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FUNDAÇÕES E
CONTENÇÕES II
CURSO: Engenharia Civil
DOCENTE: Marcos Antonio da Silva
CORTINAS - ESCAVAÇÕES
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Altura de Corte
O Corte só poderá ser realizado sem escoramento se as paredes da escavação forem inclinadas.
Altura de Corte
Para Solos com Coesão: C0
O Corte poderá ser realizado, com inclinação de 90º, sem a necessidade de escoramento
para a seguinte altura crítica:
2,67 𝑐 𝜙
𝐻𝑐𝑟 = . 𝑡𝑔(45 + )
𝛾 2
Como regra geral de ordem prática, não é recomendado escavar o solo com parede
vertical, sem escoramento, em profundidade superior a 1,5 m.
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EXERCÍCIO
Exercício:
Um corte vertical com 7 m de altura e 60 m de comprimento, será executado em um talude de solo argiloso,
cujos parâmetros geotécnicos determinados nas unidades do Sistema Internacional foram os seguintes: (Peso
específico aparente úmido: 17kN/m3; Teor de umidade natural: 24%; Coesão: 30 kPa; e Ângulo de atrito interno:
13°).
Levando-se em conta que o local está sujeito, durante parte do ano, a fortes precipitações pluviométricas,
verifique se este corte necessita de uma obra de contenção, respondendo SIM ou NÃO e justificando sua
resposta pelo cálculo do fator de segurança. As características mineralógicas do solo permitem que se admita
como peso específico dos sólidos o valor de 26,5 kN/m3 e, por outro lado, para este caso, considere que o fator
de segurança deve ser superior a 1,5.
𝛾𝑠 + 𝑒. 𝛾𝑤 𝛾𝑠
𝑒= −1 2,67 𝑐 𝜙 𝐻𝑐𝑟
𝛾𝑠𝑎𝑡 = 𝛾𝑑 𝐻𝑐𝑟 = . 𝑡𝑔 45 + 𝐹𝑆 =
1+𝑒 𝛾 2 𝐻𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒
𝛾
𝛾𝑑 =
1+𝑤
EXERCÍCIO
Exercício:
Um corte vertical com 7 m de altura e 60 m de comprimento, será executado em um talude de solo argiloso,
cujos parâmetros geotécnicos determinados nas unidades do Sistema Internacional foram os seguintes: (Peso
específico aparente úmido: 17kN/m3; Teor de umidade natural: 24%; Coesão: 30 kPa; e Ângulo de atrito interno:
13°).
Levando-se em conta que o local está sujeito, durante parte do ano, a fortes precipitações pluviométricas,
verifique se este corte necessita de uma obra de contenção, respondendo SIM ou NÃO e justificando sua
resposta pelo cálculo do fator de segurança. As características mineralógicas do solo permitem que se admita
como peso específico dos sólidos o valor de 26,5 kN/m3 e, por outro lado, para este caso, considere que o fator
de segurança deve ser superior a 1,5.
𝛾
𝑯𝒄𝒓 𝟓, 𝟒𝟒
𝛾𝑑 = =13,7 kN/m³ 𝑭𝑺 = = = 𝟎, 𝟕𝟖
1+𝑤 𝑯𝒄𝒐𝒓𝒕𝒆 𝟕
2,67 𝑐 𝜙 2,67 × 30 13
𝐻𝑐𝑟 = 𝛾
. 𝑡𝑔 45 + 2 = 18,5
. 𝑡𝑔 45 + 2
= 5,44𝑚
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CORTINAS
❖ As cortinas destinam-se a resistir aos empuxos de terra e hidrostático.
❖ Têm larga aplicação em obras portuárias, proteção de taludes naturais/escavados e de
fundações de construções vizinhas.
❖ As cortinas diferem estruturalmente dos muros de arrimo, por serem flexíveis e terem
peso próprio desprezível face às demais forças atuantes.
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Ficha mínima:
Comprimento mínimo de embutimento da parede no
solo abaixo do fundo da escavação que garante o
equilíbrio com uma margem de segurança adequada.
f
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(a) rotação da cortina (b) diagrama de empuxos teórico (c) diagrama simplificado
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p 'a
a=
( sat − a ).(k p − k a )
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F H =0
y
2
( z
Ra − p' p . + p' p + p' p = 0
2
)
𝑝′𝑝 . 𝑦 − 2. 𝑅𝑎
𝑧= (II)
𝑝′𝑝 + 𝑝′𝑝
M = 0
(Na base)
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Método Convencional
Verifica-se que 𝑝′𝑝 = 𝑝′𝑝 + 𝛾. ℎ1 + 𝛾𝑠𝑎𝑡 − 𝛾𝑎 . ℎ2 . 𝑘𝑝 − 𝑘𝑎
Método Convencional
Observações:
• A ficha (D=a+y) deve ser majorada de 20 a 40% ou o Kp deve ser minorado
(1,5 a 2,0)
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Método Convencional
Sequência de Projeto:
• Estabelecer o modelo de cálculo;
• Estabelecer os parâmetros do solo;
• Calcular: a, Ra, y e r;
• Resolver a equação do 4º Grau (por tentativas); e
• A ficha será D=y+a; aumentar D de 20 a 40%, se não tiver adotado um
fator de minoração de Kp.
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(h + f ) .(h + f ) 2 .k a
E a = .(h + f ).k a . =
2 2
f .f 2 .k p
Ep = .f.k p . =
2 2
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𝛾. (ℎ + 𝑓)3 . 𝑘𝑎 − 𝛾. 𝑓 3 . 𝑘𝑝 = 0
Após o cálculo de f
𝑓′ = 1,2 a 1,4 de 𝑓
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Método Simplificado
Ea= .z – 2c
Ep= .z + 2c
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4c – .h 4c – .h 22
𝑝′𝑎 = 𝑞. 𝑘𝑎 − 2. 𝑐. 𝑘𝑎
No ponto A, Lado Esquerdo
𝑝′𝑝 = +2. 𝑐. 𝑘𝑝
No ponto A, Pressão Resultante
𝑝′𝑎 − 𝑝′𝑝 = 4. 𝑐 − 𝑞
'v = q = .H − u
No ponto B, Pressão Resultante
𝑝′𝑎 − 𝑝′𝑝 = 4. 𝑐 + 𝑞
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Fazendo: M = 0
𝐷2 𝑧2
𝑅𝑎 . 𝑦 + 𝐷 − . (4𝑐 − 𝑞) + . 4𝑐 − 𝑞 + 4𝑐 + 𝑞 = 0 (II)
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Substituindo (I) em (II):
𝑅𝑎 . 12. 𝑐. 𝑦 + 𝑅𝑎
𝐷 2 . 4. 𝑐 − 𝑞 − 2. 𝐷. 𝑅𝑎 − =0 24
2. 𝑐 + 𝑞
Método Simplificado
Observações:
• A ficha (D) deve ser majorada de 20 a 40% ou o c deve ser minorado (1,5 a 2,0)
• Pode-se adotar, acima do nível da escavação, um diagrama de pressões fictício,
alternativo, com f entre 20º e 30º e coesão nula
• Para o dimensionamento estrutural da cortina, determina-se, inicialmente, o
ponto de cortante nulo. Conhecido o Ra, determina-se a profundidade na qual o
diagrama OMR fornece uma resultante igual a Ra. Neste ponto o cortante é nulo
e o momento fletor é máximo.
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t2 >> t1 26
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Fa
p 'a
a=
− a ).(k p − k a )
(I)
( sat
2.x Fa
Ra . y = R p . + a + h3 (II)
3
x
Mas, R p = p' p . (III)
2
e
p' p = ( sat − a )(a + x )k p − h1 + ( sat − a )h2 + ( sat − a )(a + x )k a
Por semelhança de triângulos e utilizando (I)
p' p = ( sat − a )(k p − k a ) .x (IV)
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x2
.(k p − k a ).
2.x
Ra . y = ( sat − a ). + a + h3
2 3
( − a ) ( − a )
.(k p − k a ) + x 2 sat .(k p − k a ).(a + h3 ) − Ra . y = 0
x 3 . sat (V)
3 2
2. y.Ra
D 2 + 2.D.h3 − =0
(4.c − q)
F H =0
Fa = Ra − R p
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Dimensionamento de Cortinas
com Um Nível de Apoio
MÉTODO DO APOIO FIXO – Modificado por Anderson
Caso de Areias: • Ponto de Inflexão i
(pressões nulas): x = a
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Dimensionamento de Cortinas
com Um Nível de Apoio
MÉTODO DO APOIO FIXO – Modificado por Anderson
Caso de Areias:
• Fazendo, M = 0 para a viga
inferior, em relação ao ponto
de aplicação de R’B,
determina-se y.
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Dimensionamento de Cortinas
com Um Nível de Apoio
MÉTODO DO APOIO FIXO – Modificado por Anderson
Caso de Areias:
M = 0 (em R’B)
6.RB
y =a+
( sat − a ).(k p − k a )
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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural
A solução é obtida iterativamente, a área de aço é obtida por meio de ábacos e tabelas encontradas na
literatura de concreto armado para seções circulares. Para utilização das tabelas é necessário:
• Calcular os parâmetros, que são em função do esforço normal, momento e disposição da
armadura; e
• Definir a resistência da argamassa ou concreto. 37
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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
DIFERENTEMENTE DA
ARMADURA DE ESTACAS
PARA SUPORTAR CARGAS
DOS PILARES, ESTA
ARMADURA SEGUE AO
LONGO DE TODA ESTACA
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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural
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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
Por Norma (NBR 6118): os limites para armadura longitudinal de Pilares são:
0,15.N d
As mín = 0,04. Ac
f yd
D2
As máx = 8,0%. Ac Ac = . (cm²)
4
Ex.:
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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
Onde:
Vc é a força cortante resistente de cálculo do concreto;
Vsw é a força cortante resistente de cálculo do aço;
Vsd é a força cortante solicitante de cálculo, na seção;
VRd2 é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais comprimidas de concreto; e
VRd3 = VC + Vsw, é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal.
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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
ARMADURA TRANSVERSAL (ESTRIBOS)
A) Verificação da compressão diagonal do concreto:
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Se Vsd < VRd2 OK Concreto resiste a Compressão Diagonal
Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
ARMADURA TRANSVERSAL (ESTRIBOS)
B) Verificação da ruína por Tração Diagonal: 𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓
𝑓𝑐𝑡𝑑 =
𝛾𝑐
𝐴𝑠𝑤
b) Força cortante resistente de cálculo do aço: 𝑉𝑠𝑤 = × 0,9 × 𝑑 × 𝑓𝑦𝑤𝑑 × 𝑠𝑒𝑛𝛼 + 𝑐𝑜𝑠𝛼
𝑠
Asw é a área da seção transversal dos estribos;
s é o espaçamento entre elementos da armadura transversal Asw, medido segundo o eixo longitudinal do elemento estrutural;
fywd é a resistência de cálculo do aço da armadura transversal, limitada a 435MPa;
a é o ângulo de inclinação da armadura transversal em relação ao eixo longitudinal do elemento estrutural, podendo-se tomar 45° < a < 90°.
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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
ARMADURA TRANSVERSAL (ESTRIBOS)
B) Verificação da ruína por Tração Diagonal (continuação):
𝜋 × 𝜙𝑡 2
4
3º - Calcular Vsw, considerando o a=90° (a favor da segurança): 𝑉𝑠𝑤 = × 0,9 × 𝑑𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 × 𝑓𝑦𝑤𝑑 × 𝑠𝑒𝑛90 + 𝑐𝑜𝑠90
𝑆𝑡
100𝑐𝑚 𝜋 × 𝜙𝑡 2
4º - Calcular a Área de Aço adotada (As,adot): 𝐴𝑠,𝑎𝑑𝑜𝑡 = ×
𝑆𝑡 4 ft em cm
𝑆𝑡 em cm
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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
ARMADURA TRANSVERSAL (ESTRIBOS)
B) Verificação da ruína por Tração Diagonal:
c) Calcular a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal: VRd3 = VC + Vsw
d) Comparar o Vsd com o Vrd3:
Se Vsd < VRd3 OK, a bitola e o espaçamento adotados são suficientes para que o concreto resista a
ruína por tração diagonal.
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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
Estaca Raiz:
Bomba
Revestimento
Armadura Metálico
Perfuratriz
Tubo Injetor
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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
Estaca Raiz:
bentonítica
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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
Estaca Raiz:
bentonítica
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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
Exemplo de Projeto:
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Dimensionamento de Cortinas
Estacas Circulares Justapostas - Ruptura
Quando o Engenheiro
Projetista ou o Executor das
estacas negligencia as normas
e práticas de cálculo
mostradas anteriormente o
prejuízo é certo.
EXERCÍCIO
Dimensione uma cortina de estacas justapostas para efetuar uma escavação em solo arenoso
com =17,5KN/m³, f=28º, H=3m, NA a 4 m, sem escoramento. Considere uma sobrecarga de
montante igual a 20 kN/m².
ficha
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EXERCÍCIO
Dimensione uma cortina de estacas justapostas para efetuar uma escavação em solo arenoso
com =18KN/m³, f=30º, H=6m, NA profundo e 1 nível de escoramento no topo. Verifique:
1. Ficha (D) e esforços para Apoio Livre; e D=2,9m; A=56,16KN; Mmáx=162KNm
2. Ficha (D) e esforços para Apoio Fixo. D=4,6m; A=45KN; Mmáx=116,2KNm
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ENCONTRO PELO
APLICATIVO
MICROSOFT TEAMS
DIA: 18/11/2020
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@ugbferp
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