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História da Educação
Antonia Alves Pereira Silva
FUESPI
2011
S5861h Silva, Antonia Alves Pereira.
História da Educação / Antonia Alves Pereira Silva. – Teresina: UAB/
FUESPI/NEAD, 2011.
153 p.
ISBN: 978-85-61946-32-6
CDD: 370.9
Presidente da República
Dilma Vana Rousseff
Vice-presidente da República
Michel Miguel Elias Temer Lulia
Ministro da Educação
Fernando Haddad
Governador do Piauí
Wilson Nunes Martins
Vice-reitor da FUESPI
Nouga Cardoso Batista
Coordenadora da UAB-FUESPI
Márcia Percília Moura Parente
UNIDADE 1
EDUCAÇÃO E HISTÓRIA ..................................................................... 13
1.1 Educação ......................................................................................... 13
1. 2 História ............................................................................................ 15
1. 2.1 A ciência História .......................................................................... 16
1. 3 História da Educação ...................................................................... 19
UNIDADE 2
A EDUCAÇÃO ENTRE OS POVOS ANTIGOS ..................................... 27
2.1 Sociedades primitivas ...................................................................... 27
2.1.1 Caracterização geral ...................................................................... 27
2.1.2 Educação ....................................................................................... 28
2.2 Sociedades orientais ....................................................................... 30
2.2.1 Caracterização geral ..................................................................... 30
2.2.1 A educação oriental ....................................................................... 31
2.2.1.1 A educação egípcia .................................................................... 31
2.2.1.2 A educação chinesa .................................................................... 32
2.2.1.3 A educação hindu ........................................................................ 34
2.2.1.4 A educação hebraica ................................................................. 36
2.3 Antiguidade Clássica ....................................................................... 38
2.3.1 A Grécia ....................................................................................... 39
2.3.1.1 A constituição do povo grego ...................................................... 39
2.3.1.2 A educação grega ..................................................................... 40
2.3.1.2.1 A educação heróica, cavalheiresca ......................................... 41
2.3.1.2.2 A educação cívica: Esparta e Atenas .................................... 43
2.3.1.2.3 A educação helenística ........................................................... 49
2. 3.1.3 O surgimento da Pedagogia: os sofistas e os filósofos ............ 51
2.3.2 Roma ............................................................................................ 60
2.3.2.1 Origem dos povos romanos ........................................................ 60
2.3.2.2 Educação romana ...................................................................... 61
2.3.2.2.1 A educação heróico-patrícia .................................................... 62
2.3.2.2.2 A educação sob influência helênica ........................................ 63
2.3.2.2.3 A educação no Império ........................................................... 66
2.3.2.3 A pedagogia romana ................................................................... 67
UNIDADE 3
A EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA ......................................................... 79
3.1 Caracterização geral ........................................................................ 79
3.2 A influência religiosa na educação..................................................... 81
3.2.1 Etapas da História da Educação no Medievo ................................. 82
3.2.1.1 Fase Patrística ............................................................................ 82
3.2.1.2 Os Enciclopedistas ..................................................................... 83
3.2.1.3 A Escolástica............................................................................... 85
3.2.1.3 1 O Renascimento Carolíngio – Educação e Cultura ................... 86
3.2.1.3.2 As fases da Escolástica ........................................................... 88
3.2.2 As escolas seculares...................................................................... 90
3.2.3 A formação das gentes de ofício..................................................... 91
3.2.4 A formação do cavaleiro medieval ................................................. 92
3.2.5 A formação das mulheres ............................................................... 93
3.2.6 O servo e a educação ................................................................... 94
3.2.7 A educação universitária medieval................................................. 95
3.2.8 A influência árabe na educação ocidental ...................................... 96
3.2.9 A educação no Império Bizantino .................................................. 98
UNIDADE 4
A EDUCAÇÃO EM TEMPOS MODERNOS ......................................... 105
4.1 O fim da idade média ..................................................................... 105
4.2 O Renascimento ............................................................................. 106
4.2.1 Contexto Educacional Renascentista ......................................... 107
4.2.2 Pensamento Pedagógico Renascentista ..................................... 109
4.2.2.1 Renascimento Cultural – Humanismo ....................................... 109
4.2.2.2 Reforma, Contra–Reforma e Educação ................................. 110
4.3 O Pensamento Pedagógico Moderno ............................................ 113
4.3.1 O Pensamento Pedagógico Realista ........................................... 113
4.3.2 O Pensamento Pedagógico Iluminista ........................................ 116
4.3.3 O Pensamento Pedagógico Positivista ....................................... 119
4.3.4 O Pensamento Pedagógico Socialista .........................................120
UNIDADE 5
A EDUCAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE ....................................127
5.1 Caracterização geral ....................................................................... 127
5.2 Educação e democratização do ensino .......................................... 130
5.3 Educação e Ideologia ..................................................................... 132
5.4 Pedagogia Contemporânea ........................................................... 133
5.4.1 A contribuição das ciências à Pedagogia e educação .................134
5.4.1.1 Tendência psicológica ...............................................................134
5.4.1.2 Tendência sociológica ..............................................................139
5.4.2 A teoria progressista ................................................................... 142
5.4.3 A teoria crítica e crítico-reprodutivista .........................................142
5.4.4 O pragmatismo na educação e a escola nova .............................144
5.4.5 O tecnicismo na educação .......................................................... 147
OBJETIVOS
1 EDUCAÇÃO E HISTÓRIA
Apresentação
Considerações iniciais
1.1 Educação
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História da Educação
1. 2 História
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1. 3 História da Educação
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História da Educação
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RESUMO
LEITURA COMPLEMENTAR
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ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
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UNIDADE 2
A EDUCAÇÃO ENTRE OS POVOS ANTIGOS
OBJETIVOS
Apresentação
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2.1.2 Educação
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próprio Buda renunciou à sua condição de nobre para viver esse princípio. No
budismo a relação entre mestre e aprendiz é muito forte.
Embora a índia não tenha construído uma sistemática escolar, a
sociedade atribuía grande importância à educação, mesmo que este
conhecimento fosse, prioritariamente, o saber sagrado. É necessário dizer
também que o modo de ensino viabilizava-se de forma tranquila e agradável.
Recomendando-se, todavia, que caso o aluno cometesse faltas, deveria ser
devidamente alertado e punido, se necessário.
Considera-se que na sociedade hindu o mestre adquiriu um valor
social não antes obtido em outras civilizações. De acordo com Karl Schmidt,
citado por Luzuriaga, (op. Cit p. 26).
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2.3.1 A Grécia
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a) Esparta
Dentre as cidades-estados da Grécia as de maior expressão foram
Esparta e Atenas, embora elas tenham marcado a histórica de formas
diferentes e, seguramente, essa divergência manifestou-se também em
relação à educação realizadas nestas cidades.
Esparta, caracterizada como cidade militar, promovia uma educação
que objetivava formar soldados para infantaria. A formação desse soldado,
no entanto, diverge daquela formação do herói individual, da aretê homérica;
aqui já prenuncia-se uma organização semelhante às instituições estatais. A
militarização não se constituía em uma opção aos cidadãos espartanos
(homens livres), mas uma necessidade vez que a maior parte da população
era constituída pelos periecos, responsáveis pelos trabalhos manuais e
os ilotas, grupos subalternos, meio escravos meios livres, presos à terra
e que garantia a subsistência da cidade. Assim, Esparta precisa de muitos
soldados que pudesse manter em “ordem” esses grupos, evitando conflitos
e rebeliões.
A concepção de educação espartana iniciava-se desde o nascimento
com a prática da eugenia, ou seja, os recém-nascidos frágeis ou com
deficiência física eram abandonados. Os meninos ficavam com a família até
os sete anos; a partir daí o Estado responsabilizava-se pela sua educação
que acontecia em espécies de acampamentos ou comunidades, onde elas
passavam a viver sendo organizados de acordo com a idade e submetidos à
rígida formação militar. De acordo com Monroe (1988) os meninos ficavam
sob a responsabilidade de líderes escolhidos dentre aqueles que mais se
destacam, chamados irenos. As atividades dos jovens eram sempre
observadas pelos adultos e anciãos que os pudesse instruir ou castigar,
conforme a necessidade. Para o autor esta organização assumia todas as
instituições , como família, igreja por exemplo, eram absorvidas nesse modo
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História da Educação
No processo de formação, o
menino passava por diversos grupos e a
disciplina aumentava conforme a idade;
assim, eles enfrentavam o frio, a fome, os
castigos e aprendiam a ser obedientes,
respeitoso, resistentes, perseverantes e
viver apenas com o básico, como na guerra.
A prática da leitura e da escrita era
apenas o mínimo necessário, assim como
Ilustração de guerreiros espartanos http://
o ensino da oratória inexistente. Todavia, www.google.com.br/images
havia um cuidado com a educação esportiva, musical e a dança. Nos jogos
olímpicos Esparta superou Atenas em virtude do treinamento de seus atletas.
Às mulheres também recebiam uma formação orientada no que se
refere à preparação física que tornasse seus corpos fortes e saudáveis de
modo a poder resistir bem à gravidez e gerar crianças fortes e saudáveis. As
mulheres participavam de atividades como corrida, luta, arremesso de disco,
atirar com arco, dentre outros e, nos momentos festivos e nos jogos exibem
a beleza de seus corpos treinados.
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b) Atenas
Dentre as cidades-estados gregas Atenas é, inquestionavelmente, a
que teve maior importância histórica e implicações diretas na cultura ocidental.
De início, na fase Homérica da história grega, Atenas vivenciou o tipo de
educação própria daquela fase. Porém, a partir do século VII a.C configura-
se um modo de vida totalmente organizado em torno da pólis, a cidade, que
passa a ser o centro cultural, político e espiritual dos atenienses. A organização
da vida em torno da pólis, a ascendência da classe dos comerciantes aliada
ao papel que Atenas possuía em toda a Grécia gera novas demandas de
formação, sobretudo, a exigência de dirigentes cultos, o que provocou uma
ampliação da prática de leitura entre os cidadãos livres. “Assim a pólis se
converte em educador da juventude; ó o lugar da educação cívica e espiritual.
Aí se adquire a consciência cívica, o espírito democrático, a liberdade política
própria da vida ateniense” (LUZURIAGA, 1987, p. 39).
Na fase heróica em que o objetivo da educação era a preparação
para os grandes torneios Atenas não possui instituição escolar; no final do
século VI, a.C final do período arcaico, surgem as primeiras escolas ainda
num modelo bastante simples e o ensino não é assumido como uma obrigação
do estado, portando, não é gratuito.
Aos sete anos o menino afasta-se do seio familiar para receber a
educação formal composta inicialmente de duas partes: a ginástica e musical.
Posteriormente, é acrescentada a educação escolar. O menino, cuja família
tinha condições econômicas, era então dirigido à palestra(campos) e à escola
onde recebia instrução de educação física, feita pelo pedótriba (paidotribes),
instrutor físico; educação musical e poesia, feita pelo citarista (kitharistes),
professor de música; leitura e escrita, dada pelo didáscalo( didasko), mestre
elementar. Além desses, o menino, depois rapaz é acompanhado por um
escravo o pedagogo (paidagogos), responsável por guiar, controlar e pela
conduta geral do jovem.
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Essa educação elementar encerrava -se por volta dos 13 anos, época
em que as crianças com menos condições financeiras saiam para procurar
um ofício. Prosseguia para as demais no ginásio (gymnasia) local onde
exercitava a cultura do corpo para torná-lo sadio, belo e forte; mas
simultaneamente era cultivada a formação moral e social dos jovens que
acontecia através dos jogos esportivos, o canto e a poesia; constituía-se,
assim, o princípio da formação moral e estética, juntas.
Até essa etapa todas as escolas eram particulares, mas, dos 16 aos
20 anos, o Estado proporcionava uma educação pública que objetivava a
formação cívica e militar; essa etapa era denominada de efebia e compunha-
se de duas etapas com dois anos cada. A primeira etapa tinha por objetivo
principal prepará-los para o uso das armas e, ao final de dois anos, se o
rapaz revelasse condições físicas morais e de cidadania, recebia as armas
(escudo e espada) e passava a fazer parte da lista de homens livres. No
momento do recebimento das armas era feito um juramento de fidelidade ao
Estado, aos deuses e às tradições de seu povo. A instrução continuava
reforçando-se o uso das armas , mas também na administração dos negócios
práticos do Estado, no conhecimento da região (suas estradas, fronteiras e
topografia) como vinha a um bom soldado.
De acordo com Monroe,
os efebos passam dois anos em livre convívio com os mais velhos,
e em jogos físicos e discussões sociais e políticas que os
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A Paideia
A atuação dos sofistas e dos filósofos que principiaram o ensino
superior ateniense marca também o aperfeiçoamento de uma ideia muito
valorizada entre os gregos: a paideia. Essa palavra que representa ao mesmo
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pode evoluir. A ideia de virtude, a areté grega, é por eles percebida não como
um mérito da nobreza aristocrática assim, a virtude do homem grego pode
ser ensinada, ou seja, constitui-se aqui a ideia de que todos podem ter acesso
aos cargos e postos mais altos da política, do governo, desde que sejam
preparados, ensinados, concordando nesse aspecto com Sócrates. Para tal
propõem uma organização, espécie de currículo, composto das já citadas
gramática, retórica e dialética e modos eficazes de obter êxito na intervenção
formativa e na política. Por fim são ainda considerados os criadores do
intelectualismo na educação, ou seja, uma educação que extrapolava a
educação física, a musical e cívica grega.
Por certo houve aqueles se aproveitaram da conjuntura em formação e
do desejo de liberdade reinante entre os gregos que se adquiria com o
conhecimento racional, para assim cobrar altos valores por suas aulas e ensinar
meias verdades. Por isto mesmo são considerados como grandes representantes
da sofística: Protágoras de Abdera, Górgias de Leontinos, Hípias de Élis e para
citar outros de menos conhecidos: Antífon, Trasímaco, Pródico e Hipódamos.
A filosofia
O conjunto de transformações ocorridas por toda a antiguidade e, de
forma mais precisa a escrita, a moeda, leis, a pólis que favorece a criação da
política, culminaram com o surgimento da filosofia por volta do século VII a.C.
A filosofia registra também um período em que a população já não se orienta
apenas pela fé mítica, mas pela crença na razão e capacidade humanas, diz-
se portanto, que o início da filosofia representa uma separação com o mundo
mítico. Dos grandes filósofos da época, para o estudo da educação/pedagogia
considerar-se-á o pensamento de Sócrates, Platão e Aristóteles.
Sócrates
Sócrates é considerado um dos maiores educadores do mundo antigo
e uma referência histórica em matéria de educação até os dias atuais.
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Por fim,
caverna, de costas para a entrada onde há uma fogueira; o que esses homens
vêem é apenas as sombras projetadas pela fogueira. Caso um homem se
soltasse e conhecesse a realidade diretamente e voltasse para relatar aos colegas
como são as coisas, os objetos, estes não acreditariam nele, posto estarem
acostumados apenas com a realidade que lhes chegavam pelas sombras.
Segundo Aranha (1996), o mito da caverna pode ser analisado sob
seus aspecto epistemológico (do conhecimento) e o político. No primeiro
aspecto, o acorrentado é o homem comum, dominado pelas paixões e
impressões do mundo sensível e só alcançam um conhecimento imperfeito
da realidade e dos fenômeno; não passam portanto de doxa (opinião). O
homem que se liberta das correntes é o filósofo, que foi capaz de atingir o
verdadeiro conhecimento (episteme), desprendendo-se do mundo real, quando
a razão extrapola o mundo sensível e atinge o mundo das ideias, que o mundo
verdadeiro e onde as coisas existem perfeitamente. Quanto ao segundo
aspecto, político, o filósofo, que alcançou o conhecimento, tem obrigação
de orientar ao outros homens na condução de suas vidas. A autora destaca
que essa dimensão é essencialmente pedagógica na medida em decorre
daí a preocupação de como influenciar aqueles que não conseguem ver e
guiá-los na direção certa.
É importante frisar que no mundo das ideias de Platão, a ideia mais
importante é a do “bem” comum e, aliada à moral, justiça e ética. Assim
como para seu mestre, o fim da educação era a formação moral do homem e
o Estado é quem deve responsabilizar-se por essa formação. Platão propõe
uma organização da educação a partir da concepção dos tipos individuais e
por classes. Para ele o indivíduo é composto de três partes: a dos apetites ou
instintos( irracional e biológico); a do valor ou desejo combativo; e a racional,
ou espiritual. A cada uma delas corresponderia respectivamente as classes
dos produtores ou trabalhadores, a dos guerreiros e a dos governantes.
Todavia, o pertencimento de um indivíduo a uma ou outra classe social
era definida “por meio de um sistema de educação que descobre e desenvolve
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História da Educação
Aristóteles
Aristóteles viveu entre 384 a 322 a.C e, ao contrário do que se pensa,
não era grego. Discípulo de Platão estudou em sua Academia por 20 anos,
abandonando-a após a morte do mestre. Viajou para a Macedônia onde foi
preceptor de Alexandre Magno. Posteriormente, ao regressar para Atenas
fundou uma escola em um bosque que era dedicado a Apolo Lício, daí Liceu.
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2.3.2 Roma
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Era em suma, uma educação pela ação, para a vida, pela vida, e
sem escolas, posto que com professores particulares. Baseava-
se na vida nacional, na consciência histórica de Roma, em suas
tradições e em sua religião. (...) Os ideais, tomava-os da história
e dos heróis da própria pátria, e não da poesia épica, como foi na
Grécia; e nesses se acentuava o sentido do
patriotismo.(LUZURIAGA, 1987 p 60).
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RESUMO
SAIBA MAIS
1 Sobre a Pederastia
O processo de educação do jovem exigia que este acompanhasse
seu mestre por muito tempo nos diversos eventos sociais normalmente espaço
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para discussões políticas e debates temáticos. Havia assim uma forte ligação
entre o mestre e seus discípulos. Era comum essa vinculação assumirem um
caráter afetivo erótico. Para alguns historiadores essa relação é marca
característica na pedagogia grega. A dimensão afetiva erótica na relação
mestre discípulo, não foi uma exclusividade das sociedades clássicas nem
tampouco tinha caráter meramente sexual. O livro de História da educação na
antiguidade de Marrou(1975) é uma das poucas obras que dedica um capítulo
exclusivo à discussão do caráter “pedagógico” da pederastia. O autor cita
que a “essência da pederastia não reside nas relações sexuais anormais(...)
ela é, de início, certa forma de sensibilidade, de sentimentalismo, um ideal
misógino de virilidade total.” (p 56). È, pois uma relação de amor, admiração
sempre de um amante mais velho com alguém mais moço. O autor acrescenta
“o desejo, no primeiro, de seduzir, de afirma-se faz nascer no segundo um
sentimento de admiração ardente e dedicada: o mais velho é o herói, o tipo
superior pelo qual é preciso modelar-se, a cuja altura procurará o outro, pouco
a pouco, alçar-se.” (p.57). É nessa relação de admiração e respeito que se
fortalece o sentido pedagógico da educação grega. Marrou ainda explica que
“a ligação amorosa acompanha-se, pois, de um trabalho de formação, de um
lado, e de maturação, do outro, matizado ali de condescendência paternal,
aqui de docilidade e veneração; é exercido livremente, pelo convívio cotidiano,
a vida comum, a iniciação progressiva do mais jovem nas atividades sociais
do mais velho: o clube, o ginásio, o banquete”( p. 58).
Acrescenta-se que se trata de um contexto no qual a participação da
mulher na vida social é quase inexistente sendo suas funções restritas à vida
doméstica e de reprodução. São poucos os casos de mulheres que
alcançaram uma educação dentro do ideal da Paideia. Ainda assim, a relação
erótica afetiva era admitida também entre mestra e discípulas. Por fim Marrou
conclui que a “opinião comum e, em Esparta, a lei considerava o amante
como moralmente responsável pelo desenvolvimento do amado: a pederastia
era reputada a forma mais perfeita, mais bela de educação”(p. 59).
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2 A educação feminina
Embora se saiba que a educação feminina na antiguidade foi
relegada à condição de esquecimento, restringindo-se ao aprendizado das
artes domésticas e preparação para o matrimônio, não se pode ignorar os
registros históricos acerca de uma educação feminina que foge ao padrão
de uma educação viril. O próprio Platão em sua cidade utópica já defendia
uma educação intelectual para as mulheres, todavia, sua obra não se
materializou em práticas educacionais e a experiência mais famosa sobre
educação das mulheres gregas que extrapolasse o convencional foi a realizada
na Ilha de Lesbos, sob a coordenação de Safo, poetisa, de origem
aristocrática, de inteligência admirável. Platão faz referências às suas
qualidades intelectuais. Há poucos registros acerca dessa educação, mas
sabe-se que na escola da mestra Safo as jovens moças aprendiam música,
dança, poesia oratória, bem equivalente ao ideal grego. Marrou(1975) mais
uma vez é quem fala da experiência da escola de Safo de Lesbos, embora
não tenha sido a única dessa natureza. Para ele tratava-se de “um
“Conservatório de Música e Declamação”: pratica-se aí a dança coletiva,
herdada da tradição minóica, a música instrumental, e sobretudo a nobre lira,
assim como o canto. A vida comunitária é ritmada por toda uma série de festas,
cerimônias religiosas ou banquetes.”( p. 63). Além disso, cuidavam do corpo,
por meio de exercícios físicos. Percebe-se aqui um tipo de educação valorizada
na Grécia antiga e não realizada por homens e para homens. Motivo pelo
qual, acredita-se, as dificuldades de registro, dado o caráter unilateral da
construção da história. O autor situa a discussão da educação em Safo
também pelo viés da uma possível pederastia feminina.
(...) também esta educação não deixa de ter sua chama passional,
pois entre mestra e discípula aperta-se o elo ardente de Eros. Na
verdade, é isto o que sabemos melhor a seu respeito, pois, em
última análise só percebemos toda esta pedagogia através do eco
das paixões experimentadas pelo coração de Safo, através dos
gritos lancinantes que a dor lhe arranca quando ela é apartada,
pelo casamento ou pela traição, de alguma de suas alunas e
amadas”.(MARROU, 1975 p. 63)
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LEITURA COMPLEMENTAR
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
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UNIDADE 3
A EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA
OBJETIVOS
1. Analisar o período histórico conhecido como Idade Média, no que diz respeito
aos aspectos contextuais e educativos.
2. Compreender a atuação da religião cristã e da filosofia clássica como
norteadoras da educação no Ocidente, elementos que marcaram não só a
educação, bem como o próprio cotidiano social.
3. Reconhecer a importância desse período histórico para o surgimento das
universidades e das principais instituições de ensino que subsistem até nossos
dias.
4. Perceber esse período como essencial para compreensão de práticas
modernas de ensino, bem como para a afirmação e consolidação das ciências
atuais e do próprio conhecimento.
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Apresentação
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de uma vida moral irrepreensível. Além dos chamados “pais da Igreja”, o maior
representante dessa fase é Santo Agostinho (354-430). Africano nascido na
cidade de Tageste, na Numidia, foi sagrado sacerdote e lecionou, depois,
partindo para o centro do mundo cristão, Roma, onde também lecionou,
terminou por tornar-se bispo de Hipona, na África. Adotando, inicialmente,
uma postura maniqueísta, ou seja, que contrapõe sempre dois lados, o bem e
o mal, acaba por abraçar a filosofia platônica que usa para alicerçar a filosofia
cristã. Para Santo Agostinho Deus é poder racional infinito, eterno, imutável.
Como filosofia moral, o cristianismo é considerado caminho único
para solucionar os problemas, somente Deus e a alma, poderiam solucionar
as questões humanas – poder negado ao homem ou à natureza. O
conhecimento é possível graças à iluminação divina, segundo Aranha (p.72),
“Deus ilumina a razão e torna possível o pensar correto”. A construção do
conhecimento, portanto, não está baseada na relação mestre-aluno, pois o
homem é incapaz de ensinar algo correto, mas acontece pela “auto-educação”,
provinda da iluminação divina.
http://www.google.com.br/images
3.2.1.2 Os Enciclopedistas
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3.2.1.3 A Escolástica
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b) O Tomismo
O Tomismo surgiu e caracterizou-se como uma crítica à orientação
do pensamento platônico-agostiniano, propondo em seu lugar o racionalismo
aristotélico. Iniciou a filosofia aristotélica no pensamento cristão e,
consequentemente, deu início ao que, posteriormente, denominou-se
pensamento moderno – filosofia entendida como construção autônoma e crítica
da razão humana.
No pensamento platônico-agostiniano, o conhecimento humano
depende de uma particular iluminação divina, assim, o espírito humano está
em relação imediata com o inteligível. São Tomás se opõe a esta teoria e
oferece uma concepção empírica do saber empírica, que concebe o campo
do conhecimento humano verdadeiro limitado ao mundo sensível. Essa
concepção de conhecimento liga-se à metafísica e, em especial, a uma
antropologia, na qual, a alma é concebida como a forma substancial do corpo
– relação forma-conteúdo. A alma, sem o corpo, é incompleta, mesmo que
Deus a tenha criado para ser eterna, pela sua natureza racional, deduz-se
que, o corpo é um instrumento indispensável ao conhecimento humano, que,
por consequência, tem o seu ponto de partida nos sentidos.
Uma das características do tomismo é que o intelecto possui objeto
próprio, enquanto a vontade, agostiniana, persegue tal objeto sem, no entanto,
alcançá-lo.
No campo da moral, tomismo e agostinianismo são bem distintos. A
moral tomista é essencialmente intelectualista, a agostiniana é voluntarista,
ou seja a vontade tem o conhecimento como fim. Já o tomismo defende que a
ordem moral não depende da vontade arbitrária de Deus, e sim da
necessidade racional da divina essência. A ordem moral é imanente, essencial,
inseparável da natureza humana, que é uma determinada imagem da essência
divina, que Deus quis realizar no mundo. Desta sorte, agir moralmente significa
agir racionalmente, em harmonia com a natureza racional do homem.
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História da Educação
c) A Escolástica Pós-Tomista
O centro da escolástica pós-tomista é a universidade de Oxford, na
Inglaterra, conhecida por suas características empiristas, experimentais,
positivas e práticas. Dentre os pós-tomistas mais importantes destacamos:
Roger Bacon (1210-1294). João Duns Scoto e Guilherme de Occam.
Para Bacon, o saber deriva da autoridade, da razão e da experiência,
é a autoridade que nos garante a crença, a fé, porém não nos garante o
conhecimento, já que não nos dá a compreensão sobre aquilo em que cremos.
A razão nos garante essa compreensão, ou seja, o conhecimento, no entanto,
não consegue distinguir o que é engano daquilo que é a demonstração
verdadeira, se não estiver fundamentado na experiência. O conhecimento ou
ciência experimental constitui a fonte mais sólida da certeza. Conforme Bacon,
todavia, deve-se entender por experiência não apenas a que se alcança pelos
sentidos externos e nos oferece o mundo corpóreo, mas também a experiência
proporcionada pela iluminação interior de Deus.
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RESUMO
LEITURA COMPLEMENTAR
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
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UNIDADE 4
A EDUCAÇÃO ENTRE OS POVOS ANTIGOS
OBJETIVOS
Apresentação
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4.2 O Renascimento
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RESUMO
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LEITURA COMPLEMENTAR
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
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UNIDADE 5
A EDUCAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE
OBJETIVOS
5 A EDUCAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE
Apresentação
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História da Educação
Muito embora essa democracia, que não foi dada de presente aos cidadãos,
mas resultado de lutas como já mencionado, não representa ainda a realização
efetiva dos direitos humanos, posto que o mundo permaneça convivendo com
a violência, a miséria e conflitos por intolerância racial, religiosa de gênero.
Não obstante, essa perspectiva democrática é o marco fundamental que
caracterizará a educação vivenciada nessa época.
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Behaviorismo
O behaviorismo ou comportamentalismo é uma corrente psicológica,
derivada do positivismo, que exerceu grande influência sobre a educação neste
século. É derivada dos estudos do russo Ivan Pavlov (1849-1936) acerca do
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Gestalt
Corrente psicológica inspirada na filosofia fenomenológica, também
conhecida como psicologia da forma. Tem como principais representantes
Kohler (18877-1967) e Koffka (1889-1941). A gesltalt trabalha com a percepção
humana, mas opõe-se à concepção associacionista que aborda as
percepções de forma isolada, parcial. Defende que os objetos são percebidos
na sua totalidade e são compreendidos na sua configuração total; na sua
forma. Valorizam a capacidade de descoberta humana rejeitando processos
mecanicistas de aprendizagem. Trazem para a educação a ideia de a
compreensão súbita (insights) de fato ou fenômeno a partir do modo como a
situação (e seus elementos) são apresentadas ao indivíduo, ou seja, sua forma.
O que implica o uso da capacidade de racionar do aprendiz; defendem que a
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História da Educação
Humanismo
A corrente humanista coloca o homem no centro de suas reflexões,
mas o faz numa perspectiva otimista. Seus pressupostos contrapõem-se à
visão de homem de outras correntes psicológicas como o behaviorismo e a
psicanálise. Um dos principais representantes do humanismo cujo pensamento
e obra tiveram grande contribuição para educação foi o psicólogo norte
americano Carl Rogers (1902-1987). O pensamento de Rogers para a
educação é uma extensão de sua teoria como psicólogo, contrário às
concepções e práticas dominantes nos consultórios. Sua psicoterapia é
definida como não-diretiva e centrada no cliente porque cabe a ele a
responsabilidade pela condução e pelo sucesso do tratamento. Esse princípio
é estendido ao ensino. Segundo ele, o papel do professor é semelhante ao
do terapeuta e o do aluno, ao do cliente. Isso quer dizer que a tarefa do
professor é facilitar o aprendizado sendo este, na verdade conduzido pelo
aluno. Tal perspectiva derivou a pedagogia não-diretiva que influenciou a
prática educativa em diversas partes do mundo rejeitando posturas autoritárias
em sala de aula e colocando o aluno no centro do processo ensino-
aprendizagem e o professor na perspectiva de facilitador desse processo.
Os críticos da pedagogia não-diretiva consideravam-na romântica e
ingênua e responsável por certo espontaneísmo na educação; além de
negligenciar a transmissão do saber formal, função da escola.
Construtivismo
Atualmente grande parte da publicação sobre aprendizagem gira em
torno de compreender como esse processo ocorre. Nessas reflexões são,
em geral, resgatadas as diferentes formas de concebê-lo partindo da
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História da Educação
Sócio-histórico
Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934) é um dos autores mais
fascinantes dos tempos atuais. Nascido na Bielo-Rússia, contemporâneo de
Piaget, mas em contexto político totalmente divergente, tornou-se partidário
da Revolução Russa defendia os ideais de justiça social da Revolução.
Extremante inteligente, fez várias faculdades, mas se dedicou à Pedagogia e
Psicologia. Elaborou uma teoria do desenvolvimento afirmando que o
conhecimento é construído socialmente, nas relações humanas. Sua teoria
tem por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um
processo sócio-histórico. Nesse processo de desenvolvimento, o
aprendizado e a linguagem ocupam função de destaque. Pela
consideração do desenvolvimento como resultado de um processo social
e de um homem histórico (herança marxista), sua teoria é histórico-social
ou sócio-histórica.
Para Vygotsky, o cérebro é a base biológica para o desenvolvimento
humano. Todavia, o alcance das funções psicológicas superiores só podem
ser construídas na relação do homem com o mundo, durante sua história
social, vez que as funções psicológicas superiores referem-se a processos
conscientes, mecanismos intencionais e dependem de aprendizagem.
Vygotsky percebia um duplo estágio de desenvolvimento o real (aquele já
alcançado) e potencial (aquele em vias de ocorrer). O seu conceito de
desenvolvimento potencial é básico para educação, pois é sobre ele que
devem atuar os professores fazendo tornar-se real, por meio do processo de
mediação, aquilo que já está em potencial no indivíduo. É por meio da
mediação que ocorrerá o aprendizado e o desenvolvimento. Para o autor a
escola deve dirigir o ensino não para etapas intelectuais já alcançadas, mas
para estágios de desenvolvimento ainda não incorporados pelos alunos. Nessa
concepção o professor tem o papel explícito de interferir na zona de
desenvolvimento proximal dos alunos, provocando avanços que não ocorreriam
espontaneamente.
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O Socialismo
Conforme mencionado no capítulo anterior, a teoria socialista procura
explicar os elementos presentes na conjunção de forças antes mencionada,
salienta a luta pela educação e outros direitos dos trabalhadores. A
possibilidade prática desse pensamento ocorre com a Revolução Russa em
1917. Algumas ideias desse pensamento serão apresentadas por meio das
ideias de Antonio Gramsci e da educação nos países socialistas.
Antonio Gramsci
Gramsci (1891-1937), nasceu na Itália foi um grande intelectual, suas
ideias de esquerda foram reprimidas pelo fascismo de Mussolini e ele foi
preso por 11 anos, morrendo na prisão onde escreveu grande parte de suas
obras que tiveram e ainda tem grande impacto na educação. Acreditava em
um projeto político que levasse à revolução proletária, que, todavia, só ocorreria
a partir de mudanças na mentalidade dos cidadãos. Os agentes principais
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com problemas mentais e pelos filhos das classes mais pobres, criando para
isso, em 1907, a Casa de Bambini, em Roma. Escreveu várias obras
difundindo seu método de trabalho. Outro representante que ficou conhecido,
foi o belga Ovide Decroly (1871-1932), também médico, fundou a Escola do
Ermitage; procurou perceber os centros de interesse da criança que
poderiam facilitar a aprendizagem; inspira-se em parte na psicologia Gestalt
e suas ideias colaboraram com propostas de alfabetização.
Já o francês Célestin Freinet (1896-1966) e o alemão Georg
Kerschensteiner,(1854-1932) defendem a necessária vinculação entre as
atividades da escola e o trabalho. Aranha (1996) esclarece que “o trabalho na
escola, no entanto, não se reduz a simples profissionalização, mas se insere
numa proposta de formação humana mais abrangente, voltada para os valores
individuais e, sobretudo, sociais” (p. 173). As ideias de Freinet são
consideradas inovadoras e tiveram alcance significativo em seu país e
influenciou práticas pedagógicas nas escolas brasileiras.
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RESUMO
LEITURA COMPLEMENTAR
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
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PARA FINALIZAR
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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AVALIAÇÃO DO LIVRO
Prezado(a) cursista: