produtos e serviços de que trata o inciso VII deste artigo são os previstos no art.
27 , inciso I, da Lei 1.287 , de 28 de dezembro de 2001, inclusive os que possuem redução de
base de cálculo.

Art. 7° As contribuições ao FECOEP-TO podem ser objeto de divulgação institucional pelos


contribuintes, facultando-lhes a promoção da imagem empresarial associada às respectivas
participações nos programas sociais do Estado do Tocantins.

Art. 8° O Estado do Tocantins pode repassar, mediante convênio específico, ao município que
tenha criado fundo municipal para investimento social, parte dos recursos do FECOEP-TO.

Art. 9° O FECOEP-TO é administrado por um Conselho Diretor, integrado pelos seguintes


membros:

I - dois representantes da Secretaria da Fazenda;

II - um representante da Secretaria;

a) do Planejamento e Orçamento;

b) do Trabalho e Assistência Social;

III - dois representantes:

a) da sociedade civil organizada;

b) do setor empresarial.

§ 1° Os membros de que trata este artigo são:

I - indicados pelos titulares dos respectivos órgãos e entidades;

II - designados por ato do Secretário de Estado da Fazenda.

§ 2° As funções de Presidente e de Gerente do FECOEP-TO são exercidas por representantes


da Secretaria da Fazenda, na forma do Regimento Interno.

§ 3° A participação no FECOEP-TO é considerada de interesse público relevante e não é


remunerada.

§ 4° Cumpre ao Conselho Diretor do FECOEP-TO:

I - aprovar o próprio Regimento Interno;

II - elaborar o Regulamento e submetê-lo à aprovação do Chefe do Poder Executivo.

Art. 10. Incumbe ao órgão ou entidade a prestação de contas dos gastos que realizar em
decorrência de investimentos em programas sociais.

31
Parágrafo único. O Gerente do FECOEP-TO pode, a qualquer tempo, solicitar informações,
relatórios e demonstrativos sobre a execução físico-financeira dos programas e ações
custeados pelo fundo, sem prejuízo das prestações de contas exigidas pelas leis de orçamento
e de finanças públicas.

Art. 11. É o Poder Executivo autorizado a abrir, no corrente exercício, créditos especiais até o
limite de R$ 20.000.000,00, destinados à implementação do FECOEP-TO.

Parágrafo único. Os recursos necessários à cobertura dos créditos autorizados são os


especificados no art. 6° desta Lei, e procedentes do excesso de arrecadação previsto no inciso
II do § 1° do art. 43 da Lei Federal 4.320, de 17 de março de 1964.

Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Araguaia, em Palmas, aos 30 dias do mês de setembro de 2015; 194° da


Independência, 127° da República e 27° do Estado.

MARCELO DE CARVALHO MIRANDA


Governador do Estado

TÉLIO LEÃO AYRES


Secretário-Chefe da Casa Civil

Esta lei institui o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (FECOEP/TO). Fica estabelecida a
aplicação do adicional de dois pontos percentuais nas seguintes operações e prestações sujeitas
à alíquota interna do ICMS de 25%, relacionadas no artigo 27, inciso I, da Lei n° 1.287/2001 (Código
Tributário de Tocantins):

a) serviço de comunicação;
b) energia elétrica;
c) gasolina automotiva e de aviação, e álcool etílico (etanol), anidro ou hidratado para fins carburantes;
d) joias, excluídas as bijuterias;
e) perfumes e águas-de-colônia;
f) bebidas alcoólicas, inclusive cervejas e chopes;
g) fumo e cigarros;
h) armas e munições;
i) embarcações de esporte e recreio.

 Parte do material foi extraído do site: http://www.econeteditora.com.br/


 Para uma melhor utilização deste material será necessário o comparecimento na
palestra.

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