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Jogos, Recreação e Lazer

2ª Edição

Jogos, Recreação e
Lazer

Leandro Dias de Araújo

TROL
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Jogos, Recreação e Lazer

DIREÇÃO SUPERIOR
Chanceler Joaquim de Oliveira
Reitora Marlene Salgado de Oliveira
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de
Oliveira
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves

DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA


Diretor Charleston Assis
Assessora Andrea Jardim

FICHA TÉCNICA
Texto: Leandro Dias de Araújo
Revisão Ortográfica: Marcus Vinícius da Silva e Natália Barci de Souza
Projeto Gráfico e Editoração: Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos e Ruan Carlos Vieira Fausto.
Supervisão de Materiais Instrucionais: Janaina Gonçalves de Jesus
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos

COORDENAÇÃO GERAL:
Departamento de Ensino a Distância
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo – Campus Niterói
A663g Araujo, Leandro Dias de.

Jogos, recreação e lazer / Leandro Dias de Araujo ;


revisão de Natália Barci de Souza e Marcus Vinícius
da Silva. 1. ed. – Niterói, RJ: EAD/UNIVERSO, 2012.

143p. : il

1. Escola e lazer. 2. Recreação. 3. Jogos educativos.


4. aprendizagem. I. Souza, Natália Barci de. II. Silva,
Marcus Vinícius da. III. Título.

CDD 790.07
Bibliotecária: ELIZABETH FRANCO MARTINS – CRB 7/4990

Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se responsabilizando a ASOEC.
pelo conteúdo do texto formulado.
© Departamento de Ensino a Distância - Universidade Salgado de Oliveira
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedora
da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO).

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Jogos, Recreação e Lazer

Informações sobre o Curso

Carga Horária: 60 h.

Ementa: Recreação e lazer; O jogo, o brinquedo e a brincadeira; O lugar do


jogo, da recreação e do lazer na educação; Estilos de jogos, brincadeiras e
brinquedo; Aplicação do Jogo e da recreação; A Brinquedoteca e os espaços
Ludopedagógicos.

Objetivos: Conhecer e diferenciar as características dos jogos, da recreação e


do lazer dentro de uma perspectiva conceitual, histórica e prática. Reconhecer a
importância do jogo e da recreação na educação em diferentes tipos de ambientes
educacionais. Discutir a influência do lúdico como um meio para o
desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social. Compreender a dinâmica de
criação, montagem e dinamização de espaços ludopedagógicos.

Conteúdo Programático:

Unidade 1 – Aprendendo Sobre Lazer

Definindo Lazer.

Classificação de Lazer.

Lazer e Suas Vertentes.

Lazer na Educação.

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Jogos, Recreação e Lazer

Unidade 2 – Ensinando Recreação

Definido Recreação.

Objetivos da Recreação.

Características do Recreador.

Recreação ao Longo da Vida.

Recreação e Socialização.

Recreação no Processo de Ensino-Aprendizagem.

Campos Diversos da Recreação.

Unidade 3 – O Brinquedo e a Brincadeira

Uma Breve História do Brincar.

A Importância do Brinquedo e do Brincar.

Classificação Prática por Família de Brinquedos.

Classificação das Brincadeiras.

Unidade 4 – Falando Sobre Jogos

Características e Fases dos Jogos Relacionados ao Desenvolvimento.

Níveis de Conhecimento dos Jogos.

Vantagens dos Jogos.

Classificação de Jogos.

Outras Classificações de Jogos.

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Jogos, Recreação e Lazer

Unidade 5 – O Lugar do Jogo, da Recreação e do Lazer na Educação.

Diferenciando Conceitos.

Planejamento e Escolha do Jogo: Critérios, Metodologia e Avaliação da


Atividade.

A Aplicação do Jogo, da Recreação e do Lazer na Educação.

Espaços Ludopedagógicos.

Brinquedoteca.

Oficina de Sucata.

Jogos Virtuais.

Unidade 6 – Jogos para Facilitação do Processo de Ensino-Aprendizagem

Jogos de Apresentação e Conhecimento.

Jogos Motores de Competição e Cooperação.

Jogos Intelectuais.

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Jogos, Recreação e Lazer

Bibliografia Básica:

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. 5.


ed. São Paulo: Loyola, 1994.

CAMARGO, Luiz O. L. O que é lazer? São Paulo: Brasiliense, 2003.

FERREIRA, V. Educação Física, Recreação, Jogos e Desportos. Rio de Janeiro.


Sprint, 2003.

Bibliografia Complementar:

BRUNHS, Heloisa T. O Corpo parceiro e o Corpo Adversário. Campinas: Papirus,


1989.

GUERRA, Marlene. Recreação e Lazer. Porto Alegre: Sagra, 1988.

PIERRE, S. & KUDO, A. Brinquedos e brincadeiras no desenvolvimento infantil. In.:


Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria. 2. ed. São
Paulo: Sarvier, 2000. p. 247-252.

PUIG, Josep Mª e TRILLA, Jaume. A Pedagogia do ócio. Valério Campos. 2. ed.


Porto Alegre: Artmed, 2004.

WERNECK, Christiane. Lazer, Trabalho e Educação: relações históricas, questões


contemporâneas. Belo Horizonte: Ed. UFMG; CELAZER-DEF/UFMG, 2000.

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Jogos, Recreação e Lazer

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Jogos, Recreação e Lazer

Palavra da Reitora

Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo,


exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO Virtual, que reúne os diferentes
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero
bem-sucedidas mundialmente.

São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio


dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se
responsável pela própria aprendizagem.

O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que


permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo
momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de
nossa plataforma.

Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores


especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos.

A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a


distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização,
graduação ou pós-graduação.

Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando


as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona.

Seja bem-vindo à UNIVERSO Virtual!

Professora Marlene Salgado de Oliveira

Reitora

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Jogos, Recreação e Lazer

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Jogos, Recreação e Lazer

Sumário

Apresentação do Curso ......................................................................................................... 11

Plano do Curso ......................................................................................................................... 13

Unidade 1 – Aprendendo Sobre Lazer ............................................................................ 16

Unidade 2 – Ensinando Recreação.................................................................................... 31

Unidade 3 – O Brinquedo e a Brincadeira....................................................................... 52

Unidade 4 – Falando Sobre Jogos..................................................................................... 73

Unidade 5 – O Lugar do Jogo, da Recreação e do Lazer na Educação ................. 92

Unidade 6 – Jogos para Facilitar o Processo Ensino-Aprendizagem...................... 110

Considerações Finais............................................................................................................. 132

Conhecendo o Autor............................................................................................................. 133

Referências .............................................................................................................................. 134

Anexos ...................................................................................................................................... 138

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Jogos, Recreação e Lazer

Apresentação do Curso

O Lúdico é eminentemente educativo no sentido em que


constitui a força impulsora de nossa curiosidade a respeito do
mundo e da vida, o princípio de toda descoberta e toda criação.

Santo Agostinho.

Você tem em suas mãos o livro de estudos do curso Jogos, Recreação e Lazer
que foi estruturado a partir de resultados de uma pesquisa bibliográfica
aprofundada e atualizada, sendo recheado de experiência práticas que trazem uma
vivência contextualizada com a realidade dos ambientes educacionais.

Este livro tem o objetivo de trazer conhecimentos básicos sobre os conceitos e


aplicabilidade das atividades lúdicas no ambiente educacional, favorecendo e
facilitando as relações de ensino no seu dia a dia como educando.

Espero que, durante o semestre, você possa dedicar-se o suficiente para


construir novos conhecimentos e agregar a sua formação conteúdos relevantes à
prática do ensino. Visto que mundo do brinquedo e da brincadeira é
extremamente enriquecedor e fascinante, trazendo aos alunos o prazer do
aprender e ao educador o prazer do ensinar, numa relação dialética.

Os Jogos e a recreação contribuem significativamente para que os alunos


possam vivenciar, na prática, o conhecimento que estão se apropriando,
aprimorando as diferentes habilidades, criatividade e imaginação, aliando o estudo
com a ação.

A brincadeira é tida como uma estratégia de ensino indispensável para a


aquisição de novos conhecimentos, através da descontração e de um ambiente
divertido e alegre. Como educadores, precisamos acreditar numa escola mágica,
encantadora e enriquecedora, onde a criança tenha, no aprender, uma experiência
que envolva investigação, busca e interação.

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Jogos, Recreação e Lazer

A recreação e o lazer também têm grande valor na relação ensino-


aprendizagem, embora com significados diferentes, mas dentro de um mesmo
contexto, pois auxiliam no desenvolvimento de diversas habilidades e na
otimização do tempo dentro da escola.

Trace uma rotina e dedique-se ao estudo, busque leituras complementares,


faça os exercícios propostos, participe dos fóruns e dos encontros educacionais.
Espero que você tenha um excelente e prazeroso período de estudo.

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Jogos, Recreação e Lazer

Plano do Curso

O curso foi elaborado para facilitar seu conhecimento, permitindo uma visão
segura com dados fidedignos dentro do contexto da aprendizagem pedagógica,
realçando o que é essencial na aplicação dos Jogos, Recreação e Lazer.

O conteúdo exposto tem como objetivo contagiar o educando pelo prazer do


saber, pelo universo da brincadeira e pela ação eficiente e transformadora dos
processos de aprendizagem.

Abaixo vamos apresentar um breve resumo das unidades de ensino, para


facilitar a visão do conteúdo a ser estudado.

Unidade 1 – Aprendendo Sobre Lazer

Em nossa primeira unidade, conceituaremos lazer, estabelecendo sua relação e


aplicabilidade no processo de ensino-aprendizagem.

Objetivos:

 Definir lazer e estabelecer suas características;

 Classificar lazer;

 Diferenciar lazer passivo e ativo e identificar a influência sobre os


processos educacionais;

 Discutir a educação para e pelo lazer como práxis pedagógica.

Unidade 2 – Ensinando Recreação

Na segunda unidade falaremos sobre recreação e suas características. Iremos


definir e discutir o papel do recreador. Comentaremos a influencia da recreação no
processo de ensino-aprendizagem e na socialização durante toda a vida.

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Jogos, Recreação e Lazer

Objetivos:

 Definir recreação e seus objetivos;

 Conhecer as necessidades de um recreador;

 Discutir a importância da recreação no processo de ensino-


aprendizagem e na socialização;

 Conhecer os diversos campos da recreação.

Unidade 3 – O Brinquedo e a Brincadeira

Nesta unidade buscaremos conversar e refletir sobre as questões que


envolvem o brinquedo e o brincar na construção biopsicossocioafetiva da criança,
apresentando as principais categorias de brinquedos e brincadeiras para facilitar a
sua ação como pedagogo dentro do ensino.

Objetivos:

 Apresentar uma breve história do brincar;

 Discutir a importância do brinquedo e do brincar;

 Classificar os brinquedos e as brincadeiras.

Unidade 4 – Falando Sobre Jogos

Chegando nessa unidade iremos discutir sobre a importância da utilização do


jogo durante o aprendizado da criança, esclarecendo suas vantagens e
estabelecendo suas diferentes classificações.

Objetivos:

 Conhecer as características e fases dos jogos relacionados ao


desenvolvimento, bem como os níveis de conhecimento dos jogos;

 Identificar as vantagens dos jogos;

 Conhecer e aprender a classificação de jogos.

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Jogos, Recreação e Lazer

Unidade 5 – O Lugar do Jogo, da Recreação e do Lazer na Educação

Abordaremos nesta unidade a diferenciação dos conceitos trabalhados até


aqui e a importância de cada um na educação. Aprenderemos os passos da
construção dos jogos e das brincadeiras, assim como sua aplicação.
Apresentaremos, ainda, os espaços ludopedagógicos conhecidos como
brinquedoteca e oficina de sucatas.

Objetivos:

 Diferenciar os conceitos de brincadeira, recreação e jogo;

 Compreender a aplicação do jogo, da recreação e do lazer na


educação;

 Aprender sobre a confecção de brinquedos e o planejamento de


jogos;

 Conhecer os principais espaços ludopedagógicos.

Unidade 6 – Jogos para Facilitação do Processo de Ensino-Aprendizagem

Em nossa última unidade, apresentaremos alguns jogos que poderão ser


utilizados durante sua prática como educador dentro da escola, em sala de aula ou
em outros ambientes de ensino, dando sentido e correlacionando a prática as
teoria estudadas.

Objetivos:

 Conhecer alguns jogos e brincadeiras;

 Efetivar a aplicação dos conteúdos estudados;

 Garantir o conhecimento prático e sua relação com o ensino.

Bons estudos.

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Jogos, Recreação e Lazer

1 Aprendendo Sobre Lazer

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Jogos, Recreação e Lazer

Nessa primeira unidade conceituaremos lazer, conheceremos sua classificação,


diferenciaremos lazer ativo de passivo e discutiremos a sua aplicação durante o
processo de ensino e na facilitação da aprendizagem.

Objetivos da Unidade:

Definir lazer e estabelecer suas características;

Classificar lazer;

Diferenciar lazer passivo de ativo;

Identificar a influência do lazer sobre os processos educacionais;

Discutir a educação para e pelo lazer como práxis pedagógica.

Plano da Unidade:

Definindo Lazer.

Classificação de Lazer.

Lazer e Suas Vertentes.

Lazer na Educação.

Bem-vindo à primeira unidade de estudo.

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Jogos, Recreação e Lazer

Agora vamos começar nossos estudos sobre Lazer e estabelecer as relações de


suas funções com a educação. Esteja bem atento a leitura e faça-a com prazer e
dedicação.

Definindo Lazer

Iniciamos definindo a expressão “lazer”, que mesmo já sendo realizada por


vários estudiosos e técnicos que atuam na área ou em nível de senso comum, ainda
falta consenso sobre o seu significado (Marcellino, 1987). Se formos procurar em
dicionários o significado da palavra lazer, na maioria deles, veremos que ela refere-
se a tempo livre ou a atividade que fazemos nesse tempo, sem prejuízo das
ocupações ordinárias. Existe uma ligação muito íntima entre lazer e atividades que
envolva massa, expressões de arte ou a própria recreação.

A definição mais conhecida de lazer é a do sociólogo francês Dumazedier


(1973), que define lazer da seguinte maneira:

O lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode


entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-
se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua
informação ou formação desinteressada, sua participação social
voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou
desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais.

Mais quatro características, segundo Dumazedier, são essenciais ao conceito


de lazer:

a) caráter liberatório: o lazer é liberação de certo gênero de obrigações


determinado pela sociedade.

b) caráter desinteressado: o lazer não está fundamentalmente submetido a


fim lucrativo algum, e se estiver vinculado alguma forma de lucro o lazer passa a
ser parcial.

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Jogos, Recreação e Lazer

c) caráter hedonístico: condição primeira do lazer, onde se busca um estado


de satisfação, tomado como um fim em si mesmo. A procura do prazer, da
felicidade ou da alegria é um dos traços fundamentais do lazer na atual sociedade.

d) caráter pessoal: o lazer deve proporcionar a libertação das fadigas físicas,


do tédio cotidiano e das rotinas, abrindo o caminho para uma livre superação de si
mesmo.

Lazer, portanto, é uma atividade prazerosa, que proporciona bem-estar.


Podemos jogar futebol, ler um livro, tomar banho de piscina, assistir TV, ouvir
música, viajar ou mesmo ir passear na beira da praia. O importante é praticar algo
que nos faça sentir prazer, mesmo no meio da globalização, em que tecnologia
acaba proporcionando um isolamento social.

Valmir José Oleias determina que o lazer é uma atividade necessária ao


desenvolvimento biopsicossocial do homem, estando relacionado à
disponibilidade de tempo livre, diferenciando-se nas classes sociais e sendo, na
maioria das vezes, privilégio das classes mais altas. Diz, por fim, que a prática do
lazer é influenciada pelo Estado na implementação de políticas públicas e na oferta
de espaços físicos necessários e adequados.

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Jogos, Recreação e Lazer

Classificação de Lazer

Segundo Marcelino (2000), o lazer pode ser classificado em seis áreas


fundamentais: os interesses artísticos, os intelectuais, os físicos, os manuais, os
turísticos e os sociais, entretanto, a classificação mais satisfatória é a do sociólogo
francês Jofre Dumazedier, que é, aliás, o criador do que habitualmente se
denomina de Sociologia do Lazer.

IMPORTANTE

O interesse central da sociologia de Dumazedier sempre foi o


desenvolvimento cultural e sua sociologia do lazer sempre foi uma sociologia da
educação não formal, assegurando que o tempo de lazer hoje é mais relevante
para a educação global do que o tempo escolar.

Descrevemos a seguir, cada uma dessas áreas de interesse cultural no Lazer


(DUMAZEDIER, 1979):

a) Atividades Físicas de Lazer

As atividades físicas de lazer incluem a ida a academia, a prática de um esporte


ou mesmo uma caminhada. O desejo de exercitar-se, de ficar em forma e também
o desejo de ficar consigo mesmo ou em companhia de um grupo de amigos pode
ser, para alguns, um momento de prazer e lazer.

b) Atividades Manuais de Lazer

Lavar um carro, cultivar plantas e flores, a criação de animais, o crochê, o tricô,


entre outras, são exemplos de atividades práticas de lazer.

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Jogos, Recreação e Lazer

c) Atividades Artísticas de Lazer

A prática e a assistência de todas as formas de cultura erudita, conceituadas


como arte, tais como cinema, teatro, literatura, artes plásticas etc. são entendidas
como atividades artísticas, apesar de não fazerem parte do universo cultural da
maioria da população. A decoração da casa, as roupas, a maquiagem e,
principalmente, as festas podem ser consideradas atividades artísticas.

d) Atividades Intelectuais de Lazer

Satisfação da curiosidade intelectual, em todos os campos, seja através de


conversação aparentemente banal com os amigos, leitura de romances, contos,
poesias, filmes. A busca de informação num livro ou num jornal pode provocar uma
emoção forte nas pessoas, mesmo dirigindo-se basicamente à satisfação de uma
curiosidade, do desejo sincero de saber alguma coisa.

e) Atividades Associativas ou Sociais de Lazer

A vida social, o contato com os amigos, parentes, colegas de trabalho, jogos e


passeios com os filhos e movimentos culturais são exemplos de atividades
associativas de lazer.

Além das categorias propostas, foram adicionados outros dois conteúdos


culturais do lazer: interesses turísticos (CAMARGO, 2003) e interesses virtuais
(SCHWARTZ, 2003).

Lazer e Suas Vertentes

De forma clara e convincente, definimos lazer como uma forma de você


utilizar seu tempo dedicando-se a uma atividade que você goste de fazer, ou seja, é
tudo aquilo que está relacionado ao tempo livre (não trabalho) e atitude (prazer)
diante da atividade exercida.

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Jogos, Recreação e Lazer

O lazer está relacionado a duas vertentes: o lazer passivo, que atualmente, por
conta do modismo, se expõe a produção e ao consumo, alimentando a
propaganda da indústria do lazer. É toda atividade que poupe energia do ser
humano e o envolve no processo de alienação. Já o lazer ativo, ao contrário do
passivo que reforça comportamentos mecanizados, se caracteriza pela participação
integral da pessoa como ser capaz de escolha e criticidade, permitindo a
reformulação da experiência.

Outra característica do lazer ativo consiste muito no que se diz respeito à


recreação e atividades físicas proporcionando, assim, a interação entre a sociedade
e a saúde. Onde o indivíduo procure buscar algo que lhe transmita prazer e ao
mesmo tempo relaxamento, tentando esquecer um pouco suas tarefas e reações
de estresse da sua vida cotidiana.

IMPORTANTE

Lazer Ativo: lazer em que o participante é o receptor e o emissor de


estímulos.

PRATICAM, INTERAGEM, VIVENCIAM

Lazer Passivo: lazer em que o participante é unicamente receptor de


estímulos.

ASSISTEM, RECEBEM ESTÍMULOS E INFORMAÇÕES

Lazer na Educação

Existe, na escola, desde o desenvolvimento dos seus currículos pedagógicos à


iniciativa de fazer com que o ambiente escolar promova e estimule as práticas de
lazer extraclasse, de forma que os próprios alunos identifiquem seus próprios
objetivos e valores do tempo livre. (SANTOS PASTOR, 1998).

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Jogos, Recreação e Lazer

As atividades de lazer devem ter um caráter não lucrativo e a participação dos


alunos deve ser de forma voluntária e livremente escolhida, contribuindo para a
educação integral e a inclusão social. O aluno poderá ser direcionado a alguma
atividade proposta, sempre sendo dada a opção de escolha, ou ainda, a proposta
de lazer pode surgir entre os próprios alunos, na hora do recreio, por exemplo.

Para Requixa (1979),

a educação é hoje entendida como o grande veículo para o


desenvolvimento, e o lazer, um excelente e suave instrumento para
impulsionar o indivíduo a desenvolver-se, a aperfeiçoar-se, a
ampliar os seus interesses e a sua esfera de responsabilidades.

O mesmo autor (Requixa, 1980) nos mostra um duplo aspecto educativo do


lazer: o lazer como veículo de educação (educação pelo lazer) e o lazer como
objeto de educação (educação para o lazer).

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Jogos, Recreação e Lazer

A educação para o lazer tem como objetivo preparar o indivíduo para que viva
o seu tempo disponível da forma mais positiva, sendo um processo de
desenvolvimento total através do qual um indivíduo amplia o conhecimento de si
próprio, do lazer e das relações do lazer com a vida. Por tal, deve ser considerada
como um processo integral da vida diária da escola, no sentido de que é necessário
ensinar o lazer ativo.

A proposta da escola e do educador deve ser a de proporcionar o lazer ativo,


através da prática de atividades saudáveis como esportes, danças, atividades
culturais e culturas corporais. Visto que as crianças de hoje facilmente relacionam o
seu tempo livre à televisão, videogame e computador, contribuindo, assim, para o
aumento do sedentarismo, estresse e problemas cardiovasculares.

Na educação pelo lazer, segundo Marcellino (1983), é fácil verificar que:

a aceitação das atividades levadas a efeito no tempo disponível,


como veículos de educação (...) e as possibilidades de
desenvolvimento pessoal e social que a prática do lazer oferece
estão próximas ou se confundem com os objetivos mais gerais da
educação.

Assim, compreende-se que a educação não formal surge pela negação de uma
educação centrada apenas na escola, uma vez que a educação é permanente e
ocorre ao longo de toda a existência, “em que o próprio espaço físico converte-se
em espaço educativo, e as informações se multiplicam em todos os espaços e
tempos do cotidiano” (CAMARGO, 1998).

No entanto, ainda hoje, parece que a escola, muitas vezes, quer esquecer que
dos 365 dias do ano, os alunos passam cerca de 170 dias na estrutura escolar e que
os restantes dias correspondem a tempo livre dessa estrutura. A escola parece que
quer esquecer essas centenas de horas em que as crianças e os jovens se
encontram em outra formação, em autoformação ou mesmo (de)formação. É
importante que a educação para e pelo lazer fundamente a prática educacional,
começando pela transformação dos educadores.

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Jogos, Recreação e Lazer

LEITURA COMPLEMENTAR

CAMARGO, Luiz O. L. O que é lazer? São Paulo: Brasiliense, 2003.

Na próxima unidade estudaremos a importância da recreação no ambiente de


ensino-aprendizagem e os diferentes campos de recreação.

É HORA DE SE AVALIAR!

Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo, elas irão


ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de
ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois às
envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco!

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Jogos, Recreação e Lazer

Exercícios da Unidade 1

1 - Qual das opções não fazem referência a Lazer?

a) Tempo livre.
b) Ocupações ordinárias.
c) Expressão de arte.
d) Recreação.
e) Repouso.

2 - Segundo Dumazedier, quatro características são essenciais ao conceito de lazer:

a) caráter liberatório, desinteressado, hedonístico e pessoal.


b) caráter liberatório, desinteressado, hedonístico e social.
c) caráter liberatório, interessado, hedonístico e social.
d) caráter liberatório, interessado, hedonístico e pessoal.
e) caráter liberatório, interessado, hedonístico e pessoal.

3 - As atividades físicas de lazer incluem a ida a academia, a prática de um esporte


ou mesmo uma caminhada. O desejo de exercitar-se, de ficar em forma e também
o desejo de ficar consigo mesmo ou em companhia de um grupo de amigos pode
ser, para alguns, um momento de prazer e lazer. O texto faz referência a que área
do lazer:

a) atividade manual.
b) atividade artística.
c) atividade intelectual.
d) atividade social.
e) atividade física.

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Jogos, Recreação e Lazer

04 – Assinale a alternativa correta:

I - O lazer ativo, ao contrário do passivo que reforça comportamentos


mecanizados, se caracteriza pela participação integral da pessoa como ser capaz de
escolha e criticidade.

II - Lazer ativo consiste muito no que se diz respeito à recreação e atividades


físicas, proporcionando, assim, a interação social e a saúde.

III – O lazer passivo é quando o indivíduo procura buscar algo que lhe
transmita prazer e ao mesmo tempo relaxamento, tentando esquecer um pouco
suas tarefas e reações de estresse da sua vida cotidiana.

IV - O lazer passivo é toda atividade que poupe energia do ser humano e o


envolva no processo de alienação.

a) As alternativas I, II, III e IV estão corretas.


b) As alternativas II, III e IV estão corretas.
c) As alternativas III e IV estão corretas.
d) As alternativas I, II e IV estão corretas.
e) As alternativas I, II e III estão corretas.

05 – Sobre Lazer, marque a alternativa incorreta.

a) As atividades de lazer devem ter um caráter não lucrativo.


b) A participação dos alunos deve ser de forma voluntária e livremente escolhida.
c) O aluno poderá ser direcionado a alguma atividade proposta, sempre sendo
dada a opção de escolha, ou ainda, a proposta de lazer pode surgir entre os
próprios alunos, na hora da aula a exemplo.
d) Existe, na escola, desde o desenvolvimento dos seus currículos pedagógicos,
até a iniciativa de fazer com que o ambiente escolar promova e estimule as práticas
de lazer extraclasse.
e) A educação para o lazer tem como objetivo preparar o indivíduo para que viva
o seu tempo disponível da forma mais positiva.

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Jogos, Recreação e Lazer

06 – Não pode ser considerado exemplo de lazer passivo:

a) danças.
b) televisão.
c) videogame.
d) computador.
e) ouvir música.

07 – São consideradas atividades sociais de lazer:

a) passeio com os filhos e ler um livro.


b) passeio com os filhos e participar de movimentos culturais.
c) cinema e ler um livro.
d) fazer crochê e participar de eventos culturais.
e) cinema e fazer crochê.

08 - A prática e a assistência de todas as formas de cultura erudita, conceituadas


como arte, tais como: cinema, teatro, literatura e artes plásticas, apesar de não
fazerem parte do universo cultural da maioria da população, são entendidas como:

a) atividade manual.
b) atividade artística.
c) atividade intelectual.
d) atividade social.
e) atividade física.

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Jogos, Recreação e Lazer

09 – Discuta a seguinte afirmativa do texto: “È importante que a educação para e


pelo lazer fundamente a prática educacional, começando pela transformação dos
educadores”.

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10 – Explique as características essenciais do conceito de lazer.

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Jogos, Recreação e Lazer

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Jogos, Recreação e Lazer

2 Ensinando Recreação

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Jogos, Recreação e Lazer

Nessa segunda unidade falaremos sobre recreação e suas características.


Iremos definir e discutir o papel do recreador e a influência da recreação no
processo de ensino-aprendizagem e na socialização durante toda a vida.

Objetivos da Unidade:

Definir recreação e seus objetivos;

Conhecer as necessidades de um recreador;

Discutir a importância da recreação no processo de ensino-aprendizagem e na


socialização;

Conhecer os diversos campos da recreação.

Plano da Unidade:

Definido Recreação.

Objetivos da Recreação.

Características do Recreador.

Recreação ao Longo da Vida.

Recreação e Socialização.

Recreação no Processo de Ensino-Aprendizagem.

Campos Diversos da Recreação.

Aproveite bastante a segunda unidade de estudo!

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Jogos, Recreação e Lazer

Antes de estudarmos sobre recreação, escute a música de Milton Nascimento


Bola de Meia, Bola de Gude e reflita sobre a presença de um moleque dentro do seu
coração.

Há um menino

Há um moleque

Morando sempre no meu coração

Toda vez que o adulto balança

Ele vem pra me dar a mão.

Milton Nascimento.

Como é bom brincar e ver crianças brincando. Parece que nesses períodos
esquecemo-nos dos problemas e entramos num mundo rodeado de prazer e de
muita alegria. Os períodos em que nos dedicamos a práticas recreativas têm um
valor revigorante e essencialmente mágico.

Definindo Recreação

Embora a recreação faça parte de uma possibilidade de lazer, numa relação


dialética, ela se constrói de forma analógica, mas bem determinada dentro do
contexto educacional, já que o lazer é descomprometido, podendo envolver
entretenimento ou descanso. A recreação é livre e espontânea, que se mantém por
si só, sem nenhuma obrigação, gerando satisfação e alegria. É diversão, renovação
e recuperação (MIAN, 2003).

No entanto, a recreação exige certo desempenho em atividades, de forma a


garantir diversão. Nem todo passatempo é recreação, nem toda diversão é uma
atividade recreativa, segundo Ferreira (2003).

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Jogos, Recreação e Lazer

A recreação tem o objetivo de criar condições ótimas para o desenvolvimento


integral das crianças, promovendo a sua participação individual e coletiva em
ações que melhorem a qualidade de vida. Recreação vai muito além de
simplesmente “matar o tempo” (SILVA, 1959).

Entretanto, Kishimoto (1997) define recreação como atividade física ou mental,


a qual o indivíduo é naturalmente impelido para satisfazer as necessidades físicas,
psíquicas ou sociais. Tais realizações lhe fornecem prazer, visto que é aprovada pela
sociedade.

35
Jogos, Recreação e Lazer

A verdadeira recreação deve conter os elementos: entretenimento, diversão,


passatempo e distração, mas em um nível construtivo. Segundo Cavallari e Zacharias
(2008), a recreação apresenta cinco características básicas que garantem o
desenvolvimento amplo do recreando. São elas:

1. A recreação deve ser encarada pelo praticante como um fim em si mesmo,


sem que espere benefícios ou resultados específicos. A pessoa que busca recreação
nunca terá outro objetivo com sua prática que não apenas o fato de se recrear. Há um
total descompromisso e uma total gratuidade. Não busca qualquer tipo de retorno.

2. A recreação deve ser escolhida livremente e praticada espontaneamente,


segundo os interesses de cada um. Cada pessoa terá oportunidade de opção quanto
àquilo que pretenda fazer em função de sua recreação e, se preferir, ainda, optar por
não tê-la naquele ou em qualquer outro momento. Os profissionais de recreação
apenas criam circunstâncias propícias para que cada pessoa se recrie.

3. A prática da recreação busca levar os praticantes a estados psicológicos


positivos. É necessário tomar cuidado com a prática de determinadas atividades
lúdicas, que durante seu desenrolar poderão desviar-se e acarretar nos praticantes
sensações indesejadas e negativas.

4. A recreação deve ter o objetivo de propiciar à pessoa o exercício da


criatividade. Na medida em que se ofereça estimulação, essa criatividade deve ser
plenamente desenvolvida. A importância da criatividade para a pessoa é enorme, pois
engrandece a personalidade e prepara para uma condição melhor de vida. O trabalho
será muito melhor e apresentará resultados muito mais satisfatórios, se desenvolvido
desde a infância.

5. Nas características de organização da sociedade nos níveis econômicos,


sociais, políticos e culturais, em geral, a recreação de cada grupo é escolhida de
acordo com os interesses comuns dos participantes. Pessoas com as
mesmas características têm uma tendência natural de se procurarem e se agrupem,
pois seu comportamento é semelhante. Essas pessoas formam os chamados grupos
de iguais. Cada grupo de iguais, de acordo com suas características, busca um
determinado tipo de recreação.

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Jogos, Recreação e Lazer

Objetivos da Recreação

 Experimentar novas atitudes/posturas, para que o indivíduo se


perceba sujeito-histórico;

 Fortalecer a saúde física, mental e espiritual;

 Desenvolver habilidades;

 Auxiliar no processo de aprendizagem;

 Incentivar a liderança, a iniciativa, a criatividade;

 Colaborar com o processo de socialização;

 Adquirir prazer pelo lúdico;

 Ajudar no crescimento físico, fortalecimento muscular e


coordenação motora geral;

 Tornar o individuo mais espontâneo, trabalhando a sua desinibição e


descontração;

 Relaxar e aliviar tensões através da liberação de sentimentos;

 Permitir a educação e reeducação do comportamento;

 Aumentar o coeficiente de autoconfiança e a expansão do eu;

 Desenvolver a observação, a atenção, a percepção, a imaginação,


tornando a pessoa mais sensível;

 Facilitar o desenvolvimento dos elementos psicomotores como


coordenação motora, equilíbrio, esquema corporal, orientação
espacial e ritmo;

 Contribuir para o bom convívio social, enriquecendo a formação da


personalidade, agindo eficientemente na vida cooperativa do grupo.

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Jogos, Recreação e Lazer

Características do Recreador

O recreador deve conhecer sobre o desenvolvimento infantil e as


características específicas de cada faixa etária, para que ele elabore
adequadamente as atividades que serão realizadas no período de recreação. Deve
estar também preparado para interagir, reagrupar e flexibilizar as atividade de
acordo com o movimento do grupo.

Objetivando a segurança física das crianças e o ambiente apropriado para sua


proposta metodológica, o recreador deve estabelecer e respeitar limites. É
importante que, na relação com as crianças, o recreador seja comunicativo,
maleável, afetivo, alegre, divertido e firme.

Durante a recreação, é importante que o recreador dê liberdade para a criança


escolher seus pares e que proporcione a troca de papéis secundários e primários
nas atividades. Deve também evitar que as crianças com dificuldade de
ajustamento social se isole, incentivando, assim, a cooperação e a participação de
todos na descoberta de soluções criativas.

Recreação ao Longo da Vida

Com a recreação, espera-se uma mudança no comportamento, em função da


experiência e da relação com o ambiente. A recreação está, durante todo o tempo,
presente na vida do indivíduo.

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Jogos, Recreação e Lazer

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Jogos, Recreação e Lazer

Durante a vida intrauterina, o feto já tem contato com a existência de uma


linguagem não formal, a qual lhe propicia uma satisfação ilimitada. A criança
aprende, antes mesmo de nascer, a responder aos estímulos que lhes são dados. A
recreação, desde esse momento, já faz parte da vida dela, já que essas experiências
vão lhe proporcionar prazer e aprendizado. Estamos, desde então, sempre em
contato com algum tipo de recreação e lazer, seja em casa, na escola, no clube e
até mesmo no trabalho.

A exploração corporal e sua descoberta, no recém-nascido, fazem parte de um


conteúdo recreador e prazeroso. A continuidade dessa descoberta corporal,
proporcionada pelas atividades que propõe a esquematização corporal
(conhecimento das partes do corpo, sua nomeação e funcionalização) de si e do
outro, além de servirem de base para todo o desenvolvimento psicomotor,
determinam a presença da recreação durante o desenvolvimento infantil.

Na escola, a recreação também está presente em vários momentos,


principalmente na hora do recreio, onde a criança brinca de forma livre e
descomprometida.

Na fase da adolescência, bem como na fase adulta, a recreação continua


presente, estabelecendo relações sociais e sendo elemento fundamental na
construção desta socialização. Alguns empregadores já determinam horários
destinados à recreação nos intervalos de trabalho, objetivando o prazer, o bem-
estar e, consequentemente, um maior rendimento no trabalho e a promoção de
saúde.

Recreação e Socialização

Como já discutimos, a recreação é uma prática prazerosa, na qual os alunos


participam de atividades divertidas. A recreação e a socialização no ambiente
escolar caminham juntas, através das propostas que servem como ferramenta para
o desenvolvimento afetivo, cognitivo, motor, linguístico e moral. Os indivíduos são

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Jogos, Recreação e Lazer

movidos pelo prazer e pela emoção, ambiente que é gerado pela prática recreativa,
já que tende a ser diferente do cotidiano.

Durante as atividades de recreação, ocorre uma integração da criança ao meio


social a partir da experiência grupal, da convivência, do conhecimento mútuo e das
relações interpessoais. Nessa proposta, promovemos ocupação para o tempo
ocioso, permitindo que a criança desenvolva sua adaptação emocional, sua
descoberta de sistemas de valores e desenvolvimento da comunicação.

Recreação no Processo de Ensino-Aprendizagem

Ao utilizarmos a recreação como metodologia no processo de ensino-


aprendizagem, embarcamos numa proposta construtivista e sociointeracionista
alegre e muito divertida. Vivenciamos o aprendizado de forma dinâmica, prazerosa
e esperamos que nossos alunos sejam capazes de produzir, reproduzir e criar o
novo, de forma individual e coletiva.

A recreação permite as práticas educacionais inclusivas em sala de aula e em


ambientes de recreação. Além de abordarem a cognição, a aprendizagem e
despertarem os sentimentos que facilitam as relações humanas, realizando esse
processo com muita alegria e prazer. Os ambientes de recreação podem ser reais
ou imaginários, nos quais os alunos desenvolvem as atividades referentes ao tema
abordado: mercadinho, padaria, casinha, cantinhos de artes, música e expressão
corporal.

A recreação como metodologia é o caminho da cidadania e da inclusão social,


perpassando pelas descobertas e pelo prazer proporcionados na sala de aula e nos
ambientes de recreação, durante o processo de ensino-aprendizagem.

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Jogos, Recreação e Lazer

Campos Diversos da Recreação

A recreação está presente em diferentes lugares, sempre com o objetivo de


resgatar a alegria e o prazer, mesmo que em situações difíceis ou de desconforto.

Apresentaremos, a seguir, alguns campos que a recreação está sendo


vivenciada, trazendo benefícios ao recreado.

Recreação em Sala de Aula

Recreação em sala de aula é trazer uma característica lúdica, a qual envolve


atitude do educador, muito mais do que ter jogos ou brinquedos. É acreditar na
proposta de se ensinar de forma prazerosa, assumindo uma postura de
sensibilidade, envolvimento e mudança interna.

É muito importante que a recreação esteja presente em suas aulas, garantindo


ao educando o direito de ser criança em todos os lugares, seja no intervalo dos
conteúdos, seja na aplicação de um novo conteúdo ou na sua revisão. Faça seus
alunos experimentarem o aprender de maneira intensa e dinâmica; isso só
acontecerá se você se sentir desafiado a recrear.

O mais importante na sala de aula, como lugar de recrear, é que se consiga


conciliar os objetivos pedagógicos com os desejos dos alunos. É preciso manter um
equilíbrio entre o cumprimento do conteúdo e o desenvolvimento da
subjetividade para a autonomia e criatividade.

Recreação em Creches

Conforme discute Pierre e Kudo (2000), o momento e espaço do brincar


devem ser respeitados como fundamentais para o desenvolvimento da criança.
Durante o período em que os bebês e as crianças menores frequentam a creche,
uma parte grande da sua vida fica a mercê dos educadores. Mais uma vez, a atitude
do educador irá interferir no desenvolvimento da criança.

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Jogos, Recreação e Lazer

Nos primeiros anos de vida, o aprendizado da criança acontece de forma


muito rápida. Estamos de frente a enormes ganhos motores, senso-perceptivos,
cognitivos, linguísticos e sócio-afetivos. A recreação no ambiente educacional da
creche garante ao educando o brincar – principal atividade infantil – e, com isso,
experiências, limites, regras e descobertas que irão contribuir significativamente
para seu aprendizado, crescimento e desenvolvimento.

Como educadores, temos a obrigação de garantir que o desenvolvimento da


criança, em todas as suas áreas, aconteça de forma harmoniosa e intensa. De
acordo com Araújo (1997), a falta do brincar rompe ou provoca barreiras,
impedindo que o desenvolvimento evolua normalmente. Vamos recrear, vamos
brincar e fazer a diferença na vida das nossas crianças.

Recreação no Trabalho

A recreação, atualmente, faz parte do ambiente do trabalho. Muitas empresas


garantem aos seus trabalhadores um período para se dedicarem ao lazer ou
recreação. São criados, dentro das empresas, ambientes destinados a esse objetivo,
cabendo ao funcionário decidir se quer descansar, realizar alguma atividade em
grupo ou assistir TV, entre outras.

A recreação vai além das propostas de intervenção laboral, feita por


educadores físicos ou fisioterapeutas, que objetivam a adaptação do local de
trabalho e a prevenção de doenças relacionadas ao trabalho.

Essa proposta tem garantido o aumento do desempenho do trabalhador e do


bem-estar na empresa, repercutindo até nas relações sociais. A recreação dentro da
empresa funciona como revigorante à jornada intensa de trabalho.

DICA

Aproveite o tempo de recreio das crianças para brincar com elas, de


forma descomprometida, e experimente a repercussão no restante do seu dia de
trabalho.

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Jogos, Recreação e Lazer

Recreação Hospitalar

O desenvolvimento infantil, como já falamos, está sempre vinculado à


realidade do brincar. A realidade hospitalar, de alguma forma, deforma essa
realidade, seja pela dor, pela limitação ou pela falta de estímulos apropriados. A
brincadeira se afasta da criança nesses períodos, que muitas vezes podem ser
prolongados ou se repetirem (no caso de crianças crônicas).

Atualmente, a brincadeira e a recreação têm feito


Brinquedotecas – Segundo Nylse Helena
parte das enfermarias hospitalares, com grupos de
Silva Cunha é o espaço criado para
palhaços voluntários e até mesmo profissionais de favorecer a brincadeira, onde se brinca
educação e saúde envolvidos em espaços de brincar: livremente, com todo o estímulo à
manifestação de suas potencialidades e
ludotecas ou brinquedotecas. Muitas salas de espera
necessidades lúdicas.
dos ambulatórios de pediatria têm adotado a mesma
Ludoteca – Para Paulo Nunes Almeida é
proposta do brincar, a fim de minimizar o estresse da
uma sala que contém os mais variados
espera. tipos de jogos pedagógicos, com a
finalidade de estimular o aluno a
A pedagogia, através da recreação, desenvolve um
desenvolver habilidades psicomotoras e
trabalho humanista. Além de garantir o direito à intelectuais.
educação e facilitar a recuperação da criança, já que
interfere no prazer, traz a criança para mais próximo da sua realidade e reduz a
ansiedade. Além da proposta da recreação, a pedagogia oferece a possibilidade de
implementação de uma classe hospitalar. Tal assunto não será discutido agora, já
que não faz parte do nosso curso.

Recreação em Hotéis, Acampamentos e Clubes

A recreação também está presente nos ambientes como hotéis, pousadas,


acampamentos de férias, clubes e outros espaços alternativos, garantindo o
envolvimento social dos participante e, principalmente, a diversão. Na maioria
desses lugares, a recreação é desenvolvida por profissionais de Educação Física.

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Jogos, Recreação e Lazer

Recreação na Terceira Idade

O envelhecer traz por si só o isolamento social, a perda das


Processo Retrogenético do
funções psicomotoras, o ócio pela desobrigação do trabalho e o Envelhecimento – Refere-se à
desembaraçar das obrigações familiares e sociais. A recreação involução humana, pode ser
definido como o processo no
traz ao idoso, através de atividades em praças, universidades da
qual ocorre um mecanismo
terceira idade, grupos sociais etc., a proposta de retardamento inverso ao da aquisição do
do processo retrogenético do envelhecimento. desenvolvimento normal.

LEITURA COMPLEMENTAR

CAVALLARI, V. R. ZACHARIAS V. Trabalhando com recreação. 10. ed.


São Paulo: Ícone, 2008

FERREIRA, V. Educação Física, Recreação, Jogos e Desportos. Rio de Janeiro:


Sprint, 2003.

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Jogos, Recreação e Lazer

Na próxima unidade falaremos sobre o brinquedo e a brincadeira, discutindo a


importância desses conteúdos para o aprendizado da criança.

É HORA DE SE AVALIAR!

Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo, elas irão


ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de
ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois às
envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco!

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Jogos, Recreação e Lazer

Exercícios da Unidade 2

01 - Qual das afirmativas abaixo não faz referência a RECREAÇÃO?

a) É livre e espontânea.

b) Gera satisfação e alegria.

c) Sem nenhuma obrigação.

d) É diversão, renovação e recuperação.

e) Apresenta somente a característica coletiva.

02 – A verdadeira recreação deve conter os elementos a seguir, exceto:

a) entretenimento.

b) diversão.

c) obrigação.

d) passatempo.

e) distração.

03 – Sobre as cinco características básicas da recreação propostas por Cavallari e


Zacharias (2008), marque a alternativa correta:

I - A recreação deve ser encarada pelo praticante como um fim em si mesmo,


sem que espere benefícios ou resultados específicos.

II - A recreação deve ser escolhida livremente e praticada espontaneamente,


segundo os interesses de cada um.

III - A prática da recreação busca levar os praticantes a estados psicológicos


positivos.

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Jogos, Recreação e Lazer

IV - A recreação dever ser de natureza a propiciar à pessoa o exercício da


criatividade.

a) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.


b) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
c) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) As afirmativas I, II e III estão corretas.
e) As afirmativas III e IV estão corretas.

04 – É objetivo da recreação:

a) repetir as atitudes/posturas, para que o indivíduo se perceba sujeito-histórico.


b) não influenciar a saúde física, mental e espiritual.
c) auxiliar no processo de aprendizagem.
d) não interferir no crescimento físico, somente no fortalecimento muscular e
coordenação motora geral.
e) provocar tensões através da liberação de sentimentos.

05 – Não é característica do recreador:

a) o recreador deve conhecer sobre desenvolvimento infantil.


b) o recreador deve estar preparado para interagir, reagrupar e flexibilizar as
atividade de acordo com o movimento do grupo.
c) o recreador deve estabelecer e respeitar limites.
d) é importante que na relação com as crianças o recreador seja comunicativo,
maleável, afetivo, alegre, divertido e firme.
e) durante a recreação é importante que o recreador direcione para a criança
escolher seus pares, proporcione a troca de papeis secundários e primários
nas atividades.

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Jogos, Recreação e Lazer

06 - Recreação que tem por objetivo retardar o processo retrogenético:

a) recreação na escola.

b) recreação em hotéis.

c) recreação hospitalar.

d) recreação na terceira idade.

e) recreação no trabalho.

07 - Estamos de frente a enormes ganhos motores, senso-perceptivos, cognitivos,


linguísticos e sócio-afetivos. Esta afirmativa faz referência a:

a) recreação na escola.

b) recreação em creches.

c) recreação hospitalar.

d) recreação na terceira idade.

e) recreação no trabalho.

08 – A recreação e o lazer no trabalho são decididos pelo funcionário, podendo


escolher entre:

a) descansar.

b) assistir TV.

c) jogar ou brincar.

d) exercício laboral.

e) bater um “papo”.

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Jogos, Recreação e Lazer

09 – Procure na internet sobre o brincar e outras intervenções hospitalares. Depois,


discuta a importância da recreação nos casos de crianças crônicas.

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10 - Qual a importância da recreação para o bebê e a criança pequena?

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Jogos, Recreação e Lazer

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Jogos, Recreação e Lazer

3 O Brinquedo e a
Brincadeira

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Jogos, Recreação e Lazer

É muito bom estar junto com você nessa terceira unidade, na qual iremos
conhecer as ideias que envolvem os conceitos de brinquedo e brincadeira,
discutindo sua importância e aprendendo a classificar brinquedos e brincadeiras.

Objetivos da Unidade:

Apresentar uma breve história do brincar;

Discutir a importância do brinquedo e do brincar;

Classificar os brinquedos e as brincadeiras.

Plano da Unidade:

Uma Breve História do Brincar.

Classificação Prática por Família de Brinquedos.

A Importância do Brinquedo e do Brincar.

Classificação das Brincadeiras.

Explore e faça grandes descobertas estudando a terceira unidade de estudo.

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Jogos, Recreação e Lazer

Toda criança terá direito a brincar e a divertir-se, cabendo à


sociedade e às autoridades públicas garantir a ela o exercício pleno
desse direito. (Artigo 7º da Declaração Universal dos Direitos da
Criança).

Uma Breve História do Brincar

As brincadeiras são tão antigas quanto universais e determinam, muitas vezes,


a cultura de um povo. Achados arqueológicos do século IV A.C., na Grécia,
descobriram bonecos em túmulos de crianças. Há referências a brincadeiras e
jogos em obras tão diferentes como a Odisseia de Ulisses e o quadro Jogos Infantis
de Perter Brueghel, pintor flamengo do século XVI. Nessa tela, de 1560, são
apresentadas cerca de 80 brincadeiras que ainda hoje estão presentes em diversas
sociedades.

Há diferenças nos jogos, brincadeiras e brinquedos ao longo da história, no


interior das culturas e entre as classes sociais. Assim, pode-se dizer que o brincar,
ao mesmo tempo, expressa aquilo que há de universal e permanente na infância
humana e as peculiaridades de uma determinada cultura ou grupo social.

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Jogos, Recreação e Lazer

A Importância do Brinquedo e do Brincar

 Permite a exploração e o aprendizado concreto do mundo exterior;

 Estimula os órgãos dos sentidos, a função sensorial, a função motora


e a emocional;

 A brincadeira tem uma enorme função social;

 Desenvolve o lado intelectual;

 Cria oportunidades para a criança elaborar e vivenciar situações


emocionais e conflitos sentidos no dia a dia;

 Estimula a criatividade na experimentação do objeto;

 Facilita a expressão das emoções e fantasias.

Classificação Prática por Família de Brinquedos

Existem muitas classificações de brinquedos, mas selecionamos a proposta por


André Michelet, o qual propôs observar e classificar os brinquedos da seguinte
maneira: Classificações etnológicas ou sociológicas que analisam os brinquedos
em função do papel que lhes é atribuído (ou a classificação que lhes é atribuída)
nas diversas sociedades; Classificações filogenéticas que analisam os brinquedos
em função da evolução da humanidade, evolução esta reproduzida pela criança
em seus jogos; Classificações psicológicas que se fundamentam na explicação do
desenvolvimento da criança e em função das quais se estabelece uma hierarquia
dos jogos; e Classificações pedagógicas que distribuem os brinquedos segundo
diferentes aspectos e opções dos métodos educativos.

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Jogos, Recreação e Lazer

Dessa forma, os brinquedos foram classificados por famílias, respeitando seus


valores funcionais (adaptação do brinquedo à criança), experimentais (o que a
criança faz com o brinquedo), estruturais (como o brinquedo contribui para a
estruturação da personalidade) e de relação (como o brinquedo facilita a relação
com outras crianças).

A Importância do Brinquedo e do Brincar

Brinquedos para Atividades Sensório-Motoras

1. Chocalhos e mordedores;

2. Móbiles sonoros ou não — brinquedos com figuras e formas diversas


para colocar suspensos sobre o berço;

3. Brinquedos para berço e cercado — esferas, figuras enfiadas em cordão


para instalar no berço, no carrinho ou no cercado;

4. Quadros de atividades — quadros com peças coloridas de formas


diversas, espelhos inquebráveis, sinos, peças que correm em trilho,
janelinhas que se abrem, todos para colocar no berço;

5. Animais e objetos em borracha — material manual, com ou sem guizo


interno;

6. Brinquedos para o banho — animais, barquinhos e peças flutuantes;

7. Bonecas e bichos de Primeira Idade — bonecas em tecido com roupas


fixas, animais em tecido (não pelúcia) sem detalhes que possam ser
arrancados;

8. Pelúcias de 20 a 50 cm;

9. João-bobo (sonoro ou não) — bonecos e animais com movimento de vai-


e-vem, em plástico rígido ou inflável;

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Jogos, Recreação e Lazer

10. Brinquedos para empurrar, puxar ou rolar — com corda para puxar, com
haste para empurrar. Exemplo: cavalinhos de pau;

11. Carrinhos de mão, veículos para encher e esvaziar;

12. Caixas, arcas e baús — para guardar brinquedos;

13. Bolas de 8 a 10 cm de diâmetro e cubos em tecido;

14. Brinquedos para areia e água — baldes, pazinhas e formas;

15. Animais e cadeiras de balanço — cavalinhos no tamanho da criança para


cavalgar e balançar;

16. Carrinhos para os primeiros passos — carrinhos com base sólida e alça
para a criança se apoiar ao começar a caminhar;

17. Veículos sem pedais — carrinho sem pedais que se movimentam pelo
impulso dos pés da criança no chão. Exemplo: tico-ticos.

18. Cubos e fôrmas para empilhar — peças que devido aos seus tamanhos
diferentes se encaixam umas nas outras e podem também ser empilhadas
umas sobre as outras;

19. Contas, anéis, pirâmides com eixo central — peças que são empilhadas
enfiando-as em eixos, contas para enfiar em cordão;

20. Caixas de encaixe de formas e cores — caixas e carrinhos com orifícios de


formas geométricas diferentes para receber pecinhas que só passam
pelas aberturas correspondentes para cair dentro deles;

21. Bancadas e brinquedos para martelar — brinquedos imitando bancadas


de marceneiro;

22. Brinquedos animados mecânicos — figuras de animaizinhos de plástico


ou metal e bichinhos de pelúcia com movimentos (a pilha ou bateria);

23. Esferas — esferas transparentes ou com recortes, cujo conteúdo é visível


externamente;

24. Caixas de música — brinquedos de pendurar com alça para puxar e por
em funcionamento o mecanismo musical interno.

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Jogos, Recreação e Lazer

Brinquedos para Atividades Físicas

1. Veículos com pedais, triciclos, patinetes, karts, tico-ticos — carrinhos que


imitam o real (com pedais), motos e bicicletas com três rodas, patinetes,
karts etc.;

2. Veículos elétricos no tamanho da criança — carrinhos para a criança


dirigir, movidos à bateria ou pilha;

3. Bicicletas — bicicletas com duas rodas e rodinhas provisórias na roda


traseira e bicicletas com duas rodas de aros crescentes;

4. Patins, skates — brinquedos para o equilíbrio corporal e seus acessórios;

5. Pipas e objetos voadores — pipas, bumerangues, aviõezinhos simples


(com elástico);

6. Boliches, jogos tipo bocha e jogos de argolas — boliches de plástico, de


madeira ou de argolas;

7. Bolas, petecas e balões de ar — bolas plásticas, bolas oficiais, petecas e


balões infláveis;

8. Cordas de pular, obstáculos e percursos — cordas, percurso tipo


"amarelinha";

9. Pingue-pongue, tênis, raquetes de praia e peças para atirar em alvo —


Ioiôs, piões e bolhas d'água;

10. Pernas de pau, bambolês e aros para equilibrar com uma haste;

11. Golfe miniatura, críquete, bilhar, pebolim, futebol de mesa;

12. Equipamentos esportivos — redes para bola-ao-cesto, voleibol,


estilingues, arco e flecha;

13. Equipamentos para playground ao ar livre e internos — tobogãs,


balanços escorregadores, gangorras, balanços, barcos, boias, colchões
infláveis e pranchas flutuadoras.

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Jogos, Recreação e Lazer

Brinquedos para Atividades Intelectuais

1. Puzzles fáceis (de 40 a 150 peças);

2. Baby puzzles e encaixes planos — quebra-cabeças até 40 peças e


encaixes de peças em bandejas 35. Puzzles com mais de 150 peças;

3. Brinquedos com peças para girar e parafusar;

4. Brinquedos de construção por superposição de peças ou alinhamento


lado a lado — blocos de construção simples;

5. Brinquedos de construção por encaixe de peças — blocos de construção


com detalhes modulados para encaixar;

6. Brinquedos de mecânica simples — planos inclinados por onde descem


bolas, brinquedos em que água e areia fazem mover as pás de um
moinho;

7. Brinquedos que representam modelos técnicos — brinquedos que


demonstram leis físicas elementares;

8. Caixas de experiência e caixas cientificas — caixas de química, corpo


humano em detalhes, caixas de materiais orgânicos, cristais, herbários,
microscópios e habitats;

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Jogos, Recreação e Lazer

9. Jogos de perguntas e respostas — relógios, blocos de letras e números,


jogos de alfabetização, brinquedos do tipo resposta mágica;

10. Jogos de observação e reflexão — lotos, dominós, jogos de memória e


solitários do tipo "resta um";

11. Brinquedos didáticos — blocos lógicos, noções de frações, noções de


quantidade, tamanho e forma;

12. Jogos lógicos e matemáticos — jogos com pareamento lógico,


sequências temporais e jogos com operações matemáticas;

13. Jogos informáticos — jogos por computador: xadrez eletrônico,


perguntas e respostas, línguas estrangeiras.

Brinquedos que Reproduzem o Mundo Técnico

1. Walkie-talkies, telefones e meios de comunicação — com funcionamento


real;

2. Aparelhos audiovisuais com função real — rádios, toca-discos, karaokês,


walkman e microfones;

3. Aparelhos eletrodomésticos reduzidos com funções que imitam o real —


fogões, máquina de costura, ferro de passar, liquidificadores e batedeira;

4. Veículos em miniatura — carros, motos e caminhões;

5. Veículos mecânicos e elétricos — carrinhos, caminhões, aviões, barcos,


movidos à fricção e a pilha;

6. Veículos tele e radiocomandados — carrinhos, caminhões, aviões e


barcos movidos por controle remoto;

7. Veículos a energia solar;

8. Guindastes e máquinas simples, mecânicos ou elétricos — caminhões


basculantes, gruas, movidos à pilha, a fricção ou simples;

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Jogos, Recreação e Lazer

9. Pistas para autos, trens elétricos, acessórios, autoramas e circuitos


sofisticados;

10. Veículos e máquinas simples — carros, caminhões, aviões, barcos de


formas simples, leves, de plástico ou madeira;

11. Brinquedos e objetos transformáveis — brinquedos representando


figuras cujas partes ao serem movimentadas passam a representar outros
objetos;

12. Robôs.

Brinquedos para o Desenvolvimento Afetivo

1. Pelúcia com mais de 50 cm;

2. Bonecos, personagens imagináveis, zoomorfos — bonecos que


representam figuras de fiapo do tipo tartarugas Ninja e dragões com
aparência humana;

3. Bonecas para vestir (não manequim) — as bonecas com cabelo, olhos


moveis, braços e pernas articuladas com atividades animadas como
choro, fazer xixi, rir e falar;

4. Acessórios para bonecas — roupas, bijuterias, maquiagem, chapéus,


carrinhos, berços, móveis para boneca, louças e panelinhas;

5. Fogões, aparelhos domésticos, móveis no tamanho da criança;

6. Aparelhos audiovisuais de imitação, telefones-baby — aparelhos


imitando rádios, TV, cassetes, telefones de plástico e relógios;

7. Miniaturas de figuras simples — animais, personagens de plástico de


tamanho reduzido para brincar de zoológico, faroeste e soldadinhos de
chumbo;

8. Personagens articulados e acessórios — heróis e personagens com


membros articulados, cabeça móvel para simular histórias de ficção, de
batalhas;

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Jogos, Recreação e Lazer

9. Veículos e objetos de simulação, quadros de bordo — veículos e volantes


imitando atividades de direção de carros, barcos e naves;

10. Cartolas com objetos de imitação de personagens de lenda — espadas,


capacetes, máscaras e fantasias no tamanho da criança;

11. Cartolas com objetos de imitação de atividades domésticas e de


profissões — apetrechos para limpeza da casa, ferramentas de
marceneiro, mecânico, instrumentos de médicos, enfermeiros e
capacetes de policia;

12. Acessórios de beleza para crianças — materiais para maquiagem,


bijuterias, sapatos de salto, bolsinhas;

13. Brinquedos de profissões — barracas de feira, loja, posto de correio,


todos no tamanho da criança;

14. Cabanas, tendas, fortes, ranchos, cidades, fazendas, zoológicos, arcas de


Noé — bloquinhos imitando imóveis de uma cidade, casas e
componentes de uma fazenda e do zoológico;

15. Edifícios públicos — brinquedos representando sala de aula, estação de


trem, banco, correio e hospital;

16. Estacionamentos, postos de gasolina, circuitos simples — bomba de


gasolina, postos com carrinhos e detalhes, sinais de trânsito, circuitos
para carrinhos e trenzinhos com funções simplificadas, em madeira ou
plástico;

17. Tapetes de jogo — tapetes com circuitos, imitação de cidades com ruas
para brincar no chão, universo de personagens com seus acessórios;

18. Casa de bonecas e acessórios — casas com compartimentos, móveis na


proporção da criança, imitando cozinha, dormitório, sala de jantar;

19. Bonecas manequim e acessórios — bonecas articuladas com cabelo e


detalhes anatômicos, seus acessórios de moda e complementos de suas
atividades, moveis, objetos pessoais, equipamentos esportivos etc.;

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Jogos, Recreação e Lazer

20. Bonecas leves vestidas — bonecas plásticas ou de tecido, com olhos fixos,
cabelos no próprio plástico ou de lã e com roupas simples;

21. Bebês — bonecos imitando bebês, podendo ser banhados, sem cabelos
com olhos pintados.

Brinquedos para Atividades Criativas

1. Mosaicos — peças geométricas ou pinos, em madeira ou plástico,


coloridos, para formar figuras;

2. Carimbos para impressão, letras e maquinas de imprensa;

3. Adesivos, materiais de colagem — adesivos de papel ou plásticos


coloridos, ilustrados para formar cenas ou figuras e peças com ímãs para
formar cenários;

4. Tapeçaria em tear, tapeçaria bordada com agulha, trabalhos de costura,


bordados e de tecelagem;

5. Trabalhos de furar, enfiar, amarrar, trançar, recortar;

6. Gravuras e metal trabalhado em baixo e alto relevo;

7. Trabalhos em barro e cerâmica;

8. Dobraduras — origami;

9. Maquetes, modelos técnicos — aviões em madeira balsa e carros com


partes para montar;

10. Caixas de pintura sobre tecido, pintura a dedo — caixas com cenas para
pintar com lápis de cor ou aquarela;

11. Jogos de desenho, quadros-negros — brinquedos com tela para


desenhar e apagar, brinquedos para reproduzir (pantógrafo) e imitação
de fotocópia;

63
Jogos, Recreação e Lazer

12. Modelagem (manual) e moldagem (com moldes) — massa de modelar,


peças em gesso para moldar e utensílios para trabalhar com massa de
modelagem;

13. Brinquedos musicais — pianos, violões, tambores, pandeiros etc.;

14. Música eletrônica — teclados eletrônicos, guitarras, baterias eletrônicas


etc.;

15. Marionetes, fantoches e teatrinhos.

Brinquedos para Relações Sociais

1. Jogos de carta e jogos de famílias — jogos de cartas comuns, baralhos de


famílias (quartetos) e mico-preto;

2. Jogos de sociedade para família — jogos para vários participantes e com


regras pré-fixadas;

3. Jogos de sorte — jogos com dados e jogos tipo bingo;

4. Jogos de percurso — jogos de tabuleiro com percurso a ser percorrido


através da indicação por sorteio de dados;

5. Jogos de sociedade para crianças pequenas — jogos para vários


participantes envolvendo grau simples de dificuldade;

6. Jogos de habilidade e destreza — jogos com peças para equilibrar, pegar


rapidamente e jogos exigindo rapidez nos reflexos;

7. Jogos eletrônicos que necessitam de habilidade e destreza —


videogames;

8. Jogos de estratégia e reflexão — xadrez, damas, gamão, trilha e xadrez


chinês;

9. Jogos de simulação, jogos de interpretação — jogos em que são


sugeridos, por exemplo, detalhes de uma determinada cidade e em que
os participantes devem, analisando diversas situações, decidir onde
construir um banco, uma farmácia, um cinema e um campo de futebol;

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Jogos, Recreação e Lazer

10. Jogos enciclopédicos e de conhecimentos — jogos que envolvem o


conhecimento de temas variados;

11. Jogos de números e letras — jogos de palavras cruzadas, jogos de


descoberta de palavra ocultas e jogos de descoberta de números ocultos;

12. Jogos de mágica;

13. Coleções de jogos — caixas com jogos variados.

A fim de facilitar a identificação visual, tanto pelas crianças como pelos


adultos, nos espaços em que o brinquedo está presente, as seguintes cores foram
adotadas para as sete categorias componentes da classificação por famílias de
brinquedos:

1. Brinquedos para a primeira idade e brinquedos para atividades


sensório-motoras — vermelho.

2. Brinquedos para atividades físicas — azul escuro.

3. Brinquedos para atividades intelectuais — amarelo.

4. Brinquedos que reproduzem o mundo técnico — verde.

5. Brinquedos para o desenvolvimento afetivo — rosa.

6. Brinquedos para atividades criativas — azul claro.

7. Brinquedos para relações sociais — laranja.

DICA

Para fixação do conteúdo, faça uma pesquisa na internet em sites de


vendas de brinquedos e imprima várias figuras de brinquedos que achar
interessante. Depois, classifique essas figuras de brinquedos e cole em 7 cartolinas
com as cores das caixas de brinquedos que você aprendeu.

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Jogos, Recreação e Lazer

Classificação das Brincadeiras

As brincadeiras recebem várias classificações, mas escolhemos o método


elaborado pela psicóloga canadense Denise Garon, em 1982, auxiliada,
posteriormente, por Rolande Filion e por Manon Doucet.

O sistema de classificação ESAR analisa a contribuição psicológica e


pedagógica dos acessórios das brincadeiras de acordo com as etapas de
desenvolvimento, desde a infância até a idade adulta. O método, embora conte
com várias influências teóricas, foi elaborado, principalmente, com base na
abordagem piagetiana e apresenta-se em diferentes facetas do brincar.

A palavra ESAR é composta precisamente a partir da primeira letra da palavra


que identifica cada uma das categorias desta faceta, ou seja:

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Jogos, Recreação e Lazer

 E - para brincadeira de exercício, que surge desde a primeira idade com


os gestos e movimentos sensoriais e motores;

 S - para brincadeira simbólica, onde ocorre a representação de um


objeto por outro, a simulação e o faz de conta;

 A - para brincadeira de acoplagem, onde peças agrupadas passam a


fazer parte da construção de um todo com novo significado;

 R - para brincadeira com regras simples que se iniciam a partir dos 4 anos
podendo, a partir dos 7 anos, se tornar mais complexas e vindo a tomar
uma forma cada vez mais elaborada, tanto na adolescência quando na
idade adulta.

Atualmente, estamos diante de muitas discussões e reflexões sobre a


utilização do jogo ou de atividades lúdicas na escola, o seu emprego eficaz sem
perder a essência da ludicidade e da participação voluntária, evidenciando, para
Schwartz (1998), uma pedagogia pelo jogo ou do jogo.

Chegamos ao fim de mais uma unidade onde, juntos, aprendemos sobre


brinquedos e o brincar na construção e desenvolvimento de valores na criança e
sua importância no processo educacional.

LEITURA COMPLEMENTAR

KISHIMOTO, T. M. Jogo, brincadeira, brinquedo e a educação. São Paulo:


Cortez. 1997.

Na próxima unidade falaremos sobre os jogos, sua classificação e sua


influência sobre a criança, que se estende até o envelhecer.

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Jogos, Recreação e Lazer

É HORA DE SE AVALIAR!

Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo, elas irão


ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de
ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois às
envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco!

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Jogos, Recreação e Lazer

Exercícios da Unidade 3

01– Qual das opções não se refere à importância do brincar?

a) Permite a exploração e o aprendizado concreto do mundo exterior.

b) Estimula os órgãos dos sentidos, a função sensorial, a função motora e a


emocional.

c) A brincadeira tem uma enorme função social.

d) Desenvolve o lado intelectual.

e) Cria oportunidades para a criança elaborar e vivenciar situações emocionais,


mas não os seus conflitos sentidos no dia a dia.

02 – Analise as afirmações abaixo:

I. Classificações etnológicas ou sociológicas que analisam os brinquedos em


função do papel que lhes é atribuído (ou a classificação que lhes
atribui) nas diversas sociedades.

II. Classificações filogenéticas que distribuem os brinquedos segundo


diferentes aspectos e opções dos métodos educativos.

III. Classificações psicológicas que se fundamentam na explicação do


desenvolvimento da criança e em função das quais se estabelece
uma hierarquia dos jogos.

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Jogos, Recreação e Lazer

É correto afirmar que:

a) a alternativa I está correta.

b) a alternativa II está correta.

c) a alternativa III está correta.

d) as alternativas I e II estão corretas.

e) as alternativas I e III estão corretas.

03 – São considerados brinquedos para primeira idade, com característica sensório-


motora, exceto:,

a) chocalho.

b) móbiles.

c) João bobo.

d) caixas e baús.

e) puzzles fáceis.

04 – São brinquedos que reproduzem o mundo técnico:

a) fogões.

b) carrinhos de fricção.

c) brinquedos transformáveis.

d) móbiles.

e) robôs.

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Jogos, Recreação e Lazer

05 – As bonecas para vestir, acessórios de beleza, cabanas e brinquedos de


profissões são:

a) brinquedos que reproduzem o mundo técnico.

b) brinquedos para o desenvolvimento afetivo.

c) brinquedos para atividades intelectuais.

d) brinquedos para atividades criativas.

e) brinquedos para as relações sociais.

06 – Mosaicos e dobraduras fazem parte dos:

a) brinquedos que reproduzem o mundo técnico.

b) brinquedos para o desenvolvimento afetivo.

c) brinquedos para atividades intelectuais.

d) brinquedos para atividades criativas.

e) brinquedos para as relações sociais.

07 – Jogos com números e letras, jogos de sociedade e jogos de xadrez, damas e


gamão também podem ser considerados:

a) brinquedos que reproduzem o mundo técnico.

b) brinquedos para o desenvolvimento afetivo.

c) brinquedos para atividades sensório-motoras.

d) brinquedos para atividades criativas.

e) brinquedos para as relações sociais.

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Jogos, Recreação e Lazer

08 – Na classificação por famílias de brinquedos foi especificado cores de


referência. Está incorreto:

a) brinquedos para a primeira idade e brinquedos para atividades sensório-


motora — vermelho.

b) brinquedos para atividades físicas — azul escuro.

c) brinquedos para atividades intelectuais — amarelo.

d) brinquedos que reproduzem o mundo técnico — laranja.

e) brinquedos para o desenvolvimento afetivo — rosa.

09 - O sistema de classificação ESAR analisa a contribuição psicológica e


pedagógica dos acessórios das brincadeiras de acordo com as etapas de
desenvolvimento, desde a infância até a idade adulta. O método, embora conte
com várias influências teóricas, foi elaborado, principalmente, com base na
abordagem piagetiana e apresenta-se em diferentes facetas do brincar. Disserte
sobre essas facetas.

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10 - Determine a importância do brincar para a criança.

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Jogos, Recreação e Lazer

4 Falando Sobre Jogos

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Jogos, Recreação e Lazer

Na unidade anterior aprendemos sobre brinquedos e brincadeiras. Nessa


unidade vamos completar o estudo sobre os conceitos que estão relacionados ao
mundo da criança. Vamos discutir sobre a importância da utilização do jogo
durante o aprendizado da criança, esclarecendo suas vantagens e estabelecendo
suas diferentes classificações.

Objetivos da Unidade:

Conhecer as características e fases dos jogos relacionados ao


desenvolvimento, bem como os níveis de conhecimento dos jogos;

Identificar as vantagens dos jogos;

Conhecer e aprender a classificação de jogos.

Plano da Unidade:

Características e Fases dos Jogos Relacionados ao Desenvolvimento.

Níveis de Conhecimento dos Jogos.

Vantagens dos Jogos.

Classificação de Jogos.

Outras Classificações de Jogos.

Que durante o estudo dessa unidade você comprometa-se cada vez mais com
uma educação prazerosa e dinâmica.

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Jogos, Recreação e Lazer

Quando falamos sobre jogos, vários conceitos podem ser apresentados: a ideia
de um conjunto de peças que servem para jogar em um tabuleiro ou não, um
passatempo recreativo sujeito a regras, uma competição ou atividades que
envolvam cooperação. O jogo apresenta tanto a característica do coletivo quanto a
do individual.

Os jogos acontecem nas ruas livremente com regras existentes ou criadas pelo
próprio grupo de jogadores, mas também está presente em empresas e em
escolas, com características de gincana ou como apoio pedagógico ao ensino ou
fixação de um conteúdo.

O jogo faz parte de toda a vida da criança, se estende até a vida adulta e ainda
existe no envelhecer. Disse Johan Huizinga que o jogo permite o encontro com a
liberdade, através não só de respostas, mas também na procura de formas novas
para os desafios da vida, liberando sua espontaneidade criativa. O jogo

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Jogos, Recreação e Lazer

devolve, na sua intensidade, uma fascinante energia que nos possibilita ir e vir,
trocar e transformar, promovendo a descoberta, o encontro do homem consigo
mesmo, com os outros e com o ambiente onde convive

Características e Fases dos Jogos Relacionados ao


Desenvolvimento

Piaget determina que o jogo é essencial na vida da criança, pois pode


transformar uma realidade. Ele classifica as fases do desenvolvimento do jogo na
criança em 6 fases:

1. Primeira fase: é a fase onde os reflexos comandam os movimentos.

2. Segunda fase: as condutas adaptativas continuam, mas aos poucos


iniciam os primeiros sons e jogos de voz.

3. Terceira fase ou fase das reações circulares secundárias: fase em que


as crianças, ao acaso, descobrem o jogo através da manipulação de
objetos, das descobertas de barulhos e dos movimentos que elas
fazem.

4. Quarta fase ou fase da coordenação dos esquemas secundários: a


evolução do ludismo se dá pela repetição e associação dos
esquemas já constituídos de forma prazerosa.

5. Quinta fase: transição entre as condutas rituais e o símbolo lúdico.

6. Sexta fase: o lúdico se desliga do ritual.

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Jogos, Recreação e Lazer

Piaget ainda classifica os jogos conforme sua evolução:

 Jogo de exercício: principal característica do período sensório-motor


(até mais ou menos dois anos). A criança busca e descobre
movimentos motivados pelo prazer. Esse tipo de jogo estará sempre
presente na vida do indivíduo.

 Jogo simbólico: presente no período que vai de dois a seis anos de


idade, conhecido como fase pré-operatória. Além do prazer, a criança
começa a usar a simbologia, começando a usar a linguagem falada e
há possibilidade de imagens mentais.

 Jogo de regra: ligado ao período operatório concreto, a partir dos


sete anos de idade. A criança não utiliza mais do simbolismo, mas já é
capaz de compreender, criar e obedecer a regras, a partir das relações
sociais.

Níveis de Conhecimento dos Jogos

Os níveis de conhecimento podem ser classificados como: Motor, Egocêntrico,


Cooperação e Codificação de Regras, os quais são paralelos ao desenvolvimento
cognitivo da criança.

 Motor: nível apresentado nos primeiros anos de vida, no qual a


descoberta corporal prevalece no próprio jog. Ainda não apresenta
capacidade de compreensão de regras. O prazer da criança está em
explorar livremente seu corpo, movimentos e expressões.

 Egocêntrico: entre 2 e 5 anos as crianças gostam de estar com outras


crianças, mas cada uma brincando com seu próprio brinquedo. Existe
o início dos traços de socialização, da compreensão das regras e da
necessidade do outro durante o jogo. As regras são percebidas como
fixas e o respeito por elas é unilateral.

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Jogos, Recreação e Lazer

 Cooperação: normalmente a cooperação acontece em torno dos 7 a


8 anos. Nesse período, a criança objetiva sempre a vitória no jogo,
ainda apresenta alguma dificuldade em compreender as regras
totalmente, mas já apresenta um bom domínio sobre elas.

 Codificação das Regras: as crianças já entendem a necessidade de


regras para a existência do jogo. Aos 11 ou 12 anos as crianças
entendem que as regras podem ser feitas pelo grupo e modificadas
por ele, mas que precisam ser respeitadas.

Vantagens dos Jogos

Os jogos têm o objetivo de gerar ou propiciar aprendizado, seja ele motor,


cognitivo ou social. O jogo oferece a criança e ao adulto diferentes vantagens, a
saber:

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Jogos, Recreação e Lazer

 Caráter experimental – o aprendizado é gerado pelas experiências


que a criança participa e não pelas instruções dadas pelo educador. A
criança e o adulto se permitem simular sem consequências danosas e,
assim, fazem descobertas e geram aprendizagem.

 Participação de todos – o jogo tem uma característica de inclusão e


inserção social, sendo para todos, mas respeitando a vontade de cada
participante.

 Incentiva a responsabilidade – durante o jogo se estabelece um


compromisso social e de responsabilidade para com seus pares, tanto
na competição quanto na cooperação.

 Gera aprendizado – o jogo estabelece um ciclo de aprendizado


baseado na ação, reflexão, teorização e planejamento.

 Proporciona motivação – o jogo é, por si só, encantador e mágico. O


envolvimento no jogo, mesmo que de forma tímida, inicialmente,
gera motivação para continuar e chegar ao fim.

 Asseguram ganhos para todos – independentemente de ganhar ou


perder, o jogo leva aos participantes ganhos através das experiências
vivenciadas.

Classificações de Jogos

Classificação Quanto a Idade.

 Adulta - para maiores de 18 anos;


 Infantil - para crianças até os 7 anos;
 Infanto-juvenil - para crianças de 8 a 12 anos;
 Juvenil - para jovens acima de 12 anos;
 Mista - para várias faixas etárias (como pais e filhos juntos);
 Terceira idade ou idade especial - para idosos.

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Jogos, Recreação e Lazer

Classificação Quanto ao Espaço.

Internos

Salas de festas; ginásios esportivos; salas de ginásticas; salas de musculação;


salas de danças modernas ou clássicas; salas de música; salas de leitura; salas de
projeção; piscinas térmicas, saunas, duchas; salões de jogos - sinuca, bilhar, tênis de
mesa, totó, bilhar, boliche; salões de jogos de mesa - buraco, biriba, paciência,
xadrez, dama; estandes fechados - tiro ao alvo e arco e flecha; sala de jogos
eletrônicos.

Externos

Campos - futebol, beisebol, golfe etc.; quadras poliesportivas - esportes


individuais e coletivos; playgrounds infantis; piscinas; pátios para comemoração de
datas espaciais; pistas de atletismo; hortos com pistas diversas, quadras, lagos,
ciclovias.

Classificação Quanto ao Formato (Mian, 2003).

 Pequenos – rápido e com regras fáceis e flexíveis. Menor número de


participantes e locais restritos.

 Médios – com regras pré-estabelecidas em locais maiores.

 Grandes – duradouro, com primeiras regras estabelecidas e


complexas. Maior quantidade de participantes, sendo realizados em
locais grandes e abertos.

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Jogos, Recreação e Lazer

Quanto a Forma de Participação (Guerra, 1988).

Ativa

 Atividades motoras – maior exigência física.

 Atividades intelectuais – a mente é mais utilizada.

 Atividades artísticas ou criadoras – envolve expressão de arte.

 Atividades de risco – o jogador coloca em risco sua integridade. Ex.:


mergulho e paraquedismo.

Passiva

 Atividades sensoriais – participação interativa com a atividade. Ex.:


torcida em estádio.

 Atividades transcendentais – papel de expectador. Ex.: visita a


museus.

Quanto a Origem.

 Tradicionais – trazidos de pais para filhos.

 Multiculturais – trazidos de outras culturas.

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Jogos, Recreação e Lazer

Quanto a Finalidade e Características.

 Apresentação.

 Conhecimento.

 Cooperação.

 Competição.

 Educativo.

 De mesa ou de tabuleiro.

 De família.

 De estratégia.

 De sorte.

 Sociais.

 Eletrônicos.

Quanto ao Aspecto do Desenvolvimento.

 Psicomotor.

 Social.

 Afetivo–emocional.

Quanto a Predominância.

 Jogos motores – envolvem atividades físicas. Ex.: pique-pega e pique-


esconde.

 Jogos intelectuais – envolvem capacidades cognitivas: memória, atenção,


concentração e raciocínio lógico. Ex.: adedonha e mímica de filmes.

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Jogos, Recreação e Lazer

 Jogos para aquecimento – visam a predisposição do organismo para


atividades posteriores. Ex.: pique-corrente e pique-corrente partida.

 Jogos ativos – são jogos que envolvem intensidades mais altas de


exercício, com consequente elevação da FC. Ex.: pique-ajuda individual e
pique-carimbada.

 Grandes jogos – envolvem muitas pessoas e possuem organização mais


elaborada. Ex.: queimada e pique-bandeira.

 Jogos para voltar à calma – objetivam o retorno do organismo às


condições de repouso. Ex.: telefone sem fio.

Quanto ao Educador.

 Livre – espontâneo e sem finalidades.

 Presenciado – observa e intervém.

 Dirigido – finalidade educativa.

Outras Classificações de Jogos

Segundo Vanja Ferreira (2003), os jogos também podem ser classificados em:

 Grandes jogos - grande número de participantes. Difícil se ser dominado.

 Pequenos jogos - extrai dos participantes características individuais


como: velocidade, destreza e força.

 Revezamento ou estafetas - constitui-se pelo revezamento dos


participantes para a realização de tarefas. É uma atividade em grupo que
preza pelas potencialidades individuais. Indicado para a infância. Trata-se
de jogos combinados (exigem mais de uma aptidão física): correr, saltar e
girar.

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Jogos, Recreação e Lazer

 Aquáticos - jogos realizados dentro da água, com excelente valor


terapêutico, por diminuir o impacto causado pelo solo.

 Jogos sensoriais - utilizam os sentidos (tato, visão, audição etc.). Esses


jogos desenvolvem o pensamento e diminuem a tensão.

 Jogos sociais de mesa - jogos que são realizados na mesa, com caráter
educativo, sem estimular os jogos de azar.

Veríssimo de Melo (1981) classifica os jogos da seguinte forma:

 Jogos de seleção - utilizados para a separação de equipes e/ou


participantes (par ou ímpar, palitinho).

 Jogos gráficos - realizados em cima de algum desenho ou traçado


(amarelinha ou xadrez).

 Jogos de competição - disputa física entre os participantes (pegas e cabo


de guerra).

 Jogos de salão - motricidade fina em locais restritos e/ou fechados


(baralho e quebra-cabeça).

 Jogos com música - com ritmo (catinga de roda ou karaokê).

DICA

Organize uma gincana com vários jogos de rua e convide alguns


amigos para participar. Reviva os momentos da sua infância e resgate a ação do
jogo sobre sua vida.

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Jogos, Recreação e Lazer

LEITURA COMPLEMENTAR

KISHIMOTO, T.M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira,


1997.

Chegamos ao final da unidade 4, na qual discutimos a importância da


utilização do jogo durante o aprendizado da criança, vimos às vantagens e
aprendemos suas diferentes classificações.

Na próxima unidade falaremos sobre o lugar do jogo, da recreação e do lazer


na educação, destacando o planejamento, a criação dos brinquedos e dos jogos.

É HORA DE SE AVALIAR!

Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo, elas irão


ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de
ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois às
envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco!

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Jogos, Recreação e Lazer

Exercícios da Unidade 4

01 – Não é um conceito de jogo:

a) a ideia de um conjunto de peças que servem para jogar em um tabuleiro.

b) um passatempo recreativo sujeito a regras.

c) uma competição.

d) atividades que envolvam cooperação.

e) o jogo apresenta somente a característica do coletivo.

02 – Piaget determina que o jogo é essencial na vida da criança, pois pode


transformar uma realidade. Ele classifica as fases do desenvolvimento do jogo na
criança em 6 fases, sendo elas:

1. Primeira fase: é a fase onde os reflexos comandam os movimentos.

2. Segunda fase: as condutas adaptativas continuam, mas aos poucos iniciam


os primeiros sons e jogos de voz.

3. Terceira fase ou fase das reações circulares secundárias: fase em que as


crianças, ao acaso, descobrem o jogo através da manipulação de objetos
e descobertas de barulhos e movimentos que eles fazem.

4. Quarta fase ou fase da coordenação dos esquemas secundários: a evolução


do ludismo se dá pela repetição e associação dos esquemas já
constituídos de forma prazerosa.

5. Quinta fase: quando o lúdico se desliga do ritual.

6. Sexta fase: transição entre as condutas rituais e o símbolo lúdico.

87
Jogos, Recreação e Lazer

Com base nesta classificação é correto afirmar que:

a) 1,2,3, 4, 5 e 6 estão corretos.

b) 1,4, 5 e 6 estão corretos.

c) 1,2,3 e 4 estão corretos.

d) 1,2, 4, 5 e 6 estão corretos.

e) 1,2 e 6 estão corretos.

03 – É característica do jogo de exercício, conforme sua evolução:

a) principal característica do período sensório-motor (até mais ou menos dois


anos).

b) além do prazer, a criança começa a usar a simbologia começando a usar a


linguagem falada e a possibilidade de imagens mentais.

c) ligado ao período operatório concreto, a partir dos sete anos de idade.

d) a criança não utiliza mais o simbolismo, mas já é capaz de compreender, criar


e obedecer regras a partir das relações sociais.

e) presente no período que vai de dois a seis anos de idade, conhecido como
fase pré-operatória.

04 - Nível apresentado nos primeiros anos de vida, onde a descoberta corporal


prevalece no próprio jogo, ainda não apresenta capacidade de compreensão de
regras:

a) nível egocêntrico.

b) nível motor.

c) nível de cooperação.

88
Jogos, Recreação e Lazer

d) nível do ritual.

e) nível da codificação das regras.

05 – Não é uma vantagem do jogo:

a) Caráter experimental – o aprendizado é gerado pelas experiências que a


criança participa e não pelas instruções dadas pelo educador. A criança e o adulto
se permitem a simular sem consequências danosas e assim fazem descobertas e
geram aprendizagem.

b) Participação de todos – o jogo tem uma característica de inclusão e inserção


social, sendo para todos, mas respeitando a vontade de cada participante.

c) Não valoriza a responsabilidade – durante o jogo não se estabelece um


compromisso social, já que é livre e descomprometido.

d) Gera aprendizado – o jogo estabelece um ciclo de aprendizado baseado na


ação, reflexão, teorização e planejamento.

e) Proporciona motivação – o jogo é por si só encantador e mágico. O


envolvimento no jogo, mesmo que de forma tímida, inicialmente, gera motivação
para continuar e chegar ao fim.

06 – Na classificação dos jogos quanto ao espaço ele pode ser interno. Qual espaço
não o caracteriza:

a) salas de ginástica.

b) salões de jogos.

c) saunas.

d) campo de futebol.

e) sala de música.

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Jogos, Recreação e Lazer

07 – Quanto a forma ativa de participação no jogo, podemos considerar atividade


de risco:

a) torcida em estágio.

b) visita a museu.

c) corrida de obstáculos.

d) desenho.

e) mergulho.

08 – O que caracteriza os jogos para aquecimento?

a) Envolvem atividades físicas. Ex.: pique-pega e pique-esconde.

b) Envolvem capacidades cognitivas: memória, atenção, concentração e raciocínio


lógico. Ex.: adedonha e mímica de filmes.

c) Visam à predisposição do organismo para atividades posteriores. Ex.: pique-


corrente e pique-corrente partida.

d) São jogos que envolvem intensidades mais altas de exercício, com


consequente elevação da FC. Ex.: pique-ajuda individual e pique-carimbada.

e) Envolvem muitas pessoas e possuem organização mais elaborada. Ex.:


queimada e pique-bandeira.

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Jogos, Recreação e Lazer

09 – Descreva a classificação dos jogos quanto ao formato.

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10 – Determine a classificação dos jogos conforme sua evolução, proposta por


Piaget.

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Jogos, Recreação e Lazer

5
O Lugar do Jogo, da
Recreação e do Lazer na
Educação

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Jogos, Recreação e Lazer

Na unidade anterior aprendemos sobre jogo. Nesta unidade vamos dar


continuidade ao assunto, compreendendo a aplicação, a confecção e o
planejamento do jogo.

Objetivos da Unidade:

Diferenciar os conceitos de brincadeira, recreação e jogo;

Compreender a aplicação do jogo, da recreação e do lazer na educação;

Aprender sobre a confecção de brinquedos e o planejamento de jogos;

Conhecer os principais espaços ludopedagógicos.

Plano da Unidade:

Diferenciando Conceitos.

Planejamento e Escolha do Jogo: Critérios, Metodologia e Avaliação da


Atividade.

A Aplicação do Jogo, da Recreação e do Lazer na Educação.

Espaços Ludopedagógicos.

Que durante o estudo dessa unidade você comprometa-se cada vez mais com
uma educação prazerosa e dinâmica.

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Jogos, Recreação e Lazer

Diferenciando Conceitos

A recreação, como estudada na unidade anterior, é uma atividade livre e


espontânea, de característica grupal ou individual, que objetiva a relação social, a
aprendizagem e o prazer como qualidade de vida. Naturalmente, a recreação
engloba o lazer e o jogo.

O lazer, também já estudado e discutido, segundo o sociólogo francês


Dumazedier, pode ser definido como qualquer atividade que o indivíduo possa
entregar-se livremente, sem obrigações, podendo ser para repousar, relaxar,
divertir-se ou recrear-se.

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Jogos, Recreação e Lazer

Já o conceito de jogo é trazido por Huizinga (1938) como:

uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados


limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas,
mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo,
acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma
consciência de ser diferente de vida cotidiana.

O jogo tem, portanto, uma característica formal de proceder e regras para


serem obedecidas, mas favorecem momentos de cooperação, confraternização,
participação e diversão. Além de ensinam o respeito, os limites, a busca pela vitória,
a aceitação da derrota e a relação com os adversários e parceiros do jogo.

A brincadeira tem uma característica singular: o faz de conta, fazendo com que
a experiência do brincar, própria da criança, se processe de forma livre e incerta
(Barreto, 1998). O brincar oferece à criança uma vivência essencial para o seu
desenvolvimento global e garante uma base sólida para a vida adulta. O brincar
proporciona, também, experiências que serão reproduzidas futuramente de forma
séria e real.

O produto final do lazer, da recreação, do jogo ou da brincadeira é a satisfação.


Porém, a brincadeira diferente da recreação, pois requer um a entrega total na
experiência do brincar, sendo o ato ou efeito do brincar. O jogo ou o brinquedo
pode ser objeto da brincadeira, mas se diferem quando o jogo é uma brincadeira
com regras e a brincadeira um jogo sem regras.

O jogo também se diferencia da vivência dinâmica, já que a vivência é um


conjunto metodológico que objetiva o alcance de mudanças pessoais, a partir de
aprendizagens baseadas em experiências (Moscovici, 1985). A dinâmica é toda
atividade que se desenvolve com um grupo (reuniões, grupos de trabalho,
treinamentos), objetivando integrar, desinibir, relacionar, conhecer ou discutir um
objetivo.

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Jogos, Recreação e Lazer

Planejamento e Escolha do Jogo: Critérios, Metodologia e


Avaliação da Atividade

Na confecção dos jogos, algumas características básicas são essenciais: as


regras devem ser mutáveis – podendo ser combinadas e recombinadas durante a
prática –, deve haver a possibilidade de estimular tanto a competição quanto a
cooperação e a possibilidade de ser jogado individualmente ou em grupo. Essas
características devem proporcionar prazer no ato de jogar.

Devemos sempre estar atentos a que se destina o jogo, a que grupo e o tempo
em que ele será realizado, analisando a necessidade do grupo ou a necessidade
individual do aluno.

É muito importante que o jogo atinja o objetivo proposto: apresentação,


conhecimento, relação social, desempenho motor ou até desenvolvimento das
capacidades intelectuais.

A diversidade de materiais que envolvem os jogos também faz a diferença na


confecção. Podemos utilizar desde os objetos mais simples como bola, bastão e
aro, até a utilização de outros materiais como barbante, corda, colchões, bancos,
bambolês, fitas etc. Na elaboração de jogos de cooperação devemos levar em
conta as categorias propostas por Orlick (1989). Dentro dessa ótica, teríamos:

Jogos Cooperativos sem Perdedores.

Neste jogo todos os participantes jogam juntos para superar um desafio. Não
se tem perdedores. Todos ganham.

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Jogos, Recreação e Lazer

Jogos Cooperativos de Resultado Coletivo

Neste tipo de jogo podem participar dois ou mais grupos que estejam dentro
da mesma proposta e encarando de forma coletiva um objetivo que é comum a
todos. Não deve haver competição entre os times, já que o resultado é comum a
todos. Todos devem cooperar entre si e também com o outro grupo, para alcançar
a meta.

Jogo de Inversão

Nesses jogos a competição existe, mas o prazer está no jogo e não na vitória, já
que os participantes não participam de um único time ou fazem ponto para seu
próprio time.

Existem vários tipos de inversão, dependendo do tipo de jogo e das regras. Por
exemplo:

 Rodízio: os jogadores trocam de times em determinados momentos – no


final do lance, do saque ou arremesso.

 Inversão do "Goleador": quem faz ponto muda de time.

 Inversão do Placar: os pontos são marcados para o outro time.

 Inversão Total: todos os pontos feitos passam para o outro time.

Jogos Semicooperativos

Esses jogos favorecem o aumento da cooperação no grupo e oferecem as


mesmas oportunidades de jogar, para todas as pessoas do time. Os times
continuam jogando um contra o outro, mas a importância do resultado não é o
que vale no jogo, o importante mesmo é o envolvimento ativo no jogo e a diversão
dos alunos.

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Jogos, Recreação e Lazer

Neste tipo de jogo existem diferentes variações: “Todos jogam” – times


pequenos fazendo com que todos joguem ao mesmo tempo. “Todos tocam” – a
bola só poderá marcar ponto se tiver passado por todos os jogadores do time.
“Todos marcam ponto” – para vencer o jogo todos do time devem ter marcado
pelo menos um ponto. “Passe misto” – a bola deve passar, alternadamente, entre
meninos e meninas. “Resultado misto” – os times são mistos e os pontos devem
ser marcados alternadamente. E, finalmente, “todas as posições” – todos os
jogadores passam por todas as posições do jogo.

Além dos jogos de cooperação, existem os jogos de aquecimento, os motores


e os de volta à calma, os quais já foram discutidos na unidade anterior.

A Aplicação do Jogo, da Recreação e do Lazer na Educação

O jogo é a possibilidade real de vivenciar para depois compreender, num


processo de aprendizagem ideal, já que simula diversas situações. O ambiente de
aprendizagem através do jogo permite a vivência por meio da experiência
concreta, levando os participantes ao novo.

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Jogos, Recreação e Lazer

É extremamente importante que, após a experiência, o grupo seja capaz de


relatar sua experiência. Você como educador deve estar atento para que sua
bagagem, crenças e valores não influenciem os alunos durante o jogo.

Deve-se, ainda, aproveitar da experiência de aprendizagem que o aluno teve


durante o jogo para fazer um breve paralelo com a realidade e correlacionar com as
vivências tidas anteriormente.

Dessa forma, o jogo coopera para uma aprendizagem ativa, podendo


modificar os jogos de regras, dentro da sala de aula, com o intuito de transmitir e
fixar conteúdos de uma disciplina. Mas, muito mais do que o jogo, o que vai
garantir o aprendizado será sua ação como professor através da discussão e da
troca.

Outro fator relevante para a aprendizagem através do jogo é o fato de se


aprender muito mais rápido e de forma mais efetiva. O jogo ativa e desenvolve os
esquemas de conhecimento, aqueles que vão poder colaborar com a
aprendizagem de qualquer novo conhecimento, como observar e identificar,
comparar e classificar, conceituar, relacionar e inferir. Também são esquemas de
conhecimento os procedimentos utilizados no jogo como o planejamento, a
previsão, a antecipação, o método de registro e contagem, entre outros.

No ambiente educacional, o jogo nunca poderá virar obrigação. O jogo deve


manter seu caráter de espontaneidade, de criação, de exploração e de invenção.
Brincar e jogar, verdadeiramente, nos faz entrar no mundo da criança e, com isso,
fazer com que ela entenda e aprenda no lugar certo.

DICA:

Experimente brincar um pouco de forma descomprometida e depois


escreva qual foi sua experiência. Pare agora, pegue um jogo e convide seus amigos.

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Jogos, Recreação e Lazer

Espaços Ludopedagógicos

Utilizaremos o termo espaços ludopedagógicos para designar os lugares


onde acontece o jogo e a brincadeira: dentro da escola, da creche, dos hospitais
etc. Abordaremos, a seguir, os espaços conhecidos como brinquedoteca e oficina
de sucatas.

Brinquedoteca

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Jogos, Recreação e Lazer

A brinquedoteca pode ser definida como um lugar do brincar, que é destinado


a criança, ao adolescente, ao jovem e até mesmo aos adultos. É o lugar onde aflora
a criatividade e a valorização pela atividade lúdica. De acordo com Rodari (1982),
por meio das brinquedotecas avaliamos nas crianças o seu desenvolvimento,
através do acompanhamento, da observação diária – no que se refere a
socialização–, a iniciativa, a linguagem e o desenvolvimento motriz. Além de
buscarmos, através das atividades lúdicas, o desenvolvimento das suas
potencialidades.

A brinquedoteca é uma nova postura diante da educação e do seu


comprometimento com a educação, já que abandona métodos e técnicas
tradicionais em busca do novo. A busca pelo novo deve acontecer por dentro, não
pelo modismo, mas por sua convicção de que o lúdico é a melhor estratégia de
ensino e de exploração do desenvolvimento neuropsicomotor.

Precisa ser um espaço alegre, colorido, diferente e encantador, incentivando a


imaginação e agregando o prazer em aprender. A brinquedoteca tem a função
pedagógica, já bem discutida, mas ainda apresenta uma relevância social e
comunitária, trazendo o jogo para os menos favorecidos e ensinando a respeitar as
pessoas.

As brinquedotecas podem ter várias características, podem funcionar somente


para empréstimos de brinquedos ou ainda para favorecer uma determinada faixa
etária, ou ainda podem ser compostas de diferentes ambientes com diferentes
possibilidades lúdicas. Nas brinquedotecas existem brinquedos variados, novos,
usados, brinquedos de madeira, plástico, metal, pano, aquele da propaganda, um
que nossos pais brincavam, ou aquele tão desejado. Brinquedos que vão realizar
sonhos, desmistificar fantasias ou, simplesmente, estimular a criança a brincar
livremente.

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Jogos, Recreação e Lazer

Oficina de Sucata

A sucata é qualquer coisa considerada inútil ou que perdeu seu valor e que
será reaproveitada de maneira diferente. A criança que participa de oficinas de
sucatas vendo bonecos, bichos, fantoches, carros em frascos de plásticos, copos de
papel, caixas, pratos de papelão, latas, cones, saquinhos de papel, rolos de papel
higiênico etc. terá seu interesse despertado e acionado sua criatividade. Levamos a
criança a desenvolver sua capacidade criativa, além do desenvolvimento
neuropsicomotor (coordenação motora, equilíbrio, lateralidade, esquema corporal
e orientação espaço-temporal). Você pode aplicar todos os materiais nas aulas de
Alfabetização, Matemática, Linguagem, Natureza e Sociedade e Educação Artística.

DICA:

Comece a juntar sucata hoje e deixe sua criatividade tomar conta de


você. Você vai se surpreender.

Jogos Virtuais

A utilização de jogos educativos virtuais tem estado a cada dia mais perto da
realidade das crianças e cada vez mais cedo. Dentro das instituições de ensino os
jogos educativos têm sido utilizados como recurso didático, principalmente em
salas de aula da Educação Infantil. O jogo virtual, por ser altamente intrigante e
desafiador, traz benefícios para o ensino e a aprendizagem, levando a construção
do conhecimento.

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Jogos, Recreação e Lazer

Os jogos virtuais educativos tendem a potencializar os conceitos, fazer com


que os conteúdos sejam visualizados de forma clara e desenvolver as habilidades
naturais da criança. Propiciam um ambiente de aprendizagem rico, complexo e
emocionante. Entretanto, cabe ao educador o bom senso de analisar e avaliar tais
recursos, para aplicá-los em sala de aula, não de forma descomprometida, mas sim
como grande aliado à educação e ao ensino. Não deixe de lado essa ferramenta
fantástica, mas seja equilibrado e harmonioso. No jogo nada se substitui, mas tudo
se completa. Rumo à aprendizagem.

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Jogos, Recreação e Lazer

LEITURA COMPLEMENTAR

SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca - O lúdico em


diferentes contextos. Petrópolis-RJ: Vozes, 1997.

Terminamos, assim, nossa penúltima unidade. Vimos à diferenciação dos


conceitos trabalhados até aqui e a importância dos mesmos na educação.
Aprendemos os passos da construção dos jogos e das brincadeiras, além dos
passos de sua aplicação. Estudamos, também, os espaços ludopedagógicos
conhecidos como Brinquedoteca e Oficina de Sucatas.

Na próxima unidade apresentaremos alguns jogos de apresentação,


competição, cooperação e jogos intelectuais. Aproveite para experimentá-los e
brinque bastante. Vivencie o que você aprende e ensina.

É HORA DE SE AVALIAR!

Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo, elas irão


ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de
ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois às
envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco!

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Jogos, Recreação e Lazer

Exercícios da Unidade 5

01 – É definido como qualquer atividade que se possa entregar livremente sem


obrigações, podendo ser para repousar, relaxar ou divertir-se:

a) recreação.

b) brinquedo.

c) brincar.

d) lazer.

e) jogo.

02 - Tem uma característica formal de proceder e regras para serem obedecidas,


mas favorece momentos de cooperação, confraternização, participação e diversão.
Além de ensinar o respeito, os limites, a busca pela vitória, a aceitação da derrota e
a relação com os adversários:

a) recreação.

b) brinquedo.

c) brincar.

d) lazer.

e) jogo.

03 - Tem uma característica singular: o faz de conta, fazendo com que a


experiência, própria da criança, se processe de forma livre e incerta. Proporciona
experiências que serão reproduzidas futuramente de forma séria e real:

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Jogos, Recreação e Lazer

a) recreação.

b) brinquedo.

c) brincar.

d) lazer.

e) jogo.

04 – É uma atividade livre e espontânea de característica grupal ou individual que


objetiva a relação social, a aprendizagem e o prazer como qualidade de vida.
Naturalmente engloba o lazer e o jogo:

a) recreação.

b) brinquedo.

c) brincar.

d) lazer.

e) jogo.

05 - Neste tipo de jogo não deve haver competição entre os times já que o
resultado é comum a todos. Todos devem cooperar entre si e também com o outro
grupo para alcançar a meta:

a) jogo cooperativo sem perdedores.

b) jogo cooperativo de resultado coletivo.

c) jogo de inversão.

d) jogo de rodízio.

e) jogo semicooperativo.

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Jogos, Recreação e Lazer

06 – Não é uma variação dos jogos semicooperativos:

a) todos jogam.

b) todos tocam.

c) todos marcam postos.

d) passe misto.

e) nenhuma posição.

07 - Não é característica dos jogos virtuais:

a) os jogos virtuais educativos tendem a potencializar os conceitos.

b) faz com que os conteúdos sejam visualizados de forma clara.

c) desenvolve as habilidades naturais da criança.

d) propiciam um ambiente de aprendizagem rico, complexo e emocionante.

e) não podem ser utilizados como recurso didático.

08 – Qual dos conceitos abaixo define sucata?

a) É qualquer coisa considerada inútil ou que perdeu seu valor e que será
reaproveitada de maneira diferente.

b) Material planejado para atividades psicomotoras.

c) É qualquer material que pode ser utilizado como transposição de obstáculos.

d) São ferramentas de aprendizagem.

e) São bolas, aros e arcos.

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Jogos, Recreação e Lazer

09 – Defina e discuta a importância da brinquedoteca como ambiente de


aprendizagem.

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10 - Determine os fatores relacionados ao planejamento e escolha do jogo.

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Jogos, Recreação e Lazer

109
Jogos, Recreação e Lazer

6 Jogos para Facilitação do


Processo de
Aprendizagem
Ensino-

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Jogos, Recreação e Lazer

Chegamos a nossa última unidade. Esperamos que os conceitos trabalhados


estejam bem esclarecidos e que você tenha agregado bastante conhecimento.
Esta unidade tem o objetivo de apresentar diferentes jogos e seus objetivos, a fim
de estimular sua criatividade e servir de início para a construção de uma nova
metodologia de ensinar e aprender.

Objetivos da Unidade:

Conhecer alguns jogos e brincadeiras;

Efetivar a aplicação dos conteúdos estudados;

Garantir o conhecimento prático e sua relação com o ensino;

Plano da Unidade:

Jogos de Apresentação e Conhecimento.

Jogos Motores de Competição e Cooperação.

Jogos Intelectuais.

Bons estudos!

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Jogos, Recreação e Lazer

Jogos de Apresentação e Conhecimento

Os jogos de apresentação são muito simples e permitem uma primeira


aproximação e contato. Fundamentalmente, são jogos destinados a aprender os
nomes e alguma característica mínima. São ideais para quando os/as participantes
não se conhecem.

Os jogos de conhecimento são atividades que visam desencadear e facilitar o


conhecimento e o relacionamento do grupo, principalmente quando, na maioria, o
grupo for constituído por indivíduos que não se conhecem entre si.

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Jogos, Recreação e Lazer

Os jogos, quando usados em grupos que já apresentam contato estabelecido,


passam a ter o objetivo de estreitar o relacionamento interpessoal e de fazer com
que o grupo se conheça mais, mutuamente.

Veremos, adiante, alguns jogos que você poderá usar durante sua prática em
pedagogia, os quais poderão servir de “modelo” para a elaboração de novos jogos.

Nome do jogo: Onde você está?

Materiais: venda de olhos.

Descrição: o animador espalha umas cinco ou dez pessoas pela sala. A seguir,
venda os olhos de um voluntário, que deve conhecer os nomes das pessoas
espalhadas pela sala. Cabe ao voluntário, de olhos vendados, chamar pelo nome
uma das pessoas da sala e esta responderá. A seguir, o voluntário irá ao encontro
da pessoa que atendeu a chamada, procurando localizá-la e tocá-la. Se após três
chances não tiver encontrado a pessoa chamada, a brincadeira continua com outro
voluntário.

Nome do jogo: Que você faria se...

Materiais: papel e canetas.

Descrição: entrega-se uma folha a cada pessoa do grupo. Cada um completa


esta pergunta “QUE VOCE FARIA SE”. Em seguida, o animador recolhe as folhas e as
distribui novamente sem saber para quem. Cada um responde, no verso da folha, o
que faria, trocando em seguida a sua folha com outro colega. Um lê a pergunta que
está em seu papel e o outro, que está à direita, lê a resposta do seu próprio papel,
provocando coincidências. A brincadeira continua assim, sucessivamente, até
todos terem lido e respondido.

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Jogos, Recreação e Lazer

Nome do jogo: Feitiço.

Materiais: papeletas.

Descrição: cada participante recebe uma papeleta. A pedido do animador,


todos escreverão uma atividade que gostariam que fosse feita por um dos
participantes do grupo. A papeleta é assinada. As papeletas, depois de
preenchidas, são recolhidas pelo animador. Por determinação do animador, o
assinante da papeleta irá executar a atividade. O jogo termina assim que todos
tiverem feito às atividades.

Nome do jogo: Maria ordena.

Materiais: sem materiais.

Descrição: todos de pé, formando um círculo. Sempre que o animador


expressar uma ordem, dizendo, antes ou depois, a frase “Maria ordena”, todos os
participantes deverão realizar a tarefa. Se o animador mandar fazer alguma coisa
sem dizer também “Maria ordena”, ninguém deve atender. Caso isto aconteça, o
que o fizer, sairá da brincadeira.

Nome do jogo: Anima animal.

Materiais: sem materiais.

Descrição: todos os participantes de pé ou sentados, formando um círculo. O


animador explica que dirá no ouvido de cada um o nome de um animal e, ao sinal
dado, todos deverão imitar o grito do animal que lhe coube imitar. A seguir,
soprará no ouvido de cada participante o nome de um animal. Na verdade, o
animador dirá no ouvido de cada um para ficar quieto, menos no ouvido de um
dos membros, talvez o mais esportivo ou gaiato, o qual ele pedirá para imitar um
galo ou um bode. Uma vez que tiver passado a falar no ouvido de todos, o
animador dirá que cada qual procurará imitar com toda a força o grito do animal
que lhe coube. E dirá: “atenção, um, dois, e já!”.

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Jogos, Recreação e Lazer

Nome do jogo: Cuidado com o beijo.

Materiais: boneca.

Descrição: o animador prepara um boneco ou boneca. Dispostos em círculo,


cada um dos voluntários, por sua vez, deve beijar o boneco, no lugar onde quiser.
Uma vez terminado o beijo da boneca, cada voluntário deverá beijar um dos
colegas no mesmo lugar onde beijou a boneca.

Nome do jogo: Eu pergunto, quem responde?

Materiais: papel e lápis.

Descrição: o grupo é formado em círculo. O animador solicita a presença de


um voluntário no meio do círculo, para responder às perguntas que lhes serão
formuladas. Cada um dos presentes tem direito a formular uma só pergunta sobre
qualquer assunto. Feito o rodízio, outra pessoa será interrogada e assim
sucessivamente. A brincadeira torna-se interessante somente quando o grupo já
tem um grau adiantado de interação.

Jogos Motores de Competição e Cooperação

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Jogos, Recreação e Lazer

Os jogos motores de cooperação são caracterizados pela colaboração entre os


participantes, com o objetivo de que todos possam participar, descaracterizando a
ideia de exclusão ou discriminação. Nesse tipo de jogos não se valoriza a ideia do
“bom” ou “mal” jogador, e sim as habilidades e capacidades de cada elemento do
grupo.

Nos jogos cooperativos privilegiamos a ideia de que “tem para todos”, os


objetivos são comuns, prioriza-se jogar “com o outro”, ganhar “com o outro” e a
vitória é compartilhada.

As atividades cooperativas desenvolvem o sentido de pertencer a um grupo,


reforça a responsabilidade social dentro das propostas de respeito, fraternidade e
solidariedade, de forma lúdica e prazerosa, fazendo entender a interdependência
entre todos.

Os jogos competitivos também têm seu papel educacional e não podem ser
vistos como os vilões da educação, quando ensinam a lidar com a competitividade
que existe dentro de cada um. No espaço da aprendizagem, as crianças vão
aprender a lidar com o mundo competitivo e aprenderão a lidar com os conflitos e
emoções desagradáveis surgidas pela comparação, frustração e sentimento de
derrota, tudo isso visando o equilíbrio. No ambiente competitivo, bem trabalhado,
também estão presentes as necessidades de respeito, superação de limites e a
amizade.

Adiante, apresentaremos alguns jogos para facilitar a sua compreensão destes


conceitos e para servir de ideias na construção de novos jogos.

Nome do jogo: Acertando o pote.

Materiais: porrete, pote e venda de olhos.

Descrição: escolhe-se um voluntário, a quem cabe quebrar um pote colocado


a uns quatros ou cinco metros do grupo. O voluntário observa a localização do
pote e, a seguir, seus olhos são vendados. Com um porrete ou cabo de vassoura na
mão, executa a tarefa de quebrar o pote. Antes de dar inicio a brincadeira, o
animador fará girar duas ou três vezes o voluntário sobre si próprio. Terá três
chances, caso não acerte o pote, prossegue-se a brincadeira com outro voluntário.

116
Jogos, Recreação e Lazer

Nome do jogo: Coelho na toca.

Materiais: sem materiais.

Descrição: os participantes, de mãos dadas, dois a dois, formam as tocas dos


coelhos. Dentro de cada toca se coloca um participante, que é o coelho. O
animador comanda o jogo e fica sem toca. Quando o animador gritar: “trocar de
toca”, todos os “coelhos” saem das tocas e procuram entrar em outra toca. O que
ficar sem toca será a pessoa que dará o comando: “trocar de toca”. E assim por
diante, até a turma perder a motivação da brincadeira.

Nome do jogo: Caixinha de mímicas.

Materiais: uma caixa de sapato com tampa.

Descrição: colocam-se os participantes do grupo sentados em círculo. A


caixinha deverá circular de mão em mão, até um sinal dado ou ao som de uma
música, que para subitamente. Aquele que estiver com a caixinha no momento em
que é dado o sinal ou em que a música para, deverá tirar da caixinha uma papeleta
e executar a tarefa prescrita.

Nome do jogo: Passa laranja.

Materiais: laranjas e cadeiras.

Descrição: organizam-se os participantes em duas alas de cadeiras. Uma


laranja é colocada sobre os pés (que se encontrarem unidos do primeiro elemento
de cada ala). Este procurará passar a laranja, sem a deixar a cair, para os pés do
segundo elemento e, assim, sucessivamente. Se a laranja cair, a brincadeira
prosseguirá do ponto em que caiu, no tempo que for preciso. O grupo que
conseguir terminar primeiro será vencedor da brincadeira.

117
Jogos, Recreação e Lazer

Nome do jogo: Horta as escuras.

Materiais: venda de olhos, tesoura e frutas.

Descrição: Escolhe-se um voluntário a quem cabe contar, com os olhos


vendados, o barbante no qual se encontra pendurada uma fruta (laranja, maçã,
pera etc.). Após haver observado a localização da fruta, vendam-se os olhos do
voluntário e, munido com uma tesoura, cabe-lhe a tarefa de cortar o barbante com
a fruta. Antes do inicio, o animador fará girar duas ou três vezes o voluntário sobre
si mesmo. Terá três chances, caso não consiga cortar o barbante, prossegue a
brincadeira com outro voluntário.

Nome do jogo: Sobra um.

Materiais: música.

Descrição: todos organizados em pares deverão dançar. Ao parar a música,


deverão trocar rapidamente de par. Quem sobrar paga uma prenda. É importante
que no início do jogo tenha alguém sobrando.

Nome do jogo: Cadê o apito?

Materiais: apito.

Descrição: pede-se um voluntário no grupo, que deverá sair da sala enquanto


a brincadeira é aplicada ao grupo. Explica-se ao grupo que:

a) o voluntário deve procurar qual o membro do grupo que tem o apito;

b) o apito ficará pendurado no pescoço do animador ou de outro membro do


grupo, porém nas costas;

c) o grupo ficará de pé, em círculo, e será chamado aquele voluntário para


descobrir com quem está o apito;

d) o voluntário fica no meio do círculo, juntamente com aquele que está com o
apito. O portador do apito movimenta-se frequentemente possibilitando ao outro
membro apitar, sem despertar a atenção do voluntário.

A brincadeira termina quando for descoberto com quem está o apito.

118
Jogos, Recreação e Lazer

Nome do jogo: Viajando.

Materiais: cadeiras.

Descrição: organiza-se um círculo com cadeiras. Os membros participantes


ocupam os assentos e o animador permanece de pé no meio do círculo. O
animador explica que irá contar uma viagem de ônibus e, toda vez que disser
”ônibus”, todos deverão levantar-se e rodopiar diante de sua própria cadeira,
sentando-se imediatamente. Sempre que, no decorrer da história da viagem, disser
“desastres” todos devem levantar-se e mudar de assento. Ao dizer “desastre” o
animador procura ocupar uma das cadeiras e a pessoa que não conseguir assento
deverá prosseguir a narração da viagem. A brincadeira prossegue enquanto houver
interesse.

Nome do jogo: Lista de tarefas.

Materiais: lista de tarefas.

Descrição: compõe uma lista de tarefas ou encenações jocosas em número


iguais ao número de participantes. Cada qual pede um número (1,5,3,7,2 etc.).O
animador lê na lista a tarefa encomendada sobre aquele número, que deverá ser
executada por quem sorteou o número. A graça dependerá da composição da lista.

Nome do jogo: Quem está fazendo?

Materiais: sem materiais.

Descrição: pede-se que alguém se ausente da sala. O grupo decide executar


ou encenar uma ou mais atividades sobre as ordens de um ou mais lideres. O
grupo, colocado em círculo, estará atento aos comandos do lider ou líderes na
mudança de atividades que deve ser frequente e rápida. Os comandos são
disfarçados, porque o grupo não quer entregar seus líderes. A pessoa ausente da
sala retorna para o meio do círculo. O animador explicará que deverá identificar
aquela pessoa ou aquelas pessoas que comandam as mudanças dos movimentos.
Caso não aceite, após a terceira tentativa, será eliminado do jogo.

119
Jogos, Recreação e Lazer

Nome do jogo: Agulha e linha.

Materiais: agulha e linha.

Descrição: o animador forma dois subgrupos de participantes. A primeira


pessoa de cada subgrupo recebe uma agulha e uma linha. A um sinal dado pelo
animador, cada qual procura enfiar a linha na agulha, passando para o vizinho, a
quem cabe tirar a linha da agulha, levantando bem alto a agulha e a linha. Depois
disso deve passar para o vizinho, a quem cabe enfiar a linha novamente e assim por
diante. Será vencedor o subgrupo que terminar primeiro sua tarefa de enfiar ou
desenfiar a linha na agulha.

Nome do jogo: Briga de galo.

Materiais: papel e fita crepe.

Descrição: pedir ao grupo dois voluntários para a brincadeira. Colocar nas


costas de um deles um papel com a palavra “briga” e nas do outro um papel com a
palavra, ou melhor, a expressão “de galo” (sem que eles saibam o que está escrito
nas costas um do outro). Eles deverão se esforçar para descobrir o que está escrito
nas costas do companheiro, sem deixar que este veja o que está escrito em suas
costas e sem utilizar as mãos, as quais deverão estar cruzadas para trás. Observa-se
que os efeitos são idênticos a uma briga de galo.

Nome do jogo: Trenzinho.

Materiais: sem materiais.

Descrição: forma-se um vagão de cadeiras, duas a duas, e os participantes


ficam todos sentados. O animador permanece de pé, em frente à turma, ele
contará uma história imaginária que tenha sequência, na qual deverá aparecer a
palavra: “trem”. Sempre que esta palavra for pronunciada, todos deverão levantar-
se e trocar de lugar. O animador procura sentar-se igualmente. O que ficar sem
lugar, assume o papel de continuador da história.

120
Jogos, Recreação e Lazer

Jogos Intelectuais

Os jogos intelectuais têm o objetivo de desenvolver as capacidades cognitivas


como memória, atenção, concentração e raciocínio lógico. De forma geral, ele
conta com a perícia e habilidade do jogador. Os jogos intelectuais podem ser
aplicados individualmente ou em grupo. Na metodologia de aula tem como
objetivo de ensinar um novo conteúdo ou mesmo para fazer o aluno “pensar” a
respeito de um novo conceito. A seguir, vamos conhecer algumas propostas de
jogos intelectuais.

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Jogos, Recreação e Lazer

Nome do jogo: Coisas imaginárias.

Materiais: sem material.

Descrição: pede-se que duas pessoas voluntárias se retirem da sala enquanto


é explicada a brincadeira. O animador explica ao grupo:

a) que é preciso encontrar uma figura imaginária para cada canto da sala;

b) quanto mais engraçadas ou exóticas forem as figuras imaginárias para cada


canto, a brincadeira será mais divertida . Por exemplo: num canto da sala um grupo
imagina que há soda caustica, noutro, um gambá, em outro, estrume de vaca e, em
outro, um escorpião;

c) encarrega-se uma pessoa para anotar a figura imaginária em cada canto e as


respostas que serão dadas pelos voluntários, assim que retornarem para a sala.

Chamam-se os voluntários para a sala e o animador lhes explica que o grupo


imaginou uma figura em cada canto da sala. Os voluntários são convidados, um a
um, a dizer para o grupo o que fariam com cada figura imaginária. A pessoa do
grupo encarregada de anotar as respostas as registrará para serem lidas no final. A
brincadeira será tanto mais engraçada, quanto mais engraçadas forem as figuras
imaginárias, levantadas pelo grupo. Assim, por exemplo, se alguém disser que dará
de presente, ou para comer, umas figuras imaginárias acima, mais gargalhadas
explodirão dentre o grupo.

Nome do jogo: Lençol a mais.

Materiais: lençol.

Descrição: um voluntário do grupo é colocado no centro do círculo, coberto


por um lençol. Convém ter um lençol de casal, para cobrir bem o elemento
voluntário. Assim que a pessoa estiver coberta e sentada no chão, o animador dirá:
Você tem uma peça de roupa a mais, por isso tire-a. A pessoa, menos atenta,
começa por tirar uma peça de sua roupa. A peça da roupa tirada deve ser passada
por baixo do

122
Jogos, Recreação e Lazer

lençol para o animador. Assim que tiver passado a peça, o animador repete a
ordem: Você tem uma peça de roupa de mais, por isso tire-a. A brincadeira
continua enquanto a pessoa não se der conta de que a peça de roupa que é demais
é o lençol. Há pessoas que logo a partir da primeira ordem já retiram o lençol e o
jogo acaba.

Nome do jogo: Segue a sequencia.

Materiais: sem material.

Descrição: cada pessoa do grupo recebe um número. O animador começa:


“Fui à feira e comprei três dúzias de bananas” (ou qualquer coisa). A pessoa com o
número 3 deverá retrucar sem hesitação: “Três dúzias de bananas, não”. O
animador: O que então? O número 3: “Oito rosas”. O número oito repetirá a
sequência com o número 3 e assim por diante. Quem se distrair ou quebrar a
sequência sai da brincadeira.

Nome do jogo: Correio maluco.

Materiais: cadeiras.

Descrição: organiza-se um círculo com doze ou quinze cadeiras. Uma vez


ocupadas às cadeiras, o animador, de pé no centro do círculo, explica o
funcionamento da brincadeira. Todos os membros participantes receberão o nome
de uma cidade. Cada vez que o animador disser o nome de duas cidades, os
ocupantes das cadeiras que correspondem às cidades mudam de assento e, nessa
mudança, o animador procura ocupar umas das cadeiras.

Toda vez que o animador disser: “as cartas se extraviaram”, todos trocam de
cadeira e procuram sentar-se. Quem sobrar permanece no meio do círculo. Quem
ficar três vezes sem cadeira é excluído da brincadeira e o círculo perderá uma
cadeira. Isso ocorrerá toda vez em que sair um participante.

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Jogos, Recreação e Lazer

Nome do jogo: Cadeira vazia.

Materiais: cadeiras.

Descrição: o animador colocará tantas cadeiras quanto forem às pessoas que


participam do brinquedo e mais uma cadeira. Todos os presentes receberão um
número. A pessoa sentada à esquerda da cadeira vazia inicia, dizendo: “a cadeira da
minha direita está vazia para o número tal” e chama por um número que
corresponde a uma pessoa presente. A pessoa com o número que acaba de ser
chamado levanta-se imediatamente e vai sentar-se na cadeira vazia. Ao levantar-se,
a pessoa sentada à sua esquerda continua a brincadeira, dizendo: “a cadeira de
minha direita está vazia para o número tal”, chamando outro número, podendo ser
o número da pessoa que acaba de levantar-se. O animador anotará os nomes das
pessoas distraídas ou que interrompem a continuidade da brincadeira. Enquanto
houver interesse prossegue o jogo. Finalmente, o animador dirá os nomes das
pessoas que estiverem distraídas, as quais deverão pagar uma prenda.

Nome do jogo: Rima.

Materiais: sem material.

Descrição: o animador começa dizendo uma palavra. O seguinte deve dizer


outra que rime com a primeira. E assim o farão os outros, até que alguém erre ou
emperre, perdendo sua vez no grupo. Por exemplo: dinheiro-marinheiro; vela-tela;
mando...

Nome do jogo: Adivinhe se puder.

Materiais: sem materiais.

Descrição: escolhe-se um indivíduo, ou divide-se o grupo, para adivinhar qual


a modificação feita no outro, devendo, portanto, se ausentar do local enquanto a
modificação é feita. Há um período de observação antes da saída, durante a qual
haverá a modificação e na volta, um minuto para descobrir a modificação em pelo
menos duas chances. A modificação pode ser na posição dos indivíduos, nas
vestes, nos sapatos, na fisionomia, em objetos etc.

124
Jogos, Recreação e Lazer

Nome do jogo: Estica palavrinha.

Materiais: sem material.

Descrição: o animador começa dizendo uma letra. O seguinte deve


acrescentar outra e, assim, sucessivamente. Sai do grupo aquele que acrescentar
uma letra formando uma palavra conhecida. Por exemplo: a, m, i, z, a, d. A próxima
letra formará palavra, quem a acrescentar perderá. Qualquer um pode dizer
“impugno” ao colega anterior quando achar que este, para fugir da letra fatal,
acrescentar uma letra que não leva a nenhuma palavra. O exercício continua
enquanto houver interesse.

Nome do jogo: Responda rápido.

Materiais: sem material.

Descrição: o animador aborda uma pessoa do grupo e pede-lhe que responda


as perguntas com palavras que comecem com qualquer letra a ser indicada pelo
animador. “João, resposta com a letra R: seu nome? Ricardo. Profissão: radialista. De
onde vem? Rio. Para onde vai? Ribeirão”. Qualquer hesitação na resposta (que deve
ser espontânea), ou resposta errada, exclui o indivíduo do grupo.

Nome do jogo: Nossa casa.

Materiais: sem materiais.

Descrição: o animador, no centro do círculo, ordena que todos imitem. Só


serão imitadas as ordens que comessem com a expressão: “em nossa casa”. Assim,
por exemplo, o animador diz: “em nossa casa todos põem a mão na cabeça”. Neste
caso, todos imitarão o animador. Se, porém, disser: “todos andam pela casa”,
ninguém imitará, porque não disse: “em nossa casa”. O animador começa dando
ordens, inicialmente falando devagar e, aos poucos, acelera as ordens. Quem se
enganar sai da brincadeira.

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Jogos, Recreação e Lazer

Nome do jogo: Soletrando.

Materiais: sem materiais.

Descrição: o animador forma dois subgrupos. Cada subgrupo recebe as


mesmas letras colocadas nas costas de cada participante. Com as letras é possível
formar a mesma palavra, ou seja, cada grupo deve formar a mesma palavra com as
letras colocadas nas costas de seus membros. Assim, por exemplo, a palavra
”laranja”. Uma vez colocada nas costas, todos, sob o comando do animador,
deverão procurar formar a palavra: “laranja”. Será vencedor o subgrupo que
primeiro formar a palavra “laranja”.

Nome do jogo: Protejam seus balões.

Materiais: balões e barbante.

Descrição: escolhem-se uns oito ou dez voluntários. Todos receberão um


balão de ar atado ao tornozelo. Cada um deverá cuidar do seu e, ao mesmo tempo,
tentar estourar o balão do outro com os pés. Será vitorioso aquele que conseguir
estourar o balão dos adversários e permanecer com o seu inteiro.

Nome do jogo: Titia veio.

Materiais: sem materiais.

Descrição: o animador diz que sua tia veio da Europa e lhe trouxe um leque
que faz assim (faz o movimento que se faz com o leque). Todos imitam, abanando-
se com a mão. Uma bicicleta. Todos imitam: abanando, pedalando: Uma boneca.
Todos imitam: abanando, pedalando e embalando (abanando com uma mão,
embalando com a outra e, com os pés, pedalando). E, assim, vai acrescentando
outras coisas, até estar com o corpo todo em movimento.

126
Jogos, Recreação e Lazer

DICA:

Pesquise em sites na internet vários jogos diferentes, classifique-os e


monte seu próprio catálogo de jogos. Tenha-o sempre em mão e faça das
suas aulas um ambiente de aprendizagem motivador e prazeroso.

Chegamos ao fim do nosso curso. Esperamos que os conteúdos estudados


tenham sido relevantes e que você tenha agregado muito conhecimento. Divirta-
se, brinque bastante e mantenha o jogo e a brincadeira sempre vivos dentro de
você, para que isso reflita na sua forma de ensinar, nos seus alunos e no aprender.

É HORA DE SE AVALIAR!

Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo, elas irão


ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no
processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e
depois às envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja
conosco!

127
Jogos, Recreação e Lazer

Exercícios da Unidade 6

01 – Sobre jogos de apresentação é incorreto afirmar que:

a) os jogos de apresentação são muito simples.

b) permitem uma primeira aproximação e contato.

c) fundamentalmente são jogos destinados a aprender os nomes.

d) fundamentalmente são jogos destinados a aprender alguma característica


mínima.

e) são ideais para quando os/as participantes se conhecem.

02- São atividades que visam desencadear e facilitar o conhecimento e o


relacionamento do grupo. Estes jogos, quando usados em grupos que já
apresentam contato estabelecido, passam a ter o objetivo de estreitar o
relacionamento interpessoal:

a) jogos de apresentação.

b) jogos de conhecimento.

c) jogos de aquecimento.

d) jogos motores.

e) jogos competitivos.

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Jogos, Recreação e Lazer

03 – Os jogos intelectuais têm o objetivo de desenvolver capacidades, exceto:

a) cognitivas.

b) atenção.

c) memória.

d) motoras.

e) raciocínio lógico.

04 - Na metodologia de aula tem como objetivo ensinar um novo conteúdo ou


mesmo fazer o aluno “pensar” a respeito de um novo conceito:

a) jogos de apresentação.

b) jogos de conhecimento.

c) jogos de aquecimento.

d) jogos intelectuais.

e) jogos competitivos.

05 – São características dos jogos de cooperação:

a) não há colaboração dos participantes.

b) reforça a exclusão.

c) não se valoriza a ideia do “bom” e “do mau” jogador.

d) não se importa com as habilidades.

e) o objetivo final é ganhar.

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Jogos, Recreação e Lazer

06 – Não são valores importantes do jogo competitivo:

a) ensinam a lidar com a competitividade.

b) ensinam a lidar com os conflitos e emoções desagradáveis.

c) ensinam a lidar com a derrota visando o equilíbrio.

d) tem um papel importante na educação.

e) reflete a ideia de colaboração.

07 - Desenvolvem o sentido de pertencer a um grupo, reforça a responsabilidade


social dentro das propostas de respeito, fraternidade e solidariedade de forma
lúdica e prazerosa, fazendo entender a interdependência entre todos:

a) jogos de apresentação.

b) jogos cooperativos.

c) jogos de aquecimento.

d) jogos intelectuais.

e) jogos competitivos.

08 - Sobre jogos competitivos é correto afirmar que:

a) estão presentes as necessidades de respeito, superação de limites e a amizade.

b) a ideia de que “tem para todos” é privilegiada.

c) a vitória é compartilhada.

d) são caracterizados pela colaboração entre os participantes.

e) os objetivos são comuns, prioriza-se jogar “com o outro”, ganhar “com o outro”.

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Jogos, Recreação e Lazer

09 – Elabore um jogo de cooperação para um grupo de crianças do ensino


fundamental.

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10 – Elabore um jogo intelectual, para a aplicação em sala de aula, com o objetivo


de desenvolver as capacidades cognitivas como memória, atenção, concentração e
raciocínio lógico.

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Jogos, Recreação e Lazer

Considerações Finais

Caro Aluno, chegamos ao final dos estudos sobre Jogos, Recreação e Lazer.

Ao longo das seis Unidades de Estudo você teve contato com a análise de
aspectos que envolvem o lazer, o jogo e a recreação com a abordagem dos seus
conceitos, objetivos e classificações. Vimos à aplicabilidade da recreação no
processo de ensino-aprendizagem, além de conhecer sua importância para o
desenvolvimento global da criança, construção dos valores e socialização.

Você discutiu temas relacionados ao curso e também teve acesso a discussões


sobre várias questões do processo educacional. Além de ter acesso a indicações
bibliográficas que, certamente, poderão enriquecer seu arcabouço teórico a
respeito dos Jogos, Recreação e Lazer.

A Universo Virtual o parabeniza por ter concluído seus estudos, aumentando


sua bagagem com conhecimentos e habilidades que irão beneficiá-lo por toda a
vida.

Porém, a aprendizagem não para por aqui. Mantenha o hábito de ler, atualize-
se sempre e não se esqueça de praticar o que foi aprendido.

Sucesso!

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Jogos, Recreação e Lazer

Conhecendo o autor

Leandro Dias de Araújo

Fisioterapeuta, formado em 1994 pela Faculdade de Reabilitação da ASCE. Pós-


graduado em Psicomotricidade, pela Universidade Estácio de Sá e em Arteterapia
em Educação e Saúde, pela Universidade Cândido Mendes. Mestre em Ensino na
Saúde, pela Universidade Gama Filho (em conclusão). Professor das disciplinas de
Psicomotricidade, Fisioterapia aplicada a Pediatria 1 e 2 da Universidade Salgado
de Oliveira e Universidade Gama Filho. Atua também como coordenador da pós-
graduação em Fisioterapia Pediátrica e Neonatal da Universidade Gama Filho, onde
leciona as disciplinas de Estimulação Precoce e Fisioterapia Aplicada à
Neuropediatria. Atualmente, é fisioterapeuta e responsável técnico do Hospital
Municipal Pediátrico Nossa Senhora do Loreto.

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Jogos, Recreação e Lazer

Referências

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São Paulo: Loyola, 1994.

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Ocupacional. Ano X, n. 1, out. 98. Tema apresentado no V Congresso de Terapia
Ocupacional e IV Simpósio Latino Americano de Terapia Ocupacional. Belo
Horizonte, 1997.

BARRETO, Sidirley de Jesus. Psicomotricidade: Educação e Reeducação. Blumenau:


Odorizzi, 1998.

BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez. 1995.

BRUNHS, Heloisa T. O Corpo Parceiro e o Corpo Adversário. Campinas: Papirus,


1989.

CAMARGO, Luiz O. L. O que é lazer? São Paulo: Brasiliense, 2003.

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CAILLOIS, Roger. O Jogo e os Homens. Lisboa: Cotovia, 1990.

CAVALLARI, V. R. ZACHARIAS V. Trabalhando com recreação. 10. ed. São Paulo:


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CUNHA, N. H. S. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. 2 ed. São Paulo:


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DUMAZEDIER, Joffre. Lazer e cultura popular. São Paulo, Perspectiva, 1973.

_______. Sociologia empírica do lazer. São Paulo: Perspectiva, 1979.

FERREIRA, V. Educação Física, Recreação, Jogos e Desportos. Rio de Janeiro:


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Jogos, Recreação e Lazer

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retrogênese psicomotora. In.: Fonseca V. Psicomotricidade: filogênese,
ontogênese e retrogênese. Porto Alegre: Artes Médicas; 1998.

GARON, Denise – Classificação e Análise de Materiais Lúdicos. In.: Friedmann,


Adriana. O Direito de Brincar: A Brinquedoteca. São Paulo: Scritta, 1992.

GUERRA, Marlene. Recreação e Lazer. Porto Alegre: Sagra, 1988.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos Tradicionais infantis. Petrópolis: Vozes, 1993.

____________. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira. 1997.

____________. Jogo, brincadeira, brinquedo e a educação. São Paulo: Cortez.


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MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e educação. Campinas, São Paulo: Papirus,


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___________. Lazer e humanização. Campinas: Papirus, 1983.

____________. Pedagogia da Animação. Campinas, São Paulo: Papirus, 1997.

MELO, V. de. Folclore Infantil. Rio de Janeiro: Cátedra, 1981.

MIAN, R. Monitor ou Recreação: Formação profissional. São Paulo: Texto Novo,


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MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. Rio de


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Jogos, Recreação e Lazer

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PUIG, Josep Mª e TRILLA, Jaume. A Pedagogia do ócio. Valério Campos. 2. ed.


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Jogos, Recreação e Lazer

137
Jogos, Recreação e Lazer

A
nexos

138
Jogos, Recreação e Lazer

Unidade 1
1– b
2–a
3 –d
4–d
5–c
6–a
7– b
8–b

9- Discutir a importância do lazer para a educação, já que a escola deve se


comprometer com a formação do educando e o processo de formação se dá por
toda a vida.

10- a) Caráter liberatório: o lazer é liberação de um certo gênero de obrigações


determinado pela sociedade.

b) Caráter desinteressado: o lazer não está fundamentalmente submetido a fim


lucrativo algum e se estiver vinculado alguma forma de lucro o lazer passa a ser
parcial.

c) Caráter hedonístico: condição primeira do lazer, onde se busca um estado de


satisfação, tomado como um fim em si mesmo. A procura do prazer, da felicidade
ou da alegria é um dos traços fundamentais do lazer na atual sociedade.

d) Caráter pessoal: o lazer deve proporcionar a libertação das fadigas físicas, do


tédio cotidiano e das rotinas, abrindo o caminho para uma livre superação de si
mesmo.

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Jogos, Recreação e Lazer

Unidade 2
1– e
2–e
3–e
4–d
5–b
6–b
7–e
8–d
9 - A palavra ESAR é composta precisamente a partir da primeira letra da palavra
que identifica cada uma das categorias desta faceta, ou seja:
E - para brincadeira de exercício, que surge desde a primeira idade com os gestos
e movimentos sensoriais e motores;
S - para brincadeira simbólica, onde ocorre a representação de um objeto por
outro, a simulação e o faz de conta;
A - para brincadeira de acoplagem, onde peças agrupadas passam a fazer parte da
construção de um todo com novo significado;
R - para brincadeira com regras simples que se iniciam a partir dos 4 anos
podendo, a partir dos 7 anos, se tornar mais complexas e vindo a tomar uma forma
cada vez mais elaborada na adolescência e na idade adulta.

10 -
 Permite a exploração e o aprendizado concreto do mundo exterior;
 Estimula os órgãos dos sentidos, a função sensorial, a função motora e a
emocional;
 A brincadeira tem uma enorme função social;
 Desenvolve o lado intelectual;
 Cria oportunidades para a criança elaborar e vivenciar situações emocionais
e conflitos sentidos no dia a dia;
 Estimula a criatividade na experimentação do objeto;
 Facilita a expressão das emoções e fantasias.

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Jogos, Recreação e Lazer

Unidade 3
1– e
2–c
3–a
4–b
5–c
6–d
7–e
8–c

9-

 Pequenos – rápido com regras fáceis e flexíveis, menor número de


participantes e locais restritos.

 Médios – com regras pré-estabelecidas em locais maiores.

 Grandes – duradouro com primeiras regras estabelecidas e complexas,


maior quantidade de participantes e realizado em locais grandes e abertos.

10-

 Jogo de exercício: principal característica do período sensório-motor (até


mais ou menos dois anos). A criança busca e descobre movimentos
motivados pelo prazer. Esse tipo de jogo estará sempre presente na vida do
indivíduo.

 Jogo simbólico: presente no período que vai de dois a seis anos de idade,
conhecido como fase pré-operatória. Além do prazer a criança começa a
usar a simbologia começando a usar a linguagem falada e a possibilidade
de imagens mentais.

 Jogo de regra: ligado ao período operatório concreto, a partir do sete anos


de idade. A criança não utiliza mais do simbolismo, mas já é capaz de
compreender, criar e obedecer a regras a partir das relações sociais.

141
Jogos, Recreação e Lazer

Unidade 4
1– d
2–e
3 –c
4–a
5–b
6–e
7–e
8–a

9- A brinquedoteca pode ser definida como um lugar do brincar, que é destinado a


criança, adolescente, jovem e até mesmo aos adultos. É o lugar onde aflora a
criatividade e a valorização pela atividade lúdica.

A brinquedoteca é uma nova postura diante da educação e do seu


comprometimento, já que abandona métodos e técnicas tradicionais em busca do
novo. A busca pelo novo deve acontecer por dentro, não pelo modismo, mas por
sua convicção de que o lúdico é a melhor estratégia de ensino e de exploração do
desenvolvimento neuropsicomotor.

10- Na confecção dos jogos, algumas características básicas são essenciais: que as
regras sejam mutáveis podendo combinar e recombinar as regras durante a
prática, a possibilidade de estimular tanto a competição quanto a cooperação,
poder ser jogado individualmente ou em grupo, além de proporcionar prazer no
ato de jogar.

Devemos sempre estar atentos a que se destina o jogo, a que grupo e o tempo
em que ele será realizado, analisando a necessidade do grupo ou a necessidade
individual do aluno.

É muito importante que o jogo atinja o objetivo proposto: apresentação,


conhecimento, relação social, desempenho motor e desenvolvimento das
capacidades intelectuais.

142
Jogos, Recreação e Lazer

A diversidade de materiais que envolvem os jogos também faz a diferença na


confecção. Podemos utilizar desde os objetos mais simples como bola, bastão e
aro, até a utilização de outros materiais como barbante, corda, colchões, bancos,
bambolês, fitas etc.

Unidade 5
1– e
2–b
3 –d
4–d
5–c
6–e
7–b
8–a

9- Elaboração pessoal.

10- Elaboração pessoal.

Unidade 6
1–
2–
3–
4–
5–
6–
7–
8–
9- Elaboração pessoal.
10- Elaboração pessoal.

143

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