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Estruturas de linhas transmissão são um dos elementos mais visíveis do sistema de

transmissão elétrico. Eles suportam os condutores utilizados para o transporte de energia


elétrica a partir de fontes de geração de carga ao cliente, além de suportarem mecanicamente
os esforços transmistidos pelos mesmos. São utilizadas estruturas em concreto, metálicas com
perfis de aço galvanizado ou postes de aço.

A escolha dos tipos de estruturas a serem utilizadas em uma linha de transmissão depende de
vários fatores, como :

 Espaçamento máximo e mínimo entre fases.


 Configuração dos isoladores.
 Ângulo de proteção do cabo pára-raios.
 Distâncias elétricas mínimas entre os pares energizados e a torres.
 Flecha dos condutores.
 Número de circuitos.
 Altura de segurança;

Elas podem ser classificadas, quanto à função que desempenham na linha, em:

 Estrutura de suspensão: são as mais comuns, inclusive por serem as mais simples e as
mais econômicas. Tem por funçãos apoiar os cabos condutores e pára-raios,
mantendo-os afastados do solo e entre si.
Nesse tipo de estrutura os condutores não são seccionados mecanicamente e sim
apenas grampeados através dos chamados grampos de suspensão.
(procurar figura)
 Estrutura de amarração ou ancoragem: diferentemente das estruturas de suspensão,
elas seccionam mecanicamente as linhas de transmissão, servindo de ponto de reforço
e abertura eventual em situações específicas.
(procurar figura)
 Estrutura de ângulo: é utilizada caso seja necessária uma derivação em um ponto da
linha.
(procurar figura)
 Estrutura de transposição: são destinadas a facilitarem a execução das transposições
nas linhas de transmissão.
(procurar figura)

As estruturas de torres das quais as mais comuns são do tipo metálicas treliçadas seguem uma
arquitetura quase padronizada, sendo utilizadas para o transporte de energia em um ou dois
circuitos. Para linhas de transmissão com grandes extensões e, por conseqüência, grandes
tensões (> 69 kV), as torres metálicas são a solução mais econômica. Para tensões mais
baixas (<69 kV), no entanto, outros materiais também são utilizados como, por exemplo, o
concreto armado e a madeira.
Dependendo da forma de resisitir aos carregamentos, as estruturas podem ser estaiadas ou
autoportantes.

Figura:

Torres metálicas estaiadas:

Nessas estruturas, os esforços horizontais, transversais e longitudinais são absorvidos pelos


triantes ou estais, assim, as componentes das resultantes horizontais são transmitidas ao solo.
A desvantagem em usar esse tipo de estrutura é a necessidade de áreas maiores para a faixa
de servidão dos estais e sua instalação deve ser em terrenos com topografia regular.

Torres Metálicas Autoportantes

Nessas estruturas, os esforços são transmitidos ao solo através de suas fundações. Tem-se três
tipos:

 Rígidas: são aquelas que, mesmo sob a ação das maiores solicitações, não apresentam
deformações elásticas perceptíveis em qualquer direção.
 Flexíveis: são aquelas que sob, ação das solicitações de maior intensidade apresentam
deformações sensíveis, que desaparecem ao cessar essa solicitação. São típicos deste
tipo de suportes os postes e pórticos articulados.
 Suportes mistos ou semi-rígidos: são estruturas que apresentam rigidez em uma das
direções principais, como por exemplo, os pórticos contraventados.

Tipos de torres metálicas autoportantes mais utilizadas:

 As torres auto-portantes do tipo Tronco Piramidal – Utilizadas em praticamente todos


os níveis de tensões e em um e dois circuitos.
 As torres tipo Delta – Podem ser do formato Cara de Gato.

Famílias de Torres:
Trata-se de uma padronização para o projeto e para a fabricação por questões de economia.

Uma família de Torres é um conjunto de torres projetadas e montadas em uma linha de


transmissão a partir de subestruturas idênticas ou similares. As famílias de Torres são
compostas pelas seguintes subestruturas:

 Corpo básico – Comum em todas as torres da família. É constituído pela cabeça da


torre e ainda pelo tronco básico inferior.
 Extensões do corpo básico – Sua presença depende da altura de uma torre específica
na linha de transmissão que indica a altura da torre a ser montada. Normalmente é
constituído por trechos com alturas variando de seis em seis metros.
 Pernas – Parte inferior da torre. Uma torre com seção quadrada ou retangular possui
quatro pernas que podem ter tamanhos diferentes dependendo da topografia do local
onde ela for instalada.

As subestruturas e os componentes das torres tipo Delta e Tronco Piramidal podem ser
visualizados na Figura x. Nas torres do tipo Tronco Piramidal, as subestruturas que compõem
o corpo básico são os suportes dos cabos pára-raios, as mísulas, tronco da cabeça e o tronco
básico inferior. Já nas torres do tipo Delta, o corpo básico é constituído pelas subestruturas:
suportes dos cabos pára-raios, mísulas, viga, gambieta, delta e o tronco básico inferior. As
extensões e as pernas dos dois tipos de torres também podem ser visualizadas.
\section{Dimensionamento}

No dimensionamento das estruturas deve-se ter em mente dois aspectos: o elétrico e o


mecânico. Em relaçao a parte elétrica, o dimensionamento é responsável pela fixação das
dimensões mínimas das distâncias de segurança, sendo assim das dimensões básicas do
suporte. Já o mecânico determina-se as dimensões adequadas a cada elemento do suporte
para que este resista a esforços submetidos.

\subsection{Dimensões Básicas de um suporte}

Fixadas de modo a garantir segurança e desempenho aceitável face aos diversos tipos de
sobretensões a que são submetidos.

Seu dimensionamento adequado tem por consequencia a redução dos efeitos das
sobretensões nos sistemas elétricos, as quais podem causar interrupções no fornecimento de
energia.

\subsection{Altura das estruturas}

Dependem principalmente do comprimento das cadeias de isoladores, do valor das flechas


máximas dos condutores e das alturas de segurança necessárias. As alturas de segurança
representam a menor distância admissível entre condutores e o solo.

\subsection{Distâncias entre partes energizadas e partes aterradas dos suportes}

Também trata-se de distâncias de segurança, tendo seus valores mínimos para cada classe de
tensão estabelecidas por normas.

\subsection{Disposição dos condutores nas estruturas}

São empregadas três disposições básicas dos condutores:

\begin{itemize}

\item Disposição horizontal: onde quase todos os condutores de fase de um mesmo circuito
estão em um plano horizontal. Essa disposição é empregada em todos os níveis de tensão, de
preferência em linhas de circuito simples (único).

Figura.

\item Disposição vertical: neste caso, condutores encontram-se no mesmo plano vertical. É
reservada em linhas de circuitos simples, quando estas sofrem limitações das larguras das
faixas de servidão. São empregadas principalmente em linha a dois circuitos trifásicos mesmo
suporte, reduzindo as larguras das faixas de servidão. São encontradas em níveis de tensão até
$500KV$.

Figura.

\item Disposição triangular: os condutores são dispostos segundo os vértices de um triângulo.


Têm alturas intermediárias entre as duas disposições anteriores. Os triângulos são
normalmente isóceles, e são empregados tanto para circuitos simples ou duplos.

Figura.

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