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Conhecendo contos e lendas africanas

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11/01/2011
Autor e Coautor(es)
Autor: Joseli Rezende Thomaz

JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora


Coautor(es):
Maria Cristina Weitzel Tavela
Estrutura Curricular
MODALIDADE / NÍVEL DE ENSINO COMPONENTE CURRICULAR TEMA
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de tex
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 Ler e conhecer contos e lendas africanas;


 Conhecer um pouco mais sobre a cultura africana;
 Compreender as características dos contos e lendas africanas;
 Recontar oralmente e por escrito contos e lendas africanas.
Construir a escrita, buscando aprimoramento através da prática.
Construir o repertório linguístico.
Escrever textos com propósitos definidos, pensando no gênero e no leitor.
Reescrever textos partindo de uma história conhecida.
Resolver problemas envolvendo a adição e subtraçãocomo pertencentes ao campo aditivo e
utilizar os algoritmos convencionais dessas duas operações (conta armada);
Conhecer e usar o algoritmo da multiplicação de números com 3 algarismos por um número
com 1 algarismo;
Aproximar-se da noção de frações próprias;
Reconhecer a fração e representar números fracionários na forma decimal;
Ler e interpretar gráficos em linhas;
Identificar o lúdico na pratica da queimada.
Conteudos
Palavras terminadas em –esa, -ês, -eza e –ez.
Adição e subtração de fração
 Comparação de fração
Independencia do brasil
 O processo de Independência
 O reinado de D Pedro I
 O fim do primeiro Reinado
Os seres vivos
 Biodiversidade
 O estudo dos seres vivos
 A importância dos fósseis
 Animais vertebrados e invertebrados
 A reprodução dos animais
 Os grupos de plantas
 A reprodução das plantas
 A vida das plantas
Os seres vivos se relacionam
 Obtenção de alimentos
 Cadeia alimentar
 Desequilíbrio na cadeia alimentar
Duração das atividades
Capoeira: Pesquisar a origem e história da capoeira; Identificar os
elementos técnicos básicos da capoeira.

4h/aulas
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
As atividades foram elaboradas para alunos do 8° e 9° ano que tenham habilidade de leitura e escrita e possuam noções sobre o
gênero resumo.
Estratégias e recursos da aula
Primeira etapa:
Professor apresente aos alunos algumas imagens antes de introduzir o assunto que será tratado nas próximas aulas.
Professor: apresente as imagens lentamente e pergunte aos alunos se eles conseguem identificar de que região são essas
imagens, por último, apresente o mapa abaixo:

Imagens disponível em:


http://www.google.com.br/images?hl=pt-
br&source=imghp&biw=1015&bih=569&q=africa&btnG=Pesquisar+imagens&gbv=2&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=
Professor: certamente a partir da apresentação do mapa, os alunos identificarão o continente africano. Explique-lhes que eles
conhecerão um pouquinho da África. Para que os alunos se envolvam diretamente com o assunto estudado, proponha-lhes uma
pesquisa na internet em que possam localizar e enumerar os países africanos de Língua Portuguesa, bem como procurar imagens
significativas desse vasto continente. Chame a atenção para o fato de o continente africano ser marcado pelas condições de miséria
que vive parte de sua população. No entanto, vamos nos ater a conhecer um outro lado da África, rica pela diversidade cultural,
pelas belezas naturais e por uma marcante produção literária.
Professor: assim que os alunos identificarem os países africanos de Língua Portuguesa, enumere-os na lousa. Explique-lhes que a
primeira parte do trabalho se deterá em conhecer um pouco desses seis países, essa seleção se deve à necessidade de fazer um
recorte, por questões didáticas, nos nossos estudos uma vez há uma grande quantidade de nações. Além disso, trata-se de países
que possuem como língua oficial, o português.
Professor: divida a classe em seis grupos, cada equipe deve fica responsável pela pesquisa e apresentação de um país, seguindo o
roteiro abaixo:

 Angola

 CaboVerde

 Guiné-Bissau

 Guiné Equatorial

 Moçambique

 São Tomé e Príncipe

Roteiro para pesquisa:


1. Localização:

2. Países vizinhos: Colonização:

3. Principais atividades econômicas:

4. Composição étnica:

5. Regime político vigente:

6. Outras línguas: Principal religião:

7. Costumes:

8. Atividades culturais (dança, música, literatura)

Professor: caso seja possível, seria interessante que as apresentações fossem realizadas em power point. Assim, o professor de
informática poderá orientar os alunos na montagem e organização dos conteúdos pesquisados. Todos os grupos devem apresentar
para a turma os resultados das pesquisas.
Segunda etapa:
Professor: após conhecer um pouquinho sobre o continente africano, principalmente sobre os países que possuem como língua
oficial o português. Apresente a capa do livro em que eles conhecerão algumas histórias “Contos e lendas africanas” de Yves
Pinguilly, publicado em 2005 pela editora Companhia das Letras. Solicite uma breve pesquisa sobre esse escritor.

Professor: após a observação da capa do livro, pergunte aos alunos o que eles entenderam da ilustração. Deixe os alunos exporem
suas ideias. Em seguida, converse um pouco sobre a constituição da obra e o significado de contos e lendas africadas.
Na linguagem secreta dos homens-leões e das mulheres-elefantes, as antigas sabedorias dos povos africanos vêm send
por sucessivas gerações, ensinadas como lições de vida ou cantadas em praça pública pelos griots (músico e poeta da Á
conserva e transmite a memória oral). As histórias que constituem a literatura oral das diversas nações africanas, guard
homens e mulheres, percorrem as diferentes paisagens que formam o continente. São histórias de caçadores e agriculto
e princesas, de heróis que atravessam a mata para cumprir seus destinos, e de fundações míticas de cidades. São també
grandes disputas entre marido e mulher, histórias de amor e de morte, lendas de comunhão com os segredos da naturez
da África traz dezessete dessas histórias, acompanhadas de um mapa e um glossário de palavras africanas.
http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12066
Professor: distribua para os alunos cópia do conto “Adbu, o cego e o crocodilo” ( p.35-40) e escolha alguns alunos para fazer a
leitura do texto em voz alta.Apos a leitura, solucione as dúvidas de vocabulário que certamente irão ocorrer. Explique-lhes que
muitos termos são palavras típicas de uma determinada região, por isso nos causam tanto estranhamento.
Disponível em:
http://www.companhiadasletras.com.br/trecho.php?codigo=12066
Professor: proponha aos alunos uma reconstrução da história com as palavras deles. Em seguida, peça que eles façam por escrito
as questões propostas.
01. Quem são os personagens?
02. Onde ocorrem os fatos narrados?
03. Qual é o tipo de narrador presente no texto?
04. “ Explique, com suas palavras o trecho “ resolveu fazer uma senhora marotagem”.
05. Qual foi a proposta feita por Abdu ao chefe da aldeia? Qual era a sua intenção com a proposta.
06. Qual foi o fato que atrapalhou os planos de Abdu?
07. Qual foi a atitude do cego ao saber do plano de Abdu?
08. Por que o chefe da aldeia não acredit]ou na história contada por Abdu?
09. Quem se saiu bem com o desfecho do desentendimento?
10. Qual foi a lição dada a Adbu?
Terceira etapa:
Professor: apresente a imagem abaixo aos alunos, pergunte-lhes se eles fazem ideia do que se trata, se já viram em algum lugar e
para que é utilizado. É pouco provável que os alunos conheçam, então, diga-lhes que se trata de um fruto denominado noz -de
-cola. Com base nessa informação, pergunte aos alunos se eles, agora, são capazes de deduzir o produto que tem na sua
composição tal fruto.

Professor: forneça aos alunos mais informações sobre o fruto.


Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Noz-de-cola
Professor: distribua para os alunos cópias do texto “Noz de Cola” e, em seguida, solicite que eles façam a leitura em voz alta do
texto, cada aluno fica encarregado de ler uma parte.
NOZ-DE-COLA
Em toda a África Ocidental, os jovens, os velhos, os homens, as mulheres, todo mundo gosta de lambiscar noz-de-cola, uma
frutinha muito por lá. Os velhos, especialmente, têm sempre uma, duas ou três no fundo do bolso...
De manhã, a gente o que tem de saber de manhã. De noite, a gente sabe o que tem de saber de noite. Quem cultiva a terra
conhece a paciência.
Naquele dia, Noz-de-Cola cultivava o pedaço de terra que ele havia limpado. Preparava o solo para plantar inhame, afogando com
sua daba. Não muito longe dali, havia uns gênios dos campos. Mal ouviram o barulho da daba revolvendo o solo, perguntaram:

- Quem está trabalhando este roçado?


Noz-de-cola respondeu:
- Sou eu! Desmatei, limpei e agora estou preparando a terra para plantar inhame.
Os gênios chamaram imediatamente seus filhos e foram ajudar Noz-de-Cola. Antes tinha terminado. Era meio-dia em ponto
quando Noz-de-Cola, feliz da vida, voltou para a aldeia.
Depois, quando Noz-de-Cola foi plantar seu inhame, a mesma coisa aconteceu: os gênios dos campos e seus filhos vieram acudi-
lo.
Depois, quando Noz-de-Cola votou à sua roça para capinar em torno dos pés de inhame, os gênios, que continuavam por lá,
perguntaram:
- Quem está trabalhando este roçado?
- Sou eu, Noz-de-Cola, capinando em torno dos meus pés de inhame.
No mesmo instante, os gênios vieram ajudar Noz-de-Cola e capinaram rapidinho em torno dos inhames.
Agora Noz-de-Cola podia esperar o tempo passar até que chegasse a hora de colher seus inhames. Por isso, ele viajou ao sul e
ao leste para visitar o povo da água e o povo da floresta, deixando a roça aos cuidados da sua mulher.
Um dia, quando ela vigiava a roça como filhinho nas costas e apanhava lenha, o menino começou a chorar. Para acalmá-lo, ela
quis catar um pequeno inhame, um inhame miudinho que ainda não tinha tido tempo de crescer.
Quando desenterrava esse pequeno inhame para dar ao neném, os gênios dos campos perguntaram:
- Quem está cavando aí?
Ela respondeu:
- Sou eu, a mulher de Noz-de-Cola. Estou desenterrando um inhamezinho para acalmar meu bebê.
No mesmo instante, os gênios e seus filhos vieram ajudar a mulher de Noz-de-Cola e logo tiraram do chão todos os inhames
miúdos, amontoando-os na beira do campo.
A mulher de Noz-de-Cola, ao ver aquele desastre, pôs-se a chorar. E ainda chorava quando Noz-de-Cola voltou da viagem. Ele
perguntou:
- Está chorando por quê?
Ela explicou. Fulo da vida, ele lhe deu uma bofetada. Os gênios dos campos, que continuavam por lá, ouviram o barulho da
bofetada e perguntaram:
- Quem está batendo assim?
- Sou eu, Noz-de-Cola, esbofeteando minha mulher.
No mesmo instante, os gênios e seus filhos vieram ajudar Noz-de-Cola. Eles bateram tanto, que mataram a mulher.
Noz-de-Cola nem precisou interrogar o cadáver para entender de que ela tinha morrido! Desatou a chorar. Foi então que um
mosquito veio picá-lo no braço. Para defender-se, ele deu um tapa com toda a força no lugar da picada, mas sem acertar o inseto.
Os gênios dos campos, que continuavam pó lá, perguntaram:
- Quem está batendo assim?
- Sou eu, Noz-de-Cola, tentando matar um mosquito que veio me picar.
No mesmo instante, os gênios e seus filhos vieram ajudar Noz-de-Cola, desferindo-lhe uma saraivada de tapas.
Ainda bem que Noz-de-Cola era rápido na corrida. Conseguiu chegar à aldeia em disparada e refugiar-se no bolso de um velho. É
por isso que, desde então, sempre tem uma noz-de-cola no bolso dos velhos.
OLIVEIRA, A. A criança na literatura tradicional angolana. Tese de doutoradoapresentada à Universidade Nova de Lisboa. Leiria:
Ed. Magno, 2000.PINGUILLY, Y. Contos e lendas da África. São Paulo: Companhia das Letras,2005.REPÚBLICA DE ANGOLA.
Angola: O futuro começa agora. Paris: Éditions Hervas,É assim que acaba meu conto.
(Yves Pinguilly, 2005 p.41-48)
Professor: após a leitura, esclareça as dúvidas de vocabulário e promova uma discussão sobre a relação da história lida e as
características reais do fruto. Chame a atenção dos alunos para o fato de que as lendas foram criadas há muitos e muitos anos
justamente com o objetivo de responder ou justificar algumas questões que a ciência ainda não tinha conseguido provar. Por isso,
muitas histórias são passadas de geração a geração como verdades inquestionáveis, fazendo parte da cultura de um povo. Solicite
que os alunos façam um reconto por escrito da história lida e, em seguida, aqueles que desejarem apresente para a classe.
Professor: procure destacar na apresentação dos recontos as distinções entre os textos produzidos pelos alunos, mostrando-lhes
que embora todos tenham partido da mesma história, certamente cada aluno enfatizou determinado elemento e registrou em seus
textos características próprias.
Recursos Complementares
Leia também:
OLIVEIRA, A. A criança na literatura tradicional angolana. Tese de doutoradoapresentada à Universidade Nova de Lisboa. Leiria: Ed.
Magno, 2000.
PINGUILLY, Y. Contos e lendas da África. São Paulo: Companhia das Letras,2005.
ROSÁRIO, L. A narrativa africana de expressão oral. Lisboa: Angolê, 1989.Revista
Avaliação
Professor: divida a classe em pequenos grupos, e distribua para cada grupo um texto sugerido abaixo. Cada equipe terá a tarefa de
ler cuidadosamente o texto, pesquisar palavras ou expressões necessárias à compreensão da história. E Em seguida deverão
recontar para a classe a história de forma atrativa e clara.
Professor: no momento da elaboração dos trabalhos, oriente os grupos para que primeiramente, eles façam um registro escrito e
estudem o texto a ser apresentado.
01. “Andjau no País das mulheres” (Pinguilly, 2005, p. 83-95).
Disponível em:
http://afrobrasileira.multiply.com/journal/item/30
02. “Elefante antes, elefante outra vez” 2005. (Pinguilly, 2005, p 139-148.)
Disponível em:
http://www.fflch.usp.br/dh/lemad/?p=2273
03. “A Menina que não Falava”
Disponível em:
http://aprender-a-gostar-de-ler.blogspot.com/2010/05/contos-africanos-menina-que-nao-falava.html
Tempos
verbais

Passado

Presente Futuro

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