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SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL

GRUPAMENTO AÉREO DE SEGURANÇA PÚBLICA


GRAESP

TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS


EM AERONAVES CIVIS

INSTRUTOR
Programa de Treinamento Operacional (PTO)
MAJ BM
ZILVANDRO
1. OBJETIVOS

1.1 Objetivo Geral


Este programa de treinamento em artigos perigosos tem como objetivo prover aos
integrantes do GRAESP-PA, o conhecimento e treinamento sobre artigos perigosos de acordo
com suas responsabilidades, obedecendo-se o estabelecido pela regulamentação vigente.

1.2 Objetivos Específicos

Esse programa de treinamento tem como uma de suas


finalidades instruir seus integrantes a reconhecer e aceitar o
embarque de artigos perigosos nas aeronaves desta UAP.
FILOSOFIA GERAL, CONCEITOS GERAIS PARA O TRANSPORTE SEGURO DE ARTIGOS
PERIGOSOS E PRODUTOS CONTROLADOS.

Este programa de treinamento em artigos perigosos tem como objetivo


de garantir que os integrantes do GRAESP-PA, incluindo aqueles que atuam em
seu nome, possuam conhecimento sobre artigos perigosos de acordo com suas
responsabilidades, obedecendo-se o estabelecido pela regulamentação vigente.
Esse programa de treinamento tem como uma de suas finalidades instruir seus
integrantes a reconhecer e aceitar o embarque de artigos perigosos nas
aeronaves desta UAP.
FILOSOFIA GERAL, CONCEITOS GERAIS PARA O TRANSPORTE
SEGURO DE ARTIGOS PERIGOSOS E PRODUTOS
CONTROLADOS.
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Em todo o mundo artigos perigosos são transportados regular e


rotineiramente por vários modais, sendo o meio em questão o transporte por
aeronaves. Para assegurar que essas mercadorias não ponham em risco
aeronaves e seus ocupantes, existem normas internacionais de acordo com as
disposições da Convenção de Chicago e da Organização da Aviação Civil
Internacional – OACI através do Anexo 18 à Convenção sobre Aviação Civil
Internacional - Transporte Seguro de Artigos Perigosos por Via Aérea, que
foram e/ou devem ser introduzidas nas legislações dos países signatários,
incluindo o Brasil que firmou a Convenção de Chicago (1944) em 1945 .
FILOSOFIA GERAL, CONCEITOS GERAIS PARA O
TRANSPORTE SEGURO DE ARTIGOS PERIGOSOS E
PRODUTOS CONTROLADOS.
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Esse sistema garante o domínio e o controle governamental


sobre o transporte aéreo de mercadorias perigosas, o que proporciona
uma harmonização dos padrões de segurança mundial.
No Brasil compete à ANAC expedir regras sobre segurança em
área aeroportuária e a bordo de aeronaves civis, porte e transporte de
cargas perigosas. O transporte aéreo de artigos perigosos pode ser
realizado com segurança desde que se obedeça aos requisitos dispostos
no RBAC nº 175, nas IS e no Doc 9284 da OACI. Esses regramentos se
destinam a viabilizar o transporte por via aérea ao impor um nível de
segurança tal que os artigos perigosos possam ser transportados sem
colocar a aeronave ou seus ocupantes em risco.
FILOSOFIA GERAL, CONCEITOS GERAIS PARA O
TRANSPORTE SEGURO DE ARTIGOS PERIGOSOS E
PRODUTOS CONTROLADOS.
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O Regulamento Brasileiro de Aviação Civil 175 – RBAC 175 e suas


Instruções Complementares - IS estabelecem os requisitos aplicáveis ao
transporte aéreo doméstico e internacional de artigos perigosos em
aeronaves civis registradas ou não no Brasil e a qualquer pessoa que
executa, que intenciona executar ou que é requisitada a executar quaisquer
funções ou atividades relacionadas ao transporte aéreo de artigos perigosos,
incluindo:
FILOSOFIA GERAL, CONCEITOS GERAIS PARA O TRANSPORTE SEGURO
DE ARTIGOS PERIGOSOS E PRODUTOS CONTROLADOS.
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O transporte de artigos perigosos em aeronaves civis brasileiras


ou estrangeiras com origem, destino, trânsito e sobrevoo em território
brasileiro, bem como a embalagem, a identificação, o carregamento e o
armazenamento desses artigos, ficam condicionados aos cuidados e
restrições previstos neste RBAC 175 e nas Instruções Técnicas para o
Transporte Seguro de Artigos Perigosos pelo Modal Aéreo - DOC. 9284-
AN/905 da OACI, no Regulamento sobre Artigos Perigosos da IATA –
Dangerous Goods Regulations, DGR – IATA ou regulamento
equivalente vigente, reconhecido e utilizado nacional e
internacionalmente para embarque de artigos perigosos pelo modal
aéreo.
REGRAMENTOS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE DE ARTIGOS PERIGOSOS

Internacionalmente:

Organização Internacional de Aviação Civil - OACI Anexo 18 e DOC 9284/AN 905 -


Instruções Técnicas para o Transporte Seguro de Artigos Perigosos por Via Aérea.

International Air Transport Association. Dangerous Goods Regulations . Regulamento sobre


Artigos Perigosos da IATA – Dangerous Goods Regulations, DGR – IATA).
REGRAMENTOS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE DE ARTIGOS PERIGOSOS

As publicações regulamentares da OACI e da IATA estão disponíveis


apenas em línguas estrangeiras como inglês, espanhol, francês e russo.
REGRAMENTOS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE DE ARTIGOS PERIGOSOS

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No Brasil temos o RBAC 175 e suas IS e a Comissão Nacional de


Energia Nuclear dispondo sobre o transporte de materiais perigosos em
consonância com a legislação internacional, Instruções Técnicas para o
Transporte Seguro de Artigos Perigosos pelo Modal Aéreo - DOC. 9284-
AN/905 da OACI e o Regulamento sobre Artigos Perigosos da IATA –
Dangerous Goods Regulations, DGR – IATA.
REGRAMENTOS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE DE ARTIGOS PERIGOSOS

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RBAC 175 e suas IS-175

NE 5 – Transporte de Material Radioativo


REGRAMENTOS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE DE ARTIGOS PERIGOSOS

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REGULAMENTO BRASILEIRO DA AVIAÇÃO CIVIL RBAC nº 90 EMENDA nº 00

REQUISITOS PARA OPERAÇÕES ESPECIAIS DE AVIAÇÃO PÚBLICA

Aprovação: Resolução nº 512, de 12 de abril de 2019. [Emenda nº 00]


- SUBPARTE S – ARTIGOS PERIGOSOS E PRODUTOS CONTROLADOS EMBARCADOS

- 90.281 Requisitos gerais para transporte de artigos perigosos ou produtos


controlados
90.283 Condições excepcionais para transporte de artigos perigosos específicos pela
UAP
90.285 Treinamento em artigos perigosos
90.287 Ocorrências aeronáuticas e emergências envolvendo o transporte de artigos
perigosos
-
SUBPARTE BB – OPERAÇÃO DE HELICÓPTERO COM CARGA EXTERNA, 90.383
Condições suplementares para transporte de artigos perigosos como carga externa
DEFINIÇÃO DE ARTIGOS PERIGOSOS
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Definição 1

Artigo perigoso significa artigo ou substância que, quando transportada


por via aérea, pode constituir risco à saúde, à segurança, à propriedade ou ao
meio ambiente e que figure na Lista de Artigos Perigosos – TABELA 3-1 do
DOC. 9284-AN/905 – ou esteja classificada conforme o DOC. 9284-AN/9

(RBAC 175 – EMENDA 02/2019, 175.3 Termos e definições).


DEFINIÇÃO DE ARTIGOS PERIGOSOS

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Definição 2

Artigos perigosos: objetos ou substâncias capazes de representar risco à


saúde, à segurança operacional, aos bens ou ao meio ambiente e que estejam
presentes na lista de artigos perigosos estabelecida no RBAC nº 175 ou que
sejam classificados de acordo com o RBAC nº 175;

(RBAC nº 090, SUBPARTE A GERAL, 90.3 Definições e siglas, (a),(4)).


CLASSIFICAÇÕES DOS ARTIGOS PERIGOSOS

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Os Artigos Perigosos estão classificados de acordo com a parte 2, cap.1 ao


10 do Doc 9284 – ICAO e seção 3 DGR – IATA, bem como na Subparte C -
CLASSIFICAÇÃO DE ARTIGOS PERIGOSOS do RBAC 175.
IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS

◻ A identificação de produtos perigosos para o transporte


rodoviário é realizada por meio da simbologia de risco,
composta por um painel de segurança, de cor alaranjada, e
um rótulo de risco. Estas informações obedecem aos
padrões técnicos definidos na legislação do transporte de
produtos perigosos. As informações inseridas no painel de
segurança e no rótulo de risco, conforme determina a
legislação, abrangem o Número de Risco e o Número da
ONU, no Painel de Segurança, e o Símbolo de Risco e a
Classe/Subclasse de Risco no Rótulo de Risco.
Painel de Segurança
e Comunicação de Riscos

• Cor alaranjada
•Tamanho mínimo: 140 mm x 350mm

336 Número de Risco

Número da ONU
1203
Significado do Número de Risco
Significado do 1º número:

1° Número Significado

2 Gás
3 Líquido inflamável
4 Sólido inflamável
5 Substâncias oxidantes ou
Peróxido orgânico
6 Substância tóxica
7 Substância radioativa
8 Substância corrosiva
Significado do Número de Risco
Significado do 2º e/ou 3º Números:
2°ou 3° Significado
Números
0 Ausência de risco subsidiário
1 Explosivo
2 Emana gás
3 Inflamável
4 Fundido
5 Oxidante
6 Tóxico
7 Radioativo
8 Corrosivo
9 Perigo de reação violenta resultante da
decomposição espontânea ou de
polimerização
Significado do Número de Risco

◻ A letra X antes dos algarismos significa que a


substância reage perigosamente com água;

◻ A repetição do mesmo número indica aumento da


intensidade daquele risco.
Significado do Número de Risco

Líquido Muito Inflamável Tóxico

336

1203
Significado do Número de Risco
Exemplos:

Produto Muito Corrosivo

88

1775
Significado do Número de Risco
Exemplos:

Sólido Inflamável que reage perigosamente com água


desprendendo gases inflamáveis

X 423

2257
Significado do Número da Organização das Nações Unidas
(ONU)

◻ O número da ONU representa um produto


perigoso específico.

◻ O número ONU tem o mesmo significado para


todos os Países membros.
Significado do Número de Risco
Exemplos:

336

1203

O número 1203 representa a Gasolina


CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
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Os produtos perigosos são classificados pela Organização das


Nações Unidas (ONU) em nove classes de riscos e respectivas
subclasses
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
27
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
28
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
29

CLASSE 1
EXPLOSIVOS
O explosivo é uma substância que é submetida a uma transformação
química extremamente rápida, produzindo simultaneamente grandes
quantidades de gases e calor. Os gases liberados expandem-se a altíssima
velocidade e temperatura, gerando um aumento de pressão e provocando
o deslocamento do ar. Esse deslocamento de ar é suficientemente elevado
para provocar danos às pessoas (ruptura de tímpano, por exemplo) e
edificações (colapso parcial ou total).
Os explosivos podem existir nos estados sólido ou líquido e podem
envolver uma mistura de substâncias. Os explosivos líquidos são
extremamente sensíveis ao calor, choque e fricção, como, por exemplo,
azida de chumbo, fulminato de mercúrio e nitroglicerina. Essa última, por
questões de segurança, deve ser transportada na forma de gelatina ou
dinamite. A pólvora é um exemplo de uma mistura explosiva, já que é
composta de enxofre, carvão em pó e nitrato de sódio (salitre).
ETIQUETAGEM
CLASSE 1 - EXPLOSIVOS
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Identificação do artigo perigoso na embalagem:


CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
CLASSE 1 EXPLOSIVOS
31

✔ Divisão 1.1 – São artigos e substâncias que possuem risco de explosão


de massa, isto é, uma explosão instantânea de toda a carga.
Exemplo: TNT, fulminato de mercúrio. Estas substâncias geram fortes explosões, conhecidas por detonação.

✔ Divisão 1.2 – São artigos e substâncias que possuem risco de projeção,


mas não uma explosão de massa.
Exemplo: Granadas. Estas substâncias geram pequenas explosões, conhecidas por deflagração.

✔ Divisão 1.3 – Artigos e substâncias que possuem um risco de fogo, um


risco pequeno de explosão ou um risco pequeno de projeção, mas não
um risco de explosão em massa.
Exemplo: artigos pirotécnicos.
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
CLASSE 1 EXPLOSIVOS
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✔ Divisão 1.4 – Artigos ou substâncias que não apresentam risco significante.


Exemplo: dispositivos iniciadores.

✔ Divisão 1.5 – Substâncias muito pouco sensíveis que possuem um risco de


explosão de massa.

Exemplo: Explosivos de demolição.

✔ Divisão 1.6 – Artigos muito pouco sensíveis que não possuem um risco de
explosão de massa.

✔ (RBAC 175 – EMD 002, Subparte E 175.47 (1)).


CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
CLASSE 1 - EXPLOSIVOS
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Exemplo:
CLASSIFICÇÃO DE ARTIGOS PERIGOSOS

CLASSE 2 - GASES

Esta classe de risco é uma das mais envolvidas nas emergências, já que o volume
movimentado é muito grande, pois tais produtos são utilizados na indústria, comércio e residências. Gás
é um dos estados físicos da matéria. Nesse estado, os materiais apresentam a capacidade de moverem-
se livremente, ou seja, expandem-se indefinidamente no ambiente. Outra característica dos gases é que
são influenciados pela pressão e temperatura. A maioria dos gases pode ser liquefeita com o aumento
da pressão e/ou diminuição da temperatura.
Os gases tóxicos representam um risco direto à saúde. O risco dos artigos perigosos da classe 2
é o rompimento do corpo ou da válvula do cilindro podendo causar uma explosão, incêndio, asfixia ou
congelamento.
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
CLASSE 2 - GASES

✔ Divisão 2.1 – Gases Inflamáveis


Exemplo: GLP, butano, propano.

✔ Divisão 2.2 – Gases não inflamáveis e não tóxicos.

Exemplo: oxigênio líquido refrigerado ou comprimido, nitrogênio líquido


refrigerado ou comprimido

✔ Divisão 2.3 – Gases Tóxicos

Exemplo: cloro, amônia, sulfeto de hidrogênio.


CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
CLASSE 2 - GASES

Os gases podem ser agrupados em


quatro categorias:
Comprimidos;
Liquefeitos;
Dissolvidos;
Criogênicos.
As quatro categorias acima são bem
diferentes entre si e necessitam de
ações distintas nas emergências.
ETIQUETAGEM
Classe 3 – LIQUIDOS INFLAMÁVEIS
Líquido inflamável são líquidos, mistura de líquidos ou líquidos contendo
sólidos em solução ou em suspensão, que produzem vapores inflamáveis a
temperaturas de até 60,5 oC num teste padrão em vaso fechado. Portanto,
a maioria desses materiais pode queimar facilmente na temperatura
ambiente. O conceito de líquido inflamável refere-se aos produtos que
podem gerar uma reação de combustão. Combustão é reação química entre
dois agentes, o comburente, normalmente oxigênio, e o combustível, em
proporções adequadas, provocada por um terceiro agente, a fonte de
ignição. Caracteriza-se por alta velocidade de reação e pelo grande
desprendimento de luz e calor. Os três agentes formam o conhecido
triângulo do fogo, constituindo-se em elementos essenciais ao fogo.
Identificação na embalagem:

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ETIQUETAGEM
Classe 2 - GASES

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Identificação do artigo perigoso na embalagem:


- Os Gases inflamáveis são identificados pelo losango vermelho.
- Os Gases não inflamáveis, não tóxicos serão identificados pelo losango verde.
- Os Gases tóxicos representados pelo losango com fundo branco contendo uma
caveira.
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
Classe 3 – LIQUIDOS INFLAMÁVEIS
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Não existe divisão na classe 3 que refere-se a líquidos inflamáveis.


Exemplos:
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS

Classe 4 – SÓLIDOS INFLAMÁVEIS, SUBSTÂNCIAS PASSÍVEIS DE COMBUSTÃO


ESPONTÂNEA, SUBSTÂNCIAS QUE EM CONTATO COM A ÁGUA EMITEM GASES
INFLAMÁVEIS.

Os artigos perigosos desta classe são sensíveis ao calor e fricção, e


apresentam riscos de ignição, combustão espontânea, incêndio e emissão de
gases inflamáveis.
Os produtos dessa classe apresentam a propriedade de se inflamarem
com facilidade na presença de uma fonte de ignição, até mesmo em contato com
o ar ou com a água. Os produtos dessa classe de risco são, em sua grande
maioria sólidos, portanto apresentam baixa mobilidade no meio quando da
ocorrência de vazamentos.
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS

Divisão 4.1 – Sólidos inflamáveis, substâncias de reação espontânea, substâncias polimerizantes, explosivos
sólidos insensibilizados.
Os produtos desta subclasse podem se inflamar quando expostos a chamas, calor, choque e atritos. Todos os
cuidados relativos aos líquidos inflamáveis se aplicam para os sólidos inflamáveis. Como exemplos destes
produtos podemse citar o nitrato de uréia e o enxofre.
Divisão 4.2 – Substâncias passíveis de combustão espontânea.
O fósforo branco ou amarelo, sulfeto de sódio, carvão e algodão são exemplos de produtos que ignizam
espontaneamente, quando em contato com o ar.
Divisão 4.3 – Substâncias que em contato com a água emitem gases inflamáveis.
As substâncias pertencentes a esta classe por interação com a água podem tornar-se espontaneamente
inflamáveis ou produzir gases inflamáveis em quantidades perigosas. O sódio metálico, por exemplo, reage de
maneira vigorosa quando em contato como a água, liberando o gás hidrogênio que é altamente inflamável.
Outro exemplo é o carbureto de cálcio, que por interação com a água libera acetileno.
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
Classe 4 – Sólidos inflamáveis, substâncias passíveis de
combustão espontânea, substâncias que em contato com a água
emitem gases inflamáveis.

Exemplos:
ETIQUETAGEM
Classe 4 - Sólidos inflamáveis, substâncias passíveis
de combustão espontânea, substâncias que em
contato com a água emitem gases inflamáveis.

Identificação na embalagem:

43
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS

Classe 5 – Substâncias comburentes e


peróxidos
Esta classe reúne produto que, em sua maioria, não são combustíveis, mas que
podem liberar oxigênio, aumentando ou sustentando a combustão de outros
materiais. Devido à facilidade de liberarem oxigênio, estas substâncias são
instáveis e reagem quimicamente com uma grande variedade de produtos,
podendo gerar incêndios, mesmo sem a presença de uma fonte de ignição.
Esses materiais são incompatíveis em particular com os líquidos e sólidos
inflamáveis. Alguns produtos dessa classe reagem com materiais orgânicos,
portanto em caso de vazamentos não deverá ser utilizado terra ou serragem
para contenção, sendo a areia úmida mais recomendada para essa operação.
Nos casos de fogo, a água é o agente de extinção mais eficiente, uma vez que
retira o calor e a reatividade química dos produtos dessa classe.

Divisão 5.1 – Substâncias comburentes


Divisão 5.2 – Peróxidos orgânicos
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
Classe 5 – Substâncias comburentes e peróxidos

5.1 - Comburente é um dos ingredientes necessários à combustão,


reagem com os gases liberados pelo combustível, formando a chama.
São elementos fortemente oxidantes e sua quantidade regula a
intensidade da chama. Altas quantidades de comburente podem
gerar explosões. mais comum dos comburentes é o oxigênio, pois
intensifica a reação química. Mas há casos isolados de combustões em
que o comburente é o cloro, onde o bromo produz chama verde, e se
combinado com o cloro fica azulado; ou o enxofre que produz chama
amarela. O flúor também é um comburente e seu manuseio é muito
perigoso.
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
Classe 5 – Substâncias comburentes e peróxidos

5.2 - Os peróxidos orgânicos são termicamente instáveis e podem sofrer


decomposição exotérmica e auto-acelerável, criando o perigo de
explosão, também sensíveis a choque e atrito, podem reagir
perigosamente com outras substâncias. Podem causas lesões no sistema
respiratório e nos olhos.

Como exemplo, de peróxido orgânico, destacam-se o peróxido de butila e


peróxido de benzoila.
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
Classe 5 – Substâncias comburentes e peróxidos

5.1 Substâncias comburentes, 5.2 Peróxidos orgânicos

Exemplos:
ETIQUETAGEM
Classe 5: Substâncias comburentes e peróxidos

Identificação na embalagem:
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
Classe 6 – Substâncias tóxicas e infectantes

Essa subclasse contempla as substâncias capazes de provocar a morte ou sérios


danos à saúde humana, se ingeridas, inaladas ou por contato com a pele, mesmo
em pequenas quantidades. Portanto, são produtos de alta toxicidade e
representam um grande risco às equipes de resposta às emergências químicas,
independente do estado físico do produto ou mesmo da quantidade envolvida
num acidente.
Em razão da elevada toxicidade dos produtos dessa classe de risco, a
manipulação desses materiais, independentemente do tipo de
embalagem, não deve ser realizada sem a utilização de equipamentos de
proteção individual
6.1 - Substâncias tóxicas são capazes de provocar morte, lesões graves ou danos
à saúde humana, se ingeridas ou inaladas, ou se entrarem em contato com a
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pele.
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
Classe 6 – Substâncias tóxicas e infectantes

6.2 - Substâncias infectantes são aquelas que contêm ou possam conter


patógenos capazes de provocar doenças infecciosas em
seres humanos ou em animais.
São aquelas que contêm microorganismos ou suas toxinas. Podem provocar a morte de
pessoas ou afetar a saúde. Por exemplo o Lixo hospitalar: Normalmente são
transportadas de hospitais para laboratórios de pesquisa em embalagens apropriadas e
por pessoal altamente treinado. Embora não se tratem de produtos químicos, foram
incluídas na classe 6, em razão dos riscos que apresentam às pessoas, aos animais e ao
meio ambiente. Os produtos desta classe são controlados pelos Ministérios da Saúde e
da Agricultura, pois são largamente utilizados para fins medicamentosos e agrícolas.

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CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
Classe 6 – Substâncias tóxicas e infectantes

Exemplos:
ETIQUETAGEM
Classe 6: Substâncias tóxicas e infectantes

Identificação na embalagem:
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS

Classe 7
Material radioativo

Para a Física, radiação é a emissão de energia por meio de ondas.


Determinados elementos químicos, por possuírem núcleos instáveis (quando
não há equilíbrio entre as partículas que o formam), liberam raios do tipo
gama, capazes de penetrar profundamente na matéria. É o caso dos
combustíveis utilizados nas usinas nucleares, como o urânio e o plutônio.

Quando exposto a esse tipo de radiação, o corpo humano é afetado,


sofrendo alterações até mesmo no DNA das células bem como diversos tipos
de câncer.
Não apresenta subclasses.
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
Classe 6 – Substâncias tóxicas e infectantes

Exemplos:
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
Classe 7 – Material radioativo

A Identificação na embalagem será apresentada


conforme a classificação e o grau de radiação:
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS

Classe 8
Corrosivos
Corrosivo se refere a substância que tem o poder de causar danos
irreversíveis ou destruir outra substância por contato. Uma substância corrosiva
pode atacar uma ampla variedade de materiais, mas o termo geralmente é aplicado
a produtos químicos que podem causar queimaduras químicas em contato com
tecidos vivos.
Basicamente, existem dois principais grupos de materiais que
apresentam essas propriedades, e são conhecidos por ácidos e bases.
Algumas substâncias corrosivas liberam, mesmo na temperatura
ambiente, vapores irritantes e tóxicos. Outras reagem com a maioria dos
metais gerando hidrogênio que é um gás inflamável, acarretando assim um
risco adicional. Dada a possibilidade de causar queimaduras, as equipes de
resposta devem utilizar equipamentos de proteção individual compatíveis
com o produto envolvido.
Nessa classe não há subdivisões.
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
Classe 8 – Corrosivos

Identificação na embalagem:
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
Classe 8 – Corrosivos

Substâncias corrosivas podem ser sólidas, líquidas ou


gasosas, estas atacam outros materiais, como metais podem
produzir oxidação rápida da superfície. Daí o cuidado no manuseio
e transporte pois em caso de vazamento pode causar sérios danos
à saúde e danos à fuselagem das aeronaves.
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
Classe 8 – Corrosivos

Exemplo, ácidos em geral:


Ácido sulfúrico, ácido clorídrico, ácido nítrico;
Bases: hidróxido de sódio (soda cáustica),
hidróxido de potássio e mercúrio.
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS

Classe 9
Diversos
Substâncias e artigos da Classe 9 são aqueles que apresentam,
durante o transporte aéreo, um risco não abrangido por
nenhuma das outras classes.

Não possui divisão.


CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS

Identificação na
embalagem:
CLASSIFICAÇÕES DE ARTIGOS PERIGOSOS
Classe 9 – Diversos

Exemplos:
Motores, combustão interna; Dióxido de carbono, sólido (gelo seco);
Material magnetizado; Materiais alimentados por baterias de lítio.
GRAESP
Mensagem do Instrutor

Voar para proteger e salvar!

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