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18/11/2020

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL


CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE

FUNDAÇÕES E
CONTENÇÕES II
CURSO: Engenharia Civil
DOCENTE: Marcos Antonio da Silva

CORTINAS - ESCAVAÇÕES
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18/11/2020

EXECUÇÃO DE CORTES NO TERRENO

Altura de Corte

Para Solos sem Coesão: C=0

O Corte só poderá ser realizado sem escoramento se as paredes da escavação forem inclinadas.

EXECUÇÃO DE CORTES NO TERRENO

Altura de Corte
Para Solos com Coesão: C0

O Corte poderá ser realizado, com inclinação de 90º, sem a necessidade de escoramento
para a seguinte altura crítica:
2,67 𝑐 𝜙
𝐻𝑐𝑟 = . 𝑡𝑔(45 + )
𝛾 2

Como regra geral de ordem prática, não é recomendado escavar o solo com parede
vertical, sem escoramento, em profundidade superior a 1,5 m.

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EXERCÍCIO
Exercício:
Um corte vertical com 7 m de altura e 60 m de comprimento, será executado em um talude de solo argiloso,
cujos parâmetros geotécnicos determinados nas unidades do Sistema Internacional foram os seguintes: (Peso
específico aparente úmido: 17kN/m3; Teor de umidade natural: 24%; Coesão: 30 kPa; e Ângulo de atrito interno:
13°).
Levando-se em conta que o local está sujeito, durante parte do ano, a fortes precipitações pluviométricas,
verifique se este corte necessita de uma obra de contenção, respondendo SIM ou NÃO e justificando sua
resposta pelo cálculo do fator de segurança. As características mineralógicas do solo permitem que se admita
como peso específico dos sólidos o valor de 26,5 kN/m3 e, por outro lado, para este caso, considere que o fator
de segurança deve ser superior a 1,5.

𝛾𝑠 + 𝑒. 𝛾𝑤 𝛾𝑠
𝑒= −1 2,67 𝑐 𝜙 𝐻𝑐𝑟
𝛾𝑠𝑎𝑡 = 𝛾𝑑 𝐻𝑐𝑟 = . 𝑡𝑔 45 + 𝐹𝑆 =
1+𝑒 𝛾 2 𝐻𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒

𝛾
𝛾𝑑 =
1+𝑤

EXERCÍCIO
Exercício:
Um corte vertical com 7 m de altura e 60 m de comprimento, será executado em um talude de solo argiloso,
cujos parâmetros geotécnicos determinados nas unidades do Sistema Internacional foram os seguintes: (Peso
específico aparente úmido: 17kN/m3; Teor de umidade natural: 24%; Coesão: 30 kPa; e Ângulo de atrito interno:
13°).
Levando-se em conta que o local está sujeito, durante parte do ano, a fortes precipitações pluviométricas,
verifique se este corte necessita de uma obra de contenção, respondendo SIM ou NÃO e justificando sua
resposta pelo cálculo do fator de segurança. As características mineralógicas do solo permitem que se admita
como peso específico dos sólidos o valor de 26,5 kN/m3 e, por outro lado, para este caso, considere que o fator
de segurança deve ser superior a 1,5.
𝛾
𝑯𝒄𝒓 𝟓, 𝟒𝟒
𝛾𝑑 = =13,7 kN/m³ 𝑭𝑺 = = = 𝟎, 𝟕𝟖
1+𝑤 𝑯𝒄𝒐𝒓𝒕𝒆 𝟕

𝛾𝑠 26,5 Resposta: Necessita de Contenção


𝑒= −1= − 1 = 0,934
𝛾𝑑 13,7
Para Corte com FS=1,5 a altura máxima será:

𝛾𝑠 + 𝑒. 𝛾𝑤 26,5 + 0,934.10 5,44


𝛾𝑠𝑎𝑡 = = = 18,5kN/m³ 𝐻𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 = = 3,6m
1+𝑒 1 + 0,934 1,5

2,67 𝑐 𝜙 2,67 × 30 13
𝐻𝑐𝑟 = 𝛾
. 𝑡𝑔 45 + 2 = 18,5
. 𝑡𝑔 45 + 2
= 5,44𝑚

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CORTINAS
❖ As cortinas destinam-se a resistir aos empuxos de terra e hidrostático.
❖ Têm larga aplicação em obras portuárias, proteção de taludes naturais/escavados e de
fundações de construções vizinhas.
❖ As cortinas diferem estruturalmente dos muros de arrimo, por serem flexíveis e terem
peso próprio desprezível face às demais forças atuantes.

CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS


Dependendo do tipo estrutural:
➢ Cortinas sem ancoragem (“em cantilever”)

➢ Cortinas ancoradas/escoradas(ou estroncadas)

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CORTINAS SEM ANCORAGEM


➢ Para pequenas alturas (H = 3,0 a 4,5m)
➢ Resistem ao empuxo devido ao engastamento no solo: necessário se obter
uma ficha mínima para o equilíbrio da parede

Ficha mínima:
Comprimento mínimo de embutimento da parede no
solo abaixo do fundo da escavação que garante o
equilíbrio com uma margem de segurança adequada.

f
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CORTINAS SEM ANCORAGEM


Considerações:
• Existindo Construções vizinhas, o empuxo de solo é calculado com o
coeficiente de empuxo no repouso (K0) - Parede indeslocável;
• Não Existindo Construções vizinhas, o empuxo de solo é calculado com o
coeficiente de empuxo ativo (Ka) - não existe a necessidade de evitar desloca-
mentos na parede; e
• É comum considerar sobrecarga uniformemente distribuída (em geral
10KN/m²) como carregamento representando veículos de rua, construção e
maquinário da obra.

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DIMENSIONAMENTO DE CORTINAS SEM ANCORAGEM

(a) rotação da cortina (b) diagrama de empuxos teórico (c) diagrama simplificado

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DIMENSIONAMENTO DE CORTINAS SEM ANCORAGEM


Método Convencional

p'a =  .h1 + ( sat −  a ).h2 .k a

p 'a
a=
( sat −  a ).(k p − k a )

p' p = ( sat −  a ).(k p − k a ). y (I)

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DIMENSIONAMENTO DE CORTINAS SEM ANCORAGEM


Método Convencional
Mo R1
y=
Ra Ra = R1 + R2 + R3

Momento em relação ao ponto O (somente do trecho superior)


R2
 1   1  2 
M O = R1  a + h2 + h1  + R2  a + h2  + R3  a  R3
 3   3  3 

p' p =  .h1 + ( sat −  a )(


. h2 + a + y ).k p − ( sat −  a )(
. a + y ).k a 14

DIMENSIONAMENTO DE CORTINAS SEM ANCORAGEM


Método Convencional
Sabendo-se as tensões, a ficha é determinada pela resolução das equações de equilíbrio
de forças e momentos atuantes na cortina.

F H =0
y
2
( z
Ra − p' p . + p' p + p' p = 0
2
)
𝑝′𝑝 . 𝑦 − 2. 𝑅𝑎
𝑧= (II)
𝑝′𝑝 + 𝑝′𝑝

M = 0
(Na base)

6. 𝑅𝑎 . (𝑦 + 𝑦) + 𝑧 2 . 𝑝′𝑝 + 𝑝′𝑝 − 𝑦 2 . 𝑝′𝑝 = 0 (III)

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DIMENSIONAMENTO DE CORTINAS SEM ANCORAGEM

Método Convencional
Verifica-se que 𝑝′𝑝 = 𝑝′𝑝 + 𝛾. ℎ1 + 𝛾𝑠𝑎𝑡 − 𝛾𝑎 . ℎ2 . 𝑘𝑝 − 𝑘𝑎

Fazendo p' p = p' p + r (IV) . h2 ).(k p − k a )


r =  .h1 + ( sat −  a )(

Tomando as expressões I, II e IV e substituindo na III, obtém-se uma


equação de 4º grau em y.
2
𝛾𝑠𝑎𝑡 − 𝛾𝑎 2 . 𝑘𝑝 − 𝑘𝑎 . 𝑦 4 + 𝛾𝑠𝑎𝑡 − 𝛾𝑎 . 𝑘𝑝 − 𝑘𝑎 . 𝑟. 𝑦 3 −

−8. 𝑅𝑎 𝛾𝑠𝑎𝑡 − 𝛾𝑎 . 𝑘𝑝 − 𝑘𝑎 . 𝑦 2 − 6. 𝑅𝑎 . 𝑟 + 2 𝛾𝑠𝑎𝑡 − 𝛾𝑎 . 𝑘𝑝 − 𝑘𝑎 . 𝑦 . 𝑦 − Resolver por tentativas.


−2. 𝑅𝑎 . 3. 𝑟. 𝑦 + 2. 𝑅𝑎 = 0
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DIMENSIONAMENTO DE CORTINAS SEM ANCORAGEM

Método Convencional
Observações:
• A ficha (D=a+y) deve ser majorada de 20 a 40% ou o Kp deve ser minorado
(1,5 a 2,0)

• Para o dimensionamento estrutural da cortina, determina-se, inicialmente, o


ponto de cortante nulo. Conhecido o Ra, determina-se a profundidade na qual
o diagrama OMR fornece uma resultante igual a Ra. Neste ponto o cortante é
nulo e o momento fletor é máximo.

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DIMENSIONAMENTO DE CORTINAS SEM ANCORAGEM

Método Convencional

Sequência de Projeto:
• Estabelecer o modelo de cálculo;
• Estabelecer os parâmetros do solo;
• Calcular: a, Ra, y e r;
• Resolver a equação do 4º Grau (por tentativas); e
• A ficha será D=y+a; aumentar D de 20 a 40%, se não tiver adotado um
fator de minoração de Kp.
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DIMENSIONAMENTO DE CORTINAS SEM ANCORAGEM


Método Simplificado
Solos Homogêneos e Solos Não Coesivos (c=0)

Empuxo Ativo – Tardoz da Cortina

(h + f ) .(h + f ) 2 .k a
E a = .(h + f ).k a . =
2 2

Empuxo Passivo – Frente Cortina

f .f 2 .k p
Ep = .f.k p . =
2 2
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DIMENSIONAMENTO DE CORTINAS SEM ANCORAGEM


Método Simplificado
Solos Homogêneos e Solos Não Coesivos (c=0)
 MO = 0 – No ponto de Aplicação de Ep2
𝛾. (ℎ + 𝑓)2. 𝑘𝑎 ℎ + 𝑓 𝛾. 𝑓 2 . 𝑘𝑝 𝑓
. − . =0
2 3 2 3

𝛾. (ℎ + 𝑓)3 . 𝑘𝑎 − 𝛾. 𝑓 3 . 𝑘𝑝 = 0

Após o cálculo de f
𝑓′ = 1,2 a 1,4 de 𝑓
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DIMENSIONAMENTO DE CORTINAS SEM ANCORAGEM

Método Simplificado

Solos Puramente Coesivos (f’=0) – caso não drenado

Os coeficientes de empuxo ka e kp serão iguais a unidade (K=1).

Os valores dos empuxos ativo e passivo serão:

Ea= .z – 2c

Ep= .z + 2c
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DIMENSIONAMENTO DE CORTINAS SEM ANCORAGEM


Método Simplificado
Solos Puramente Coesivos (f’=0) – caso não drenado
Existem 2 situações possíveis:
1) Se 4c – .h > 0, o empuxo passivo equilibrará o empuxo ativo
2) Se 4c – .h < 0, a parede será instável para qualquer ficha

4c – .h 4c – .h 22

DIMENSIONAMENTO DE CORTINAS SEM ANCORAGEM


Método Simplificado
Solos Puramente Coesivos (f’=0) – caso não drenado
No ponto A, Lado Direito

𝑝′𝑎 = 𝑞. 𝑘𝑎 − 2. 𝑐. 𝑘𝑎
No ponto A, Lado Esquerdo

𝑝′𝑝 = +2. 𝑐. 𝑘𝑝
No ponto A, Pressão Resultante

𝑝′𝑎 − 𝑝′𝑝 = 4. 𝑐 − 𝑞

 'v = q =  .H − u
No ponto B, Pressão Resultante

𝑝′𝑎 − 𝑝′𝑝 = 4. 𝑐 + 𝑞

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DIMENSIONAMENTO DE CORTINAS SEM ANCORAGEM


Método Simplificado
Solos Puramente Coesivos (f’=0) – caso não drenado
Para o Equilíbrio da Cortina:
F H =0 e M = 0
Fazendo:
F H =0
𝑧
𝑅𝑎 + . 4𝑐 − 𝑞 + 4𝑐 + 𝑞 − 𝐷. (4𝑐 − 𝑞) = 0
2
𝐷. 4. 𝑐 − 𝑞 − 𝑅𝑎
𝑧= (I)
4. 𝑐

Fazendo: M = 0
𝐷2 𝑧2
𝑅𝑎 . 𝑦 + 𝐷 − . (4𝑐 − 𝑞) + . 4𝑐 − 𝑞 + 4𝑐 + 𝑞 = 0 (II)
2 6
Substituindo (I) em (II):
𝑅𝑎 . 12. 𝑐. 𝑦 + 𝑅𝑎
𝐷 2 . 4. 𝑐 − 𝑞 − 2. 𝐷. 𝑅𝑎 − =0 24
2. 𝑐 + 𝑞

DIMENSIONAMENTO DE CORTINAS SEM ANCORAGEM

Método Simplificado
Observações:
• A ficha (D) deve ser majorada de 20 a 40% ou o c deve ser minorado (1,5 a 2,0)
• Pode-se adotar, acima do nível da escavação, um diagrama de pressões fictício,
alternativo, com f entre 20º e 30º e coesão nula
• Para o dimensionamento estrutural da cortina, determina-se, inicialmente, o
ponto de cortante nulo. Conhecido o Ra, determina-se a profundidade na qual o
diagrama OMR fornece uma resultante igual a Ra. Neste ponto o cortante é nulo
e o momento fletor é máximo.

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Dimensionamento de Cortinas com


Um Nível de Apoio
Pode-se ter duas situações, com dois métodos de cálculo, dependendo do valor
da ficha.
Apoio Livre Apoio fixo
Estrutura SIMPLESMENTE APOIADA na Estrutura TOTALMENTE ENGASTADA na
extremidade inferior extremidade inferior

Ideal quando existe Argila de baixa a


média consistência ou solo de alteração
de rocha, ambos, abaixo da linha da Mais econômica:
escavação Momentos menores

t2 >> t1 26

Dimensionamento de Cortinas com


Um Nível de Apoio
Apoio Livre: ficha pequena – Momentos (↑)
Apoio Fixo: ficha longa – Momentos na base (↓)
Apoio Livre Apoio fixo

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Dimensionamento de Cortinas com


Um Nível de Apoio
MÉTODO DO APOIO LIVRE
Caso de Areias:

Fa

p 'a
a=
−  a ).(k p − k a )
(I)
( sat

Cálculo da Força de Ancoragem (Fa):


F H =0
Fa = Ra − R p
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Dimensionamento de Cortinas com


Um Nível de Apoio
MÉTODO DO APOIO LIVRE
Caso de Areias:
Fazendo: M = 0 (em relação ao ponto de ancoragem)

 2.x  Fa
Ra . y = R p . + a + h3  (II)
 3 

x
Mas, R p = p' p . (III)
2
e

p' p = ( sat −  a )(a + x )k p − h1 + ( sat −  a )h2 + ( sat −  a )(a + x )k a
Por semelhança de triângulos e utilizando (I)

 
p' p = ( sat −  a )(k p − k a ) .x (IV)

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Dimensionamento de Cortinas com


Um Nível de Apoio
MÉTODO DO APOIO LIVRE
Caso de Areias:
Substituindo IV em III e depois III em II, temos:

x2
.(k p − k a ).
 2.x 
Ra . y = ( sat −  a ). + a + h3 
2  3 
 ( −  a )  ( −  a )
.(k p − k a ) + x 2  sat .(k p − k a ).(a + h3 ) − Ra . y = 0
 
x 3 . sat (V)
 3   2 

• Equação do 3º Grau, RESOLVER POR TENTATIVAS.


• A Ficha (D=a+x) deve ser majorada de 20 a 40% ou o Kp deve ser minorado de 1,5 a 2,0 (este
último é preferível).
• A sequência de projeto é similar ao caso de estruturas em balanço, onde o ponto de cortante
nulo equivale ao ponto de momento máximo.
• A força na Ancoragem (Fa=Ra-Rp) deve ser acrescida de 20%.
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Dimensionamento de Cortinas com


Um Nível de Apoio
MÉTODO DO APOIO LIVRE
Caso de Argilas: Cálculo da Ficha (D):

 M = 0 (em relação ao ponto de ancoragem)


 D
Ra . y − D.(4.c − q). h3 +  = 0
 2
Rearranjando:

2. y.Ra
D 2 + 2.D.h3 − =0
(4.c − q)

Cálculo da Força de Ancoragem (Fa):

F H =0
Fa = Ra − R p
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Dimensionamento de Cortinas com


Um Nível de Apoio
MÉTODO DO APOIO LIVRE
Caso de Argilas:
Observações
• A Ficha (D=a+x) deve ser majorada de 20 a 40% ou a coesão deve ser minorado de 1,5 a 2,0.
• A sequência de projeto é similar ao caso de estruturas em balanço, onde o ponto de cortante
nulo equivale ao ponto de momento máximo.
• A força na Ancoragem (Fa = Ra - Rp) deve ser acrescida de 20%.
• Existe uma altura crítica H, acima do qual não é possível calcular a cortina, pois os diagramas
ativo e passivo crescem igualmente com a profundidade e tem-se: 4.c - .H < 0.

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Dimensionamento de Cortinas com


Um Nível de Apoio
MÉTODO DO APOIO FIXO
Caso de Areias:

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Dimensionamento de Cortinas
com Um Nível de Apoio
MÉTODO DO APOIO FIXO – Modificado por Anderson
Caso de Areias: • Ponto de Inflexão i
(pressões nulas): x = a

• Fazendo,  M = 0 para a viga


superior, em relação ao
ponto de ancoragem,
determina-se RB.
i

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Dimensionamento de Cortinas
com Um Nível de Apoio
MÉTODO DO APOIO FIXO – Modificado por Anderson
Caso de Areias:
• Fazendo, M = 0 para a viga
inferior, em relação ao ponto
de aplicação de R’B,
determina-se y.

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Dimensionamento de Cortinas
com Um Nível de Apoio
MÉTODO DO APOIO FIXO – Modificado por Anderson
Caso de Areias:
M = 0 (em R’B)
6.RB
y =a+
( sat −  a ).(k p − k a )

A ficha será D = 1,2 . y

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Dimensionamento de Cortinas

Dimensionamento estrutural

Estacas Circulares Justapostas: No dimensionamento das estacas serão considerados esforços de


flexão composta (normal e cortante), assim como se calcula em seções de pilares circulares.
Trata-se da obtenção do diâmetro da estaca adequado às solicitações e consequentemente da área de
aço para tal seção.

A solução é obtida iterativamente, a área de aço é obtida por meio de ábacos e tabelas encontradas na
literatura de concreto armado para seções circulares. Para utilização das tabelas é necessário:
• Calcular os parâmetros, que são em função do esforço normal, momento e disposição da
armadura; e
• Definir a resistência da argamassa ou concreto. 37

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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas

DIFERENTEMENTE DA
ARMADURA DE ESTACAS
PARA SUPORTAR CARGAS
DOS PILARES, ESTA
ARMADURA SEGUE AO
LONGO DE TODA ESTACA

Cálculo para Armadura Longitudinal:

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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural

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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas

Por Norma (NBR 6118): os limites para armadura longitudinal de Pilares são:
0,15.N d
As mín =  0,04. Ac
f yd
D2
As máx = 8,0%. Ac Ac =  . (cm²)
4

Ex.:

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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas

Cálculo da Armadura transversal: deve-se satisfazer as seguintes condições:


Vsd  VRd 2

Vsd  VRd 3 = Vc + Vsw

Onde:
Vc é a força cortante resistente de cálculo do concreto;
Vsw é a força cortante resistente de cálculo do aço;
Vsd é a força cortante solicitante de cálculo, na seção;
VRd2 é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais comprimidas de concreto; e
VRd3 = VC + Vsw, é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal.

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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
ARMADURA TRANSVERSAL (ESTRIBOS)
A) Verificação da compressão diagonal do concreto:

a) Força Cortante solicitante de Cálculo:


Vsd = 1,4 x T

b) Força cortante resistente de cálculo: 𝜋 𝑑𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 ²


𝑉𝑅𝑑2 = 0,27 × 𝛼𝑣2 × 𝑓𝑐𝑑 ×
𝑉𝑅𝑑2 = 0,27 × 𝛼𝑣2 × 𝑓𝑐𝑑 × 𝑏𝑤 × 𝑑 4
𝑘𝑁
(𝑉𝑟𝑑2 𝑒𝑚 𝑘𝑁, 𝑓𝑐𝑑 𝑒𝑚 𝑑 em metros).
𝑚2 𝑒 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜
𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑣2 = 1− Com fck em MPa (adimensional)
250
bw x d corresponde a área efetiva de uma seção retangular, e será substituída pela área referente ao diâmetro
efetivo da armadura, definido por: ′
∅𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎
𝑑𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 = 𝑑𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 − 𝑑 + Com d´ igual ao cobrimento da armadura
2
(∅ , 𝑑 𝑒 𝑑′ em metros).

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Se Vsd < VRd2  OK Concreto resiste a Compressão Diagonal

Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
ARMADURA TRANSVERSAL (ESTRIBOS)
B) Verificação da ruína por Tração Diagonal: 𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓
𝑓𝑐𝑡𝑑 =
𝛾𝑐

VRd3 = VC + Vsw 𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 = 0,7 × 𝑓𝑐𝑡,𝑚

𝜋 𝑑𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 ² 𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 × 𝑓𝑐𝑘 2/3


a)Força cortante resistente de cálculo do concreto: 𝑉𝑐 = 1,2 × 𝑓𝑐𝑡𝑑 ×
4
fctk,inf é o valor inferior da resistência característica à tração do concreto;
fct,m é a resistência média à tração do concreto;
fck é a resistência característica à compressão do concreto;
fctd é a resistência de cálculo à tração do concreto;

𝐴𝑠𝑤
b) Força cortante resistente de cálculo do aço: 𝑉𝑠𝑤 = × 0,9 × 𝑑 × 𝑓𝑦𝑤𝑑 × 𝑠𝑒𝑛𝛼 + 𝑐𝑜𝑠𝛼
𝑠
Asw é a área da seção transversal dos estribos;
s é o espaçamento entre elementos da armadura transversal Asw, medido segundo o eixo longitudinal do elemento estrutural;
fywd é a resistência de cálculo do aço da armadura transversal, limitada a 435MPa;
a é o ângulo de inclinação da armadura transversal em relação ao eixo longitudinal do elemento estrutural, podendo-se tomar 45° < a < 90°.

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18/11/2020

Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
ARMADURA TRANSVERSAL (ESTRIBOS)
B) Verificação da ruína por Tração Diagonal (continuação):

Cálculo do Vsw por tentativas:

1º - Adotar a bitola do Estribo: Onde: ft é o diâmetro dos estribos


fl é o diâmetro da Armadura Longitudinal D
ft em metros
2º - Adotar o Espaçamento do Estribo: St em metros
d em metros

𝜋 × 𝜙𝑡 2
4
3º - Calcular Vsw, considerando o a=90° (a favor da segurança): 𝑉𝑠𝑤 = × 0,9 × 𝑑𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 × 𝑓𝑦𝑤𝑑 × 𝑠𝑒𝑛90 + 𝑐𝑜𝑠90
𝑆𝑡
100𝑐𝑚 𝜋 × 𝜙𝑡 2
4º - Calcular a Área de Aço adotada (As,adot): 𝐴𝑠,𝑎𝑑𝑜𝑡 = ×
𝑆𝑡 4 ft em cm
𝑆𝑡 em cm
44

Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
ARMADURA TRANSVERSAL (ESTRIBOS)
B) Verificação da ruína por Tração Diagonal:

c) Calcular a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal: VRd3 = VC + Vsw
d) Comparar o Vsd com o Vrd3:
Se Vsd < VRd3  OK, a bitola e o espaçamento adotados são suficientes para que o concreto resista a
ruína por tração diagonal.

C) Calcular a armadura transversal mínima (𝑨𝒔𝒘,𝒎𝒊𝒏 ): 𝐴𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑛 =𝜌𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑛 × 100 × 𝑑𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜


rsw,min = 0,2 ( fct,m / fywk )
rsw,min é a taxa geométrica da seção;
fywk é a resistência característica do aço da armadura transversal (em MPa).
fct,m = 0,3 fck2/3 fct,m é a resistência média à tração do concreto (em MPa)

D) Comparar a As,adot com a 𝑨𝒔𝒘,𝒎𝒊𝒏 e adotar a maior dentre elas. 45

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18/11/2020

Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
Estaca Raiz:
Bomba

Revestimento
Armadura Metálico
Perfuratriz

Tubo Injetor

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Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
Estaca Raiz:

bentonítica

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18/11/2020

Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas
Estaca Raiz:
bentonítica

48

Dimensionamento de Cortinas
Dimensionamento estrutural – Estacas Circulares Justapostas

Exemplo de Projeto:

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18/11/2020

Dimensionamento de Cortinas
Estacas Circulares Justapostas - Ruptura

Quando o Engenheiro
Projetista ou o Executor das
estacas negligencia as normas
e práticas de cálculo
mostradas anteriormente o
prejuízo é certo.

Acidente no Recreio dos Bandeirantes

EXERCÍCIO
Dimensione uma cortina de estacas justapostas para efetuar uma escavação em solo arenoso
com =17,5KN/m³, f=28º, H=3m, NA a 4 m, sem escoramento. Considere uma sobrecarga de
montante igual a 20 kN/m².

ficha

51

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18/11/2020

EXERCÍCIO
Dimensione uma cortina de estacas justapostas para efetuar uma escavação em solo arenoso
com =18KN/m³, f=30º, H=6m, NA profundo e 1 nível de escoramento no topo. Verifique:
1. Ficha (D) e esforços para Apoio Livre; e D=2,9m; A=56,16KN; Mmáx=162KNm
2. Ficha (D) e esforços para Apoio Fixo. D=4,6m; A=45KN; Mmáx=116,2KNm

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ENCONTRO PELO
APLICATIVO
MICROSOFT TEAMS

DIA: 18/11/2020

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18/11/2020

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