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CENTRO DE DESPORTOS
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
DISICIPLINA: TEORIA E METODOLOGIA DO JUDÔ (Licenciatura)
PROFESSORA: DRA. SARAY GIOVANA DOS SANTOS
Florianópolis, 2007
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SUMÁRIO
Glossário ................................................................ 03
Aborgadem Geral ................................................................ 04
Origem do Judô ................................................................ 09
Jigoro Kano e a criação do Judô ................................................................ 12
O Judô no Brasil ................................................................ 16
Princípios judoísticos ................................................................ 17
Aprendizagem do Judô ................................................................ 20
Local de prática ................................................................ 21
Vestimenta ................................................................ 21
Saudações ................................................................ 23
Deslocamento sobre o tatame ................................................................ 26
Posições básicas ................................................................ 27
Pegadas ................................................................ 28
Fases de aplicação de uma técnica ................................................................ 29
Fases de treinamento ................................................................ 30
Amortecimento de quedas ................................................................ 31
Divisão das técnicas ................................................................ 36
Ensino aprendizagem ................................................................ 40
Influência do crescimento e
desenvolvimento no ensino ................................................................ 43
Graduações ................................................................ 46
Arbitragem ................................................................ 48
Referências ................................................................ 52
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GLOSSÁRIO
ABORDAGEAM GERAL
O Judô é um esporte que pode ser considerado como uma arte e uma filosofia
de vida, podendo assim, ser visto como um dos esportes mais completos, pois como
cultura física todas as partes do corpo entram em ação de todas as formas e se
desenvolvem harmoniosamente, adquirindo força e flexibilidade. Filosoficamente
seus princípios e sua disciplina complementam o trabalho que permite um
desenvolvimento global do indivíduo.
Devido a estes adjetivos, segundo Alvim (1975) é que o Judô atrai em todo o
mundo milhões de pessoas de ambos os sexos e idade variadas, e, no Brasil, de
acordo com Franquini (1999) são mais de dois milhões de praticantes, tendo como
principal meio de atração a sua importância na formação da personalidade. Ao se
estudar a abrangência educacional do Judô, se observa que desde a sua origem a
preocupação do seu criador foi de abordar uma arte onde o objetivo principal era que
o indivíduo tivesse um desenvolvimento integral.
A prática do Judô, abrange muitas formas de trabalho, como os "Kata" que
são formas clássicas de execução do movimento das técnicas; as diversas variações
das técnicas introduzidas para efeito de combate denominado de "Waza". As
divisões e sub-divisões de técnicas como as de projeção "Nage-Waza", as de
imobilizações "Katame-Waza" e ainda as técnicas vitais -"Atemi-Waza".
Para Alvim (1975) o Judô Kodokan apresenta uma estrutura extensa e rígida,
e também pouco conhecida pela maioria dos nossos judoístas e instrutores. O
praticante graduado deve ter curiosidade para as técnicas desconhecidas e nossos
instrutores devem mostrar a seus alunos a beleza do Judô em seu todo, e não como
ocorre em muitas escolas, onde se dá ênfase as técnicas de competição, de jogar,
estrangular e imobilizar. A técnica de defesa pessoal “GOSHINJUTSU-NO-KATA’’,
por exemplo, é pouco praticada entre nós, sendo, no entanto a continuação lógica
para judoistas graduados ou avançados em idade, e que ainda queiram permanecer
ativos nas salas de treinamento.
Outra forma de prática que atualmente é realizada apenas precedendo a
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exames de graduação (preta para cima), são os “Kata” que pode ser traduzido como
forma ou modelo, é um ritual de formas determinadas, imutáveis, medidas
sincronizadas e previamente ensaiadas, até um máximo possível de perfeição de
movimentos e concentração, tendo como objetivo final no caso do Judô, a
perpetuação da modalidade. Sendo eles oficialmente oito com a inclusão do Shin-
Kime-No-Kata (nova forma de defesa pessoal do Judô):
- Nage-No-Kata – é o primeiro composto por 15 projeções, dividido em cinco
grupos de três projeções, aplicadas pela direita e esquerda;:
- Katame-No-Kata – são técnicas de solo, compõem-se de três grupos de
cinco técnicas, aplicadas apenas pelo lado direito;
-Kime-No-Kata – é um kata de defesa pessoal, executado com as mãos nuas
e também com espadas longas e curta, sendo executado em duas posições:
ajoelhado e em pé;
- Ju-No-Kata – que se baseia no princípio de JU – suavidade é talvez um dos
mais belos. È composto de três grupos de cinco técnicas;
- Koshiki-No-Kata – é um kata que tem suas origens nas lutas com armaduras,
é composto por 21 técnicas que se apresentam de forma repetitiva, mesmo iniciando
o ataque de maneira diversificada;
- Itsutsu-No-Kata – é o mais profundo, de difícil compreensão e desenvolvido
por Jigoro Kano quando tinha apenas 21 anos, ainda não foi completada parando
nas cinco primeiras técnicas as quais não foram sequer dado nomes. Refere-se a
forças cósmicas dentro de um contexto, fazendo menção a movimentos centrífugos,
ondulares e rítmicos;
- Sei-Ryoku-Zenyo – este seria o último Kata oficial do Kodokan, se não fosse
a inclusão do Goshin-Jitsu. A finalidade deste kata é desenvolver o corpo e mente.
Divide-se em dois grupos, sendo o primeiro de 28 técnicas realizadas
individualmente e o segundo grupo de 20 técnicas realizadas em duplas;
- Goshin-Jitsu ou Shin-Kime-No-Kata (nova forma de defesa pessoal) – com o
intuito de reintegrar com a atualidade a defesa pessoal, o Kodokan em 1953 nomeou
vinte e um mestres para compor esse Kata, que ficou pronto em 1956 e ficou
composto de vinte e uma formas (Virgílio, 1986).
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O kiai deve ter convicção, força, concentração e muito treino, e, só deve ser
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realidade detectada nos anos noventa, e atualmente, como será que o quadro se
apresenta?
Autores remanescentes, tais como Yerkow (1974), comentava da existência
de controvérsias em pontos de vista e na divisão das escolas nas formas e opiniões
em como ocorre a aprendizagem e até mesmo o treinamento de Judô. Uma opinião é
que toda a finalidade é simplesmente derrotar o adversário, e a outra consiste em
ensinar os significados da palavra JU e DO (caminho da suavidade). Isto implica no
estudo e na prática dos verdadeiros princípios da arte.
Virgilio (1986) comenta que, independente do objetivo com que se pratica
Judô, tanto sendo para fins recreativos, competitivos, defesa pessoal ou lazer, os
conhecimentos sobre os princípios e a filosofia do Judô devem ser constantemente
embutidos em seus praticantes de maneira séria e responsável para que haja um
progresso técnico, físico, moral e intelectual.
Desta forma, este acervo fica como um alerta para que futuros educadores de
Judô busquem mais referenciais, desenvolvendo um excelente trabalho de base,
realmente objetivando aproveitar o Judô como um todo, utilizando todo o seu
conteúdo paulatinamente, para realmente auxiliar no desenvolvimento do seu
educando.
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A ORIGEM DO JUDÔ
Alguns homens pelo seu espírito empreendedor, pela sua abnegação, pela
fidelidade aos seus ideais e, ainda, pela perseverança, liderança e inteligência,
marcaram de forma indelével o seu caminhar e pela estrada percorrida, ficaram os
frutos de suas obras a beneficiar a humanidade: arte, invenções, conquistas,
trabalhos e tantos outros motivos pelos quais ficaram conhecidos e são lembrados.
Jigoro Kano, criador do Judô, está certamente entre esses beneméritos,
portanto, nada mais justo, que se conheça uma breve biografia do pai inconteste do
nosso esporte.
Nasceu em 28 de outubro de 1860 (muitas controvérsias em função desta
data) em Mikage, no distrito de Hyogo – Japão, era o terceiro filho de Jirosaku
Maresiba Kano, intendente naval do Shugunat Tokugawa.
De saúde delicada, o jovem Jigoro Kano media apenas 1,50 metro, pesando
apenas uns escassos 48 quilos, porém, compensava seu pequeno porte físico com
tenacidade impar, coragem invulgar e, sobretudo, vontade férrea e inteligência
brilhante. Aos 16 anos, decidiu fortificar seu corpo, praticando a ginástica, o remo e o
basebol. Mas estes desportos eram demasiado violentos para a sua débil
constituição. Além disso, nas brigas entre estudantes, Kano era sistematicamente
vencido. Ferido na sua qualidade de filho de um samurai decidiu estudar o ju-jitsu. O
seu primeiro professor foi Hachinosuke Fukuda, da Escola Tenjin-Shinyo-Ryu (1877).
Sob a direção deste mestre, Kano iniciou-se nos mistérios do ju-jitsu da Escola
“Coração de Salgueiro”. Em 1879, com a idade de 82 anos, Fukuda morre e Kano
herdou os seus arquivos. Tornou-se seguidamente aluno do Mestre Iso, um
sexagenário que possuía segredos de uma escola derivando igualmente de Tenjin-
Shingo. Jigoro Kano treina-se, enquanto prossegue seus estudos e torna-se em
breve vice-presidente da escola. Infelizmente, Iso morreu muito cedo e o nosso
jovem encontra-se novamente sem mestre. Devorou todos os livros e documentos,
mais um bom professor era-lhe indispensável. Foi então que encontrou mestre
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Iikugo, que lhe ensinou a técnica da escola Kito na qual aprendeu o combate com
armadura.
Pouco a pouco Jigoro Kano foi analisando e sintetizando os conteúdos
absorvidos nas diversas escolas, criando um sistema próprio de disciplina,
continuando, no entanto, a treinar-se com mestre Iikugo até 1885. Em fevereiro de
1882, com a idade de 22 anos, instalou-se no pequeno templo budista de Eishosi, da
seita Jôdo. É neste templo, berço do Judô, que Jigoro Kano instala o seu primeiro
dojô.
Vivendo nas dependências do templo com alguns alunos e uma velha criada,
dedicou-se pacientemente a elaborar um novo método, um sistema de educação
física e formação de caráter, baseado no ju-jitsu. Mas, por outro lado, o ju-jitsu
possuía, a par de muitas qualidades, enormes defeitos. Era preciso podá-los e
organizar, simultaneamente, um método de treino similar ao de certos desportos
ocidentais.
Kano fez a síntese das melhores técnicas, escolheu os golpes mais eficazes e
os mais racionais; eliminou as práticas perigosas e incompatíveis com o fim elevado
que visava. Aperfeiçoou a maneira de cair e inventou o principio das quedas de
amortecimento. Criou uma vestimenta especial de treino (judogui), pois o antigo traje
do ju-jitsukas provocava freqüentemente ferimentos. Dedicou-se particularmente aos
métodos de projeção, aperfeiçoando vários de sua autoria.
O ju-jitsu era uma prática guerreira baseada na ligeireza do corpo e do
espírito. Kano pensou que a sua nova arte devia ter outro nome, pois o fim visado
era completamente diferente. O seu anseio era descobrir uma autêntica forma de
viver, baseada na racional utilização da energia humana e, chamou esta nova ciência
de JUDÔ.
Sendo assim, em 1882 ele criou a sua escola chamada Kodokan onde
começou a difundir a sua arte chamada Judô. Jigoro Kano disciplinou e definiu os
objetivos da nova arte que segundo Alvim (1975) são:
- Cultura e desenvolvimento do físico:
- Cultura e desenvolvimento da vontade e da moral;
- Capacidade de competir vitoriosamente.
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Tóquio; em 1928 participa na assembléia geral dos Jogos Olímpicos e nos próprios
jogos; em 1932 desloca-se aos Estados Unidos para assistir aos Jogos Olímpicos;
torna-se conselheiro do Gabinete de Educação Física do Japão; participou por duas
vezes no Conselho dos Jogos Olímpicos, no qual lançou os convites para os jogos
japoneses (1932 – 1934); em 1936 assiste aos X! Jogos Olímpicos de Berlim; a 4 de
maio de 1938, morre a bordo do navio que o transportava ao Cairo onde se realizava
a assembléia geral do Comitê Internacional dos Jogos Olímpicos; recebe o título
póstumo de 2º Grau Imperial.
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O JUDÔ NO BRASIL
PRINCÍPIOS JUDOÍSTICOS
Para Alvim (1975) o próprio nome dado à arte já explica as finalidades desta, e
a denominação "JUDO" segundo explicado pelo seu criador, tem o seguinte
significado: JU - gentIl ou natural DO - princípio, filosofia
JUDO - "princípio gentil ou natural'
A palavra "JU” tem seu significado histórico, um sentido de difícil apreensão
por nós latinos, pois se traduz por "gentil". Preferimos a tradução "natural" que nos
dá a idéia de lógico ou inteligente, os quais são inerentes ao Judô.
Por outro lado Arpin (1970) traduz Judô como:
JU – flexibilidade DO - caminho
Lassere (1975) traduz JUDO como "via da suavidade".
Independente de várias colocações, também pode ser definido, segundo Alvim
(1979) como a arte de combater sem armas e também como o meio do fraco vencer
o forte.
Conforme Virgílio (1986), Jigoro Kano deixou 2(dois) princípios como máximas
de seus ensinamentos: - SEIRYOKU ZENYO (o meIhor uso da energia) e JITA
KYOEI (prosperidade e benefícios mútuos).
O principio SEIRYOKU ZENYO (o melhor uso da energia) foi criado com base
na observação feita pelo filósofo japonês, na neve conforme origem, conhecido
também como o principio da doçura ou da não resistência, tido ainda como "ceder
para vencer", este é aplicado mais ao físico, mas conforme a ideologia de Jigoro
Kano deveria ser elevado também ao plano intelectual, moral e espiritual.
Desta forma, a melhor maneira de vencer é não opor resistência à força, mas,
pelo contrário, ceder aparentemente, adaptar-se, desviar seu objetivo e utilizá-lo em
seu proveito (LASSERRE, 1975).
A prática do Judô ensina a utilizar ao máximo e no sentido mais eficaz a nossa
energia mental e física. Este princípio é válido não somente para o Judô, mas
também em todas as situações e circunstâncias de nossas vidas, e são estas
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conotações que devem ser passadas para nossos iniciantes e praticantes, mostrar
sempre este outro lado do Judô, ou seja, o quanto que ele pode ser útil no dia a dia
do seu praticante.
De acordo com Virgílio (1986, p. 25-28) existem nove “princípios” que
compõem o “espírito do judô”, esses princípios marcam as maneiras de percorrer o
“suave caminho”, cujo estudo de seus fundamentos, dão base para a compreensão e
o progresso do Judô, sendo eles:
1. Conhecer-se é dominar-se e dominar-se é triunfar;
2. Quem teme perder já está vencido;
3. Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância,
sabedoria e, sobretudo humildade;
4. Quando verificares que nada sabes, terás feito teu primeiro progresso na
aprendizagem;
5. Nunca te orgulhes de haver vencido um adversário. Ao que venceste hoje,
poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se
conquista sobre a própria ignorância;
6. O judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar;
7. O judoca é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe
ensinam e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes;
8. Saber cada dia um pouco mais, utilizando o saber para o bem, este é o
caminho do verdadeiro judoca;
9. Praticar o Judô é educar a mente a pensar com velocidade e exatidão,
bem como o corpo a obedecer com justeza. O corpo é uma arma cuja
eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.
Esses “princípios” marcam o caminho do progresso e aprofundamento no
conhecimento e prática do Judô. A eles devem os judocas a sua atenção, obediência
e cuidados, aplicando-os na prática e no cotidiano em suas próprias vidas.
Para Alvim (1975), muitos documentos históricos mostram o espírito e a
finalidade do Judô concebido por seu pai e fundador, onde eles revelam a
preocupação de Jigoro Kano, de usar inteligência e ponderadamente a energia,
nunca a gastando violenta e desordenadamente, mesmo quando seu adversário ou
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APRENDIZAGEM DO JUDÔ
VESTIMENTA
SAUDAÇÕES
SAUDAÇÃO EM PÉ – (RITSU-REI)
De acordo com Inokuma e Sato (1980):
a) em pé, calcanhares unidos, pequena abertura da parte anterior dos pés;
b) as mãos espalmadas ao longo dos braços, apoiando de leve na lateral das
coxas;
c) pequena inclinação do corpo a partir da cintura, formando um ângulo de
aproximadamente 30 graus em relação à posição vertical do corpo;
d) quanto às duas mãos, o movimento é descrito partindo das laterais das coxas
vindo ligeiramente à frente, deslizando com naturalidade em direção aos
joelhos.
PEGADAS (KUMI-KATAS)
FASES DE TREINAMENTO
Várias são as formas de se amortecer uma queda, em função dos diferentes tipos
de técnicas de projeção, deste modo, os ukemi são classificados em função da
direção da queda e realizados em função do tipo de técnica que se é projetado.
Neste estudo se utilizou as subdivisões citadas por Robert (198?), Branco e outros
(1983), sendo eles: mae-ukemi, uchiro-ukemi; yoko-ukemi e zempô-kaiten-ukemi. A
seguir far-se-á uma breve descrição destes, realizados a partir da posição natural
fundamental, segundo Santos (2003).
1) mae-ukemi – queda frontal ou queda facial (Figura 1)
Esta queda é pouco utilizada em treinamento, porém muito em competição, pois
quando o atleta cai no plano sagital no sentido antero-posterior, não significa
pontuação para quem projeta. A execução deste ukemi trata de deixar o corpo
projetar-se no sentido antero-posterior com flexão de ombros no plano sagital
anterior, com as mãos em pronação, fletidas em relação ao punho. Conforme o corpo
for se aproximando do solo, flexiona-se o membro superior e o impacto será
amortecido em função da batida das mãos e antebraços no solo, concomitante
ocorre a elevação do quadril e para isso, os pés em hiperextensão dorsal em contato
com o solo.
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4) yoko-ukemi – queda com rolamento para frente, podendo ser pela direita ou
pela esquerda (Figura 4).
Esta técnica é a mais utilizada, tanto em treinamento como em competições, pois
grande parte das técnicas de projeção do grupo Tati-Waza (técnica em pé), são
finalizadas com este tipo de amortecimento de queda. O zempô-kaiten-ukemi-hidari,
partindo da posição fundamental, avançar a perna direita no plano sagital,
flexionando os membros inferiores apoiar a mão direita, no tatame ao lado do pé
direito com os dedos um pouco voltados para trás. A mão esquerda da mesma forma
apoiada no tatame, porém com os dedos voltados para o lado direito do executante.
O corpo é inclinado no sentido antero-posterior rolando sobre o ombro esquerdo,
sendo que o membro superior permanece semi-fletido em arco, as costas
encurvadas e a cabeça colocada entre os ombros. Após o rolamento, quando as
costas tocarem o tatame, o braço e a mão esquerda executam a batida, finalizando o
movimento com toda a lateral esquerda do corpo tocando o tatame, sendo que o
membro inferior esquerdo semi-flexionado tocando no solo com a lateral e o membro
inferior direito semi-flexionado no sentido longitudinal, apenas com a planta do pé
tocando o tatame.
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Jigoro Kano, conforme Lasserre (1975), após a criação do Judô, dividiu a sua
atividade em três grupos de técnicas: Nage-waza (técnica de projeção), Katame-
waza (técnica de imobilização) e Atemi-waza (técnica de atacar os pontos vitais do
corpo).
Para dar um caráter pedagógico e facilitar ainda mais o aprendizado,
subdividiu ainda as técnicas de Nage-waza em Tati-waza (técnica de projeção com
permanência em pé) e seria executada sob três aspectos:
1) Te-waza: - técnica de projeção com os braços;
2) Koshi-waza: - técnica de projeção com os quadris:
3) Ashi-waza: - técnica de projeção com pernas e pés.
E ainda na divisão de Nage-waza entra o sutemi-waza (técnica de projeção
com sacrifício do corpo), que se divide em Mae-sutemi-waza (sacrifício com queda
para frente) e Yoko-sutemi-waza (sacrifício com queda para o lado).
O grupo de técnica Katame-waza, subdivide-se em três outros grupos:
1) Osae-waza: - imobilização no solo:
2) Shime-waza: - técnica de estrangulamento:
3) Kansetsu-waza: - técnicas de chaves nas articulações.
Koshi-Waza (11): Uki Goshi, O Goshi, Koshi Guruma, Tsurikomi Goshi, Harai Goshi,
Tsuri Goshi, Hane Goshi, Utsuri Goshi, Ushiro Goshi, Daki Age*,Sode Tsurikomi
Goshi.
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Ashi-Waza (21): Deashi Harai, Hiza Guruma, Sasae Tsurikomi Ashi, Osoto Gari,
Ouchi Gari, Kosoto Gari, Kouchi Gari, Okuriashi Harai, Uchi Mata, Kosoto Gake,
Ashi Guruma, Harai Tsurikomi Ashi, O Guruma, Osoto Guruma, Osoto Otoshi,
Tsubame Gaeshi.
Sutemi-Waza (20)
Mae-Sutemi-Waza: Tomoe Nage, Sumi Gaeshi, Ura Nage, Hikikomi Gaeshi, Tawara
Gaeshi.
Yoko-Sutemi-Waza: Yoko Otoshi, Tani Otoshi, Hane Makikomi, Soto Makikomi, Uki
Waza, Yoko Wakare, Yoko Guruma, Yoko Gake, Daki Wakare, Uchi Makikomi, Kani
Basami ∗, Osoto Makikomi, Uchi Mata Makikomi, Harai Makikomi, Kawazu Gake
∗
Técnicas proibidas para utilização em “shiais”.
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2) Shime-waza (12): Nami Juji Jime (1), Gyaku Juji Jime (1), Kata Juji Jime (1, 2),
Hadaka Jime (1,2), Okuri Eri Jime (1, 2, 3), Kataha Jime (1, 2, 3), Do Jime*, Sode
Guruma Jime, Katate Jime, Ryote Jime (1), Tsukomi Jime, Sankaku Jime.
3) Kansetsu-waza (10): Ude Garami, Ude Hishigi Juji Gatame, Ude Hishigi Ude
Gatame (1, 2, 3), Hiza Gatame (1, 2), Ude Hishigi Waki Gatame (1, 2, 3), Ude Hishigi
Hara Gatame (1, 2 ), Ashi Garami ∗, Ude Hishigi Ashi Gatame, Ude Hishigi Te
Gatame, Ude Hishigi Sankaku Gatame.
∗
Técnicas proibidas para utilização em “shiais” (JUDOINFO, 2006)
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Sendo elas:
ENSINO APRENDIZAGEM
possibilidades e que o educando seja motivado para que consiga, aliás, deve-se
sempre reforçar que “eu não consigo” não existe, tudo que se quer e esforça-se para
fazê-lo, consegue-se. Tem um ditado popular que diz “quem espera sempre
alcança”, pois é, já viram uma pessoa que prosperou em negócios; ou uma que teve
excelentes resultados atléticos; ou outra que passou no vestibular para um curso
concorridíssimo, ficarem sentadas, esperando por milagres? Então o ditado deve ser
“quem vai a luta, quem persevera, sempre alcança”; a perseverança é um dos
principais requisitos apresentados e desenvolvidos por um judoca de essência.
Um fato bastante abordado até agora foi a questão de introjetar os princípios
que Jigoro Kano tanto idealizou para que realmente ocorra o desenvolvimento da
moral do sujeito. Aproveitando a taxionomia que trata do domínio afetivo, pode-se
apresentar de que forma os princípios podem ser introjetados nos praticantes, de
forma a fazer parte do seu eu, da sua forma de ser e ver o mundo, isso somente
dependerá da maneira como o conteúdo for apresentado. Por isso, reforça-se a
importância de um ótimo embasamento teórico do professor, associado ao
conhecimento vivenciado.
Em termos de aprendizagem do movimento propriamente dito, todo o
processo inicia desde a colocação do judogui, a entrada no dojô, as saudações, a
adaptação ao tatame, a forma de deslocamento, posições do corpo, pegadas,
amortecimento de quedas, técnicas de projeção e de solo e treinamento
propriamente dito, até se chegar a Randori e Chiai. Poder-se-ia citar vários
processos educativos e pedagógicos que serviriam como exemplo daquilo que foi
explanado, porém, com tal feito estar-se-ia menosprezando a capacidade de o leitor
compreender o que se está dizendo e utilizar deste conhecimento para elaborar uma
aula com criatividade, com objetivos pré-elaborados; uma aula receptiva; uma aula
que traga novidades e não a mesmice. Ministrar uma aula não é só desenvolver
atividades ou que divirtam ou que sejam maçantes, mas sim que, por trás de cada
brincadeira, atividade divertida ou exercícios repetitivos, esteja um intuito. Assim, não
é elaborar uma atividade e justificar que a repetição da mesma ocorre porque as
crianças e/ou os alunos gostam, porque é divertida ou porque ouviu dizer que dá
resultados, mas porque se tem domínio da real contribuição com a ministração das
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mesmas.
Neste sentido, conhecer o educando é primordial. Utilizar a avaliação
diagnóstica (no início do aprendizado), formativa (durante) e somativa (final) é
imprescindível para o processo educativo, pois se evidencia o quanto está se
contribuindo e onde há necessidade de se investir mais ou menos. Ações pré-
elaboradas fazem parte de um aprendizado mútuo, de um benefício mútuo.
AS GRADUAÇÕES
DAN:
SHO-DAN lº DAN: faixa preta
NI-DAN 2º DAN: faixa preta
SAN-DAN 3º DAN: faixa preta
IO-DAN 4º DAN: faixa preta
GO-DAN 5º DAN: faixa preta
ROKU-DAN 6º DAN: faixa vermelha e branca
SHIGUI-DAN 7º DAN: faixa vermelha e branca
HAGHI -DAN 8º DAN: faixa vermelha e branca
KU-DAN 9º DAN: faixa vermelha
JU-DAN 10º DAN: faixa vermelha
A área de competição terá no mínimo 14m x 14m e no máximo 16m x 16m e será coberta
por tatame ou material similar, geralmente de cor verde.
A área de competição será dividida em duas zonas. A demarcação entre estas duas zonas
será denominada zona perigosa e estará indicada por uma área vermelha, aproximadamente
com a largura de 1m, formando parte ou estando anexada à área de competição, paralela
aos 4 lados da mesma.
A área interna e incluindo a zona perigosa é chamada a área de combate e terá sempre no
mínimo 8m x 8m e no máximo 10m x 10m. A área exterior à zona perigosa será chamada
área de segurança e terá 3 metros de largura.
Uma fita adesiva azul e uma branca, aproximadamente com 10cm de largura e 50cm de
comprimento serão fixadas no centro da área de competição à distância de 4m uma da
outra, para indicar as posições nas quais os competidores deverão começar e terminar o
combate. A fita azul estará à direita do árbitro e a branca à sua esquerda.
A área de competição deverá ser fixada a uma superfície resistente ou plataforma (ver
apêndice).
Quando duas ou mais áreas de competição contíguas estiverem a ser utilizadas, a área de
segurança comum mínima permitida será de 4m.
Uma zona livre, no mínimo de 50cm deverá ser mantida à volta da área de competição.
Nota: Quando as regras se referem a um judogui azul, fita azul, bandeiras azuis, marcador
azul, etc., é lícito aos organizadores da competição que especifiquem que ambos os
competidores usarão um judgui branco; o primeiro competidor a ser chamado usará um cinto
vermelho conjuntamente com o cinto da graduação, o segundo usará um cinto branco
conjuntamente com o cinto da graduação e o equipamento (bandeiras, fita, marcador, etc.)
será vermelho em vez de azul.
APÊNDICE ARTIGO 1
Área de Competição
Tatames
Devem ser firmes debaixo dos pés e ter a capacidade de absorver o choque durante o ukemi
e não deverão ser escorregadios nem muito ásperos
Os elementos que constituem a superfície para a competição deverão estar alinhados sem
espaços entre eles, formando uma superfície lisa e fixados de forma a não se moverem.
Plataforma
A plataforma é opcional e deve ser feita de madeira maciça, de forma que fique com uma
certa flexibilidade e deve medir aproximadamente 18m de lado sem nunca exceder os 50cm
de altura.
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ARTIGO 2 – EQUIPAMENTO
Duas cadeiras leves devem ser colocadas na área de segurança em cantos diagonalmente
opostos da área de competição e numa posição que não obstrua a visão dos juizes,
membros da comissão e dos marcadores. Uma bandeira azul e uma bandeira branca
deverão ser colocadas num suporte afixado em cada cadeira.
b) Marcadores
Haverá duas cruzes em azul e branco, respectivamente, no topo do marcador para indicar o
1º e 2º exames efetuados pelos médicos (ver artigos 8º e 29º - apêndice)
Sempre que sejam usados marcadores eletrônicos devem estar sempre disponíveis
marcadores manuais para apoio. (ver apêndice)
c) Cronômetros
• Tempo Geral – um
• Osaekomi – dois
• De reserva – um
Sempre que forem usados cronômetros eletrônicos, também deverão ser utilizados
cronômetros manuais para controlo. (ver apêndice)
d) Bandeiras (Cronometristas)
Não será necessário usar as bandeiras amarela e verde quando estiver a ser utilizado um
relógio eletrônico que mostre a duração do combate e do osaekomi. Contudo, estas deverão
existir sempre de reserva.
e) Sinal de Tempo
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Deverá haver uma campainha, ou sinal sonoro similar, que indique ao árbitro o fim do tempo
estabelecido para cada combate.
Como norma geral, não deverão ser permitidos espectadores a menos de 3 metros da
superfície da área de competição (ou plataforma).
Cronômetros e marcadores
Os cronômetros devem ser acessíveis às pessoas responsáveis pela sua precisão e o seu
funcionamento deve ser verificado regularmente antes e durante a competição.
b) Marcador Manual
BRANCO AZUL
0 0 0 0 0 0
à cintura e ficar com 20cm a 30cm de cada lado depois de atado com um nó direito,
apertado de modo a impedir que o casaco fique demasiado solto.
d. As competidoras deverão usar sob o casaco:
O Judogui suplementar do competidor deve ser levado pelos treinadores para a sua cadeira
que se encontra junto da área de competição.
ARTIGO 4 – HIGIENE
Todo o competidor que não obedeça aos requisitos constantes dos artigos 3 e 4 será
impedido no seu direito de competir e o opositor ganhará o combate por Kiken-gashi, de
acordo com a regra de "maioria de três" (ver artigo 28).
54
Geralmente, o combate será dirigido por um árbitro e dois juizes, sob a supervisão da
Comissão de Arbitragem.
O comitê organizador deve assegurar-se que todos foram criteriosamente treinados como
oficiais técnicos. Haverá no mínimo dois cronometristas, um para registrar o tempo real do
combate e outro especificamente para o tempo de osaekomi.
Se possível haverá uma terceira pessoa, para supervisionar os dois cronometristas a fim de
evitar erros ou esquecimentos.
O cronometrista do tempo de Osaekomi deverá levantar uma bandeira verde durante a prova
sempre que tenha parado o cronômetro ao ouvir Sonomama e deverá baixar a bandeira
quando reiniciar o cronômetro ao ouvir Yoshi.
O cronometrista do tempo real (tempo de combate efetivo) deverá levantar uma bandeira
amarela sempre que tenha parado o cronômetro ao ouvir a voz e ver o sinal de Mate ou
Sonomama e baixará a bandeira quando reiniciar o cronômetro ao ouvir Hajime ou Yoshi.
Além das pessoas acima mencionadas, deverá haver quem se encarregue de efetuar o
registro geral dos combates.
Se forem utilizados sistemas eletrônicos, os procedimentos serão iguais aos acima descritos.
Contudo, deverão assegurar-se de que estão disponíveis meios de registro manuais.
O árbitro deve assegurar-se de que tudo está correto, tal como: área de competição,
equipamentos, uniformes, higiene, oficiais, etc., antes do início do combate.
Ao anunciar uma opinião, mantendo o gesto apropriado, o árbitro deverá estar colocado de
modo a observar pelo menos um juiz de forma a ficar imediatamente ciente de alguma
opinião divergente. Contudo, o árbitro deve assegurar-se de que não perde de vista a ação
continuada dos atletas em qualquer momento.
Em certos casos, tais como quando os competidores estão em Ne-waza e voltados para
fora, o árbitro poderá observar a ação da zona de segurança.
Antes do início de uma prova, os árbitros e juizes deverão familiarizar-se com o som ou
outros meios de indicar o fim do combate no seu tapete. Quando assumem o controlo de
uma área de competição o árbitro e juizes devem assegurar-se de que a superfície do tapete
está limpa e em boas condições, que as cadeiras dos juizes estão em posição correta, que
não existem intervalos entre os tapetes e que os competidores estão de acordo com os
artigos 3 e 4 das regras de competição. Os árbitros devem assegurar-se de que não há
espectadores, claques ou fotógrafos em posições tais que possam incomodar ou constituir
perigo para os competidores.
56
Se o árbitro expressar uma opinião de valor mais elevado que as dos 2 juizes no que
respeita à vantagem técnica ou castigo, deve alterá-la para a do juiz que expressou o valor
mais elevado.
Se o árbitro expressar uma opinião de valor mais baixo que a dos dois juizes no que respeita
à vantagem técnica ou castigo, deve alterá-la para a do juiz que manifestou o valor mais
baixo.
Se um juiz expressar uma opinião de valor mais alto que a do árbitro e o outro juiz um valor
mais baixo, o árbitro mantém a sua opinião.
Se ambos os juizes manifestam uma opinião diferente da do árbitro e este não reparar nos
seus gestos, deverão levantar-se, mantendo o gesto efetuado até que o árbitro repare e
altere a sua decisão. Se depois de alguns segundos o árbitro não tiver reparado nos juizes
que estão levantados, o juiz que estiver mais próximo do árbitro deve imediatamente
aproximar-se e informá-lo da opinião da maioria.
O juiz deverá, através do gesto próprio, manifestar a sua opinião acerca da validade de
qualquer ação junto ao limite ou fora da área de combate.
Qualquer discussão é possível e necessária somente se o árbitro ou um dos juizes tiver visto
algo que os outros não viram e que possa alterar a decisão.
Os juizes devem também observar que os resultados registrados pelo marcador estão
corretos e em conformidade com os resultados anunciados pelo árbitro. Se devido a uma
razão considerada necessária pelo árbitro, um competidor tiver que se ausentar
temporariamente da área de competição, um dos juizes deve obrigatoriamente acompanhá-
lo, a fim de verificar se não ocorre nenhuma anomalia. Esta autorização deverá ser dada em
circunstâncias excepcionais (trocar o judogui em caso de não conformidade com as normas).
O juiz deve sentar-se com os pés afastados, fora da área de combate e deve colocar as
mãos, com as palmas voltadas para baixo, nos joelhos.
Um juiz deve verificar se o quadro está incorreto e deve chamar a atenção do árbitro para o
erro cometido.
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Um juiz deve ser rápido a afastar-se e a retirar a sua cadeira, se a sua posição for perigosa
para os competidores.
Numa ação no limite da área de combate, o juiz deve de imediato fazer o gesto para mostrar
se a ação foi DENTRO ou FORA.
Se um competidor tiver que mudar alguma parte do uniforme fora da área de competição e o
juiz que o acompanha não for do mesmo sexo, um oficial designado pelo diretor da
arbitragem deverá substituir o juiz a acompanhar o competidor.
Se a sua área de competição não está a ser utilizada e está a decorrer um combate na área
adjacente, o juiz deverá retirar a sua cadeira se esta constituir perigo para os competidores.
ARTIGO 8 – GESTOS
a) O ÁRBITRO
O árbitro deverá fazer os gestos a seguir indicados quando tomar as seguintes decisões:
i. IPPON : Levantará um braço com a palma da mão virada para a frente, bem acima
da cabeça.
ii. WAZA-ARI : Levantará um braço com a palma da mão virada para baixo
lateralmente, à altura dos ombros.
iii. WAZA-ARI-AWASETE-IPPON: Primeiro o gesto de Waza-ari, depois o de Ippon.
iv. YUKO : Levantará um dos braços, com a palma da mão virada para baixo, a 45º ao
lado do corpo.
v. KOKA : Levantará um dos braços dobrado com o polegar virado para o ombro e
cotovelo ao lado do corpo.
vi. OSAEKOMI : Apontará com o seu braço estendido, palma da mão virada para baixo,
de frente para os competidores e inclinando o corpo para a frente na direção deles.
vii. OSAEKOMI-TOKETA : levantará um dos braços à frente e movê-lo-á da direita para a
esquerda, com o polegar para cima rapidamente, duas ou três vezes, enquanto se
inclina para os competidores.
viii. HIKI-WAKE : Levantará um dos braços bem alto, baixando-o depois à frente do corpo
(com o polegar para cima), mantendo-se nessa posição durante algum tempo.
ix. MATE : Levantará uma das mãos à altura do ombro, com o braço aproximadamente
paralelo ao tatame, deverá mostrar a palma da mão (dedos voltados para cima) ao
cronometrista.
x. SONOMAMA : Deverá inclinar-se para a frente e tocar nos dois competidores com a
palma das mãos.
xi. YOSHI : Tocará com firmeza nos dois competidores com as palmas das mãos,
exercendo pressão sobre eles.
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Quando não seja bem claro, o árbitro pode, depois do gesto oficial, apontar para a marca
azul ou branca (posição inicial) para indicar qual o competidor que marcou ou foi penalizado.
Para indicar ao(s) competidor(es) que se pode sentar de pernas cruzadas na posição inicial,
se prevê uma interrupção longa, o árbitro deverá apontar na direção da posição inicial com
uma das mãos abertas e a palma da mão voltada para cima.
Os sinais de Yuko e Waza-ari devem iniciar-se com o braço à frente do peito e depois para o
lado até à posição final correta.
Os sinais de Koka, Yuko, Waza-ari devem ser mantidos enquanto se realiza um movimento
de rotação, para se assegurar que o resultado é claramente visível para os juizes. Contudo
deve ter-se cuidado enquanto se faz a rotação para manter os competidores no seu campo
de visão.
Quando for atribuída uma penalização a ambos os competidores, o árbitro deverá fazer o
gesto adequado e apontar alternadamente para os dois competidores (o indicador esquerdo
para o competidor à sua esquerda e o indicador direito para o competidor à sua direita).
Se for necessário efetuar um gesto de retificação, este deverá ser feito o mais rapidamente
possível, após o gesto de anulação.
Para indicar o vencedor, o árbitro retomará a posição que ocupava no início do combate,
dará um passo em frente, indicará o vencedor e depois recuará um passo.
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Para indicar que considera que o competidor que está a realizar uma técnica de projeção
tenha permanecido dentro da área de combate, o juiz levantará uma mão no ar e baixá-la-á
à altura do ombro com o polegar para cima e o braço estendido no prolongamento da linha
limite da zona de combate, mantendo-se nessa posição por alguns momentos.
Para indicar que na sua opinião um dos competidores saiu da zona de combate, o juiz
levantará uma das mãos à altura do ombro com o polegar para cima e braço estendido ao
longo da linha limite da zona de combate e movê-la-á da direita para a esquerda ou vice-
versa, várias vezes.
Para indicar que na sua opinião, um resultado, penalização ou opinião dada pelo árbitro de
acordo com o artigo 8 a) não é válida, o juiz levantará a sua mão acima da cabeça e movê-
la-á da direita para a esquerda duas ou três vezes.
Para indicar que a sua opinião difere da do árbitro, o juiz fará um dos gestos do artigo 8 a)
Em situações de Hantei os juizes devem segurar as bandeiras nas mãos corretas. Depois do
árbitro ter anunciado Hantei, os juizes deverão de imediato erguer ou a bandeira azul, ou a
branca acima da cabeça para indicar aquele que consideram ser o competidor que é
meritório da decisão.
Quando os juizes desejam que o árbitro anuncie Mate em situação de Ne-waza (por
exemplo, não progressão), devem efetuar um gesto, levantando ambas as mãos à altura dos
ombros com as palmas viradas para cima.
Ippon Waza-ari
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Yuko Waza-ari-awasete-ippon
Koka Osaekomi
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Mate Toketa
Sonomama Yoshi
62
Não combatividade
Dentro Fora
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Exceções:
a. Quando um dos competidores projeta o seu adversário para fora da área de combate,
mas ele próprio permanece dentro da mesma o tempo suficiente para que o resultado
da técnica seja claramente visível, a técnica será considerada válida. Quando uma
projeção é iniciada com os dois competidores dentro da área de combate, mas
durante a projeção, o competidor a ser projetado sai da área de combate, a ação
poderá ser considerada para efeitos de pontuação, se a projeção for ininterrupta e o
competidor que executa a projeção continuar dentro da área de combate o tempo
suficiente para que o resultado da ação seja claramente aparente.
b. Em Ne-waza, a ação é válida e poderá continuar enquanto qualquer dos
competidores tiver alguma parte do corpo em contato com a área de combate.
c. Se no decurso de um ataque como O-Uchi-Gari ou Ko-Uchi-Gari o pé ou a perna do
Tori sai da área de combate e se move sobre o tapete na área de segurança, a ação
65
será considerada válida para efeitos de pontuação, desde que o Tori não coloque
nenhum peso sobre o pé ou perna enquanto permanece fora da área de combate.
No caso em que o Tori perca o contato com o tapete e caia fora da área de combate durante
a execução de uma projeção, a técnica só será considerada para efeitos de pontuação se o
Uke cair antes de qualquer parte do corpo do Tori tocar fora da área de combate.
Como a zona perigosa faz parte da área de combate, qualquer competidor cujos pés toquem
ainda a zona perigosa, na posição de pé, deve ser considerado como estando dentro da
área de combate.
Ao executar Sutemi-waza, uma projeção é considerada válida se o Tori tiver metade ou mais
de metade do seu corpo dentro da zona de combate (portanto, nenhum dos pés do Tori
deverá deixar a área de combate antes que as suas costas ou ancas toquem o tapete).
Se o atleta que projeta cair fora da área de combate enquanto decorre uma projeção, a ação
apenas será considerada para efeitos de pontuação se o corpo do oponente tocar o tapete
antes do corpo daquele que projeta. Portanto, se um joelho, mão ou qualquer parte do corpo
do atleta que projeta tocar na área de segurança antes do seu oponente, qualquer resultado
obtido não será considerado.
Uma vez iniciado o combate os competidores apenas poderão sair da área de competição,
se for dada permissão pelo árbitro. A permissão será apenas concedida em circunstâncias
excepcionais, tais como a necessidade de trocar o Judogui que não esteja de acordo com o
artigo 3 ou que esteja sujo ou rasgado.
A duração dos combates e a forma de competição deve ser determinada de acordo com o
Regulamento do Torneio.
66
O árbitro deve estar informado da duração dos combates antes de entrar para a área de
competição.
O período de tempo decorrido entre o anúncio de Mate e Hajime e entre Sono-mama e Yoshi
por parte do árbitro, não contará para a duração do combate.
O fim do tempo determinado para o combate será indicado ao árbitro pelo soar de uma
campainha ou de outro método audível semelhante.
O sinal sonoro deve ser suficientemente audível para ser ouvido acima do ruído dos
espectadores.
Qualquer técnica aplicada depois de soar a campainha ou qualquer outro sinal sonoro
indicador do fim do combate, não será válida, mesmo que o árbitro não tenha ainda
anunciado Sore-made.
Embora uma técnica de projeção possa ser aplicada simultaneamente com a campainha, se
o árbitro decidir que ela não foi efetivamente coincidente, este deverá anunciar Sore-made.
Antes do início de cada competição o árbitro e os juizes deverão estar juntos, dentro do
limite da área de competição (e centrados) e devem saudar o Joseki antes de tomarem os
seus lugares. Para deixarem a área de competição deverão igualmente saudar o Joseki.
O árbitro e os juizes devem estar sempre em posição de iniciar o combate antes da chegada
dos competidores à área de combate. O árbitro deverá estar ao centro, dois metros atrás da
linha que separa os competidores no início do combate. O árbitro deve estar de frente para a
mesa dos cronometristas e marcadores.
Os competidores poderão mudar de posição de pé para Ne-waza nos casos seguintes, mas
o árbitro poderá ordenar a ambos que retomem a posição de pé, se o emprego da técnica
não for contínuo:
Quando um competidor puxa o seu oponente para Ne-waza sem ser de acordo com o artigo
16 e o seu oponente não aproveita para continuar em Ne-waza, o árbitro deverá anunciar
Mate, parará o combate e aplicará shido ao competidor que infringiu o artigo 27.
O árbitro anunciará Mate para interromper temporariamente o combate nos seguintes casos,
anunciando "Hajime" para recomeçar:
Ao anunciar Mate, o árbitro deve ter o cuidado de manter os competidores no seu campo de
visão, para o caso de eles não terem ouvido a voz de Mate e continuarem a lutar.
O árbitro não deverá anunciar Mate para evitar que os competidores saiam da área de
combate, a menos que a situação seja considerada perigosa.
O árbitro não deverá anunciar Mate quando um competidor que escapou, por exemplo, a
Osaekomi, Shime-waza, Kansetsu-waza, parece necessitar de um repouso ou pede para
descansar.
O árbitro anunciará Mate quando um competidor que está deitado no tapete de barriga para
baixo, com o adversário às costas, consegue levantar-se e as suas mãos ficam livres do
tapete, indicando a perda de controle por parte do oponente.
Depois do anúncio de Mate, os competidores deverão voltar o mais depressa possível para a
posição em que iniciaram o combate.
ARTIGO 18 – SONO-MAMA
Em qualquer caso em que o árbitro deseje parar temporariamente o combate, por exemplo,
para se dirigir a um ou a ambos os competidores sem que estes alterem as suas posições,
ou para atribuir uma penalidade sem que o competidor que não é penalizado perca a sua
posição vantajosa, o árbitro anunciará Sonomama. Para recomeçar o combate anunciará
Yoshi. Sonomama só poderá ser aplicado em Ne-waza.
Sempre que o árbitro anuncie Sonomama, deverá ter o cuidado de verificar que não existe
mudança de posição ou pegas de qualquer dos competidores.
Se, durante o Ne-waza um competidor mostra sinais de lesão, o árbitro deverá anunciar
Sonomama se tal for necessário e depois colocar os competidores na posição que
mantinham antes de ser anunciado Sonomama – e depois anunciar Yoshi.
70
Antes do anuncio de Hantei, o árbitro e juizes devem ter avaliado qual o competidor
que eles consideram ser o vencedor, tendo em consideração as diferenças
verificadas na atitude durante o combate ou na habilidade e eficiência das técnicas.
O árbitro adicionará a sua opinião à dos juizes e declarará o resultado de acordo com
a maioria das três opiniões.
O árbitro deve indicar aos atletas para ajustarem os seus judogui, se necessário, antes de
indicar o resultado.
Após o árbitro ter indicado o resultado do combate, os competidores deverão dar um passo
atrás para as respectivas linhas azul e branca, efetuando a saudação de pé abandonando a
área de combate.
Uma vez que o árbitro tenha anunciado o resultado do combate aos competidores, não lhe
será possível alterar esta decisão depois da equipa de arbitragem ter abandonado a área de
competição.
Se o árbitro indicar como vencedor o atleta errado, os dois juizes devem assegurar-se de
que o árbitro altera a decisão errada, antes que a equipa de arbitragem abandone a área de
competição.
Todas as ações e decisões tomadas de acordo com a regra de maioria de três pelo árbitro e
juizes serão definitivas e sem apelo.
ARTIGO 20 – IPPON
O árbitro anunciará Ippon quando, na sua opinião uma técnica aplicada corresponde aos
critérios seguintes:
Técnicas simultâneas – Quando ambos os competidores caem no tapete depois daquilo que
parece tratar-se de ataques simultâneos e o árbitro e juizes não podem julgar qual a técnica
dominante – não deverá ser atribuído nenhum resultado.
O uso de Kansetsu-waza utilizado para projetar o adversário não será considerado para
efeitos de pontuação.
ARTIGO 21 – WAZA-ARI-AWASETE-IPPON
Se um competidor obtiver um segundo Waza-ari num combate (ver artigo 23), o árbitro
deverá anunciar Waza-ari-awasete-ippon.
ARTIGO 23 – WAZA-ARI
O árbitro anunciará Waza-ari quando , na sua opinião, a técnica aplicada corresponde aos
seguintes critérios:
a. Quando um competidor projeta o seu adversário com controlo, mas a técnica carece
parcialmente num dos quatro elementos necessários para Ippon (ver artigo 20 (a) e
Apêndice).
b. Quando um competidor controla o seu adversário com Osaekomi-waza e este último
é incapaz de sair da imobilização durante 20 segundos ou mais, mas menos que 25
segundos.
73
Embora o critério para Ippon- claramente de costas, com velocidade e força possa ser
evidente numa projeção como seja Tomoe-nage, se houver interrupção numa projeção,
Waza-ari é o máximo que deverá ser atribuído.
ARTIGO 24 – YUKO
O árbitro anunciará Yuko quando, na sua opinião, a técnica aplicada corresponde aos
seguintes critérios:
Exemplos:
ARTIGO 25 – KOKA
O árbitro anunciará Koka quando, na sua opinião, a técnica aplicada corresponde aos
seguintes critérios:
74
Projetar um oponente sobre a frente do corpo, joelhos, mão ou cotovelo, contará apenas
como qualquer outro ataque. Da mesma maneira um Osaekomi até 9 segundos será contado
como um ataque.
ARTIGO 26 – OSAE-KOMI-WAZA
O árbitro anunciará Osaekomi quando, na sua opinião, a técnica aplicada corresponde aos
seguintes critérios:
a. O competidor imobilizado deve estar controlado pelo seu adversário e deve ter as
suas costas, os dois ombros ou um ombro em contato com o tapete.
b. O controlo pode ser feito de lado, por trás ou por cima.
c. O competidor que está a imobilizar não deve ter a(s) sua(s) perna(s) ou corpo
controlado pelas pernas do adversário.
d. Pelo menos um dos competidores deve ter qualquer parte do seu corpo em contato
com a área de combate quando do anuncio do Osaekomi.
e. O competidor que está a imobilizar deverá ter o corpo em posição quer de Kesa ou
Shiho, por exemplo semelhante às técnicas de Kesa-gatame ou Kami-shiho-gatame.
Se um competidor que está a controlar o seu adversário em Osaekomi, muda para outro
Oseakomi, sem perder controle, o tempo de Osaekomi continuará até que seja anunciado
Ippon (ou Waza-ari ou equivalente no caso de Waza-ari-awasete-ippon) ou Toketa ou Mate.
Se ambos os juizes estão de acordo em que existe uma situação de Osaekomi, mas o
árbitro não o anunciou - deverão efetuar o sinal de Osaekomi e, pela regra da maioria de
três, o árbitro anunciará Osaekomi imediatamente.
O árbitro anunciará Mate no caso de Osaekomi no limite, quando uma parte do competidor
ainda em contato com a área de combate, fica no ar (por exemplo, é levantada e perde o
contato com o tatame).
Deve ser anunciado Toketa se, durante o Osaekomi o competidor que está a ser imobilizado
é bem sucedido em controlar "em tesoura" a perna do adversário, quer por cima quer por
baixo da perna.
Em situações em que as costas do Uke deixam de estar em contato com o tapete (por
exemplo "ponte"), mas o Tori mantém o controlo, o Osaekomi continuará.
A divisão das infrações anteriormente era em shido, chui e keikoku atribuídas de acordo com
a infração realizada. Atualmente, é aplicado o shido de forma acumulativa, até a terceira vez,
na quarta se aplica o hansoku-make, muito embora, dependendo da infração poderá receber
o hansoku-make sem ter sido penalizado por nenhum shido.
Sempre que um árbitro atribua uma penalidade, deve demonstrar com um ato simples a
razão para tal penalidade pode ser dado após a voz de Soremade para qualquer ato proibido
durante o tempo real de combate, em situações excepcionais, para atos realizados depois do
final do combate, desde que a decisão não tenha sido dada.
iii. Efetuar uma ação que dê a impressão de um ataque mas que mostra
claramente que não há a mínima intenção de projetar o adversário. (FALSO
ATAQUE)
iv. Permanecer de pé, com os dois pés completamente na zona perigosa A NÃO
SER QUE – para começar um ataque, executar um ataque, contra-atacar ou
defender-se de um ataque. (Geralmente mais de 5 segundos)
v. Na posição de pé, segurar continuamente a extremidade da(s) manga(s) do
adversário com intenção defensiva (Geralmente mais de 5 segundos) ou
agarrar a manga torcendo-a.
vi. Na posição de pé, manter continuamente os dedos do adversário de uma ou
duas mãos entrelaçados, com o intuito de evitar qualquer ação no
combate.(Geralmente mais de 5 segundos)
vii. Intencionalmente desarranjar o próprio judogui ou desapertar e apertar o cinto
ou as calças, sem autorização do árbitro.
viii. Puxar o adversário para o chão de forma a iniciar Ne-waza a menos que
esteja de acordo com o artigo 16.
ix. Inserir um ou mais dedos dentro da manga do adversário ou na extremidade
inferior das calças deste último, ou ainda agarrar-lhe a manga torcendo-a.
x. Na posição de pé, efetuar qualquer pega que não seja a "normal" sem atacar.
(Geralmente de 3 a 5 segundos)
xi. Na posição de pé, após o Kumi-kata ter sido estabelecido, não realizar
qualquer movimento de ataque. (ver Apêndice NÃO COMBATIVIDADE).
xii. Na posição de pé, agarrar-se ao pé(s), perna(s) ou perna(s) das calças do
adversário, com a(s) mão(s) a menos que se tente simultaneamente realizar
uma técnica de projeção.
xiii. Enrolar a extremidade do cinto ou do casaco à volta de qualquer parte do
corpo do adversário.
xiv. Colocar o judogui na boca.
xv. Colocar a mão, braço, pé ou perna diretamente na face do adversário.
xvi. Colocar o pé ou perna no cinto, gola ou lapela do adversário.
xvii. Aplicar Shime-waza usando a extremidade do casaco ou cinto, ou usando
apenas os dedos..
xviii. Aplicar "tesoura de pernas" ao tronco (dojime) , pescoço ou cabeça do
adversário (tesoura com os pés cruzados enquanto estica as pernas).
xix. Bater com o joelho ou pé a mão ou braço do adversário, com o intuito de o
fazer largar a pega.
xx. Dobrar para trás o(s) dedo(s) do adversário com o intuito de o obrigar a largar
a pega.
xxi. De Tachi-waza ou Ne-waza sair da área de combate ou intencionalmente
forçar o adversário a sair da área de combate.(ver artigo 9 – "Exceções")
iv. Varrer a perna de apoio do adversário da parte de dentro, quando este está
aplicar uma técnica como seja Harai-goshi, etc.
v. Desrespeitar as instruções do árbitro.
vi. Fazer comentários desnecessários, observações ou gestos pejorativos ao
adversário ou ao árbitro durante o combate..
vii. Realizar quaquer ação que possa por em perigo ou lesionar o adversário,
especialmente no pescoço ou coluna vertebral, ou estar contra o espírito do
judô.
viii. Cair diretamente no tapete enquanto aplica ou tenta aplicar técnicas tais
como Waki-gatame.
ix. Mergulhar de cabeça no tapete, inclinado-se para a frente e para baixo,
enquanto executa ou tenta executar técnicas como Uchi-mata, Harai-goshi,
etc.
x. Atirar-se para trás intencionalmente quando o adversário está a agarrar-se às
costas e quando qualquer dos competidores tem o controlo do movimento do
adversário.
xi. Usar um objeto rígido ou metálico (coberto ou não).
Antes de atribuir Hansoku-make, o árbitro deverá consultar os juizes e tomar a sua decisão
de acordo com a regra de maioria de três. Quando ambos os competidores infrinjam as
regras em simultâneo cada um será penalizado de acordo com o grau de infração. Não
obstante, a equipe de arbitragem poderá tomar a sua decisão final neste assunto de acordo
com o artigo 30 – Situações não cobertas pelas regras.
Quando um dos competidores puxa o adversário para Ne-waza sem ser de acordo com o
artigo 16 e o seu opositor não aproveita para continuar em Ne-waza, o árbitro anunciará
Mate, parando temporariamente o combate e castigará com Shido o competidor que infringiu
o artigo 16.
A decisão de Fusen-gashi deve ser dada ao competidor cujo adversário não compareça ao
seu combate. Um competidor que não esteja na posição inicial depois de três (3) chamadas
com um (1) minuto de intervalo, perderá o combate.
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O árbitro deve estar seguro antes de dar a decisão de Fusen-gashi, que recebeu autorização
para o fazer da Comissão de Arbitragem.
Em caso de lesão o médico poderá ser chamado apenas para averiguação do caso. Se tocar
no atleta e/ou afirmar que o mesmo não se encontra em condições de continuar o combate,
o juiz atribuirá final de luta e vitória para seu oponente.
Quando surgir qualquer situação não abrangida pelas regras, ela será resolvida e a decisão
dada pelos árbitros depois de consultada a Comissão de Arbitragem.
GUIA DA SAUDAÇÃO
Uma parte da etiqueta do judô, o Rei, é uma tradição que reflete o respeito e disciplina, que
permite que tornem únicas as atividades do nosso desporto. O guia da saudação, deverá
como tal ser seguido de uma forma respeitosa.
ÁRBITRO E JUIZES
1. A seguir ao último combate de cada sessão e depois do resultado ter sido anunciado,
para além do explicitado no sub-artigo 9.6, o árbitro e os juizes devem caminhar em
direção à zona perigosa e uma vez lá dentro, de frente para o Joseki, lado a lado com
o árbitro no centro, devem saudar o Joseki.
2. Enquanto na zona perigosa, o árbitro dá um passo atrás e os juizes voltam-se um
para o outro para se saudarem e finalmente os três saúdam-se entre si.
3. Árbitro e juizes caminham então em direção ao limite da área de competição para
uma posição central, de frente para o Joseki, com o árbitro no meio, saúdam em
direção ao Joseki e depois abandonam a área de competição.
COMPETIDORES
Aos competidores requer-se adesão aos princípios gerais do guia da saudação e às regras
de arbitragem da FIJ. Aos competidores que não saúdem de acordo com o disposto nestas
diretrizes, ser-lhes-á pedido que o façam. Aqueles que recusem será comunicado ao Diretor
Desportivo da FIJ ou ao Diretor do Torneio. Sob a autoridade dos diretores do evento, o
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A etiqueta da saudação do judô, coloca este desporto à parte dos restantes desportos
internacionais. Os gestos são de respeito, apreciação e cortesia. O árbitro e os juizes têm
um papel fundamental em manter este fato único, certificando-se de que a saudação é
realizada de acordo com este princípio geral.
82
REFERÊNCIAS
LASSERRE, R. Judo: manual prático. 2. ed. São Paulo: Editorial Mestre Jou, 1975.
292 p.
TEGNER, B. Guia completo de judô. 7 ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 1969.