Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Musicoterapia 64 Técnicas Clínicas
Musicoterapia 64 Técnicas Clínicas
DEFINIÇÕES E USOS
Cada técnica possui várias aplicações quando utilizada isoladamente, e muito
mais quando usada em conjunto com outras. Por questões de clareza, as 64
técnicas têm sido agrupadas sob títulos, de acordo com sua aplicação primária, ou
uso na sessão de improvisação. As técnicas são comumente usadas para: transmitir
empatia, fornecer uma estrutura musical para a improvisação do cliente, organizar o
processo de improvisação, estimular as improvisações referenciais, explorar
emoções e discutir questões terapêuticas. Deve-se notar que cada técnica, na
verdade, se adequa a vários títulos, e há um infinito número de títulos que poderiam
ser usados.
Tabela XXXVII Sessenta e Quatro Técnicas em
Musicoterapia Improvisacional
TÉCNICAS DE EMPATIA
6 Exagerar: trazer algo que seja único ou se destaque, acerca de uma resposta ou
comportamento do cliente, pela amplificação
TÉCNICAS DE DEDUÇÃO
1 Repetir: reiterar o mesmo ritmo, melodia, letra, padrões de movimento, etc., seja
contínua ou intermitentemente.
TÉCNICAS DE ESTRUTURAÇÃO
1 Base Rítmica: manter uma batida básica ou fornecer uma fundação rítmica para o
cliente improvisar.
3 Dar Forma: ajudar o cliente a definir a extensão de uma frase e dar a ela uma
forma expressiva.
TÉCNICAS DE REDIREÇÃO:
TÉCNICAS DE INTIMIDADE
compartilhar Instrumentos: usar o mesmo instrumento que o cliente, ou tocá-lo
cooperativamente.
TÉCNICAS DE PROCEDIMENTO
Capacitar: instruir o cliente quanto a improvisar ou, do contrário, assisti-lo.
Trocar: mudar de uma modalidade e/ou meio de expressão para outro.
Pausa: fazer com que o cliente
“descanse” em várias articulações da
improvisação.
Recuar:assumir um papel de menor atividade ou controle, e deixar o cliente dirigir a
experiência
Experimentar: fornecer uma estrutura ou idéia para guiar a improvisação do cliente e
faze-lo experimentar
Conduzir: dirigir uma improvisação musical com gestos ou sinais.
Ensaiar: fazer o cliente praticar uma improvisação
Executar: fazer o cliente re-fazer uma improvisação, após esta ser ensaiada
Reproduzir: fazer o cliente escutar uma gravação de sua improvisação Relatar: após
uma improvisação, ou playback , fazer o cliente relatar sua experiência enquanto
improvisava.
TÉCNICAS REFERENCIAIS
Parear: o terapeuta improvisa diferentes motivos musicais, para respostas
selecionadas do cliente e então, toca o motivo, toda vez que o cliente emite a
resposta
Simbolizar: levar o cliente a usar algo musical (ex.: instrumento, tema) para
representar algo mais (ex. evento ou pessoa).
Recoletar: levar o cliente a lembrar, ou imaginar sons que acompanhem uma
situação, ou evento, e reproduzi-los
Associação livre: levar o cliente a dizer o que quer que venha à mente, enquanto
ouve uma improvisação, incluindo imagem, lembranças ou associações
Projetar: levar o cliente a improvisar música que descreva uma situação verdadeira,
sentimento, evento, relação, etc.
Fantasiar: levar o cliente a improvisar música para uma fantasia, estória, mito ou
sonho.
Contar Estória: improvisar música e estimular o cliente a inventar uma estória.
Ancorar: associar uma experiência significativa em terapia a algo que vai capacitar o
cliente a lembrar facilmente, ou recolocar a experiência em uma modalidade, meio
ou forma que vai externalizá-la, ou consolidá-la.
TÉCNICAS DE DISCUSSÃO
Resumir: recapitular verbalmente eventos em terapia e colocá-los concisamente, ou
revisar as experiências do cliente, ou respostas durante uma fase particular de
terapia ou situação de vida.
N.T.: Na descrição que se segue, algumas técnicas levam seus nomes originais
entre parêntesis devido a muitas vezes, os termos não abrangerem toda a sua
extensão de significado em língua inglesa
Técnicas de Empatia
Técnicas de Estruturação
Técnicas de Dedução
Técnicas de Redireção
Introduzir Mudança. O terapeuta tenta redirecionar a improvisação do cliente,
introduzindo material temático novo e iniciando uma nova seção na improvisação.
Isso é conseguido quando se descontinua o processo musical em vigor, e se fazem
mudanças perceptíveis no motivo rítmico ou melódico, usados como temas. Quando
introduz a mudança, o terapeuta pode também usar a técnica de modular; no
entanto, isso não é necessário. Enquanto modular envolve mudar o fundo rítmico ou
tonal, esta técnica envolve mudar as figuras rítmicas ou tonais.
Introduzir mudança é usualmente garantido quando o cliente fica paralisado
no que está fazendo e não quer mudar para nenhuma outra direção, ou quando o
cliente quer fazer algo novo, mas chegou a um impasse.
A técnica é o equivalente musical de mudar de assunto em um diálogo
verbal. Ela alcança as mesmas coisas, e possui os mesmos perigos. É uma
tentativa de contra-atuar a ruminação, seja ela verbal ou musical.
Diferenciar. Quando improvisa com o cliente, o terapeuta distingue e separa
as duas partes pela execução de ritmos, melodias, timbres, dinâmicas, registros,
configurações de textura, etc., que são muito diferentes do que o cliente apresenta,
embora compatíveis. O propósito da técnica é contrastar as duas identidades
musicais e estabelecer independência entre os papéis, enquanto mantendo uma
relação.
Quando o cliente é propenso a disputar com o terapeuta, a técnica é eficaz
no sentido de motivar o cliente a mudar sua música. Quando o cliente está
ameaçado, a diferenciação musical reassegura ao cliente que ele não será
engolfado ou submetido pelo terapeuta e que este manterá uma distância segura.
Diferenciar é distinto de introduzir mudança porque focaliza o simultâneo, em
vez de relações sucessivas, e porque seu propósito é manter as diferenças entre o
terapeuta e o cliente, em vez de motivar o cliente a fazer as mesmas mudanças que
o terapeuta.
Modular. Quando improvisa com o cliente, o terapeuta gradualmente muda
metros ou tonalidades. O propósito desta técnica é mudar de um estado de humor,
ou sentimento, para outro. Modular é uma técnica sempre efetuada depois que
cliente e terapeuta improvisaram no mesmo metro e tonalidade.
Diferentemente de introduzir mudança, modular não necessariamente
envolve mudanças no conteúdo musical da improvisação. Assim, o material
temático prévio pode ser recolocado em novos metros ou tonalidades. Uma vez que
o conteúdo pode permanecer o mesmo, esta técnica não é tão intrusiva quanto
mudar o tópico em uma discussão verbal. Em vez disso, é o equivalente musical de
mudar a perspectiva ou atitude de alguém em relação ao tópico.
Diverso de diferenciar, modular não é técnica usada para manter diferenças
com o cliente, em metros ou tonalidades. Em vez disso, a técnica aponta para
ambos, cliente e terapeuta, juntos, em outro metro ou tonalidade, que não a vigente.
Intensificar. Quando improvisa com o cliente, o terapeuta estimula a música
pelo aumento da dinâmica, andamento, tensão rítmica e/ou tensão melódica. A
tensão, em qualquer desses elementos, pode ser sustentada, ou acumulada através
de frases de clímax, que são repetidas.
Esta técnica é utilizada para obter a atenção do cliente, excitar e energizar a
improvisação do mesmo, propiciar prática no controle de energias e impulsos, e
fornecer oportunidades para liberar a tensão de um modo aceitável. Quando se usa
esta técnica, as tensões devem ir para um clímax e não devem ser sustentadas
depois que uma quantidade apropriada de energia foi liberada. Deve-se ter cuidado
para não superestimular o cliente através desta técnica.
Esta técnica não é para ser confundida com exagerar. Exagerar envolve
enfatizar o que quer que se distinga nas respostas do cliente, seja uma alta ou baixa
tensão. Exagerar não é uma tentativa de mudar a música do cliente pelo aumento
de seu nível de tensão musical.
Intensificar também é uma técnica diferente de introduzir mudança e modular,
embora possa ser usada conjuntamente. Intensificar não envolve necessariamente
mudanças nos temas rítmicos ou melódicos, metros ou tonalidades. No entanto, tais
mudanças podem ajudar a elevar a tensão musical.
Acalmar. Quando improvisa com o cliente, o terapeuta “relaxa” a música, pela
manutenção da dinâmica e andamento, dentro de uma freqüência moderada,
mantendo o ritmo e a melodia simples e repetitivos, e formando as frases no sentido
decrescente, para liberar a tensão. Esta técnica é usada para induzir o relaxamento,
restaurar a ordem emocional e reduzir a ansiedade. É o reverso do intensificar, tanto
em objetivo quanto implementação, no sentido de que focaliza na redução da
tensão do cliente, ou nível de energia. Deve-se tomar cuidado para não relaxar o
cliente demasiadamente, do contrário ele não estará motivado a participar da
sessão.
Intervir. O terapeuta interrompe ou redireciona fixações, perseverações, ou
estereótipos que são manifestos na música, movimentos, ações ou verbalizações do
cliente. Em um contexto musical: síncopes fortes, ritmos atravessados, atrasos de
batidas ou rubatos são usados para desestabilizar ou romper o ritmo do cliente;
modulações, alterações cromáticas, e atonalidade são usadas para desestabilizar
respostas tonais ou melódicas; e mudanças em instrumentos e técnicas de
manipulação são usadas para desestabilizar estereótipos em sua utilização.
Intervir é muito mais drástico e intrusivo que meramente “introduzir mudança”,
porque envolve interromper ativamente o comportamento vigente do cliente. É uma
técnica para ser usada somente quando o cliente é extremamente inapropriado, e
quando permitir ao cliente continuar é terapeuticamente contraproducente. Deve-se
tomar cuidado para que intervir não cause ansiedade severa, atuação , ou completo
afastamento.
Técnicas de Intimidade
Técnicas de Procedimento
Técnicas Referenciais
Técnicas de Discussão