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AVSEC
Prezado(a) aluno(a),
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GLOSSÁRIO
Siglas – Você poderá encontrar no decorrer do curso algumas das siglas relacionadas
abaixo:
Fique por dentro!!!!
AAM – Ameaça Âmbar
AAR – Assessoria de Avaliação de Risco
ABIN – Agência Brasileira de Inteligência
AC – Área Controlada
AD – Aeródromo
ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
AOSSP – Aircraft Operator Standard Security Program
AP – Aeroporto
APAC – Agente de Proteção da Aviação Civil
ARS – Área Restrita de Segurança
ATC – Controle de Tráfego Aéreo
AVD – Ameaça Verde
AVM – Ameaça Vermelha
AVSEC – Segurança da Aviação Civil
AWB – Air waybill (Conhecimento aéreo)
CFTV – Circuito Fechado de Televisão e Vigilância
CHT – Certificado de Habilitação Técnica
CIE – Cédula de Identidade de Estrangeiro
CINA – Comissão Internacional de Navegação Aérea
CINDACTA – Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo
CMES – Centro de Monitoramento Eletrônico de Segurança
COA – Centro de Operações Aeroportuárias
COE – Centro de Operações de Emergência
COMAER – Comando da Aeronáutica
COMAIL – Aircraft Operator Company Mail (Correspondências do operador aéreo)
COMAT – Aircraft Operator Company Materials (Materiais do operador aéreo)
CONSAC – Comissão Nacional de Segurança da Aviação Civil
CSA – Comissão de Segurança Aeroportuária
CT – Computed Tomography (Tomografia computadorizada)
CVE – Corpo de Voluntários de Emergência
DAVSEC – Diretriz de Segurança da Aviação Civil
DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo
DEI – Dispositivo Explosivo Improvisado
DOC – Documento
DPF – Departamento de Polícia Federal
DSAC – Documento de Segurança da Aviação Civil
DT – Dispositivo de Teste
EDS – Explosive Detection System (Sistema de Detecção de Explosivos)
EI – Estado Islâmico
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ESAB – Exercício Simulado de Ameaça de Bomba
ESAIA – Exercício Simulado de Apoderamento Ilícito de Aeronaves
ESATA – Empresa de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo
ETD – Explosive Trace Detection (Detector de Traços Explosivos)
EUA – Estados Unidos da América
GSC – Ground Security Coordinator
IAC – Instrução de Aviação Civil
IATA – International Air Transport Association (Associação Internacional do Transporte Aéreo)
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
INTERPOL – Organização Internacional de Polícia Criminal
IPA – Indicação Positiva do Alvo
IRA – Informações Restritas de AVSEC
IS – Instrução Suplementar
LL – Lost luggage (Perdidos e achados)
MAER – Ministério da Aeronáutica
MANPADS – Man Portable Air Defense System (Sistema antiaéreo portátil)
MPCI – Manual de Procedimentos do Centro de Instrução
MRE – Ministério de Relações Exteriores
OACI – Organização de Aviação Civil Internacional
PCM – Posto de Coordenação Móvel
PIAVSEC – Programa de Instrução em Segurança da Aviação Civil
PM – Polícia Militar
PNAVSEC – Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil
PNCAVSEC – Programa Nacional de Contingência de Segurança da Aviação Civil
PNCQ – Programa Nacional de Controle de Qualidade
PNIAVSEC – Programa Nacional de Instrução em Segurança da Aviação Civil
PSA – Programa de Segurança Aeroportuária
PSESCA – Programa de Segurança das Empresas de Serviços e Exploradores de Áreas
PSOA – Programa de Segurança do Operador Aéreo
PSTAV – Programa de Segurança para o Transporte Aéreo de Valores
QBRN – Químico, Biológico, Radiológico, Nuclear
RBAC – Regulamento Brasileiro de Aviação Civil
RES – Resolução da Agência Nacional de Aviação Civil
RX – Raios X
SARP – Standard and Recommended Practices
SD – Security Directive (Diretriz de Segurança)
SIBD – Sistema Automático de Inspeção de Bagagens
SISBIN – Sistema Brasileiro de Inteligência
TECA – Terminal de Carga Aérea
TSA – Transportation Security Administration
TWR – Torre de Controle
USAP – Programa Universal de Auditoria de Segurança
VIGIAGRO – Vigilância Agropecuária Internacional
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SUMÁRIO
Apresentação do Aeroporto 33
Bibliografia 125
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MÓDULO 1
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INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL CONTRA ATOS DE
INTERFERÊNCIA ILÍCITA
O que é APAC?
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Inclui também:
Ataque à Transporte Aéreo de Valores
Ciberterrorismo
Bioterrorismo
Uso de MANPAD (Man-portable air-defense systems)
✓ Sabotagem
✓ Seleção de profissionais
✓ Tecnologia
Definição de terrorismo:
A definição do termo terrorismo está relacionada com a história, a cultura e as políticas das
nações e organizações internacionais, o que torna o trabalho de alcançar um consenso
quase impossível.
O que existe são abordagens diferenciadas: governamental, criminal, psicológica, acadêmica
e religiosa. A interpretação pode se dar de maneiras diversas: o terrorismo pode ser
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interpretado como um crime, como um ato de guerra, como um ato religioso ou como um ato
político. Cabe ressaltar que não existe uma abordagem certa ou errada, e elas não são
excludentes entre si.
HISTÓRICO DO TERRORISMO
A primeira vez que a palavra “terrorismo” foi empregada, remonta aos relatos da
Revolução Francesa quando a definição foi incluída no Dicionário da Real Academia
Francesa em 1798, mas tinha conotação positiva, pois representava uma ação do estado
contra os “criminosos” antagonistas ao governo que foram guilhotinados.
O Terrorismo, em sua concepção atual, tem origem no final do século XIX e foi classificado
por David Rapoport (2004) em quatro fases, denominadas “ondas”. Sua tese afirma que
essas ondas são temporais e sistemáticas. Cada “onda” tem seu modus operandi distinto,
assim como suas motivações e seus objetivos. Interessante ressaltar que a motivação não
passa de uma onda para outra e tem a duração média de uma geração. Elas denominam-se
em:
8
A Quarta Onda do Terrorismo Moderno – 1979.
9
Olimpíadas de Munique 05 setembro 1972
Onze integrantes da equipe olímpica de Israel foram tomados de reféns pelo grupo
terrorista palestino denominado Setembro Negro, sendo, até hoje, o maior atentado
terrorista já ocorrido em um evento esportivo.
Fração do Exército Vermelho, Grupo Baader-Meinhof na Alemanha, as Brigadas
Vermelhas
na Itália, o Sendero Luminoso no Peru e as FARC na Colômbia, entre outros.
Outra característica dessa onda foi o treinamento de guerrilheiros de diversas
nacionalidades,
inclusive brasileiros, em campos de treinamento, principalmente em Cuba, China e
Argélia.
A Quarta onda se inicia em 1979, coincidindo com o chamado “regime dos aiatolás” no
Irã, onde se iniciou o fundamentalismo islâmico. Essa onda tem caráter religioso e
extremista com larga utilização de artefatos explosivos, que podem ser carros-bomba
ou homens- bomba, tendo aumentado a participação de mártires. Os mártires morrem
pela causa acreditando nas recompensas futuras pelo seu ato em defesa de sua crença e
de seus valores.Quanto à natureza, usam largamente o terrorismo indiscriminado.
O terrorismo atual apresenta ataques com maior letalidade, sem comprometimento com a
ética e a moral. Tem como característica a aleatoriedade de alvos, o emprego da violência
indiscriminada em larga escala, bem como a mudança na organização terrorista, para a
estrutura de células descentralizadas e independentes e que não interagem
horizontalmente. Preferem alvos civis pela vulnerabilidade, pois apresentam um menor
risco para as ações.
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HISTÓRICO DE ATOS DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA
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AA 77, foi alvo de sequestradores para uma colisão contra o Pentágono. Os destroços
do quarto avião, United Airlines Flight 93, foram encontrados espalhados em um
campo perto Shanksville, Pensilvânia. A versão oficial apresentada pelo governo dos
EUA informou que os passageiros enfrentaram os sequestradores e que durante este
ataque, o avião caiu. Os ataques causaram a morte de 3234 pessoas e o
desaparecimento de 24.
Segundo a Polícia Federal de Campo Grande, Lacerda foi dominado por tripulantes e
passageiros. No tumulto, a gasolina caiu e se espalhou pelo chão da aeronave. O
combustível também atingiu alguns passageiros.
12
11- Voo da Turkish Airlines (2015) – Ameaça de bomba
Boeing da Turkish Airlines faz aterrissagem de emergência em aeroporto no
Marrocos após ser encontrado bilhete com alerta sobre explosivos em banheiro do
avião.
iii. Tem acesso aos recursos necessários, tais como dinheiro, conhecimento
técnico, armas, explosivos e algumas vezes apoiadospelo governo.
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b. Objetivos estratégicos dos grupos terroristas:
Danos à reputação
Múltiplas nacionalidades
Grande publicidade
Dano econômico
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NOVAS TECNOLOGIAS DE SEGURANÇA
Características Físicas:
Túnel de inspeção com dimensões compatíveis com os objetos que são inspecionados
pelo equipamento (pertences de mão, bagagens despachadas, volumes de carga,
entre outros);
Túnel de inspeção blindado nas áreas sujeitas à incidência de raios-x, para impedir o
vazamento de radiação;
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detecção de explosivos criando uma imagem 3D que pode ser visualizada e girada em
três eixos para uma análise completa da imagem visual pelo operador do equipamento.
Características Físicas:
Possui blindagem adequada, nas áreas sujeitas à incidência de fontes de
radiação ionizante, tais como raios-x ou elementos radiativos, para impedir
vazamento de radiação, caso seja aplicável; e
Possui monitor para visualização do resultado da inspeção.
Características Gerais:
Possui tecnologia de detecção baseada em ondas milimétricas (millimeter wave
imaging technology), não podendo fazer uso de tecnologia de raios-x;
Possui monitor para visualização do resultado da inspeção.
Biometria
Aeroportos internacionais já estão utilizando o sistema de controle biométrico
como forma de assegurar uma maior segurança. Podendo ser através:
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CONSCIÊNCIA DE SEGURANÇA AVSEC
Não basta saber o significado de AVSEC e que é uma medida Contra Atos de
Interferência Ilícita, mas é precisa fazer as seguintes perguntas (ver abaixo)
para que possamos entender melhor o panorama das ameaças contra a aviação
civil.
• O Que Proteger?
• Como Proteger?
• Quando Proteger?
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Recolher um FOD na área operacional do aeroporto não é considerado uma
ação com consciência em AVSEC, mas voltado a consciência operacional.
Também os psicoativos (narcóticos) não é o foco principal da AVSEC.
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MÓDULO 2
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NOÇÕES BÁSICAS DE MARCO REGULATÓRIO E AUTORIDADE LEGAL
AS CONVENÇÕES INTERNACIONAIS-DEFINIÇÃO
VOO DO 14 BIS
Houve uma influência da primeira guerra mundial na utilização de aviões para combate, no
que possibilitou e vislumbrou a utilização da aeronave para fins pacíficos.
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ESPAÇO AÉREO
Os países pós-guerra (Na época de 1919 não havia uma padronização sobre a utilização
doespaço aéreo).
Houve uma influência da primeira guerra e a utilização do avião e devido aos primeiros
voos delonga distância, os países sentiram a necessidade de regulamentar as regras dos
voos.
A CINA ajudou o transporte aéreo a se desenvolver, mas era ainda, uma aviação
desorganizada;
O importante eram aviões de combate mais velozes, voando mais alto, cobrindo
grandes distancias e bombardeiros com maior capacidade de transporte.
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Anexo 10 – Telecomunicações aeronáuticas
Volume I – Equipamento, sistemas e rádio-frequências
Volume II – Procedimentos de comunicações
Anexo 11 – Serviços de tráfego aéreo
Anexo 12 – Busca e salvamento
Anexo 13 – Investigação de acidentes aéreos
Anexo 14 – Aeródromos
Volume I – Aeródromos
Volume II – Heliportos
Anexo 15 – Serviços de informação aeronáutica
Anexo 16 – Proteção ambiental
Volume I – Ruído de aeronaves;
Volume II – Emissão de gases dos motores das aeronaves
Anexo 17 – Segurança aérea – Proteção da aviação civil internacional contra os atos
ilícitos contra as aeronaves
Anexo 18 – Transporte de mercadorias perigosas
Tão surpreendente que virou alvo de ataques, para chamar a atenção do mundo.
IATA (1945)
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CONVENÇÃO DE TÓQUIO (1963)
A Convenção sobre Infrações e Certos Outros Atos Praticados a Bordo de
Aeronaves, assinada em Tóquio em 14 de setembro de 1963. Na década de 60 muitos
sequestros envolvendo aeronaves levaram as autoridades internacionais de aviação civil
a aplicar normas para coibir atos praticados abordo de aeronaves, por exemplo: às
infrações às leis penais. Mas não se referiu ao apoderamento ilícito de aeronaves, que
deveria ser o seu objetivo principal
CONVENÇÃO DE HAIA: (1970)
Qualquer pessoa que a bordo de uma aeronave em voo que ilicitamente, pela força ou
ameaça de força, ou por qualquer outra forma de intimidação, se apodera ou exerce
controleda referida aeronave, ou tenta praticar qualquer um desses atos;
• Agente de detecção.
Contramedidas técnicas:
Norma (Padrão):
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Prática recomendada:
(Conv. Chicago,1944) Emenda 13, 9ª. Ed. Jul 2013 8ª. Ed. 2011 Manual Auditorias OACI
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• Programa de Segurança Aeroportuária (PSA);
Capítulo 1 – Definições
Capítulo 2 – Princípios Gerais
Capítulo 3 – Organização
Capítulo 4 – Medidas Preventivas de Segurança
Capítulo 5 – Gerenciamento para resposta aos atos de interferência ilícita
As medidas adotadas por um Estado para proteger aviação civil internacional contra
Atos deInterferência Ilícita.
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DOCUMENTOS REGULATÓRIOS BRASILEIRO
Este Decreto dispõe sobre o Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil contra
Atos de Interferência Ilícita - PNAVSEC, na forma do Anexo, a ser executado pelos
órgãos e entidades relacionados com a aviação civil.
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Regulamentos do Operador de Aeródromo:
RBAC107: Este regulamento se aplica ao operador de aeródromo civil público,
compartilhado ou não, cujas responsabilidades relacionadas à segurança da aviação
civil contra atos de interferência ilícita (AVSEC) estão previstas no artigo 8º do
Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita
(PNAVSEC), com vistas a garantir a integridade de passageiros, tripulantes, pessoal
de terra, público em geral, aeronaves e instalações aeroportuárias, de forma a
proteger as operações da aviação civil contra atos de interferência ilícita
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O órgão responsável por aprovar as eventuais medidas adicionais de segurança do
PSOA é a ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil.
PSESCA - Plano de Segurança de Empresa de Serviços Auxiliares ou
Concessionários
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Quem aprova o PSER é o operador aéreo.
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O universo de aeródromos abrangido é classificado, para efeitos de aplicação deste
regulamento, de acordo com:
Aeródromos
Descrição
Classe AP-1 Classe AP-2 Classe AP-3
Obrigatório,
quando o
aeródromo
atende voo de
Adoção do PSA Obrigatório Obrigatório
aeronave com
capacidade
superior a 60
assentos.
Áreas de Triagem de
Bagagens
Não é
Obrigatório Obrigatório
Monitoramento por obrigatório.
CFTV e Sistema de
Iluminação
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• DEFINIÇÃO DAS CLASSES PARA OS OPERADORES AÉREOS:
Classe II, abrangendo aueles que exploram serviço aéreo especializado público ou
serviço de transporte aéreo público não regular com aeronave de até 30 assentos,
sendo:
(i) Classe II-A aqueles que exploram serviço aéreo especializado público.
(ii) Classe II-B aqueles que exploram serviço de transporte aéreo público não regular
com aeronave de até 30 assentos.
Classe III, abrangendo aqueles que exploram serviço de transporte aéreo público em
voos domésticos, exclusivamente de carga ou mala postal (excluindo a modalidade de
transporte aéreo público não regular com aeronave de até 30 assentos);
Classe IV, abrangendo aqueles que exploram serviço de transporte aéreo público de
passageiros (excluindo a modalidade de transporte aéreo público não regular com
aeronave de até 30 assentos) em voos domésticos, sendo:
(i) Classe IV-A aqueles que operam aeronave com capacidade inferior a 30
passageiros;
(ii) Classe IV-B aqueles que operam aeronave com capacidade igual ou superior a 30
passageiros.
Classe VI, abrangendo aqueles que exploram serviço de transporte aéreo público
internacional de passageiros (excluindo a modalidade de transporte aéreo público não
regular com aeronave de até 30 assentos).
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MÓDULO 3
Apresentação do Aeroporto
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APRESENTAÇÃO DO AEROPORTO
Lado terra: é uma área aeroportuária de uso público, cujo acesso não
é controlado.
Área pública significa a área interna ao perímetro patrimonial onde, em situação normal,
não são obrigatórios a aplicação de medidas de controle de acesso e o uso de credencial
aeroportuária;
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ÁREA RESTRITA DE SEGURANÇA (ARS):
São áreas do lado ar de um aeroporto, identificada como área prioritária de risco, onde,
além do controle de acesso, outros controles de segurança são aplicados.
Os pontos de controle de acesso para a área restrita de segurança devem possuir avisos
contendo a relação de objetos que não podem acessar a ARS.
ÁREA DE MOVIMENTO
Parte do aeródromo destinada a pouso, decolagem e táxi de aeronaves
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uso de veículos; e
(4) possuir sistema de alarme sonoro quando da utilização (abertura) do ponto de acesso,
para acionamento do setor responsável pelo monitoramento dos acessos de emergência,
quando localizados no terminal de passageiros.
BARREIRAS DE SEGURANÇA
A barreira de segurança serve para delimitar um perímetro, dissuadir o acesso não autorizado,
atrasar ou dificultar o acesso de intrusos e facilitar a detecção de intrusos, podendo ser
classificada como barreira física (artificial) ou natural.
Possuem barreira com altura total mínima de 2,40 metros com arame de concertina ou arame
farpado na parte superior, caso o aeródromo seja de uma das classes AP-1, AP-2 e AP-3;
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PONTO SENSÍVEL E PONTO VULNERÁVEL
Administração Aeroportuária:
“Em caso de elevação do nível de ameaça, os pontos sensíveis situados fora das ARS
devem ter a sua proteção intensificada”!
Os pontos sensíveis que se encontrarem fora do perímetro aeroportuário serão protegidos pela
organização encarregada por sua operação.
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Objetivos do Programa de Segurança Aeroportuária (PSA):
O operador de aeródromo deve adotar os meios e procedimentos previstos no
seu Programa de Segurança Aeroportuária (PSA), o qual é definido pela ANAC
por meio de Instrução Suplementar (IS);
O operador de aeródromo deve apresentar o Formulário de Dados AVSEC do
Aeródromo (documento interno do PSA, que deverá informar as características do
aeródromo, bem como, informações de segurança);
Caso o operador de aeródromo pretenda implementar inclusão de medida de
segurança ou procedimento alternativo de segurança em relação ao disposto na
IS, deverá informar previamente à ANAC as alterações pretendidas para fins de
aprovação.
Disponibilizar as partes pertinentes do PSA às entidades públicas e privadas da
comunidade aeroportuária que necessitem conhecer as informações do programa,
para fins de aplicação coordenada e eficaz dos procedimentos preventivos de
segurança e dos procedimentos de resposta à emergência.
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MÓDULO 4
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NOÇÕES BÁSICAS DE CREDENCIAMENTO
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TIPOS E VALIDADES DE CREDENCIAIS
PERMANENTE TEMPORÁRIA
ATÉ 2 ANOS 90 DIAS
PERMANENTE TEMPORÁRIAS
ATÉ 1 ANO ATÉ 30 DIAS
EXEMPLO EXEMPLO
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Documentação mínima obrigatória deve:
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Credenciais temporárias
Uma pessoa com credencial temporária só pode entrar na ARS com o acompanhamento
de funcionários da própria empresa, desde que este acompanhante esteja com credencial
permanente.
Caso a Polícia Federal, por meio de documento oficial, aponte que determinado
credenciado possui antecedentes criminais ou sociais incompatíveis com a permissão de
acesso às AC e ARS, o operador de aeródromo deverá cancelar e recolher a credencial.
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CÓDIGO DE ACESSO DAS CREDENCIAIS
a) identificação do aeroporto;
b) nome do portador;
c) número de registro;
e) nome do empregador;
f)
g)
áreas de acesso permitido;
fotografia recente; e
R
h) data de expedição e validade.
Os códigos de acesso são utilizados para restringir o acesso de pessoas veículos a áreas
específicas
Exemplos:
LETRA “R” - Para acesso às áreas restritas, com variação numérica quando se fizer
necessário. R1, R2, etc.
LETRA “A” - Para acesso às áreas controladas alfandegadas.
LETRA “T” - Para acessos áreas do Terminal de Cargas, independente as demais áreas
do aeroporto.
A responsabilidade sobre o uso da credencial é toda sua. Você deverá manter a credencial
desobstruída de objetos e/ou outros crachás, bem como, de qualquer outro tipo de artificio que
prejudique a visualização.A credencial, como qualquer documento, não poderá conter rasura ou
adulterações.
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MÓDULO 5
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NOÇÕES BÁSICAS DE CONTROLE DE ACESSO E INSPEÇÃO DE PESSOAS E
BAGAGEM DE MÃO
COMO FUNCIONA O CONTROLE DE ACESSO DE PASSAGEIROS E FUNCIONÁRIOS
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O acesso de passageiros, tripulantes, pessoal de serviço, empregados de concessionários do
aeroporto e das administrações aeroportuárias e de servidores públicos às Áreas Restritas de
Segurança somente acessarão a ARS após identificação e inspeção de segurança.
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NOÇÕES BÁSICAS DOS PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO DE PASSAGEIROS
E BAGAGENS DE MÃO
• Chefes de Estado ou de Governo, quando em visita oficial, desde que haja autorização
prévia da PF, além da coordenação antecipada entre a representação diplomática
interessada, os demais órgãos públicos interessados, o operador do aeródromo e o
operador aéreo, para estabelecimento dos procedimentos a serem aplicados; e
• Agentes públicos que possuam a prerrogativa legal para portar arma de fogo em razão de
ofício, desde que portem ostensivamente a credencial aeroportuária e que necessitem
circular na ARS no exercício de suas atribuições.
É dispensada a inspeção do veículo oficial de órgão público quando o veículo possuir Autorização
de Trânsito de Veículos – ATIV válida para acesso à ARS e a totalidade de seus ocupantes for
composta por agentes públicos dispensados da inspeção de segurança
Aleatoriamente e sempre que julgado necessário, os passageiros devem passar por Medidas
Adicionais de Segurança, que podem incluir:
BUSCA PESSOAL
A busca pessoal como sendo a revista do corpo de uma pessoa, suas vestes e demais
acessórios, realizada por autoridade policial ou por agente de proteção da aviação civil,
neste caso com consentimento do inspecionado.
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5 - Em situações específicas, como no caso de pessoas travestis e transexuais, a busca
pessoal poderá ser realizada por APAC do mesmo gênero que o declarado pelo passageiro,
ainda que divergente do sexo constante em sua documentação, visando proporcionar-lhe um
tratamento mais adequado.
Antes de realizar uma revista na bolsa, pare um instante e explique ao passageiro o que está
por acontecer e obtenha seu consentimento para prosseguir.
O passageiro tem a opção de recusar a revista, porém não será permitida a entrada na
área estéril.
Durante uma inspeção manual na bolsa, a mesma deve ser aberta, o conteúdo deve ficar
voltado para você e ficar fora da vista do público.
O passageiro pode observar o que você está fazendo, mas não pode ter acesso à bolsa ou
seu conteúdo até que tudo seja liberado.
Para a inspeção manual de pertences de mão do tipo malas, mochilas, pastas, sacolas ou
similares, utilize luvas nas mãos e manuseie os itens inspecionados cautelosamente,
evitando se ferir ou danificar os pertences.
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5) Verifica se há itens proibidos ou artigos que possam caracterizar partes de um
dispositivo explosivo.
As credenciais dos veículos (ATIV) devem ser portadas em local visível e sem obstrução,
possuindo tamanho ideal para identificação a distância. Todo veículo e equipamento dentro
de área operacional deve portar sua autorização em local visível e sem obstrução, no canto
esquerdo do para-brisa, no caso de veículos, e no local mais apropriado, no caso de
equipamentos.
VEÍCULOS SUSPEITOS
a) Ausência de credencial/autorização;
Os passageiros e suas bagagens de mão devem ser inspecionados de forma manual ou com
uso de equipamentos de segurança (Detector de metais, Raios-X, ETD e outros), ou por meio
de combinação de ambas as técnicas.
Equipamento pórtico detector de metais: equipamento utilizado para inspeção não invasiva de
pessoas, capaz de detectar a presença de objetos metálicos escondidos junto ao corpo dos
inspecionados.
Os Pórticos Detectores de Metais são utilizados para alertar os APAC que a pessoa que passa
através dele está levando uma quantidade de metal acima do limite.
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Equipamento de raios-x convencional: equipamento
utilizado para inspeção não invasiva de objetos, através
da emissão de raios-x. Pode ser do tipo single view,
capaz de gerar uma imagem de cada objeto contido
num volume de bagagem, carga ou correio, ou multi-
view, capaz de gerar duas ou mais imagens de cada
objeto.
As máquinas de raios-x medem a quantidade de raios-x que atravessam um objeto
e mostram os resultados na forma de uma imagem.
As imagens digitais são mostradas em um monitor. O monitor é muito parecido
com uma TV ou uma tela de computador.
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• Realiza a inspeção no tórax da pessoa, passando o DMM em movimento
de zigue-zague, atingindo a região da cintura;
• Caso o inspecionado esteja utilizando vestido ou saia, a inspeção é
realizada na posição frontal das pernas.
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MÓDULO 6
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IDENTIFICAÇÃO DE ARMAS QUÍMICAS, ARMAS BIOLÓGICAS E EXPLOSIVOS
DEFINIÇÃO
Itens proibidos: são aqueles artigos que não devem ser transportados na
cabine de aeronaves ou ser conduzidos em ARS, exceto por pessoas
autorizadas e quando necessários para realizar tarefas essenciais. Tais
tarefas essenciais se referem às operações do aeroporto ou aeronave,
manutenção, abastecimento de aeronaves, provisões de bordo e serviços
de bordo ou ainda operações de órgãos de segurança.
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Material Controlado: Artigo ou substância cujo transporte por via aérea
depende de autorização legal de órgão competente, mesmo que não seja
considerado material perigoso.
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C- objetos pontiagudos ou cortantes — objetos que, devido à sua ponta afiada ou às
suas arestas cortantes, podem ser utilizados para causar ferimentos graves,
incluindo:
1) objetos concebidos para cortar, tais como machados, machadinhas e cutelos;
2) piolets e picadores de gelo;
3) estiletes, navalhas e lâminas de barbear, excluindo aparelho de barbear em cartucho;
4) facas e canivetes com lâminas de comprimento superior a 6 cm;
5) tesouras com lâminas de comprimento superior a 6 cm medidos a partir do eixo;
6) equipamentos de artes marciais pontiagudos ou cortantes;
7) espadas e sabres; e
8) instrumentos multifuncionais com lâminas de comprimento superior a 6 cm;
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F- substâncias e dispositivos explosivos ou incendiários — materiais e
dispositivos explosivos ou incendiários que podem ou aparentam poder ser
utilizados para causar ferimentos graves ou para ameaçar a segurança da
aeronave, incluindo:
1) munições, espoletas e fusíveis, detonadores e estopins;
2) réplicas ou imitações de dispositivos explosivos;
3) minas, granadas e outros explosivos militares;
4) fogos de artifício e outros artigos pirotécnicos;
5) botijões ou cartuchos geradores de fumaça;
6) dinamite, pólvora e explosivos plásticos;
7) substâncias sujeitas a combustão espontânea;
8) sólidos inflamáveis, considerados facilmente combustíveis e aqueles que, por atrito,
podem causar fogo ou contribuir para ele.
9) líquidos inflamáveis, como gasolina, etanol, óleo diesel e fluido de isqueiro;
10)aerossóis e atomizadores, exceto os de uso médico ou de asseio pessoal, sem que
exceda a quantidade de quatro frascos por pessoa e que o conteúdo, em cada frasco,
seja inferior a 300 ml ou 300 g;
11) gases inflamáveis, tais como metano, butano, propano e GLP;
12) cilindros de gás comprimido, inflamável ou não, tais como cilindros de oxigênio e
extintores de incêndio
13) isqueiros do tipo maçarico, independentemente do tamanho;
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8) materiais infecciosos, ou biologicamente perigosos, tais como amostras de sangue
infectado, bactérias ou vírus; e
9) materiais radioativos (isótopos medicinais e comerciais);
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J- itens proibidos para voos sob elevado nível de ameaça — itens permitidos ou
itens tolerados que são proibidos no caso de elevação do nível de ameaça da
segurança da aviação civil:
Na antiguidade, a pólvora foi, sem dúvida, o primeiro passo para o desenvolvimento dos
produtos conhecidos hoje como explosivos, sendo atribuído seu descobrimento aos
chineses. Por volta do século X, a pólvora passou a ser utilizada também com fins
militares, na forma de foguetes, bombas e explosivos que eram lançados de catapultas.
Na antiguidade, O lançamento dessas bombas também era feito por tubos de bambu,
simulando assim um canhão. Da China, o uso militar da pólvora, segundo os relatos
históricos, partiu para o Japão e Europa. Os mongóis também utilizaram a pólvora contra
os Húngaros em 1124.
Em 1249 a pólvora negra teve sua formulação descrita pelo “Frei Inglês Roger Bacon”,
que contribuiu para a invenção da arma de fogo em 1300 d.C pelo Monge Franciscano
Alemão “Berthold Schwarz”.
Por volta do século “XIX”, em 1846, foi descoberto a nitrocelulose (versão bruta), por
Théophile Pelouze, que obteve um material inflamável da mistura de ácido
nítrico e algodão.
Outro passo bastante importante acontecido por volta do ano de 1848, foi a descoberta
da nitroglicerina pelo italiano Ascanio Sobrero. Foi uma verdadeira revolução, pois
61
esse explosivo oferecia um poder de explosão muitas vezes maior do que o da pólvora,
apesar de ser muito perigoso quando era submetido a movimentos bruscos (choque,
atrito), fator limitador das condições de segurança e manuseio.
Em 1863 o sueco Alfred Nobel superou este inconveniente, depois de conseguir
estabilizar nitroglicerina, produzindo desta forma a dinamite (explosivo potente que
oferecia boas condições de segurança).
62
• Altos Explosivos: São aqueles explosivos que possuem velocidade de
transformação acima de 1.000 m/s, sendo subdividido em altos explosivos
primários e altos explosivos secundários.
Quanto à velocidade de
detonação: Quanto à
velocidade de detonação, os
explosivos classificam-se em:
63
COMPONENTES DE UM DISPOSITIVO INCENDIÁRIO
64
MÓDULO 7
65
NOÇÕES BÁSICAS DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA RELATIVAS AO PASSAGEIRO,
À BAGAGEM DE MÃO E À BAGAGEM DESPACHADA
Itens proibidos; e
66
O operador aéreo deve informar ao passageiro, no ato da venda do bilhete aéreo:
Documentação no Check-in
Exemplos:
I - passaporte;
II - laissez-passer;
III - autorização de retorno ao Brasil;
IV - salvo-conduto;
V - cédula de identidade civil ou documento estrangeiro equivalente;
VI - certificado de membro de tripulação de transporte aéreo;
VII - carteira de marítimo; e
VIII - carteira de matrícula consular.
Furto de documentos
67
Crianças (até 12 anos incompletos) brasileiras (voos domésticos)
I. Acompanhadas dos pais ou responsáveis (tutor, curador,
guardião):
a. Certidão de Nascimento (original ou cópia autenticada) ou
documento de identificação civil com foto (como RG ou
passaporte), com fé pública e validade em todo o território
brasileiro; e
b. Documento que comprove a filiação ou vínculo com o
responsável.
68
IDENTIFICAÇÃO (CONCILIAÇÃO) E ACEITAÇÃO DA BAGAGEM DESPACHADA
O operador aéreo deve garantir que somente bagagens de tripulantes designados para voo
e de passageiros identificados e de posse de contrato de transporte (bilhete aéreo) serão
aceitas para despacho.
O operador aéreo deve identificar, no ato da aceitação, cada volume da bagagem a ser
despachada, contendo dados (informações) que possibilitem o processo de reconciliação,
utilizando formulários específicos para o controle de bagagens embarcadas e para a
localização de bagagens embarcadas.
A bagagem transferida, proveniente de outro operador aéreo, pode ser aceita caso tenha a
identificação com as informações adequadas.
SEGREGAÇÃO DE PASSAGEIROS
Em caso de contaminação, deve ser realizar nova inspeção em todos os envolvidos antes
do embarque.
69
Bagagem desacompanhada
Significa a bagagem despachada sem a intenção de ser transportada na mesma aeronave
que a pessoa à qual pertença.
O operador aéreo deve garantir que a bagagem desacompanhada desde a origem, de forma
intencional, seja tratada, mediante a emissão de conhecimento aéreo, como carga
desconhecida.
O operador aéreo deve garantir que a bagagem que de maneira não intencional venha a se
tornar desacompanhada durante o seu processo de despacho, seja identificada como tal,
inspecionada e protegida, antes de ser embarcada para transporte em uma aeronave.
Neste caso, a inspeção de segurança deve ser realizada de forma que garanta um nível de
segurança maior que o de bagagem acompanhada.
Bagagem extraviada
bagagem separada do passageiro ou da tripulação involuntária ou inadvertidamente.
A bagagem extraviada deve ser identificada como tal e submetida a controles de segurança,
incluindo inspeção de segurança, e o operador aéreo deve analisar as circunstâncias que
causaram a separação.
70
Proteção da bagagem despachada
O operador aéreo deve garantir a proteção da bagagem despachada desde o momento de
sua aceitação até o momento em que é devolvida ao seu proprietário no destino ou
transferida para outro operador aéreo.
71
Formas de Inspeções da bagagem de mão e despachada
Inspeção Manual
Raios-X
Sistema EDS (Explosive Detector System)
Saguão ou Remoto Saguão ou Remoto
72
Formas de Inspeções:
Função da etiqueta
Os volumes de bagagem que são submetidos à inspeção,
após liberados, recebem uma etiqueta contendo a
informação “Inspeção / Screening OK” de forma a
facilitar a sua identificação e triagem na área operacional.
73
INSPEÇÃO MANUAL DA BAGAGEM
DESPACHADA
74
Inspeção da bagagem despachada – Bagagem suspeita
Como lidar com uma bagagem suspeita?
75
PASSAGEIRO ARMADO E TRANSPORTE DE ARMAS
76
Tendo em mente:
Necessidade
A presença do passageiro armado a bordo é realmente necessária, mesmo dentro de uma área
estéril e vigiada?
Segurança (SAFETY)
Qual o risco, por exemplo, de um disparo acidental?
Segurança (SECURITY)
Qual o risco, por exemplo, do passageiro armado se utilizar desta condição para praticar um
ato ilícito?
Art. 5º O porte de armas de fogo a bordo de aeronaves se limitará a duas armas curtas
(pistola ou revólver) por passageiro autorizado, desmuniciadas e acompanhadas de
munição limitada a 1 (uma) carga principal e 2 (duas) reservas para cada arma.
Art. 5º § 1º O porte de armas de fogo longas a bordo de aeronaves se limitará a 2 (duas) por
passageiro e somente nos casos de a arma ser do tipo fuzil de precisão.
§ 2º As armas de fogo longas deverão estar descarregadas, desmontadas e acondicionadas em
estojos trancados, apropriados para transporte, observadas as restrições de peso e dimensões
estabelecidas pelo operador aéreo.
77
Procedimentos de segurança para realização do desmuniciamento:
78
Embarque armado – Fluxo
79
CONFERÊNCIA DA IDENTIFICAÇÃO E AUTORIZAÇÃO, PARA ACESSO À SALA DE
EMBARQUE
O passageiro armado não deve ser inspecionado. Somente seus pertences de mão.
Para acesso à ARS, o passageiro armado deverá submeter seus bens transportados
como bagagem de mão à inspeção de segurança da aviação civil, conforme
regulamentação da ANAC.
80
Obrigatoriedade de que a sua atuação no interior das aeronaves, em caso de tumulto
ou em qualquer outra circunstância desta natureza, somente ocorra sob coordenação
do comandante da aeronave;
Obrigatoriedade de que o municiamento da arma de fogo, após o desembarque,
somente seja realizado fora da ARS e em local seguro e reservado, preferencialmente
o mesmo disponibilizado pelo operador de aeródromo para o descarregamento e
desmuniciamento de arma de fogo; e
Advertência de que a realização de disparo a bordo pode causar despressurização
da aeronave e danos em linhas de combustíveis, cabos de controle, fios elétricos e
sistemas hidráulicos, que podem resultar em acidentes de proporções catastróficas.
DESPACHO DE ARMA DE FOGO
81
Realizar transporte de arma e munições despachadas com o acompanhamento da
via do formulário de autorização de despacho de arma de fogo, até o destino final.
Dar prioridade ao atendimento de passageiro que pretende despachar arma e
munições, no momento do check-in.
Fornecer embalagem para acondicionamento de arma e munições despachadas.
Conduzir arma e munições despachadas de maneira segura e discreta, até a
aeronave.
Armazenar arma e munições despachadas em local com acesso controlado, quando
estiverem sob a responsabilidade do operador aéreo.
Informar ao comandante sobre a presença de arma de fogo e munições despachadas
a bordo da aeronave.
Especificar os locais seguros da aeronave destinados ao transporte de armas e
munições despachadas.
82
§ 2º O funcionário do operador aéreo deve se submeter à inspeção de segurança,
de forma a garantir que não esteja portando itens proibidos além daqueles especificados
no formulário de autorização de despacho de arma de fogo.
Condições:
Coordenação prévia com a PF, o operador
aéreo e o operador de aeródromo (48 horas).
Autorização da polícia Federal (até pela
presença de passageiro armado).
Fluxo discreto para embarque e
desembarque do passageiro.
Aguardar o embarque em local seguro e
discreto.
Embarque antes e depois dos demais
passageiros.
Ocupe assento no final da cabine de
passageiros, afastado das saídas de
emergência, em fileiras com dois ou mais
assentos e, no mínimo, com um profissional da equipe de escolta sentado entre ele e
o corredor;
Não seja algemado a partes fixas da aeronave, salvo em situações em que o
passageiro apresentar comportamento que o caracterize como passageiro
indisciplinado; e
Esteja sempre acompanhado e mantido sob vigilância, inclusive durante o uso dos
sanitários.
Escolta mínima de dois agentes para cada custodiado.
O operador aéreo não poderá transportar mais do que dois passageiros custodiados,
com suas respectivas equipes de escoltas em um mesmo voo.
83
Passageiros sob custódia a bordo de aeronaves em voo Internacional
PASSAGEIROS INDISCIPLINADOS
O operador aéreo deve garantir o controle de passageiro indisciplinado por meio das
seguintes ações:
No Check-in:
Não emite o cartão de embarque; e
Registra a informação de embarque negado.
Pré-Embarque
84
Na sala de embarque:
Pré-Embarque
Abordo da aeronave:
Desembarcar o passageiro indisciplinado no aeródromo mais
apropriado, em função da avaliação realizada pelo
comandante, levando-se em consideração o risco à segurança
do voo
Pós-Embarque
Abordo da aeronave:
Contenção do passageiro; e
Desembarque compulsório.
Pós-Embarque
85
Se necessário, a fim de garantir o cumprimento das ações, o operador aéreo deve acionar
a Polícia Federal ou, na sua ausência, o órgão de segurança pública responsável
pelas atividades de polícia no aeródromo. A retirada do passageiro indisciplinado do
interior da aeronave não pode realizado por meios próprios.
86
MÓDULO 8
Noções Básicas das Medidas de
Segurança Relativas à Aeronave no
Solo
87
NOÇÕES BÁSICAS DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA RELATIVAS À AERONAVE
NO SOLO
O operador aéreo, quando julgar necessário, pode definir que após a esterilização da
aeronave por procedimento de inspeção ou verificação um funcionário passe a
inspecionar por meio de detector manual de metais pessoas e/ou objetos que acessem
a aeronave.
88
Adicionalmente à vigilância e controle de acesso à aeronave, o funcionário supervisiona,
sob a ótica AVSEC, as atividades operacionais necessárias para a preparação do voo,
tais como limpeza, manutenção, abastecimento e carregamento da aeronave. As
atividades citadas não são prejudicadas pela realização de inspeção de pessoas e/ou
objetos, caso realizada pelo operador:
Aeronave fora operação: significa a aeronave estacionada que não está em operação
no solo e nem em manutenção.
A aeronave que não estiver em serviço, o operador aéreo deve manter a aeronave:
89
AERONAVES ESTACIONADAS E FORA DE OPERAÇÃO:
90
CONTROLE DE ACESSO À AERONAVE
91
PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO DE SEGURANÇA DA AERONAVE
92
PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA DA AERONAVE
DEFINIÇÃO:
É a inspeção completa do interior e exterior da aeronave
com o objetivo de encontrar objetos suspeitos, armas,
explosivos, ou outros dispositivos, artigos ou substâncias
perigosas.
O operador aéreo deve desenvolver uma lista de inspeção
(checklist) para a atividade de inspeção da aeronave, de
acordo com cada tipo de aeronave em serviço.
93
Realiza-se a inspeção de segurança nos seguintes casos:
No caso de identificação de algum objeto proibido que não apresente risco de dano
iminente, o objeto é retido pelo operador aéreo e armazenado.
Quando forem encontradas substâncias ou objetos suspeitos de conter artefatos
explosivos, artefatos QBRN ou outro material perigoso, o fato deverá ser
comunicado à PF e, na sua ausência, ao órgão de segurança pública responsável
pelas atividades de polícia no aeroporto.
DOCUMENTOS QUE COMPÕEM O DESPACHO AVSEC DO VOO
O Despacho AVSEC deve ser produzido pelos profissionais designadas pelo operador
aéreo, responsáveis por executar os procedimentos dos controles de segurança.
Deve ser composto pela documentação que comprove a realização das atividades
AVSEC necessárias para o voo;
Cada documento que compõe o Despacho AVSEC deve ser assinado pelo
profissional que o elabora. Os modelos de Despacho AVSEC de voo são
disponibilizados na IS 108 da ANAC.
94
O operador aéreo utiliza formulários em formato físico ou digital.
No caso de solução digital, as informações são inseridas pelo funcionário e armazenadas
automaticamente em formato digital, com disponibilidade de leitura e impressão.
Tanto no formato físico ou digital, o arquivamento deve ser feito pelo período mínimo de
30 (trinta) dias após o voo.
RECEBIMENTO DE SERVIÇOS E PROVISÕES DE BORDO
Quando da chegada das provisões na área de estacionamento da aeronave, um
funcionário do operador aéreo verifica:
Veículo está lacrado;
Anota o número no Formulário de Controle de Provisões Embarcadas;
Compara-o com a numeração pré-informado pelo fornecedor;
Após à abertura do veículo, uma inspeção visual no interior do compartimento de
carga do veículo, garantindo que não há nenhum outro objeto ou material além dos
trolleys e eventuais materiais de serviço já esperados.
95
MÓDULO 9
96
NOÇÕES BÁSICAS DAS MEDIDAS RELATIVAS À CARGA, AO CORREIO E OUTROS
ITENS
Agente de carga acreditado: Pessoa jurídica que agencia carga aérea, responsável
pela sua documentação oficial, e é acreditado pela ANAC, no que se refere à aplicação
de medidas de segurança para proteção da aviação civil contra atos de interferência
ilícita.
97
CONTROLE DE ACESSO NO TERMINAL DE CARGAS
✓ Lado Terra: área aeroportuária de uso público, cujo acesso não é controlado
Informações documentadas
Física ou eletronicamente
Suficientes para caracterizar o volume a ser recebido e processado, como carga conhecida ou
carga desconhecida.
Realizada por funcionário do próprio operador aéreo, ou agente que atue em seu nome.
Procedimentos:
98
Declaração de Segurança significa o documento que reconhece as responsabilidades
pela execução de medidas de segurança aplicadas à carga aérea desde o momento que
a carga é designada como conhecida e sob custódia de seu declarante até o momento
de transferência de sua custódia.
99
Produtos Perigosos
RBAC175 e suas Instruções Suplementares
100
Os volumes recebidos devem ser processados segregando-os em:
ARMAZENAMENTO
101
TRANSPORTE E CARREGAMENTO
Garantir que a carga e o correio não sofram interferência indevida desde sua retiradado Teca
até seu carregamento na aeronave;
Carga ou mala postal conhecida significa a carga ou mala postal que é submetida a
controles de segurança desde sua inspeção de segurança ou desde sua origem, tratando-
se, neste último caso, de carga manuseada por (ou sob responsabilidade de) expedidor
reconhecido, expedidor acreditado ou agente de carga aérea acreditado.
Carga ou mala postal desconhecida significa qualquer carga ou mala postal que não se
enquadre na definição de carga ou mala postal conhecida ou seja, a carga desconhecida
não aplica os procedimentos de segurança estabelecidos na legislação da aviação.
Determinados tipos de carga recebida por expedidor reconhecido ou por agente de carga
aérea acreditado podem ser excetuados de inspeção de segurança desde que sejam
previstas no programa de segurança ou em outro documento emitido pelo responsável
AVSEC do operador aéreo e aceito pela ANAC, quando o primeiro não for aplicável.
102
INSPEÇÃO DA CARGA E MALA POSTAL
Em voos domésticos, a quantidade de carga ou mala postal que deve ser inspecionada será
determinada pela ANAC e informada aos operadores aéreos e operadores de aeródromos por
meio de DAVSEC.
A carga e mala postal que não tenha sido submetida a controle de segurança equivalente no
aeródromo de origem necessita ser novamente inspecionada no aeródromo de transferência da
carga.
Em voos internacionais, toda carga e mala postal não classificada como carga conhecida, e a
carga e mala postal classificada como carga de alto risco devem ser submetidas à inspeção de
segurança.
Em voos internacionais, a carga ou mala postal classificada como carga conhecida deve ser
submetida, de forma aleatória, ao processo de inspeção de segurança.
103
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA INSPEÇÃO DA CARGA E CORREIOS
EXPEDIDOR CARGA
DESCONHECIDO DESCONHECIDA
104
FORMAS DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA:
• Raios –X Convencional;
• Cães farejadores;
105
PROCEDIMENTOS EM CASOS DE CARGA E CORREIO SUSPEITOS
106
TRANSPORTE AÉREO DE VALORES
PSTAV: Plano de Segurança de Transporte Aéreo de Valores
Os valores a serem transportados devem ser descritos, sem utilizar palavras genéricas, no
formulário de Declaração de Transporte Aéreo de Valores, documento de caráter Sigiloso
conforme modelo estabelecido em instrução suplementar da ANAC.
QUEM ELABORA???
O PSTAV deve ser aprovado pelos envolvidos em uma reunião extraordinária de CSA
107
Nas operações com origem em aeródromo brasileiro não é permitido o transporte aéreo
de valores sob a forma de moeda nacional ou estrangeira.
O transporte aéreo de valores é realizado pelo operador aéreo observando as restrições impostas
pelo RBAC 108 e as medidas e procedimentos de segurança estabelecidos no PSTAV dos
aeródromos envolvidos na operação.
108
Materiais e correspondências do operador aéreo (COMAT e COMAIL)
O operador Aéreo deve garantir que nas atividades de produção, armazenamento e transporte
de provisões de bordo e de serviço de bordo sejam aplicados controles de segurança que
evitem a introdução de armas, explosivos, artefatos QBRN ou substâncias e materiais proibidos
em alguma dessas fases.
109
O Operador aéreo deverá realizar auditorias e inspeções AVSEC nas instalações do
fornecedor, de provisões de bordo e de serviço de bordo:
110
a operação de carregamento é supervisionada por funcionário do
fabricante das provisões;
111
MÓDULO 10
Procedimentos de Varredura e
Proteção de Áreas
112
PROCEDIMENTOS DE VARREDURA E PROTEÇÃO DE ÁREAS
VARREDURA DE ÁREA
CONCEITO DE ÁREA ESTÉRIL
A) Área Estéril
1. Plano do Saguão
2. Plano da área de espera
3. Plano do portão de embarque
113
A varredura periódica do terminal de passageiros é um procedimento
conduzido com auxílio de lista de verificação, com objetivo de garantir que
todas as áreas sejam observadas e prevenir a ocultação de ameaças:
• Evacuar a área
115
MÓDULO 11
Ações de Contingência
116
AÇÕES DE CONTINGÊNCIA
PROCEDIMENTOS PARA VOLUMES SUSPEITOS
Polícia Federal ou, na sua ausência, ao órgão de segurança pública responsável pelas
atividades de polícia no aeródromo.
Operador do aeródromo.
Os meios de recebimento de ameaças de bomba contra a aviação civil podem ser dirigidos
por telefone, redes sociais (internet) e por escrito (cartas anônimas, fax dentre outros).
117
Coleta de informações da ameaça
Para facilitar a coleta de informações sobre a ameaça de bomba, a pessoa que receber a ameaça
de bomba deverá utilizar os procedimentos que será dito a seguir.
1. ESCUTAR atentamente e buscar tomar nota das palavras exatas utilizadas pelo autor
da ameaça.
2. Tomar medidas para, se possível, RASTREAR achamada ou alertar alguém para que o
faça.
3. Tomará medidas para GRAVAR a chamada, caso issonão ocorra automaticamente.
4. Buscará PROLONGAR a chamada para obter a maior quantidade de informações
possível.
5. FAZER PERGUNTAS, conforme o formulário para recebimento de ameaça de
bomba.
a) ONDE está a bomba? - Primeira pergunta para que a evacuação possa ser planejada;
c) QUAL o formato da bomba? - Para ajudar a reconhecer o artefato durante uma busca;
d) QUEM é você? - Para verificar se o autor da chamada pertence a um grupo conhecido;
e) Onde você está? - Para saber se ele está no local onde está a bomba;
f) POR QUE você está fazendo isso? - Para compreender melhor o incidente; e
e) POR QUE você telefonou? - Para manter o autor na linha, auxiliando o rastreamento da
chamada.
O receptor de uma mensagem escrita com ameaça de bomba deve preservar a mensagem e
entregá-la ao responsável pela segurança da organização, com informações precisas sobre sua
descoberta.
118
Chamada de ameaça de bomba por intermediários
Perguntar o horário exato em que a ameaça foi recebida e as palavras exatas utilizadas
pelo autor da chamada, e tomar notadessas informações; e
Perguntar se o intermediário obteve respostas para qualquer uma das perguntas
detalhadas acima e sobre a origem da chamada e aidentidade do chamador.
Acionamento da autoridade competente
119
Círculos de Proteção de Segurança
Quando o nível nacional de ameaça for classificado como âmbar ou vermelho ou quando um
determinado aeródromo ou voo estiver sob situação de ameaça, o operador aéreo deve:
Garantir a adoção das medidas adicionais de segurança;
A ANAC poderá exigir a adoção de outras medidas adicionais de segurança por parte de
um operador aéreo, em função do surgimento de ameaça pontual em determinado(s)
aeródromo(s) ou voo(s) ou, ainda, em função de uma avaliação de risco.
ESTADOS DE ALERTA
Os Estados de Alerta serão ativados assim que seja determinado o Nível de Ameaça
(NAVSEC).
• NAVSEC 1 - O Estado de Alerta Verde está associado ao Nível Baixo de Ameaça
• NAVSEC 2 - O Alerta Âmbar está associado a um Nível Médio de Ameaça.
• NAVSEC 3 - Este Estado se associa a um Nível Alto de Ameaça.
120
Níveis de ameaça à AVSEC
Os níveis de ameaça à AVSEC devem ser estabelecidos pela Polícia Federal em interface
com a ANAC, operadores de aeródromos e órgãos integrantes do Sistema Brasileiro de
Inteligência.
121
executantes doato de interferência ilícita.
• Grupo Operacional: grupo constituído para assessorar o grupo de decisão para
análise e emissão de pareceres sobre todos os aspectos envolvidos no
gerenciamento da crise.
• Grupo Tático: equipe especializada responsável pela ação tática, corretiva e
repressiva no gerenciamento da crise decorrente de apoderamento ilícito de aeronave
• Grupo de Apoio: responsável por dar suporte logístico às atividades gerenciadas
pelo COE, sendo composto por profissionais do operador do aeródromo.
A ativação dos planos de contingência, em nível local, deve ser realizada pelo
operador do aeródromo.
Os planos de contingência devem ser coordenados pela Policia Federal.
Coletar o maior número possível de dados para subsidiar a AAR e demais grupos de
gerenciamento de crise.
122
Ato ou tentativa de interferência ilícita ou de situações que caracterizem ameaça traz
vulnerabilidade no sistema de segurança. O operador de aeródromo, operador aéreo ou
empresas de serviços encaminham à ANAC um DSAC (documento de segurança da
aviação civil)
123
BIBLIOGRAFIA
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