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PRÉ-VESTIBULAR
LIVRO DO PROFESSOR
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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do
detentor dos direitos autorais.
ISBN: 978-85-387-0575-8
CDD 370.71
Disciplinas Autores
Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales
Márcio F. Santiago Calixto
Rita de Fátima Bezerra
Literatura Fábio D’Ávila
Danton Pedro dos Santos
Matemática Feres Fares
Haroldo Costa Silva Filho
Jayme Andrade Neto
Renato Caldas Madeira
Rodrigo Piracicaba Costa
Física Cleber Ribeiro
Marco Antonio Noronha
Vitor M. Saquette
Química Edson Costa P. da Cruz
Fernanda Barbosa
Biologia Fernando Pimentel
Hélio Apostolo
Rogério Fernandes
História Jefferson dos Santos da Silva
Marcelo Piccinini
Rafael F. de Menezes
Rogério de Sousa Gonçalves
Vanessa Silva
Geografia Duarte A. R. Vieira
Enilson F. Venâncio
Felipe Silveira de Souza
Fernando Mousquer
Projeto e
Produção
Desenvolvimento Pedagógico
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O espaço urbano
brasileiro
A região Sudeste é a mais urbanizada, seguida
da Centro-Oeste e da Sul. As regiões Norte e Nordes-
te são aquelas que possuem menor urbanização.
Apesar de termos um país com elevado índice
de urbanização, cerca de 90% dos 5 507 municípios
O Brasil é um dos países mais urbanizados do brasileiros em 2000, possuiam mais de 50 mil habi-
mundo hoje em dia, com 81,23% da população brasi- tantes. Havia 1 176 municípios com menos de 2 mil
leira morando em áreas urbanas, segundo os dados habitantes. E mesmo em cidades com grande popu-
do IBGE. Entretanto, não podemos considerar este lação é possível encontrarmos pessoas vivendo em
dado positivo e como verdadeiro na sua plenitude. áreas não urbanas, como em São Paulo, onde cerca
Não podemos considerar como positivo pelo fato de de 620 mil habitantes residem na área rural.
que a população de nossos municípios não possui
80
70
60
50
Centro-Oeste
Nordeste
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Sudeste
40
Norte
Sul
30
1
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Urbanização das regiões brasileiras
A rede urbana
Regiões 1980 1991 2000
IBGE.
Desde a colonização do Brasil, quando do “ar-
Norte 50,3 59,0 69,0
quipélago econômico”, temos um país voltado para
Nordeste 50,4 60,6 70,5 fora, ou seja, praticamente todo concentrado (popula-
ção e atividades econômicas) nas áreas costeiras. Na
Sudeste 82,8 88,0 91,8 década de 1960, com a construção de Brasília, houve
Sul 62,4 74,1 81,4 uma tentativa de interligar as diversas regiões brasi-
leiras de forma mais eficiente, com a construção de
Centro-Oeste 70,8 81,2 87,3 rodovias, entretanto, ainda são muitos os problemas
Brasil 67,59 75,59 81,23 de ligação (transportes, estradas) entre as áreas cos-
teiras e as áreas interiores do Brasil. O Brasil possui
quase toda sua infraestrutura conectando apenas as
áreas costeiras, ficando o centro e o norte do país,
Histórico da urbanização praticamente isolados. Nesse sentido, as regiões
Sudeste, Sul e Nordeste possuem boa articulação,
Enquanto nos países europeus a urbanização enquanto o Centro-Oeste e o Norte aparecem desar-
ocorreu junto à Revolução Industrial durante o fim do ticuladas com o restante da nação, principalmente
século XVIII, no Brasil ela só ocorreu de fato a partir pela falta de vias de acesso a essas duas regiões.
da década de 1950, quando houve uma intensificação
da industrialização, através da política de Getúlio
Vargas, com a formação de indústrias de base esta- Hierarquia urbana no Brasil
tais, possibilitando, posteriormente, a instalação de
indústrias de bens de consumo estrangeiras, na sua As cidades dentro da rede urbana brasileira
maioria, no governo de Juscelino Kubitschek. possuem níveis de hierarquia baseados principal-
mente no maior número de atividades oferecidas, e no
Com o aumento da oferta de emprego através
poder que conseguem exercer perante outras. Com
da instalação das indústrias nas cidades, e o início
isso, poderíamos fazer a seguinte distinção entre as
de uma mecanização do campo, que diminuiu nes-
cidades brasileiras, quanto à sua hierarquia, ou seja
sas áreas a necessidade de mão-de-obra, houve um
quanto a sua área de influência.
grande fluxo de pessoas para áreas urbanas. Esse
fato impulsionou a urbanização brasileira. Metrópole: é uma grande cidade, concentra-
dora de indústrias (setor secundário) e serviços
Para visualizarmos este salto na população
(setor terciário), exercendo uma centralização das
urbana do país, podemos verificar que a população
atividades econômicas em relação às cidades adja-
rural era predominante na década de 1940, sendo
centes, com redes de influência, que interligam até
70% do total. Entretanto, já na década de 1980,
mesmo municípios situados em diferentes estados.
restavam somente 33% do total de habitantes resi-
Existem no país doze grandes redes de influência,
dentes no país vivendo no campo. O período mais
que interligam até mesmo municípios situados em
acentuado da urbanização brasileira se deu entre
diferentes estados. São centros urbanos de grande
1970 e 1980, onde houve uma evolução de 4,4% ao
porte, com fortes relacionamentos entre si e, em ge-
ano, justamente no momento em que se acelerou o
ral, possuindo extensas áreas de influência direta.
processo de modernização do campo, aumentando,
Subdividem-se em:
consequentemente, o êxodo rural. Com o aumento da
população nas grandes cidades, temos o crescimento Grande metrópole nacional – São Paulo, o maior
horizontal das mesmas, fazendo com que a malha conjunto urbano do país, com aproximadamente 19,5
urbana de diversas cidades se unisse, não sendo milhões de habitantes (em 2007), constituí o primeiro
possível distinguir o fim de uma cidade e o começo nível de gestão territorial;
de outra, provocando um processo conhecido como Metrópole nacional – Rio de Janeiro e Brasília,
conurbação. Este processo ocorre nas grandes regi- com população de 11,8 milhões e 3,2 milhões (em
ões metropolitanas. 2007), respectivamente. Também pertencentes ao
Hoje em dia são 138 milhões de habitantes que, primeiro nível de gestão territorial;
pelos dados oficiais, moram em áreas urbanas, ou Metrópole – Manaus, Belém, Fortaleza, Recife,
seja, 81,23% da população brasileira. Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia e Porto
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5,1 milhões (Belo Horizonte), constituem o segundo Megalópole brasileira
nível da gestão territorial.
Capital regional: são 70 centros que, como as No Brasil está se formando uma megalópo-
metrópoles, também se relacionam com o estrato le, que será a junção da Grande São Paulo com
superior da rede urbana. Têm área de influência de o Grande Rio de Janeiro. A junção destas duas
âmbito regional. São os municípios mais importan- metrópoles esta formando o Complexo Metropo-
tes de uma microrregião. São divididos em Capital litano do Sudeste. Nesta área vivem cerca de 30
Regional A, B e C. milhões de habitantes, ou seja, aproximadamente
Centro sub-regional: 169 centros com ativida- 20% da população brasileira. As áreas destas duas
des de gestão menos complexas, apresentam área metrópoles que estão em processo de conurbação
de atuação mais reduzida, e seus relacionamentos são interligadas pela Via Dutra (BR-116), a mais
com centros externos à sua própria rede dão-se, em movimentada rodovia do país. O Complexo Me-
geral, apenas com as três metrópoles nacionais. São tropolitano do Sudeste abrange regiões como a
divididos em centro sub-regional A e B. do Vale do Paraíba e de Campinas (importantes
tecnopólos) e de Santos (onde se localiza o prin-
Centro de zona: 556 municípios de menor porte
cipal porto brasileiro).
e com atuação restrita à sua área imediata, dividido
em centro de zona A e B.
Região metropolitana
São áreas administrativas formadas pelos
maiores municípios do país e os municípios a eles
conurbados. As regiões metropolitanas foram cons-
tituídas por Lei Complementar n.º 14/1973, visando
a formação de pólos de desenvolvimento com a po-
larização de indústrias e serviços em determinadas
regiões. As cidades que fazem parte de uma região
metropolitana ganham valores maiores quando da
distribuição da receita orçamentária, hoje estabe-
lecidas pelos próprios estados, que muitas vezes
relegam os critérios técnicos em detrimento de mo-
vimentos políticos. Além das regiões metropolitanas
podem instituir aglomerados urbanos áreas de menor
porte com características de RM.
Para o IBGE, existem doze regiões metropoli-
tanas plenas e dez emergentes, ou seja, ainda não
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Regiões metropolitanas plenas e suas influências
Dimensão
Redes de Número de
Número de Número de
primeiro nível centros Número de População
capitais centros de Área (km2)
sub-regio- municípios (2007)
regionais zona
nais
São Paulo 20 33 124 1 028 541 020 582 2 279 108,45
Rio de Janeiro 5 15 25 264 20 750 595 137 811,66
Brasília 4 10 44 298 9 680 621 1 760 733,86
Manaus 1 2 4 72 3 480 028 1 617 427,98
Belém 3 11 10 161 7 686 082 1 389 659,23
Fortaleza 7 21 86 786 20 573 035 792 410,65
Recife 8 18 54 666 18 875 595 306 881,59
Salvador 6 16 41 486 16 335 288 589 229,74
Belo Horizonte 8 15 77 698 16 745 821 483 729,84
Curitiba 9 28 67 666 16 178 968 295 024,25
Porto Alegre 10 24 89 733 15 302 496 349 316,91
Goiânia 2 6 45 363 6 408 542 835 783,14
(Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1246&id_pagina=1>.
Acesso em: 23 de out. de 2008>.)
do às conurbações.
Brasil localizam-se em terrenos irregulares. Com
d) uma única área urbana se formaria de São Paulo a
isso, vemos a proliferação de favelas. O processo de
Belo Horizonte.
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e) apenas espaços voltados à indústria surgiram de metrópoles globais, pela importância que estas cidades
São Paulo ao Rio de Janeiro. têm no conjunto da América Latina.
`` Solução: C
Ao longo da BR-116, no trecho entre São Paulo e Rio
de Janeiro, conhecido como Via Dutra, o processo de
expansão horizontal das cidades junto a esta rodovia, está
formando a megalópole brasileira, definida pelo IBGE,
como Complexo Metropolitano do Sudeste. 4. (UFPel) Observe a charge a seguir.
A região Sul é terceira mais urbanizada do país. O sul do II. A expressão “enxadas paradas”, pode remeter
país tem como característica os minifúndios (excetuando à existência de terras improdutivas nas mãos
áreas do sul gaúcho), que se tornaram na década de 70, de poucas pessoas. Já a expressão “inchadas
pequenos para as famílias que cresciam, gerando um paradas” se refere a cidades com grande con-
processo de êxodo rural, que acelerou a urbanização, centração de pessoas, de veículos e de constru-
e um processo de migração rural–rural, que levou à ções, provocando problemas de engarrafamen-
ocupação do Centro-Oeste. tos, de poluição sonora e de moradia.
3. (Unirio) “O Rio de Janeiro é uma grande cidade. No pla- III. A utilização das expressões “enxadas paradas”
no mundial, situa-se entre as vinte mais populosas. (...) e “inchadas paradas” provoca o inusitado na
No âmbito da América Latina, é a terceira maior cidade charge, pois a primeira, ao se referir a um ins-
e a quarta maior concentração metropolitana, depois das trumento de trabalho típico da zona rural, com
cidades do México, São Paulo e Buenos Aires.” teia de aranha, procura mostrar a diminuição de
Para a realidade do país, a cidade do Rio de Janeiro oferta de trabalho nessa zona, e a segunda, ao
representa uma: caracterizar o meio urbano, demonstra os efei-
tos da intensa urbanização e da concentração
a) metrópole regional;
populacional nele existentes.
b) metrópole interestadual.
IV. Os vocábulos “enxadas” e “inchadas” só se di-
c) metrópole nacional; ferenciam pelo emprego dos prefixos, visto que
d) megalópole nacional; têm o mesmo sufixo “ada”. O quadro referente a
“enxadas paradas” retrata o êxodo na zona ru-
e) megalópole regional. ral, o que gera as “inchadas paradas”, ou seja,
cidades muito populosas, com o setor terciário
`` Solução: C superlotado.
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Dentro deste enquadramento, o Rio de Janeiro, é visto É correto o que se afirma em:
como uma metrópole nacional. Entretanto, existem novos
estudos que apontam o Rio de Janeiro e São Paulo, como a) I e II.
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Trata-se de uma expressiva aglomeração urbana, que
b) III e IV.
está se formando
c) I e III. a) com a conurbação ocorrida entre o município de
d) II e III. São Paulo e o “ABCD” (Sto. André, S. Bernado do
Campo, S. Caetano do Sul e Diadema).
e) I e IV.
b) ao longo do Vale do Paraíba, entre as duas metró-
`` Solução: D poles nacionais, São Paulo e Rio de Janeiro, com
tendência à expansão em direção a Campinas.
Enquanto o latifúndio expulsa os trabalhadores rurais
e deixa as enxadas paradas, ou seja, o instrumento c) devido à acentuada expansão horizontal dos municípios
que revolve a terra para o plantio em desuso, as ci- que compõem a Região Metropolitana de São Paulo.
dades recebem contingentes populacionais oriundos d) no eixo de expansão da indústria para o interior do
do êxodo rural, deixando-as inchadas e paradas, isto Estado de São Paulo, ao longo das rodovias Castelo
é, com uma população excessiva frente à pouca Branco e Anhanguera.
infraestrutura.
e) entre as Regiões Metropolitanas de São Paulo e Belo
Horizonte, no percurso da rodovia Fernão Dias.
3. (Fatec) Considere a ilustração apresentada a seguir.
Desenvolvimento urbano e reforma urbana.
ANSUR, 1993.
1. (UFSM) Observe o gráfico.
Brasil – população urbana e rural de 1970 e 1996
%
100
80 População
Urbana
60 A figura põe em evidência um problema recorrente no
processo de crescimento urbano da maioria das cidades
40 População brasileiras, a saber:
Rural
20 a) a falta de terrenos planos para a construção, que
tornariam a moradia mais acessível para a popula-
0
1970 1980 1996 ção mais carente.
2. (FATEC) No Brasil, o intenso processo de urbanização somente duas em 1940 e somavam 24 em 1996. Em
que vem ocorrendo nas últimas décadas está propician- 1940, apenas seis Estados dispunham de cidades com
do o surgimento da primeira megalópole do país. população entre 100 mil e 200 mil moradores; em 1996,
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elas existem em 20 Estados. As localidades entre 200 mil b) densa no Centro-Oeste, devido ao desenvolvimen-
e 500 mil habitantes, presentes em apenas três Estados to agrícola baseado na produção de soja e trigo,
em 1940, encontram-se em 17 Estados em 1996. constituindo uma hierarquia urbana completa.
(SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria L. O Brasil: território e sociedade c) rarefeita no Nordeste, devido à migração da popu-
no início do século XXI, 2000. p. 205-206.) lação para outras regiões do país, que oferecem
oportunidades de trabalho.
O processo de crescimento dos municípios de porte d) pouco densa no Norte, apresentando uma estrutura
médio no Brasil indicado no texto, entre outros fatores hierárquica incompleta, apesar dos investimentos es-
a) ocorreu apenas no interior das Regiões Metropo- trangeiros em infraestrutura urbana, a partir de 1970.
litanas, resultado da transferência de atividades
industriais do centro principal para as áreas perifé- e) densa no Sudeste, devido a bem desenvolvida in-
ricas dos núcleos metropolitanos. fraestrutura de transporte e ao número de cidades,
viabilizando um sistema de fluxos de mercadorias e
b) configurou a decadência e a perda do papel de coman- de pessoas.
do de metrópoles nacionais como São Paulo e Rio de
Janeiro, hoje redutos da pobreza e da violência urbana. 7. (PUC-Campinas)
2,17% do interior.
(BARBOSA, Flávia. O Globo, 10 mai. 2001.)
ção urbana.
c) redução da fecundidade nos grandes centros; per-
II. Em 1990, mais de 70% da população brasileira da da capacidade de retenção de migrantes pelas
concentrava-se nas áreas urbanas. metrópoles.
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d) desenvolvimento da agroindústria com atração de seu pedacinho de terra pra morar.
mão-de-obra; assentamentos fundiários em regiões E assim a região sofre modificação,
de conflito.
fica sendo chamada de nova aquarela.
2. (UERJ) É aí que o lugar então passa a se chamar
“Aqui a visão já não é tão bela Favela
Se existe outro lugar.
(“Padeirinho”, Jorginho)
Periferia é periferia.”
As primeiras favelas do Rio de Janeiro surgiram,
(“Periferia é periferia”, Racionais MCs)
provavelmente, ao final do século XIX nos morros Favela
– atual Providência – e Santo Antônio, numa época
“O que são os Racionais? Rappers, óbvio. Mas também,
de intenso crescimento populacional e significativas
e sobretudo, são netos bastardos dos anos JK. Sim,
modificações urbanas.
porque deve ter sido mais ou menos naquele período de
grande euforia nacionalista e de urbanização acelerada O conhecimento histórico desse processo e as
que os avós de mano Brown começaram a engordar observações feitas pelos autores da canção permitem
uma periferia que foi excluída do consumo de carros e afirmar que o surgimento das favelas, no Rio de Janeiro,
de eletrodomésticos, então símbolos de modernidade, está ligado à conjugação dos seguintes fatores:
restrita a poucos. a) expansão espacial da cidade e disputa pela ocupa-
Desde então, os descendentes de vovô Brown não ção do solo.
deixariam mais de ser alheados do ideal consumista que b) política estatal de habitação popular e crescimento
a TV, no entanto, lhes joga diariamente na cara. da área metropolitana.
Quatro décadas de pauperização urbana e de promessas
c) decadência agrícola fluminense e competição entre
frustadas, frutos do modelo brasileiro de desenvolvimento,
áreas de especialização produtiva.
criaram milhões de manos Brown.”
d) momento de imigração estrangeira e atração de no-
(SILVA, Fernando de Barros. Folha de São Paulo, 25 ago. 1998.) vos trabalhadores para a indústria.
O conjunto de características que melhor situa o 4. (UFMG) Todos os fatores contribuíram para o processo de
fenômeno retratado como a continuidade de um urbanização do Brasil ao longo do século XX, exceto.
processo de urbanização iniciado no governo JK é: a) Aprofundamento do processo de industrialização
a) aceleração da taxa de natalidade / contenção das durante o período da ditadura militar e expansão
migrações internas / estímulo ao setor terciário da do setor de construção civil.
economia. b) Modernização da atividade agrícola, que se reflete
b) reforma agrária malsucedida / inchamento das ci- na menor procura de mão-de-obra e no empobre-
dades médias / prioridade às indústrias de capital cimento do trabalhador rural.
nacional. c) Persistência de elevada densidade demográfica no
c) expansão das periferias urbanas / crescimento das meio rural brasileiro até meados da década de 1970.
grandes metrópoles / inserção precária no merca- d) Transferência do eixo de acumulação de capital do
do de trabalho. setor agrário-exportador para o urbano-industrial.
d) política de integração nacional / apoio à pequena 5. (UFPE) No último quartel do século XX, particularmente
produção agrícola / incentivo à vinda de empresas na década de 1990, uma nova forma de organização
multinacionais. empresarial tem agregado os centros de formação de
3. (UERJ) Favela pessoal de alto nível às unidades de produção e de
serviços, empregando os mais modernos recursos de
Numa vasta extensão
microeletrônica. Em tais centros estão se implantando
onde não há plantação atividades de alta tecnologia, como em Campinas e São
nem ninguém morando lá. José dos Campos, na região Sudeste do Brasil.
Cada um pobre que passa por ali Qual a denominação dada a esses centros?
só pensa em construir seu lar. a) Centros megalopolitanos.
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IBGE, 2000.
Área em relação Grau de
Regiões d) no Brasil, a população das grandes metrópoles tem
ao Brasil (%) urbanização (%)
crescido mais lentamente que a das cidades mé-
1 10,9 90,52 dias, indicando um processo de interiorização do
2 18,7 86,73 crescimento urbano.
3 13,2 60,04 e) se intensifica o processo de formação das megaló-
4 6,8 80,03 poles nas regiões Norte e Nordeste e, no Centro-
Sul, diminuem as conurbações, tanto nas cidades
Os números 1, 2, 3 e 4 representam, na tabela, médias como nas metrópoles.
respectivamente, as seguintes regiões brasileiras:
a) Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste.
b) Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.
c) Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Sul.
d) Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e Sul.
10. (UnB) Segundo o censo de 2000, 81,23% da popu-
e) Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Sul. lação brasileira, ou seja, 137 755 550 de habitantes
7. (UFRS) Algumas cidades do Brasil foram previamente vivem em cidades, e duas metrópoles têm mais de
projetadas, e outras planejadas em diferentes períodos 10 milhões de habitantes. O gráfico seguinte ilustra
de sua expansão urbana. o crescimento da população urbana no país, de
1940 a 2000.
Das cidades a seguir relacionadas, indique as duas que
foram previamente projetadas.
a) Anápolis, São Luís.
b) Anápolis, Curitiba.
c) Belém, Curitiba.
d) Belo Horizonte, São Luís.
e) Belo Horizonte, Goiânia.
8. (UFSM) Considerando o processo de influência de uma
cidade sobre a outra, assinale a alternativa que apresenta
a ordem hierárquica decrescente desse processo:
a) da metrópole nacional aos centros locais.
b) dos centros regionais à metrópole nacional. Considerando as informações acima e a propósito
da urbanização brasileira, julgue os itens que se
c) dos centros locais à metrópole regional. seguem.
d) das capitais regionais à metrópole regional. 1) A população brasileira tornou-se mais urbana
e) dos centros regionais às capitais regionais. que rural há cerca de trinta anos.
a) a melhoria das condições de vida no campo, ocorri- 3) De 1940 a 1990, tanto a população urbana
da nas últimas décadas, tem colaborado para fixar o quanto a população total cresceram em pro-
homem ao campo, reduzindo o êxodo rural. gressão geométrica de mesma razão.
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4. C
5. D
6. C
1. A
7. E
2. B
8. A
3. D
9. D
4. C
10. C, E, E, C
5. D
6. E
7. E
8. C
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1. C
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2. C
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