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BÁSICO EM

SEGURANÇA DA
AVIAÇÃO CIVIL
SUMÁRIO
MÓDULO 1
Evolução da Aviação Civil; Sistema de Aviação Civil; Arcabouço Legal;
Organização no Brasil; Ameaças contra a Aviação Civil; Organização da
Segurança no Aeroporto._____________________________________________2

MÓDULO 2
Sistema de Credenciamento; ____________________14

MÓDULO 3
Controle de Acesso de Pessoas; Controle de Acesso de Veículos. ___________19

MÓDULO 4
PLEM; Emergência e Prevenção de Incêndio; Procedimento de
Radiocomunicação. _______________________________________________ 26

MÓDULO 5
Equipamentos de Inspeção; Procedimentos de Calibração e Manutenção;
Operacionalidade do Raio X; ________________________________________29

MÓDULO 6
Identificação de Passageiros; Inspeção e Revista de Passageiros; Inspeção Física
da Bagagem de Mão; Embarque de Passageiro Armado; Situações Especiais. _38

MÓDULO 7
Proteção de Aeronaves; Reconciliação de Bagagens; Varredura de Aeronaves; 54

MÓDULO 8
Proteção da Carga Aérea; Terminal de Cargas; Transporte Aéreo de Valores; _59

MÓDULO 9
Inspeção e Proteção de Área Estéril; Níveis de Inspeção; Ameaça de Bomba;
Assessoria de Avaliação de Risco; Ações de Contingência; Plano de Contingência.
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INTRODUÇÃO

Desde o primeiro vôo oficializado, quando Santos Dumont sobrevoou Paris, a


aviação evoluiu como todo o Mundo. De 1906 a 1914 consolidou-se como um
eficiente meio de transporte, porém como em todo desenvolvimento, apareceram
os percalços. Com a Primeira Grande Guerra, os países mais poderosos em
material bélico transformaram os inventos voadores em verdadeiras armas de
combate ao inimigo.
Cessada a Guerra, viu-se a necessidade de regulamentar a crescente Aviação
Civil nos calcanhares da Aviação Militar, fazendo uso das inovações aplicadas aos
aviões por esta, e o embrião em termos de organização internacional foi quando
os países se reuniram na chamada Convenção de Paris em 1919 e criaram a
CINA (Comissão Internacional de Navegação Aérea).
A Convenção de Varsóvia, nesta cidade, veio para disciplinar as empresas aéreas
referente a qualquer prejuízo causado aos passageiros, bagagens e cargas
transportadas, surgem os bilhetes de passagem e os documentos de carga aérea.
Tudo que estava em andamento em termos de padronização e organização foi
prejudicado pelo advento da Segunda Guerra Mundial, dificultando o transito
internacional de passageiros, aeronaves e tripulações.
A partir de 1944/45 é como se reiniciasse todo o processo, agora sem fim, da
evolução da aviação civil cada vez mais forte, do 14BIS (1 passageiro) ao Air Bus
380 (800passageiros), e com isso um novo e relevante percalço, a atenção dos
Grupos terroristas, Facções criminosas e Loucos de toda espécie. Daí a
importância da Segurança da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita na
proteção de vidas humanas.

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MÓDULO 1
EVOLUÇÃO DA AVIAÇÃO CIVIL

Ao final da 1ª grande guerra (1914/1918), a aviação prendia a atenção geral e os


governos dos estados aliados consideravam-na com particular interesse,
impressionados com suas realizações bélicas. Já se vislumbravam as suas reais
possibilidades futuras de um novo campo industrial, ou seja, o transporte de
cargas e passageiros.
Em 11 de Setembro de 1944, o governo dos Estados Unidos dirigiu um convite às
Nações Unidas e Associadas, às Nações neutras da Europa e da Ásia e aos
Ministros da Dinamarca e do Sião acreditados em Washington, para uma
Conferência sobre a Aviação Civil no pós guerra, especialmente quanto ao
transporte aéreo internacional.
Convenção de Paris (1919) criação da Comissão Internacional de Navegação
Aérea (CINA), embrião da atual organização de aviação civil internacional (OACI ).
Convenção de Varsovia (1929) procurou disciplinar a responsabilidade do
transportador por danos ocasionados; padronizar os documentos de transporte,
unificando regras, bilhetes de passagens e conhecimentos aéreos de transporte.
Convenção de Chicago (1944) regulamentou as atividades da aviação civil de
uma forma geral e criou a OACI ou ICAO – Organização da Aviação Civil
Internacional.

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A Convenção de Chicago estabeleceu diretrizes e normatizou procedimentos para
a aviação civil, envolvendo, principalmente, dois aspectos: o TÉCNICO e o
ECONÔMICO. O aspecto técnico visava a padronização de técnicas e
procedimentos nas operações de aeroportos e aeronaves com o objetivo de um
transporte aéreo ORDENADO, EFICIENTE E SEGURO. Já o aspecto
econômico envolvia: o transporte aéreo como instrumento econômico, com o
objetivo de incentivar as relações comerciais através de acordos de transporte
aéreo; os procedimentos de proteção ao passageiro, como por exemplo, relação a
passagens aéreas, bagagem e atendimento ao passageiro.
A Convenção de Aviação Civil Internacional, em seu artigo 1º, reconhece ter cada
Estado a SOBERANIA exclusiva e absoluta sobre o espaço aéreo de seu
território. Já o artigo 2º considera como território de um estado a extensão
terrestre e as águas territoriais adjacentes sob a soberania, a jurisdição, a
proteção ou o mandato do citado estado.
“ART. 37º - Os Estados Contratantes se comprometem a colaborar com o
cumprimento das normas e métodos recomendados nos Anexos à
Convenção.”
“ART. 38º - Qualquer Estado Contratante que considere impraticável cumprir,
em todos seus aspectos, qualquer norma ou método recomendado,
notificará imediatamente à OACI suas diferenças.”

ESTRUTURA DA OACI
A ASSEMBLÉIA GERAL, o poder máximo da organização, é constituída por todos
os Estados contratantes (190). Reúne-se normalmente de três em três anos,
podendo se reunir extraordinariamente a pedido de dez Estados, ou por
convocação do Conselho. Durante suas reuniões faz a análise dos trabalhos
realizados no período anterior e planeja as atividades para os três anos seguintes.
O CONSELHO - um dos órgãos permanentes, é composto por Estados
representados por seus delegados, é o poder dirigente da OACI em nível político.
Seus componentes são eleitos pela assembleia geral a cada triênio, e divididos

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em três grupos, obedecendo a critérios como a importância na Aviação Civil e
representatividade regional. Cabe ressaltar que o Brasil faz parte do primeiro
grupo desde a criação da OACI, deve-se isso aos seus 8,5 milhões de km de
espaço soberano que permite abrir portas para o Continente Africano, Europa e
Oriente Médio.

ANEXOS TÉCNICOS DA OACI


ANEXO 1 - Licença de Pessoal
ANEXO 2 - Regras do Ar
ANEXO 3 - Serviço Meteorológico para a Navegação Aérea Internacional
ANEXO 4 - Cartas Aeronáuticas
ANEXO 5 - Unidades de Medida a serem usadas nas operações no ar/ terra
ANEXO 6 - Operação de Aeronaves
ANEXO 7 - Marcas de Nacionalidade e de Matrícula de Aeronaves
ANEXO 8 - Aeronavegabilidade
ANEXO 9 - Facilitação
ANEXO 10 - Telecomunicações Aeronáuticas:
Volume I - - Parte I - Equipamento e Sistemas
- Parte II - Rádio - Freqüência
Volume II - Procedimentos das Comunicações
ANEXO 11 - Serviços de Tráfego Aéreo
ANEXO 12 - Busca e Salvamento
ANEXO 13 - Investigação de Acidentes de Aeronaves
ANEXO 14 - Aeroportos
ANEXO 15 - Informações Aeronáuticas
ANEXO 16 - Proteção ao Meio Ambiente
ANEXO 17 – Segurança: Proteção da aviação civil internacional contra
atos de interferência Ilícita
ANEXO 18 - Transporte com segurança de Materiais Perigosos por Via
Aérea

4
SEDE
A organização tem o status de uma Agência Especializada das NAÇÕES UNIDAS
e sua sede localiza-se em Montreal (Canadá) e lá a administração brasileira é
representada pelo MRE - Ministério de Relações Exteriores, DECEA –
Departamento de Defesa e Controle do Espaço Aéreo, e ANAC – Agência
Nacional de Aviação Civil cujo objetivo tem sido acompanhar e defender os
interesses do país nesse campo específico; essa representação, através do nosso
delegado, é o elo entre a OACI e o Governo Brasileiro.

IATA – ASSOCIAÇÃO DE TRANSPORTE AÉREO INTERNACIONAL


A Convenção de Chicago tratou, com sucesso, do estabelecimento de um marco
legal estatal para o transporte aéreo, mas quando da tentativa de abordagem de
aspectos econômicos e comerciais, surgiram dificuldades insuperáveis. Conclui-se
então que os temas empresariais seriam mais bem examinados pelas próprias
empresas. Desta forma, as empresas se reuniram paralelamente e verificaram que
havia necessidade de coordenar, de forma multilateral, sem redução de sua
competência e personalidade, certos aspectos de interesse mútuo. Esse era o ano
de 1944 e, no ano seguinte, em Abril, na cidade de Havana (Cuba), foi criada a
IATA, que a partir de então se denominou “Associação Internacional de
Transporte Aéreo”.

Enquanto a OACI é uma entidade pública, a IATA é uma entidade privada. São as
duas faces de uma mesma moeda. Não tem fins lucrativos, e sua manutenção
está baseada nas quotas que as empresas pagam.

SRI – Superintendência de Relações Internacionais da ANAC

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A Superintendência de Relações Internacionais da ANAC visa o estudo, o
planejamento, a orientação e a coordenação dos assuntos relativos à aviação civil
internacional. A ANAC, através da SRI, tem orientado as suas relações
aeronáuticas internacionais, visando aos interesses aero comerciais brasileiros e
também ao bom relacionamento com as nações amigas.

Ponto de Contato com a OACI (POC): pessoa da ANAC responsável por enviar
à OACI todas as informações pertinentes, relativas aos aspectos de segurança
dos atos de interferência ilícita, o mais breve possível, após a solução do caso,
conforme o modelo estabelecido no Documento - 8973 da OACI.

Conferência de Alto Nível Ministerial, Montreal em fevereiro de 2002, para


estabelecer novas medidas de segurança após o 11 de setembro.

Legislação Internacional Legislação Brasileira

ANEXO 17 ICAO Decreto 7168 - PNAVSEC


DOCUMENTO 8973 ICAO IAC 107 1004 A
Resoluções ANAC
RBAC

ANEXO 17 - Proteção da Aviação Civil Internacional contra Atos de Interferência


Ilícita.
DOC 8973 - Manual de Segurança para proteção da Aviação Civil Contra Atos de
Interferência Ilícita.
Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil – PNAVSEC (Decreto 7.168)
de 05 de maio de 2010: Dispõe sobre a Proteção da Aviação Civil, garantindo-lhe
a segurança, regularidade e eficiência.
IAC 107 1004 A – Controle de Acesso às Áreas Operacionais e Restritas de
um Aeroporto

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SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL BRASILEIRO
OBJETIVO
Dotar o Ministério da Defesa de instrumentos e ferramentas eficazes para o
adequado desenvolvimento, planejamento e controle, o necessário suporte e o
ordenado funcionamento das atividades de aviação civil no Brasil, de forma ágil,
segura, eficiente e econômica.
1. Órgão regulador central do Sistema de Aviação Civil.
2. Organizações Militares da Aeronáutica cujas atividades são
partilhadas com a Força Aérea e a Aviação Civil.
3. Organizações estranhas à Aeronáutica, que constituem os elos
executivos, por estarem voltadas para a atividade-fim do SAC.
4. Organizações da esfera pública federal, estadual e municipal,
envolvidas com a administração e o desenvolvimento da infraestrutura
aeroportuária e integração modal.
5. Civis e militares designados e/ou credenciados para exercerem
funções de fiscalização, de inspeção, de avaliação e/ou de execução
de serviços técnicos especializados.
6. Comissões, conselhos e sistemas de funcionamento integrado com o
SAC, voltados para a consecução do objetivo do SAC.

LEI Nº. 11.182, DE 27 DE SETEMBRO DE 2005 cria a ANAC – Agência


Nacional de Aviação Civil, Órgão regulador central do Sistema de Aviação Civil
Brasileiro.

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AMEAÇAS CONTRA A AVIAÇÃO CIVIL

Riscos à segurança da aviação civil:


Tipos de ataques:
Ataque com explosão; Seqüestro; Ataque armado ( Rapto, seqüestro, ocupação
armada, refém); Incêndio; Químico1/ Biológico2/ Radiológico3/ Nuclear4;
Cibernético.
Critério de Seleção de Alvos Terroristas:
Valor simbólico; Potencial para perdas (vítimas); Acessibilidade geográfica;
Atividades operacionais; Valor econômico; Vulnerabilidade;
Histórico de atentados:
21 de dezembro de 1988 – uma bomba explode dentro de um Boeing 747 da PAN
AM e os destroços caem sobre a cidade de Lockerbie na Escócia. Morrem 269
pessoas.
11 de setembro de 2001 - Membros do grupo islâmico Al-Qaeda sequestram
quatro aeronaves, fazendo duas delas colidirem contra as duas torres do World
Trade Center em Manhattan, Nova Iorque, e uma terceira contra o quartel general
do departamento de defesa dos Estados Unidos, o Pentágono.

1
Gás lacrimogêneo, gás de mostarda
2
Bactérias, vírus e fungos. Antrax
3
Material radioativo de hospitais, indústrias e laboratórios.
4
Bombas de nêutrons, urânio empobrecido, plutônio. Hiroshima
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DOCUMENTOS REGULATÓRIOS BRASILEIROS

IAC 107-1001 - O Programa de Segurança Aeroportuária (PSA) é documento


elaborado pela Administração de cada aeroporto, aprovado pela ANAC e
obrigatório para aeródromos públicos onde operem vôos:
internacionais, regulares ou não, de empresa aérea nacional ou
estrangeira;
nacionais regulares de empresa aérea nacional utilizando aeronave
com capacidade superior a 60 (sessenta) assentos ou que tenha peso
máximo de decolagem (PMD) superior a 45.500 Kg; e
sempre que for julgado necessário ou requerido pela Autoridade da
Aviação Civil.

IAC 107-1003 – Comissão de Segurança Aeroportuária é um fórum de


assessoramento, onde são tratadas e avaliadas as medidas de segurança de um
aeroporto, sendo os seus trabalhos realizados com a coordenação entre todos os
envolvidos na segurança da aviação civil, visando a proteger as suas atividades
contra atos de interferência ilícita. A CSA é a comissão que reúne, regular ou
extraordinariamente, as organizações e representantes de empresas com
atividades operacionais nos aeroportos públicos brasileiros, envolvidos com a
segurança da aviação civil, para tratar dos aspectos relacionados ao PSA –
Programa de Segurança Aeroportuária e deverá ser ativada por ato do
administrador aeroportuário.
Em cada aeroporto público onde operem empresas aéreas, com
aeronaves acima de 60 assentos, deverá ser ativada a Comissão de
Segurança Aeroportuária (CSA).
Nos aeroportos onde operem empresas aéreas, com aeronaves de 31
até 60 assentos, a ativação da CSA será facultativa, devendo, no
entanto, encaminhar anualmente à ANAC relatório das condições de
segurança do aeroporto.

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Nos aeroportos onde operem empresas aéreas, com aeronaves de
menos de 31 assentos, ficará a cargo da empresa aérea providenciar
relatório de segurança para o administrador aeroportuário,
encaminhando cópia ao setor competente da ANAC.
Nos aeroportos listados abaixo, a CSA será implementada em caráter
obrigatório, devendo se reunir ordinariamente a cada 06 (seis) meses:
Júlio César - SBJC – PA Carlos Prates - SBPR – MG
Jacarepaguá - SBJR – RJ Campo de Marte - SBMT – SP
Macaé - SBME – RJ Bacacheri - SBBI – PR
A ANAC, independentemente do tipo e freqüência das operações,
poderá requisitar a instalação de uma CSA, em qualquer aeroporto
civil brasileiro.

IAC 107-1008 – O Plano de Segurança de Empresa de Serviços e


Concessionários Aeroportuários (PSESCA) é o documento elaborado pelas
empresas de serviços auxiliares de transporte aéreo (ESATA), de provisões de
serviço de bordo (Comissaria/EPSB), de provisões de bordo (EPB), de
abastecimento de combustível (EABST), de manutenção de aeronave (EMNT),
Correios, e outros concessionários aeroportuários, com o objetivo de evitar que,
através de suas instalações e/ou por meio de serviços prestados por estas, atos
de interferência ilícita contra a aviação civil possam vir a ser praticados. Os
concessionários cujas instalações abranjam a divisa entre o lado ar e o lado
terra do aeroporto, bem como aquelas localizadas em área restrita ou
controlada devem elaborar um PSESCA, em coordenação com a AAL, de
acordo com o PSA e atos normativos da ANAC. As empresas aéreas somente
poderão contratar os serviços das empresas prestadoras de serviço e
concessionários se essas possuírem um PSESCA aprovado.

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Resolução 63 – Certificado de Habilitação em Segurança (CHS)
Estrutura AVSEC
Foram criados os seguintes Certificados de Habilitação em Segurança da Aviação
Civil (CHS), Profissionais AVSEC:
AVSEC AGENTE – agente sem especialização;
AVSEC RAIOS X – agente habilitado a operar equipamento de Raios X;
AVSEC INSTRUTOR – profissional habilitado como instrutor de
segurança;
AVSEC AUDITOR – especialista habilitado como auditor de segurança;
AVSEC INSPETOR - especialista habilitado como inspetor de
segurança;
AVSEC SUPERVISOR – pessoa habilitada como supervisor de
segurança;
AVSEC GERENTE – pessoa habilitada como gerente de segurança.

Estrutura AVSEC (CURSOS)

Básico AVSEC (val. 01 ano)


Operador de Raios-x AVSEC (val. 01 ano)
Supervisor AVSEC (val. 02 anos)
GERAM
Gerenciamento AVSEC (val. 02 anos)
CHS
Instrutor AVSEC (val. 03 anos)
Auditor / Inspetor AVSEC (val. 03 anos)

Familiarização (val. 02 anos)


AVSEC para Tripulação (val. 02 anos)
NÃO GERAM
Atendimento PAX/SOLO/CARGA (val. 02 anos)
CHS
Órgãos Públicos (val. 02 anos)
Vigilante Aeroportuario (val. 02 anos)

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Pre – requisito:
Agentes AVSEC
Módulo Básico e Operador de Raio-x
Supervisores AVSEC
Módulo Básico , Operador de Raio-x e Supervisor
Gerentes AVSEC
Módulo Básico e Gerenciamento

Perspectiva da Carreira AVSEC:


De Agente de Segurança a Supervisor.
De Supervisor a Gerente.
De Gerente e Supervisor a Instrutor AVSEC

IAC 108-1001– Os Programas de Segurança de Empresa Aérea (PSEA) são


documentos de caráter reservado, elaborados pela Empresa Aérea (EA)
aprovados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), com base na
legislação aeronáutica brasileira e nas normas internacionais aplicáveis. Os
programas descrevem as medidas e procedimentos de segurança da aviação civil
(AVSEC) a serem implementados, visando à proteção da aviação civil contra atos
de interferência ilícita, e define deveres e responsabilidades AVSEC da AAL, das
EA, dos Órgãos Públicos e de outras entidades com atividades no aeroporto. É
obrigatório para empresas:
estrangeira realizando transporte aéreo regular internacional de
passageiros e/ou carga;
empresa aérea nacional utilizando aeronave com capacidade superior
a 30 (trinta) assentos ou realizando transporte internacional de carga;
nacionais, sempre que requerido pela Autoridade da Aviação Civil.

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Para cada base onde opere a EA deve possuir um Apêndice ao seu PSEA
com os procedimentos de segurança específicos no aeroporto.
Os PSEA devem possuir como anexos o Programa de Controle de Qualidade
AVSEC, Programa de Instrução AVSEC e o Plano de Contingência.

ORGANIZAÇÃO DA SEGURANÇA DO AEROPORTO

LADO AR (PARTE AERONÁUTICA) – Área de movimentação de aeronaves de


um aeroporto e dos terrenos e edificações adjacentes, onde o acesso é controlado
LADO TERRA – Área de uso público onde o acesso não é controlado.

PONTOS SENSÍVEIS - Área, instalação ou outra facilidade aeroportuária que, se


avariada ou destruída, prejudicará o funcionamento normal do aeroporto.
Equipamentos de auxílio à navegação aérea (ILS, VOR, NDB e Radar), TWR ,
equipamentos de comunicação, instalações elétricas e de abastecimento de
combustível.

PONTOS VULNERÁVEIS - Área, instalação ou outra facilidade aeroportuária que


representa uma vulnerabilidade à segurança do aeroporto.
- Favelas no entorno do aeroporto, ausência de barreiras físicas ou em mal estado
de conservação, etc.
Áreas Públicas do Terminal de Passageiros
Os depósitos de guarda-volumes utilizados pelo público em geral devem estar
localizados em áreas externas ao TPS ou afastados dos pontos sensíveis ou
serem submetidos à inspeção de segurança pelo explorador do negócio, sob
supervisão da AAL.
O acesso a qualquer área de observação que proporcione visão das aeronaves
estacionadas, controle de acesso e saídas de emergência deve ser controlado por
pessoal especializado ou por meios eletrônicos.

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Barreiras de segurança: meios físicos constituídos de obstáculos, cercas, muros,
instalações ou quaisquer outros recursos artificiais ou naturais que possam
impedir o acesso de pessoas as áreas restritas de segurança, canalizando o
acesso a pontos de controle estabelecidos.

Objetivos do Programa de Segurança Aeroportuária


Descreve os procedimentos que regem os acessos de pessoas e veículos;
Designa as áreas de operações e as vias reservadas ao trânsito nas áreas de
acesso restrito e Indica o procedimento de segurança a ser adotado em todo
aeroporto.
MÓDULO 2
SISTEMA DE CREDENCIAMENTO

O credenciamento de pessoas e a autorização de veículos e equipamentos,


desde a solicitação até o cancelamento, são instrumentos imprescindíveis
para os controles de segurança do sistema aeroportuário e devem ser
gerenciados por setor específico da administração aeroportuária, dotado de
pessoal por ela designado. O setor de identificação e credenciamento deve
ser instalado em área controlada e o acesso às áreas de manuseio de
documentos e credenciais deve ser restrito ao pessoal designado pela
administração aeroportuária. A emissão e o controle de credenciais para acesso
às ARS devem ser feitos de acordo com as instruções complementares da ANAC,
observando-se os procedimentos estabelecidos no PSA e assegurando de que
sejam:
Solicitadas, por escrito, pelo Empregador devidamente cadastrado no
setor específico de credenciamento do aeroporto.
Apresentação do documento legal de identidade, comprovante de
vínculo empregatício, de pelo menos 3 meses, termo de
responsabilidade sobre o levantamento de dados e antecedentes
sociais do credenciado.

14
Verificadas quanto à sua necessidade, de acordo com a área ou setor
de atuação no aeroporto, com base nas justificativas apresentadas
pelo empregador.
Consultados o DPF, a Receita Federal e o Órgão de Segurança Pública
Estadual, a fim de evitar que pessoas suspeitas ou indesejáveis
recebam credenciais.
Concedidas para acesso limitado a determinadas áreas ou setores de
atuação no aeroporto, necessários ao desempenho do trabalho de
cada funcionário.
Portadas de maneira visível, na altura do peito ou em braçadeira,
durante o tempo de permanência nas ARS.
As Credenciais deverão conter, no mínimo: Nome do portador;
Número de registro do portador; Número do documento de identidade
(RG) ou CPF; Identificação do Empregador; Áreas às quais o acesso é
permitido; Fotografia do portador; Data de Validade.
Treinamentos específicos (AVSEC, SAFETY5, DIREÇÃO DEFENSIVA6)

ZONEAMENTO DE SEGURANÇA
É a classificação das áreas dentro do complexo aeroportuário, para fins de
credenciamento e controle, assegurando as operações sem prejuízo para a
segurança e possibilitando acesso ágil e seguro de pessoas e veículos.

Para fins de credenciamento, as áreas de um aeroporto são definidas como:


Áreas Públicas
Áreas Controladas (Comuns; Estéreis; Restritas; Alfandegadas)

ÁREAS PÚBLICAS: São aquelas destinadas à movimentação e permanência de


pessoas que se utilizam do aeroporto, nas quais não se exerce controle de

5
Segurança individual nas operações do aeroporto.
6
Normas para condução de veículos nas áreas internas do aeroporto.
15
credenciamento, a não ser das pessoas que nela prestam serviços em caráter
permanente ou temporário, mediante contrato de trabalho, contrato de locação,
convênio ou outro dispositivo legal.
ÁREAS CONTROLADAS COMUNS: São aquelas que não apresentam ligação
física com a parte aeronáutica do aeroporto. Porém, as atividades nelas exercidas
requerem a adoção de medidas de segurança exigindo-se, portanto, o uso
ostensivo do crachá de identificação. Fazem parte dessas áreas a parte
administrativa e comercial do aeroporto.

ÁREAS ESTÉREIS: Área previamente submetida a procedimentos de inspeção e


controle de segurança para garantir a inexistência de dispositivo ou objeto que
possa ser utilizado para a prática de ato de interferência ilícita.
ÁREAS RESTRITAS: Área do lado ar de um aeroporto, identificada como área
prioritária de risco, onde, além do controle de acesso, outros controles de
segurança são aplicados. Tal área normalmente inclui as áreas da aviação
comercial, de embarque de passageiros entre o ponto de inspeção e a aeronave,
rampa, áreas de bagagens, inclusive as áreas nas quais as aeronaves são
trazidas para operação e é realizada a inspeção de bagagem e carga, depósitos
de carga, centros de tratamento dos Correios, instalações para os serviços de
comissaria e instalações de limpeza das aeronaves, entre outras;
ÁREAS ALFANDEGADAS: Locais destinados às atividades da RFB para fins de
fiscalização aduaneira, estabelecidos na zona primária pela autoridade aduaneira,
após ouvir a administração aeroportuária, onde ocorrem trânsito, permanência,
depósito, desembaraço, recebimento e expedição de cargas, malas postais e
bagagens, procedentes do exterior ou a ele com destino

Credenciais do Aeroporto classificam-se em: Pessoas e Veículos.

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As credenciais de pessoas se subdividem em:
PERMANENTES: Credencial Aeroportuária; Credencial Oficial
OFICIAIS : cartão de identificação de pessoas que possam ingressar nas
ARS, no exercício de suas atividades funcionais , necessárias a operação
do aeroporto, de prevenção ou investigação de acidentes aeronáuticos ou
de fiscalização, previamente estabelecidas no PSA
NÃO-PERMANENTES: Temporária; Em serviço; Visita

O credenciamento de pessoas dentro do aeroporto segue, por força de


legislações, as especificações abaixo:
Credencial Permanente – até 2 anos
Credencial Temporária – de 7 a 30 dias, renovável por até 3 vezes
Credencial Em Serviço – até 7 dias
Credencial Visitante – diária

Credenciais NÃO PERMANENTES de PESSOAS


O acesso de pessoas às áreas restritas que não exerçam uma atividade diária e
funcional no aeroporto dar-se-á da seguinte maneira: A empresa deverá
apresentar o responsável, bem como obter autorização para realização de
obras ou serviços (dedetização, reparo de máquinas, fax-telex, etc.).

Uma credencial de pessoas deve conter no mínimo, segundo a IAC 1071006:


A) Identificação do aeroporto;
B) Nome do portador;
C) Número de registro (verso credencial);
D) Número do documento de identidade ou CPF(verso credencial);
E) Identificação do empregador;
F) Areas para as quais o acesso é permitido;
G) Fotografia recente do portador, de frente , de maneira destacada;
H) Data de expedição verso da credencial, e validade; e

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I) Tamanho da credencial no mínimo de um cartão de crédito de 85 mm x
55 m

Credenciais de Veículos
PERMANENTES
ESPECIAIS.

Para o credenciamento PERMANENTE de veículos e/ou equipamentos, a AAL


deve exigir:
Documentação do veículo e/ou equipamento de acordo com a
legislação pertinente; Compromisso formal do proprietário quanto às
condições adequadas de uso e de manutenção dos veículos e
equipamentos para a operação no aeroporto; e
Apresentação de apólice de seguro correspondente.
OBS: As credenciais permanentes não podem ter validade superior a 1 (um) ano
para veículos

18
ATIV PERMANENTE: Será concedida ao veículo que, em razão de seu trabalho,
necessita estar permanentemente nas áreas internas do aeroporto.
ATIV ESPECIAL (EVENTUAL): Sua validade restringe-se ao dia e sua concessão
se fará mediante solicitação à área de segurança e de escolta / comboio do órgão
de operações ou segurança do aeroporto.
Os veículos e equipamentos autopropulsados de rampa ou de apoio,
internados no aeroporto, não podem sair do lado AR para o lado TERRA e
devem ter autorizações específicas expedidas pela administração
aeroportuária para circulação entre o lado ar e o lado terra.

Uma credencial de veículos ou equipamentos deve conter no mínimo,


segundo a IAC 1071006:

A) Identificação do aeroporto;
B) Marca , modelo e cor;
C) Número de registro no sistema de credenciamento;
D) Nome da empresa ou do operador responsável;
E) Data de expedição e validade;
F) Área na qual o veículo e equipamento estão autorizados a operar;
G) Registro ou número de série do veículo;
H) Ponto de controle de acesso que o veículo tem permissão para
transitar;
I) Tipo de serviço de transporte(material a ser transportado, pessoal ,
apoio,etc)

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TRIPULAÇÃO E FUNCIONÁRIOS
O uniforme não é suficiente para credenciar o tripulante ou o funcionário nos
postos de controle e permitir o acesso em ARS.

CÓDIGOS DE ACESSO
Servem para restringir o acesso a determinadas áreas do aeroporto.

EXTRAVIO DE IDENTIFICAÇÃO
Em caso de extravio de qualquer das cédulas de identificação, seu titular deverá
registrar a ocorrência em um órgão policial, devendo juntar cópia do Boletim de
Ocorrência à nova solicitação feita à Infraero.
DEVOLUÇÃO DE IDENTIFICAÇÃO
A Cédula de Identificação (CREDENCIAL) deverá ser devolvida ao órgão
expedidor quando cessar a sua finalidade ou motivo para o qual foi emitida, sendo

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o seu solicitante inteiramente responsável pelas conseqüências que possam advir
em decorrência do mau uso da mesma.
CANCELAMENTO DE IDENTIFICAÇÃO
O não cumprimento das normas de segurança emanadas pela Administração de
cada aeroporto implicará na suspensão e/ou cancelamento definitivo da
concessão de uso da Cédula de Identificação, quando constatada a
inconveniência ou gravidade da ocorrência.

MÓDULO 3
CONTROLE DE ACESSO

A finalidade do controle de aceso é garantir que apenas pessoas autorizadas


tenham acessos às ARS e que não transportem consigo objetos que possam ser
utilizados para cometer um ato de interferência ilícita. O processo consiste da
implementação de barreiras, da identificação de passageiros e verificação de
credenciais de pessoas e veículos e da aplicação dos procedimentos de inspeção
de segurança da aviação civil. Os postos de controle de acesso devem ser
equipados com sistema de comunicação e alarme interligado ao setor de
segurança aeroportuária.

ÁREA RESTRITA DE SEGURANÇA – ARS


Áreas do lado ar de um aeroporto, cujo acesso é controlado afim de garantir a
segurança da aviação civil, incluindo, normalmente, todas as áreas de embarque
de passageiros localizadas entre os pontos de controle de acesso e as aeronaves,
áreas de rampa, de processamento de bagagens, de terminais de carga, de
preparação de provisões de bordo, de manutenção e limpeza de aeronaves. As
ARS devem ser separadas das áreas públicas por meio de barreiras físicas
constituídas basicamente por cercas patrimoniais, cercas operacionais,
portões de acesso e outros dispositivos que impeçam o livre acesso entre
elas. O acesso às ARS está limitado a: passageiros de posse de cartão de

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embarque; tripulantes, pessoal de serviço, empregados da administração
aeroportuária, servidores de órgãos públicos com atividade no aeroporto
devidamente credenciados e inspecionados; e veículos com a Autorização
de Trânsito Interno de Veículos (ATIV) e inspecionados.
Deve ser realizado um patrulhamento de toda a área operacional do
aeroporto, de forma freqüente e aleatória, por agentes de proteção da
aviação civil, munidos de equipamentos de comunicação adequados, a fim
de possibilitar contato direto com o setor de segurança.
Os funcionários de representações diplomáticas e de organismos
internacionais que necessitem, em razão de serviço, ingressar em
instalações aeroportuárias dependem de prévia coordenação com a
respectiva autoridade do órgão nacional para estabelecer, com a
administração aeroportuária, os procedimentos de controle de segurança
para o acesso, em observância às instruções da ANAC.
As credenciais são documentos de identificação de pessoas, veículos e
equipamentos expedidos pela AAL, de uso ostensivo e obrigatório para acesso às
ARS e outras áreas controladas dos aeroportos, tendo validade apenas em
âmbito local.
• O acesso às ARS está limitado a:
• passageiros de posse de cartão de embarque;
• tripulantes, pessoal de serviço e empregados da administração
aeroportuária devidamente credenciados; e
• veículos com a Autorização de Trânsito Interno de Veículos (ATIV).

Para prestação de serviços temporários pode ser emitida uma credencial não-
permanente, porém o acesso as ARS deve ser acompanhado por pessoa
autorizada pela AAL.

Os pontos de controle de acesso de veículos devem ser exclusivos para


veículos, sendo permitido o acesso de no máximo três pessoas no seu interior,
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incluindo o condutor. As credenciais dos veículos devem ser portadas em local
visível e sem obstrução, possuindo tamanho ideal para identificação à distância.
Os veículos usados para transporte de provisões de bordo e de
equipamentos para as aeronaves provenientes do lado terra devem estar
fechados e lacrados com numeração de identificação portada pelo motorista
ou responsável pela sua operação, além das credenciais e autorizações
requeridas.
O acesso de veículos oficiais de órgãos públicos e de seus ocupantes às ARS
somente será permitido após identificação e inspeção de segurança, conforme
previsto em atos normativos da ANAC.
Os ocupantes devem descer dos veículos para serem inspecionados com o
detector manual de metais. Este procedimento deve seguir o previsto na inspeção
manual de passageiros. O fato de um veículo estar credenciado não significa que
seus ocupantes tenham acesso às ARS, por isso as suas credenciais devem ser
verificadas quanto à acessibilidade a essas áreas.

Os controles de acesso aos terminais de carga e instalações com acesso ao


lado ar devem ser estabelecidos pelos próprios concessionários, em coordenação
com a administração aeroportuária.

Os pontos de controle de acesso de pessoas compreendem três planos:


PLANO DE SAGUÃO _ Os passageiros são inspecionados na entrada de
um salão principal que compreende vários portões de embarque, sem
ligação com um voo em particular.
PLANO DE ÁREA DE ESPERA _ A inspeção se realiza na entrada de uma
sala ou área em passageiros de um vôo em particular.
PLANO DE PORTÃO _ Feita imediatamente antes do portão, passarela ou
porta do terminal que dá acesso direto à aeronave. A inspeção é feita junto
com o processo de embarque dos passageiros.

23
Funções do APAC no Canal de Inspeção
APAC CONTROLADOR DE FLUXO
Controlar o fluxo de passageiros a serem inspecionados, mantendo-os
aguardando na posição demarcada, para que haja um agente de inspeção
manual disponível para acompanhar sua passagem pelo pórtico devendo
estar com as mãos livres; Orientar os passageiros para acondicionarem seus
pertences nas bandejas de inspeção; Em caso de dúvida durante o processo
de inspeção, o APAC poderá solicitar que o passageiro retire para inspeção
específica: algum tipo de vestimenta que possa ocultar item proibido,
inclusive vestimenta que lhe cubra a cabeça ou casacos, qualquer objeto
presente em sua bagagem que não possa ser claramente identificado por
meio do equipamento de raios-X, qualquer calçado com característica que
permita ocultar algum item proibido; As maletas com computadores portáteis
devem ser conduzidas para inspeção no equipamento de Raios-x, devendo ser
retirado de seu “case”, antes da inspeção; Observar passageiros que, no
momento da fila, apresentem comportamentos suspeitos, tais como
nervosismo, excitação, arrogância, aparentem estar tentando evadir-se da
inspeção ou que, de qualquer outra forma, aparentem estar portando
qualquer item proibido; Estar atento a passageiros com necessidades especiais,
que devem ter prioridade e serem conduzidos com a devida atenção para que lhes
sejam efetuados procedimentos especiais de inspeção; e Posicionar as
bagagens e outros objetos na esteira do equipamento de raios-x, de forma
que sua maior área fique exposta à incidência do raios-x.

APAC OPERADOR DE RAIOS-X


Monitorar as bagagens e objetos que passam pelo equipamento de raios-x com o
objetivo de detectar objetos proibidos e/ou artefatos explosivos, Os objetos devem
permanecer por um período mínimo de 05 segundos na tela procurando-se
qualquer item proibido, com plena concentração na tarefa efetivada;

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Detectados quaisquer objetos suspeitos, o agente de inspeção manual deve
ser requisitado para efetuar os procedimentos adequados; Garrafas sem
lacres devem ser inspecionadas na busca de substancias inflamáveis ou proibidas
de qualquer espécie; e Objetos proibidos devem ser retidos ou despachados,
obedecendo o estabelecido no PSA do aeroporto.

APAC DE INSPEÇÃO MANUAL


Conduzir as inspeções nos passageiros e bagagens de mão da maneira mais
polida possível, objetivando reduzir o nível de estresse já existente nos
aeroportos, em especial o causado pelos procedimentos de inspeção; Observar
se passageiros que atravessam o pórtico apresentam comportamentos
suspeitos ou aparentam estar tentando evadir-se da inspeção; Quando o
alarme do pórtico disparar, conduzir o passageiro ao tapete de borracha para
realizar a inspeção com o detector manual de metais; Após a condução da
inspeção com a raquete e a localização do objeto metálico, o passageiro
deve retornar e passar novamente pelo pórtico, até que não seja mais
disparado o alarme; Identificar os objetos proibidos, listados no Anexo 2 da IAC
107-1004A; Atentar tanto para o formato dos objetos e compartimentos da
bagagem (bolsos, aberturas, etc.) como para o conteúdo; Qualquer área negra
no monitor do aparelho indica um objeto no qual os raios-x não penetram,
podendo ocultar arma ou mecanismo explosivo, devendo por isso sofrer inspeção
manual; Efetuar a inspeção manual das bagagens de mão quando for
detectado algum objeto suspeito; Se durante a inspeção do passageiro ou da
sua bagagem for detectado algum objeto proibido devem ser seguidos os
procedimentos previsto no PSA.

Os procedimentos de identificação dos passageiros são efetuados durante o


check-in, sendo de responsabilidade da empresa aérea.

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A identificação dos tripulantes e pessoal de serviço é efetuada pelos APAC nos
pontos de controles de acesso às ARS, devendo ser verificada a autenticidade da
credencial ou documento legal de identidade, conciliando a fotografia com a
pessoa, a validade da credencial e códigos de acesso. O uniforme do tripulante
não é suficiente para permitir o seu acesso a ARS, devendo para isso, portar
credencial de sua empresa ou licença expedida pela ANAC ou órgão equivalente
de outro país, quando a serviço de operadores aéreos.
O Inspetor de Aviação Civil (INSPAC) e agentes de órgãos públicos, no exercício
de suas funções, devem apresentar suas credenciais oficiais de identificação,
cujos modelos devem constar dos PSA e serem inspecionados para entrar nas
ARS.

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
É o procedimento sob a aplicação de meios técnicos ou de outro tipo, destinados a
identificar ou detectar armas, explosivos ou outros materiais perigosos ou
proibidos que possam ser utilizados para cometer um ato de interferência ilícita, a
que passageiros, tripulantes, pessoal de serviço e outras pessoas que devam
acessar as áreas restritas de segurança (ARS), se submetem voluntariamente,
visando a sua própria segurança e à incolumidade pública.

OBJETOS PROIBIDOS
São aqueles artigos que não devem ser transportados na cabine da aeronave ou
conduzidos nas ARS, exceto por pessoas autorizadas e quando necessários para
realizar tarefas essenciais. Tais tarefas se referem às operações do aeroporto ou
aeronave, manutenção, abastecimento de aeronaves e provisões ou serviços de
bordo.
a) Pistolas, armas de fogo e outros dispositivos que disparem
projeteis;
b) Dispositivos Neutralizantes;

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c) Objetos pontiagudos ou cortantes;
d) Ferramentas de trabalho;
e) Instrumentos contundentes;
f) Substâncias e dispositivos explosivos incendiários;
g) Substâncias, químicas tóxicas e outros itens perigosos;
h) Outros;
i) Itens Tolerados;
j) itens proibidos para voos sob elevado nível de ameaça.

EQUIPAMENTOS DE INSPEÇÃO

Os equipamentos de inspeção são dispositivos, práticos e eficientes, usados


durante a inspeção de segurança para identificar armas, explosivos, artefatos
QBRN ou outros itens proibidos. Os Pórticos Detectores de Metais são utilizados
para alertar os APAC que a pessoa que passa através dele está levando uma
quantidade de metal acima do limite. Os Detectores Manuais de Metais
(raquetes) são usados para inspecionar pessoas que não possam passar pelo
pórtico e para localizar objetos metálicos, no caso de alarme do pórtico ou quando
previsto no PSA/PSEA. Após a detecção do objeto metálico com a raquete o
inspecionado deve passar novamente pelo pórtico até que o alarme não dispare
mais. Equipamentos de Raios-X: Observar a posição da bagagem para que sua
maior superfície seja atingida pelos raios-X e a distância necessária entre uma
bagagem e outra. Observar cuidadosamente a possibilidade de a bagagem conter
algum artigo proibido. Qualquer suspeita ou dúvida a bagagem deve ser
encaminhada para inspeção manual. Discrição quando na detecção de itens
proibidos. O APAC não deve provocar tumultos no canal de inspeção. Atenção
para a possibilidade de embarque de um explosivo ou armas de fogo em partes. A
detecção de qualquer indício de bomba ou explosivo deve ser comunicado
imediatamente ao COE e ao órgão de segurança pública. O APAC NÃO tem
PODER DE POLÍCIA, entretanto, deve solicitar ao passageiro a PERMISSÃO para

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inspeção manual na BAGAGEM. Detectores de Traços de Explosivos: Pode
detectar e identificar porções microscópicas de material explosivo; Usado em
conjunto com o equipamento de raios-X e inspeção física, aumenta o nível de
segurança; O ETD pode acusar um alarme falso no caso do passageiro possuir
em sua bagagem certos medicamentos ou produtos químicos. O ETD deve ser
utilizado sempre que houver suspeita do porte de material explosivo em uma
bagagem. O equipamento indica o elemento existente, quase com certeza, através
de análise dos traços na pessoa ou na bagagem.

A INSPEÇÃO É VOLUNTÁRIA!!!
A inspeção manual só pode ser realizada com a permissão do passageiro, no
caso de recusa o APAC deve negar o acesso às ARS e acionar o órgão de
segurança pública do aeroporto, conforme descrito no PSA.

O procedimento para tripulante e pessoal de serviço em canal exclusivo ou nos


terminais de carga, naquilo que for pertinente, são os mesmos estabelecidos para
passageiros. Os tripulantes, quando a serviço, utilizando os canais de inspeção de
passageiros têm prioridade para serem inspecionados.

PASSAGEIROS EM TRANSITO OU CONEXÃO


Devem ser estabelecidas medidas para controle dos passageiros em trânsito ou
conexão e suas respectivas bagagens de mão, com o propósito de evitar que
artigos não autorizados sejam levados para bordo da aeronave. Se esses
passageiros tiverem sido objetos de controle equivalente, no aeroporto de origem
dos seus vôos, não necessitarão ser inspecionados antes de serem admitidos nas
ARS.

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MÓDULO 4
PLEM – PLANO DE EMERGÊNCIA AERONÁUTICA

EMERGÊNCIA AERONÁUTICA: Aeronave e ocupantes em perigo; Sob efeito de


um ato ilícito.
Tipos de Emergência
PROCEDIMENTOS PARA EMERGÊNCIA COM MATERIAIS PERIGOSOS:
acidentes ou incidentes com carga perigosa; derramamento de combustível;
EMERGÊNCIA POR DESASTRES NATURAIS: Ocorrências anormais e adversas,
normalmente de origem meteorológicas, que provocam situações de emergência
no aeroporto, privando-o total ou parcialmente do atendimento às operações
aeroportuárias; EMERGÊNCIA POR INCÊNDIO EM INSTALAÇÕES: ações de
combate a incêndio, salvamento, prestação de primeiros socorros e evacuação
nas instalações do aeroporto; EMERGÊNCIA POR PARALISAÇÃO DE
ATIVIDADES; EMERGÊNCIA CONTRA ATOS DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA,
AMEAÇA DE BOMBA OU SABOTAGEM: A Gerência de Segurança desenvolve
os Exercícios Simulados de Apoderamento Ilícito em Aeronave e Ameaça de
Bomba anualmente para aferir a capacidade dos acionamentos.

ACIDENTE AERONÁUTICO: Toda ocorrência relacionada com a operação de


uma aeronave (pessoas a bordo, danos à aeronave, aeronave desaparecida, falha
estrutural); EMERGÊNCIA AERONÁUTICA: Interferência total ou parcial nas
operações aeroportuárias provocadas por motivos causais ou intencionais.

ALERTA: Situação onde um grupo de pessoas ou serviços fica de sobreaviso para


determina da emergência; URGÊNCIA: Iminência de evolução para um acidente.
SOCORRO: Acidente inevitável ou já consumado e requer dos órgãos envolvidos
na intervenção imediata.

ALERTAS: Posicionamento para intervenção; Intervenção imediata.

29
EQUIPAMENTOS DE RADIO-COMUNICAÇÃO

Os equipamentos de radio são imprescindíveis para tratar de uma emergência,


além da manutenção da vigilância e facilidades de um aeroporto. Nenhum
operador individual tem direto de exclusividade de qualquer canal, exceto se
estiver conduzindo um TRÁFEGO DE EMERGÊNCIA. O uso do canal é sempre
do operador que estiver ocupando-o em um dado momento. Nunca interrompa
uma comunicação, caso você necessite utilizar o canal, aguarde até que o câmbio
do interlocutor termine e, somente então, anuncie suma chamada. Os
comunicados devem ser amistosos e compreensíveis. Finalizada a comunicação,
desligue o PTT. Interrupções somente são aceitáveis em casos comprovadamente
emergenciais. Quando tiver necessidade de um QTC de emergência ou prioritário,
INTERROMPA toda e qualquer COMUNICAÇÃO, dando atenção
EXCLUSIVAMENTE ao operador que está de posse da emergência ou prioridade
NO CANAL.
Unidades com os quais pode ser necessário estabelecer contato por RÁDIO:
SUPERVISOR DE SEGURANÇA
CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA
TORRE DE CONTROLE
CENTRO DE CONTROLE DA POLÍCIA LOCAL

TESTES DE EQUIPAMENTOS-RADIOTELEFÔNICOS
Ininteligível - CLAREZA UNO; Inteligível por vezes - CLAREZA DOIS; Inteligível
com dificuldade - CLAREZA TRÊS; Inteligível - CLAREZA QUATRO;
Perfeitamente Inteligível - CLAREZA CINCO.

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

Principalmente a partir do incêndio do Joelma (1974) com a morte de 187 pessoas


é que se consolidou uma maior conscientização e preocupação de todos os
órgãos com a Prevenção, de uma forma mais ampla, desde a especificação de
materiais aos sistemas de proteção e dentro destes, a preocupação com o
Treinamento de Brigadas de Incêndio e consequentemente com locais
apropriados, para seus treinamentos, que atendessem as exigências ambientais
da CETESB.

TRIANGULO DO FOGO: Calor, Combustível, Comburente (Oxigênio);


TETRAEDRO DO FOGO: Calor, Combustível, Comburente (Oxigênio), Reação
em cadeia; PONTO DE FULGOR: É a temperatura em que o combustível
aquecido com a aproximação de uma fonte externa de calor, começa a liberar
vapor; PONTO DE IGNIÇÃO: É a temperatura necessária para inflamar a mistura
ou os vapores de combustível. A explosão se dá com pressão e temperatura;
PONTO DE COMBUSTÃO: É a máxima temperatura em que os vapores de
combustível aquecido com aproximação de uma fonte externa de calor, entram em
combustão; COMBUSTÍVEL: É todo material encontrado na natureza, menos a
água; COMBURENTE (OXIGÊNIO): associado quimicamente ao combustível, em
quantidade e proporções adequadas, possibilita a combustão. EXTINÇÃO DO
FOGO: Retirada do Material, Resfriamento, Abafamento, Quebra da reação em
cadeia; PROPAGAÇÃO DO CALOR: Condução (moléculas), Convecção
(vapores), e Radiação ou Irradiação (ondas eletromagnéticas). EXTINTORES:
ÁGUA/ESPUMA (Combustíveis sólidos e metais combustíveis); ESPUMA
(Líquidos inflamáveis); CO2 (Equipamentos elétricos).

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MÓDULO 5
ITENS PROIBIDOS

Definição
Itens Proibidos são aqueles artigos que não devem ser transportados na cabine de
aeronaves ou ser conduzidos em ARS, exceto por pessoas autorizadas e quando
necessários para realizar tarefas essenciais. Tais tarefas essenciais se referem às
operações do aeroporto ou aeronave, manutenção, abastecimento de aeronaves,
provisões de bordo ou ainda operações de órgãos de segurança.

Autorização para Tripulantes


Os tripulantes podem ser incluídos como pessoas autorizadas, quando solicitarem
embarque de itens proibidos, desde que necessários para operação normal em
voo de equipamentos obrigatórios de emergência/sobrevivência ou equipamentos
médicos.

Relação de Itens Proibidos (Resolução n° 207 de 22 de NOV. de 2011 /


ANEXO)
A lista de itens proibidos elencados não é exaustiva, e poderá ser atualizada pela
ANAC conforme se julgue necessário.
Para garantir a segurança de aviação civil, o APAC pode determinar que um item
que não conste expressamente na lista é proibido, desde que se enquadre nas
definições de uma das categorias descritas, representando um risco para a saúde,
segurança ou propriedade quando transportados por via aérea.
Sem prejuízo das normas de segurança aplicáveis, os passageiros não poderão
transportar para as áreas restritas de segurança nem para a cabine de uma
aeronave os seguintes artigos:

a)Pistola, armas de fogo e outros dispositivos que disparem projéteis -


dispositivos que podem ou aparentam poder ser utilizados para causar ferimentos
graves através do disparo de um projétil, incluindo:

1) armas de fogo de qualquer tipo, tais como pistola, revólveres, carabinas,


espingardas;
2) armas de brinquedo, réplicas ou imitações de armas de fogo que podem ser
confundidas com armas verdadeiras;
3) componentes de armas de fogo, excluindo miras telescópicas;
4) armas de pressão por ação de ar e gás comprimido ou por ação de mola, tais
como armas de paintball, airsoft, pistolas e espingardas de tiro a chumbo ou
outros materiais;
5) pistolas de sinalização e pistolas de partida esportiva;
6) bestas, arcos e flechas;
7) armas de caça submarina, tais como arpões e lanças; e
8) fundas e estilingues;

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b)dispositivos neutralizantes - dispositivos destinados especificamente a
atordoar ou a imobilizar, incluindo:

1) dispositivos de choque elétrico, tais como armas de choque elétrico e bastões


de choque elétrico;
2) dispositivos para atordoar e abater animais; e
3) químicos, gases e aerossóis neutralizantes ou incapacitantes, tais como spray
de pimenta, gás lacrimogêneo, sprays de ácidos e aerossóis repelentes de
animais;

c) objetos pontiagudos ou cortantes - objetos que, devido à sua ponta afiada


ou às suas arestas cortantes, podem ser utilizados para causar ferimentos graves,
incluindo:

1) objetos concebidos para cortar, tais como machados, machadinhas e cutelos;


2) piolets e picadores de gelo;
3) estiletes, navalhas e lâminas de barbear, excluindo aparelho de barbear em
cartucho;
4) facas e canivetes com lâminas de comprimento superior a 6 cm;
5) tesouras com lâminas de comprimento superior a 6 cm medidos a partir do eixo;
6) equipamentos de artes maciais pontiagudos ou cortantes;
7) espadas e sabres; e
8) instrumentos multifuncionais com lâminas de comprimento superior a 6 cm;

d) ferramentas de trabalho - ferramentas que podem ser utilizadas para causar


ferimentos graves ou para ameaçar a segurança da aeronave, incluindo:

1) pés-de-cabra e alavancas similares;


2) furadeiras e brocas, incluindo furadeiras elétricas portáteis sem fios;
3) ferramentas com lâminas ou haste de comprimento superior a 6 cm que podem
utilizadas como arma, tais como chaves de fendas e cinzéis;
4) serras, incluindo serras elétricas portáteis sem fios;
5) maçaricos;
6) pistolas de cavilhas, pistolas de pregos e pistolas industriais; e
7) martelos e marretas;

e) instrumentos contundentes - objetos que causar ferimentos graves se


utilizados para agredir alguém fisicamente, incluindo:

1) tacos de beisebol, pólo, golfe, hockey, sinuca e bilhar;


2) cassetetes, porretes e bastões retráteis;
3) equipamentos de artes maciais contundentes; e
4) soco-inglês;

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f) substâncias e dispositivos explosivos ou incendiários - materiais e
dispositivos explosivos ou incendiários que podem ou aparentam poder ser
utilizados para causar ferimentos graves ou para ameaçar a segurança da
aeronave, incluindo:

1) munições;
2) espoletas e fusíveis;
3) detonadores e estopins;
4) réplicas ou imitações de dispositivos explosivos;
5) minas, granadas e outros explosivos militares;
6) fogos de artifício e outros artigos pirotécnicos;
7) botijões ou cartuchos geradores de fumaça;
8) dinamite, pólvora e explosivos plásticos;
9) substâncias sujeitas a combustão espontânea;
10) sólidos inflamáveis, considerados aqueles facilmente combustíveis e aqueles
que, por atrito, podem causar fogo ou contribuir para ele, tais como pós metálicos
e pós de ligas metálicas;
11) líquidos inflamáveis, tais como gasolina, etanol, metanol, óleo diesel e fluido
de isqueiro;
12) aerossóis e atomizadores, exceto os de uso médico ou de asseio pessoal,
sem que exceda a quantidade de quatro frascos por pessoa e que o conteúdo, em
cada frasco, seja inferior a 300 ml ou 300 g;
13) gases inflamáveis, tais como metano, butano, propano e GLP;
14) substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis;
15) cilindros de gás comprimido, inflamável ou não, tais como cilindros de oxigênio
e extintores de incêndio; e
16) isqueiros do tipo maçarico, independente de tamanho;

g) substâncias químicas, tóxicas e outros itens perigosos - substâncias


capazes de ameaçar a saúde das pessoas a bordo da aeronave ou a segurança
da própria aeronave, incluindo:

1) cloro para piscina e banheiras;


2) alvejantes líquidos;
3) baterias com líquidos corrosivos derramáveis;
4) mercúrio, exceto em pequena quantidade presentes no interior de instrumentos
de medição térmica(termômetro);
5) substâncias oxidantes, tais como pó de cal, descorante químico e peróxidos;
6) substâncias corrosivas, tais como ácidos e alcaloides;
7) substâncias venenosas (tóxicas) e infecciosas, tais como arsênio, cianetos,
inseticidas e desfolhantes;
8) materiais infecciosos, ou biologicamente perigosos, tais como amostras de
sangue infectado, bactérias ou vírus; e
9) materiais radioativos (isótopos medicinais e comerciais);

34
h) outros - itens proibidos que não se enquadrem nas categorias anteriores:

1) dispositivos de alarme ( excluindo dispositivo de relógio de pulso e de


equipamentos eletrônicos permitidos a bordo ); e
2) materiais que possam interferir nos equipamentos da aeronaves e que não
estejam relacionados entre os dispositivos eletrônicos permitidos, tais como
telefone celular, laptop, palmtop, jogos eletrônicos, pager, que são de uso
controlado a bordo de aeronaves;

i) itens tolerados - itens que são tolerados, respeitadas as especificações que se


seguem:

1) saca-rolhas;
2) canetas, lápis e lapiseiras, com comprimento inferior a 15 cm;
3) isqueiros com gás ou fluido com comprimento inferior a 8 cm, na quantidade
máxima de um por pessoa;
4) fósforos, em embalagem com capacidade não superior a 40 palitos, na
quantidade máxima de uma caixa por pessoa;
5) bengalas;
6) raquetes de tênis;
7) guarda chuvas; e
8) martelo pequeno para uso em exames médicos;

j) itens proibidos para voos sob elevado nível de ameaça - itens permitidos ou
itens tolerados que são proibidos no caso de elevação do nível de ameaça da
segurança da aviação civil:

1) qualquer instrumento de corte;


2) saca-rolhas;
3) bengalas;
4) raquetes de tênis;
5) qualquer isqueiro;
6) fósforos, em qualquer quantidade ou apresentação; e
7) aerossóis.

RESOLUÇÃO ANAC N° 207, DE 28 DE NOV. 2011 (SEÇÃO II )


Art. 4° , todos os passageiros de voos internacionais, inclusive os passageiros
alocados exclusivamente em suas etapas domésticas, ou que necessitem utilizar o
salão de embarque destinado aos voos internacionais, estarão sujeitos às
seguintes restrições no que tange ao transporte de substâncias, líquidas, incluindo

35
gel, pasta, creme, aerossol e similares, por passageiros em suas respectivas
bagagens de mão:
I - Todos os líquidos devem ser conduzidos em frascos com capacidade até
100ml;
II - Líquidos conduzidos em frascos com volume acima de 100mL não podem ser
transportados, mesmo se o frasco estiver parcialmente cheio;
III – Todos os frascos devem ser alocados em uma embalagem plástica
transparente que possa ser fechada, contendo capacidade máxima de 1 (um)
Litro, e devem estar dispostas com folga dentro da embalagem fechada;
IV - A embalagem plástica deve ser apresentada para inspeção visual no ponto
de inspeção de embarque de passageiros, sendo permitida somente uma
embalagem plástica por passageiro;
§ 1° - Não há restrição ao transporte de frascos vazios.
§ 2° - Excetua-se dos limites referidos os artigos medicamentosos com a devida
prescrição médica, a alimentação de bebês e líquidos de dietas especiais, na
quantidade necessária a serem utilizados no período total de voo, incluindo
eventuais escalas, devendo ser apresentados no momento da inspeção.
Art. 5° Os líquidos adquiridos em “free shops” ou a bordo de aeronaves podem
exceder o limite estipulado no Art. 4°, desde que dispostos em embalagens
plásticas seladas padronizadas e com o recibo de compra à mostra, da data do
início do voo, para passageiros que embarcam ou em conexão.
Parágrafo único – Esta medida não garante a aceitação da embalagem selada
por outros Estados no caso de conexão em seus aeroportos, devendo a empresa
aérea informar ao passageiro que se encontre nesta situação sobre a
possibilidade ou não de retenção de seu produto, por autoridades estrangeiras.
Art. 6° Visando a facilitar as inspeções de segurança, as embalagens plásticas
contendo os frascos com líquidos devem ser apresentadas separadamente da
bagagem de mão do passageiro, bem como dos paletós, jaquetas e “laptops”,
para a inspeção nos equipamentos de Raios-X.

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Art. 7° O APAC deverá orientar os passageiros, ou qualquer outra pessoa que
necessite utilizar o salão de embarque destinados aos voos internacionais, a
acondicionar nas bandejas de inspeção os computadores portáteis, ou
equipamentos similares, para inspeção no equipamento de raio-x, devendo o
aparelho ser retirado do seu case durante a inspeção.

EQUIPAMENTOS DE INSPEÇÃO

RESPONSABILIDADE
É de responsabilidade da Administração Aeroportuária: Planejar e prover os
meios necessários para o sistema de controle de acesso aeroportuário, com
equipamento de segurança apropriado e recursos humanos qualificados e manter
um programa de manutenção, o funcionamento e a calibragem dos equipamentos
de forma adequada ao nível de ameaça. Este programa de manutenção, dentro do
PSA, deve conter provisão de peças de reposição, calendário de manutenção
preventiva dos equipamentos de segurança, definidas com base em
recomendações do fabricante e referências normativas. Procedimentos de
pesquisa, inspeções, testes e investigações sobre falhas operacionais nos
equipamentos e sistemas de segurança. Definição do período de garantia e
inventário detalhado dos equipamentos, com os respectivos números de série.

PADRÃO MÍNIMO OPERACIONAL (EQUIPAMENTOS E PESSOAS)

IAC 107-1004A - Anexo 1 - Aeroportos Internacionais, nos procedimentos


específicos de inspeção de passageiros, tripulantes e bagagem de mão: Módulo
Padrão, mínimo operacional: 01 (um) detector de traços de explosivo (ETD); 01
(um) aparelho de raios-X; 01 (um) pórtico de detecção de metais; 02 (dois)
detectores manuais de metal (raquetes); 01 (um) tapete de borracha para cada
pórtico de detecção de metais;04 (quatro) agentes de proteção da aviação civil,

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por turno de 06 horas; 01 (um) supervisor para cada 02 (dois) módulos por turno
de 06 horas;01 (um) câmera de TV vigilância; 01 (um) alarme audiovisual; e 01
(um) conjunto de telefones e rádio intercomunicador.

Aeroportos Domésticos com aeronaves > 60 assentos: 01 (um) aparelho de


raios-X; 01 (um) pórtico de detector de metais; 02 (dois) detectores manuais de
metal (raquetes); 01 (um) tapete de borracha para cada pórtico de detecção de
metais; 03 (três) agentes de proteção da aviação civil, por turno de 06 horas; 01
(um) supervisor para cada 02 (dois) módulos por turno de 06 horas; 01 (um)
câmera de TV vigilância; 01 (um) alarme audiovisual; e 01 (um) conjunto de
telefones e rádio intercomunicador.

Aeroportos Domésticos com aeronaves entre 31 e 60 assentos: 02 (dois)


detectores manuais de metal (raquetes); 01 (um) tapete de borracha para cada
canal de inspeção; 01 (um) agente de proteção da aviação civil por turno de 06
horas; 01 (um) vigilante, por turno de 06 horas; e 01 (um) conjunto de telefone ou
rádio comunicador.

Aeroportos Domésticos com aeronaves menores que 31 assentos: Nos


aeródromos que tenham administração aeroportuária, devem ser estabelecidos
pontos mínimos de acesso às áreas operacionais, que são controlados por
empregados orgânicos ou vigilantes de segurança privada. Quando o movimento
diário mensal for superior a 50 aeronaves, a AAL deve estabelecer o controle de
acesso com: 01 (um) detector manual de metais (raquete); 01 (um) vigilante por
turno de 06 a 12 horas; 01 (um) conjunto de telefone ou rádio comunicador; e 01
(um) alarme audiovisual.

38
PROCEDIMENTOS DE CALIBRAÇÃO

O Dispositivo de Teste (DT) com utilização rotineira permite ao operador do


equipamento de raios-X estabelecer seu desempenho, de forma a atender às
exigências das normas e práticas de segurança da aviação civil. O DT inclui
amostras de material orgânico e inorgânico e utiliza uma folha padrão para o
registro das observações. (Exemplo na IAC 107-1004A – TABELA 3). A posição
ideal do DT na esteira depende da fonte de alimentação do equipamento de raios-
X e dos recursos de detecção, bem como do operador, para obter uma melhor
imagem. Utilizando-se os recursos de ampliação de imagem disponíveis no
equipamento de raios-X, o dispositivo deve passar pelo equipamento quantas
vezes o operador decidir. O DT deve ser usado a cada troca de turno, para
assegurar que uma imagem satisfatória seja obtida e que o equipamento de raios-
X esteja funcionando corretamente. O APAC ao realizar os testes, deve registrar o
resultado, incluindo ainda a data e hora do teste, tipo de equipamento, número de
série e o nome do operador de raios-X. Os registros dos testes devem ser
arquivados por um período de 2 anos e podem ser requisitados pelo pessoal
competente da segurança da aviação civil. O Teste de calibração no Pórtico
Detector de Metal é diário (Verificação do funcionamento do pórtico após ser
ligado, pelo menos 1 vez/dia) e semanal (Detecção do DT em 4 posições distintas
com detecção de 80%). TESTE DE ROTINA DIARIO: O DT deve ser detectado na
parte inferior das costas. Um mínimo de 5 movimentos deve ser realizado na
direção do fluxo de passageiros. Caso algum movimento não seja detectado, a
sensibilidade do pórtico deve ser aumentada. O APAC deve retirar todos seus
pertences de metal, e portar apenas o Dispositivo de Teste. TESTE SEMANAL: O
DT deve ser detectado em quatro posições no corpo do APAC: no braço direito, no
lado direito do quadril, nas costas no centro da cintura e no tornozelo direito. Com
um mínimo de 10 movimentos por posição (5 para cada direção), o pórtico deve
ser acionado em pelo menos 8 movimentos. Se a detecção não for eficiente, a
sensibilidade do pórtico deverá ser aumentada. Os resultados dos testes devem

39
ser registrados semanalmente devendo ser mantidos por um período mínimo
de 6 meses.

OPERACIONALIDADE DOS RAIOS-X

De acordo com o elemento apresentado e seu número atômico, os objetos


apresentam-se das seguintes cores (HI MAT):
LARANJA (Elementos mais leves: Hidrogênio, Carbono, Nitrogênio,
oxigênio e os compostos moleculares desses, os MATERIAIS
ORGÂNICOS: muitos explosivos (Ex: nitroglicerina), plásticos como
acrílico, papel, tecidos, alimentos, madeira, água).
VERDE (Elementos de médio a pesados: alumínio, sódio, cloro, sal de
cozinha e vidro, as LIGAS ORGÂNICAS E INORGÂNICAS).
AZUL (Elementos pesados, METAIS como ferro, níquel, prata, etc.).
VERMELHO (Elementos os quais o raios-x não penetra).

Assim sendo, a COR indica o TIPO de material e o BRILHO (INTENSIDADE)


indica a ESPESSURA do material. A exibição da imagem em PRETO E

BRANCO representa os objetos em vários níveis de INTENSIDADE,


que vão do branco ao preto, em graduações de cinza.
No módulo padrão os artigos de alta densidade apresentam coloração mais
escura e os de baixa densidade, cor clara. Usando o recurso “NEGATIVO”

os de baixa densidade se destacam em tonalidades escuras e alta


densidade se destacam em tonalidades claras.

40
Você pode ainda destacar somente os objetos ORGANICOS ou os

INORGANICOS (METAIS) .
Imagem com maior penetração (HI PEN) Com esta função, você pode detectar
itens escondidos atrás de objetos de alta absorção.

MÓDULO 6
IDENTIFICAÇÃO DE PASSAGEIROS

PERFIL DE PASSAGEIRO (PROFILE): medida de segurança realizada por meio


da análise de características do passageiro, podendo gerar medidas adicionais de
segurança;
Resolução ANAC 130 de 08 de dezembro de 2009
PARÁGRAFO ÚNICO. Para os efeitos desta Resolução, considera-se:
I - criança: pessoa até doze anos de idade incompletos;
II - adolescente: pessoa entre doze anos e dezoito anos de idade incompletos;
III - índio: pessoa de origem pré-colombiana que se identifica e é identificada como
pertencente a grupo étnico cujas características culturais o definem como uma
coletividade distinta do conjunto da sociedade nacional, independentemente de
idade.

Art. 2º Constituem documentos de identificação de passageiro de nacionalidade


brasileira:
I - passaporte nacional;
II - carteira de identidade (RG) expedida pela Secretaria de Segurança Pública de
um dos estados da Federação ou Distrito Federal;

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III - cartão de identidade expedido por ministério ou órgão subordinado à
Presidência da República, incluindo o Ministério da Defesa e os Comandos da
Aeronáutica, da Marinha e do Exército;
IV - cartão de identidade expedido pelo poder judiciário ou legislativo, no nível
federal ou estadual;
V - carteira nacional de habilitação (modelo com fotografia);
VI - carteira de trabalho;
VII - carteira de identidade emitida por conselho ou federação de categoria
profissional, com fotografia e fé pública em todo território nacional;
VIII - licença de piloto, comissário, mecânico de vôo e despachante operacional de
vôo emitido pela Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC;
IX - outro documento de identificação com fotografia e fé pública em todo o
território nacional.
§ 1º Uma vez que assegurem a identificação do passageiro e em se tratando de
viagem em território nacional, os documentos referidos no caput podem ser
aceitos independentemente da respectiva validade ou de se tratarem de original
ou cópia autenticada.
§ 2º Nos casos de furto, roubo ou extravio do documento de identificação do
passageiro e em se tratando de viagem em território nacional, poderá ser aceito o
correspondente Boletim de Ocorrência - BO, desde que tenha sido emitido há
menos de 60 (sessenta) dias.
§ 3º No caso de viagem internacional, o passageiro deve apresentar passaporte
ou outro documento de viagem válido, observado o rol constante no art. 1º do
Decreto nº 5.978, de 4 de dezembro de 2006.
§ 4º Em se tratando de criança ou adolescente:
I - no caso de viagem em território nacional e se tratando de criança, deve ser
apresentado um dos documentos previstos no caput ou certidão de nascimento do
menor – original ou cópia autenticada – e documento que comprove a filiação ou
parentesco com o responsável, observadas as demais exigências estabelecidas

42
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e pela Vara da Infância e Juventude do
local de embarque;
II - no caso de viagem internacional, o documento de identificação é o passaporte
ou outro documento de viagem válido, observado o rol constante no artigo 1º do
Decreto 5.978, de 4 de dezembro de 2006, sem prejuízo do atendimento às
disposições do Conselho Nacional de Justiça, às determinações da Vara da
Infância e Juventude do local de embarque e às orientações da Polícia Federal -
DPF.
§ 5º Em se tratando de índio:
I - no caso de viagem no território nacional, além daqueles previstos no caput e no
§ 4º, inciso I, incluem-se entre os possíveis documentos de identificação a
autorização de viagem expedida pela Fundação Nacional do Índio - FUNAI ou
outro documento que o identifique, emitido pelo mesmo Órgão;
II - no caso de viagem internacional, o documento a ser apresentado é o
passaporte, observada a necessidade de outros procedimentos instituídos pela
FUNAI e/ou pelo DPF.
Art. 3º Constituem documentos de identificação de passageiros de outras
nacionalidades, considerada a respectiva validade:
I - Passaporte Estrangeiro;
II - Cédula de Identidade de Estrangeiro - CIE (RNE), respeitados os acordos
internacionais firmados pelo Brasil;
III - identidade diplomática ou consular; ou
IV - outro documento legal de viagem, resultado de acordos internacionais
firmados pelo Brasil.
§ 1º No caso de viagem em território nacional, o protocolo de pedido de CIE
expedido pelo DPF pode ser aceito em substituição ao documento original pelo
período máximo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data de sua expedição.
§ 2º Ficam dispensados da substituição da CIE, nos termos da Lei nº 9.505, de 15
de outubro de 1997, os estrangeiros portadores de visto permanente que tenham
participado de recadastramento anterior e que:

43
I - tenham completado sessenta anos de idade até a data do vencimento do
documento; ou
II - sejam deficientes físicos.
§ 3º No caso de viagem internacional, o passageiro deve apresentar passaporte
ou outro documento de viagem válido, observado o rol constante no art. 1º do
Decreto nº 5.978, de 4 de dezembro de 2006.
Art. 4º No processo de despacho do passageiro (check-in), compete ao operador
de aeronaves:
I - em caso de atendimento efetuado diretamente no balcão do operador de
aeronaves situado no aeroporto, solicitar o documento de identificação e conciliá-
lo com os dados da reserva;
II - em caso de atendimento remoto – aí compreendidas as modalidades de
atendimento não efetuadas diretamente no balcão do operador de aeronaves
situado no aeroporto – com despacho de bagagem, solicitar o documento de
identificação e conciliá-lo com os dados da reserva e/ou cartão de embarque.
Art. 5º Para o acesso à sala de embarque, o passageiro deve apresentar à
administração aeroportuária o cartão de embarque válido.
§ 1º Considera-se cartão de embarque válido aquele expedido por um operador de
aeronaves para embarque no aeroporto, data e horário compatíveis com os de sua
apresentação.
§ 2º Caso o passageiro não apresente um cartão de embarque válido, a
administração aeroportuária impedirá seu acesso à sala de embarque.

Art. 6º O operador de aeronaves deve assegurar que somente passageiros


atendidos para o vôo sejam embarcados, por meio da conciliação, no portão de
embarque, do documento de identificação com os dados constantes no cartão de
embarque.
Art. 7º O operador de aeronave e seus prepostos devem dar conhecimento das
exigências constantes nesta Resolução aos passageiros no ato da venda do
bilhete aéreo.

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FATORES DE RISCO: Passageiro parece extremamente nervoso e
desorientado; Tem bagagem de mão única, mesmo que tenha viajado ou esteja
por grandes distancias; Possui somente bilhete de ida geralmente comprado
recentemente, e pago em dinheiro; Viaja numa rota ilógica para chegar aos
Estados Unidos; Não conhece detalhes básicos do país, do idioma, da cultura
ou das tradições básicas do país, cuja nacionalidade está indicada no
documento de viagem que apresenta; Não conhece as datas das viagens
anteriores, o carimbo de países que já tenha visitado os dados biográficos, não
pronuncia corretamente os nomes etc.; Não é capaz de reproduzir a assinatura
que aparece no passaporte; Apresenta documentos com nomes diferentes;
Roupas inapropriadas.

Caso haja alguma suspeita (análise de risco) com relação ao passageiro, medidas
adicionais de segurança devem ser adotadas com objetivo de verificar a
idoneidade do passageiro ou que se detecte o ilícito (Informar a administração
aeroportuária; Inspeção da bagagem despachada; Inspeção da bagagem de mão,
mais detalhada; e Caso necessário solicitar auxilio da autoridade polícia local).

INSPEÇÃO & REVISTA DE PASSAGEIROS, TRIPULANTES E EMPREGADOS


DO AEROPORTO

CONCEITO DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL_ Aplicação de


meios técnicos ou de outro tipo, com a finalidade de identificar e detectar armas,
explosivos ou outros artigos perigosos que possam ser utilizados para cometer ato
de interferência ilícita;

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ÁREA RESTRITA DE SEGURANÇA (ÁREA ESTÉRIL)
Setores onde entram os passageiros após terem sido inspecionados para
embarque; Os acessos a essas áreas devem ser controlados e/ou trancados; As
ARS não sujeitas a medidas contínuas de controle de acesso, devem ser
submetidas à varredura antes de sua utilização; Os passageiros e bagagens de
mão devem ser inspecionados antes de ingressar nas ARS e aeronaves; Áreas de
rampa, de processamento de bagagem, terminais de carga, correio, área de
alimento de bordo, abastecimento, manutenção e de limpeza de aeronaves.
A responsabilidade e a coordenação da inspeção de segurança da Aviação civil
nos passageiros e suas bagagens de mão e de porão, são de responsabilidade da
administração aeroportuária local e tem como principal objetivo identificar e
inspecionar as pessoas que irão adentrar as áreas restritas do aeroporto.
A realização da inspeção de segurança da aviação civil, nos passageiros e
em suas bagagens de mão, é de responsabilidade da administração
aeroportuária, sob supervisão da PF.
A busca pessoal deve ser realizada com o propósito de identificar qualquer
item de natureza suspeita em passageiros sobre os quais, após os
procedimentos de inspeção de segurança, permaneça a suspeição.

O APAC deve conduzir a inspeção manual de bagagem e a busca pessoal,


com consentimento do passageiro e observância dos seguintes
procedimentos:
I - o APAC deve realizar a inspeção manual de bagagem, após o passageiro
apresentar voluntariamente seus objetos e sua bagagem de mão; e
II - no caso de busca pessoal, o APAC de mesmo sexo deve inspecionar o
passageiro, em sala reservada, com discrição e na presença de testemunha.

Qualquer pessoa que se recuse a inspeção de si próprio ou de sua bagagem de


mão deve ter seu acesso impedido às ARS, pela administração aeroportuária e
negado seu embarque pela empresa aérea. Passageiros que sejam considerados

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ameaça potencial à segurança da aviação civil também deverão ter acesso
negado às ARS e às aeronaves. Em ambos os casos, o DPF ou o órgão de
segurança público no aeroporto deverão ser acionados para as providências
cabíveis. Nesses casos, os demais operadores aéreos devem ser alertados pela
administração aeroportuária, sendo fornecidas as suas características, dados
pessoais, documento de identificação, etc., visando evitar que seja embarcado em
aeronave de outra empresa.
Tripulação e funcionários cumprem a mesma rotina, procurando processar esta
atividade fora do fluxo de passageiros a fim de evitar transtornos ao processo
de embarque. Havendo necessidade de reposição de mercadorias para as
lojas situadas nas áreas restritas, através de funcionários, deve-se adotar um
procedimento distinto para a entrada desses materiais, procurando vistoriá-los
antes de serem conduzidos para o interior das salas restritas. Adota-se aí o
mesmo processo de separação deste trabalho, do fluxo de passageiros.

INSPEÇÃO COM DETECTOR MANUAL DE METAIS (RAQUETE)

O APAC deve realizar a inspeção em cima de tapete de borracha localizado


a uma distância do pórtico que não permita sua interferência no
equipamento de detecção manual de metais;
O APAC, ao utilizar detector manual de metais, deve mantê-lo a uma
distância de 2,5 cm do usuário durante toda a inspeção;
O agente de proteção deve realizar a inspeção de forma sistemática, na
parte frontal e posterior da pessoa.
Solicitar que a pessoa posicione-se de frente com os braços abertos e
erguidos, com os membros superiores elevados a 90°;
Iniciar a inspeção na altura do punho direito do usuário contornando a
cabeça e todo corpo, inclusive passando entre as pernas, desde os pés até
a altura da genitália, em velocidade não muito rápida, nem muito lenta,
terminando no mesmo punho (onde se iniciou);

47
No caso de passageiro utilizando vestido ou saia, não se fará a inspeção
entre, mas sim pela frente das pernas;
Iniciar pelo punho direito do usuário, passando pelo peito em direção ao
punho esquerdo, em velocidade não muito rápida, nem muito lenta;
Iniciar a inspeção no tórax do usuário, em movimento de zigue e zague, em
velocidade não muito rápida, nem muito lenta, atingindo a região da cintura
do mesmo.
O mesmo procedimento feito na parte frontal deve ser realizado na parte
posterior da pessoa.

PESSOAS QUE NECESSITAM DE ATENDIMENTO DIFERENCIADO

BEBÊS – O APAC deve solicitar ao responsável pela criança que a retire de seu
carrinho, submetendo-a a inspeção por meio de raquete, ou passar pelo pórtico
juntamente com o responsável ligeiramente afastado do seu corpo. O carrinho
deve ser dobrado e inspecionado por meio de equipamento de raios-X.
GRÁVIDAS – Deve ser questionada acerca da opção de inspeção pelo pórtico ou
raquete. Se preferir pode ainda sofrer revista pessoal pela APAC feminina.
PESSOA DEFICIENTE MENTAL - Deve ser inspecionada após a inspeção de seu
acompanhante. Este, em caso de necessidade, deve ser questionado a auxiliar
para a realização da inspeção.
Os passageiros que necessitem de assistência especial, com transtorno
psiquiátrico grave, portadores de deficiência, em cadeira de rodas ou em
macas, com auxílios protéticos ou com marca-passo, entre outros, podem
ser inspecionados ou submetidos à busca pessoal, mediante seu
consentimento ou de seu representante legal, por APAC.
PESSOAS COM MEMBROS ENGESSADOS - devem passar pelo pórtico e,
conjuntamente, ser realizada inspeção por meio de raquete no membro
engessado.

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PASSAGEIROS CUJA RELIGIÃO NÃO PERMITA A REVISTA PESSOAL E DE
SUA BAGAGEM - Deve ser submetido aos mesmos procedimentos de inspeção.
Em caso de necessidade de revista pessoal e/ou de sua bagagem, deve ser
informado acerca da exigência de sua inspeção. Em caso de insistência em sua
recusa , deve ser negado o embarque, até que este retire, por conta própria, os(s)
objetos(s) responsáveis (eis) pelo alarde.
TRANSEXUAIS - Deve ser verificado o sexo do passageiro por meio do bilhete de
passagem, ou, em caso de dúvida, documento de identificação, sendo a inspeção
conduzida por APAC do mesmo sexo que o atestado por sua documentação.
DIGNITÁRIOS, DIPLOMATAS, CHEFES DE ESTADO E VISITANTES ILUSTRES
- Isenções do processo de inspeção estão sujeitas à aprovação da autoridade
aeronáutica, mediante coordenação antecipada. Malas diplomáticas e consulares,
desde que devidamente identificadas e lacradas, também estão isentas de
inspeção; Diplomatas em viagens não-oficiais devem ser inspecionados como
passageiros comuns, inclusive suas bagagens.
INSPEÇÃO FÍSICA DE BAGAGENS DE MÃO

Todos os pertences dos passageiros devem ser inspecionados pelo equipamento


de raios-X nos aeroportos com operação de aeronaves com mais de 60 assentos.
À distância entre uma bagagem e outra, a ser posicionada na esteira, deve
permitir que o agente operador de raios-X observe a tela por pelo menos 5
segundos.
O tempo de 5 segundos é o mínimo necessário para se verificar a
bagagem. O operador deve, sempre que necessário, utilizar-se dos
recursos oferecidos no equipamento de modo a buscar um maior
detalhamento da imagem exibida, eliminando todas suas dúvidas.
Caso a dúvida permaneça, ou em caso de bagagem suspeita, a mesma
deve ser encaminhada para a inspeção física, devendo o APAC raios-X
indicar a possível suspeita ao APAC inspeção manual.

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A bagagem deve ser posicionada de forma que permaneça no campo de
visão do passageiro e do APAC; O passageiro deve olhar, mas não terá
acesso a bagagem até que a inspeção física se encerre;
O tempo máximo de permanência do APAC no Raio X é de 20 minutos,
devendo retornar após 40 minutos em sistema de rodízio.
A inspeção física da bagagem de mão só poderá ser efetuada por agentes de
proteção da aviação civil (APAC) e com AUTORIZAÇÃO do passageiro. Caso o
passageiro não autorize a inspeção, seu embarque deve ser NEGADO.

NECESSIDADE: Em situação normal, 5% dos passageiros (ou um a cada 20)


devem ser submetidas aleatoriamente à inspeção; Sempre que o exame por
raios-X não puder estabelecer claramente o conteúdo da mala; Nos casos em que
não puder ser efetuada a inspeção por outros meios; Quando existir um elevado
nível de ameaça no aeroporto ou na empresa aérea.

Para que a inspeção manual seja eficiente é necessário que o APAC raios-X
indique com precisão ao APAC de inspeção de bagagens o local e o item a ser
inspecionado. No entanto, o APAC de inspeção não deve se fixar apenas ao
objeto indicado pelo APAC raios-X, devendo buscar outros possíveis itens
proibidos. A bagagem deve estar posicionada de maneira que o conteúdo esteja
visível para o APAC de inspeção e o passageiro; Estabeleça uma seqüência
lógica, para que toda a mala e seu conteúdo sejam inspecionados; Coloque luvas
e tenha cuidados com objetos perfuro-cortantes; Inspecione a mala por camadas,
apalpando peça por peça; Caso sejam encontrados objetos em que se que
possam ocultar itens proibidos, estes devem ser inspecionados individualmente;
Se a mala tiver diversos compartimentos, inspecione com cuidado cada um deles;
Ao encontrar um objeto proibido o APAC deve adotar os procedimentos previstos
no Programa de Segurança Aeroportuária (PSA).

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EMBARQUE DE PASSAGEIROS ARMADOS

A Administração Aeroportuária, Empresa Aérea e Polícia Federal estabelecerão


procedimentos para embarque de passageiros armados.

PROCEDIMENTOS:
O embarque de passageiro com arma de fogo deve se restringir aos
servidores governamentais autorizados, levando-se em conta os aspectos
relativos à necessidade, à segurança de vôo e à segurança da aviação civil,
atendendo aos atos normativos da ANAC, em coordenação com a PF.
Caso o passageiro responda que está portando arma, pedir-lhe documento de
identificação (se não foi feito antes) e documentos referentes à arma.
O atendente não irá realizar o papel da Polícia Federal, ou seja, não irá analisar a
validade da documentação, apenas irá verificar se o passageiro possui consigo o
porte de arma e seu registro para que possa ser conduzido até a Polícia Federal;
O atendente deverá lembrar ao passageiro que poderá levar apenas uma arma
(pequeno porte ) com munição principal e reserva,que sua arma deverá ser
desmuniciada em local apropriado (provido pela AAL, antes que possa embarcar
na aeronave; O atendente deverá identificar se o passageiro possui porte por
prerrogativa de cargo ou não, para depois, adotar um dos dois procedimentos
distintos.
PASSAGEIROS COM PORTE DE ARMA POR PRERROGATIVA DE CARGO -
Oficiais das Forças Armadas;
Policiais Federais;
Policiais Rodoviários Federais;
Oficiais das Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal;
Oficiais dos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados e do Distrito
Federal;

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Agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do
Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República;
Agentes e Delegados das Policias Civis dos Estados e do Distrito Federal;
Integrantes da Carreira de Auditoria da Receita Federal, Auditores-Fiscais
e Técnicos da Receita Federal;
Promotores de Justiça dos Estados e do Distrito Federal;
Procuradores do Ministério Público Federal;
Integrantes das Polícias da Câmara Federal e do Senado Federal;

Regras para embarque de passageiros armados (IAC 107-1005):

A Polícia federal (ou outro órgão de segurança pública que realiza este
papel no aeroporto) deve informar a empresa aérea através de documento
sobre o embarque de passageiro armado;
A tripulação deve estar ciente da localização do passageiro armado, caso
haja troca de tripulação esta deve ser informada da localização do referido
passageiro;
Não deverá ser servida bebida alcóolica ao passageiro que embarcar
armado;
O passageiro armado não deve trocar de assento durante o voo;
Caso haja mais de um passageiro armado no mesmo voo um deve ter
conhecimento da localização do outro.
via de regra o porte de arma por prerrogativa de cargo é concedido para
agentes públicos
-
AUTORIZAÇÃO PARA TRANSPORTE OU PORTE SEM SER POR RAZÃO DE
OFÍCIO - Para quem demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de
atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física com eficácia
temporal e territorial.

52
PRERROGATIVA DE CARGO: Preencher o formulário de embarque de
passageiro armado em 2 vias (comandante, registro da empresa); Orientar o
passageiro sobre permanência no assento, restrição de bebidas alcoólicas e
assentos de outros passageiros armados; A comunicação do embarque de
passageiro armado à empresa aérea será realizada por meio de documento
expedido pela PF ou, na sua ausência, por órgão de segurança pública
responsável pelas atividades de polícia no aeroporto.
No caso de transferência de vôos, a empresa aérea deve notificar a tripulação da
nova aeronave, incluindo as demais informações do procedimento padrão.
Coordenar com a AAL o embarque evitando alarde da equipe de inspeção.

TRANSPORTE OU PORTE SEM SER POR RAZÃO DE OFÍCIO: Preencher o


formulário de embarque de passageiro armado em 3 vias (comandante, registro
da empresa, anexada à arma); Após liberação pelo DPF, a arma deve ser
acondicionada em envelope ou outro recipiente lacrado para condução discreta à
aeronave; Proibido transporte da arma no interior da cabine de passageiros
Em ambos os casos a Polícia Federal preencherá o formulário de permissão de
embarque e entregará uma via para o passageiro.

PASSAGEIROS SOB CUSTÓDIA EM VÔOS DOMÉSTICOS - A AAL deve


coordenar com antecedência o embarque com a empresa aérea, Órgão
responsável pela escolta e Órgão de segurança do aeroporto, visando
estabelecer medidas especiais de segurança.
Somente será permitido o embarque de dois prisioneiros por vôo e no mínimo dois
policiais por preso em aeronave privada; O prisioneiro com os policiais
embarca primeiro que os demais passageiros e desembarca depois de
finalizado o desembarque; A empresa aérea não é obrigada a transportar preso;
A escolta não pode carregar cassetete, gás lacrimogêneo ou outro gás
similar incapacitante a bordo da aeronave; A pessoa sob custódia deve ocupar

53
assento no final da cabine de passageiros, fora das saídas de emergência, e um
policial entre ela e o corredor e estar sempre acompanhada, inclusive no uso dos
sanitários; A escolta deve possuir equipamentos de contenção a serem
utilizados, se necessários (ALGEMAS/LACRES). Em situação normal o
prisioneiro não poderá ser algemado a nenhuma parte da aeronave, incluindo
mesas e assentos.

EMBARQUE E DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS ARMADOS EM VÔOS


INTERNACIONAIS - Agentes armados, acompanhando autoridades
governamentais ou diplomatas estrangeiros com destino ao Brasil, não são
admitidos a bordo, salvo em condições especiais e de acordo com as medidas
preventivas de transporte de arma, coordenadas com o MRE, a PF, a RFB, a
ANAC e a administração aeroportuária.
Os agentes de segurança estrangeiros armados, para a proteção de vôos dos
operadores aéreos de seus Estados, ao desembarcarem no aeroporto de destino
no Brasil, devem depositar suas armas em local apropriado, conforme
entendimentos ratificados entre a PF, a RFB, a ANAC, administração
aeroportuária e o país interessado.

SITUAÇÕES ESPECIAIS

MATERIAIS CONFIDENCIAIS DE GOVERNO: não estão excluídos de inspeção.


Porém, é proibido que se leia este material. Um emissário que esteja carregando
materiais confidenciais deve portar uma carta informando a situação. O APAC
deve notificar ao supervisor. O emissário e todos os outros itens devem ser
inspecionados normalmente.
MALAS DIPLOMÁTICAS E CONSULARES: As malas diplomáticas e consulares
caem em critérios muito específicos e limitados que são determinados por acordos

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internacionais entre governos. Malas, bolsas, pastas e envelopes diplomáticos
contêm correspondências para ou de um governo autônomo. As malas
diplomáticas são carregadas por pessoas que foram creditadas com status
diplomáticos e que têm a devida identificação – como um passaporte diplomático.
Tenha em mente que malas diplomáticas estão isentas de inspeção, desde que
estejam lacradas e a pessoa que a estiver carregando tenha um documento que
identifica o número de pacotes dentro da mala diplomática. Uma mala
diplomática pode passar sem ser inspecionada, mas todos os outros itens de
mão devem ser inspecionados normalmente.
ITENS EXTRAORDINÁRIOS: Os itens de alto valor podem ser inspecionados
manualmente, em local reservado e com testemunha. Materiais científicos, como
instrumentos, documentos, espécimes ou itens estéreis, podem subir a bordo sem
ser abertos se abri-los for violar ou contaminar seu conteúdo. Isto é verdade,
desde que arranjos anteriores, semelhantes aos feitos para material confidencial
de governo, sejam feitos. As pessoas que estão carregando materiais científicos
podem pedir uma triagem pessoal. Os passageiros que estiverem carregando
itens extraordinários devem ter a documentação apropriada que verifique o
conteúdo e estabeleça a identidade de quem estiver carregando.
Materiais de evidências (provas) e restos mortais podem ser isentos de inspeção
por raios-X ou exame físico se eles não puderem ser abertos sem danificar ou
violar o conteúdo. Porém, esses procedimentos devem ser coordenados
anteriormente com a empresa aérea e a pessoa deve fornecer a devida
documentação e identificação pessoal. A pessoa e seus itens de mão ordinários
ainda devem passar pelo processo normal de inspeção.
ITENS RELIGIOSOS: Certos itens religiosos podem ser considerados sagrados.
Sua abertura pode ser considerada uma profanação. Entretanto, no caso de
suspeita, esses itens devem ser abertos ou o embarque do passageiro deve ser
negado. Uma pessoa religiosa deve ser tratada com dignidade e cortesia, mas
deve ser inspecionada normalmente. Se a pessoa religiosa recuar-se a ser
inspecionada, chame o supervisor.

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CONTRABANDO: Se você descobrir contrabando, não detenha a pessoa ou
confisque os itens. Informe o supervisor, agente policial, ou agente da receita.

DIRETRIZES DE SEGURANÇA
Os APAC devem estar atualizados das informações de segurança. A ANAC
disponibiliza em seu website, noticias e informações importantes relativas à
segurança da aviação civil. Elas são distribuídas a grupos que tenham
necessidades operacionais das informações e que possam tomar ações para
manter contramedidas existentes ou voluntariamente iniciar novas contramedidas
para atacar uma ameaça. O supervisor lhe manterá atualizado sobre as diretrizes
de segurança e circulares informativas em geral. A administração aeroportuária
instruirá o seu supervisor quanto a questões sobre as informações nos avisos.
As informações específicas do posto de controle incluem políticas, procedimentos,
protocolos, avisos e boletins que possam ser exclusivos a um determinado
aeroporto ou empresa aérea (INFORMAÇÕES DA ANAC, INFORMAÇÕES DO
POSTO DE CONTROLE, INFORMAÇÕES DO AEROPORTO, INFORMAÇÕES
DO APAC).

EMBARQUE NEGADO
Pessoas que se recusam ao processo de inspeção voluntária.
Passageiros que fazem ameaças verbais.
Passageiros que tenham um item mortífero ou perigoso descoberto em sua
pessoa ou em seus itens de mão.
Esteja alerta para situações incomuns como violações da segurança. Uma
violação ocorre quando uma pessoa não inspecionada entra em área estéril. Se
houver uma violação, notifique o supervisor. O supervisor deve notificar o agente
policial do aeroporto. Se for definido pelo seu supervisor, siga a pessoa a uma
distância segura. Formule uma descrição precisa da pessoa. Notifique o
supervisor e mantenha uma imagem mental da pessoa que cometeu a violação.
Normalmente, lhe será dito para seguir a pessoa e observar quaisquer itens que

56
ele dispensar. Faça isso até um agente policial aproxime-se de você. Mostre quem
é a pessoa, mencione qualquer informação que você tenha retido e passe a
situação adiante à autoridade competente.

MÓDULO 7
PROTEÇÃO DE AERONAVES

A aeronave que não estiver em serviço e sem constante vigilância deve ser
trancada e selada, com as escadas ou pontes de embarque removidos. A
aeronave em serviço ou que se encontre em manutenção não deve ser
deixada sem vigilância do seu operador, a fim de evitar o acesso de pessoas não
autorizadas. Os empregados responsáveis pelo despacho, a tripulação e a equipe
de manutenção devem identificar todos aqueles que se aproximem ou embarquem
na aeronave, bem como confirmar se a presença dos mesmos é necessária. Vôos
sob elevado nivel de ameaça devem ser adotados alguns procedimentos tais
como: Estacionamento em ponto remoto; Vistoria na área designada para
seu estacionamento e redondezas; Aumento da freqüência; Inspeção da
Pista de Pouso/ Táxi; Monitoramento da área externa; Verificação do material a
ser levado a bordo; A empresa aérea deve acompanhar a montagem e o
transporte dos serviços de provisão de bordo, desde a origem até o
recebimento na aeronave; Efetuar a Varredura nas aeronaves tanto na
origem quanto nas escalas;

VARREDURA (Verificação de Segurança da Aeronave): Inspeção de aeronave


para busca e detecção de armas, artefatos explosivos, substâncias nocivas e
57
outros dispositivos que possam ser utilizados para cometer um ato de interferência
ilícita. O acesso à aeronave após o procedimento de varredura até o fechamento
das portas da aeronave deve ser controlado e registrado por meio de uma ficha de
controle de acesso à aeronave.
RECEBIMENTO DE SERVIÇO E PROVISÃO DE BORDO: As medidas de
segurança aplicadas às provisões de serviço de bordo têm como objetivo evitar o
embarque de material que possa ser utilizado em ato de interferência ilícita.
O DESPACHO AVSEC de vôo é formado pelos seguintes documentos:
Ficha de controle de acesso à aeronave
Controle de atividades de segurança em aeronave no solo
Manifesto de bagagem embarcada
Ficha de controle de embarque de comissária
Ficha de controle de bagagem
Lista de verificação para varredura
Artigos encontrados na aeronave

Táxi Aéreo, Serviços Aéreos Especializados e Outros Operadores da Aviação


Geral - Áreas de estacionamento devem ser separadas das áreas onde se
encontrem aeronaves dos demais operadores. Os passageiros, tripulantes e
funcionários dessas empresas passam pelo processo normal de inspeção de
segurança do aeroporto.

RECONCILIAÇÃO DE BAGAGENS
Um processo de reconciliação e autorização para a bagagem despachada visa
garantir que somente seja transportada a bagagem dos passageiros efetivamente
embarcados em um determinado vôo, ou que esteja autorizada a ser embarcada
naquele determinado vôo, e que tenha sido submetida a um Sistema de Controle
de Segurança. Cada bagagem despachada deve ser identificada e registrada e
deve possuir etiqueta com o número do vôo, a data, o nome do passageiro, os
indicadores dos aeroportos de origem e destino, e um código da segurança.

58
O código de segurança deve ser destacado e colado na ficha de controle de
bagagem para facilitar a localização de uma determinada bagagem no
interior da aeronave. No momento do embarque deve ser realizada a conferência
das pessoas efetivamente embarcadas com as que realizaram o check-in. Todo
passageiro que tenha realizado o check-in, e que não tenha comparecido ao
embarque, deve ser identificado e ter a(s) sua(s) bagagem(ns) retiradas da
aeronave, independente se pode atrasar a saída do vôo. Bagagem separada do
passageiro deve sofrer CONTROLE ADICIONAL DE SEGURANÇA antes de ser
armazenada e termo formal de aceitação de envio pela base de destino – RUSH.
A bagagem de transferência, conexão ou trânsito deve ser embarcada mediante
confirmação do embarque do respectivo passageiro. Bagagem despachada no
portão de embarque deve ser registrada e receber uma etiqueta que a identifique
como bagagem despachada no portão.
BAGAGEM DESACOMPANHADA: Bagagem despachada como carga, podendo
ou não ser levada na mesma aeronave com a pessoa que a pertença.
MANIFESTO DE BAGAGEM EMBARCADA: Documento que contém o número
total de bagagem a serem embarcados, contabilizando aqueles de origem, de
transferência e de trânsito, bem como os volumes desacompanhados. O manifesto
deve estar compatível com os volumes realmente embarcados (bagagens locais,
transferência e trânsito) devendo ser conferido e apresentado ao comandante da
aeronave. Tripulante que fez check-in no balcão de despacho tem sua bagagem
tratada igual a dos demais passageiros.

VARREDURA DE AERONAVES

A segurança da aeronave é responsabilidade da empresa aérea, cujos


procedimentos de proteção devem constar no Programa de Segurança de
empresa Aérea (PSEA) em coordenação com a administração aeroportuária,
sendo parte integrante do Programa de Segurança Aeroportuária (PSA).

59
A atividade regular de varredura deve ser conduzida sempre em vôos de origem
internacional ou doméstico (antes de a aeronave entrar em serviço), ou
quando os procedimentos estabelecidos no Plano de Contingência, nos
respectivos PSA e PSEA, assim a exigirem. Entende-se como vôo de origem, todo
aquele iniciado após uma aeronave permanecer estacionada, sem que se estejam
sendo executados procedimentos operacionais de preparação para o vôo
(reboque, abastecimento de combustível, recebimento de serviços ou provisões de
bordo, checks operacionais da tripulação, limpeza, troca de tripulação). A empresa
aérea deve desenvolver listas de verificação específicas para cada tipo de
aeronave que opere e incluí-la como norma de segurança da tripulação,
devendo ser submetida a treinamento específico. As listas devem ser
elaboradas de forma que equipes que não estejam familiarizadas com a
configuração da aeronave tenham facilidade em seguir a sequência de inspeção,
realizando a varredura de maneira eficiente. A varredura deve ser executada em
uma sequência lógica, estabelecida por uma lista de
verificação detalhada, para que nenhum item deixe de
ser inspecionado. Os procedimentos de varredura O APAC realiza
devem ser desenvolvidos de forma a evitar a Inspeções quando a
duplicação dos esforços pela equipe de
aeronave permanecer
fora de serviço para
inspeção. manutenção; houver
Para facilitar a visualização das áreas a serem suspeita de acesso,
inspecionadas, todos os pontos de acesso à violação de lacres e sem
vigilância; e em ameaça
aeronave devem permanecer abertos (portas,
vermelha
dutos de entrada e saída de ar, janelas de
inspeção). Os compartimentos que necessitam de
ferramentas para serem abertos, só devem ser
inspecionados se estiverem sem os lacres ou verificado que foram forçados. Este
procedimento deve ser executado com ajuda do pessoal da equipe de
manutenção. Nas áreas externas da aeronave os motores, trens de pouso,
superfícies de comando, compartimentos de aviônicos e sistemas, são

60
componentes que facilmente podem provocar
acidentes, por isso precisam de atenção
especial durante a A tripulação efetua a inspeção. Caso seja
identificado algum Verificação de objeto desconhecido,
a supervisão e a Segurança (origem e manutenção devem
escala) em quaisquer
ser acionadas para os
vôos internacionais; e
esclarecimentos nos domésticos com técnicos. Após a
varredura, até o ameaça nacional fechamento das
portas para o início âmbar. o voo, a aeronave
deve ser mantida sob proteção e efetuado o
controle de acesso à aeronave, com registro de
todas as pessoas que necessitaram executar alguma atividade no seu interior.
Após a varredura deve ser efetuada uma nova inspeção, pela equipe de selagem,
para certificar que todas as portas de acesso foram fechadas, colocando uma
etiqueta lacre para garantir a inviolabilidade das mesmas.
Caso seja encontrado qualquer objeto suspeito durante a varredura o supervisor
deve ser acionado imediatamente, para que possa colocar em ação os
procedimentos previstos no PSEA/PSA. O objeto não deve ser tocado, marque
sua localização, desligue os aparelhos de comunicação (25 metros), isole a área
e aguarde novas instruções. A descoberta de um objeto não encerra a varredura,
a busca por outros objetos deve prosseguir.

61
MÓDULO 8
PROTEÇÃO DA CARGA AÉREA – TECA

O que é Carga? Qualquer bem que se transporte numa Aeronave, exceto mala
postal, provisões e bagagem acompanhada ou extraviada. Por que a Carga é
Vulnerável?
Tamanho
O Sistema é bem conhecido
É possível apontar um vôo específico
A inspeção é difícil
O risco é baixo para o terrorista
Utilização da aeronave como arma

CONTROLE DE ACESSO
Só terá acesso ao interior do TECA quem e estiver devidamente credenciado, ou
autorizado. O zoneamento do TECA deve definir o fluxo de entrada e saída de
pessoas e cargas, utilizando-se CFTV, comunicação e controle por APAC e/ou
vigilante. O controle dos terminais de correio e “courier”7 são estabelecidos pelos
respectivos concessionários, em coordenação e sob a supervisão da AAL, de
acordo com o estabelecido no PSESCA. As instalações utilizadas para
recebimento, armazenagem e despacho de carga aérea devem ser protegidas
contra o acesso não autorizado, bem como deve ser implantada barreiras de
segurança separando o lado ar do lado terra. A movimentação no interior do
armazém e no lado ar do TECA deve ser supervisionado por CFTV e Agentes de
Proteção.
PROCEDIMENTOS PARA ACEITAÇÃO DE UMA CARGA:
EXPEDIDOR RECONHECIDO – Carga conhecida (inspeção facultativa)
Carga desconhecida (inspeção obrigatória)

7
Características: rapidez, volumes de pequenas dimensões até 500 kg.
62
EXPEDIDOR DESCONHECIDO – inspeção obrigatória

Quais são os critérios para se identificar um Expedidor conhecido? Cadastro com


a Empresa Aérea; Freqüência de remessa; Tipo de Carga pré-definido.

As cargas que se encontrem em processamento dentro do aeroporto, devem ser


manuseadas e movimentadas em ambiente seguro e ter vigilância constante, para
prevenir a introdução de armas, explosivos ou outro artefato perigoso. A
movimentação da carga aérea será fiscalizada de modo a garantir que nenhum
objeto seja inserido, ou ainda que a mesma não seja embarcada sem os devidos
controles.

TRANSPORTE AÉREO DE VALORES

É o transporte de bens de alto valor aquisitivo realizado, sob contrato de carga,


por empresa aérea concessionária ou autorizada.
O Plano de Segurança de Transporte Aéreo de Valores deverá ser
consolidado (+ q Aprovado) em Comissão de Segurança Aeroportuária – CSA
extraordinária. O transporte aéreo de valores não será realizado, se embarcado
em aeroporto brasileiro, nos casos de: Aeronave que efetue o transporte público
de passageiros, quando forem em moeda nacional ou estrangeira; O
embarque/desembarque não tenha a cobertura do Plano de Segurança para
Transporte Aéreo de Valores.
O transporte aéreo de valores poderá ser realizado no mercado interno, em
aeronave que efetue o transporte público de passageiros, desde que o valor
transportado em cada vôo não exceda o equivalente a R$ 300.000,00, apenas
para os seguintes itens: ouro, prata, platina e outros metais preciosos;
gemas coloridas, diamantes e jóias; e cartões telefônicos, cheque de
viagem, título ao portador, vale-refeição e de transporte.

63
Características do PSTAV: Coordenação sigilosa e oportuna – fluidez e discrição;
Estabelecimento de tempo máximo para permanência de valores nas Áreas
Restritas de Segurança - ARS; Acompanhamento pela AAL de toda operação;
Cobertura de segurança privada e / ou órgão de segurança pública; Restrição do
emprego de armamento na ARS; Alternativas de acesso e saídas; Operações de
embarque/desembarque livres de operações paralelas; Nível de segurança
aeroportuária elevado (Centro de Monitoramento Eletrônico de Segurança –
CMES, e outros); Comunicação confiável durante as operações; Zona de controle
de área restrita (veículo de cobertura e escolta armada); Bloqueio da fuga dos
delituosos; e Procedimento para o acompanhante da carga. Participam da
elaboração do PSTAV: Administração Aeroportuária Local (AAL);
Departamento de Polícia Federal (DPF); Empresas Aéreas; Empresas de
Segurança Privada de Transporte de Valores.

MÓDULO 9
INSPEÇÃO E PROTEÇÃO DE ÁREA ESTÉRIL

Antes de permitir que pessoas ingressem na área esterilizada, o pessoal de


segurança deve inspecioná-los para assegurar-se de que não foram ocultados
artigos proibidos na mesma. O procedimento de inspeção (varredura), de
determinadas áreas, não deve ser somente realizada em resposta a uma condição
emergencial, mas sim uma precaução de rotina. Toda varredura de uma área deve
ser realizada de forma sistemática, a fim de evitar que áreas ou pontos deixem de
ser inspecionados (Nível inferior - debaixo das mesas, balcões, assentos,
móveis, latas de lixo; ; Nível médio - sobre as mesas, balcões, móveis, dentro dos
armários, gabinetes das mangueiras e extintores de incêndio; e Nível superior -
em cima e dentro dos estantes, abajures e acessórios, rebaixamento do teto, etc.).

Se o objeto detectado é uma ARMA

64
Marcar o lugar

Informar ao supervisor

(Acionamento do DPF ou outro Órgão de Segurança Pública existente no


aeroporto)

Se o artigo detectado parecer ser um artefato explosivo

NÃO TOCÁ-LO

Informar ao supervisor

(Acionamento do DPF ou outro Órgão de Segurança Pública existente no


aeroporto)

AMEAÇA DE BOMBA

Comunicação anônima ou de outro tipo, real ou falsa, sugerindo ou indicando que


a segurança de uma pessoa, de uma aeronave em vôo ou em solo, de um
aeroporto ou outra instalação da aviação civil possa estar em perigo pela presença
de artefatos explosivos. Pode ser recebida por meio de carta, telefone, e-mail, fax
e outros. O pessoal que possa vir a receber chamadas telefônicas de ameaça de
bomba, os operadores de centrais telefônicas e o pessoal de venda de bilhetes
das empresas aéreas devem saber as medidas a serem adotadas e as respostas
requeridas, devendo: Escutar atentamente e tomar nota das palavras concretas
que utiliza o autor da ameaça; Tomar medidas para rastrear a chamada ou
alertar a alguém para que o faça; Tomar as medidas que possam ser
necessárias para gravar a chamada, caso isso já não ocorra automaticamente;
Prolongar a chamada para obter a maior quantidade de informações

65
possível; Perguntar: ONDE e QUANDO explodirá a bomba? QUAL o formato?
QUEM É e PORQUE o ameaçador está fazendo isso? ONDE ele está? As
perguntas devem ser feitas de forma aberta, sem insinuar a resposta. O
comandante da aeronave ao tomar conhecimento da ameaça de bomba deve se
reportar ao responsável pela segurança da empresa aérea, para que a avaliação
de risco possa ser realizada o mais rápido possível.

ASSESSORIA DE AVALIAÇÃO DE RISCO: Grupo ativado em nível nacional ou


local (aeroporto), com a finalidade de avaliar o nível de ameaça na aviação civil,
definir os procedimentos decorrentes e acionar as organizações envolvidas,
conforme previsto no PNAVSEC e instruções complementares da ANAC e do
DECEA, visando garantir a continuidade dos serviços e atividades, de acordo com
o Plano de Contingência aplicável. Na avaliação da assessoria de risco, deverá
ser utilizada a Identificação Positiva de Alvo (IPA)8 para classificar a ameaça como
Específica (Vermelha), Não-Específica (Âmbar) ou Falsa (Verde).

AÇÕES DE CONTINGÊNCIA

Quando da avaliação da ameaça se a AAR identificar a ameaça como ÂMBAR ou


VERMELHA, medidas adicionais de segurança deverão ser implementadas
(Ativação do Centro de Operações de Emergência (COE); Intensificar as medidas
de segurança no despacho de passageiros, bagagens, cargas e suprimentos;
Intensificar os procedimentos de inspeção nos postos de controle de acesso;
Busca por artefatos nas instalações ou varredura na aeronave; Isolamento da área
ou deslocamento da aeronave para ponto remoto; Desembarque de passageiros
com conciliação e inspeção de bagagens; Acionamento de peritos no caso de
algum objeto ser considerado suspeito; e Equipes de apoio de sobre aviso ou
alerta (Seção de Contra-Incêndio, Corpo de Voluntários de Emergência).

8
Processo que utiliza as especificidades das informações contidas numa ameaça para determinar a sua
credibilidade
66
SITUAÇÃO DE CRISE (SAÍDA DA NORMALIDADE): Situação que coloca em
risco a segurança de pessoas, patrimônio, bens e instalações relacionadas com a
aviação civil ou com a operação de aeroportos e de aeronaves. O COE –
CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA é o Setor de segurança
aeroportuária que, em situações de emergência, permite o gerenciamento de
crises, incluindo aquelas decorrentes de atos de interferência ilícita contra a
aviação civil. GABINETE DE CRISE: Setor da Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC) que, em situações de emergência, permite o gerenciamento de crises em
âmbito nacional.

PLANO DE CONTINGÊNCIA

É o Plano desenvolvido em nível nacional, local (aeroporto) e setorial (empresa


aérea) que abrange hipóteses de diversos patamares de ameaças de atos ilícitos
contra a segurança da aviação civil, com os respectivos procedimentos a serem
adotados, visando garantir a continuidade de seus serviços e atividades, bem
como a responder a situações de emergência pelo gerenciamento de crise.

Envolve tanto a PREVENÇÃO da prática de atos ilícitos, como medidas de


gerenciamento das EMERGÊNCIAS que venham a ocorrer devido à ocorrência do
ato ilícito. Deve estar compatibilizado com o PSA e com o Plano de Emergência
do Aeroporto, para assegurar uma implementação eficaz das ações de
contingência, quando de seu acionamento nas situações sob ameaça ou de crise.

Todo pessoal deve ter conhecimento de seu papel dentro do definido no Plano de
Contingência do aeroporto e da empresa aérea. Contém as informações
concernentes à infra-estrutura disponível para o seu acionamento e as
responsabilidades do Centro de Operações de Emergência (COE).

ATIVAÇÃO DO PLANO DE CONTINGÊNCIA: tumultos; assalto; invasão de


áreas; emergência por bagagens / cargas / pacotes suspeitos; greves.

EXEMPLOS DE ATOS DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA


67
apoderamento ilícito de aeronave em vôo; apoderamento ilícito de aeronave
no solo; invasão de aeronave, de um aeroporto ou das dependências de uma
instalação aeronáutica; introdução de arma, artefato ou material perigoso,
com intenções criminosas, a bordo de uma aeronave ou em um aeroporto;
comunicação de informação falsa que coloque em risco a segurança de uma
aeronave em vôo ou no solo, dos passageiros, tripulação, pessoal de terra
ou público em geral, no aeroporto ou nas dependências de uma instalação
de navegação aérea; ataque a aeronaves utilizando Sistema Antiaéreo
Portátil.

CLASSIFICAÇÃO DOS INCIDENTES

SAFETY: acidentes e incidentes aeronáuticos : trinômio homem - meio –


máquina.

SECURITY: crises de natureza criminosa : problemas sociais, econômicos,


políticos, ideológicos e psicológicos da humanidade.

SIGLAS E ABREVIATURAS

• AAL - Administração Aeroportuária Local


• AAR – Assessoria de Avaliação de Risco
• ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil
• APAC – Agente de Proteção da Aviação Civil
• AVSEC – Segurança da Aviação Civil
• ATS – Serviço de tráfego Aéreo
• CBA – Código Brasileiro de Aeronáutica
• COMAR - Comando Aéreo Regional
• CETESB – Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental
• CSA – Comissão de Segurança Aeroportuária
• COE – Centro de Operações de Emergência
68
• CGNA – Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea
• DSAC – Documento de Segurança da Aviação Civil
• IAC – Instituto de Aviação Civil ou Instrução de Aviação Civil
• IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo
• INFRAERO – Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária
• INSPAC – Inspetor de Aviação Civil
• IPA – Identificação Positiva de Alvo
• OACI – Organização da Aviação Civil Internacional

• PCM – Posto de Coordenação Móvel


• PNAVSEC – Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil
• PNCAVSEC – Programa Nacional de Contingência de Segurança da A.
Civil
• PNCQ/AVSEC – Programa Nacional de Controle de Qualidade de
Segurança da Aviação Civil.
• PSA – Programa de Segurança Aeroportuária
• PSEA – Programa de Segurança de Empresa Aérea
• PSESCA – Plano de Segurança de Empresas de Serviços e
Concessionários Aeroportuários
• TECA – Terminal de Carga

<Se todos nós fizéssemos tudo que somos capazes de fazer,

Iríamos literalmente nos surpreender a nós mesmos.>

Thomas Edison

69
EXERCÍCIO MODULAR 01 – BÁSICO AVSEC
Questão 01: Quais são os cursos existentes na área de Segurança da Aviação
Civil e quais deles são obrigatórios para os gerentes de segurança?
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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Questão 02: Defina lado ar e lado terra de um aeroporto:


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Questão 03: Com relação aos Anexos da OACI (Organização de Aviação Civil
Internacional) indique aquele que trata sobre Segurança de Aviação Civil:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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Questão 04: Diferencie Ponto Sensível de Ponto Vulnerável, exemplificando-os:


__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

Questão 05: Quais são os tipos de ataques que podem ser utilizados contra a
Segurança da Aviação Civil?
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

70
EXERCÍCIO MODULAR 02 – BÁSICO AVSEC
Questão 01: Para fins de credenciamento, como são classificadas as áreas de um
aeroporto?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

Questão 02: Cite quais são os tipos de credencial, com suas respectivas
validades:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

Questão 03: Para fins de credenciamento, como se dividem as áreas


controladas?:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

Questão 04: Qual a finalidade dos “códigos de acesso” nas credenciais de


pessoas e veículos? Exemplifique:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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Questão 05: Qual o procedimento de segurança que deve ser adotado para um
veículo que tenha a necessidade de acesso à área restrita de segurança com
“ATIV especial”?
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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EXERCÍCIO MODULAR 03 – BÁSICO AVSEC
Questão 01: Descreva a finalidade de um controle de acesso:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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Questão 02: Quais as medidas de segurança que devem ser aplicadas para
separar uma ARS de uma área pública de um aeroporto?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

Questão 03: Um veículo portador de ATIV Permanente chega no portão de


acesso de veículos com 4 pessoas em seu interior, neste caso, descreva o
procedimento correto a ser realizado pelo APAC:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

Questão 04: Com relação ao canal de inspeção de passageiros, cite as três


funções que podem ser desempenhadas pelos APAC, descrevendo uma delas:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

Questão 05: Descreva as categorias de itens proibidos:


__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

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EXERCÍCIO MODULAR 04 – BÁSICO AVSEC
Questão 01: Você está realizando uma rádio comunicação com um de seus
funcionários sobre um passageiro problemático. Durante esta comunicação outro
funcionário realiza uma chamada inicial sobre uma emergência, neste caso qual
procedimento correto a ser adotado?
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__________________________________________________________________
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Questão 02: Cite uma característica que identifique um acidente aeronáutico:


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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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Questão 03: Com relação ao triângulo do fogo, indique os elementos necessários


para a ocorrência de combustão:
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Questão 04: Com relação a teoria de prevenção de incêndio, cite quais são as
três formas existente de transmissão de calor:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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__________________________________________________________________
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Questão 05: Com relação à teoria de prevenção e combate a incêndio, cite os três
métodos existentes de combate ao fogo:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

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EXERCÍCIO MODULAR 05 – BÁSICO AVSEC
Questão 01: Quando, após a inspeção pelo equipamento de raios-X, se faz
necessária uma inspeção manual da bagagem de mão do passageiro?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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___________________________________________________

Questão 02: No equipamento de raios-X, quais as cores que representam,


respectivamente, METAL, MATERIAL ORGÂNICO e LIGAS COMPOSTAS?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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Questão 03: Com que freqüência deve ser realizada o teste de calibração do
pórtico detector de metal?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

Questão 04: Na análise do nível de absorção dos objetos pelos raios-X, que
conclusão podemos chegar quanto à observação de um objeto em uma cor escura
e um objeto em uma cor clara?
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

Questão 05: Qual equipamento de segurança em um aeroporto identifica um


explosivo em uma bagagem de mão de um passageiro ?
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

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EXERCÍCIO MODULAR 06 – BÁSICO AVSEC
Questão 01: Durante a realização da identificação de um passageiro, indique três
fatores de risco que por ventura o passageiro possa apresentar?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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Questão 02: Indique duas medidas adicionais de segurança que devem ser
implementadas quando um passageiro for considerado suspeito?
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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Questão 03: Durante a inspeção manual da bagagem de mão de um passageiro,


qual procedimento deve ser realizado quando um APAC identificar um item
proibido?
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

Questão 04: Descreva o procedimento correto para o embarque de um


passageiro armado com prerrogativa de cargo?
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__________________________________________________________________
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Questão 05: No caso de troca de tripulação de um vôo onde haja um ou mais


passageiros armados a bordo, qual o procedimento que a empresa aérea deve
adotar antes da nova tripulação assumir o vôo?
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__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

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EXERCÍCIO MODULAR 07 – BÁSICO AVSEC
Questão 01: Quem são os responsáveis pela varredura de uma
aeronave?Descreva em que situações cada um destes responsáveis irá atuar.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________

Questão 02: O que é uma varredura de aeronave?


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Questão 03: Com relação à reconciliação, qual procedimento deve ser adotado
para bagagens em transferência?
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Questão 04: Estando uma aeronave localizada em área remota, após a realização
do procedimento de varredura, qual a medida de segurança que deve ser adotada
em caso da mesma permanecer aberta?
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Questão 05: Para uma aeronave estacionada fora de operação, quais os


procedimentos de segurança que devem, obrigatoriamente, ser seguidos?
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EXERCÍCIO MODULAR 08 – BÁSICO AVSEC
Questão 01: Defina transporte aéreo de valores:
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Questão 02: Qual o objetivo da IAC 4001?


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Questão 03: Explique como é realizada a consolidação do PSTAV e quais os elos


que participam da sua elaboração:
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Questão 04: Nos conceitos utilizados para carga, explique as medidas de


segurança que devem ser aplicadas para a aceitação de cargas geradas por um
expedidor conhecido e expedidor desconhecido:
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Questão 05: O TECA da empresa CARGAKI possui um acesso ligando a área


pública a uma ARS, nesta situação qual será a configuração mínima deste
controle de acesso?
Característica do aeroporto:
• Operações de vôos internacionais;
• Operação de aeronaves com mais de 60 assentos
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EXERCÍCIO MODULAR 09 – BÁSICO AVSEC
Questão 01: Qual é o documento do aeroporto e ou empresa aérea que define os
procedimentos a serem adotados em caso de recebimento de uma ameaça de
bomba?
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Questão 02: Cite 3 (três) procedimentos que estão contidos em um Plano de


Contingência:
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Questão 03: Que ações devem ser adotadas por uma pessoa que receba uma
chamada telefônica de ameaça de bomba?
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Questão 04: Qual é o papel desempenhado pela Assessoria de Avaliação de


Risco (AAR) e quem são seus componentes?
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Questão 05: Uma ameaça de bomba é classificada como vermelha pela AAR de
um aeroporto. Cite que medidas adicionais de segurança devem ser
implementadas neste aeroporto:
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