Você está na página 1de 116

CURSO DE INSPEÇÃO

DE BAGAGENS E
PESSOAS – 8H

1
Conteúdo
1. Introdução à segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita................... 4
2. Legislação e procedimentos internos pertinentes........................................................... 9
3. Noções básicas das medidas de segurança relativas ao passageiro e à bagagem....... 16
4. Motivações para um ato de interferência ilícita – Terrorismo.......................................... 21
5. Níveis de ameaça............................................................................................................ 25
6. Equipamentos de inspeção disponíveis nas operações MODEC................................... 28
7. Outros equipamentos de inspeção.................................................................................. 39

2
Conteúdo
8. Procedimentos MODEC................................................................................................. 41
9. Cuidados na Inspeção de passageiros e de sua bagagem de mão............................... 52
10. Definição de artigos perigosos....................................................................................... 62
11. Limitações relacionadas a artigos perigosos.................................................................. 64
12. Noções para classificar artigos perigosos...................................................................... 66
13. Itens proibidos segundo as normas de artigos perigosos e atos de interferência ilícita. 80
14. Objetos e substâncias que podem ser usados em um ato de interferência ilícita.......... 82
15. Interpretação de imagens de objetos por meio de equipamentos de inspeção.............. 88

3
1 - INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DA
AVIAÇÃO CIVIL CONTRA ATOS DE
INTERFERÊNCIA ILÍCITA

4
Acidente causado por artigos perigosos
ValuJet – 11 de maio de 1996

Logo após a decolagem, a • Causa: Geradores


tripulação reportou ao químicos de oxigênio
Controlador de Tráfego Aéreo: indevidamente
“Fumaça na cabine…fumaça na tranportados como carga.
cabine”. • Aeronave: DC-9-32.
• Local: Everglades, Flórida,
A investigação da NTSB concluiu Miami, EUA.
que houve um incêndio de • Rota: Miami – Atlanta.
grandes proporções na parte • Total de mortes: 110 de
central do porão dianteiro, que 110 a bordo.
atingiu o assoalho da cabine de
passageiros.

5
ACIDENTES CAUSADOS POR
AÇÕES TERRORISTAS

11 DE SETEMBRO DE 2001

WORLD TRADE CENTER


E PENTÁGONO

6
Aeroporto Internacional do Sri Lanka
• Data: 23 de julho de 2001.

• Responsáveis: Grupo LTTE (Libertação dos Tigres do Tâmil EELAM).

• Os ataques ao aeroporto deixaram 18 mortos (sendo 13 destes terroristas com explosivos) e 12


feridos. Foram também destruídos 13 aviões civis e militares.

7
No Brasil....

A SEGURANÇA DA
AVIAÇÃO CIVIL É
RESPONSABILIDADE DE
TODOS NÓS

8
2 - LEGISLAÇÃO E
PROCEDIMENTOS INTERNOS
PERTINENTES

9
Terminologia das legislações pertinentes
• As principais legislações pertinentes às atividades de inspeção de bagagens e
passageiros (antes do embarque por aeronave), que serão discutidas ao longo
do curso, empregam as terminologias “aeródromo” e “aeroporto”.

• No entanto, você irá atuar em uma unidade marítima que, efetivamente, possui
um “heliponto” ou “helideque”.

• Então, como devemos correlacionar a terminologia legal e a terminologia usada


no ambiente offshore?

• Antes de correlacionar essas terminologias, para que possa interpretá-las e


aplicá-las corretamente, vamos à sua definição.

10
Terminologia das legislações pertinentes
O que significa ANAC?

• A sigla significa Agência Nacional de Aviação Civil


(ANAC).

• O seu papel é regular e fiscalizar as atividades de


aviação civil e da infraestrutura aeronáutica e
aeroportuária, observadas as orientações,
políticas e diretrizes do Governo federal brasileiro.

11
Bases da regulamentação internacional para
artigos perigosos
Anexo 18 Doc. 9284 DGR IATA Doc. 9481

13
Bases da regulamentação brasileira para
artigos perigosos
RBAC 175 Emenda Nº 00 – Transporte de artigos perigosos em aeronaves civis
IS 175-000 Processo de certificação para o IS 175-003 Instruções para Conhecimento de Transporte eletrônico
transporte de artigos perigosos - CT-e e Manifesto de Documentos Fiscais eletrônico –
MDF-e

IS 175-001 Orientações para o transporte de IS 175-004 Procedimentos de substâncias biológicas e infectantes


artigos perigosos em aeronaves civis
IS 175-002 Treinamento de artigos perigosos IS 175-005 Notificação de Ocorrências com Artigos Perigosos
para pessoal envolvido com (NOAP) e Notificação de Condições Latentes com
processos relacionados ao Artigos Perigosos (NOCLAP)
transporte de passageiros, de carga
aérea e de artigos perigosos por
aeronaves civis

14
Bases da regulamentação brasileira para
artigos perigosos
RBAC 175 Emenda Nº 00 – Transporte de artigos perigosos em aeronaves civis
IS 175-006 Manual de artigos perigosos – MAP IS 175-010 Resposta em emergência
IS 175-007 Programa de treinamento de artigos IS 175-011 Declaração do expedidor
perigosos
IS 175-008 Orientações para aprovação e isenção IS 175-012 Aprovação de projeto de embalagem
IS 175-009 Relatórios IS 175-013 Certificação de instrutor

15
3 - NOÇÕES BÁSICAS DAS MEDIDAS DE
SEGURANÇA RELATIVAS AO PASSAGEIRO E
À BAGAGEM

16
Segurança

Artigos perigosos podem ser transportados


seguramente pelo ar, desde que certos princípios
sejam respeitados.

Estes princípios e procedimentos são descritos


nos regulamentos.

17
Características operacionais do transporte
(de bagagens e pessoas) por aeronaves
Aeronave de passageiros x aeronave de carga

Carga despachada pelo setor de


• Aeronave cargueira é aquela que só cargas.
transporta carga.
Bagagem de mão é aquela que vai
junto com o passageiro na cabine.
• Aeronave de passageiros pode
transportar somente passageiros ou
passageiros e carga. Bagagem despachada é aquela
que é despachada pelo passageiro
no momento do check-in.

18
Transporte de artigos perigosos
Artigos perigosos podem ser transportados em aeronaves desde que certos princípios sejam
seguidos. Estes princípios e procedimentos obrigatórios incluem:

• Treinar, obrigatoriamente, todos os empregados relevantes, considerando-se as funções


desempenhadas;

• Declarar corretamente os artigos perigosos;

• Avisar ao piloto em comando sobre o tipo de artigo perigoso e a localização a bordo da aeronave; e

• Certificar que todos os empregados envolvidos na operação verificaram se há possíveis artigos com
riscos ocultos.

19
Medidas de segurança relativas ao
passageiro armado
• Realizar o embarque do passageiro armado seguindo os requisitos e procedimentos
estabelecidos em normatização específica sobre a matéria.

20
4 - MOTIVAÇÕES PARA UM ATO DE
INTERFERÊNCIA ILÍCITA –
TERRORISMO

21
Definição de atos de interferência ilícita
Ato ou atentado que coloca em risco a segurança da aviação civil e o transporte aéreo,
a saber:

• Apoderamento ilícito de aeronave em voo;

• Apoderamento ilícito de aeronave no solo;

• Manutenção de refém a bordo de aeronaves ou nos aeródromos;

• Invasão de aeronave, de aeroporto ou das dependências de instalação aeronáutica;

22
Definição de atos de interferência ilícita
Ato ou atentado que coloca em risco a segurança da aviação civil e o transporte aéreo,
a saber:

• Introdução de arma, artefato ou material criminoso, com intenções criminosas, a bordo de


aeronave ou em um aeroporto;

• Comunicação de informação falsa que coloque em risco a segurança de aeronave em voo


ou no solo, dos passageiros, tripulação, pessoal de terra ou público em geral, no aeroporto
ou nas dependências de instalação de navegação aérea; e

• Ataque a aeronaves utilizando Sistema Antiaéreo Portátil.

23
Introdução à segurança da aviação civil
contra atos de interferência ilícita
No Brasil, a Lei nº 13.260, de 16 março de 2016, define que:

“O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo,
por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos
com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a
paz pública ou a incolumidade pública.”

24
5 - NÍVEIS DE AMEAÇA

25
Níveis de ameaça
Processo de avaliação de risco

Os níveis de ameaça são estabelecidos em âmbito


específico pela ANAC, para o território nacional (que
inclui as águas jurisdicionais brasileiras).

26
Níveis de ameaça - Polícia Federal Brasileira
ANAC - Resolução nº 167, Capítulo III Da Avaliação do Risco à AVSEC

I. A existência na região de grupos organizados capazes de realizar atos de interferência


ilícita contra a aviação civil;
II. O registro de ocorrência de atos de interferência ilícita ou manifestações públicas nas
dependências ou nas imediações do aeródromo;
III. O volume de tráfego total no aeródromo;
IV. A existência de empresa aérea com ligação a localidades potencialmente sujeitas a atos
de interferência ilícita;
V. A realização frequente de eventos de grande repercussão nacional ou internacional na
região atendida pelo aeródromo; e
VI. A presença frequente de dignitários ou de pessoas que sejam potencialmente sujeitos a
ataques individuais.

27
6 - EQUIPAMENTOS DE
INSPEÇÃO DISPONÍVEIS NAS
OPERAÇÕES MODEC

28
Equipamentos do canal de inspeção
Dos equipamentos de segurança considerados pela AVSEC, a MODEC utiliza:

• DMM – Equipamento Detector Manual de Metais;

• Equipamentos de raio-x convencional;

Atenção!
Os equipamentos são fornecidos pela MODEC e devem ser utilizados nas inspeções de
bagagens e pessoas. Caso a unidade não tenha o equipamento de raio-x disponível, o
DMM deverá ser utilizado para inspeção de bagagens.

29
Detector manual de metais (DMM)
Interruptor de alimentação de 3 vias
(audível-desligado-silencioso)
Tampa da
bateria
LEDs de alerta

Alça de
segurança

Ajuste interno de Botão de


sensibilidade eliminação de Conector para Bobina de detecção
(sob o grip) interferência fone de ouvido (superfícies superior e inferior)
/ carregador

30
Detector manual de metais (DMM)
Instruções de operação

1. Ligue o detector configurando o botão liga/desliga para a posição ON para frente ou para trás;
2. A luz de alerta acenderá e um alerta sonoro ou uma breve vibração indicará que o equipamento foi
ligado;
3. A luz verde de alerta permanecerá acesa até que o equipamento seja desligado;
4. Quando o super scanner estiver operando, ele irá detectar metal apenas quando estiver em
movimento;
5. Mova o equipamento a aproximadamente uma polegada da pessoa (objeto) a ser inspecionada;
6. O equipamento emitirá um som ou vibração e a luz vermelha de alerta acenderá sempre que um
metal for detectado;

31
Detector manual de metais (DMM)
• A operação do equipamento é completamente automática, nenhuma ação é necessária;

• Todos os metais condutores podem ser identificados, incluindo ferrosos, não-ferrosos e aço
inoxidável;

• Modo de operação audível – pressione o botão liga/desliga para frente e um sinal de alerta claro
será emitido, através do auto falante do equipamento ou por meio de um fone de ouvido, sempre
que o super scanner detectar metal;

• Modo de operação silenciosa – pressione o botão liga/desliga para trás e alça do detector vibrará
sempre que for detectado metal, sem emitir nenhum som; e

• A luz vermelha de alerta será ativada sempre que for detectado metal.

32
Equipamentos de raio-x:
recursos e modo de exibição de imagem

NUCTECH
CX6040BI

33
Abordagem prática
Grupo Número atômico efetivo Materiais puros e compostos

Elementos mais leves, como


hidrogênio, carbono,
nitrogênio, oxigênio e os
compostos moleculares
1 destes, e os materiais
Abaixo de 11
LARANJA orgânicos, como muitos
explosivos (exemplo:
nitroglicerina), plásticos
como acrílico, papel, tecidos,
alimentos, madeira e água.

34
Abordagem prática
Grupo Número atômico efetivo Materiais puros e compostos

Elementos médios e
2 pesados, como alumínio,
Entre 11 e 18
VERDE cloro, sal de cozinha, vidro e
ligas compostas.

35
Abordagem prática
Grupo Número atômico efetivo Materiais puros e compostos

Elementos mais pesados,


3 metais como titânio, cromo,
Acima de 18 ferro, níquel, cobre, zinco,
AZUL latão, chumbo, ouro, prata
etc.

36
Procedimento MODEC para
utilização do equipamento de raio-x
Procedimentos Básicos CX6040BI

• Girar a chave para direita e apertar o botão prateado. • Tratamento de imagem:


Aguardar cerca de 1 minuto para inicialização.
Tecla Ação
• Aparecerá a imagem e o Raio-x será emitido! Por favor, GEN Realce
esvazie o túnel para continuar. Apertar a tecla F1.
MS Destaca Orgânico
• Apertar a tecla para escanear para direita. Quando o OS Destaca Metal
objeto passar apertar a tecla STOP. Pronto, a imagem F2 Negrito (Fundo)
aparecerá nos monitores!

37
Procedimento MODEC para
utilização do equipamento de raio-x
Procedimentos Básicos CX6040BI
• Durante o processo de instalação houve treinamento com alguns empregados e esses
devem ser os replicadores offshore.

• Arquivos de suporte, como passo-a-passo e manual de operações,


foram disponibilizados no Share Point do projeto:
https://modec.sharepoint.com/teams/MdBFleet/SitePages/NORMAM-27.aspx

• Caso alguma unidade tenha dificuldades na utilização da máquina do raio-x, o ponto


focal de treinamento da sua unidade deve ser avisado para providenciar auxílio.

38
7 - OUTROS EQUIPAMENTOS DE
INSPEÇÃO

39
Equipamentos do canal de inspeção
São considerados equipamentos de segurança AVSEC:

• DMM – Equipamento Detector Manual de Metais;


• Pórtico detector de metais;
• Escâner corporal;
• Equipamentos de raio-x convencional;
• Equipamentos de detecção automática de explosivos;
• Equipamento detector de traços explosivos; e
• Biometria.

40
8 - PROCEDIMENTOS MODEC

41
Notificação de ocorrências, discrepâncias,
incidentes e acidentes com artigos perigosos
(RBAC nº 175)
• A Notificação de Ocorrências com Artigos Perigosos (NOAP) deverá
ser enviada para o e-mail artigo.perigoso@anac.gov.br.

• A notificação será feita pela operadora aérea.

• No caso de envolver material radioativo, a NOAP deverá ser


encaminhada para a CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear.

• A IS 175-005 traz, no apêndice A, um modelo de NOAP ou NOCLAP.

43
Inspeção e revista de passageiros
O principal objetivo da inspeção de segurança realizada pela aviação civil em passageiros e suas
bagagens é identificar e inspecionar as pessoas que irão adentrar as áreas restritas da unidade
marítima.

A busca pessoal deve ser realizada com o propósito de identificar qualquer item de natureza suspeita
em passageiros sobre os quais, após os procedimentos de inspeção de segurança, permaneça a
suspeição.

44
Inspeção e revista de passageiros
A pessoa treinada para a inspeção deve conduzir a inspeção manual de bagagem e a busca pessoal
com consentimento do passageiro e observância dos seguintes procedimentos:

I - A pessoa treinada deve realizar a inspeção manual de bagagem após o passageiro apresentar
voluntariamente seus objetos e sua bagagem de mão; e

II - No caso de busca pessoal, a pessoa treinada de mesmo sexo deve inspecionar o passageiro em
local reservado, com discrição e na presença de testemunha.

45
Como realizar a inspeção
Inspeção com detector manual de metais (DMM)

• Trato com o público;


• Observar comportamentos suspeitos;
• Observar o solado do sapato;
• Usar o tapete de borracha;
• Inspecionar com a raquete;
• Zelar pela conservação dos equipamentos.

46
Procedimentos para inspeção com
detector manual de metais

a) A pessoa treinada deve realizar a inspeção em cima de tapete de borracha localizado em área
específica para tal;

b) A pessoa treinada, ao utilizar detector manual de metais, deve mantê-lo a uma distância de 2,5cm
do usuário durante toda a inspeção; e

c) A pessoa treinada deve realizar a inspeção de forma sistemática, na parte frontal e posterior da
pessoa.

47
Procedimentos para inspeção com
detector manual de metais
Inspeção na parte posterior

a) Solicitar que a pessoa posicione-se de costas com os braços abertos e erguidos, com os membros
superiores elevados a 90°;
b) Iniciar pelo punho direito do usuário, passando pelo dorso em direção ao punho esquerdo, em
velocidade não muito rápida, nem muito lenta; e
c) Iniciar a inspeção no tórax (dorso) do usuário, em movimento de zigue-zague, em velocidade não muito
rápida, nem muito lenta, atingindo a região da cintura do mesmo.

49
Inspeção e revista de passageiros
A fila de passageiros deve ser organizada por meio do controle de fluxo. Os passageiros devem
aguardar a vez na posição demarcada e se direcionar para o local de inspeção, somente quando
houver uma pessoa treinada disponível para acompanhar a sua passagem;

II - os passageiros devem acondicionar, na bandeja de inspeção, todos os seus pertences, inclusive


telefones celulares, chaves, câmeras e porta moedas; e

III - o passageiro deve passar pelo procedimento de detecção de metais com as mãos livres;

50
Inspeção e revista de passageiros
Caso o alarme sonoro ou luminoso do detector de metais manual seja disparado, deverão ser
realizados os seguintes procedimentos:

a) Após a inspeção com detector manual de metais e localização do objeto metálico, o passageiro deve
passar o objeto identificado pelo equipamento de raios-X e passar novamente pelo detector de metais
manual; e

b) Em caso de novo disparo do alarme, o procedimento deve ser repetido, até que o detector de metais
manual não acuse mais a presença de objeto metálico.

51
9 - CUIDADOS NA INSPEÇÃO DE
PASSAGEIROS E DE SUA
BAGAGEM DE MÃO

52
Observação de comportamentos suspeitos
Habilidades interpessoais

• Esclareça as mensagens;
• Deixe que as pessoas terminem suas perguntas;
• Seja compreensivo, coloque-se na condição do passageiro e não seja crítico;
• Fique com as mãos abertas e à sua frente;
• Permita desabafo verbal, deixe que a pessoa fale e solte a pressão;
• Ignore perguntas desafiantes – se sua posição, título, autoridade ou treinamento forem
questionados, retorne ao assunto em pauta; e
• Mantenha uma postura não ameaçadora.

53
54
Observação de comportamentos suspeitos
Habilidades interpessoais

• Movimento suspeito de uma pessoa ao passar ou que vem em sentido contrário; e


• Um passageiro faz tentativas óbvias de provocação.

Como acalmar um conflito?

• Mantenha-se sempre verbalmente calmo e organizado. Use tom de conversa;


• Comunique-se de adulto para adulto. Não fale de modo paternalista com as pessoas;
• Não abuse de sua autoridade. Peça, não mande; e
• Informe aos passageiros que o seu propósito é de inspecionar e evite culpar, encontrar defeitos e
criticar.

55
Observação de comportamentos suspeitos
Passageiros com necessidades especiais

O passageiro com necessidades especiais deve ter prioridade e ser submetido aos procedimentos de
inspeção na medida em que sua incapacidade permitir, observando-se os seguintes procedimentos:

1. Os equipamentos utilizados no auxílio de passageiros com necessidades especiais deverão ser


inspecionados com os equipamentos disponíveis na unidade marítima, preferencialmente por
equipamentos de raio-x; e

2. Caso haja um acompanhante, este deve ser inspecionado primeiro e, após concluído o
procedimento de inspeção, a pessoa treinada para a inspeção poderá solicitar seu auxílio para
realizar a inspeção no passageiro com necessidades especiais.

56
Observação de comportamentos suspeitos
Passageiros que não podem ser submetidos aos equipamentos de segurança

O passageiro que, por motivo justificado, não puder ser submetido aos equipamentos de
segurança, a exemplo de passageiro com material implantado, poderá solicitar a busca
pessoal, devendo chegar ao canal de inspeção com a devida antecedência.

Se for necessária a revista pessoal ou da mala, esta deve ser feita de maneira privativa e
menos invasiva possível para não causar qualquer constrangimento. Além disso, esse tipo de
revista é sempre feita em biombo ou local reservado, preservando sempre a integridade da
pessoa revistada.

57
Observação de comportamentos suspeitos
Passageiros não falantes de português

Em caso de passageiro que não fale português:

• Use outros passageiros que falem ambas as línguas; e


• Demonstre o procedimento de inspeção em outro passageiro.

58
Observação de comportamentos suspeitos
Passageiros idosos

Isto mais tem a ver com a descrição das habilidades físicas e mentais do que propriamente com a
idade. Algumas pessoas idosas têm dificuldade em se movimentar, ouvir, enxergar e compreender as
coisas. Em caso de passageiro idoso:

• Use uma abordagem paciente, direta e amigável;


• Fale devagar e diretamente com o idoso; e
• Com um sorriso simpático, explique de maneira clara os procedimentos e o que é necessário ser
feito.

59
Observação de comportamentos suspeitos
Fatores de risco - identificação de passageiros

• Passageiro parece extremamente nervoso e desorientado.

• Tem bagagem de mão única, mesmo que tenha viajado por grandes distâncias.

• Roupas inapropriadas.

60
Inspeção de passageiros e
de sua bagagem de mão
Conceito de inspeção de segurança da aviação civil

Aplicação de meios técnicos ou de outro tipo, com a finalidade de identificar e detectar armas,
explosivos ou outros artigos perigosos que possam ser utilizados para cometer ato de interferência
ilícita.

61
10 - DEFINIÇÃO DE ARTIGOS
PERIGOSOS

62
Artigos perigosos
Artigos perigosos são artigos ou substâncias que, quando transportados por via aérea,
podem constituir riscos à saúde, segurança, propriedade ou meio ambiente e que figure na
lista de artigos perigosos da IS 175-001 ANAC, do DOC.9284-AN/905 ICAO ou DGR IATA ou
são classificados como artigos perigosos segundo os regulamentos.

63
11 - LIMITAÇÕES RELACIONADAS
A ARTIGOS PERIGOSOS

64
Artigos perigosos ocultos
• Equipamentos eletrônicos;

• Caixa de ferramentas;

• Material de limpeza;

• Equipamento de mergulho;

• Produtos químicos;

• Amostras;

• Equipamentos de medição que contenham mercúrio.

65
12 - NOÇÕES PARA CLASSIFICAR
ARTIGOS PERIGOSOS

66
Artigos perigosos são divididos em 9 classes,
refletindo o tipo de risco envolvido
• Classes 1, 2, 4, 5 e 6 são subdivididas em virtude das variações de riscos dentro dessas classes;

• As classes são apresentadas através de números de 1 dígito. Por exemplo, classe 7;

• As subdivisões são apresentadas através de números de 2 dígitos. Por exemplo, divisão 2.2.

67
Divisão 2.1 - Gás inflamável

Equipamentos de Camping Butano

68
Divisão 2.2 - Gás não inflamável e não tóxico

Hélio Nitrogênio comprimido

69
Classe 3 - Líquidos inflamáveis
• Gasolina;

• Tintas; e

• Solventes.

70
Divisão 4.1 - Sólido inflamável

71
Divisão 4.2 - Espontaneamente combustível

Carbono Fósforo Branco e Amarelo

72
Divisão 4.3 - Perigoso quando em contato
com a água

Carbureto, Carbeto de Potássio, Metal Alcalino


Cálcio. (Querosene).

73
Classe 6 - Substâncias tóxicas e substâncias
infectantes

74
Divisão 6.2 - Substância infectante

75
Classe 7 - Material radioativo

76
Classe 9 - Miscelâneas

77
Classe 9 - Miscelâneas

78
Etiquetas de manuseio

Somente em aeronave cargueira Líquidos criogênicos

79
13 - ITENS PROIBIDOS SEGUNDO AS
NORMAS DE ARTIGOS PERIGOSOS
E ATOS DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA

80
Artigos Perigosos Proibidos
Alguns podem ser isentados com autorização governamental

• Fósforo “Strike Anywhere”;

• Gás Butano;

• Algodão Molhado.

81
14 - OBJETOS E SUBSTÂNCIAS QUE
PODEM SER USADOS EM UM ATO
DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA

82
83
Mapa de resposta a emergências com artigos
perigosos (solo)
Divisão, classe
e grupo de Classe do artigo Ação imediata
compatibilidade Descrição do risco
perigoso
de risco
Explosivos
Fogo e pequeno risco de Notifique a brigada de
1.3C (aceitáveis
explosão e pequeno risco incêndio da unidade e a
1.3G somente em
de projeção equipe de segurança.
cargueiro)

84
Mapa de resposta a emergências com artigos
perigosos (solo)
1.4B
Explosivos Fogo,
1.4C
(aceitáveis mas nenhum
1.4D outro perigo Notifique a brigada
somente em
1.4E significante de incêndio da unidade e
cargueiro) a equipe de segurança.
1.4G
Explosivos Pequeno risco de
1.4S
(seguros) incêndio

85
Mapa de resposta a emergências com artigos
perigosos (solo)
2.1 Gás inflamável Ignição ao vazar
Notifique a brigada
Gás não Explosão do cilindro por
2.2 de incêndio da unidade e
inflamável alta pressão a equipe de segurança.
Líquido
2.2 Congelamento Evacuar o material –
Criogênico
ventilar a área
Gás tóxico
Explosão do cilindro por
(aceitável Mantenha-se afastado
2.3 alta pressão e intoxicação
somente em no mínimo 25m
por inalação
cargueiro)

86
Mapa de resposta a emergências com artigos
perigosos (solo)
3 Líquido inflamável Emite vapor inflamável
Combustível, contribui ao Notifique a brigada
4.1 Sólido inflamável de incêndio da unidade e
fogo
a equipe de segurança.
Combustão Ignição em contato com o
4.2
espontânea ar Não usar água em
Perigoso quando Ignição em contato com nenhuma hipótese.
4.3
molhado água

87
15 - INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS
DE OBJETOS POR MEIO DE
EQUIPAMENTOS DE INSPEÇÃO

88
Identificação de objetos pontiagudos,
cortantes e neutralizantes

89
Identificação de objetos pontiagudos,
cortantes e neutralizantes

90
Identificação de objetos pontiagudos,
cortantes e neutralizantes

91
Identificação de objetos pontiagudos,
cortantes e neutralizantes

92
Identificação de objetos pontiagudos,
cortantes e neutralizantes

93
Identificação de objetos pontiagudos,
cortantes e neutralizantes

94
Identificação de armas de fogo

95
Identificação de armas de fogo

96
Identificação de armas de fogo

97
Identificação de armas de fogo

98
Identificação de armas de fogo

99
Identificação de armas de fogo

100
Identificação de armas de fogo

101
Identificação de ferramentas de trabalho

102
Identificação de ferramentas de trabalho

103
Identificação de explosivos e dispositivos
explosivos improvisados

Cuidado!
Esse objeto (explosivo)
é proibido.

104
Identificação de explosivos e dispositivos
explosivos improvisados

105
Identificação de explosivos e dispositivos
explosivos improvisados

106
Identificação de dispositivos incendiários

107
Identificação de dispositivos incendiários

108
Identificação de dispositivos incendiários

109
Identificação de dispositivos incendiários

110
Identificação de dispositivos incendiários

111
Identificação de dispositivos incendiários

112
Identificação de substâncias químicas,
tóxicas e demais artigos perigosos

113
Identificação de substâncias químicas,
tóxicas e demais artigos perigosos

114
Identificação de substâncias químicas,
tóxicas e demais artigos perigosos

115
FIM

116

Você também pode gostar