Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MARÇO, 2012
Este manual deve ser usado por todos os alunos e funcionários, servindo como referência no
treinamento de pilotos no Aeroclube Escola de Pilotagem de Maricá.
Quaisquer erros, informações incompletas ou obsoletas, devem ser reportadas o mais breve possível
ao Coordenador da Instrução ou ao Presidente do Aeroclube. Quaisquer comentários ou sugestões
visando a melhoria deste manual serão bem vindos.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto II
O aluno é o objetivo principal da AEPM e para ele se destinam todas as preocupações e realizações
da Diretoria. Assim, contam-se não só os programas curriculares, cujos conteúdos são
meticulosamente planejados, bem como são colocadas à disposição dos alunos uma complexa infra-
estrutura digna e adequada às atividades didático-pedagógicas voltadas para a formação do piloto
civil.
São ministrados no Aeroclube os cursos de Piloto Privado, Piloto Comercial e Instrutor de Voo, tanto
para Avião bem como para Helicóptero, utilizando para tal, aeronaves Aero Boero 115, Neiva P-56
(Paulistinha), o Cessna 172 Skyhawk, CESSNA 152 e o Helicóptero H-269C. No curso de voo por
instrumentos, é usado um EMBRAER 711 - ST Corisco II, um EMBRAER SÊNECA II e um Cessna
310 (Bimotor), onde os alunos aplicam os exercícios, exaustivamente treinados, em dois simuladores
ATC-710 (Monomotor) e ATC-810 (Bimotor) até atingirem a performance desejada para o Voo. Os
instrutores são pilotos formados na Escola e que frequentam, também seu curso de Instrutores,
fazendo com que a doutrina preconizada pela entidade seja rigorosamente preservada.
É mais do que isso, significa que toda vez que um avião decola:
Nele está um aluno que deverá cumprir uma das etapas de seu programa de instrução
Nele está um aluno que deverá realizar os exercícios previstos para aquela missão de voo, inserida
no curso de pilotagem
Nele está um aluno consciente de suas obrigações e responsabilidades
Os alunos ao matricularem-se num dos cursos recebem este manual (contendo todas as informações
técnicas sobre a aeronave que voará) acrescido dos detalhes sobre as manobras constantes do
programa do curso que realizará, além da fraseologia rádio padrão, roteiros de navegação, boletins
informativos e normas internas da AEPM.
Todos os esforços são dirigidos no sentido de que os alunos possam se preparar com antecipação,
estudando os exercícios práticos que serão ministrados no voo de instrução. Cada voo é precedido
de um “Briefing” detalhado e concluído com um “Debriefing” no qual são comentados os
desempenhos e o rendimento do piloto em instrução onde todos os aspectos didáticos do voo e da
padronização teórica são criticados. No “Debriefing” são também rememorados os procedimentos,
visando à melhoria da performance do aluno nos próximos voos.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto III
Todo esse esforço visa otimizar as operações aéreas do Aeroclube, aprimorando a qualidade da
instrução e garantindo o doutrinamento do pessoal envolvido, sejam instrutores, alunos, mecânicos
ou pessoal de apoio, na tarefa de voar com segurança, prevenindo a ocorrência de acidentes ou
incidentes aeronáuticos, evitando danos pessoais e materiais.
O Aeroclube conta com instalações construídas pelo antigo Departamento de Aviação Civil, hoje
Agência Nacional de Aviação Civil, onde estão abrigadas a Sala de Operações, Secretaria, Sala de
Pilotos, Sala de Briefing, Sala de Reuniões, Biblioteca Técnica, Almoxarifado, Manutenção, Oficinas
e a grande área de suprimento da ANAC, onde estão as peças de reposição para atendimento aos
aeroclubes de todo o país em cumprimento ao “Programa Aero Boero” do próprio DAC.
Atualmente, a melhor propaganda do Aeroclube Escola de Pilotagem de Maricá é feita por seus
próprios alunos que se orgulham de participarem de seus cursos. É deles a frase que hoje está se
tornando o slogan da Escola:
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto IV
Índice
1. GENERALIDADES.............................................................................................................................. 5
1.1 Finalidade.......................................................................................................................................... 5
3. NOTAS E NORMAS............................................................................................................................ 8
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto V
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto VI
4.13 Generalidades............................................................................................................................... 23
4.13.1 Transponder ........................................................................................................................... 23
4.13.1 Iluminação Externa................................................................................................................. 23
4.13.2 Iluminação interna .................................................................................................................. 24
4.13.4 Cinto de Segurança................................................................................................................ 24
4.13.5 Extintor de Incêndio................................................................................................................ 24
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto VII
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto VIII
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto IX
7.1 Finalidade........................................................................................................................................ 67
7.5 Duração........................................................................................................................................... 68
7.6 Avaliação......................................................................................................................................... 68
8.1 Finalidade........................................................................................................................................ 72
8.5 Duração........................................................................................................................................... 72
8.6 Avaliação......................................................................................................................................... 72
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto X
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto XI
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 5
1. Generalidades
1.1 Finalidade
Este manual tem por finalidade fornecer normas de procedimentos, visando à melhor técnica
de operação de aeronaves, bem como à padronização da instrução, tanto para instrutores como para
alunos.
A melhor técnica de operação aqui descrita aplica-se ao avião Cessna 152, podendo não
adequar-se a outras aeronaves, e, antes de tudo, sua descrição subordina-se à necessidade de
padronizar a instrução da Escola. Não é primária a preocupação deste manual com a maior
segurança, maior eficiência e maior economia. Preocupação esta, que é característica das
operações da aviação comercial e dos padrões estabelecidos pelo fabricante.
• O piloto é o responsável por decidir se a aeronave está em condições seguras para o voo.
• O piloto é o responsável por operar dentro das limitações especificadas neste manual.
• O piloto tem obrigação de se familiarizar com todo este manual, antes de receber instrução
de voo competente.
1.3 Advertências
Visando a segurança do voo, este manual contém observações com os títulos: NOTA,
CUIDADO PERIGO, ERROS COMUNS e DICAS, que devem ser interpretados da seguinte maneira:
NOTA
Um procedimento ou condição que é essencial ressaltar.
CUIDADO
Um procedimento ou prática que, se não for observado rigorosamente, resultará em danos ou
destruição do equipamento.
PERIGO
Um procedimento ou prática que, se não for observado rigorosamente, resultará em danos pessoais
ou perdas de vidas.
ERROS COMUNS
Prováveis erros cometidos pelos alunos, quando no início de sua aprendizagem.
DICAS
Recomendações que facilitarão a execução de determinado exercício baseadas na experiência
previamente testada.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 6
2.1 Introdução
“F” – FAMILIARIZAÇÃO – Onde o aluno recebe suficiente informação sobre o exercício da missão e
mostra que memorizou os procedimentos para iniciar o treinamento duplo comando (DC). Para isso,
o instrutor demonstra e o aluno acompanha o exercício.
“C” – COMPREENSÃO – Quando o aluno deve adquirir a compreensão do exercício e pratica com o
auxílio do instrutor. O seu desempenho ainda é variável de voo para voo.
“A” – APLICAÇÃO – O aluno já entende perfeitamente o exercício e o pratica com erros normais e
toleráveis. O aluno já apresenta desempenho uniforme nos voos seguidos.
“X” – EXECUÇÃO – Neste estágio, o aluno deverá executar os exercícios corretamente e poderá ser
avaliado. A partir deste nível, a proficiência será aquilatada por “Graus de Desempenho” que
servirão como base para o grau final das missões de voo.
Esses graus são as notas que o aluno recebe nas missões de voo e são classificadas de 1
(um) a 5 (cinco) de acordo com a performance na missão que estiver sendo realizada e são
determinadas segundo os parâmetros abaixo.
Grau 1 – Voo perigoso – Quando o instrutor considera que o aluno teve uma atitude perigosa na
missão tal como uma violação das regras de tráfego aéreo sem uma razão lógica ou que houve uma
intervenção deste instrutor para evitar um acidente perfeitamente previsível.
Grau 2 – Voo deficiente – Quando o aluno apresenta dificuldade na realização do exercício, não
havendo assimilação no nível de aprendizagem exigido para aquela missão.
Grau 3 – Voo satisfatório – O aluno apresenta dificuldades normais na execução dos exercícios da
missão.
Grau 4 – Voo bom – Quando o aluno apresenta facilidade e perfeição na execução da maioria dos
exercícios.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 7
Grau 5 – Voo excelente – Neste grau o aluno apresenta facilidade e perfeição na execução de todos
os exercícios da missão.
2.4 Generalidades
Para que o aluno seja aprovado na missão, podendo passar para a missão seguinte do
programa é necessário que obtenha um grau de desempenho igual ou superior a 3 (voo satisfatório).
Um grau 1 (voo perigoso) ou 2 (voo deficiente) determina que o instrutor preencha uma ficha
detalhadamente comentada, provocando a repetição da missão.
Os voos de cheque previstos nos programas de instrução de cada equipamento desta Escola
serão realizados por examinadores credenciados pelo Aeroclube Escola de Pilotagem de Maricá
junto a Agência Nacional de Aviação Civil ou por INSPACS (Inspetores de Voo) da própria Agência.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 8
3. Notas e Normas
3.1 Introdução
Tanto as Notas quanto as Normas devem ser rigorosamente cumpridas, por todos os
envolvidos nos procedimentos pertinentes.
ATENÇÃO: Somente adicionar óleo quando o cárter requerer 1 (um) litro completo.
OBSERVAÇÃO:
Se ao chegar de voo o combustível estiver abaixo do mínimo exigido para novo voo local (menos de
50 litros para o Cessna 152), deverá o piloto, salvo instruções em contrário, levar o avião diretamente
ao ponto de abastecimento.
I. Após a realização do seu voo, o piloto deverá estacionar a aeronave de acordo com a
padronização da escola.
II. É da responsabilidade do piloto a execução do cheque do abandono da aeronave após o voo, de
acordo com os itens previstos neste Manual de Operações.
III. Cabe ressaltar, dentre outros, a importância da colocação da capa no tubo de pitot e de calços na
aeronave.
IV. Caso haja necessidade de reabastecimento, prosseguir para o ponto de abastecimento.
I. O tráfego no aeródromo de Maricá, obedece à configuração do circuito padrão para pista 26, com
a curva realizada pela esquerda, a uma altura de 1000 (mil) pés, e afastamento lateral de 350
(trezentos e cinqüenta) metros do eixo Longitudinal da pista, de acordo com a figura abaixo:
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 9
III. Aeronaves com rádio deverão obrigatoriamente reportar a posição “Boqueirão” (freqüência
123.45) a fim de coordenação com outras aeronaves e com a AEPM. A escola poderá fornecer
informações de condições meteorológicas no momento, via radiofonia, para aumentar a
segurança das operações de pouso e decolagem.
IV. Cumpre atentar para o fato de que, por ser ponto de convergência das aeronaves em
procedimento de pouso e decolagem, a maior densidade de tráfego daí resultante no circuito do
aeródromo exige redobrada atenção, a fim de evitar colisões.
I. É proibido o sobrevoo abaixo de 300 (trezentos) metros - ou 1000 (mil) pés - das localidades
próximas ao aeródromo, tais como, a título de exemplo:
III. Sempre que possível o voo deve se desenvolver na área de instrução previamente especificada
na Notificação de Voo.
k) Se o motor pegar:
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 10
7) Retornar ao item k.
3.3.5.1 CONTROLE DIRECIONAL: O controle do avião no solo, em baixa velocidade, deve ser
exercido, principalmente, pela atuação da roda comandável do trem do nariz e, secundariamente,
pelo acionamento diferenciado dos freios. Não é necessário comandar o profundor à frente, a fim de
aumentar a pressão no trem do nariz.
3.3.5.2 DECOLAGEM: Durante a corrida para a decolagem, no período de transição entre baixa e
alta velocidade, ao contrário do que ocorre no taxi, é necessário que se aumente a pressão no trem
do nariz, levando a frente o comando de profundor (manche a frente). Caso o vento não esteja
alinhado com o eixo da pista (de través ou meio través) inclinar a asa ligeiramente para baixo, na
direção do vento, assim contrariando com o manche a tendência da asa de elevar-se e corrigir com
os pedais possíveis desvios da reta de decolagem. Ao atingir 50 KIAS deve-se aliviar a pressão no
trem do nariz, levando o comando do profundor a posição neutra (manche neutro). Quando atingidas
65 KIAS rodar a aeronave, atentando para que a mesma não retorne ao solo derrapando, o que
poderá redundar em situações de difícil controle.
3.3.5.3 POUSO: Com o vento "não alinhado" há necessidade de se calçar o pedal correspondente à
direção do vento, isto é, de aproar o vento, para com isso, corrigir a deriva e assim manter o rumo do
eixo da pista (recurso conhecido como "caranguejar", a saber, proa aproximadamente na direção do
vento e rumo na direção do eixo da pista). Em tais condições de pouso deve-se manter sempre a
velocidade de planeio sob controle estrito e permanente, compatível com as posições de flap
comandadas, especialmente em presença de rajadas de vento com significativa intensidade,
observando inclusive a necessidade de "picar" (baixar o nariz) ou mesmo de dar o motor para
aumentar sua velocidade de planeio. Recomenda-se utilizar no máximo 30º de flap em operações de
pouso com fortes ventos de través, a fim de evitar estóis repentinos a baixa altura. Caso não sejam
verificadas estas restrições, os ventos desencontrados de superfície poderão subitamente alterar os
parâmetros de sustentação e provocar um estol inesperado e de conseqüências imprevisíveis.
Após a quebra de planeio, impeça o avião de continuar "caranguejando", para isso dirigindo a
proa para o eixo da pista, a fim de alinhar o eixo longitudinal da aeronave com o eixo da pista e,
assim, impedir que o trem de pouso venha a tocar o solo não alinhado com a direção (rumo) da
mesma, o que poderia causar danos (arrasto lateral). Simultaneamente, abaixe levemente a asa do
lado do vento, a fim de contrariar a pressão eólica lateral. Ao planar horizontalmente ao longo da
pista o avião vai rapidamente perdendo sustentação e altura e, ao "sentir" que se aproxima do ponto
de estol, já bem próximo ao solo (cerca de 1 metro), contrarie sua tendência de tocar a pista com o
trem do nariz. Para isso cabre suave e progressivamente à medida que o avião inicia o afundamento
(estol), a fim de obrigá-lo a levantar o nariz e com isso manter uma atitude levemente positiva para
tocar suavemente o solo com o trem de pouso principal. Após o toque leve o manche a frente a fim
de tocar o trem do nariz no solo e manter o controle direcional, conforme descrito no item 3.3.5.1.
Embora já esteja no solo, acione o manche lateralmente para corrigir as tendências da asa e
finalmente, para manter a reta, além dos pedais, poderão ser usados ligeiros toques de freio,
conforme necessário.
Por causa da existência de pedregulhos e outros detritos típicos de locais não asfaltados ou
gramados, observe rigorosamente as seguintes instruções:
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 11
Somente dar partida com o avião aproado ao vento, salvo se estiver em área gramada ou
pavimentada. Observe a figura para as posições de acionamento na AEPM.
Evitar curvas fechadas, taxi muito lento ou rajadas de motor, particularmente se o vento for
de cauda ou de través.
ATENÇÃO: Em virtude dos redemoinhos que em tais circunstâncias se formam sob a hélice, a não
observância destas instruções, poderá ensejar a colisão de pedras com as pás e seu arremesso
contra outras partes do avião, com danos para ambos. Observe os locais adequados para cheque do
motor (ver item 3.3.7), a ser realizado exclusivamente sobre as áreas indicadas.
O cheque antes da decolagem deverá ser realizado no pátio lateral, com a proa voltada para
a cabeceira 08 (zero oito), fazendo 45º (graus) com a mesma.
Ficam pilotos e alunos informados de que a Direção da Escola de Pilotagem de Maricá não
permitirá infringir de normas atinentes a voos abaixo das alturas regulamentares, exceto em
operações de pouso e decolagem, a saber:
1) 1000 pés (300 metros) sobre cidades, povoados, lugares habitados e grupos de pessoas ao
ar livre.
2) 500 pés (150 metros) em lugares não citados no item anterior.
Estipulam-se severas punições, não só na esfera administrativa, tanto interna (no âmbito da
AEPM) quanto de cunho oficial (pela ANAC), como também na esfera penal, ante o rigor com que os
Códigos (Penal e de Aeronáutica) tratam do assunto.
No caso desta Escola, cumpre à sua Direção zelar para que os alunos e pilotos obedeçam
estritamente aos regulamentos de voo e se comportem sempre, em todas as suas atividades, com o
elevado senso de responsabilidade e de idoneidade profissional associado à condição de PILOTO.
Cumpre ter sempre em mente a segurança de voo e o total respeito pelos direitos de terceiros (da
comunidade), a fim de que não ocorram acidentes, incidentes ou reclamações capazes de causar
sérios prejuízos ao bom nome da Escola e de tornar delicado seu relacionamento com as
autoridades municipais e com a opinião pública.
Por semelhantes razões, as medidas a cargo da AEPM poderão, nos casos mais graves,
incluir o afastamento definitivo de voo e comunicação oficial do fato a Agência Nacional de Aviação
Civil.
Com objetivo de aumentar a segurança de voo, fica estabelecido que toda arremetida de
aeronave em aproximação final será feita em curva ascendente para a direita, com especial atenção
para o tráfego que motivou a arremetida. Subir paralelo com a pista, contornando-a de forma a
interceptar novamente a perna-do-vento na altura e configuração padrões.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 12
Por constituir-se em zona de maior fluxo de aviões e tendo em vista a disparidade de suas
velocidades, as aeronaves mais velozes, no circuito de tráfego, deverão ajustar suas velocidades
para que se mantenha uma separação de segurança entre si e para que não ocorram
ultrapassagens.
Por ocasião do pouso, diligenciar no sentido de realizar uma aproximação compatível, tanto
quanto possível, com a manutenção de uma velocidade de 60 KIAS, o que só deverá ocorrer com
30º (graus) de flap (todo o Flap).
Velocidades maiores irão aumentar o tempo de voo próximo ao solo, após a quebra do
planeio, por prolongarem a sustentação aerodinâmica do avião e, com isso, diminuirão o espaço
restante da pista para a conclusão do pouso e eventual arremetida.
Em tal caso, tornando-se crítico o espaço restante da pista, o piloto será tentado a forçar o
avião para o chão, o que redundará ainda em maior velocidade e maior sustentação. Esta ação
poderá fazer o avião bater com as rodas e subir, voltando ao ar sob impulso do sistema de
amortecimento, nesta situação, se o nariz estiver elevado, a aeronave perderá velocidade e estolará
repentinamente, com possíveis riscos para o piloto e a aeronave. Para impedir semelhante desfecho,
tão logo venha a elevar-se, após o toque com o solo, cumpre rapidamente dar motor por breves
instantes (e logo nivelar o avião), na medida certa (tanto mais motor quanto mais alto o avião tiver se
elevado). Assim que esteja estabilizado ir reduzindo o motor, para que vá afundando paulatinamente
até arredondar em posição de atitude positiva para o toque com o trem de pouso principal, tudo se
passando como se estivesse em novo pouso. Neste momento todas as dificuldades de um pouso se
somarão, criando uma situação delicada até para os pilotos mais experientes.
Esta determinação visa à segurança geral das operações que devem se pautar por
inspeções e procedimentos cuidadosos.
Além dos aspectos de segurança, pelo qual todos somos individual e coletivamente
responsáveis, esta medida visa a manter a limpeza interna, impedir o mau cheiro e a preservar o
avião e a saúde das pessoas, em especial das que não têm o hábito de fumar.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 13
Todo voo, de qualquer natureza, deve ter o registro feito e seu pagamento efetuado NO DIA
DE SUA REALIZAÇÃO, ou seja: Nenhum voo se efetuará para pagamento posterior à data de sua
realização.
Ao aluno ou piloto será facultado a compra antecipada de horas de voo, nas condições de
um “sistema de pacote” mantido pela Escola. O valor das horas de voo será cobrado de acordo com
as tabelas de valores vigentes no momento da aquisição do pacote, de acordo com a quantidade de
horas e o tipo de aeronave (AB-115, P56C, P28T, C172, C152 etc.) que será utilizada pelo aluno ou
piloto. As responsabilidades do aluno ou piloto e da AEPM estão descritas no Contrato de Prestação
de Serviços, firmado entre ambas as partes, no momento da compra do pacote.
Não é permitido, sem fim específico didático, permanecer dentro das aeronaves quando se
encontrarem no hangar ou fora dele estacionados.
O uso impróprio das acomodações, além de provocar desgaste prematuro injustificável, induz
a descuidos e ao manejo ocioso e desatento de chaves e comandos da cabine que podem afetar a
segurança da aeronave e do local em que se encontra. Têm-se registrado casos inexplicáveis de
estragos em estofamentos, painel, botões de instrumentos, de quebra e desregulagem de dígitos de
rádio e de inutilização de baterias, por terem permanecido ligadas.
Um “tempo de hora de nacele”, para fim de instrução ou para outra finalidade justificável,
deverá ser autorizado pelo instrutor e dele se dará ciência ao responsável da sala de operações que
designará a aeronave disponível para semelhante finalidade, dentro de determinado período.
Ante os motivos expostos, esta Administração está certa de que todo o pessoal integrante
desta organização, bem compreendendo a importância das presentes recomendações, abster-se-á,
por exemplo, de levar amigos para “bater-papo” ou fazer demonstrações de “liga-desliga” nos aviões
da Escola.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 14
transcorrer dos treinamentos relacionados com os cursos de pilotagem ministrados pela acima citada
AEPM.
Declaro ainda, assumir total responsabilidade por danos causados ao patrimônio da AEPM,
aeronaves e inclusive a terceiros, caso tenham eles ocorrido por comprovada indisciplina e/ou
negligência de minha parte, seja na qualidade de aluno ou de piloto habilitado, tanto na condução de
aeronaves como no uso de bens patrimoniais da AEPM.
Data e assinatura
(com ciência do responsável, se menor de 21 - vinte e um anos).
O aluno ou piloto que tenha realizado seu último voo na Escola de Pilotagem de Maricá há
mais de 30 (trinta) dias, desde que a não mais de 90 (noventa) dias, deverá obrigatoriamente,
submeter-se a uma avaliação por parte de instrutor da AEPM. Esta avaliação constará de, no
mínimo, 01h30’ (uma hora e trinta minutos) de voo, com realização de todas as manobras
elementares acrescidas de, pelo menos, 04 (quatro) pousos e 3 (três) panes simuladas.
O aluno ou piloto que tenha realizado seu último voo na Escola de Pilotagem de Maricá há
mais de 90 (noventa) dias, deverá obrigatoriamente, submeter-se a uma avaliação por parte de
instrutor da AEPM, constante de, no mínimo, 03h (três horas) de voo, com realização de todas as
manobras elementares acrescidas de, pelo menos, 06 (seis) panes simuladas e de 08 (oito) pousos.
OBSERVAÇÃO:
Aquele que não obtiver aprovação satisfatória na avaliação do instrutor, deverá ser submetido a
treinamento nos exercícios em que for julgado deficiente, de forma a recuperar a necessária
proficiência.
A responsabilidade por danos que venham a ocorrer às aeronaves da Escola, por ocasião de
sua permanência em outros aeroportos (pernoite ou estadia temporária), é atribuída ao piloto em
comando.
Caso o piloto venha a se afastar da aeronave em quaisquer aeroportos que não a base, não
deverá fazê-lo sem antes certificar-se, mediante entendimento com autoridades ou funcionários
aeroportuários locais, de que a aeronave se encontra em satisfatórias condições de segurança.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 15
CUIDADO:
Usar laço, não usar nós cegos.
OBSERVAÇÕES:
Seguranças adicionais para fortes ventos incluem amarrações com cordas a partir dos garfos
do trem de pouso, e amarração no leme direcional.
O manejo das aeronaves do Aeroclube Escola de Pilotagem de Maricá que tenham sido
designadas para atender a pedido de voo como, por exemplo, desangaragem e/ou mudança de
posição no pátio de estacionamento ou no ponto de abastecimento, é de responsabilidade dos
pilotos, inclusive no caso de aluno em voo solo ou duplo comando, a quem cumpre supervisionar as
manobras a cargo dos funcionários habilitados da manutenção e com eles colaborar.
Assim, as despesas oriundas de danos resultantes de batidas ou de outra natureza, provocados por
desatenção ou negligência na execução de semelhantes operações, serão atribuídas ao piloto ou
aluno requisitante, para cujo voo tenha sido designada a aeronave danificada.
Os alunos que realizarem seus voos nas primeiras e últimas horas de instrução deverão
ainda colaborar com os funcionários da manutenção na desangaragem e hangaragem das
aeronaves que lhes tenham sido designadas para voo.
OBSERVAÇÕES:
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) limita a utilização das aeronaves cedidas em
regime de comodato a aeroclubes e entidades similares, aos voos de treinamento, razão pela qual,
em consonância com semelhantes disposições, esses aviões somente possuem os tipos seguro
conhecidos como "RETA 2, 3 e 4, ou seja: de tripulantes; de pessoas e bens no solo e danos por
colisão ou abalroamento, inexistindo seguro para passageiros.
Os aviões P-56 e Cessna 172 e 152 de propriedade desta Escola, poderão ser utilizados em
missão típicas de aerodesporto com um instrutor do Aeroclube Escola de Pilotagem de Maricá, para
treinamento, manutenção das condições operacionais e objetivos similares. Por esta razão, foi feito
seguro complementar para passageiro (RETA 1), em aditamento às coberturas obrigatórias. Por não
fazerem parte integrante dos cursos de pilotagem, tais voos serão quitados pelo valor da hora normal
(sem descontos).
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 16
4.1 Introdução
Neste capítulo, são apresentados todos os dados técnicos necessários para que o
aluno/piloto, possa desempenhar todos os procedimentos dele esperado da melhor forma.
4.2 Apresentação
4.2.1 Tipo
4.2.2 Asa
4.2.3 Fuselagem
4.2.4 Empenagens
4.2.5 Dimensões
4.3.1 Motor
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 17
4.3.2 Ignição
4.3.3 Starter
4.3.3 Carburação
4.3.4 Lubrificação
A temperatura do sistema é controlada por meio de uma válvula termostática, que regula o
fluxo de óleo que passa através do radiador.
O reservatório possui uma capacidade normal de 5,67 litros (6 quartos de US/Gal), cujo nível
pode ser verificado por meio de uma vareta graduada (em Quartos de US/Gal).
A quantidade mínima para iniciar um voo é de 3,78 litros (4 (quatro) quartos de US/Gal).
4.4 Hélice
A aeronave está equipada com uma hélice SENSENICH 72 CK, metálica de passo fixo.
O sistema é composto por dois tanques de liga de alumínio, fixados nas raízes das asas por
meio de cintas metálicas, possuindo uma seletora que permite o fluxo do combustível por gravidade
para o carburador, passando por um filtro. Existe um dreno em cada tanque localizado no intradorso
de cada asa, próximo a raiz. A seletora de combustível permite selecionar o fluxo em AMBOS e ou
FECHADO.
A capacidade total do sistema é de 26 US/Gal (Aprox. 99 litros), onde 1,5 US/Gal (Aprox.
5,67 litros) não são utilizáveis, sendo utilizáveis 24,5 US/GAL. A quantidade de combustível poderá
ser verificada por meio de dois instrumentos, um para cada tanque, localizados no painel da
aeronave.
4.5.1 Bateria
4.5.2 Gerador
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 18
A carga da bateria é controlada pelo regulador de voltagem, cuja medição é fornecida por um
amperímetro.
Aileron, Leme e Profundor, são do tipo convencional acionados por cabos, roldanas e
guinhóis. Os comandos do assento esquerdo são ligados mecanicamente aos do assento direito. Os
ailerons, o profundor e o leme direcional são totalmente metálicos.
Nas aeronaves Cessna 152, os flaps são acionados por uma alavanca localizada no painel
da aeronave. As aeronaves Cessna 152 possuem acionamento elétrico dos flaps, que são
comandados por uma chave localizada no painel. Esta chave aciona um motor instalado na asa
direita. Os flaps podem ser defletidos (baixados) para as posições 10º, 20º e 30º
4.7.1 Freios
Os freios são do tipo disco, com pinças e pastilhas. Atuam de forma independente nas rodas
do trem principal, sendo comandados por cilindros mestres instalados nas pontas dos pedais dos
assentos direito e esquerdo. O sistema é suprido por um único reservatório de óleo hidráulico.
O trem de pouso principal é do tipo triciclo com cada perna fixada à fuselagem por um
amortecedor do tipo lâmina. O trem de pouso do nariz é fixado à fuselagem através de um
amortecedor hidráulico e possui uma tesoura para manter o alinhamento da roda. O trem do nariz é
comandado pelos pedais dos assentos direito ou esquerdo. Para movimentação no solo é instalado
um garfo na roda do nariz utilizado no controle direcional.
OBS.: Consulte a seção de anexos, ao final deste manual para o posicionamento dos instrumentos
no painel de cada aeronave da AEPM.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 19
Para acionar os instrumentos de voo, o avião possui um tubo de pitot com tomada de
pressão dinâmica situado próximo ao intradorso e o montante da asa esquerda. A tomada de
pressão estática está localizada na fuselagem, ao lado esquerdo próxima ao nariz do avião.
4.9.1 Climb
O climb mede a razão de mudança na pressão estática quando o avião sobe e desce.
Através de um ponteiro e de um mostrador, este instrumento, indicará se o avião estará subindo ou
descendo antes que o altímetro comece a sentir e dar indicações.
4.9.2 Altímetro
O altímetro indica a altitude, em pés, acima do nível do mar. O indicador tem três ponteiros e
um mostrador graduado. O ponteiro maior indica centenas de pés, o ponteiro médio indica milhares
de pés e o ponteiro menor indica dezenas de milhares de pés. Uma janela de pressão barométrica
está localizada no lado direito do instrumento. O altímetro consiste de um diafragma totalmente
fechado, conectado aos ponteiros através do sistema de pressão estática, e a medida que a pressão
atmosférica estática diminui, com a subida do avião, o diafragma se expande provocando o
movimento dos ponteiros através de ligações mecânicas.
4.9.3 Velocímetro
O coordenador de curva pode ser ligado através de um interruptor elétrico localizado logo
abaixo do instrumento. O indicador de curva é giroscópico, enquanto que o indicador de derrapagem
do instrumento consiste de uma bola fechada em um tubo de vidro curvo, cheio de fluido de
amortecimento. É um coordenador de curva, que indicará a razão de curva, mas, devido a sua
espécie de construção, indicará a razão de inclinação também, o que significa que a aeronave está
sendo inclinada para a direita ou para a esquerda rapidamente.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 20
4.10.1 Tacômetro
O tacômetro é ligado ao motor por um cabo flexível e indica as rotações por minuto do eixo
virabrequim. O instrumento tem um mecanismo de registro para registrar o tempo real de operação
do motor em relação a um determinado regime.
4.10.7 Amperímetro
4.11.1 Bússola
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 21
4.11.3 VOR/ILS
O VOR (VHF Omni Range) é o instrumento que indica radiais, orientadas pelo norte
magnético, através de uma agulha que movimenta-se para esquerda e para direita. Este instrumento
recebe um sinal VHF (Very High Frequency) de antenas instaladas no solo, sendo assim possível
navegar diretamente em direção a estas antenas ou a pontos pré-determinados (fixos) referenciados
em relação a estas antenas. Através deste instrumento é possível também fazer aproximações por
instrumentos de não precisão, em condições IMC (Instrument Meteorological Conditions), seguindo
as Regras de Voo por Instrumentos (IFR). A rotas de navegação (Aerovias) estão constantes nas
Cartas de Rota, ERC (En Route Chart) e os procedimentos de aproximação são constantes nas IAC
(Instrument Aproach Chart).
Alguns VORs são dotados de uma agulha que provem indicações de rampa (Glide Slope),
quando é selecionada uma freqüência de localizador (localizer). Quando é selecionada uma
freqüência de VOR esta agulha fica inoperante, apresentando-se no instrumento uma bandeira GS
para indicar esta condição. Utilizando o Localizer e o Glide Slope é possível fazer uma aproximação
por instrumentos de precisão conhecida por ILS (Instrument Landing System). A agulha vertical
(Localizer) indica o rumo da pista, orientado em relação ao norte magnético e a agulha horizontal
(Glide Slope) indica uma rampa ideal até a cabeceira da pista, obedecendo a um gradiente de
descida de 3% (três por cento).
Ao utilizar o VOR ou ILS, as radiais ou cursos devem ser selecionados através de um botão
(OBS) localizado na parte inferior esquerda do instrumento.
4.11.4 ADF
A aeronave está equipada com rádios para comunicação e para navegação. Uma chave
Master Radio, localizada no painel, é utilizada para cortar o fornecimento de eletricidade aos
equipamentos rádio.
CUIDADO: Esta chave deve ser ligada somente com o motor em funcionamento, evitando danos aos
equipamentos no momento do acionamento.
O rádio VHF é utilizado para comunicação entre a aeronave, os órgãos de controle e outras
aeronaves. Possui um botão VOL, para ligar ou desligar o aparelho, que tem também a função de
ajustar o volume, e que, quando puxado elimina o abafador de ruído (“squelch”) com a finalidade de
teste.
Dois botões concêntricos são usados para seleção de frequência. O de trás seleciona
unidades inteiras de MHz, de 118 Mhz a 136 Mhz. O da frente, mais fino, seleciona vigésimos de
Mhz, ou seja, de 0,05 em 0,05 Mhz ou ainda, de 50 em 50 Khz, e quando puxado, seleciona de 25
em 25 Khz, ou seja, de 0,025 em 0,025 Mhz.
Podem ser selecionadas frequências de 118.000 Mhz a 136.975 Mhz, embora os milésimos de Mhz
não apareçam no “display” ( < - > ).
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 22
Para trocar uma pela outra, basta apertar a tecla sinalizada com setas (Tecla de Transferência), que
se localiza logo abaixo do “display”.
Para ligar o rádio gire o botão “liga-desliga”, VOL, no sentido horário a partir da posição
“OFF”. Ao ser energizado, as janelas das frequências em uso (USE) e em “stand-by” (STBY)
mostrarão as respectivas frequências armazenadas na memória.
Depois de ligar, puxe o botão VOL para eliminar o abafador de ruídos (“squelch”) e gire-o para obter
o nível desejado de áudio. Empurre o botão VOL para ligar o “squelch”.
Durante transmissões, as letras TX aparecerão entre as janelas USE e STBY para indicar
que o transceptor está transmitindo.
Para sintonizar uma frequência que não esteja aparecendo na janela STBY, nem obviamente
na janela USE, giramos os botões de sintonia para a frequência desejada, que se mostrará na janela
STBY.
O último número de canal fica mostrado na janela de canais, bem como a respectiva
frequência, a menos que nenhum canal haja sido programado, caso em que o rádio mostrará o canal
1 e traços aparecerão na janela STBY.
Girar qualquer dos dois botões de sintonia muda o número do canal e a correspondente
frequência na janela STBY. Os canais somente crescerão ou decrescerão para canais que tenham
sido programados.
Após pressionar o botão CHAN e selecionar novo canal, caso não se tome nenhuma outra
ação durante 5 segundos, o rádio retornará ao “modo frequência” e a frequência do canal aparecerá
na janela STBY.
Pressionar o botão de transferência, fará com que a frequência associada ao canal comece a
piscar. Os botões de seleção então poderão ser usados para programar outra frequência para o
canal. Não havendo ação após a entrada do “modo programa”, transcorridos 20 segundos, o rádio
retornará automaticamente ao “modo frequência”. Quando o canal de frequência está piscando,
pressionar o botão de transferência que fará a frequência parar de piscar, indicando que ela foi
fixada, e o número do canal começa a piscar, ocasião em que um novo canal pode ser selecionado
para programação. Momentaneamente, pressionar o botão CHAN levará o rádio para o “modo
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 23
frequência” e a última frequência STBY que ocupava o local antes do início da programação
reaparecerá.
Sumariando:
A seguinte lista de ações deve ser cumprida para fixar um programa para um canal:
1) Manter apertado o botão CHAN por mais de 2 segundos (letras P/G aparecem; o número de
canal pisca)
2) Selecionar o canal a ser programado, através dos botões seletores
3) Momentaneamente pressionar a tecla de transferência (frequência passa a piscar)
4) Selecionar a frequência desejada, através dos botões seletores
5) Momentaneamente pressionar a tecla de transferência (o número de canal passa a piscar,
indicando que outro canal pode ser selecionado para programação), ou pressionar o botão
CHAN (rádio volta para o “modo frequência”)
A seguinte lista de ações deve ser cumprida para desfixar um programa ou “limpar” um canal:
4.13 Generalidades
4.13.1 Transponder
A iluminação externa é composta por faróis de pouso, localizados no bordo de ataque da asa
esquerda e por luzes de navegação de acordo com o padrão. Está instalado na parte superior da
empenagem vertical um farol rotativo, acionado por uma chave localizada no painel.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 24
Os cintos de segurança são do tipo três pontos e possuem uma alavanca de desconexão
rápida.
O extintor de incêndio está localizado na parte traseira da aeronave, atrás dos assentos.
4.14 Limitações
4.14.1 Velocidade
4.14.2 Motor
NOTA: Em regime de marcha lenta, com óleo quente, a pressão pode cair até 25 psi.
Operação Normal no Nível do Mar (Arco Verde Interno) ........................ 1900 a 2350 rpm
Operação Normal a 4000 pés (Arco Verde Central) ................................ 1900 a 2450 rpm
Operação Normal a 8000 pés (Arco Verde Externo) ............................... 1900 a 2550 rpm
4.14.6 Peso
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 25
Flaps Recolhidos............................................4,4 G
Flaps Abaixados.............................................3,5 G
4.14.8 Altitude
4.14.9 Gerais
Quando operado em voo solo, o piloto deverá ocupar, obrigatoriamente, o assento esquerdo.
1) Taxiar com velocidade reduzida, com máxima atenção, evitando o uso dos freios;
2) Durante o voo, manter constante observação do espaço aéreo;
3) Clarear a área sempre que iniciar qualquer exercício que implique em perda de altitude;
4) A altura mínima para recuperação de qualquer exercício é de 1500 pés;
5) O voo solo deverá ser realizado de 1500 a 2000 pés de altura, exceto para treinamento de “S”
sobre estrada, oito sobre cruzamento ou oito ao redor de marcos;
6) Nunca entrar em nuvens, pois é obrigatório manter sempre o contato visual com o solo;
7) Nunca pousar após o 1o terço da pista, é preferível arremeter e fazer novo tráfego;
8) É proibido o treinamento de pane simulada em voo solo;
9) É proibido glissar na reta final em voo solo;
10) É proibido voar fora da área de instrução sem autorização da Direção da Escola.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 26
Esta seção apresenta uma descrição clara dos procedimentos recomendados para a
operação normal do Cessna 152.
5.1.1 Briefing
Durante o voo não há possibilidade de tirar dúvidas a respeito de procedimentos. Para tanto
é necessário que todas as dúvidas sejam sanadas durante o Briefing.
Antes da inspeção visual o piloto deve verificar o livro de bordo quanto à disponibilidade de
manutenção da aeronave na própria sala de operações.
A inspeção visual é parte importante em cada missão e tem início durante a chegada ao
avião, quando o piloto deve observar a existência de veículos ou equipamentos de terra que possam
pôr em risco a segurança de partida e rolagem.
Todos os cheques previstos devem ser feitos com bastante cuidado. Lembre-se que não
existem itens mais importantes que outros. Todos merecem atenção e cuidados.
O avião deve ser submetido a uma completa inspeção pré-voo interna e externamente. A
inspeção pré-voo deve incluir a verificação das condições operacionais do avião. Quando se tratar de
instrução de navegação deve ser obtida uma previsão meteorológica para a rota de voo pretendida,
devendo ser verificados antes da decolagem quaisquer outros fatores ligados a segurança de voo.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 27
Após entrar na cabine de comando, certificar-se de que todos os interruptores elétricos, bem
como, os magnetos estão desligados. A manete de mistura deve estar CORTADA. Verificar se há
combustível suficiente para o voo, ligando a bateria e verificando os marcadores de combustível.
Após a verificação do nível de combustível desligar a bateria. Remover a trava dos comandos e
verificar o funcionamento correto dos comandos primários de voo, do flap e do compensador. Deixar
o compensador em neutro e comandar 30° de flap. Verificar se as janelas e pára-brisa estão limpos,
verificar as condições dos cintos de segurança, nos dois assentos, verificar o correto fechamento das
portas, verificar se a documentação está a bordo e se o extintor de incêndio está em boas condições
de uso e dentro da validade (faixa verde, data de vencimento da inspeção e teste).
A inspeção externa deve ser realizada no sentido anti-horário, conforme a figura abaixo,
checando as condições gerais da aeronave seguindo o descrito abaixo de acordo com a numeração.
1 – Inspeção interna
2 – Bagageiro
4 – Asa Direita
A haste e a bucha de comando e contrapinos, assim como a fixação do flape devem ser
verificados. Verificar as dobradiças e articulações do aileron que devem estar sem danos e sem
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 28
CUIDADO: Após a utilização dos drenos rápidos, verificar se os mesmos estão perfeitamente
fechados e sem vazamentos.
CUIDADO: Não suba no montante para verificar a tampa do tanque de gasolina e o extradorso da
asa. Utilize uma escada ou outro tipo de apoio para este fim. Não abandone a aeronave sem calços.
6 - Nariz
7 - Asa Esquerda
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 29
Compensador......................................................Em neutro
Luzes de Navegação e Farol Rotativo................Limpos e com aparência normal
Fuselagem (lado direito) .....................................Verificar quanto a amassados ou mossas
Flap e Aileron ......................................................Superfícies, fixações e movimento
Ponta da Asa.......................................................Estado geral
Luz de Navegação ..............................................Verificar
Bordo de Ataque Direito......................................Estado geral
Montante na Asa .................................................Fixação
Dreno do Tanque Direito.....................................Drenar e checar vazamentos.
Tanque Direito.....................................................Fechamento da tampa
Antena .................................................................Fixação
Montante na Fuselagem .....................................Fixação
Pneu Direito ........................................................Pressão, estado geral e marca de deslize
Freio ....................................................................Pastilhas normais e tubulação sem vazamento
Calço da Roda ....................................................Retirado
Carenagem do Motor ..........................................Estado Geral
Hélice e Spinner ..................................................Aspecto normais
Filtro de Ar...........................................................Desobstruído
Trem de Pouso do Nariz .....................................Estado geral
Pneu do Trem do Nariz .......................................Pressão e estado geral
Óleo do Motor .....................................................Nível normal.
Filtro de Gasolina ................................................Drenar e checar vazamentos
Tomada de Pressão Estática ..............................Verificar obstruções
Tanque Esquerdo................................................Fechamento da tampa
Antena .................................................................Fixação
Montante na Fuselagem .....................................Fixação
Pneu Esquerdo ...................................................Pressão, estado geral e marca de deslize
Freio ....................................................................Pastilhas normais e tubulação sem vazamento
Calço da Roda ....................................................Retirado
Bordo de Ataque Esquerdo.................................Estado geral
Montante na Asa .................................................Fixação
Farol de Pouso ....................................................Verificar
Sensor de Estol ...................................................Funcionamento e alinhamento da lingueta
Tubo de Pitot .......................................................Retirar a capa e verificar se está desobstruído
Suspiro do Tanque de Combustível....................Verificar obstruções
Ponta da Asa.......................................................Estado geral
Luz de Navegação ..............................................Verificar
Aileron e Flap ......................................................Superfícies, fixações e movimento
Dreno do Tanque Esquerdo................................Drenar e checar vazamentos
NOTA: Essas inspeções, mesmo feitas pelo aluno, são de responsabilidade do Instrutor.
Retirar os calços das rodas. Antes da partida do motor, os freios de estacionamento devem
estar aplicados, e o flap recolhido. Acondicionar seguramente os calços, capas, amarrações e
bagagens. Em seguida, ajustar o assento, cintos e suspensórios. Ligar a bateria (Master Switch).
Verificar se há combustível suficiente para o voo. As seletoras de combustível devem estar na
posição ambos (BOTH). Verificar se todos os disjuntores estão armados e a chave master de rádios
desligada. O ar quente do carburador deve estar fechado. Em seguida, ligar os magnetos em ambos
(Chave em BOTH). Mover a manete de mistura para a posição RICA. Realizar a injeção de
combustível conforme o check list da aeronave. Deixar a manete de potência avançada 1 cm,
verificar se a área da hélice está livre para acionamento do motor e acionar o arranque.
No caso da partida com motor afogado, a manete de potência deverá ser avançada
totalmente e manter a manete de mistura na posição CORTADA. Verificar se a área da hélice está
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 30
livre para o acionamento do motor e acionar o arranque. Para esta partida, a manete de mistura
somente irá para a posição RICA, logo após o motor funcionar.
Em seguida, após ter observado as áreas das asas e da hélice, abrirá a janela da aeronave e gritará:
(AL) - “Livre!”
Ajustar a manete de potência para 1.000 RPM e verificar se houve indicação da pressão do
óleo (mínimo de 25 PSI) em menos de 30 segundos. Caso não seja observado, cortar imediatamente
o motor e verificar o problema. Em seguida, ligar o alternador, verificando se a lâmpada de aviso de
gerador inoperante apagou-se. Ligar a chave master dos rádios, verificar o funcionamento dos
mesmos ajustar o volume e selecionar as freqüências a serem utilizadas. Após solicitar autorização
para o taxi, ajustar o altímetro de acordo com as informações obtidas. Verificar a área livre e soltar
freios de estacionamento para iniciar o taxi.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 31
5.1.7 Taxi
Antes de iniciá-lo:
Para o início do taxi, o piloto deve obter autorização do órgão de controle competente,
normalmente o controle de solo, e manter sua escuta permanente para eventuais instruções até a
posição 2, chamada “Ponto de Espera”.
Após obter autorização do início do taxi, soltar o freio observando se o avião inicia o
movimento. Caso seja necessário, aplicar suavemente a potência para que o avião saia do seu
estado de inércia iniciando a rolagem.
Para desacelerar a velocidade do taxi, reduzir a potência para a mínima e se necessário for,
fazer uso dos freios suavemente, fazendo com que a aeronave mantenha-se na velocidade
especificada acima.
O piloto deve manter durante o taxi, a mão direita na manete de potência, como também os
pés devidamente apoiados nos pedais para a manutenção direcional e em caso de necessidade de
acionamento dos freios para uma parada imediata da aeronave. O taxi da aeronave deve ser
efetuado sobre a faixa amarela, pois esta dará a garantia de espaçamento lateral adequado, como
também ângulos de curvas mais abertos. Durante o taxi, o piloto deve checar o funcionamento dos
freios, leme direcional, trem do nariz e indicador de curvas.
(AL) - “Iniciando taxi, observando possíveis obstáculos na pista, aproveitando para checar leme
direcional e trem do nariz, ambos livres e correspondentes, checando também bússola e indicador de
curvas ambos livres e sem vazamento aparente”.
Caso isso não seja possível, cumprir este item no taxi entre o ponto de espera e a cabeceira
da pista em uso.
NOTA: O taxi deve ser efetuado em baixa velocidade, fazendo as curvas pelo comando do trem do
nariz (pedais). Usar o freio somente em situações que realmente o exijam. Nunca fazer curva com
uma das rodas travada. Conserve a mão levemente sobre a manete.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 32
Este cheque será realizado sempre no ponto de espera, ou em outro local apropriado, de
acordo com a autorização do órgão competente.
Estas verificações são de suma importância, tendo em vista que serão checados todos os
itens críticos que afetam a segurança de voo em relação a fatores técnicos e operacionais da
aeronave.
Cada letra do CIGMACT significa uma parte do cheque antes da decolagem, a saber:
1) C ....... Comandos
2) I ......... Instrumentos
3) G ....... Gasolina
4) M ....... Motor
5) A........ Aquecimentos
6) C ....... Cabine
7) T ........ Tráfego
O “CIGMACT” deve ser realizado seguindo a filosofia de Scan Flow, onde cada um dos itens
do cheque são realizados da esquerda para a direita e de cima para baixo. Realizar o Check-list
“Antes da Decolagem”, quando terminado o CIGMACT.
Anunciar:
( C ) - Comandos
( I ) - Instrumentos
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 33
OBSERVAÇÃO: Quando o voo a ser realizado for para treinamento de voo por instrumentos, checar
adicionalmente os seguintes instrumentos:
( G ) - Gasolina
( M ) - Motor
CUIDADO: Atentar para não desligar totalmente os magnetos, uma vez que será cortado o motor,
caso isto ocorra. Se a chave for religada, neste momento, a mistura não queimada poderá se
inflamar no escapamento (retorno de chama), podendo danificar o mesmo.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 34
NOTA: Quando for realizado o primeiro voo do dia, os checks de motor devem ser feitos de trás para
frente, pois o motor ainda está frio e poderá ser danificado com variações muito bruscas de rotação.
( A ) - Aquecimentos
( C ) - Cabine
Anunciar:
(AL) – “Com a aeronave freada, manche picado e flap 10, acelerar o motor gradativamente a pleno.
Soltar os freios e seguir na corrida de decolagem. Rodar o avião ao atingir 54 KIAS e subir com
motor a pleno e 60 KIAS. Ao atingir 300 pés, retirar o flap e deixar aumentar a velocidade de subida
para 70 KIAS. Ao atingir 500 pés reduzir o motor e clarear a área para sair do tráfego.”
(AL) – “Em caso de pane na decolagem, perda de reta ou obstáculo na pista, abortar a decolagem.
Pane após a decolagem, com pista suficiente, pousar na pista. Pane abaixo de 500 pés, sem pista
suficiente, pousar em frente livrando os obstáculos. Decolagem da pista 08, pousar a esquerda,
livrando a cidade, executando uma curva de no máximo 45º de inclinação em relação ao eixo da
pista. Decolagem da pista 26, pousar a direita, na beira da lagoa, executando uma curva de no
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 35
máximo 45º de inclinação em relação ao eixo da pista. Pane acima de 500 pés, procedimento normal
de pane.”
Anunciar:
Reportar para a Escola que está pronto para decolar, de acordo com a fraseologia padrão.
Ao iniciar o taxi para entrar na pista, observar: Perna base, final e cabeceira oposta livres, ou seja,
efetuar o cheque de tráfego.
( T ) - Tráfego
Após executa-lo:
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 36
NOTA:
Mudança de rumo acima de 45º, clarear a área
(AL) - “Área da esquerda livre, frente livre, área direita e retaguarda livres.”
(AL) - “Área livre?”
(IN) - “Livre!”
Na perna do vento, será realizado o check-list “Antes do Pouso”, a fim de que sejam
verificados procedimentos de segurança para o pouso ou para a arremetida. Consiste em verificar se
há combustível suficiente para uma possível arremetida, mistura RICA, seletora de combustível em
ambos e aquecimento do carburador fechado. Mesmo que fixo, o trem deverá ser reportado quando
a aeronave estiver na perna base. Certificar-se de que os cintos estejam ajustados.
Flap ................................................................Recolhido
Transponder ...................................................Desligado
Faróis e Luzes................................................De acordo
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 37
Freios .............................................................Aplicados
Motor ..............................................................1000 RPM
Transponder ...................................................Desligado
Faróis e Luzes................................................Desligadas
Mistura............................................................Cortada
Farol Rotativo .................................................Desligado
Chave Master de Rádios................................Desligada
Bateria, Alternador e Magnetos .....................Desligados
Estes procedimentos visam o abandono da aeronave com segurança, até mesmo para o
caso de pernoite ou fortes ventos. Fechar as janelas e travar os comandos. Trancar a porta com a
chave, colocar a capa do Pitot e colocar os calços nas rodas, assim como as amarrações das asas
(se necessário).
Após a liberação para decolagem, que será autorizado pela torre de controle (TWR) no ponto
de espera, proceder da seguinte maneira:
CUIDADO: Ao decolar de pistas de cascalho (ou tendo pedras soltas), avançar a manete de potência
pausadamente, afim de não atingir alta rotação do motor com o avião parado, para não danificar a
hélice.
NOTA: Em determinados aeródromos controlados ou não, a saída do tráfego será feita conforme
instrução da torre, ou através da carta de aproximação visual (VAL).
Proceder como numa decolagem normal, porém, recomenda-se que a velocidade de rotação
seja de aproximadamente 10% maior e que o manche esteja defletido para o lado do vento. Ao tirar
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 38
a aeronave do solo, o piloto deve avaliar o efeito do vento na aeronave, para em seguida, efetuar a
correção necessária.
A correção será feita girando a aeronave contra a direção do vento que está atuando sobre a
mesma.
ERROS COMUNS:
É o exercício de subir para a área de instrução. Deverá ser feito da seguinte forma:
A velocidade deve ser de 70 KIAS, e para isso o piloto deve observar a posição do nariz do
avião em relação ao horizonte, utilizando o compensador a fim de aliviar a pressão no manche.
Toda subida deve ser feita em curvas de pequena inclinação, alternadas, de 45º para cada
lado de um eixo determinado, para que o piloto possa observar a área a sua frente. Deverá observar
também, antes de iniciar qualquer curva, se está livre o lado para onde vai executa-la.
A subida deve ser feita em condições visuais, evitando entrar em nuvens ou voar próximo a elas.
Não subir na reta para evitar possíveis colisões.
CUIDADO: Realizar a subida em curvas de 45º para cada lado, com pequenos intervalos de reta.
ERROS COMUNS:
ERROS COMUNS:
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 39
É a operação dos comandos da aeronave, esta deverá ser feita convenientemente, de forma
suave, coordenada e efetiva.
5.2.9 Coordenação
Este é um exercício, que tem como objetivo, aumentar o domínio e sensibilidade do piloto
sobre os comandos da aeronave.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 40
ERROS COMUNS:
• Não observar o espaço aéreo onde se vai girar antes de comandar o início da curva.
• Não estabilizar a aeronave antes do início do exercício.
• Ganhar ou perder altura durante o exercício (coordenação).
• Não manter a mesma amplitude de comandos para ambos os lados.
5.2.10 Curvas
V Curvas são manobras básicas que tem como objetivo mudar a direção do voo. Existem três
tipos de curvas:
A partir do voo reto-horizontal, girar o manche e pressionar ligeiramente o pedal para o lado
que se deseja fazer a curva. Inclinar o avião até o desejado. Atingida a inclinação, neutralizar os
ailerons para mantê-la.
Logo após iniciar a inclinação, o piloto deve voltar sua atenção para a posição do nariz em
relação à linha do horizonte, para que se posicionada e mantida no horizonte, possa permitir a
manutenção da altura de voo durante toda a curva.
Em qualquer curva, à medida que o avião é inclinado, a pressão para trás no manche é
necessária para compensar a perda de sustentação.
Antes de iniciar uma curva, fazer um cheque de área, olhando para os dois lados, assegurando-se de
que ela encontra-se livre.
Para efetuar uma curva de 360º o piloto deve tomar uma referência na proa e terminar a
curva com o nariz novamente na mesma referência.
Para efetuar uma curva de 180º, deve-se tomar uma referência na asa do lado da curva e terminá-la
com a outra asa na referência escolhida.
Para efetuar uma curva de 90º, toma-se uma referência na asa do lado da curva e terminar a
curva com o nariz na referência.
Para encerrar uma curva, girar o manche e pressionar suavemente o pedal no sentido contrário à
inclinação.
Para sair de qualquer curva, à medida que o avião é nivelado, o manche deve ser cedido, ou
levado à frente, para compensar o ganho de sustentação e neutralizar a tendência do avião subir,
não se esquecendo de utilizar os pedais coordenados com o manche.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 41
1) Clarear a área.
2) Manter um ponto de referência a 90º e 180º do lado que se deseja fazer a curva.
3) Observar a área olhando para trás e para o lado que fará a curva.
4) Iniciar a curva coordenadamente, aplicando manche e pedal, simultaneamente.
5) Observar a posição do nariz em relação ao horizonte e manter a altura, cabrando
ligeiramente o manche se necessário.
6) A saída da curva deve ser iniciada um pouco antes do avião atingir a nova direção desejada.
7) Para sair da curva, aplicam-se simultaneamente o manche e o pedal para o lado contrário ao
lado da curva, aliviando a pressão do manche, à proporção que as asas se aproximam da
posição horizontal.
1) Clarear a área.
2) Manter o regime de 2500 RPM.
3) Iniciar a curva, aumentando gradativamente a inclinação, até atingir aproximadamente, 45º.
4) Manter a altura pela observação da posição do nariz em relação ao horizonte.
5) Usar o compensador como necessário.
6) Terminar a curva suavemente com 360º.
NOTA: É importante, nesta curva, que o piloto mantenha a observação constante da posição do nariz
do avião em relação ao horizonte porque, com a grande inclinação, o nariz tende a “pesar” e cair
necessitando uma pressão no manche para trás durante a curva. Ao desfazer a curva, por estar o
manche cabrado, haverá a tendência do nariz subir, se o piloto não aliviar a cabrada.
5.2.12 Estóis
A finalidade destes exercícios é fazer com que o piloto tenha maior percepção do avião
quando próximo ao pouso. Este, consiste em um estol próximo ao solo.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 42
Antes de realizar um estol (de qualquer tipo), a área deverá ser clareada.
(AL) - “Área a direita livre, frente livre, esquerda livre e retaguarda livre”
(AL) - “Área livre?”
(IN) - “Área livre!”
É o exercício que tem por finalidade capacitar o piloto a reconhecer e evitar uma situação
crítica (velocidade de perda) durante uma aproximação final para pouso, e ensiná-lo a sair da
mesma, com a correta atuação nos comandos de voo e motor da aeronave.
NOTAS:
É o exercício que tem por finalidade familiarizar o piloto com a situação de perda de
sustentação da aeronave, e ensiná-lo a sair da mesma, com a correta atuação nos comandos de voo
e motor da aeronave.
PERIGO: Não executar qualquer perda abaixo de 2000 pés de altura (AGL)
ERROS COMUNS:
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 43
É o exercício que consta de duas curvas alternadas sobre uma estrada que serve de
referência nas diversas fases da execução.
Este exercício visa dar ao piloto, em fase primária de instrução, a base fundamental para
uma pilotagem exata, segura e coordenada enquanto ele divide sua atenção entre a aeronave e o
exterior. O objetivo é fazer o piloto seguir, coordenadamente, um traçado de curvas alternadas de
180º, mantendo a altura e compensando os efeitos da deriva provocada pelo vento.
1) Escolher uma referência reta (estrada, rio, praia etc.), verificando a direção do vento;
2) Iniciar o exercício a 700 pés de altura e em regime de cruzeiro (2300 RPM).
3) Entrar a 90º com a referência e, de preferência, contra o vento.
4) Após cruzar a estrada, fazer uma curva de 180º, de média inclinação, para qualquer lado.
5) Corrigir o vento controlando a inclinação, a fim de passar a 90º sobre a estrada ou praia,
nivelando as asas e iniciando uma curva para o lado contrário.
NOTAS:
• Este exercício é muito importante para o treinamento primário, pois estabelece a base
fundamental para uma pilotagem exata, segura e coordenada enquanto o aluno divide sua
atenção entre o avião e o exterior. O objetivo é fazer o aluno seguir, coordenadamente, um
traçado de curvas alternadas de 180º, mantendo a altura e compensando os efeitos da
deriva provocada pelo vento.
• Durante o exercício, o piloto deve fazer, em função do vento, curvas de pequena, média e
grande inclinação. Com vento de proa, as curvas devem ser de pequena inclinação. Com
vento de través, de média e com vento de cauda, devem ser de grande inclinação.
ERROS COMUNS:
Este exercício visa dar ao piloto, em fase primária de instrução, a base fundamental para
uma pilotagem exata, segura e coordenada enquanto ele divide sua atenção entre a aeronave e o
exterior.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 44
NOTAS:
• Durante o exercício, o piloto deve fazer, em função do vento, curvas de pequena, média e
grande inclinação.
• Com vento de proa, as curvas devem ser de pequena inclinação.
• Com vento de través, de média e com vento de cauda, devem ser de grande inclinação.
ERROS COMUNS:
NOTAS:
ERROS COMUNS:
Embora o Voo Planado esteja diretamente relacionado com a prática de pousos de precisão
sem potência, ele tem propósito operacional específico nas operações para pousos normais e nos
pousos forçados após pane de motor.
Por conseguinte, é necessário que ele seja feito o mais subconscientemente possível, porque
a maior parte do tempo durante sua execução, o piloto estará prestando toda sua atenção a detalhes
outros, que a mecânica do exercício.
Uma vez que o voo planado é geralmente feito relativamente próximo ao solo, a precisão da
sua execução e a formação de uma técnica e hábitos apropriados são de especial importância.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 45
Para a execução deste exercício, iniciar com “Cheque de Área” e visualizar uma referência no
prolongamento do eixo longitudinal da aeronave.
1) Mistura rica
2) Reduzir suavemente o motor
3) Manter o avião nivelado enquanto aguarda a redução da velocidade
4) Manter 70 KIAS com o avião liso
5) Manter 65 KIAS com flap a 10º (flap 1)
6) Manter 60 KIAS com flap a 20º (flap 2)
7) Manter 60 KIAS com flap a 30º (flap 3)
8) Arremeter, levando o motor a pleno e, ao obter uma razão de subida, retirar lentamente o
flap, mantendo a atitude de subida.
NOTAS:
• O voo planado pode ser realizado com ou sem flap. Com flap a distância de planeio
diminuirá uma vez que o piloto é obrigado a aumentar o ângulo de planeio para manter 60
KIAS.
• O ar quente para o carburador deve ser utilizado em dias com temperatura ambiente abaixo
de 5o C positivos. A cada 30 segundos, dar rajadas no motor para evitar formação de
chumbo e/ou sujeira nas velas.
• Enfatizar o uso dos pedais durante o voo planado.
• Este exercício deverá ser realizado em reta e em curvas.
5.2.17 Glissadas
A glissada é um exercício que tem como objetivo a perda rápida de altura sem ganho de
velocidade, aumentando assim a razão de descida. Sua execução se faz necessária numa
aproximação para pouso, em que o avião esteja alto em relação à pista.
Para iniciar a glissada a partir do voo planado, baixa-se a asa, para o lado do vento, e
simultaneamente aplica-se o pedal contrário (cruzamento dos comandos) a fim de se manter a
trajetória desejada.
Em atitude de voo planado, baixar uma das asas e aplicar pressão no pedal para o lado
contrário ao da inclinação da asa.
Manter a velocidade pela atitude do nariz e o eixo de voo pela pressão do pedal.
NOTAS:
• A glissada deve ser iniciada e terminada com comandos suaves e simultâneos de manche e
pedal. O que causa o aumento da razão de descida é a inclinação da asa que provoca uma
diminuição da sustentação do avião. A função do pedal contrário nada mais é do que manter
o eixo de deslocamento do avião já que, com a inclinação da asa, o avião tenderia a fazer
uma curva para o lado da inclinação.
• Durante toda execução da glissada, a velocidade deve ser mantida em 60 KIAS com todo o
flap.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 46
• Após a perda de altitude suficiente, comandar novamente o voo planado normal, através do
nivelamento das asas pelo alívio da pressão sobre o pedal.
CUIDADO:
Se houver vibrações excessivas durante o exercício o piloto/aluno deverá aliviar a pressão nos
pedais e voltar a aplicá-la novamente.
ERROS COMUNS:
Os pilotos que voam aviões monomotores, devem manter uma preocupação constante do terreno
sob a área sobrevoada de tal forma que se o motor vier a parar, um possível local de pouso de
emergência já estaria previamente escolhido
A Pane Simulada portanto é o treinamento de procedimentos de emergência, iniciando acima de
1000 pés, que visa capacitar o piloto a executar, com proficiência e confiança, quando em situação
real de emergência, manobras necessárias à segura aterragem da aeronave.
10) Mistura...............................................Cortada
11) Seletora de Combustível...................Fechada
12) Magnetos ..........................................Desligados
13) Alternador..........................................Desligado
14) Objetos Cortantes .............................Retirados
15) Cintos ................................................Ajustados
16) Porta..................................................Destravada
17) Na Aproximação Final.......................Reportar ao órgão de controle
18) Chave Master de Rádios...................Desligada
19) Bateria ...............................................Desligada
CUIDADO: Para efeito de treinamento, os itens de 10 a 19 deste procedimento não devem ser
executados, somente mencionados.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 47
NOTA: Em caso de pane real, o local para efetuar o pouso será escolhido na seguinte prioridade:
Campo de pouso, terreno plano e desempedido, praias e as estradas. O planeio de 70 KIAS, sem
flap, tem a melhor relação de planeio, de 11 por 1, o que pode possibilitar um maior alcance para
atingir o local adequado para o pouso. Configurar os flaps somente após garantir o pouso a fim de
tocar o solo com menos velocidade.
ERROS COMUNS:
NOTA:
A prática deste exercício tem a finalidade de treinar o piloto para a execução de tráfego em torno de
um aeródromo.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 48
Para sua execução, deverão ser seguidas as recomendações emanadas dos órgãos de
controle de tráfego aéreo ou previstas na ICA 100-12.
1) Clarear a área;
2) Realizar os cheques previstos no manual de voo da aeronave;
3) Manter altura de 1000 pés, ou como determinado pelos órgãos de controle de tráfego aéreo.
Após o ingresso no circuito de tráfego, o piloto deve observar a distância do avião em relação a pista.
A aeronave deve ficar aproximadamente a 300 metros lateralmente da mesma.
Combustível ...................................................Suficiente
Mistura............................................................Rica
Aquecimento do Carburador ..........................Frio
Seletoras ........................................................Em Ambos
Farol Rotativo .................................................Ligado
Cintos .............................................................Passados
Após o cheque:
NOTA: Em caso de turbulência de leve a moderada, aconselha-se nesta situação a acrescentar 10%
na velocidade de aproximação e utilizar menos flap.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 49
ERROS COMUNS:
• Deixar que o avião toque o solo desalinhado, vindo a possivelmente perder o eixo da pista.
NOTA: Em caso de vento forte ou de rajadas, pouse aumentando a velocidade em cerca de 10% e
utilize menos flap.
Quem estiver realizando o procedimento deverá anunciar: “Arremetendo!”. O outro piloto deverá
dizer: “Ciente!”.
NOTA: Em caso de demora em arremeter, completar o pouso, sair da pista e fazer nova decolagem.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 50
Para realizar este exercício, o piloto deve voar sobre o eixo da pista no sentido contrário ao
do pouso a 1000 pés de altura.
Para realizar este exercício, o piloto deve voar sobre o eixo da pista no sentido do pouso a
1300 pés de altura.
• A aproximação exige que o piloto mantenha uma margem de altura suficiente para que o
avião alcance a pista. Por outro lado, caso esteja com altura excessiva, o piloto pode efetuar
inicialmente uma glissada, caso haja necessidade.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 51
• Na curta final, com o ponto de toque já estabelecido, o piloto deve desfazer a glissada.
• Para fins de treinamento, as glissadas deverão ser evitadas a fim de adquirir maior noção de
planeio, porém em uma aproximação de emergência, deverão ser usados todos os recursos
disponíveis.
Evitar o uso da glissada, numa aproximação para pouso, por causar grandes esforços estruturais na
aeronave.
Nas decolagens e arremetidas, não reduzir o motor abaixo de 500 pés de altura.
5.3.8 Final
5.3.10 Pouso
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 52
Deverão ser realizados de acordo com o previsto com o manual de voo da aeronave, após
livrar a pista de pouso.
5.3.14 Estacionamento
Deverá ser feito de acordo com o manual de voo da aeronave com a aeronave parada.
Deverá ser feito de acordo com o manual de voo da aeronave, observando as condições
meteorológicas.
5.3.17 Debriefing
Esta manobra tem como objetivo tirar a aeronave do solo o mais rápido possível, afim de que
ela não sofra esforços estruturais ou mesmo incidentes, devido à condição de “pista contaminada”
(fofa, alagada, grama alta etc.).
Após a liberação para decolagem, que será autorizada pela torre de controle (TWR) no ponto
de espera, proceder da seguinte maneira:
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 53
Esta manobra tem como objetivo parar a aeronave no espaço mais curto possível, isto vai
preparar o aluno / piloto para ocasiões em que este procedimento seja necessário.
NOTA: Certifique-se, antes de fazer um pouso curto, que não existem obstáculos que possam
dificultar a aproximação final.
A prática do voo em baixa velocidade permite ao piloto maior sensibilidade no que diz
respeito ao controle da relação potência e altura. Esta é a finalidade básica desta manobra.
NOTAS:
• Em função das variações de potência e/ou de inclinação lateral, usar os pedais para o voo
coordenado.
• Esta manobra deve ser realizada no mínimo a 1500 pés de altura, para margem de
segurança na recuperação de parafuso inadvertido.
• A razão de descida e a velocidade serão controladas pela atitude do nariz do avião.
• Inicialmente, o ângulo de planeio será menor, vindo a aumentar após a estabilização do
avião a 65 mph com 40º de flap.
5.4.4 Chandelle
É uma combinação de uma mudança de direção de 180º, por meio de uma curva cabrada de
máxima performance e um nivelamento de precisão. Tem como objetivo desenvolver a coordenação,
orientação e capacidade de se “sentir” o avião, devido as constantes variações de atitude e
velocidade determinadas pela manobra.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 54
7) O ponto de 180º, que marcará o encerramento da curva, poderá ser observado pela chegada
da asa de fora, no ponto marcado inicialmente a 90º do lado de dentro da curva.
8) Manter essa atitude por 3 segundos, então deixe descer o nariz suavemente para o
horizonte, voltando ao voo retilíneo nivelado.
9) Quando a velocidade voltar ao normal de voo nivelado, reduzir o motor para o regime de
cruzeiro (2300 RPM).
5.4.5 Reversement
O oito preguiçoso nada mais é do que dois reversement seguidos para os lados alternados,
terminando-se na proa em que foi iniciada a manobra.
Este exercício habilitará o piloto a melhor sentir as pressões dos comandos e o ritmo da
manobra, especialmente quando executado em séries de quatro pernas, duas para cada lado.
As técnicas usadas na execução são as mesmas utilizadas no reversement.
Vale relembrar que, com a redução da velocidade, será mais sentido o efeito do torque do
motor e que, por isso, as curvas para a direita necessitarão de maior pressão de pedal do que as
para a esquerda.
Para o planejamento de voo, cálculos de Navegação, assim como para eventuais cálculos durante o
próprio voo, o piloto deve utilizar:
1) Carta CNAM (Escala 1:500.000) que é mais rica em detalhes e mais adequada ao voo visual
2) Carta de Rotas Especiais de Avião
3) Fichas de Navegação
4) ROTAER
5) Computador de Voo
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 55
6) Transferidor Aeronáutico
7) Lápis
8) Borracha
9) Régua
10) Relógio
NOTAS:
• Mantenha o material de navegação bem acomodado na cabine para não perdê-lo em voo.
• O aluno-piloto deve iniciar a navegação, sempre que possível, no período matutino, para
maior segurança, por ser menor a probabilidade de condições meteorológicas adversas.
• A cada pouso um instrutor deve comentar a etapa realizada ao aluno-piloto, e orientar para a
próxima etapa da Navegação, assim como, anotar o tempo de voo para confirmar a
autonomia para a(s) próxima(s) etapa(s).
1) Em caso de pane de motor execute os procedimentos que foram treinados nas missões de
pane simulada.
2) Caso o motor não pegue, escolha o melhor lugar disponível para o pouso de emergência.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 56
3) Tendo altura e tempo suficiente, faça uma chamada em 121,5 Mhz (frequência de
emergência). Caso seja ouvido, os auxílios serão prestados com muito mais rapidez.
4) Após o pouso forçado procure entrar em contato com a Escola pelo meio mais rápido
possível.
5) Providencie, junto à autoridade policial da localidade mais próxima, a guarda para o avião.
6) Mesmo que o avião não tenha sofrido avarias, NÃO tente decolar.
7) Permaneça em contato permanente com a Escola para receber as instruções que deverão
ser seguidas.
A maioria dos procedimentos básicos de emergência, assim como um pouso sem potência,
fazem parte do treinamento normal do piloto. Embora estas emergências sejam discutidas, as
informações apresentadas não pretendem substituir o treinamento dado pelo instrutor de voo, mas
somente, fornecer fonte de referência e de consulta, assim como, informações de procedimentos que
nem sempre são iguais à todas as aeronaves.
1. Magnetos desligados.
2. Manete de potência toda aberta.
3. Girar a hélice 5 ou 6 vezes no sentido contrário da rotação normal.
4. Manete de potência a 1 cm aberta.
5. Dar nova partida, normalmente.
Em qualquer dos casos acima, se o fogo persistir por mais de alguns segundos, a sua
extinção deve ser feita mediante o uso dos melhores recursos externos existentes no local. Para isto
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 57
A presença de fogo se faz notar através de fumaça, cheiro e calor na cabine. Verificar a
origem de fogo através da leitura dos instrumentos do motor, natureza da fumaça ou outras
indicações, uma vez que a providência a ser tomada difere um pouco de um caso para outro.
NOTAS:
O voo planado deverá ser executado com curva derrapada para a direita para evitar que as chamas
se aproximem do sistema de alimentação do avião.
A possibilidade de ocorrer o fogo no motor em voo é remota. O procedimento é de caráter geral,
prevalecendo o julgamento do piloto como fator determinante quanto às providências a serem
tomadas diante de tal emergência.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 58
Se possível fazer um pouso curto, conforme treinado previamente. Logo após o toque, assim
que tiver o controle direcional, recolher todo o flap a fim de que a aeronave tenha mais atrito dos
pneus com o solo. Manter a direção pelo comando do trem do nariz com os pedais, aguardando a
parada do avião.
1. Faça um “arredondamento” normal mas procure tocar a pista com o pneu bom.
2. Quando o avião se apoiar no pneu furado, manter a reta no solo pelo comando do trem do
nariz e freios.
3. Quando parar, corte o motor.
Caso após estes procedimentos a potência não for restabelecida, preparar apara Aterragem
sem Potência.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 59
Se ocorrer perda de potência a baixa altura, estabilizar o avião para velocidade de melhor
ângulo de planeio (70 KIAS de velocidade indicada) e procurar local ideal para pouso. Se as
providências tomadas não restabelecerem a potência e houver tempo, verificar no mapa se existem
campos de pouso nas proximidades; se há possibilidade de pousar em algum deles e se terá altura
suficiente. Se possível notifique ao Controle pelo rádio sobre as dificuldades e intenções. Se outro
piloto ou passageiro estiver a bordo, deixe-o ajudá-lo.
Quando tiver localizado um campo ideal para o pouso, estabelecer uma descida em espiral
sobre o local. Tentar manter 1000 pés de altura acima do solo na perna do vento para fazer uma
aproximação normal. Excesso de altura poderá ser superada estendendo o tráfego, usando flap ou
glissada ou combinando estas manobras. Quando o local de pouso estiver ao alcance, reduza para
60 KIAS para um pouso curto. Normalmente o pouso deverá ser feito com a menor velocidade
possível, com todo flap estendido (30°). Na certeza do pouso posicionar a seletora de combustível
para “Fechada”, desligar os magnetos. Em seguida, desligar a Bateria e o Alternador e reduzir para o
mínimo a manete de potência. Posicionar a manete de mistura para a posição “CORTADA” e
destravar a porta e Janelas. Verificar se os cintos e suspensórios estão ajustados. O toque no solo
deve ser feito com a menor velocidade possível e flap todo estendido.
A perda de pressão do óleo pode ser parcial ou total. Uma perda parcial pode ser atribuída
ao mau funcionamento de regulagem de pressão do óleo, e o pouso deve ser feito logo que possível,
a fim de investigar a causa e evitar danos no motor.
Uma indicação de perda total do óleo pode significar vazamento de óleo ou resultar numa
falha do indicador, de qualquer forma enriquecer a mistura, reduzir um pouco a potência e pousar o
mais rápido possível, preparando-se para uma aterragem sem potência, pois se não for problema de
indicação, o motor poderá parar repentinamente. Manter sempre a altitude para que seja possível
uma aterragem sem potência. Dependendo das circunstâncias, poderá ser aconselhável pousar fora
do aeroporto enquanto ainda houver potência no motor, especialmente se forem evidentes outros
sistemas de perda real de pressão, tais como elevação súbita de temperatura ou fumaça de óleo ou
se não houver aeroporto por perto. Se a mistura estiver corrigida, enriquecer e diminuir um pouco a
potência.
Aterrissar assim que possível e investigar a causa. Prepara-se para uma iminente “Aterrissagem sem
Potência”.
A alta temperatura do óleo pode ser atribuída a um baixo nível de óleo, obstrução do
radiador, vedações do defletor inadequadas ou danificadas, indicador defeituoso ou outras causas.
Aterrissar assim que possível e mandar investigara a causa. Preparar-se para uma iminente
aterrissagem sem potência.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 60
1. Alternador...................................................... Desligado
2. Disjuntor / Fusível do Alternador................... Rearmado se necessário
3. Alternador...................................................... Ligado
4. Alternador...................................................... Desligado
5. Equipamentos Elétricos não Essenciais ....... Desligados
Se o alternador estiver fornecendo uma corrente acima do normal, isto pode ser devido à
carga da bateria estar baixa, um defeito na bateria ou a outra carga elétrica anormal.
Se a causa for a carga baixa da bateria, a leitura de corrente deverá começar a diminuir
dentro de 5 minutos, para voltar ao normal.
Aterrissar logo que possível, pois toda a carga elétrica estará sendo suprida pela bateria.
Caso ocorra um parafuso acidental, reduzir a manete de potência levando o manche à frente
(posição neutro), aplicando imediatamente a fundo o pedal de leme de direção no sentido contrário
ao da rotação.
Assim que o avião parar de girar, neutralizar o leme de direção e trazer o manche novamente
para trás, para poder recuperar a atitude de voo nivelado. Avançar a manete de potência
estabilizando o avião.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 61
Pode ocorrer a formação de gelo no sistema de indução devido à grande velocidade com que
o ar passa através do carburador e absorção do calor desse ar pela vaporização do combustível.
Caso ocorra congelamento, abra totalmente o aquecimento do carburador e ajuste a manete de
mistura conforme necessário.
Caso haja indicação anormal em algum instrumento do motor, execute o check-list apropriado.
Não há dificuldade em fechar a porta em voo, basta bater a porta a fim de travá-la.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 62
6.1 Conceituação
1. Autorizações para
2. Instruções de
• Proas e velocidades
• Ajuste altímetro
• Código SSR (transponder)
• Pista em uso
NOTA: Se um piloto cotejar uma autorização de forma incorreta, o controlador transmitirá a palavra
“negativo” seguida da versão correta.
Não devem ser utilizadas palavras que em virtude de sua semelhança fonética, possam gerar
confusão no entendimento, como: aguardar com decolar, hold com roll, afirmativo com negativo.
Também não devem ser utilizadas palavras vazias de significado, como: Ok, ah, eé...
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 63
Quando uma estação necessitar efetuar testes para ajustes de transmissor ou receptor, estes
não deveram exceder 10 segundos e consistirão de pronúncia de números (uno, dois, três etc.)
precedidos do indicativo de chamada da estação.
1 – Ininteligível
2 – Inteligível por vezes
3 – Inteligível com dificuldade
4 – Inteligível
5 – Perfeitamente inteligível
Para os exemplos abaixo será utilizado o prefixo PP-GLQ (papa, papa, golf, lima, quebec)
para a aeronave e a área de Maricá como área e aeródromo não controlado.
Alguns aeródromos não controlados dispõem de uma estação AFIS (Estação de Informação
de Voo de Aeródromo). Neste caso as mensagens deverão ser transmitidas para estas rádios,
seguindo a fraseologia para aeródromos controlados, que será abordada no capítulo 6.6 deste
manual. As informações prestadas por estas estações devem ser cotejadas conforme o descrito em
6.2 deste manual.
Após o acionamento, transmitir: “Para coordenação em Maricá, o papa, papa, golf, lima, quebec, está
acionado, no pátio principal, com zero dois a bordo, para voo local, iniciando o taxi para o ponto de
espera”.
OBSERVAÇÃO: Caso o voo seja de navegação, ao invés de anunciar a intenção de voo local,
deverá informar o destino para qual será realizada a navegação. Deverá ser sempre informado o
número de pessoas a bordo.
Transmitir neste caso, por exemplo: “Para coordenação em Maricá, o papa, papa, golf, lima, quebec,
está acionado, no pátio principal, com zero uno a bordo, para navegação até saquarema, iniciando o
taxi para o ponto de espera”.
Quando a aeronave estiver no ponto de espera, pronto para a decolagem deverá transmitir:
“Para coordenação em Maricá, o golf, lima, quebec, está pronto no ponto de espera, iniciando o táxi
para a cabeceira dois meia”.
“Para coordenação em Maricá, o golf, lima, quebec, está alinhado na cabeceira dois meia, iniciando a
decolagem”.
As mensagens de posição têm o objetivo de alertar outras aeronaves na área em que se está
voando a fim de que se mantenha a separação mínima de segurança. Deverá, preferencialmente,
conter:
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 64
• Identificação da Aeronave
• Posição atual
• Altitude que cruza ou mantém
• Proa atual
• Outras informações relevantes
Transmitir, por exemplo: “Para coordenação em Maricá, o golf, lima, quebec, está no través sul do
aeródromo, mantendo dois mil pés, na proa de Ponta Negra, em exercício de estol”
Para ingressar no circuito de Maricá deverá ser observada a padronização para ingresso no
tráfego. Quando estiver operando em outros aeródromos não controlados seguir o circuito de tráfego
padrão e reportar o ingresso no mesmo na freqüência de coordenação ou para a estação AFIS do
aeródromo.
“Para coordenação em Maricá, o golf, lima, quebec, está na vertical do Boqueirão, a mil pés, para
ingresso no circuito”.
Após ter ingressado no circuito, todos os seguimentos (pernas) do mesmo deverão ser
reportadas. Quando, por exemplo, estiver na Perna do Vento, transmitir:
“Para coordenação em Maricá, o golf, lima, quebec, está na Perna do Vento da pista dois meia, para
toque e arremetida”.
OBSERVAÇÃO: Quando estiver na perna base deverá ser reportada a condição atual do trem de
pouso, mesmo que a aeronave possua trem fixo. Não reportar trem “baixado e travado” quando a
aeronave dispuser de trem fixo e sim informar “com trem fixo”.
Após o pouso, quando livrar a pista, deverá ser transmitida a seguinte mensagem:
Qualquer mudança no plano de voo, como mudança de altitude, proa etc., quando voando
em áreas controladas, deverá ser solicitada primeiramente aos órgãos de controle. Estes por sua vez
autorizarão ou não a mudança.
DICA: É um bom hábito ter papel e caneta a mão para anotar a autorização de plano, uma vez que
estas autorizações são um pouco extensas e de difícil memorização.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 65
Antes de pedir autorização do plano deve-se também ouvir o ATIS (Automated Traffic
Information Service), se o aeroporto dispuser deste serviço. O ATIS é uma gravação que é
transmitida continuamente em uma determinada freqüência de comunicação. Esta informação
contém dados importantes sobre a zona do aeródromo, como informações meteorológicas, pista em
uso, instruções de saída e chegada etc. Anote também estas informações.
Aeronave: “Tráfego Rio, papa, papa, charlie, echo, delta, com plano visual para Macaé, no canteiro
sete, ciente da informação Foxtrot, pronto para cópia”.
Tráfego: “papa, papa, charlie, echo, delta, autorizado Macaé, a dois mil pés, via rotas alfa, índia,
juliet, lima e mike, transponder dois-zero-zero-dois, após decolagem curva à direita, ao livrar Boca da
Barra chamar Controle Rio em uno-uno-nove decimal três-cinco, coteje”.
Aeronave: “charlie, echo, delta, autorizado Macaé, dois mil pés, via rotas alfa, índia, juliet, lima e
mike, transponder dois-zero-zero-dois, após decolagem curva à direita, ao livrar Boca da Barra
chamar Controle Rio em uno-uno-nove decimal três-cinco”.
Tráfego: “charlie, echo, delta, cotejamento correto, quando pronto para o acionamento chame Solo
Rio em uno-dois-uno decimal zero-cinco”.
Aeronave: “charlie, echo, delta, chamará Solo Rio em uno-dois-uno decimal zero-cinco, quando
pronto para o acionamento”.
Aeronave: “Solo Rio, papa, papa, charlie, echo, delta, no canteiro sete pronto para o acionamento”.
Solo: “Charlie, echo, delta, livre acionamento, chame quando pronto para o taxi”.
Aeronave: “Solo Rio, charlie, echo, delta, acionado, canteiro sete, zero-dois a bordo, três horas de
autonomia, pronto para o taxi”.
Solo: “Charlie, echo, delta, livre taxi para o ponto de espera, pista zero-dois, via grande pátio, no
ponto de espera monitore Torre Rio em uno-uno-oito decimal sete”.
Aeronave: “Livre taxi, ponto de espera, pista zero-dois, vai monitorar a Torre Rio em uno-uno-oito
decimal sete, charlie, echo, delta”.
No ponto de espera, quando estiver pronto para decolagem e não foi instruído a monitorar a
frequência da torre, deverá transmitir:
Aeronave: “Torre Rio, charlie, echo, delta, no ponto de espera, pronto para a decolagem”.
Torre: “charlie, echo, delta, livre alinhar e manter, pista zero-dois direita”.
Aeronave: “Livre alinhar e manter, pista zero-dois direita, charlie, echo, delta”.
Torre: “charlie, echo, delta, livre decolagem, pista zero-dois direita, vento zero-três-zero graus zero-
cinco nós”.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 66
Torre: “charlie, echo, delta, decolado aos dois-oito, curva a direita, ao livrar Boca da Barra, Controle
Rio uno-uno-nove decimal três-cinco”.
Aeronave: “Curva a direita, ao livrar Boca da Barra, Controle Rio uno-uno-nove decimal três-cinco,
charlie, echo, delta”.
No local informado pela torre deverá mudar a frequência para a informada e chamar o
controle. Transmitir:
Aeronave: “Controle Rio, papa, papa, charlie, echo, delta, decolado Rio de Janeiro, livrando Boca da
Barra”.
Controle: “charlie, echo, delta, contato radar na decolagem, livre ascenção para dois mil pés, reporte
atingindo, informação de tráfego”.
As mensagens de posição devem ser transmitidas nos pontos onde foi solicitado pelo
controle. Seu conteúdo deve conter:
• Identificação da Aeronave
• Posição atual
• Altitude que cruza ou mantém
• Próxima posição e hora estimada
• Outras informações relevantes
Transmitir:
Aeronave: “Controle Rio, charlie, echo, delta, na posição negra, dois mil pés, estima saqua aos
cinco-cinco”
Ao chegar próximo ao destino, geralmente cinco minutos antes da hora estimada de pouso, o
controle autoriza a livrar sua freqüência e chamar a torre do aeródromo de destino. Após esta
autorização deverá selecionar a freqüência da Torre e transmitir:
Aeronave: “Torre Macaé, charlie, echo, delta, cinco minutos fora, para ingresso no circuito e pouso”
Torre: “Charlie, echo, delta, livre ingresso, reporte na perna do vento, pista zero-meia”.
Aeronave: “Reportará na perna do vento, pista zero-meia, charlie, echo, delta”.
Aeronave: “Torre Macaé, charlie, echo, delta, na perna do vento, pista zero-meia”.
Torre: “Charlie, echo, delta, reporte na perna base, com trem checado”.
Aeronave: “Reportará na perna base, com trem checado, charlie, echo, delta”.
Aeronave: “Torre Macaé, charlie, echo, delta, na perna base, pista zero-meia, com trem fixo”.
Torre: “Charlie, echo, delta, livre pouso, pista zero-meia, vento zero-oito-zero graus, uno-dois nós”.
Aeronave: “Livre pouso, pista zero-meia, charlie, echo, delta”.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 67
Após o pouso, em um aeródromo controlado, a aeronave deve livrar a pista e parar no ponto
de espera da taxiway a fim de obter a autorização para o taxi até o estacionamento. Deverá então
sintonizar a freqüência do Solo e transmitir:
Solo: “Charlie, echo, delta, livre taxi, via taxiway delta, posição dois-sete, observe parkeador”.
Aeronave: “Livre taxi, via taxiway delta, posição dois-sete, observando o parkeador, charlie, echo,
delta”.
Por vezes, ao decolar de aeródromos não controlados, com destino a áreas controladas, o
plano de voo pode ser apresentado em voo, ao se contactar o primeiro órgão de controle, deverá ser
usado o seguinte padrão:
Aeronave: “O golf, golf, charlie é um alfa-bravo uno-uno, decolado de maricá para maricá, com toque
e arremetida em búzios, está na vertical de ponta negra, a mil e quinhentos pés, com zero dois a
bordo, acionado dois mil no transponder”.
Controle: “Golf, golf, charlie, controle ciente, Aldeia opera visual, ajuste altímetro uno-zero-uno-
cinco, vento em Aldeia, uno-dois-zero graus uno-dois nós, acione zero-dois-cinco-uno, reporte na
vertical de saquarema”.
7.1 Finalidade
Proporcionar o treinamento suficiente para que o piloto atinja a proficiência na execução das
manobras e procedimentos necessários à operação de uma aeronave, com desembaraço e
segurança, que o habilite ao credenciamento como Piloto Privado de Avião (PPA).
7.3 Planejamento
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 68
7.4 Requisitos
Para se habilitar à formação de Piloto Privado de avião, na AEPM, o piloto deverá atender
aos requisitos estabelecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil para a concessão de licenças e
habilitações técnicas para pilotos, constantes da Sub-parte D do RBHA-61 (Regulamento Brasileiro
de Homologação Aeronáutica), a saber:
7.5 Duração
Embora tenha sido previsto um tempo para a realização de cada missão, é conveniente
esclarecer que este tempo não é rigoroso, pois poderá ser abreviado em função do rendimento e da
proficiência de um piloto e, evidentemente, ser estendido ou repetido quando não houver
aproveitamento.
7.6 Avaliação
7.7 Aproveitamento
7.8 Manobras
As manobras a serem treinadas visam dar ao piloto o domínio do avião e foram divididas em
missões planejadas, de modo que o aprendizado se faça de maneira progressiva e consistente e que
a proficiência no treinamento de uma manobra seja pré-requisito para assimilação de uma missão
futura e, por isso, devem ser executadas na ordem em que foram planejadas.
Além dos exercícios previstos no programa abaixo, todas as missões constatarão de:
Este programa poderá ser modificado em função de eventuais alterações nos tipos de
aeronave em uso na EPM, por decisão de sua direção ou em cumprimento à orientação da ANAC.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 69
Decolagem e subida pelo IN Decolagem aluno acompanhada pelo Decolagem aluno acompanhada pelo
IN IN
Exercício de nivelamento Subida em coordenação Subida em coordenação
Coordenação Curvas de grande inclinação Vôo planado
Curvas de grande inclinação Vôo planado "S" sobre estrada
Pouso IN Pouso IN acompanhado pelo aluno Pouso IN acompanhado pelo aluno
Decolagem aluno acompanhada pelo Decolagem aluno acompanhada pelo Decolagem aluno acompanhada pelo
IN IN IN
Subida em coordenação Subida em coordenação Subida em coordenação
Vôo planado Vôo planado Vôo planado
"S" sobre estrada 8 ao redor de marco 8 ao redor de marco
Pouso IN acompanhado pelo aluno Pouso IN acompanhado pelo aluno Pouso IN acompanhado pelo aluno
Decolagem aluno acompanhada pelo Decolagem aluno acompanhada pelo Decolagem aluno
IN IN
Subida em coordenação Subida em coordenação Subida em coordenação, exercícios de
nivelamento, curvas de grande
inclinação, vôo planado/arremetida no
ar
Estol com e sem motor Estol com e sem motor Estol sem motor
Pane simulada Pane simulada Pane simulada
Pouso IN acompanhado pelo aluno Pouso IN acompanhado pelo aluno Pouso IN acompanhado pelo aluno
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 70
Decolagem Decolagem
Aproximação 360 Subida em coordenação
Pouso Curvas de grande inclinação, Voo
planado, S sobre estrada
Estol com e sem motor
Pouso
PARA BÚZIOS, CABO FRIO PARA MACAÉ PARA BÚZIOS, CABO FRIO, MACAÉ
E SAQUAREMA E SAQUAREMA
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 71
AV-XQ 01:30h
Avaliação geral das manobras
Os vôos de repetição receberão as designações correspondentes à fase a que se referem (PS, AP,
NV), seguidas do número correspondente à repetição (R1, R2 ...)
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 72
8.1 Finalidade
Proporcionar o treinamento suficiente para que o piloto atinja a proficiência na execução das
manobras e procedimentos necessários à operação de uma aeronave, com desembaraço e
segurança, que o habilite ao credenciamento como Piloto Comercial de Avião (PCA).
8.3 Planejamento
8.4 Requisitos
Para se habilitar à formação de Piloto Comercial de avião, na AEPM, o piloto deverá ser
Piloto Privado e atender aos requisitos estabelecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil para a
concessão de licenças e habilitações técnicas para pilotos, constantes da Sub-parte E do RBHA-61
(Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica), a saber:
8.5 Duração
Embora tenha sido previsto um tempo para a realização de cada missão, é conveniente
esclarecer que este tempo não é rigoroso pois poderá ser abreviado em função do rendimento e da
proficiência de um piloto e, evidentemente, ser estendido ou repetido quando não houver
aproveitamento.
8.6 Avaliação
8.7 Aproveitamento
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 73
8.8 Manobras
Além dos exercícios previstos no programa abaixo, todas as missões constarão de:
Este programa poderá ser modificado em função de eventuais alterações nos tipos de
aeronave em uso na EPM, por decisão de sua direção ou em cumprimento à orientação da ANAC.
AP - X1 01:00h (Coord.
Inst)
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 74
MB - X1 01:30h (Coord.
Inst)
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 75
OBSERVAÇÃO: No curso de PCA são necessárias 70h em comando. As horas que faltarem
deverão ser realizadas em missões de navegação.
OBSERVAÇÃO: Nesta fase caso o piloto esteja atualizado com o AB-115, ficará dispensado deste
treinamento.
9. Roteiros de Navegação
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 76
VFE - (Velocidade Máxima com Flape Estendido) - É a máxima velocidade na qual o avião pode voar
com determinada posição do flape estendido.
VNE - (Velocidade Nunca Exceder) - É o limite da velocidade que nunca deve ser excedido.
VNO - (Velocidade Máxima Estrutural de Cruzeiro) - É a velocidade que não deve ser excedida a não
ser em atmosfera calma e, mesmo assim, com cautela.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 77
Altitude Pressão Indicada - É o valor numérico por um altímetro, quando a sub-escala barométrica
tiver sido ajustada para 1013,2 Hpa (29,92 pol Hg).
Altitude Pressão - É a altitude em relação à pressão padrão ao nível do mar 1013,2 hPa (29,92 pol
Hg), medida por um altímetro barométrico ou de pressão. É a altitude pressão indicada, corrigida,
quanto à posição e erro de instrumento. Neste manual, os erros de altímetro são nulos.
Vento - As velocidades apresentadas como variáveis nos gráficos de desempenho, devem ser
compreendidas como componentes de proa ou de cauda dos ventos relatados.
Potência de 55%, 65%, 75% - São porcentagens da potência de decolagem que podem ser
utilizadas para a operação da aeronave em voo de cruzeiro, de acordo com a “Tabela de Ajuste de
Potência de Cruzeiro”.
Potência Máxima Contínua - É a potência máxima na qual pode ser operado o motor em regime
contínuo.
P.A. (Manifold Pressure - Pressão de Admissão) - É a pressão da mistura ar/ combustível, medida
antes da entrada dos cilindros.
Segmento de Rota - Parte de uma rota. Cada extremo desta parte é identificado por um acidente
geográfico ou por um ponto no qual um fixo rádio definido possa ser estabelecido.
Plano de Referência - É um plano vertical a partir do qual são medidas as distâncias horizontais
para fins de balanceamento.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 78
Braço - é a distância horizontal entre o plano de referência e o centro de gravidade (C.G.) do item
Índice - É um número que representa o momento. É obtido dividindo-se o momento por uma
constante e é usado para simplificar os cálculos de balanceamento pela redução do número de
dígitos.
Centro de Gravidade (CG) - É o ponto sobre o qual um avião, se suspenso pelo mesmo, manter-se-
ia equilibrado. Sua distância, a partir do plano de referência, é calculada dividindo-se o momento total
pelo peso total do avião.
Braço do CG - É o braço obtido pela adição dos momentos individuais do avião e pela divisão da
soma do peso total.
Limites do CG - São as localizações extremas do centro de gravidade, dentro das quais o avião
deve ser operado com um dado peso.
Peso Vazio Equipado - É a soma dos pesos da estrutura, do grupo motopropulsor, dos
instrumentos, dos sistemas básicos da decoração interna e dos equipamentos e sistemas opcionais
(se instalados).
Peso Vazio Básico - É a soma do Peso Vazio Equipado com os pesos do fluído hidráulico total, óleo
total do motor e combustível não utilizável.
Peso de Operação - É a soma do Peso Vazio Básico com os pesos dos itens móveis que,
substancialmente, não se alteram durante o voo. Estes itens incluem tripulante, bagagem do
tripulante, equipamento extra de emergência que possam ser necessários.
Peso de Decolagem - É a soma do Peso de Operação com os pesos dos itens de carregamento
variáveis e combustível e passageiros.
Peso Máximo de Decolagem - É o maior peso permitido para o início da corrida de decolagem.
Peso Máximo de Rampa - É o maior peso permitido para manobras no solo (incluí o peso de
combustível de partida, taxi e aquecimento do motor).
Peso Máximo de Aterragem - É o maior peso permitido para o toque no solo durante a aterragem.
Carga Útil - É a diferença entre o Peso Máximo de Rampa, se aplicável, ou Peso de Decolagem e o
Peso Vazio Básico.
Carga Estática Normal - É a soma do Peso Vazio Básico com o peso do combustível utilizável.
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução
Manual de Treinamento de Piloto 79
pol - Polegadas
h - Hora
km - Quilômetros
m- Metros
s - Segundos
/ - Por
°F - Graus Farenheit
g - Grama
11. Anexos
Aeroclube
Escola de Pilotagem de Maricá - Coordenação de Instrução