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1 Formulário  Seqüências e Séries

Diferença entre Seqüência e Série

Uma seqüência é uma lista ordenada de números. Uma série é uma soma
innita dos termos de uma seqüência. As somas parciais de uma série também
formam uma seqüência que pode convergir ou divergir.
Exemplo: a sequência {1, 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, · · ·} é uma PG innita de
primeiro termo 1 e razão 1/2. As somas nitas dessa PG são dadas por
n
X 1 1 − (1/2)n+1
Sn = i
=
i=0 2 1 − (1/2)
essa seqüência é da forma {3/2, 7/4, 15/8, 31/16, 63/32, · · ·}. O limite dessa
seqüência para n → ∞ é a soma da série. Se essa soma for um número nito,
a série converge, se a soma for ±∞ ela é divergente.

Progressão Geométrica

A soma de uma PG innita converge se sua razão r for tal que

|r| < 1
nesse caso ela converge para

X a
an =
n 1−r
onde an = rn e a é o primeiro termo da PG.

Teorema do Confronto

Dadas 3 seqüências tais que para todo n, an ≤ bn ≤ cn , se limn→∞ an =


L = limn→∞ cn , então, limn→∞ bn = L.

Teorema: Condição Necessária para Convergência


P∞
Se a série n=1 an converge, então limn→∞ an = 0.

Cuidado! A condição limn→∞ an = 0 é necessária mas não é suciente


para que uma série convirja. Por exemplo, a série harmônica

X 1
n=1 n

1
1
é tal que limn→∞ n
= 0, mas a série é, de fato, divergente.

Teste para Divergência


P∞
Se limn→∞ an 6= 0 ou se o limite não existir, então a série n=1 an
é divergente.
P
Note que uma série do tipo ∞ n
n=1 (−1) não vai a ±∞, mas é divergente
n
porque o limite limn→∞ (−1) não existe.

Combinação de Séries Convergentes


P P∞
Teorema: Se ∞n=1 an e n=1 bn são séries convergentes, então as seguintes
combinações também são:

X ∞
X
βan = β an
n=1 n=1

X ∞
X ∞
X
(an + bn ) = an + bn
n=1 n=1 n=1
X∞ X∞ X∞
(an − bn ) = an − bn
n=1 n=1 n=1

com β um número real qualquer.

Teste da Integral

Suponha que an = f (n) é uma


P∞
função decrescente e positiva a
partir de n = 1, então a série n=1 an é convergente se a integral
Z ∞
f (x)dx
1

for convergente, caso contrário, se o resultado da integral for ±∞,


a série é divergente.
Note que no caso de convergência, o resultado da integral não é o resultado
da soma da série, apenas um limite superior!

Séries Harmônicas ou Sériesp

Uma série do tipo



X 1
n=1 np

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com p real é chamada série harmônica ou sériep.

Uma série harmônica converge se p > 1 e diverge se p ≤ 1.

Critério de Convergência para Séries Alternadas


P
Uma série do tipo ∞ n
n=1 (−1) an , com an positivos é chamada alternada,
pois os sinais do termos alternam-se entre negativos e positivos.

Considere uma série alternada. Se a seqüência an for decrescente


e se limn→∞ an = 0, então a série é convergente.
P∞
Exemplo: k=2 (−1) / ln k é convergente pois é alternada e 1/ ln k de-
k

cresce e seu limite vai a zero quando k → ∞.


Note que no caso de uma seqüência alternada limn→∞ an = 0 garante a
convergência.

Teste da Comparação
P P
Considere duas séries ∞n=1 an e n=1 bn tais que 0 ≤ an ≤ bn a

partir de um dado termo das seqüências. Nestas condições


P∞ P∞
(i) Se n=1 bn converge, então n=1 an também é convergente.
P∞ P∞
(ii) Se n=1 an diverge, então n=1 bn também é divergente.

Se você descona que uma série converge, precisa encontrar outra série
comprovadamente convergente cujos termos que estão sendo somados sejam
maiores que o da série que você está considerando.
Se você descona que uma série diverge, precisa encontrar outra série
comprovadamente divergente cujos termos que estão sendo somados sejam
menores que o da série que você está considerando.

Teste da Comparação do Limite


P P
n=1 an e
Considere duas séries ∞ n=1 bn tais que an > 0 e bn > 0 a

partir de um dado termo das seqüências. Seja o limite


an
L = lim
n→∞ b
n

se:

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(i) L > 0 e real, então ou ambas as séries convergem, ou ambas
divergem.
P∞ P∞
(ii) L = ∞, se n=1 bn diverge, então n=1 an diverge.
P∞ P∞
(iii) L = 0, se n=1 bn converge, então n=1 an converge.

Teste da Razão
P
Considere a série ∞n=1 an com an > 0 a partir de um certo termo
da seqüência. Se o limite
an+1
L = n→∞
lim
an
existir, nito ou innito, então:
(i) L < 1, a série é convergente.

(ii) L > 1 ou L = ∞, a série é divergente.

(iii) L = 1, o teste nada revela.

Teste da Raiz
P∞
Considere a série n=1 an com an > 0 sempre. Se o limite
1
L = n→∞
lim (an ) n

existir, nito ou innito, então:


(i) L < 1, a série é convergente.

(ii) L > 1 ou L = ∞, a série é divergente.

(iii) L = 1, o teste nada revela.

Veja que isso é bem parecido com o teste da razão, com a única diferença
que os termos da seqüência nesse caso nunca podem ser negativos.

Dica! Se o teste da razão for inconclusivo (L = 1), o teste da raiz também


será, e vice-versa.

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Séries Absolutamente e Condicionalmente Convergentes
P
P∞
Uma série ∞ n=1 an é chamada absolutamente convergente se a série
|a
n=1 n | for convergente.

Uma série pode ser convergente, mas não absolutamente convergente. Por
exemplo, a série

X (−1)n
n=1 n
é uma série alternada convergente, mas a série
∞ ∞
X |(−1)n | X 1
=
n=1 |n| n=1 n

é uma sériep com p = 1, portanto divergente.

Uma série deste tipo é chamada condicionalmente convergente.

Teorema: Se uma série é absolutamente convergente, ela sempre


é convergente.

Séries de Potências

Uma série de potências centrada em torno de um número real x0 é uma


série do tipo

X
cn (x − x0 )n = c0 + c1 (x − x0 ) + c2 (x − x0 )2 + · · ·
n=0

Para uma série deste tipo existem 3 a tão somente 3 possibilidades:


(i) A série converge apenas para x = x0 .

(ii) A série converge para todo x.

(iii) Existe um número R > 0, chamado raio de convergência, tal que a


série converge se |x − x0 | < R e diverge se |x − x0 | > R.

O raio de convergência pode ser calculado como


|an |
R = n→∞
lim
|an+1 |

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desde que exista, nito ou innito. Se R é nito, a série converge no intervalo
]x0 − R, x0 + R[. Note que o intervalo é aberto, pois inicialmente nada se
pode armar sobre a convergência nos extremos.

Séries de Taylor

A série de Taylor de uma função F (x) em torno de um número real x0 é


dada por

X F (n) (x0 )
F (x) = (x − x0 )n
n=0 n!
onde F (n) (x0 ) é a derivada de ordem n da função calculada em x = x0 . Note
que isso é uma série de potências com coecientes dados por cn = F (n) (x0 ).

A série de Maclaurin é um caso particular da série de Taylor, onde x0 = 0.

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