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PROFUNDIDADE MELÂNICA GERADA PELA FLUORESCÊNCIA DA LÂMPADA

DE WOOD

SEELIG, Adriana Pires Nader1


LOPES, Daiane Sagas2
PAULA, Vandressa Bueno de3

Resumo:

A importância em cuidar da pele está cada dia mais em evidência. Os danos


cumulativos dos efeitos da radiação ultravioleta começam a aparecer por volta dos
30 anos e podem se manifestar na forma de melasma. O melasma é considerado
uma hipermelanose adquirida e por apresentar impacto sobre a qualidade de vida
pode contribuir para o aumento do estresse psicólogo. Inúmeros são os métodos de
tratamentos desta patologia, entretanto, um diagnóstico preciso sobre a
profundidade do melasma pode contribuir a uma terapêutica ideal. O melasma pode
ser considerado conforme sua profundidade, caracterizado como epidérmico,
dérmico ou misto. Na área da dermatologia cosmética a Lâmpada de Wood pode ser
utilizada como método de diagnóstico nas desordens da pigmentação. A presente
pesquisa abordou a profundidade melânica gerada pela Lâmpada de Wood (LW)
como um diagnóstico de observação nos diversos fototipos segundo Fitzpatrick (I ao
VI), no qual a LW permitiu que os melasmas florescessem evidenciando o seu grau
de profundidade. Dentro deste contexto este estudo consistiu em uma análise
qualitativa do tipo exploratória. Os resultados obtidos foram satisfatórios, pois a
fluorescência da LW gerada pelo equipamento desenvolvido pela pesquisadora
Adriana está de acordo com os estudos e autores pesquisados e mencionados na
fundamentação teórica, podendo ser utilizado para diagnóstico e observação da
profundidade melânica da face.

Palavras-chaves: Melasma. Fluorescência. Lâmpada de Wood.

1
Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,
Unidade Ilha, Santa Catarina. E-mail: estetica_adri@hotmail.com
2
Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,
Unidade Ilha, Santa Catarina. E-mail: faustoedaiane@hotmail.com
3
Orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí –
UNIVALI, Unidade Ilha, Santa Catarina. E-mail: vbuenop@hotmail.com

Trabalho de Conclusão do Curso de Cosmetologia e Estética, da Universidade do Vale do Itajaí, no


segundo semestre de 2012.
1 INTRODUÇÃO

A alteração da cor da pele é uma preocupação constante entre os indivíduos


e os profissionais da área de cosmetologia e estética. A variação da cor da pele
depende da origem racial, estação do ano, sexo, hormônios, distúrbios endócrinos e
traumas.
Considerando as pessoas, individualmente, nota-se que elas não exibem a
mesma cor em todas as partes do corpo, sendo que a quantidade de melanina
produzida pelos melanócitos determina cor.
As discromias são patogenias caracterizadas por alteração da cor da pele,
devido a alterações na pigmentação cutânea causada de modo geral pela alteração
na produção, na transferência ou na perda de melanina da pele (ALCHORNE, 2011).
As discromias apresentam-se de forma localizada, difusa, regional ou circunscrita no
corpo.
A cor da pele resulta de vários fatores. Os de maior importância são: seu
conteúdo em melanina e caroteno, a quantidade de capilares na derme e a cor do
sangue nesses capilares. A melanina é um pigmento de cor marrom-escura,
produzido pelos melanócitos, que se encontram na junção da derme com a
epiderme ou entre os queratinócitos da camada basal da epiderme (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2004).
A palavra melasma se origina do grego, onde melas significa preto, no qual se
faz uma referência à sua apresentação clínica. Apresenta-se como hipermelanose
comum, adquirida, caracterizada por máculas acastanhadas, mais ou menos
escuras, de contornos irregulares e limites nítidos. Surge em áreas mais expostas ao
sol, especialmente na face e região cervical e, de forma menos comum, nos braços
e região esternal (RITTER, 2011).
Melasma é considerado uma hiperpigmentação adquirida pela pele que
acomete áreas fotoexpostas principalmente na face. Apresenta manchas simétricas
de tonalidade variável, de marrom-acinzentada. Dessa maneira acomete regiões
malares, lábio superior, mento e região frontal e, menos frequentemente em
membros superiores e colo (MONTEIRO, 2012).
A etiologia não é inteiramente conhecida, mas vários fatores estão envolvidos
na etiopatogenia, como exposição solar ou outras fontes de radiação ultravioleta,
uso de contraceptivos, influência genética, gravidez ou reposição hormonal. Com
relação aos fatores ambientais o de maior importância é a exposição aos raios
ultravioleta (MONTEIRO, 2012).
Pela histopatologia o melasma pode ser considerado em epidérmico quando o
depósito de melanina está localizado na epiderme e melasma dérmico quando o
pigmento se encontra na derme e principalmente no interior de melanófagos. Para
visualizar a profundidade do pigmento melânico a lâmpada de Wood é utilizada
emitindo a fluorescência (TAMLER et al, 2009).
A lâmpada de Wood (LW) foi inventada em 1903 por um físico chamado
Robert Wood. A Utilização relatada pela primeira vez desta lâmpada em
dermatologia ocorreu em 1925, sendo recomendada para a detecção de infecções
fungicida do cabelo (ASAWANONDA; TAYLOR, 1999).
Dentro da área médica a aplicação da LW, tem várias utilidades como: fazer a
distinção entre tecidos sãos e tecidos doentes, identificar culturas de bactérias,
identificar e localizar pigmentos, etc. No entanto, é no âmbito do diagnóstico
dermatológico que possui o maior número de aplicações (SORIANO; PÉREZ;
BAQUÉS, 2002).
O exame pela LW pode ser empregado para determinar a profundidade da
pigmentação melânica na pele. Ela nos permite uma visão instantânea das
anomalias da pele, inclusive de manchas que ainda não são vistas a olho nu. E
dependendo da profundidade destas manchas, será escolhido o tratamento mais
eficaz para cada caso. O exame deve ser realizado em local totalmente escuro, com
a LW a aproximadamente 15 cm da área a ser avaliada (SACRE, 2004).
Cumpre ressaltar que um diagnóstico preciso sobre a profundidade do
melasma possibilita uma abordagem terapêutica mais precisa contribuindo para o
sucesso do tratamento.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A cor da pele é devida a uma mistura dos pigmentos da pele, oxiemoglobina


(no sangue) e caroteno (na camada córnea e na gordura subcutânea). As doenças
pigmentares são comuns e particularmente constrangedoras para as pessoas de
pele mais escura. Os distúrbios da pigmentação afetam principalmente os
melanócitos, mas outras causas são mencionadas quando relevantes
(GAWKRODGER, 2002).
A epiderme, os cabelos e os pelos do homem são coloridos por pigmentos: as
melaninas. As melaninas são produzidas por células especializadas da camada
basal germinativa: os melanócitos, que repousam sobre a lâmina basal
(HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, 1999).
Para Junqueira e Carneiro (2004), os melanócitos são derivados da crista
neural embrionária; apresentam citoplasma globoso, de onde partem
prolongamentos que penetram em reentrâncias das células das camadas basal e
espinhosa, e transferem os grânulos de melanina para as células dessas camadas.
Os melanócitos dispõem de um corpo celular arredondado e ligeiramente
pigmentado do qual partem numerosos prolongamentos ramificados. Os
prolongamentos do corpo celular se dispersam pelo espaço, entre os queratinócitos,
e finalmente terminam sobre a superfície destes. Um melanócito e os queratinócitos,
com os quais estabelecem contato, denominam-se unidade melânica epidérmica
(GENESER; ALMEIDA, 2003).
Com relação à outra estrutura do melanócito observa-se que é uma típica
célula glandular com abundante retículo endoplasmático rugoso e numerosas zonas
de golgi. Aparecem na 11ª semana de vida fetal e depois do parto se mantém a
quantidade de melanócitos somente por mitose dos já existentes, apesar de o
número de melanócitos epidérmicos diminuir gradativamente com a idade
(GENESER; ALMEIDA, 2003).
O Número de melanócitos por milímetros quadrado varia nas diferentes
regiões da pele de um indivíduo dentro de uma faixa que vai de 800 a 2.300/mm².
Por exemplo, há um número muito menor de melanócitos no lado interno dos braços
e das coxas do que no rosto. A diferença na pigmentação da pele está relacionada
mais com a localização da melanina do que com o número total de melanócitos da
pele, que é quase o mesmo em todas as raças. Outro exemplo, é que há mais
melanócitos na pele do dorso que na superfície da palma da mão. Entretanto, estes
números são muito semelhantes nas várias raças. A pigmentação mais escura não é
causada pelo número efetivo de melanócitos, mas pelo aumento da atividade da
tirosinase (GARTNER, 2003).
Melanogênese

A melanina é um pigmento natural que serve de escudo contra o sol, absorve


90% dos raios ultravioleta (UV) que penetram na epiderme. Existem dois tipos de
melanina, cuja mistura, geneticamente programada para cada individuo, dá origem à
cor da pele e dos cabelos: Melanina vermelha: majoritária nas pessoas loiras e
ruivas, é pouco eficaz para filtrar os raios UVB; Melanina marrom: é majoritária nos
indivíduos de pele morena ou negra, filtra quase a totalidade dos UV sem se
degradar; A melanina marrom protege muito mais contra a ação dos raios solares do
que a melanina vermelha, que se torna tóxica para a pele sob a ação dos raios UV.
Os albinos não produzem melanina, o que causa risco de queimadura solar à menor
exposição (BÉRARD, 2006).
O aminoácido tirosina é transportado preferencialmente para os
melanossomos, onde a tirosinase o converte em melanina, através de uma série de
reações passando pela 3,4-diidroxi-fenilalanina (dopa, metildopa) e dopaquinona. É
interessante observar que a enzima tirosinase é ativada pela luz ultravioleta
(GARTNER, 2003).
A melanina é sintetizada nos melanócitos com a participação da enzima
tirosinase. Devido à ação desta enzima, o aminoácido tirosina é transformado
primeiro em 3,4-diidroxifenilalanina (dopa). A tirosinase também age sobre a dopa,
produzindo dopa-quinona, que, após várias transformações, converte-se em
melanina. A tirosinase é sintetizada nos polirribossomos, introduzida nas cisternas
do retículo endoplasmático rugoso e acumulada em vesículas formadas no aparelho
de golgi (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
Para Sacre (2004), a tirosinase é a principal enzima envolvida na
melanogênese. Utiliza o cobre como cofator que é responsável pela conversão da
tirosina em dopa e dai a dopaquinona. Esta, por ciclização e posterior oxidação,
forma a eumelanina. Se a dopaquinona for incorporada a cisteína, forma-se
feomelanina, via cisteinildopa.
Fonte: http://www.scielo.br/scielo

Os melanossomos deixam o corpo celular dos melanócitos e se dirigem para


as pontas dos longos prolongamentos citoplasmáticos. Quando as pontas dos
prolongamentos dos melanócitos contém melanossomos, elas penetram no
citoplasma das células do estrato espinhoso e destacam-se através de um processo
e secreção especial denominado secreção citócrina (Transferência de pigmento dos
melanócitos para os queratinócitos). Os prolongamentos truncados dos melanócitos
alongam-se e recebem mais melanossomos e o ciclo se repete. Cada melanócito
supre vários queratinócitos aos quais está associado, constituindo uma unidade
epidérmica de melanina. Dentro das células do estrato intermediário, os
melanossomos são transportados para a região supranuclear (que fica entre o
núcleo e a região mais próxima da superfície da célula), de modo que os
melanossomos estabelecem uma barreira protetora do núcleo contra os raios
ultravioletas solares incidentes. Eventualmente, o pigmento melanina é atacado e
degradado por lisossomos dos queratinócitos. Este processo dura vários dias
(GARTNER, 2003).
A melanogênese pode ser dividida em três fases principais: síntese dos
melanossomos; melanização dos melanossomos e transferência dos melanossomos
(HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, 1999).
Cesarini (1995, p.124) refere-se à regulação da pigmentação como:
A pigmentação do tegumento e dos pelos depende da natureza química da
melanina sintetizada, da atividade tirosinásica dos melanócitos, e da
transferência aos queratinócitos. Estas atividades bioquímicas e
enzimáticas são moduladas por certo número de fatores, nos quais os mais
bem conhecidos são as relações melanócito-queratinócito, os fatores
genéticos e hormonais, e, enfim, os processos de envelhecimento.
À medida que os melanócitos são estimulados, aumentam a produção de
melanina e a ação citoclínica. Esse excesso de pigmento depositado nas células
basais ascende pelo extrato epidérmico, e gradualmente é eliminado com os
queratinócitos. Nos melasmas mais antigos, há incontinência pigmentar. Esse
pigmento que atinge a derme não é encontrado isoladamente, pois são
imediatamente fagocitado por melanófagos que podem ser visualizados ao redor
plexos vasculares da derme superficial, por onde são removidos (PONZIO, 2004).

Melasma

Melasma é considerado uma hiperpigmentação adquirida pela pele que


acomete áreas fotoexpostas principalmente a face. Apresenta manchas simétricas
de tonalidade variável, de marrom-acinzentada. Dessa maneira acomete regiões
malares, lábio superior, mento e região frontal e, menos frequentemente em
membros superiores e colo (MONTEIRO, 2012).
Outro aspecto importante a observar é a boa delimitação das lesões de
melasma em áreas com estímulo, semelhante de radiação solar, como sua
reincidência nos mesmos locais, poupando áreas adjacentes, sugerindo alteração
funcional bem localizada, provavelmente nas unidades epidérmico-melânicas locais
(MIOT et al , 2009).
Nos melasmas, assim como nas efélides, os melanócitos têm características
especiais e são denominados “melanócitos tipo-específico”. São secretores. Neles
os melanossomas são maiores, mais densos e mais alongados que nos demais. São
células com “memória”, ou seja, sempre que estimuladas aumentam o metabolismo,
exarcebando a função para a qual estão diferenciadas. A atividade cicrínica é mais
intensa nos melasmas, contribuindo para a distribuição anormal exagerada da
melanina pela epiderme (SACRE, 2004).
Clinicamente são observados três tipos de melasma.
 Centro facial- acometendo as regiões: frontal, zigomática, masseterina,
nasal, supralabial e mentoniana.
 Malar- acometendo as regiões: nasal e zigomática.
 Mandibular- acometendo a região mandibular
O Brasil é um país de clima tropical, sendo assim as pessoas se expõem ao
sol com maior frequência e, em consequência disso, tornam-se mais susceptíveis a
discromias em geral (NEVES, 2010).
Dessa maneira as hipercromias são desordens de pigmentação que têm
origem na produção exagerada de melanina. Essas manchas podem surgir devido a
fatores como envelhecimento, alterações hormonais, inflamações e exposição solar
(PAULA, 2009).
A histopatologia do melasma não é patognomônia. Há aumento da síntese de
melanossomos e da atividade citocrínica dos melanócitos juncionais que resultam no
acúmulo de melanossomos epidérmicos. A patogênese do melasma permanece
desconhecida, sendo inúmeros fatores etiológicos implicativos, como predisposição
genética, contraceptivos orais, gravidez, cosméticos, drogas como difenil-hidantoína
e mesantoína e disfunções hepáticas e endócrinas. Altos níveis de estrogênio e
progesterona podem estar implicados no desenvolvimento do melasma (SACRE,
2004). O mesmo autor relata ainda que indivíduos com melasma idiopático (não
associado ao uso de contraceptivos orais ou gravidez) os trabalhos são escassos e
controversos. Acredita-se que a influência genética e a exposição à radiação
ultravioleta sejam os fatores patogênicos mais importantes no desenvolvimento da
doença.
Histologicamente três padrões referentes à profundidade são reconhecidos
por Harris (2005):
 Melasma Epidérmico: apresenta aumento do depósito de melanina na
camada basal e ocasionalmente entre as células da camada córnea.
 Melasma Dérmico: caracterizado por macrófagos carreados de melanina
na derme superficial papilar que fagocitaram a melanina das camadas
epidérmicas adjacentes.
 Melasma Misto: os dois melasma epidérmico e dérmico podem coexistir em
uma mesma área, sendo então considerado misto.
Este exame pode ser importante em termos prognósticos, uma vez que ao
diagnosticarmos se o melasma é epidérmico, dérmico, misto ou indefinido melhor
será a resposta terapêutica. Os epidérmicos são mais sensíveis à terapêutica,
enquanto os dérmicos requerem abordagem distinta, nem sempre com bons
resultados. Discute-se, hoje, a real existência de melasmas epidérmicos, dérmicos,
ou misto, pois sabemos que em todos os casos a melanina pode ser encontrada na
derme, em maior ou menor grau. Os melasmas dérmicos são os que evoluem há
mais tempo e que incidem em mulheres mais velhas e que engravidaram mais vezes
(SACRE, 2004).
Dada a sensibilidade dos melanócitos às radiações solares, é imperativo que
os fotoprotetores sejam incluídos em todos os protocolos de tratamento dos
melasmas. Os fotoprotetores escolhidos deverão ser de amplo espetro, de alta
substantividade e de alto fator de proteção (SACRE, 2004).
Cumpre ressaltar que a proteção solar é essencial para preservar a pele e
suas estruturas prevenindo o envelhecimento, já que a radiação ultravioleta é
responsável por cerca de 80 a 90% do envelhecimento observado na pele
(STEINER, 2010). Partindo desse princípio cada fototipo possui uma tolerância à
radiação solar, as peles mais claras são mais suscetíveis às queimaduras
comparadas as peles mais escuras. Segundo Fitzpatrick os fototipos são
classificados em:

TIPO DESCRIÇÃO DE PELE


I Muito clara, sempre queima, nunca bronzeia.
II Clara, sempre queima e, algumas vezes, bronzeia.
III Menos clara, algumas vezes queima e sempre bronzeia.
IV Morena-clara, raramente queima e sempre bronzeia.
V Morena-escura, nunca queima e sempre bronzeia.
VI Pele negra, nunca queima, sempre bronzeia.
Figura: Tabela fototipos Fitzpatrick
Fonte: Paula (2009)

Lâmpada de Wood

A Lâmpada de Wood (LW) constitui-se como um método de observação e de


diagnóstico de determinadas superfícies, através do qual é possível complementar e
verificar os dados obtidos mediante a observação direta com a luz natural ou elétrica
(PAULA, 2009).
Para Steiner e colaboradores (2012) a lâmpada de Wood (LW) nada mais é
do que um exame simples que é feito por iluminação da área com uma lâmpada de
luz negra que denota fluorescência específica da área a ser observada. A luz negra
possui temperatura baixa e emite um espectro de 320-450 nm.
O método baseia-se no fenômeno de fluorescência produzida por algumas
substâncias quando, sobre elas, incide uma radiação ultravioleta com um
determinado comprimento de ondas. A fluorescência consiste, precisamente, na
emissão de luz colorida produzida por determinadas substâncias quando, sobre
elas, incide um feixe de luz ultravioleta. Um feixe de luz invisível induz à emissão de
outro visível. Este fenômeno cumpre a lei de Stokes: a radiação resultante da
excitação tem sempre um comprimento maior do que a radiação excitante
(SORIANO; PÉREZ; BAQUÉS, 2002).
Sua fluorescência possui numerosas aplicações além das incluídas no âmbito
da medicina. Em contato com a fluorescência algumas substâncias apresentam
reações distintas, assim é possível reconhecer diferentes substâncias e estruturas,
sendo utilitária no âmbito dos processos de diagnóstico (SORIANO; PÉREZ;
BAQUÉS, 2002).
A emissão da radiação ultravioleta de onda longa que ela faz é gerada por um
arco de mercúrio de alta pressão através de um filtro feito de silicato de bário, com
9% de óxido de níquel, denominado filtro de Wood. Esse filtro é opaco a todas as
luzes, exceto às que se situam na banda entre 320nm e 400nm, com o pico em
365nm. A fluorescência do tecido ocorre quando o menor comprimento de onda,
nesse caso, entre 340nm e 400nm, inicialmente emitido pela luz de Wood (LW), é
absorvido e apenas as radiações de comprimento de onda mais longas, geralmente
no espectro da luz visível, são emitidas (ASAWANONDA; TAYLOR, 1999).
Quando a LW ilumina uma epiderme com grande quantidade de melanina, a
maioria é absorvida, enquanto a pele adjacente, menos pigmentada, reflete luz como
de costume, resultando em contrastes na borda entre às áreas com gradientes
distintos de melanização. Sendo assim, as variações da pigmentação na epiderme
se tornam mais aparentes sob a LW do que sob a luz comum (SANCHEZ, et al,
1981).
Nas pigmentações dérmicas, esse contraste é menos aparente sob a LW,
pois algumas das autofluorescências do colágeno se distribuem acima e abaixo da
melanina dérmica, diminuindo, portanto, a quantidade de fluorescência visível. O
Exame à LW não é confiável em tipos de pele mais escuras (fototipos V e VI), pois
há necessidade de níveis basais baixo de melanina endógena para detectar os
contrastes pigmentares que serão reforçados pela fluorescência da LW induzida
pela luz (ASAWANONDA; TAYLOR, 1999).

Figura: <http://www.surgicalcosmetic.org.br/public/artigo.aspx?id=30>

1- Melasma Epidérmico
2- Melasma Dérmico
3- Melasma Misto

Na área da dermatologia cosmética a LW pode ser utilizada nas desordens da


pigmentação. Nas hiperpigmentações cutâneas, quando a lâmpada incide sobre a
pele, fótons de comprimentos de ondas menores, especialmente, UVB (290nm-
320nm) e UVA (320nm-400nm), são facilmente espalhados no estrato córneo e na
epiderme. O oposto ocorre com fótons de maiores comprimento de ondas, como os
da faixa visível (400nm-800nm), que penetram mais profundamente na derme
(ASAWANONDA; TAYLOR, 1999).
Com esse entendimento, surgiu uma nova modalidade de avaliação da pele
durante o tratamento dos melasmas, mediante foto digital tirada de dentro da LW,
onde facilita o registro das imagens do antes e depois, permitindo assim análises e
comparações. Desse modo é possível constatar, apesar das limitações da técnica, a
evolução dos tratamentos oferecidos ao cliente.
O uso da LW requer habilidade mínima e seu uso pode servir como grande
aliado nos diagnósticos envolvendo distúrbios pigmentares, uma vez que sob a LW
se permite localizar o depósito de melanina e com isso predizer a resposta do
tratamento, já que os melasmas epidérmicos são mais responsivos a tratamento
tópico, ao passo que os melasmas dérmicos necessitam de maior tempo de
tratamento para se obter um resultado semelhante, pois este depende da eliminação
de melanina pelos macrófagos (KATSAMBAS; ANTONIOU,1995).
Para que o diagnóstico seja feito de modo seguro, é preciso que se cumpram
algumas regras. O exame deverá ser realizado sobre a pele perfeitamente limpa e
isenta de todas e quaisquer substâncias. A causa mais frequente de erros no
diagnóstico se dá em peles com resíduos de maquiagem, suor, crostas ou outras
substâncias. É importante referir ainda que a LW assenta numa radiação ultravioleta,
por isso não deve ser dirigida aos olhos. Neste sentido, é preferível que a cliente
feche os olhos na hora da observação. É necessário criar previamente uma
escuridão total na área que será observada, para que a LW funcione de forma
correta e para que seja possível observar a fluorescência em todos os seus matizes
(SORIANO; PÉREZ; BAQUÉS, 2002).
Uma vez acesa a LW, deve-se aguardar durante três a quatro minutos antes
de direcionar as radiações para a área a ser explorada. Este período de
aquecimento é necessário para que a LW atinja o seu poder de radiação máximo.
Para proceder à observação, a LW deve ser colocada a uma distância aproximada
de 20-25 cm da área que se pretende estudar. No entanto, para uma melhor
visualização dos pormenores mais relevantes para o estudo em causa, recomenda-
se afastar ou aproximar a LW da referida área (SORIANO; PÉREZ; BAQUÉS, 2002).
Para que haja uma interpretação segura dos dados, é importante saber que
cada substância tem um comportamento distinto face às radiações susceptíveis de
produzir fluorescência.
 As manchas hipocromicas têm limites mais definidos;
 Nas manchas hiperpigmentadas, a utilização da LW proporciona uma
ajuda preciosa para a localização do pigmento: quando a localização é de
nível epidérmico (no caso de sardas, por exemplo), acentua as anomalias;
pelo contrário, quando o pigmento é dérmico (incontinência pigmentaria),
suaviza-as. Esta precisão revela-se de grande interesse para a realização
de prognósticos, face ao êxito do tratamento de despigmentação.
Sacre (2004) e Tamler et al, (2009) refere-se quanto à fluorescência, existem
quatro tipos de melasma:
 Epidérmico
 Dérmico
 Misto (em que a mesma paciente apresenta os dois tipos de lesão)
 Indefinido (em pacientes de pele fototipo V e VI de Fitzpatrick, em que
não há contraste discernível, provavelmente devido ao grande número de
melanossomos existentes na pele normal).

Confecção da caixa com a Lâmpada de Wood (luz negra)

Para a confecção do gabinete contendo a Lâmpada de Wood foi utilizada a


Luz Negra (ANEXO VI) da marca Taschibra, de cor luz negra, 220 v/26 w, 50/60hz,
corrente 0,24A, fator de potência FP>0,5C, apresentando spectro Azul e possui em
seu interior Mercúrio metálico (Hg).
O gabinete foi desenvolvido pela pesquisadora Adriana Pires em chapa de
compensado de 01 cm, tendo um peso total de 08 kg e será descrita em 03 partes:

Parte interna:

 Possui as medidas (AxLxP): 33x18x44 cm.


 Revestida por espelhos em todas as suas paredes.
 Na parte superior foi colocada a lâmpada negra de 220V / 27W (1) em um
bocal de porcelana (2).
 Na parte inferior foi colocado um apoio para o queixo (3) da cliente em
espuma expansiva preta e também foi feita uma abertura para a
colocação de uma ventoinha (4) de exaustão para forçar a circulação de
ar e evitar o embaçamento dos espelhos.
 A ventoinha utilizada é a mesma de “cooler” de computador de potência
de 12V.

Parte externa:

 Possui as medidas (AxLxP): 50x20x46 cm.


 Revestida em courino preto na sua totalidade.
 Na parte superior foi colocada uma alça (5) para facilitar o transporte da
Luz de Wood.
 Na lateral esquerda foi colocado um botão de liga/desliga (6).
 Na parte frontal foi colocado um capuz (7) confeccionado em feltro preto
para a vedação de luz por parte da cliente.
 Na parte posterior foi colocado outro capuz (8), também confeccionado
em feltro preto para a vedação de luz por parte da profissional, onde esta
poderá observar a sua cliente e também obter imagens (fotos) para
registro e estudo.
 Foi feita uma abertura para a colocação de uma ventoinha (9) de
exaustão para ajudar na circulação de ar.
 Nesta parte posterior também sairá o fio (10) e a tomada (14) para ligação
da Luz de Wood a rede elétrica.

Parte inferior:

 Possui as medidas (AxLxP): 15x18x44 cm.


 Nesta parte foram colocadas as duas ventoinhas (11) de exaustão, uma
fonte/transformador (12) de 220V para 12V para funcionamento das
ventoinhas. Também ficará armazenado (guardado) nesta área o fio (13)
para ligação de todo o sistema a rede elétrica.
Fonte: Arquivo pessoal

Imagens da LW confeccionada segundo a discrição acima:

FOTO DESCRIÇÃO

Caixa com a Lâmpada de Wood

Vista Lateral
Caixa com a Lâmpada de Wood

Vista Lateral Aberta

Alça para transporte.

Abertura para colocação da


ventoinha de exaustão.

Botão de liga/desliga.

Tomada elétrica.
Abertura no capuz para entrada
da máquina fotográfica digital.

Máquina fotográfica posicionada


dentro da LW.

LW vista pelo seu interior.

Apoio para o queixo da cliente e


abertura para colocação da ventoinha
de exaustão (interior da LW).

Luz negra (interior da LW).

Vista inferior da LW.


Ventoinha de exaustão.

Fonte de alimentação das ventoinhas


de exaustão.

Fio para a ligação de todo o sistema.


Fonte: Arquivo pessoal

3 METODOLOGIA

A proposta deste estudo foi analisar a profundidade melânica gerada pela


fluorescência da LW (luz negra) do equipamento desenvolvido.
Com as características propostas neste trabalho constatou-se que este
estudo consiste em uma análise qualitativa do tipo exploratória. De acordo com Gil
(1995) o estudo qualitativo permite entender de forma subjetiva alguns aspectos da
pesquisa que vão além da quantificação dos resultados. O autor destaca que este
tipo de pesquisa te possibilita maior familiaridade com o problema, com vista a torná-
la mais explicito ou a construir hipóteses. Aprimorando as idéias ou a descobertas
de intuições, ou de hipóteses.
A característica do tipo exploratório consiste na análise de dados ainda pouco
disseminados na ciência, com intuito de favorecer os critérios pré-estabelecidos, e
assim esclarecer as dúvidas que advém do objeto em estudo (GODOY, 2006).
A Lâmpada de Wood (LW) constitui-se como um método de observação e de
diagnóstico de determinadas superfícies, através do qual é possível complementar e
verificar os dados obtidos mediante a observação direta com a luz natural ou elétrica
(PAULA, 2009).
O procedimento consistiu na análise da profundidade melânica gerada pela
Lâmpada de Wood do equipamento desenvolvido. Para tal, foi analisada a
florescência do melasma nos diferentes fototipos cutâneos, conforme a classificação
de Fitzpatrick, descritos como:
 Tipo I (pele muito clara, sempre queima, nunca bronzeia)
 Tipo II (pele clara, sempre queima e, algumas vezes bronzeia)
 Tipo III (pele menos clara, algumas vezes queima e sempre bronzeia)
 Tipo IV (pele morena-clara, raramente queima e sempre bronzeia)
 Tipo V (pele morena-escura, nunca queima e sempre bronzeia)
 Tipo VI (Pele negra, nunca queima e sempre bronzeia)
Foi realizado o registro fotográfico de cada fototipo cutâneo que apresentou a
discromia melasma, a partir desses registros fotográficos, foi analisada a
possibilidade de visualização da fluorescência do melasma epidérmico, dérmico e
misto sobre o diagnóstico da Lâmpada desenvolvida.

População

Foram selecionadas seis voluntárias do sexo feminino, acima de 18 anos, que


apresentaram melasma e se classificaram nos fototipos cutâneos I, II, III, IV, V e VI.
Foi selecionada uma voluntária por fototipo cutâneo, totalizando seis voluntárias com
fototipo diferentes.
As voluntárias apresentaram melasma de fácil visualização com contornos
bem definidos e coloração acastanhada.
A partir desses registros fotográficos, foi analisada a qualidade da
fluorescência do melasma epidérmico, dérmico ou misto gerados pela LW nos
diferentes fototipos cutâneos.
As voluntárias selecionadas preencheram a ficha de anamnese (ANEXO I),
para a identificação da presença de melasma e dos fototipos cutâneo, e confirmaram
a possibilidade em participar da pesquisa.
Os critérios de exclusão foram voluntárias que apresentaram melasma de
difícil identificação visual e fototipos repetidos. Também foram excluídas voluntárias
que apresentaram sintomas de claustrofobia e fotofobia.

Métodos de aplicação

O procedimento consistiu em um registro fotográfico por voluntária,


selecionada de acordo com seu fototipo cutâneo e presença de melasma,
totalizando seis registros fotográficos.
Os registros fotográficos foram realizados no laboratório de Cosmetologia e
Estética da UNIVALI – unidade Ilha – Rodovia SC 401, n° 5.025, 1° andar, Bairro
Saco Grande – Florianópolis – SC.
As pesquisadoras juntamente com a colaboração da orientadora, após convite
formal às voluntárias, agendaram horários para montar a programação do início dos
procedimentos.
As voluntárias selecionadas preencheram a ficha de anamnese (ANEXO I),
para a identificação da presença de melasma e dos fototipo cutâneo, confirmando a
possibilidade em participar da pesquisa.
A Lâmpada foi ligada de três a quatro minutos antes do procedimento.
Antes dos registros fotográficos a pele das voluntárias foi higienizada com
uma loção adstringente com finalidade de remover quaisquer vestígios de
maquiagem ou sujidades que pudessem interferir na fluorescência.
Após a higienização cada voluntária foi acomodada em uma cadeira e sua
face foi posicionada dentro da caixa contendo a LW (luz negra).
O posicionamento correto da face no interior da caixa contendo a LW se dá
pelo apoio do queixo em um compartimento de espuma na base inferior do
equipamento. Neste momento ventoinhas de exaustão foram acionadas para facilitar
a circulação de ar e impedir o embaçamento dos espelhos.
Após o posicionamento correto da voluntária uma das pesquisadoras se
posicionou do outro lado do equipamento e realizou o registro fotográfico da
fluorescência emitida pela LW em uma distância de aproximadamente de 20-25 cm
da área que se pretende estudar. A voluntária foi orientada a fechar os olhos no
instante do registro fotográfico, para maior conforto da mesma.
A partir desses registros fotográficos, foi analisada a profundidade melânica
gerada pela fluorescência da lâmpada de Wood nos diferentes fototipos cutâneos.

Coleta e análise dos dados

As voluntárias consentiram sua participação através do termo de


consentimento livre e esclarecido (ANEXO II), juntamente com o termo de
consentimento de participação do sujeito (ANEXO III).
A coleta dos dados foi por meio de registros fotográficos, pois se destaca
como um método de reflexo, testemunho e representa a realidade.
As pesquisadoras fizeram uma verificação crítica a fim de detectar falhas e
erros. Em seguida as pesquisadoras realizaram a tabulação dos dados para melhor
compreensão e interpretação dos resultados.
Após a análise e interpretação dos mesmos, as pesquisadoras entraram em
maiores detalhes sobre os dados decorrentes da pesquisa, a fim de estabelecer as
relações necessárias entre os dados obtidos e o objetivo específico que neste
contexto foi analisar a profundidade melânica gerada pela fluorescência da Lâmpada
de Wood nos diversos fototipos.
As conclusões foram vinculadas ao resultado da pesquisa, cujo conteúdo foi
comprovado e explicado com precisão e clareza.
Posteriormente, os resultados dos registros fotográficos serão demonstrados
com auxílio de recursos do programa Prezi para banca examinadora.

Aspectos éticos da pesquisa


Para atender os requisitos necessários visando à ética da pesquisa,
inicialmente foram encaminhados termos de consentimento e anuência (ANEXO IV)
ao responsável pelo laboratório de cosmetologia e estética da UNIVALI- Unidade
Ilha, para a realização do estudo, bem como da posterior divulgação dos resultados
da pesquisa à banca examinadora. E, neste momento também foi encaminhada uma
cópia do trabalho a comissão de ética desta universidade para aprovação.
As voluntárias foram conscientizadas dos mínimos riscos e dos benefícios
provenientes de sua participação na pesquisa. As acadêmicas asseguram a
confidencialidade dos dados coletados (ANEXO V).

4 ANÁLISE DOS DADOS

Baseados nos registros fotográficos dos diversos fototipos cutâneos foram


observados os seguintes aspectos:

 FOTOTIPO I – A voluntária selecionada possui 29 anos. A mesma apresenta


em uma mesma área melasma epidérmico e dérmico, caracterizando-se um
melasma misto, segundo Sacre e Tamler et al (2009).
 FOTOTIPO II – A voluntária selecionada possui 39 anos. A mesma apresenta
melasma dérmico centro facial, acometendo as regiões: frontal, nasal e
supralabial. Caracterizando-se um melasma dérmico, segundo Harris (2005).

 FOTOTIPO III – A voluntária selecionada possui 36 anos. A mesma


apresenta melasma dérmico centro facial, acometendo as regiões: frontal,
nasal, zigomática e masseteriana. Caracterizando-se um melasma dérmico,
segundo Harris (2005).
 FOTOTIPO IV – A voluntária selecionada possui 28 anos. A mesma
apresenta melasma dérmico centro facial, acometendo as regiões: nasal,
zigomática e supralabial. Caracterizando-se um melasma dérmico, segundo
Harris (2005).

FOTOTIPO V – A voluntária selecionada do fototipo V possui 43 anos.


FOTOTIPO VI – A voluntária selecionada do fototipo VI possui 30 anos.
 Nos Fototipos V e VI – Confirmando o que os autores Asawanonda e Taylor
(1999) o exame sob a LW não é confiável em tipos de pele mais escuras
(fototipos V e VI), pois há necessidade de níveis basais baixos de melanina
endógena para detectar os contrastes pigmentares, que são reforçados pela
fluorescência da LW induzida pela luz. Caracterizando-se como melasma
indefinido. Portanto não houve contraste nas fotos, elas se apresentaram
como fotos “fora de foco”, onde há uma penumbra impedindo a visualização.

A Lâmpada de Wood (LW) constitui-se como um método de observação e de


diagnóstico de determinadas superfícies, através do qual é possível complementar e
verificar os dados obtidos mediante a observação direta com a luz natural ou elétrica
(PAULA, 2009).
Quando a LW ilumina uma epiderme com grande quantidade de melanina, a
maioria é absorvida, enquanto a pele adjacente, menos pigmentada, reflete luz como
de costume, resultando em contrastes na borda entre às áreas com gradientes
distintos de melanização. Sendo assim, as variações da pigmentação na epiderme
se tornam mais aparentes sob a LW do que sob a luz comum (SANCHEZ, et al,
1981).
Nas pigmentações dérmicas, esse contraste é menos aparente sob a LW,
pois algumas das autofluorescências do colágeno se distribuem acima e abaixo da
melanina dérmica, diminuindo, portanto, a quantidade de fluorescência visível.
Apesar de o melasma ser considerado uma patologia de caráter multifatorial a
exposição constante as radiações ultravioletas são os principais fatores patogênicos
para o seu desenvolvimento.
Ao comparar os registros fotográficos foram observados que de acordo com
Steiner (2010) cada fototipo possui uma tolerância à radiação solar, e quanto mais
baixa for o fototipo cutâneo, mais suscetível a queimaduras e consequentemente
formação de melasma.
Observa-se que os fototipos cutâneos mais baixos apresentam pouca
quantidade de melanina endógena e devido a este fator são mais suscetíveis aos
fotodanos. Enquanto os fototipos mais altos por apresentar maior quantidade de
melanina endógena são menos suscetíveis aos danos solares.
Constatou-se a profundidade melânica gerada através da fluorescência da
LW do equipamento quando a mesma iluminou o fototipo I, onde a voluntária possui
melasma misto por apresentar em toda a face melasma epidérmico e dérmico.
Percebeu-se que o melasma misto é mais fácil diagnosticado nos fototipos mais
baixos por apresentar pouca quantidade de melanina endógena. No melasma
epidérmico a fluorescência é mais evidente.
Já nos fototipos II, III e IV a fluorescência também se mostrou eficaz, pois as
voluntárias apresentaram melasma dérmico centro facial com bordos bem definidos.
Os fototipos V e VI a fluorescência acorreu de forma indefinida, confirmando
os estudos Asawanonda e Taylor (1999) no qual relatam que o exame à LW não é
confiável em tipos de pele mais escuras (fototipos V e VI), pois há necessidade de
níveis basais baixo de melanina endógena para detectar os contrastes pigmentares
que serão reforçados pela fluorescência da LW induzida pela luz. A dificuldade de
diagnóstica impede uma terapêutica eficiente.
Diante da análise das imagens o melasma dérmico é visível a olho nú.
Antecipadamente a formação do melasma dérmico, o melasma epidérmico é
formado, sendo este considerado a lesão fundamental desta patologia. O
diagnóstico precoce desta lesão pode resultar no sucesso do tratamento por impedir
a profundidade melânica formando então o melasma dérmico.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi concluído com a pesquisa que a fluorescência da LW gerada neste
equipamento está de acordo com os estudos e autores citados na fundamentação
teórica. A LW pode ser utilizada para diagnóstico e observação da profundidade
melânica da face, contribuindo assim para uma abordagem terapêutica mais precisa
e consequentemente para o sucesso do tratamento.
O equipamento ainda possui características inovadoras em relação aos
equipamentos presentes no mercado, onde observador e observado conseguem
simultaneamente analisar as anomalias da face em tempo real, facilitando assim a
explicação e o entendimento tão necessário para uma patologia de difícil resolução e
desconforto estético.
O equipamento foi elaborado em forma de maleta, permitindo ao usuário fácil
deslocamento e proporcionando assim maior conforto. Tendo uma abertura ao lado
da área do observador, que possibilita o registro fotográfico para haver a avaliação
do antes e depois do tratamento.
O melasma é uma dermatose inestética de grande repercussão na qualidade
de vida das pessoas afetadas, o que torna seu tratamento amplamente indicado. O
termo melasma designa toda a alteração da cor da pele. Ritter (2011) conceitua o
melasma como uma hiperpigmentação adquirida pela pele, que envolve
principalmente a face e que acomete indivíduos de todas as raças e ambos os sexos
sendo, contudo mais frequente em mulheres.
Alchore (2011) aponta que a alteração da cor da pele é uma preocupação
constante entre as pessoas podendo apresentar impacto sobre a qualidade de vida.
Considerando as pessoas individualmente acometidas por essa patologia
muitas delas se sentem aborrecidas, menos atraentes, isso ocorre devido a
aparência da pele não estar esteticamente uniforme, tornando-se assim um
problema contínuo na vida desses indivíduos, contribuindo desta forma para o
aumento do stress psicológico (TAYLOR et al , 2008).
A fotoproteção é fundamental na terapêutica do melasma, nenhum tratamento
funciona bem sem uma fotoproteção adequada. O fotoprotetor deve ser de amplo
espectro (UVA, UVB, luz visível), usado em quantidade adequada e de maneira
uniforme. É necessária a aplicação várias vezes ao dia.
A radiação ultravioleta é considerada um fator muito relevante na formação de
melasma. A participação da radiação solar no desenvolvimento é evidenciada em
dados da literatura e, também, em observações clínicas. Existe uma relação entre o
tempo de exposição ao sol e o aparecimento, ou piora, da pigmentação melânica.
Outra grande influência é a genética, a gravidez e o uso de anticoncepcionais
hormonais. Há observações de aparecimento de melasma durante a gestação,
porque os níveis de estrógeno e progesterona ficam elevados. No Brasil, constitui a
terceira causa de consultas dermatológicas, sendo que 90% dos casos o melasma
se manifesta em mulheres de idade fértil.
Portanto observa-se a importância de um diagnóstico preciso e antecipado
dessa patologia. A LW faz um diagnóstico da profundidade melânica facilitando o
profissional a desenvolver um protocolo de tratamento onde as chances de sucesso
tornam-se maiores, partindo do princípio de que as pessoas buscam cuidar da
estética em vista da sua crescente valorização.

REFERÊNCIAS

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115-119.
ANEXO I - FICHA DE ANAMNESE E COMPANHAMENTO DAS VOLUNTÁRIAS

NOME:__________________________________________________________________
ESTADO CIVIL:_______________________FILHOS:___________SEXO: F ( ) M ( )
PROFISSÃO:_________________________________
DATA DE NASC.:_______________EMAIL: ____________________________________

EXPECTATIVAS DO TRATAMENTO
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

HISTÓRICO DO DESEQUILÍBRIO – EXAMES REALIZADOS


________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

HISTÓRICO FAMILIAR
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

ASPECTOS EMOCIONAIS - SINTOMAS CLAUSTROFÓBICOS E FOTOFÓBICOS


________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
TRATAMENTOS ESTÉTICOS ANTERIORES – HOME CARE
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

MEDICAMENTOS ADMINISTRADOS
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

FUMO ( ) ÁLCOOL ( )

GESTANTE______________SEMANAS
DOENÇAS
 CARDÍACA
 ENDÓCRINA
 CIRCULATÓRIA
 RESPIRATÓRIA
 INFECTOCONTAGIOSAS
 OUTRAS – QUAIS
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

 PRÓTESE METÁLICA NA FACE


LOCAL/TIPO_____________________________________________________________
________________________________________________________________________
 EPILEPSIA
 CÂNCER
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

COSMÉTICO EM USO
SABONETE______________________________________________________________
TÔNICO_________________________________________________________________
HIDRATANTE____________________________________________________________
SERUM_________________________________________________________________
FILTRO SOLAR___________________________________________________________
ÁCIDO__________________________________________________________________

FOTOTIPO CUTÂNEOS:
TABELA FOTOTIPOS FITZPATRICK
TIPO DESCRIÇÃO DE PELE
I Muito clara, sempre queima, nunca bronzeia.
II Clara, sempre queima e, algumas vezes, bronzeia.
III Menos clara, algumas vezes queima e sempre bronzeia.
IV Morena-clara, raramente queima e sempre bronzeia.
V Morena-escura, nunca queima e sempre bronzeia.
VI Pele negra, nunca queima, sempre bronzeia.
ACNE
 GRAU I: COMEDOGÊNICA
 GRAU II: INFLAMATÓRIA PAPULAR E PUSTULAR
 GRAU III: INFLAMATÓRIA NODULAR E CÍSTICA
 GRAU IV: CONGLOBATA
 GRAU V: FULMINANTE
LOCALIZAÇÃO_____________________________________________________

 MILIUM
 TELANGECTASIAS
 ROSÁCEA

HIPERCROMIAS:
 MELASMA
 EFÉLIDES
 LENTIGO
 HIPERCROMIA PÓS-INFLAMATÓRIA

CLASSIFICAÇÃO DE LAPIERRE E PIERARD

 NÍVEL 1: PELE SEM ALTERAÇÃO DERMO-EPIDÉRMICA

 NÍVEL 2: PELE COM RUGAS FINAS COM ALTERAÇÃO DERMO-EPIDÉRMICA

 NÍVEL 3: PELE COM RUGAS GRAVITACIONAIS COM ALTERAÇÃO DERMO-


EPIDÉRMICA
GRAU DE HIDRATAÇÃO - BIOTIPO CUTÂNEO
 NORMAL
 SECA – ALÍPICA
 OLEOSA – LIPÍDICA
 MISTA
ALERGIAS:
______________________________________________________________________
REGISTRO DE ACOMPANHAMENTO:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
Rubrica do professor responsável________________________
Rubrica da voluntária ________________________
ANEXO II – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Você está sendo convidado para participar, como voluntária, em uma


pesquisa. Após ser esclarecido sobre as informações a seguir, no caso de aceitar
fazer parte do estudo, rubrique todas as folhas e assine ao final deste documento,
com as folhas rubricadas pelo pesquisador, e assinadas pelo mesmo, na última
página. Este documento está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do
pesquisador responsável. Em caso de recusa você não será penalizado de forma
alguma.

1 TÍTULO DO PROJETO: Profundidade melânica gerada pela fluorescência da


Lâmpada de Wood.
Pesquisador responsável:
- Vandressa Bueno de Paula (48) 9118 7501
Pesquisadores participantes:
- Adriana Pires Nader Seelig (48) 9928 6679
-Daiane Sagas Lopes (48) 9951 4767

● Esta pesquisa tem como objetivo analisar a profundidade melânica gerada


pela fluorescência da Lâmpada de Wood sobre o melasma, caracterizar a
fisiopatologia do melasma, identificar os tipos de melasma epidermico, dérmico e
misto, analisar a fluorescência à iluminação do melasma nos diferentes fototipos e
analisar os resultados.
● A Lâmpada de Wood (luz negra) consiste em um equipamento de
observação e diagnóstico das manchas presentes na pele. Possui como principal
função identificar a profundidade das manchas.
● Inicialmente você será submetido a uma prévia avaliação (realizada pelas
pesquisadoras em conjunto com a professora orientadora) e ao preenchimento de
uma ficha contendo dados relevantes que confirmem a presença de manchas em
sua pele, chamada melasma, bem como a confirmação da cor de sua pele para
possibilitar a sua participação.
● Você será submetida a um registro fotográfico (foto) em um ambiente com
pouca iluminação no Laboratório de Cosmetologia e Estética Unidade Ilha – Rodovia
SC 401, n° 5.025, 2° andar- Saco Grande- CEP: 88032-005- Florianópolis- SC- TEL:
(48) 3234-1233.
● Antes de iniciarmos o registro fotográfico (foto), sua pele será higienizada
(limpeza) com uma loção de limpeza para remover vestígio de maquiagem e
sujidades que possa dessa forma interferir na avaliação.
● Após a higiene de sua pele, você será acomodada em uma cadeira e seu
rosto será confortavelmente posicionado dentro de uma caixa preta para que a foto
seja registrada sobre o reflexo de uma luz, esta luz é chamada Lâmpada de Wood.
● Os riscos provenientes do procedimento, são mínimos, podem ser eles:
desconforto no posicionamento do seu rosto dentro da caixa, bem como sensação
de abafamento e desconforto nos olhos pela iluminação.
● Você poderá obter como benefício em participar desta pesquisa a
possibilidade de identificar a profundidade de suas manchas, além de possibilitar
maior conhecimento científico para a área de Tecnologia em Cosmetologia e
Estética;
● Após análise e discussão dos resultados, a instituição deverá receber a
divulgação dos dados da pesquisa mediante reunião;
● No caso de participação a esta pesquisa, você receberá por e-mail todo o
resultado obtido pela pesquisa. As pesquisadoras comprometem-se também a ficar
a disposição para contato, caso você necessite de esclarecimentos relacionados
com a pesquisa;
● O responsável pela instituição e o voluntário serão convidados a participar
da apresentação do Trabalho de Iniciação Científica obtido com os resultados desta
pesquisa.
● As informações fornecidas por você serão confidenciais e de conhecimento
apenas das pesquisadoras responsáveis. Você não será identificada em nenhum
momento, mesmo quando os resultados desta pesquisa forem divulgados em
qualquer forma. Você tem o direito de desistir de participar da pesquisa a qualquer
momento, sem nenhuma penalidade e sem perder os benefícios aos quais tenha
direito. Você não terá nenhum custo ou quaisquer compensações financeiras.

Nome do pesquisador:_________________________________________________

Assinatura do pesquisador:______________________________________________
Nome do pesquisador:_________________________________________________

Assinatura do pesquisador:______________________________________________

Nome e CPF do professor responsável____________________________________

Assinatura do professor responsável______________________________________

Nome e CPF da voluntária da pesquisa____________________________________

Assinatura da voluntária da pesquisa______________________________________


ANEXO III - CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO DO SUJEITO

Eu, ___________________________________________, RG _________________,


CPF__________________________ abaixo assinado concordo em participar do
presente estudo como sujeito. Fui devidamente informado e esclarecido sobre a
pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e
benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso retirar
meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade
ou interrupção de meu acompanhamento, assistência ou tratamento.

Local e data: ________________________________________________________

Nome: _____________________________________________________________

Assinatura do sujeito ou responsável: _____________________________________

Telefone e e-mail para contato: __________________________________________


ANEXO IV – TERMO DE ANUÊNCIA DE INSTITUIÇÃO PARA COLETA DE
DADOS DE PESQUISAS ENVOLVENDO SERES HUMANOS.

Declaro que conheço e cumprirei os requisitos da Res. CNS 196/96 e suas


complementares e como esta instituição tem condições para o desenvolvimento do
projeto de pesquisa “Profundidade melânica gerada pela fluorescência da Lâmpada
de Wood”, autorizo sua execução pelas pesquisadoras Adriana Pires Nader Seelig,
Daiane Sagas Lopes e Vandressa Bueno de Paula (professora orientadora).
Nome da instituição: ___________________________________________________
Nome completo do responsável legal: _____________________________________
Cargo: ______________________________________________________________
Assinatura: __________________________________________________________
Data: _______________________________________________________________
ANEXO V – TERMO DE UTILIZAÇÃO DE DADOS PARA COLETA DE DADOS DE
PESQUISAS ENVOLVENDO SERES HUMANOS.

Declaro que conheço e cumprirei os requisitos da Res. CNS 196/96 e suas


complementares no desenvolvimento do projeto de pesquisa “ Profundidade
melânica gerada pela Lâmpada de Wood”, assim como afirmo que os dados
descritos no protocolo serão obtidos em absoluto sigilo e utilizados apenas para os
fins especificados no protocolo aprovado de Comitê de Ética.

Nome completo do pesquisador principal (orientador): ________________________


Assinatura: __________________________________________________________

Nome completo do acadêmico: __________________________________________


Assinatura: __________________________________________________________

Nome completo do acadêmico: __________________________________________


Assinatura: __________________________________________________________

Data:_______________________________________________________________
ANEXO VI – LUZ NEGRA

Como funciona:

As luzes negras (black lights) ou de Wood são lâmpadas especiais que


emitem radiação ultravioleta com um comprimento de onda longo e uma quantidade
reduzida de luz visível. As luzes negras fluorescentes são normalmente feitas da
mesma forma que as luzes fluorescentes típicas exceto pelo fato de utilizarem
apenas um fosforescente e do seu invólucro ser feito de um vidro de cor azul-violeta
escura denominada vidro de Wood (que é dopado com óxido de níquel e bloqueia
quase toda a luz visível acima de 400 nm). Embora as luzes negras produzam luz no
espectro dos ultravioletas limitam as suas ondas à região A. Ao contrário dos tipos B
e C (responsáveis pelos danos diretos ao ADN que levam ao cancro da pele), esta
emite apenas energias baixas e não causa queimaduras mas pode danificar as
fibras de colagénio e a vitamina A da pele. (PINTO, 2012).
O formato de uma lâmpada de luz negra convencional é parecido com o de
uma lâmpada fluorescente, com algumas modificações importantes. As lâmpadas
fluorescentes geram luz passando eletricidade através de um tubo cheio de gás
inerte e uma pequena quantidade de mercúrio.
Os fosforosos são substâncias que emitem luz ou fluorescem quando
expostos à luz. Quando um fóton atinge um átomo de fósforo, um dos elétrons do
fósforo pula para um nível de energia mais alto, fazendo com que o átomo vibre e
gere calor. Quando o elétron retorna para seu nível normal, libera energia na forma
de outro fóton. Esse fóton tem menos energia do que o fóton original porque parte
da energia foi perdida na forma de calor. Em uma lâmpada fluorescente, a luz
emitida está no espectro visível - o fósforo emite a luz branca que podemos ver.
A luz negra funciona por esse mesmo princípio. Há, na verdade, dois tipos
diferentes de luz negra, mas eles funcionam basicamente do mesmo modo.
Uma luz negra de bulbo é uma lâmpada fluorescente com um tipo diferente
de revestimento de fósforo. Esse revestimento absorve as ondas curtas nocivas da
luz UVB e UVC e emite luz UVA, do mesmo modo que o fósforo em uma lâmpada
fluorescente absorve a luz UV e emite luz visível. O próprio tubo de vidro "negro"
bloqueia a maior parte de luz visível, de modo que somente a luz UVA de onda
longa, que é benigna, e alguma luz visível azul e violeta passam por ele.
A luz negra pode ser encontrada em forma de tubo e de bulbo.

Nesses dois modelos de luz, a luz UV emitida reage com vários fosforosos
externos exatamente do mesmo modo que a luz UV dentro de uma lâmpada
fluorescente reage com o revestimento de fósforo. Os fosforosos externos brilham
enquanto a luz UV está brilhando sobre eles.

O que brilha?

Se você caminhar por aí a noite toda com uma luz negra portátil, descobrirá
que há fosforosos por toda a parte. Há uma grande quantidade de fosforosos
naturais nos seus dentes e unhas, entre outras coisas. Há também muitos
fosforosos nos materiais feitos pelo homem, incluindo telas de televisão e algumas
tintas, tecidos e plásticos. A maioria das coisas com cores fluorescentes tais como
os marca textos, contém fosforosos e você os encontrará em todos os produtos que
brilham no escuro.
Os marca textos comuns funcionam bem como "canetas de luz negra". Sob a
luz negra, a tinta fluorescente brilha.
A primeira coisa que a maioria das pessoas observa quando acende uma luz
negra é que algumas peças de suas roupas brilham. Isso acontece por que a
maioria dos sabões em pó contém fósforo para fazer o branco parecer mais branco
à luz do sol. A luz do sol contém luz UV que faz o branco brilhar "mais claro do que o
branco". As roupas escuras não brilham porque os pigmentos escuros absorvem a
luz UV.
Além de fazer as pessoas e os cartazes fluorescentes parecerem mais
interessantes, a luz negra tem algumas aplicações práticas. Por exemplo:
Os avaliadores de arte a utilizam para detectar falsificações de antiguidades.
Muitas tintas atualmente contêm fosforosos que brilham sob a luz negra, enquanto
que a maioria das tintas antigas não.
Fonte: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/luz-negra1.htm-Acesso em: 28 ago. 2012.
Fonte: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/luz-negra2.htm-Acesso em: 28 ago. 2012.

Rubrica do professor responsável_____________________________________


Rubrica da voluntária ________________________________________________

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