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Aspectos físicos
Imperialismo japonês
Pós 2ª Guerra
Tigres Asiáticos
ZAIBATSU
Todas as grandes organizações econômicas eram Zaibatsu, ou apenas aquelas controladas pelas
famílias que as tinham fundado? Entre os comentaristas japoneses existe um certo consenso
em admitir que, até o final da Segunda Guerra Mundial, apenas os conglomerados Mitsui,
Mitsubishi, Sumimoto e Yasuda eram Zaibatsu.
Esses quatro conglomerados detinham grande poder e, durante a Era Meiji, tinham grande
influência sobre o governo e obtinham deste vantagens e favores. Depois da Segunda Guerra
Mundial, as forças de ocupação incluíram mais seis conglomerados na classificação de
Zaibatsu: Nissan, Asano, Furukawa, Okura, Nakajima e Nomura.
Na medida em que essas empresas e seus proprietários e diretores foram identificados com o
expansionismo japonês e o caráter bélico de seu governo, uma das primeiras preocupações das
forças aliadas, especialmente dos Estados Unidos, mesmo antes do final da guerra, foi dissolver
os Zaibatsu e substituir o grupo dirigente das corporações e dos conglomerados.
Quando se tornou conhecido no Japão que as forças de ocupação comandadas pelo general
MacArthur iriam exigir a dissolução dos Zaibatsu, Yasuda se antecipou e propôs um plano de
dissolução de seu próprio conglomerado, que ficou conhecido como Plano Yasuda; os outros
três conglomerados seguiram-lhe o exemplo. De acordo com o Plano Yasuda, as ações das
quatro empresas holding dos quatro grupos seriam vendidas ao público, e os diretores desses
grupos pediriam demissão de seus cargos, deixando de ter qualquer influência na
administração dessas empresas.
Além disso, os membros das famílias que controlavam os Zaibatsu também se comprometiam a
deixar todos os postos de comando das corporações e dos conglomerados, fossem eles do
âmbito comercial, financeiro, ou industrial.
O Plano Yasuda foi aceito pelo general MacArthur, embora as compensações financeiras às
famílias proprietárias das ações fossem feitas pelo valor destas, deduzidas as despesas
financeiras, mas em dez anos, por meio de títulos inegociáveis.
Não obstante tal compensação formalmente pudesse ser considerada generosa com aqueles
que haviam colaborado com uma guerra feroz contra os Estados Unidos, o processo
inflacionário do pós-guerra no Japão se encarregou de transformar uma substancial
indenização em quase um confisco.
Além disso, o general MacArthur pressionou o governo japonês a aprovar uma lei antitruste
que mantivesse a economia japonesa desconcentrada. Isso de fato aconteceu em abril de 1947
(Lei de Proibição dos Monopólios e Métodos de Preservação do Livre Comércio). Um dos
dispositivos mais importantes dessa lei foi a proibição das holdings, o que era o fundamental
da estrutura dos Zaibatsu. Embora essas medidas de dissolução dos Zaibatsu e da depuração
dos quadros dirigentes de suas corporações e conglomerados tenham sido muito criticadas
pelos japoneses, hoje muitos reconhecem que a iniciativa, estimulando a concorrência entre as
empresas, isto é, eliminando em grande medida a concentração do capital, foi um dos
elementos decisivos para o intenso crescimento da economia japonesa no pós-guerra.