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04 MS Unidade 03 Compressibilidade e Adensamento 2013 PDF
04 MS Unidade 03 Compressibilidade e Adensamento 2013 PDF
Marangon
Mecânica dos Solos II
3.1 - Introdução
Compressão (ou expansão): É o processo pelo qual uma massa de solo, sob a ação
de cargas, varia de volume (“deforma”) mantendo sua forma.
Os processos de compressão podem ocorrer por compactação (redução de volume
devido ao ar contido nos vazios do solo) e pelo adensamento (redução do volume de água
contido nos vazios do solo).
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Figura 3.1 – Oedômetro utilizado nos ensaios de compressão confinada (de adensamento)
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∆h
Logo: e f = e0 − .(1 + e0 )
h0
Onde:
ef – índice de vazios ao final do estágio de carregamento atual
∆h – variação da altura do corpo de prova (acumulada) ao final do estágio
h0 – altura inicial do corpo de prova (antes do início do ensaio)
e0 – índice de vazios inicial do corpo de prova (antes do início do ensaio)
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O índice de vazios inicial do corpo de prova (“e0”) pode ser obtido a partir da
relação:
e0 = δ - 1 δ = peso específico das partículas sólidas
γs o γs o = peso específico seco na condição inicial
Resultados do Ensaio
Os gráficos da Figura 3.3 mostram a representação dos resultados do ensaio de
compressão confinada.
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que os resultados podem ser aproximados por dois trechos lineares) e no gráfico das
tensões em escala não logarítmica.
Um outro exemplo que pode ser analisado refere-se a uma argila hipotética, cuja
relação índice de vazios em função da pressão de adensamento seja indicada na figura 3. 5.
Esta argila terá sido adensada, no passado, segundo a curva tracejada na figura,
até uma tensão efetiva igual a aproximadamente o valor “3” – entre 2 e 4 (as tensões estão
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indicadas por valores absolutos, independentes do sistema de unidades; 3 poderia ser 300
kPa, por exemplo). Veja que esta argila apresenta, atualmente (executado o ensaio de
laboratório), a curva de índice de vazios em função da tensão confinante indicada pela
linha contínua.
Tabela 3.1 – Comparação entre pressões atual σ’v e máxima passada σ’vm
PRESSÃO COMPORTAMENTO DA ARGILA
σ’v < σ’vm Solo pré adensado (PA)
Deformações pequenas e reversíveis
Comportamento elástico
σ’v ≥ σ’vm Solo normalmente adensado (NA)
Deformações grandes e irreversíveis
Comportamento plástico
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A) Método de Casagrande
Primeiramente, determina-se o ponto de maior curvatura da curva de compressão
confinada do solo. Por este ponto, traça-se uma tangente à curva (“reta virgem”) e uma reta
horizontal passando pelo ponto “médio” entre o índice de vazios inicial e o ponto de
separação da reta virgem e a curva. A tensão de pré-adensamento do solo será determinada
pela interseção do prolongamento da bissetriz ao ângulo formado por estas duas retas com
o prolongamento da reta de compressão virgem do solo, como mostra a Figura 3.6.
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Figura 3.8 – Efeito do amolgamento da amostra sobre a curva “e” versus log (σC)
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σ V max σ Vp
O.C.R. = = , onde σ’vm representa a tensão de pré-adensamento do solo.
σ Vcampo σ Vcampo
Ou ainda:
σ 'vm
OCR = ' ⇒ razão de pré-adensamento (“overconsolidation ratio”)
σ v0
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- Coeficiente de Compressibilidade av
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- Índice de Compressão Cc = ∆e .
∆log σ‘v
e f − ei
σ vf
CC = (trecho de compressão virgem do solo)
log
σ vi
e f − ei
σ vf
Ce = (trecho de descompressão e recompressão do solo)
log
σ vi
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∆e
∆H = ρ = .H 0
1 + e0
Logo:
Sendo:
ρ – valor do recalque do solo, em relação a superfície (referência)
∆e – variação do índice de vazios correspondente à nova tensão aplicada
H0 – altura inicial da camada de solo compressível (ou da camada de solo para a
qual se quer calcular o recalque)
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∆ε v 1 av ∆H
mv = = = ou ainda, pode-se mostrar que mv =
∆σ v ' E oed 1 + e 0 H 0 ∆σ v '
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u0 ∆u
h0 = e ∆h =
γa γa
Pressões: σ = σ’ + u, mas u= uo + ∆u
uo = pressão hidrostática
Figura 3.10 – Analogia de Terzaghi ∆u = excesso de poro pressão
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2. Válvula aberta: expulsão da água a uma velocidade que é função da diferença entre
a pressão da água e a pressão atmosférica. Com isso, o pistão se movimenta e a
mola passa a ser solicitada em função do deslocamento. À medida que a água é
expulsa, a poropressão diminui e aumenta a tensão na mola. Em qualquer instante,
as forças exercidas pela mola e pela água no pistão devem ser iguais a P. O
processo continua até P ser suportado pela mola, sendo a pressão da água devida
somente ao peso próprio. Neste ponto não há mais fluxo para fora. O aumento da
pressão sobre o esqueleto sólido corresponde ao aumento de pressão efetiva.
Cada fase do processo descrito anteriormente pode ser observada nos gráficos
apresentados na Figura 3.11.
Após constatar que uma amostra de argila saturada sujeita a um aumento de carga
∆P apresentava deformações retardadas devido à sua baixa permeabilidade, Terzaghi
(1925) desenvolveu uma formulação matemática para esse fenômeno. No
desenvolvimento dessa formulação, foi necessário a Terzaghi que elaborasse uma série de
hipóteses simplificadoras, dentre as quais, algumas são de conseqüências muito
importantes sobre a possibilidade de se aplicar esta teoria ao estudo de um caso real. A
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Dedução da teoria:
Objetivo: Determinar para qualquer instante (tempo – “t”) e em qualquer posição
(profundidade - “z”) o grau de adensamento de uma camada, ou seja, as deformações, os
índices de vazios, as tensões efetivas e as pressões neutras correspondentes.
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Mas o que é variação de volume do solo senão a variação de seus índices de vazios,
já que consideramos a água e os grãos sólidos praticamente incompressíveis em relação à
estrutura sólida do solo. Logo, a variação de volume com o tempo é dada pela expressão:
ϑV ϑ e ϑV ϑe dx.dy.dz
=
ϑt ϑt 1 + e
.dx.dy.dz
ou = . → Equação 2
ϑt ϑt 1 + e
dx.dy.dz
Uma vez que é o volume dos sólidos, e portanto, invariável com o tempo,
1+ e
temos igualando as equações 1 e 2, que:
ϑ2 h ϑe dx.dy.dz ϑ 2 h ϑe 1
k. 2 .dx.dy.dz = . ⇒ k. 2 = . → Equação 3
ϑz ϑt 1 + e ϑz ϑt 1 + e
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k.(1 + e ) ϑ 2 u ϑu
. = → Equação de adensamento 1-D
a v .γ a ϑz 2 ϑt
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av
O Coeficiente de Compressibilidade Volumétrica, dado por m v = , é obtido
1+ e
pela inclinação da curva de compressão do diagrama εv x σ’v. Logo, podemos escrever o
coeficiente de adensamento como:
k.(1 + e) k
cv = = então, k = cv . mv . γa
a v .γ a m v .γ a
Condições de drenagem
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Método de Taylor
(raiz de t)
Cv = 0,848 . H2
t90
Método de Casagrande
(log de t)
Cv = 0,197 . H2
t50
.sen .e
m =∞ .T
4 1
. → Equação 1
π m = 0 2m + 1 2 H d
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e − e1 σ '−σ 1 ' u
Uz = = = 1−
e2 − e1 σ 2 '−σ 1 ' u1
.sen .e
4 m =∞ 1
.T
Hd
. → Equação 2
π m = 0 2m + 1 2
2 − M 2 .T
∑ M . senM. H .e
m =∞
z
UZ = 1− → Equação 3
m =0 d
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Como será visto o recalque da camada em qualquer tempo “t” pode ser calculado
a partir do cálculo do grau de adensamento médio U considerada a média de todos os
valores a profundidades “z”, sendo dado por:
∫U
∫e
1
H
e − e0
∴ U=
z
U≡ dz
H H e
O f− 0
∫
u 1
H
u
ou, de acordo com a equação U z = 1− U= (1 − )dz
u1 HO u0
A equação teórica U = f(T) – equação 4, pode ser expressa (Figura 3. 15) pelas
seguintes relações empíricas:
π U
T = . → para U < 60%
2
4 100
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ρ
U=
∆H
Sendo:
ρ = recalque parcial, após tempo t;
∆H = recalque total da camada no tempo infinito.
Pode ser também expresso pela seguinte equação a seguir, sendo representada
graficamente de acordo com a Figura 3.15, sendo que o fator T não está expresso em log.
∑ M .e −M .T
m =∞
2 2
U = 1−
m =0
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∆ε V
Cα =
∆ log( t )
O valor do recalque por compressão secundária é dado pela equação abaixo:
t
∆h C = C α .H p . log , onde Hp = altura da camada após compressão primária.
t0
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Pede-se:
Resolução:
4,5x1
• Para t = 1 ano, temos: T = = 0,045
10 2
π U
T = . supondo U < 60%
2
4 100
∆h(t )
Sabe-se também que: ∆h(t ) = U .∆hp . Logo, ∆h p =
U
14,5
∆h p = ⇒ ∆hp = 60,4 cm
0,24
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4,5x 3
• Para t = 3 anos, temos: T = = 0,135
10 2
π U
T = . supondo U < 60%
2
4 100
25,4
∆h p = ⇒ ∆hp = 60,5 cm
0,42
P
∆e = C c . log 2 sendo, ∆e = 2,03 – 1,90 = 0,13
P1
P2 = pressão final
P1 = pressão da terra inicial: P1 = Σ γ.z
P1 = γareia.z + γsub.argila.z
P ∆e P 0,13
log 2 = → log 2 =
P
→ 2 = 1,475
P1 Cc P1 0,77 P1
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53,2
0,4p = ∆p ⇒ p = ⇒ p = 133,0 kN/m2
0,4
p 133,0
H = = ⇒ H = 8,2 m
γ mon 16,2
60,4
⇒ ∆e A = .(1 + 2,03) ⇒ ∆eA = 0,183
∆e A ∆H A
=
1 + eA H 1000
∆eB = 0,053
∆e B ∆H B 0,053x1000
= ⇒ ∆H B = ⇒ ∆HB = 18,3 m
1 + eB H 1 + 1,90
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