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análise
financeira
Catalogação na Publicação:
Biblioteca Universitária Mario Osorio Marques – Unijuí
CONHECENDO OS PROFESSORES............................................................................................5
3.2.1 – Ativo....................................................................................................................33
3.2.2 – Passivo.................................................................................................................34
REFERÊNCIAS..............................................................................................................................85
EaD
Conhecendo os Professores
análise financeira
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EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
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análise financeira
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EaD
Unidade 1
análise financeira
Outros demonstrativos contábeis, no entanto, também são importantes para fins gerenciais,
constituindo-se em fontes de pesquisa para os alunos. Entre eles podemos citar a Demonstração
do Fluxo de Caixa, a Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido, a Demonstração dos
Lucros ou Prejuízos Acumulados, as Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras, o Relatório
da Diretoria e do Conselho de Administração, o Parecer do Conselho Fiscal e dos Auditores.
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EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
A partir dos Demonstrativos Contábeis (BP e DRE) de uma empresa real você, aluno, será
desafiado a sistematizar e analisar a situação patrimonial e os resultados de uma organização,
detectando tendências quanto à evolução dos ativos, dos passivos, do patrimônio líquido, bem
como das receitas, das despesas e dos diversos níveis de resultados, quais sejam, resultado ou
lucro bruto, operacional e líquido.
Seção 1.1
Observa-se no cenário brasileiro uma alteração na postura das empresas para competir e
sobreviver nesse mercado, utilizando-se, para tanto, dos mais diversos artifícios como: a redu-
ção de custos, a terceirização de atividades, o remodelamento da estrutura produtiva, enfim, um
gerenciamento adequado dos recursos financeiros.
É justamente neste ambiente instável e turbulento que a Análise Financeira, também cha-
mada Análise de Balanços, emerge como um dos instrumentos mais importantes no processo
de gerenciamento contábil global. Como bem explica Pereira da Silva (2010, p. 6), “a análise
financeira de uma empresa consiste num exame minucioso dos dados financeiros disponíveis
sobre a mesma, bem como das condições endógenas e exógenas que afetam financeiramente a
empresa”.
Já para Iudícibus (2010), a Análise de Balanços é a arte de saber extrair relações úteis para
o objetivo econômico que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas
extensões e detalhamentos, se for o caso.
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análise financeira
1
Disponível em: <http://www.fococonsultancy.com.br/content/cursos-e-treinamentos/financas/analise-de-
demonstrativos-economicos-financeiros-das-empresas/>. Acesso em: 12 maio 2012.
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EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
Seção 1.2
Com a crescente concorrência global, as empresas terão cada vez mais necessidade de
informação, tanto em âmbito de mercado quanto a respeito dos planos e intenções de consumi-
dores e competidores. A informação também propicia à empresa um profundo conhecimento de
si mesma e da sua estrutura de negócios, facilitando o planejamento, organização , direção e
controle dos processos, enfim, a gerência do negócio.
Neste sentido, a Teoria Geral de Sistemas surge como uma ferramenta de apoio para a
análise e solução de problemas complexos, pois permite analisar um problema dividindo-o em
partes, sem perder a visão do todo e o relacionamento entre as partes. Neste contexto, os sistemas
podem ser definidos como um conjunto de partes interagentes e interdependentes que formam
um todo com determinado objetivo e função. Esse mecanismo pode ser visualizado na figura a
seguir, que apresenta os elementos componentes do sistema:
Objetivos
Processos
Controle e avaliações
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análise financeira
Segundo Abreu e Abreu (2002), um Sistema de Informações Gerenciais (SIG) pode ser defi-
nido como o processo de transformação de dados em informações2 que são utilizadas na estrutura
decisória da empresa e que proporcionam a sustentação administrativa, visando à otimização
dos resultados esperados. Um sistema de informações pode também ser tecnicamente definido
como um conjunto de procedimentos que coletam (ou recuperam), processam, armazenam e dis-
seminam informações para o suporte nas tomadas de decisão, coordenação, análise, visualização
da organização e controle gerencial. Em suma, esses procedimentos devem permitir que a regra
básica na gestão da informação nas empresas seja cumprida: a informação deve chegar no tempo
certo e na forma certa, para a pessoa certa. A este procedimento se denomina de Just in time.
Meio Ambiente
EMPRESA
2
Dado – qualquer elemento identificado em sua forma bruta. Informação – dado constituído de significados que permite
ao executivo tomar uma decisão.
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EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
Seção 1.3
Devido a sua amplitude, a análise financeira de empresas relaciona-se a várias outras áreas,
com destaque para Contabilidade, Administração Financeira, Economia, Direito e Estatística.
Desse modo, chamar a análise financeira de Análise de Balanços pode soar inadequado,
uma vez que o balanço patrimonial é apenas uma das demonstrações financeiras que a análise
financeira estuda e interpreta.
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EaD
análise financeira
Seção 1.4
Como a empresa se relaciona com todo o ambiente empresarial e social, este certamente
apresenta muitos interessados em melhor conhecer o desempenho atual e a tendência dos re-
sultados da companhia.
Há ainda vários outros usuários externos como os acionistas, investidores, bancos e ins-
tituições financeiras, fornecedores e clientes, governo e órgãos governamentais, sindicatos e
associações de classe.
Os acionistas ou quotistas de uma empresa nem sempre são as pessoas que a administram,
pois podem delegar essa função a administradores profissionais. Já os investidores no mercado de
capitais necessitam tomar decisões sobre qual ação comprar, quando vender, etc. Eles necessitam
de dados técnicos e pareceres sobre as expectativas de risco e retorno das ações, como forma de
melhor direcionar a aplicação de recursos.
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EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
à análise financeira. Dentro do contexto de que os bancos necessitam tomar decisões seguras,
as informações devem fornecer expectativas confiáveis sobre a capacidade de pagamento do
cliente, bem como de sua solidez.
Da mesma forma que o banco, para emprestar dinheiro a seus clientes, necessita de in-
formações seguras para decidir, os fornecedores de mercadorias, serviços e/ou matérias-primas
ou componentes também necessitam avaliar o risco de crédito de seus compradores. O cliente
também pode analisar seu fornecedor para conhecer sua solidez ou avaliar sua condição de
suprir a empresa com matéria-prima numa situação de expansão ou ainda de pós-venda, como
fornecer assistência técnica.
O governo, por sua vez, tem um interesse bem particular, pois grande parte da arreca-
dação de tributos requer um sistema de apuração que se utiliza das informações contábeis. As
demonstrações financeiras, bem como as informações prestadas aos vários órgãos do governo,
constituem um importante banco de dados. Além disso, é desejo do Estado que as empresas
contribuam para a geração de trabalho, renda e desenvolvimento local e regional.
Por fim, as associações de classes e sindicatos também deveriam solicitar de seus associados
suas demonstrações financeiras, objetivando desenvolver estudos e estatísticas sobre as caracte-
rísticas e o desempenho do segmento em que atuam. Do lado dos trabalhadores, as suas entidades
de representação certamente se amparam em análises e desempenho do setor para requerer e
reivindicar melhores condições de trabalho e renda aos seus filiados e a sua categoria.
Seção 1.5
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EaD
análise financeira
Seção 1.6
As empresas são regulamentadas por um conjunto de leis e normas que, entre outros as-
pectos, disciplinam a apresentação das demonstrações financeiras. Ao analista financeiro é ne-
cessário um conhecimento mínimo sobre o contexto legal e fiscal, em razão de suas implicações
nos resultados e nas obrigações das empresas.
3
Disponível em: <http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/e-legal/2011/10/07/sigilo-bancario/>. Acesso em: 12 maio
2012.
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Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
Sob o aspecto jurídico, o homem se organiza de formas diferentes para produzir bens e
serviços. No quadro a seguir, extraído de Pereira da Silva (2010, p. 44), constam as principais
formas de organizações jurídicas conforme a legislação brasileira:
Empresário
Não Em comum
Personificada Em conta de participação
Pode ser
Empresária Simples
Limitada Sim Sim
Sociedade Fechada Deve ser Não
Anônima
Personificada Aberta Deve ser Não
Em nome coletivo Sim Sim
Em comandita simples Sim Sim
Em comandita por ações Sim Não
Cooperativas Não Deve ser
Fonte: Pereira da Silva (2010, p. 44).
Sua responsabilidade é sempre ilimitada, o que significa que ele responde não só com os
bens da empresa, mas também com todos os seus bens particulares. As principais vantagens são:
todo o lucro fica para o proprietário; a manutenção do sigilo é mais fácil e sua dissolução é sim-
plificada. Como desvantagens, podemos citar: responsabilidade ilimitada do dono; limitação na
obtenção de recursos; pouca oportunidade para os empregados; atividades concentradas na mão
do proprietário e desaparecimento com a morte deste. Mesmo, contudo, havendo obrigatoriedade
de registro na receita federal (CNPJ), a firma individual não é caracterizada como sociedade.
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análise financeira
Sociedade em comum, regida pelos artigos 986 a 990 do Código Civil, é a sociedade que
não possui seus atos constitutivos devidamente registrados nos órgãos competentes. Todos os
sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluídos do benefício da
ordem.
Sociedade em conta de participação, regida pelos artigos 991 a 996 do Código Civil. Ocorre
quando duas ou mais pessoas unem-se sem razão social para a realização comum de uma ou
mais operações do comércio, findas as quais a sociedade desaparece. Os sócios realizam opera-
ções em seus nomes e a sociedade só é conhecida por seus participantes. Seus sócios podem ser
ostensivos ou ocultos. Os ostensivos são aqueles que se obrigam perante terceiros. Os ocultos
obrigam-se perante os ostensivos.
A sociedade limitada é regida pelos artigos 1.052 a 1.087 do Código Civil. De modo ge-
nérico, a sociedade limitada tende a ser empresa de porte pequeno ou médio. Nada impede,
entretanto, que uma limitada possa ser de grande porte. Muitas empresas brasileiras de maior
porte optam por este tipo de sociedade justamente para evitar a obrigação legal de divulgarem
suas demonstrações financeiras.
Elas possuem seu capital dividido em quotas. Em princípio, cada sócio responde pelas
quotas de capital que subscreveu e, no caso de falência, também pela totalidade do capital não
integralizado.
A sociedade anônima é regida pelos artigos 1.088 e 1.089 do Código Civil e pela Lei Nº
6.404, de 15/12/1976 e suas alterações. É uma sociedade impessoal, não considera as aptidões
pessoais de seus acionistas. A sociedade anônima tem seu capital social dividido em ações e a
responsabilidade do acionista é limitada ao valor das ações que subscreveu. Seu capital pode
ser aberto ou fechado.
As sociedades anônimas de capital aberto têm suas ações negociadas em Bolsas de Valores
e possuem uma série de obrigações de divulgação de informações destinadas ao mercado de
capitais, sendo fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
As sociedades anônimas de capital fechado não têm suas ações negociadas em Bolsa de
Valores e, geralmente, têm menos obrigação de divulgar informações.
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De modo geral, as sociedades anônimas têm como vantagens: maior possibilidade de ob-
tenção de fundos por meio da colocação de ações no mercado, maior facilidade de transferência
(negociação) das ações, via Bolsa de Valores e, portanto, vida longa da empresa, melhores con-
dições para manter uma administração profissional e maior capacidade de expansão (Pereira da
Silva, 2010, p. 46).
Sociedade em nome coletivo, regida pelos artigos 1.039 e 1.044 do Código Civil. Somente
pessoas físicas podem tomar parte nesse tipo de sociedade. Os sócios têm responsabilidade soli-
dária e ilimitada. Qualquer responsabilidade assumida por qualquer sócio obriga os demais. Os
bens particulares dos sócios respondem pelas dívidas da sociedade. A administração da sociedade
compete exclusivamente aos sócios. A razão social é composta pelo nome de um, de alguns ou
de todos os sócios. Quando dela não constarem os nomes de todos os sócios, deve vir acrescida
da expressão “& Companhia”.
Sociedade em comandita simples, regida pelos artigos 1.045 a 1.051 do Código Civil.
Os sócios comanditados, pessoas físicas, possuem responsabilidade solidária e ilimitada pelas
obrigações. Os sócios comanditários possuem responsabilidade limitada à quota do capital que
subscreveram. Na razão social pode constar o nome de um, de alguns ou de todos os sócios co-
manditados. Quando não constar o nome de todos, é seguida da expressão “& Companhia”.
Sociedade em comandita por ações, regida pelos artigos 1.090 a 1.092 do Código Civil e
pelas normas das sociedades anônimas. Somente o acionista que tem qualidade para adminis-
trar a sociedade como diretor responde solidária e ilimitadamente. Os acionistas comanditários
possuem responsabilidade limitada à quota do capital que subscreveram. Na razão social, pode
constar o nome de um, de alguns ou de todos os sócios comanditados. Quando não constar o
nome de todos, é seguida da expressão “& Companhia”.
Sociedade cooperativa, regida pelos artigos 1.093 a 1.096 do Código Civil. Entre outras
características, tem a intransferibilidade de suas quotas de capital de terceiros, ainda que por
herança. A sociedade cooperativa será sempre do tipo simples, independentemente de seu obje-
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EaD
análise financeira
tivo social. Esta sociedade segue também a legislação específica voltada ao cooperativismo. Para
maiores detalhes pesquisar em: lei 5.764, de 16/12/1971, que define a Política Nacional de Coo-
perativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas e dá outras providências.
Síntese da Unidade 1
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EaD
Unidade 2
análise financeira
• Conhecer e entender o trabalho de preparação dos dados para análise financeira com destaque
para a revisão dos demonstrativos financeiros da empresa, uma vez que a análise financeira
exige uma elaboração preliminar das peças contábeis, a chamada padronização das demons-
trações contábeis, considerada uma etapa que antecede a análise propriamente dita.
Nesta Unidade, vamos tratar de todas as etapas que envolvem o trabalho de análise, indo
desde a obtenção dos dados e informações que a sustentam, até a elaboração de um parecer final
e conclusivo sobre a situação econômico-financeira da empresa analisada.
A análise das demonstrações financeiras exige uma preparação preliminar das peças con-
tábeis. O processo de análise como um todo obedece a uma sequência, conforme segue:
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EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
As demonstrações contábeis são apenas canais de informação sobre a empresa, tendo como
objetivo principal subsidiar a tomada de decisão. A análise financeira de uma empresa envolve
basicamente as seguintes atividades:
Seção 2.1
Não podemos esquecer, contudo, daquelas empresas não auditadas ou que nem mesmo
apresentam ou elaboram demonstrativos contábeis. Nesses casos, o trabalho do analista torna-
se mais árduo, uma vez que cabe a ele checar os valores apresentados ou mesmo construir os
demonstrativos para análise.
Neste momento de coleta e análise da documentação, uma peça muito importante a ser
estudada são as Notas Explicativas, obrigatórias para as companhias abertas, e que tem como
objetivo clarear e explicar a composição de algumas contas patrimoniais, assim como discorrer
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EaD
análise financeira
Seção 2.2
A preparação e o processamento das demonstrações financeiras para fins de análise têm por
finalidade levar as peças contábeis a uma padronização que atenda às diretrizes técnicas internas
da instituição ou do profissional que esteja desenvolvendo a análise, atendendo a determinada
finalidade, como subsidiar decisões de investimentos ou de crédito, entre outros objetivos.
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EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
na apresentação de tais demonstrações. Outro objetivo é fazer com que as demonstrações aten-
dam às necessidades de análise e sejam apresentadas de forma simples de visualizar e fácil de
entender.
Seção 2.3
Análise e Conclusão
b) capacidade de remunerar os investidores gerando lucro em níveis compatíveis com suas ex-
pectativas;
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EaD
análise financeira
Sem prejuízo de um parecer final sobre a situação geral da empresa, a ser produzido no
final da análise, à medida que formos apresentando cada um dos métodos e produzindo os res-
pectivos indicadores, comentaremos a respeito do seu conceito e interpretação. Ressaltamos que
os comentários e colocações deste texto, para aprofundamento dos conhecimentos, devem ser
complementados com as leituras indicadas nas referências.
A etapa que passamos a concluir é uma das fases mais importantes da análise, consistindo
em identificar, ordenar, destacar e escrever sobre os principais pontos e recomendações acerca
da empresa.1
Precisamos ter presente que não basta ser um bom analista, é preciso saber expor seu pa-
recer em linguagem simples, clara, consistente, de modo que o usuário da análise, pela leitura
do relatório, conheça a empresa e possa tomar decisões sobre a mesma. Nesse sentido, vale
ressaltar que o conhecimento prévio do objetivo da análise é fundamental para o analista no
direcionamento e conclusão de seu trabalho.
Síntese da Unidade 2
1
Disponível em: <http://www.forex89.com/analise-fundamental/>. Acesso em: 12 maio 2012.
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EaD
Unidade 3
análise financeira
AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Seção 3.1
Fundamentação Legal
Ao fim de cada exercício social, a Diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil
da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão expressar com clareza a
situação patrimonial da companhia e as mutações no exercício:
I – balanço patrimonial;
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EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
III – demonstrações dos lucros ou prejuízos acumulados ou demonstração das mutações do pa-
trimônio líquido;
O principal objetivo da Lei nº 11.638/07 foi a busca de uma convergência contábil inter-
nacional, visando, portanto, ao benefício do acesso das empresas brasileiras a capitais externos
a um custo e uma taxa de risco menores.
Seção 3.2
O ativo mostra onde a empresa aplicou os recursos, ou seja, os bens e direitos que possui.
O passivo e o patrimônio líquido revelam de onde vieram os recursos, isto é, os recursos prove-
nientes de terceiros e os próprios. Os recursos próprios podem ser originários de capital colocado
na empresa pelos sócios ou de lucro gerado pela empresa e reinvestido nela. No quadro a seguir
podemos verificar esquematicamente como apresentar o balanço.1
1
Disponível em: <http://www.quebarato.com.br/servicos.html?q=Balan%C3%A7o>. Acesso em: 12 maio 2012.
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análise financeira
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EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
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EaD
análise financeira
3.2.1 – Ativo
As contas do ativo estão dispostas segundo uma suposta ordem de liquidez ou de conversi-
bilidade. Assim, as contas com maior liquidez são as que aparecem na parte superior do ativo e
as de mais difícil realização na parte inferior. Por exemplo, o dinheiro (que é o ativo mais líquido)
que a empresa possui em caixa na data do balanço é classificado no ativo circulante, enquanto os
equipamentos que a empresa usa na produção são classificados no ativo imobilizado. Esse critério
é adotado no Brasil e em outros países para classificar os bens e direitos da empresa no ativo
O ativo não circulante compreende o ativo realizável a longo prazo, investimentos, imo-
bilizado e o intangível.
O realizável a longo prazo é composto pelas rubricas que tiverem prazo de realização após
o término do exercício seguinte ao do balanço, ou seja, demorarem mais de um ano para serem
recebidas.
O imobilizado compreende os direitos que tenham por objeto bens destinados à manuten-
ção das atividades da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade
industrial e comercial. É representado por bens tangíveis que sejam utilizados nas atividades da
empresa e que não sejam destinados à venda. São exemplos os imóveis e terrenos, máquinas e
equipamentos, equipamentos de informática, veículos, móveis e instalações, imobilizações em
andamento, entre outros.
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EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
O intangível, como o próprio nome diz, é representado por bens incorpóreos, como o valor da
marca, os investimentos em capacitação técnica dos empregados e os sistemas de informatização.
3.2.2 – Passivo
O passivo representa as fontes de recursos utilizadas pela empresa, podendo tais recursos
ser provenientes de terceiros (dívidas) ou dos sócios por meio de aporte de capital ou de lucro
gerado pela própria empresa.
Estas obrigações, identificadas como de longo prazo, são caracterizadas por terem seus
vencimentos após o término do exercício seguinte, isto é, num prazo superior a um ano. As mais
frequentes são: financiamentos de longo prazo, debêntures de longo prazo, tributos parcelados,
dentre outros.
Por fim, no passivo consta o Patrimônio Líquido, ou seja, a parte da empresa que pertence a
seus proprietários. Ele representa as fontes próprias à disposição da empresa. É subdividido em:
Capital Social – no caso das sociedades anônimas, o capital social é representado pelas
ações. Quando se trata de uma sociedade limitada, o capital é dividido em quotas. Na subscrição,
o acionista, sócio ou quotista assume o compromisso perante a própria empresa de participar de
seu capital social, adquirindo determinada quantidade de ações ou de quotas. A integralização
do capital ocorre quando o sócio ou acionista efetua o pagamento à empresa pelas ações ou
quotas que havia subscrito. Capital a integralizar representa as parcelas de capital que foram
subscritas pelos acionistas ou proprietários das empresas e que ainda não foram integralizadas.
É uma conta redutora do “capital subscrito”.
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EaD
análise financeira
Reservas de capital – constituem-se numa espécie de reforço ao capital social, podendo advir
de ágio na emissão de ações, alienação de partes beneficiárias, alienações de bônus de subscri-
ção, prêmio recebido pela emissão de debêntures, doação de bens e subvenções recebidas pelas
empresas, entre outros. Reservas de Lucros – são constituídas a partir do lucro da empresa.
Ações em tesouraria – são as ações adquiridas pela própria empresa, cujo valor deve ser
deduzido do patrimônio líquido.
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EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
Seção 3.3
Cabe salientar que a DRE retrata apenas o fluxo econômico e não o fluxo monetário (fluxo
de dinheiro). Para a DRE não importa se uma receita ou despesa tem reflexos em dinheiro, bas-
ta apenas que afete o Patrimônio Líquido, entre duas datas. É apresentada de forma dedutiva
(vertical), ou seja, das receitas subtraem-se os custos e as despesas e em seguida indica-se o
resultado (lucro ou prejuízo). Veja o quadro a seguir.
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EaD
análise financeira
Vendas canceladas: são aquelas decorrentes das devoluções efetuadas pelos clientes, em
razão de os produtos não atenderem a suas especificações, apresentarem defeitos, ou por qualquer
outro motivo. São aquelas vendas que não se efetivaram de fato, e que, por razões de registro
contábil, assim são denominadas.
Abatimentos sobre vendas: são decorrentes de descontos especiais concedidos aos clientes
em virtude de defeitos apresentados, por exemplo.
Impostos incidentes sobre vendas: no caso de impostos incidentes sobre vendas, trata-se
de valores que foram transferidos pela empresa para os governos federal (IPI), estadual (ICMS)
ou municipal (ISS), por exemplo. A empresa é mera depositária destes recursos, porém eles são
registrados na Contabilidade.
Receita operacional líquida: é efetivamente a parte da receita que ficará para a empresa
cobrir seus custos e despesas e para gerar lucro. Em síntese, a receita operacional bruta é ge-
rada pela dedução das devoluções, abatimentos e impostos incidentes sobre vendas da receita
operacional bruta conforme podemos visualizar no quadro a seguir.
A expressão “custo das vendas” é bastante genérica, devendo, por essa razão, ser especi-
ficada por setor da economia:
• Para empresas industriais o custo das vendas é denominado Custo dos Produtos Vendidos
(CPV)
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EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
• Para as empresas comerciais o custo das vendas é denominado Custo das Mercadorias Vendidas
(CMV)
• Para as empresas prestadoras de serviços o custo das vendas é denominado Custo dos Serviços
Prestados (CSP)
Despesas com vendas: abrangem desde a promoção do produto até sua colocação junto
ao consumidor (comercialização e distribuição). São despesas com o pessoal da área de vendas,
comissões sobre vendas, salários e encargos do pessoal da área de vendas, aluguéis relativos aos
escritórios de vendas, material de escritório, propaganda e publicidade, marketing. Também a
provisão para devedores duvidosos é considerada uma despesa operacional com vendas, porém
não dedutível para fins de apuração do lucro tributável.
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EaD
análise financeira
Despesas gerais: as despesas com vendas e administração mencionadas nos tópicos an-
teriores constituem as principais despesas operacionais da empresa. Assim sendo, nos casos
excepcionais em que as despesas gerais sejam elevadas, será necessário que o analista busque
esclarecimentos sobre a sua natureza.
Outras despesas e receitas: com a eliminação das despesas não operacionais, as entidades
deverão apresentar as “outras receitas/despesas” no grupo operacional, ao invés de após a linha
operacional. Assim, a nova estrutura contábil não adota as despesas e receitas não operacionais,
possibilitando seu agrupamento em “outras despesas e receitas”. Para fins de análise financeira,
avaliação de empresas e tomada de decisão, as despesas e as receitas devem ser tratadas como
operacionais quando forem recorrentes.
Resultado antes das receitas e despesas financeiras: este totalizador é sugerido na norma
da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que tem por finalidade expressar o resultado antes
de computar o resultado financeiro.
Imposto sobre o lucro: representa o imposto de renda do exercício que é uma percentagem
do lucro tributável. Cabe destacar que o lucro tributável (chamado pela Receita Federal de lucro
real) difere do lucro contábil que aparece na demonstração de resultado. Segundo a legislação
fiscal, o lucro real (tributável) é o lucro líquido do exercício, mais as despesas não dedutíveis
(consideradas na apuração do lucro líquido), menos os valores autorizados na apuração do lucro
líquido, menos as receitas não tributáveis. Considerando que a legislação fiscal é muito dinâ-
mica no Brasil, apresentando mudanças com relativa frequência, é recomendável que o analista
procure acompanhá-la com atenção para estar a par das possíveis mudanças.
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EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
O lucro líquido indica o resultado do exercício após computar a totalidade das receitas de
vendas, a dedução dos custos dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos, a dedução das
despesas operacionais, as receitas e despesas financeiras em geral, o resultado de equivalência
patrimonial, o imposto de renda, a contribuição social e as participações. O lucro líquido, portanto,
é a parcela do resultado do período que sobrou para os acionistas, os sócios ou os quotistas.
O lucro líquido terá sua destinação orientada pelo estatuto ou contrato social da empresa,
observadas as diretrizes da Lei das S.A., em seus artigos 193 a 203. O lucro líquido é um dos
itens mais importantes para os proprietários da empresa, pois representa o retorno sobre o capital
por eles investidos.
A seguir um exemplo de DRE, em que podem ser observados os códigos do Plano de Contas.
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análise financeira
Síntese da Unidade 3
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EaD
Unidade 4
análise financeira
• Conhecer e entender a finalidade da análise vertical e a sua importância para avaliar a estrutura
de composição de itens e sua evolução no tempo, e aprender que a análise horizontal aponta
o crescimento dos itens do balanço e da demonstração de resultado através de períodos.
Seção 4.1
Análise Vertical
Segundo Pereira da Silva (2010, p. 199), o primeiro propósito da análise vertical (AV) é
mostrar a participação relativa de cada item de uma demonstração contábil em relação a de-
terminado referencial. O percentual de cada conta revela sua real importância no conjunto. No
entendimento de Iudícibus (2010, p. 86), este tipo de análise é importante para avaliar a estrutura
da composição de itens e sua evolução no tempo.
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EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
RUBRICA
AV = X 100
BASE
AV = Análise Vertical
Quanto ao cálculo podemos observar que a análise vertical toma o ativo total como base
100%, de modo que o ativo circulante representa 58% do total do ativo.
Exemplo:
44
EaD
análise financeira
A partir do exemplo podemos identificar que o Ativo Circulante representa 58% do ativo
total, com as disponibilidades representando 22,5%, os créditos 15,4%, os estoques também
totalizam 15,4% e por fim a rubrica (outros) representa 4,7% do ativo circulante. Podemos veri-
ficar ainda que o Ativo Não Circulante representa 42% do ativo total, o RLP representa 6,1%, os
investimentos somam 0,4%, o imobilizado totaliza 32,9% e o intangível constitui 2,6% do ativo
não circulante.
Conforme Matarazzo (2010, p. 176), os objetivos genéricos da análise vertical são os se-
guintes: mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que per-
tence e, por meio da comparação com a sua concorrência principal, ou com padrões do ramo ou
ainda com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens fora
das proporções normais. Em sentido restrito, destaca-se o seguinte objetivo da Análise Vertical:
indicar a estrutura do Ativo e Passivo, bem como suas modificações (AV).
Para exemplificar vamos verificar como ficou a Análise Vertical do Balanço Patrimonial da
Empresa Alfha:
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Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
Veja que neste quadro, para fins de apresentação facilitada, optou-se por realizar os cálculos
sem utilizar casas após a vírgula. Gostaríamos de destacar que sempre é prudente apresentar
os resultados com pelo menos uma casa decimal, ou seja, uma casa após a vírgula. Percebe-se
que os passivos de longo prazo reduziram-se substancialmente, enquanto o patrimônio líquido
cresceu em termos relativos de forma importante, passando de 34% no ano 20X1 para 49% no
ano 20X3, melhorando significativamente a relação do capital de terceiros em relação ao capital
próprio, no período de três anos. Perceba que os passivos circulantes, ou seja, as dívidas de curto
prazo, mantiveram-se constantes em termos percentuais.
Para exemplificar a Análise Vertical da DRE vamos verificar como ficou a AV da empresa
Alpha.
Seção 4.2
Análise Horizontal
46
EaD
análise financeira
Para Iudícibus (2010 p. 83), “a finalidade principal da análise horizontal é apontar o cres-
cimento dos itens dos balanços e das demonstrações de resultados através dos períodos, a fim
de caracterizar tendências”.
Para calcularmos os percentuais para análise horizontal (AH) dividimos o valor da rubrica
em análise em (Xn) pelo valor da mesma rubrica em (X1) e multiplicamos o resultado por cem.
Para tanto podemos utilizar a seguinte fórmula:
RUBRICA EM ANÁLISE EM Xn
AH = X 100
RUBRICA EM ANÁLISE EM X1
AH = Análise Horizontal
Xn = Rubrica em 20xn
X1 = Rubrica em 20x1
Exemplo:
Quanto ao cálculo podemos observar que a análise horizontal toma o exercício mais antigo
como base 100%, calculando, a partir desse ponto, as evoluções dos valores nos anos seguintes,
de modo que o resultado demonstra um crescimento de 20X1 para 20X2 de 33% do total do ativo.
Em outras palavras, significa dizer que o ativo total cresceu 33% no período.
Exemplo:
47
EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
A partir do exemplo de cálculo para fins da análise horizontal, podemos identificar que,
enquanto o ativo total apresentou um crescimento de 33% no período, o ativo circulante mostrou
um crescimento de 31% de 20X1 para 20X2 e o ativo não circulante experimentou uma elevação
de 36% no mesmo período.
Para exemplificar vamos verificar como ficou a Análise Horizontal do Balanço Patrimonial
da Empresa Alfha:
48
EaD
análise financeira
Pelo quadro anterior percebe-se que o crescimento horizontal variou no lado do ativo cir-
culante, de forma mais significativa na conta disponibilidades e no lado do passivo circulante,
a conta empréstimos e financiamentos de curto prazo. Na rubrica patrimônio líquido a conta
lucros acumulados alavancou mais o patrimônio da empresa.
Para exemplificar a Análise Horizontal da DRE, vamos verificar como ficou a AH da De-
monstração de Resultados do Exercício da Empresa Alfha:
Síntese da Unidade 4
49
EaD
Unidade 5
análise financeira
Seção 5.1
51
EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
PC = Passivo Circulante
PL = Patrimônio Líquido
A função do analista, porém, não deve se limitar à simples observação da manutenção, subi-
da ou descida do índice, sendo necessário investigar as causas que interferem no comportamento
da empresa. É imperioso identificar e mencionar, por exemplo, que a elevação da dependência
de capitais de terceiros decorre de investimentos estratégicos realizados pela empresa, a fim de
alcançar competitividade no setor em que atua, obviamente se isso condiz com a realidade.
Assim como nas Ciências Jurídicas e Sociais, aqui também podemos ter fatores atenuantes
e agravantes. Cabe, então, produzir comentários sobre os seguintes aspectos:
• prazos de vencimentos das dívidas, considerando que quanto mais longo o prazo melhor é a
situação;
• a participação das dívidas onerosas no passivo circulante. Alto endividamento, por conta ape-
nas de débitos operacionais (fornecedores, impostos sobre vendas e encargos trabalhistas) não
revela, necessariamente, uma má situação;
• o tipo e origem dos empréstimos, principalmente no que diz respeito à moeda e encargos
remuneratórios. Uma dívida em dólares para quem não possui hedge (proteção), natural em
exportações, pode representar um alto risco;
• os passivos ou obrigações não registrados, que forem identificados, devem ser acrescidos para
fins de análise;
• as reavaliações de ativos;
52
EaD
análise financeira
Assim como fizemos com a análise vertical e horizontal, aqui também utilizaremos os nú-
meros dos demonstrativos contábeis da Empresa Alfha para elaborar o cálculo dos indicadores,
como é o caso do quadro a seguir, que apresenta a relação entre as fontes de recursos da empresa
nos anos de 20X1, 20X2 e 20X3.
Trata-se do nosso primeiro índice em análise e, por isso mesmo, é importante registrar
que o comentário aqui produzido não representa mais que um exemplo de abordagem. Esse é
o momento mágico da análise financeira, exigindo que o analista exercite todo o poder do seu
intelecto para, com muita perspicácia, estudo e criatividade, produzir a melhor interpretação
possível, condizente com o desempenho atual e perspectivas futuras da empresa.
53
EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
Seção 5.2
CE = Composição do Endividamento
PC = Passivo Circulante
Para a aplicação da fórmula, aqui também utilizaremos os números extraídos dos demons-
trativos contábeis da Empresa Alfha para elaborar o cálculo dos indicadores, como é o caso do
quadro a seguir, que apresenta a relação entre as fontes de recursos da empresa nos anos de
20X1, 20X2 e 20X3.
54
EaD
análise financeira
Não obstante, o fato de a dívida estar praticamente equilibrada nos três períodos, tendo o
indicador piorado em 20X3, concentrando mais dívidas no curto prazo não é, necessariamente,
um fator negativo. É preciso conhecer a estrutura geral da empresa, quanto a sua participação
de capitais de terceiro, sua capacidade de geração de recursos e mesmo sua condição de renovar
a dívida de curto prazo junto aos credores, se necessário.
Seção 5.3
PL = Patrimônio Líquido
55
EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
De acordo com Pereira da Silva (2010, p. 263), os principais pontos a serem observados
pelo analista, com relação ao índice de imobilização, são:
• como variou o patrimônio líquido no período: lucros, prejuízos, aportes de capital, cisões, fusões
e incorporações;
• dependendo do tipo de atividade, o analista deve solicitar os detalhes que julgue importante
em cada caso, podendo abranger inclusive o nível de utilização da capacidade de produção,
contratos de leasing, os terrenos adquiridos para construção de fábricas no futuro o que vai
requer novos investimentos de capital).
56
EaD
análise financeira
Como se constata, a Empresa Alfha, no exercício 20X1 possuía mais de 100% de seu pa-
trimônio líquido imobilizado. Observa-se, porém, que no período de 20X2 e 20X3, de todo o pa-
trimônio líquido apenas em torno de 80% encontrava-se no imobilizado, ou seja, isso demonstra
que houve uma relativa melhora, podendo a empresa utilizar as sobras (20%) para investimento
nos demais itens do ativo, fato que revela uma melhora na situação da empresa nos dois últimos
períodos sob a ótica da estrutura patrimonial e capacidade financeira.
Seção 5.4
Esse indicador reforça as conclusões tiradas a partir do índice Relação Entre as Fontes de
Recursos, revelando o percentual do ativo que é financiado por capitais de terceiros.
EG = Endividamento geral
PC = Passivo Circulante
AT = Ativo Total
57
EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
Considerando que esse indicador encontra-se intimamente vinculado com a “relação entre
fontes de recursos”, ambos indicando a proporção de capital próprio e de terceiros que financiam
os ativos da empresa, podemos perceber que a Empresa Alfha reduziu significativamente a sua
tomada de empréstimos, optando, por sua vez, por aplicar um maior volume de recursos pró-
prios em investimentos realizados no seu ativo imobilizado. Para chegar a essa conclusão basta
verificar a evolução das respectivas contas, diretamente nos quadros que apresentam os ativos
e passivos da empresa. A estratégia mais utilizada, como já comentado na análise horizontal, foi
a retenção e reaplicação de lucros acumulados e não distribuídos.
Seção 5.5
DD = Duplicatas descontadas
DR = Duplicatas a receber
No decorrer do ciclo operacional, muitas vezes as empresas vendem seus produtos a prazo
e emitem duplicatas a seus clientes. Quando precisam de dinheiro, dirigem-se aos bancos para
descontar as referidas duplicatas. Justamente porque as empresas só descontam as duplicatas
quando estiverem precisando de dinheiro é que este índice é do tipo “quanto maior, pior”.
Pereira da Silva (2010, p. 273-274) emite alguns comentários acerca deste índice:
• Normalmente, quanto maior a necessidade de recursos financeiros, maior será o nível de des-
conto de duplicatas, podendo-se até chegar ao extremo de emitir títulos que não correspondam
a uma venda efetuada (duplicata fria).
58
EaD
análise financeira
• Muitas vezes as duplicatas da empresa estão comprometidas como garantia de outras operações
e não há duplicatas para descontar.
Síntese da Unidade 5
59
EaD
Unidade 6
análise financeira
ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Os índices desse grupo evidenciam a base da situação financeira da empresa, isto é, cons-
tituem uma apreciação sobre sua capacidade de saldar compromissos a partir da comparação
entre os direitos disponíveis e realizáveis com as obrigações da companhia. Uma empresa com
índices de liquidez superiores à unidade, em tese, tem condições de pagar suas dívidas.
Isso, porém, não significa que ela esteja fazendo tal procedimento. O descasamento de
prazos do fluxo de caixa normalmente traz dificuldades. Se a empresa possui R$ 500 mil para
receber em 60 dias, no entanto tem uma conta a pagar que vence em 30 dias esta empresa ne-
cessariamente deverá buscar suprimento de giro em bancos ou outras fontes de recursos que
não os aplicados na rubrica “contas a receber”.
Cabe salientar que liquidez não é sinônimo de solvência. Liquidez é a capacidade de liqui-
dar as obrigações em dia, por meio do giro dos negócios. Solvência é a capacidade de liquidar
todas as dívidas da empresa, mesmo que para isso tenha de lançar mão até mesmo dos ativos
imobilizados. Tecnicamente, uma empresa encontra-se em situação de insolvência quando o
seu passivo exigível é superior ao ativo total. Nesse caso, diz-se que apresenta “passivo a des-
coberto”.
61
EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
Seção 6.1
Indica quanto a empresa possui em dinheiro, mais bens e direitos realizáveis no curto prazo
(próximo exercício), comparado com suas dívidas a serem pagas no mesmo período.
LC = Liquidez corrente
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
Para empresas comerciais e industriais, que trabalham com estoques e duplicatas a receber,
tem-se como bom um índice de liquidez acima de “1”. No caso de algumas empresas prestadoras
de serviços, como transportes coletivos urbanos, que recebem suas vendas à vista, índices infe-
riores à unidade podem ser perfeitamente aceitáveis, uma vez que as entradas diárias oportuni-
zarão o cumprimento das obrigações financeiras. Como se vê, a interpretação deste, e também
dos demais índices que estudaremos, precisa considerar as peculiaridades de cada negócio.
62
EaD
análise financeira
Como os números anteriores revelam, a liquidez corrente da Empresa Alfha é muito boa,
mostrando que para cada real de dívida de curto prazo a empresa detém R$ 1,86 de ativos cir-
culantes em 20X1, aumentando para R$ 2,13 em 20X2, e permanecendo em R$ 1,94 em 20X3.
Ou seja, evidencia folga financeira. O conceito de quanto maior melhor também precisa ser
considerado com relatividade, uma vez que altos índices de liquidez podem revelar disfunções
financeiras, como estoques em excesso, adiantamento a fornecedores e elevada inadimplência
de clientes.
Seção 6.2
LS = Liquidez Seca
AC = Ativo Circulante
Est = Estoques
PC = Passivo Circulante
A interpretação do índice de liquidez seca segue o mesmo raciocínio dos índices de liquidez
geral e corrente, isto é, “quanto maior, melhor”, mantidos constantes os demais fatores.
63
EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
A liquidez seca da Empresa Alfha revela que a empresa não depende da venda de esto-
ques para solver ou liquidar seus compromissos de curto prazo. Embora o índice tenha caído de
20X2 para 20X3, ainda indica que, para cada real de dívida de curto prazo, a empresa dispõe
de R$ 1,50 de circulantes (sem os estoques) para cumprir com os compromissos financeiros de
curto prazo. Quando a empresa não trabalha com estoques, cabe observar que tanto a liquidez
corrente quanto a seca apresentam o mesmo resultado.
Seção 6.3
Indica quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto e longo
prazos, para fazer frente as suas dívidas totais (passivo exigível).
LG = Liquidez Geral
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
O índice de liquidez geral é um indicador que subentende que, se a empresa fosse cessar
suas atividades naquele momento, deveria pagar suas dívidas com seu dinheiro (disponibilida-
des) mais seus realizáveis.
64
EaD
análise financeira
As informações da Empresa Alfha para aplicação prática da fórmula podem ser obtidas no
quadro a seguir:
O cálculo, em verdade, expressa uma situação mais de solvência do que de liquidez, uma
vez que inclui no denominador todos os passivos de curto e longo prazos. Normalmente uma
empresa apenas liquida todas as obrigações se estiver sendo cogitada sua extinção, o que torna
esse índice pouco significativo para situações normais.
Também nesse aspecto a Alfha apresenta índices positivos ao longo do período analisado.
Demonstra que apresenta plenas condições de pagar todas as suas dívidas, pois possui dinheiro,
bens e direitos realizáveis a curto e longo prazos para cumprir com suas dívidas totais.
Síntese da Unidade 6
65
EaD
Unidade 7
análise financeira
• Conhecer e entender por meio das demonstrações financeiras, quantos dias em média a em-
presa está precisando para renovação de seus estoques; como podem ser calculados e quantos
dias em média, a empresa terá de esperar para receber suas vendas e quantos dias, a empresa
tem para pagar suas compras.
Cada uma das fases operacionais, a saber, estocagem de materiais, produção, estocagem
de produtos acabados e recebimento das vendas, possui determinada duração.1
1
Disponível em: <http://www.mundodastribos.com/cursos-online-gratuitos-sebrae-analise-e-planejamento-financeiro.
html>. Acesso em: 12 maio 2012.
67
EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
Seção 7.1
O prazo médio de estoques indica quantos dias, em média, os produtos ficam armazenados
na empresa antes de serem vendidos. O volume de estoques mantidos por uma empresa decorre
fundamentalmente do seu volume de vendas e de sua política de estocagem. Quanto maiores os
estoques, mais recursos as empresas estão comprometendo com os mesmos.
ESTm = Estoque médio (aplicar a fórmula: ((ESTi + ESTf)/2), considerando Ei = estoque inicial
que é o valor do estoque final do ano anterior e Ef = estoque final do exercício atual, dividindo
o resultado da soma por dois.
Do ponto de vista de análise de risco, prazo médio de estoques é um índice do tipo quanto
maior, pior. O conceito de prazos médios está intimamente ligado ao conceito de giro ou rotação,
que representa o número de vezes que, no caso, os estoques são repostos durante o ano. Quanto
maior o prazo médio, maior a rotação, uma vez que para obter o giro, basta dividir os dias do
ano pelo prazo médio observado.
Financeiramente, quanto maior a rotação dos estoques, melhor será a situação da empresa,
pois estará investindo menos recursos nesse tipo de ativo. Resta ter o cuidado para que níveis
baixos de estoque não prejudiquem a produção e as vendas. Vale, aqui, lembrar o conceito do
“Just-in-Time”, que, ao prever a organização do processo produtivo como um todo, inclui a mi-
nimização dos estoques.
68
EaD
análise financeira
Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular o estoque médio de 20X2 e 20X3,
uma vez que o estoque de 20X1 será considerado o estoque inicial para 20X2.
Uma vez encontrados os valores do estoque médio prosseguimos com a aplicação da fór-
mula de prazo médio de estoques:
Observa-se que a Empresa Alfha vem girando seu estoque no prazo de 56 e 57 dias, respec-
tivamente, para os anos de 20X2 e 20X3. A tendência é de que as empresas procurem girar seus
estoques cada vez mais rápido. Vale ressaltar também que é importante observar a composição
dos estoques (matéria-prima, produtos em processo e produtos acabados), em virtude do tipo de
atividade e dos padrões do segmento de atuação da empresa.
Seção 7.2
O prazo médio de recebimento das vendas indica quantos dias, em média, a empresa leva
para receber suas vendas. Por meio dele verifica-se a eficiência da administração na sua políti-
ca de vendas a prazo. O volume de duplicatas a receber é decorrência de dois fatores básicos:
montante de vendas a prazo e prazo concedido aos clientes para pagamento.
69
EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
As vendas a prazo devem seguir uma política de crédito adotada pela empresa e que seja
adequada ao seu tipo de atividade.
DRm = Duplicatas a receber médio (aplicar a fórmula: ((DRi + DRf)/2), considerando DRi =
Duplicatas a receber inicial, que é o valor das duplicatas a receber ao final do ano anterior e DRf
= Duplicatas a receber ao final do exercício atual, dividindo o resultado da soma por dois. Esta
conta, no balanço patrimonial, é denominada de “Créditos”.
RLV = Receita Líquida de Vendas e/ou serviços. Na DRE chama-se de Receita Operacional Lí-
quida ou ainda Vendas Líquidas.
DRi = Duplicatas a receber inicial (é o valor final das duplicatas a receber do exercício an-
terior)
DRf = Duplicatas a receber final (é o valor das duplicatas a receber final do exercício atual)
70
EaD
análise financeira
Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular o índice Duplicatas a Receber
médio de 20X2 e 20X3, uma vez que o duplicatas a receber de 20X1 será considerado o dupli-
catas a receber inicial para 20X2.
Observa-se que a Empresa Alfha vem recebendo suas vendas no prazo de 42 e 41 dias
respectivamente para os anos de 20X2 e 20X3. Os dados da empresa que nos serve de exemplo
revelam uma estabilidade no indicador, que, de qualquer forma, reduziu de 42 para 41 dias no
período, apresentando uma rotação de nove vezes no ano de 20X3.
Seção 7.3
Prazo Médio de Compras (PMC)
O prazo médio de pagamento das compras indica quantos dias, em média, a empresa tem
para pagar seus fornecedores. A partir do PMC podemos calcular o número de vezes em que são
renovadas as dívidas com fornecedores, ou seja, a rotação da conta que expressa as compras a
prazo, denominada fornecedores.
71
EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular os fornecedores médio de 20X2
e 20X3, uma vez que os fornecedores de 20X1 serão considerados fornecedores inicial para
20X2.
Uma vez encontrados os valores dos fornecedores médio, precisamos ainda encontrar o
montante de compras.
MC = Montante de compras
72
EaD
análise financeira
Uma vez encontrados os valores dos fornecedores médio e do montante de compras, pros-
seguimos com a aplicação da fórmula de prazo médio de pagamento das compras:
Observa-se que a Empresa Alfha vem pagando suas compras para seus fornecedores em
37 e 38 dias respectivamente nos anos de 20X2 e 20X3. Os dados da empresa que nos serve de
exemplo revelam uma estabilidade no indicador, que, de qualquer forma, aumentou o prazo de
pagamento das compras em três dias no período, apresentando uma rotação de nove vezes em
20X3.
Neste momento poder-se-ia ainda avaliar o prazo relativo de duplicatas, que indica a re-
lação entre as duplicatas a pagar e as duplicatas a receber. Caso esta relação seja maior que um,
poderíamos dizer que os fornecedores financiam os clientes. Caso esta relação seja menor que
um, parte dos clientes são financiados por outros capitais de terceiros ou por capital próprio.
Síntese da Unidade 7
73
EaD
Unidade 8
análise financeira
• Conhecer e entender o uso dos índices de retorno, também conhecidos por índices de lucra-
tividade ou mesmo de rentabilidade, pois indicam qual o retorno que o empreendimento está
proporcionando. Busca-se também compreender quais são os principais indicadores e ferra-
mentas de análise da atividade de retorno, mediante análise das demonstrações contábeis,
obter os indicadores de retorno sobre o investimento, retorno sobre as vendas e sobre o capital
próprio.
Como se sabe, o lucro é o principal estímulo do empresário e uma das formas de avaliação
do êxito de um empreendimento. Maximizar a rentabilidade sobre o capital investido é o princi-
pal objetivo econômico de uma gestão financeira eficaz. Este índice, dentre outros, é calculado
nesta Unidade. 1
1
Disponível em: <http://blog.scrumhalf.com.br/2011/10/roi-retorno-sobre-investimento/>. Acesso em: 12 maio 2012.
75
EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
Seção 8.1
GA = Giro do Ativo
VL = Vendas Líquidas
ATm = Ativo Total médio (aplicar a fórmula: ((ATi + ATf)/2), considerando ATi = ativo total ini-
cial, que é o valor do ativo total final do ano anterior e ATf = ativo total final do exercício atual,
dividindo o resultado da soma por dois.
76
EaD
análise financeira
Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular o ativo total médio de 20X2 e
20X3, uma vez que o ativo total de 20X1 será considerado ativo total inicial para 20X2.
Uma vez encontrados os valores do ativo total médio prosseguimos com a aplicação da
fórmula do giro do ativo:
Os resultados da Empresa Alfha mostram que diminui seu giro do ativo de 1,28 vezes em
20X2 para 1,17 em 20X3, resultado de um crescimento superior dos ativos em relação ao volume
de vendas no período.
• O ativo total poderá estar subavaliado em virtude da inadequação ou inexistência dos índices
de atualização monetária do ativo permanente, no caso de existência de inflação.
• Eventuais reavaliações de ativos podem interferir na variação do giro do ativo de um ano para
outro, bem como na sua comparação com os padrões do ramo de atividade.
• Existência de itens representativos no ativo, que não estejam relacionados com produção e
vendas, podem sobreavaliar o ativo e prejudicar o significado do indicador.
• Empresas em fase de expansão, que adquirem ativos permanentes durante o período, também
introduzem imperfeição no índice, uma vez que esses ativos não foram utilizados no processo
produtivo durante todo o período.
• Caso não tenha havido mudanças expressivas no valor do ativo total, de um ano para outro,
podemos utilizar o ativo total no final do ano que está sendo analisado, em vez do ativo total
médio.
77
EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
Seção 8.2
Quadro 2 – Dados Para Cálculo da Margem de Lucro Sobre as Vendas (Lucratividade das Vendas)
Podemos observar que a margem líquida sobre as vendas da Empresa Alfha diminui de
5,46% em 20X1 para 4,98% em 20X3. Este resultado, apesar de expressar uma queda pequena,
demanda a necessidade de ajustes por parte da empresa, no seu patamar de receitas ou de cus-
tos, ou de ambos, conjuntamente.
78
EaD
análise financeira
• Tanto o lucro líquido do período quanto as vendas líquidas, no caso de uma economia inflacio-
nária, tendem a estar desatualizados, podendo, portanto, conter distorções no cálculo do índice
se não houver instrumento de atualização monetária dos valores.
• O lucro líquido pode conter valores expressivos relativos a despesas ou receitas não operacio-
nais.
• O resultado da equivalência patrimonial deve ser investigado para conhecer sua origem nas
controladas ou coligadas.
• O critério de avaliação dos estoques e de apropriação dos custos pode interferir no valor do
CMV e, portanto, no lucro.
Seção 8.3
O índice de retorno sobre o ativo indica o retorno que a empresa propicia em relação aos
investimentos totais representados pelo ativo total médio.
LL = Lucro líquido
ATm = Ativo total médio (aplicar a fórmula: ((ATi + ATf)/2), considerando ATi = ativo total
inicial, que é o valor do ativo total final do ano anterior e ATf = ativo total final do exercício atual,
dividindo o resultado da soma por dois.
79
EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular o ativo total médio de 20X2 e
20X3, uma vez que o ativo total de 20X1 será considerado ativo total inicial para 20X2.
Uma vez encontrados os valores do ativo total médio prosseguimos com a aplicação da
fórmula do retorno sobre o ativo:
Seção 8.4
80
EaD
análise financeira
Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular o patrimônio liquido médio
de 20X2 e 20X3, uma vez que o patrimônio líquido de 20X1 será considerado PL inicial para
20X2.
Uma vez encontrados os valores do patrimônio líquido médio prosseguimos com a aplicação
da fórmula do retorno sobre o ativo:
81
EaD
Ivo Ney Kuhn – Amauri Luis Lampert
Os resultados deste índice podem ser comparados com aplicações financeiras de risco médio
ou alto, uma vez que expressam apenas o capital próprio investido no empreendimento e não o
capital total ou patrimônio bruto, como é o caso do índice de retorno sobre o ativo total.
Percebam que os índices de retorno adotam como base os diversos tipos de capital para
a análise (Ativo Total e Patrimônio Líquido) e como numerador é utilizado o lucro líquido final
do exercício social. Assim, estes indicadores explicitam a remuneração dos diversos tipos de
capitais investidos.
Síntese da Unidade 8
Bem, finalizamos os estudos da análise financeira. Esperamos que você aplique todos
estes conhecimentos em suas incursões pelo mundo das empresas em que atuará. Bom proveito
e muito sucesso.
E, para seu maior conforto, criamos um quadro que faz a síntese de todos os conteúdos
que tratam dos índices financeiros e que estudamos neste livro
82
EaD
análise financeira
83
EaD
Referências
análise financeira
ABREU, Aline França de; ABREU, Pedro Felipe de. Sistemas de informações gerenciais. Uma
abordagem orientada à gestão empresarial. Florianópolis: Igti, 2002.
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MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem gerencial. 7. ed. São Paulo:
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PEREIRA DA SILVA, José. Análise financeira das empresas. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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GITMAN, Lawrence J. Princípios da administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Pren-
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TREUHERZ, Rolf M. Análise financeira por objetivos. São Paulo: Editora Pioneira, 1999.
WALTER, Milton Augusto. Introdução à análise de balanços. São Paulo: Saraiva, 1981.
85