Você está na página 1de 5

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FACULDADES EST

Curso: Pós-graduação stricto sensu em Teologia – Modalidade Intensiva


Disciplina: TEOLOGIA E ESTUDOS PÓS-COLONIAIS E DECOLONIAIS NO SUL GLOBAL
Ano/Semestre: 2018/1 Créditos: 2 crdtos. Carga Horária: 30 hs
Docente: Dr. Valério Guilherme Schaper Horário: sábado – 18h00-21h30
E-mail: valerio@est.edu.br Sala: Prédio F, sala 102

EMENTA
O surgimento e o desenvolvimento do pensamento pós-colonial. Do pós-colonial ao
decolonial: história de uma ruptura. Nomes, obras e o desenvolvimento da teoria
decolonial. Disputas em torno da ideia de ciência. Análise crítico-sistemática de ideias
e de conceitos. Impacto nas disciplinas acadêmicas da área de humanidades. Impacto
nas diversas áreas da teologia. Implicações para o método da teologia no contexto
latino-americano.

OBJETIVOS
Geral
Construir com as/os participantes uma visão ampla do desenvolvimento do
pensamento pós-colonial e decolonial, enfatizando seu impacto no universo
acadêmico e destacando suas implicações para o método teológico na América Latina.

Específicos
1. Obter uma visão panorâmica do pensamento pós-colonial e decolonial.
2. Realizar um estudo a respeito da evolução das correntes e tendências.
3. Fazer levantamento dos métodos, do universo conceitual e dos termos-chave.
4. Dimensionar o impacto do pensamento pós-colonial e decolonial nas disciplinas da
área de humanidades.
5. Buscar contribuições e traçar interfaces entre o pensamento pós-colonial e
decolonial e a teologia

PROPOSTAS INTERDISCIPLINARES
Para alcançar seus objetivos a disciplina supõe o recurso a uma variedade de
contribuições de outras áreas: literatura, antropologia, filosofia, educação, sociologia
da religião, teoria política e teologia.

METODOLOGIA E AVALIAÇÕES
Metodologia
A metodologia da disciplina é uma combinação de aula expositiva (com recursos
variados) com a modalidade de seminário (leitura minuciosa de textos, debate de
idéias, etc.). As sessões são conduzidas pelos professores e por alunos/as
(individualmente ou em duplas), conforme combinação prévia.

Avaliação
1. Condução de um dos temas do programa em sala de aula. Uma parte da sessão do
dia é de responsabilidade de um/a dos/as participantes ou de uma equipe, que
prepara um assunto escolhido dentro do elenco de temas do programa da disciplina.
A forma desta apresentação fica totalmente ao critério do/a apresentador/a ou da
equipe. Os critérios de avaliação são os seguintes: apresentação, conteúdo, coerência
e clareza.
2. Elaboração de um artigo temático. A/O participante elabora, em forma de artigo, o
tema apresentado em sala de aula. O artigo deve seguir os critérios definidos no
seguinte documento:
REBLIN, Iuri A. Orientações para elaboração de artigos científicos. São Leopoldo:
NEAD (Material instrucional Fac. EST), 2018. Disponível em:
<http://est.edu.br/downloads/espaco-academico/orientacoes-metodologicas/Or.Met.Art.LS.pdf>
Acessado em 05.03.18.
3. Pressupõe-se a leitura da literatura básica indicada e a participação nas atividades
de debate e reflexão em sala.

BIBLIOGRAFIA
FANON, Frantz. Peles negras, máscaras brancas. EDUFBA: Salvador 2008 (1952)
MEMMI, Albert. Retrato do colonizador precedido pelo retrato do colonizado. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1977 (1957)
SAID, Edward W. Orientalismo. O Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Cia
das Letras. 1996 (1979)
SPIVAK, Gayatri Ch. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: UFMG, 2010 (1985)
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 2003 (1994)
WESTHELLE, Vitor. After Heresy. Colonial Practices and Post-Colonial Theologies.
Eugene: Cascade Books, 2010.
PROGRAMAÇÃO E CRONOGRAMA DE TRABALHO
TEOLOGIA E ESTUDOS PÓS-COLONIAIS E DECOLONIAIS NO SUL GLOBAL
Dia Programação e literatura Responsável
Bloco I – Introdução problematizadora ao tema

08.03 1 - Espelho, espelho meu!


2 - A cozinha, a sala e a rua Valério
Leituras
* ASSIS, Machado de. O Espelho. In: ID. Papéis avulsos. São Paulo:
Companhia das Letras/ Penguin Classics, 2011, p. 208-220. (O
texto também está disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000230.
pdf. Acessado em 19.03.16.)
* Que horas ela volta? Roteiro e Direção: Anna Muylaert.
Produção: Fabiano Gullane, Caio Gullane, Debora Ivanov, Gabriel
Lacerda. Paris Filmes/ Lk Tell, 2015. 1 DVD (114 min.). Port.
[Ficha técnica completa: Direção: Anna Muylaert; Roteiro: Anna
Muylaert; Produção Executiva:Cláudia Buschel; Direção de
Fotografia:Barbara Alvarez; Direção de Arte: Marquinho Pedroso:
Montagem:Karen Harley; Globo Filmes, Gullane, África Filmes]
Bloco II – Caracterização inicial da temática

05.04 3 – Cenário: do pensamento pós-colonial ao decolonial


4 - Método, conceitos e termos-chave Valério
Leituras
CASTRO-GÓMEZ, Santiago. La pós-colonialidad explicada a los
niños. Popayán: Universidade del Cauca/Universidad Javeriana,
2005, p. 11-64. Disponível em:
https://territoriosendisputa.files.wordpress.com/2015/09/158.
pdf. Acessado em: 01.03.16
GRASFOGUEL, Ramón; CASTRO-GÓMEZ, Santiago (Comp.). El giro
decolonial. Reflexiones para una diversidad epistemica mas allá
del capitalismos global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores,
2007, p. 9-24, 25-46, 63-78 [Universidad Central, Instituto de
Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana,
Instituto Pensar]. Disponivel em:
http://www.unsa.edu.ar/histocat/hamoderna/grosfoguelcastrogomez.
pdf. Acessado em 01.03.18.
Bloco III - Influência do pensamento colonial na área de humanidades

26.04 4 - A colonialidade do saber


Leituras
LANDER, Edgardo (Org.). A colonialidade do saber. Miguel
Eurocentrismo e ciências sociais: Perspectivas latino-americanas.
In:
http://biblioteca.clacso.edu.ar/ar/libros/lander/pt/lander.html
FANON, Frantz. Peles negras, máscaras brancas. EDUFBA:
Salvador 2008 (1952)
MEMMI, Albert. Retrato do colonizador precedido pelo retrato do
colonizado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977 (1957)
Bloco IV - As origens de uma disciplina

17.05 5 - O pensamento de E. Said, H. Bhabha, G. Spivak


Leituras
SAID, Edward. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, Pablo
1995, p. 11-31, 33-98.
SPIVAK, Gayatri Ch. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte:
UFMG, 2010, p. 11-126.
BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1998,
p. 19-42, 105-128, 326-352.
Bloco V - O começo da indisciplina

07.06 6 - O pensamento de W. Mignolo: a desobediência epistêmica


MIGNOLO, W. Desobediência epistémica: retórica de la
modernidade, lógica de colonialidad y gramática de la
descolonialidad. Buenos Aires: Ediciones del Signo, 2010, 126 p. Mauro
MIGNOLO, W. Occidentalización, imperialismo, globalización:
herencias coloniales y teorias postcoloniales. In: http://revista-
iberoamericana.pitt.edu/ojs/index.php/Iberoamericana/article/
viewFile/6392/6568
MIGNOLO, W. A colonialidade de cabo a rabo: o hemisfério
ocidental no horizonte conceitual da modernidade. In:
http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-
sur/20100624094657/6_Mignolo.pdf
Bloco VI - O poder da disciplina

28.06 7 - As disciplinas coloniais


a) Colonialidade e poder
QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e a-Jessica
América Latina. In: http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-
sur/20100624103322/12_Quijano.pdf
QUIJANO, Anibal. Colonialidad del Poder y Des/Colonialidad del
Poder. In:
http://www.ceapedi.com.ar/imagenes/biblioteca/libros/51.pdf
QUIJANO, Anibal. Colonialidad del poder, globalización y
democracia. In:
http://www.rrojasdatabank.info/pfpc/quijan02.pdf.
b)Colonialidade e desenvolvimento b-Scheila
QUIJANO, Anibal. “Bien vivir”: entre el “desarrollo” y la
des/colonialidad del poder. In:
http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/se/20140507045047/eje
3-10.pdf
PIMENTEL, Boris M.; CÓRDOVA, Dania L. Solidaridad económica,
Buen vivir y (Des)colonialidad del poder. Sociedad y Discurso 2014,
no 25: 153-178. Diponivel em:
https://journals.aau.dk/index.php/sd/article/download/1001/7
84.
c)Colonialidade e democracia d) Andre
BALESTRIN, Luciana. Colonialidade e Democracia. Revista de
Estudos Políticos. Rio de Janeiro, Vol. 5, N.1, pp. 191– 209,
dezembro 2014. Disponível em:
http://revistaestudospoliticos.com/wp-
content/uploads/2015/02/Vol.5-N.1-p.191-209.pdf
d)Interfaces com a teologia
Desafios para uma teologia pós-colonial contemporânea
Entrevista com Diarmuid O´Murchu. O pós-colonialismo e a fé
cristã. Desafios. Ameaças a uma teologia pós-colonial In:
http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_conte
nt&view=article&id=5624&secao=450
CALLAHAN, Allen D. A Epístola de Paulo a Filemon: uma leitura
da Bíblia num estado de colonizador branco. In:
http://periodicos.est.edu.br/index.php/estudos_teologicos/articl
e/download/401/376
Bloco VII - Uma teologia pós-colonial ou decolonial?

11.07 8 - Desafios e temas para uma teologia pós-colonial


(Manhã) contemporânea I
RIEGER, Jorg. Libertando o discurso sobre Deus:pós-colonialismo
e o desafio das margens. In: Ilíria
https://www.google.com.br/webhp?hl=pt-BR#hl=pt-
BR&q=p%C3%B3s-colonialismo+%2B+b%C3%ADblia
Teologia pós-colonial. Revista Concilium 2/213. Ano 2013. Pós-
colonialismo e pensamento descolonial: A construção de um
mundo plural. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, N. 431,
Ano 2013.

12.07 9 - Desafios e temas para uma teologia pós-colonial


(Manhã) contemporânea II
a)Teologia pós-colonial e desobediência epistemológica
MIGNOLO, W. Desobediência epistémica: retórica de la
modernidade, lógica de colonialidad y gramática de la Tiago e
descolonialidad. Buenos Aires: Ediciones del Signo, 2010, 126 p. Sabrina
b)Colonialidade, etnia e gênero
SEGATO, Rita L. Raça é signo. In:
http://www.direito.mppr.mp.br/arquivos/File/segatoracaesigno
.pdf
SEGATO, Rita L. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de
leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. In:
https://eces.revues.org/1533.
BIDASECA, Karina; VAZQUEZ, Vanesa. Feminismos y (des)
colonialidad. Las voces de las mujeres indígenas del sur.
Dispónivel em: http://www.uned-
illesbalears.net/Tablas/risquez2.pdf
LOIOLA, José R. Alves. Cristianismo e religiões africanas. Um
catálogo de reflexões fenomenológicas em perspectiva pós-
colonial. In: Revista Identidade!, Vol. 16, No 1 (2011).
http://periodicos.est.edu.br/index.php/identidade/article/view
/132

Você também pode gostar